Prévia do material em texto
Nome: Isabella Leite Santos R.A. : 21501145 Turma: C Texto: RIBEIRO, Renato Janine. “Hobbes: o medo e a esperança” em WEFFORT, Francisco (org.). Os Clássicos da Política, vol. 1. São Paulo: Ática, 1995. Pp. 51-77 Ribeiro nesse texto discorre sobre o pensamento de Thomas Hobbes e sua respectiva visão do estado de natureza do homem. Em primeiro lugar, o homem para Hobbes não era naturalmente selvagem e sua identidade não se alteraria com o decorrer do tempo: “Os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização” (Ribeiro, 1995, Pg 53). Hobbes parte do princípio que os homens no seu estado de natureza, tem um direito natural que é o direito à vida. Este direito não necessita do Estado para existir. Esse direito à vida pressupõe não apenas o ato de viver como também a utilização de todos os meios que forem necessários para a concretização desse direito à vida. Esse direito gera o estado de guerra de todos contra todos. Afirma não existir o direito de propriedade no estado de natureza. O indivíduo utiliza o território que consegue manter. Podendo outro homem tomar esse território. O indivíduo para conseguir se manter nesse território deve ser capaz de se defender. Hobbes parte da premissa de que os homens são iguais (de modo geral). Devido a isso eles também são igualmente egoístas. Ou seja o indivíduo deve agir de maneira preventiva. Quando alguém quer conquistar algo e desconfia que outro individuo também deseja a mesma coisa, eles viram inimigos. Consequentemente, para um indivíduo conseguir manter o território desejado ele terá que atacar o adversário, antecipadamente. Pois se esse indivíduo não agir antecipadamente o seu inimigo ira lhe atacar e tomar sua propriedade. Ou seja, o estado natural é um estado de guerra, conflito. Quando não se está lutando, o ser humano está preocupado com um possível ataque ou planejando o mesmo. Resumidamente, o homem está sempre vivendo numa constante insegurança. Hobbes afirma a necessidade do contrato, para ele, a origem da sociedade (Estado) foi dada por intermédio de um acordo, pacto feito pelos homens. Com a finalidade de viverem de maneira menos violenta, mais agradável, em paz criando para isso o Estado. Transferindo, desse modo, o seu direito natural ao Estado. O Estado passa a ser quem utiliza a força, não sendo mais este, um direito do indivíduo. Tornando o Estado soberano. Sendo que esse soberano tem como objetivo a manutenção da paz. Hobbes propõe assim a criação de um Estado absolutista. E é essencial que essa soberania seja dada a uma única pessoa. Porque se houver a necessidade de questionamento das ordens do Estado, o Estado não for soberano, se volta ao estado de natureza. Hobbes estabelece objetivos para o Estado. Porém, apenas a segurança é essencial. Pois o Estado foi criado para acabar com a sensação de insegurança do Estado de natureza. Se o Estado não garantir a segurança as pessoas voltam ao estado de natureza.