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Anotações de Direito Administrativo

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ANOTAÇÕES – QUESTÕES QUE ERREI
AGENTES PÚBLICOS
ESQUEMATIZANDO AQUI: 
LEI 8112: recusar a se submeter a inSpeção médica > SuSpensão (ATÉ 15 DIAS) 
LEI 8429: recusar Declaração de bens ou Declarar de forma falsa   > Demissão 
Segundo Hely Lopes (2016, p. 83/84), "Os agentes públicos, gênero que acima conceituamos, repartem-se inicialmente em cinco espécies ou categorias bem-diferençadas, a saber: agentes políticos, agentes administrativos, agentes honoríficos, agentes delegados e agentes credenciados (...)
Agentes administrativos: são todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades autárquicas e fundacionais por relações profissionais, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico determinado pela entidade estatal a que servem. (...)
Os agentes administrativos não são membros de Poder de Estado, nem o representam, nem exercem atribuições políticas ou governamentais; são unicamente servidores públicos, com maior ou menor hierarquia, encargos e responsabilidades profissionais dentro do órgão ou da entidade a que servem, conforme o cargo, emprego ou a função em que estejam investidos. (...)
A categoria dos agentes administrativos - espécie do gênero agente público - constitui a imensa massa dos prestadores de serviços à Administração direta e indireta do Estado nas seguintes modalidades admitidas pela Constituição da República/88:
a) servidores públicos concursados (art. 37, II);
b) servidores públicos exercentes de cargos ou empregos em comissão, titulares de cargo ou emprego público (art. 37, V);
c) servidores temporários, contratados "por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público" (art. 37, IX)." 
ATOS ADMINISTRATIVOS
Bizu: FOCO pode convalidar
FOrma
COmpetência
Formas de extinção dos atos administrativos:
REVOGAÇÃO → o ato é retirado pelo Poder Público por razões de conveniência e oportunidade.
ANULAÇÃO (ou invalidação) → o ato é retirado pelo Poder Público em virtude de estar em desconformidade com a ordem jurídica.
CASSAÇÃO → é a retirada do ato porque o destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas a fim de dar continuidade à situação jurídica. Ex: obteve licença para construir um hotel, mas construiu um motel.
CADUCIDADE → é a retirada do ato em razão de nova norma jurídica que tornou inadmissível a situação que antes era permitida.
CONTRAPOSIÇÃO (ou derrubada) → o ato extingue um anterior porque tem efeitos opostos. Ex: exoneração de servidor tem efeitos contrapostos ao ato de nomeação.
CONVALIDAÇÃO: Ato ilegal com vício sanável, seja na Forma (exceto se forma essencial do ato) ou Competência (exceto competência exclusiva).
CONFIRMAÇÃO: Ato ilegal que não é convalidado nem anulado. A Administração o mantém. Soa até estranho, mas a doutrina permite e segundo Di Pietro "Um ato ilegal pode ser mantido em determinadas circunstâncias, quando da invalidação do ato ilegal possa resultar um prejuízo maior para o interesse público do que da manutenção do ato”.
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PB Prova: FCC - 2018 - MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto: Ao tratar de determinada espécie de ato administrativo, Maria Sylvia Di Pietro assim o descreve: No direito administrativo, já vimos que a Administração não pode ficar sujeita à vontade do particular para decretar ou não a nulidade. Mas a própria administração pode deixar de fazê-lo por razões de interesse público quando a anulação possa causar prejuízo maior do que a manutenção do ato. [...] ela não corrige o vício do ato; ela o mantém tal como foi praticado. Somente é possível quando não causar prejuízo a terceiros, uma vez que estes, desde que prejudicados pela decisão, poderão impugná-la pela via administrativa ou judicial. (Direito Administrativo, 31. ed., 2018, item 7.11.2.11). Em sua obra, a autora está se referindo à CONFIRMAÇÃO. (diferente de convalidação!)
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
FORMAS DE EXTINÇÃO DOS CONTRATOS DE CONCESSÃO: 
Advento do Termo Contratual: Dá-se com o fim do prazo estabelecido na concessão. No advento do termo contratual, a reversão far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
Encampação: É a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento de indenização. Trata-se de uma forma de rescisão unilateral pela administração.
Caducidade: Ruina do contrato de concessão devido a grave inexecução total ou parcial do contrato por parte do concessionário. Dá-se por decreto, independentemente de prévia indenização. Deverá ser precedido por processo administrativo no qual sejam assegurada a ampla defesa e o contraditório ao concessionário.
Anulação: Decorre da existência de ilegalidade que contamine o contrato e imponha a extinção da concessão.
Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual:Tais fatos jurídicos prejudicam a continuidade da contratação.
Rescisão Judicial: Quando o concessionário não possui mais interesse na manutenção do contrato, mesmo que por descumprimento das normais contratuais pela Administração, ele não pode realizar a rescisão unilateralmente, precisando recorrer à via judicial.
Rescisão amigável (construção doutrinária): Decorre do acordo entre as partes.
LICITAÇÃO
No âmbito da União, a utilização do pregão é obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns. No caso dos estados, DF e municípios, aplica-se de forma facultativa.
DECRETO Nº 5.450:
Art. 1° A modalidade de licitação pregão, na forma eletrônica, de acordo com o disposto no § 1o do art. 2o da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, destina-se à aquisição de bens e serviços comuns, no âmbito da União, e submete-se ao regulamento estabelecido neste Decreto.
Art. 4° Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.
Logo, o pregão será:
Obrigatório > para União
Facultativo > para Estados, DF, Municípios
Cespe está adorando confundir esses 2 artigos:
Art. 7o  § 5o  É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou aindaquando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada,previsto e discriminado no ato convocatório.
Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
Com base nos dispositivos do Decreto n.º 7.892/2013, que regulamenta o sistema de registro de preços, julgue o próximo item.
Se o preço registrado por determinado fornecedor estiver acima do praticado pelo mercado, o registro de preço desse fornecedor será cancelado caso ele não concorde em reduzir o preço. CERTO
Para entender o assunto de modo completo, de acordo com o decreto nº 7892, quando o preço registrado se tornar superior ao preço praticado no mercado por motivo superveniente, teremos as seguintes consequências:
► O órgão gerenciador convocará os fornecedores para negociarem a redução dos preços aos valores praticados pelo mercado.
► Os fornecedores que não aceitarem reduzir seus preços aos valores praticados pelo mercado serão liberados do compromisso assumido, semaplicação de penalidade.
►  O registro do fornecedor será cancelado por não aceitar reduzir o seu preço registrado em decorrência dele se tornar superior àqueles praticados no mercado.
O princípio da vedação à oferta de vantagens proíbe que licitante apresente benefícios não previstos no edital, inclusive financiamentos subsidiados e a fundo perdido. CERTO
Comentário: o princípio da vedação à oferta de vantagens é correlato ao princípio do julgamento objetivo e decorre do art. 44, § 2º, da Lei de Licitações, que dispõe que: “não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes”. Por exemplo: um licitante não pode oferecer uma proposta de “5% de desconto sobre a proposta dos demais licitantes”.
Logo, o licitante não pode ofertar esse tipo de vantagem, uma vez que elas não serão consideradas no julgamento.
Em regra, as provas de regularidade fiscal e trabalhista dos participantes nos processos licitatórios são apresentadas na fase de habilitação.
Em regra, as provas de regularidade fiscal e trabalhista dos participantes nos processos licitatórios são apresentadas na fase de habilitação.
► REGRA: os documentos comprobatórios da regularidade fiscal e trabalhista devem ser apresentados no momento destinado à habilitação dos candidatos.
► EXCEÇÃO: Há algumas exceções na legislação.  Nas licitações envolvendo microempresas ou empresas de pequeno porte, por exemplo, a exigência de comprovação de regularidade fiscal  será feita apenas para efeito de assinatura do contrato.
LC 123, art. 142. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal e trabalhista das microempresas e das empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de assinatura do contrato.
Dado o princípio da competitividade, é vedada, em licitações, a exigência de qualificação técnica. ERRADO
Na qualificação técnica o licitante deve demonstrar que possui aptidão técnica para executar o objeto contratual (arts. 27, II, e 30 da Lei 8.666/1993). A capacidade técnica é dividida em três espécies:
a) genérica: prova de inscrição no Conselho Profissional ou órgão de classe (ex.: se o objeto do contrato for a execução de uma obra, a empresa deverá comprovar a sua inscrição junto ao CREA);
b) específica: demonstração de que o licitante já executou objeto assemelhado (art. 30, § 1.º, da Lei);
c) operativa: comprovação de que o licitante possui mão de obra e equipamentos disponíveis para execução do futuro contrato.
BIZU
CONVITE: 
CONvite = Cadastrado Ou Não;
CON (VInTE e quatro) 24 horas de antecedência + número mínimo de 3 pessoas (festa tem que ter convite para pelo menos 3 pessoas).
ConviTe = Convidados Três;
TOMADA DE PREÇOS
Participantes: interessados CADASTRADOS. Os interessados são cadastrados ou preenchem as condições para cadastro até 3 (Três)  Dias antes do recebimento das propostas.
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Embora em nenhuma hipótese o órgão possua personalidade jurídica, a lei, em alguns casos, pode atribuir a determinados órgãos públicos capacidade postulatória. 
222222Parte superior do formulárioRegra órgãos não tem capacidade processual.
EExceção órgãos independentes e autônomos têm tal capacidade em defesa de suas competências (personalidade judiciária).
Obs.: os órgãos autônomos ou independentes não possuem personalidade jurídica, mas possuem capacidade judiciária. 
Descentralização:
Ocorre a chamada descentralização administrativa quando o Estado desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras pessoas, e não pela sua administração direta. 
Descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o Estado (a União, o Distrito Federal, um estado ou um município) e a pessoa que executará o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição. 
A descentralização pode ocorrer por outorga (também denominada descentralização por serviços) ou por delegação (também chamada descentralização por colaboração).
A descentralização será efetivada mediante outorga quando o Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela transfere determinado serviço público.
A outorga pressupõe obrigatoriamente a edição de uma lei que institua a entidade, ou autorize a sua criação, e normalmente seu prazo é indeterminado.
É o que ocorre na criação das entidades da administração indireta: o Estado descentraliza a prestação dos serviços, outorgando-os a outras pessoas jurídicas (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas).
Embora não haja consenso na doutrina, perfilhamos a corrente que entende que a outorga legal transfere a própria titularidade do serviço público, e não sua mera execução, como ocorre na delegação.
A outorga, pelo fato de decorrer de lei, transfere a própria titularidade do serviço público
à entidade administrativa, entendimento que defendemos e pensamos ser majoritário na doutrina, embora existam respeitáveis divergências.
A descentralização é efetivada mediante delegação quando o Estado transfere, por contrato (concessão ou permissão de serviços públicos) ou ato unilateral (autorização de serviços públicos), unicamente a execução do serviço, para que a pessoa delegada o preste à população, em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado. 
A delegação por contrato é sempre efetivada por prazo determinado. Na delegação por ato administrativo (autorização de serviços públicos), como regra, não há prazo certo, em razão da precariedade típica do ato administrativo de autorização (possibilidade de revogação a qualquer tempo, em regra, sem indenização). A concessão de serviço público só é possível para pessoas jurídicas, ao passo que pode haver permissão e autorização de serviços públicos tanto para pessoas jurídicas quanto para pessoas físicas.
PODERES ADMINISTRATIVOS
Ato normativo para efeitos internos é ordem interna corporis, fundado na hierarquia.
Ato normativo para efeitos externos é ordem para a sociedade, fundado no poder regulamentar.
A edição de ato normativo constitui exemplo do exercício do poder de polícia pela administração pública.
PRESCRIÇÃO
1º) Ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrentes de ilícito civil é PRESCRITÍVEL (STF RE 669069/MG).
2º) Ação de ressarcimento decorrente de ato de improbidade administrativa praticado com CULPA é PRESCRITÍVEL (devem ser propostas no prazo do art. 23 da LIA).
3º) Ação de ressarcimento decorrente de ato de improbidade administrativa praticado com DOLO é IMPRESCRITÍVEL (§ 5º do art. 37 da CF/88)
RESPONSABILIDADE DO ESTADO
CF/88 – Art. 37. (...) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Estado: responsabilidade objetiva
Agentes: responsabilidade subjetiva
SERVIÇOS PÚBLICOS
Serviços Exclusivos → Titularidade do Estado → é aquele que só pode ser executado pelo Estado, seja diretamente ou indiretamente, por meio de concessão ou permissão de serviço público. 
Serviços Não Exclusivos → Estado não é titular → Ordem Social (assistência social, educação...)
Dividido em 2 categorias:
. Os serviços próprios são os serviços não exclusivos prestados por entes públicos, entidades de propriedade estatal, como órgãos da administração direta e entidades da administração indireta (autarquias, fundações públicas, empresas estatais, etc.).
. Os serviços impróprios são os serviços não exclusivos prestados por agentes privados desligados da Administração Pública.
Embora não preste o serviço impróprio, o Estado tem o poder de autorizá-lo, regulamentá-lo e fiscalizá-lo.

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