Prévia do material em texto
MANEJO DE CORDEIROS Consumo de carne Em 2012, o consumo de carne ovina no Brasil foi de aproximadamente 89 mil toneladas. A tendência é que esse número cresça nos próximos anos. Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rebanho ovino brasileiro soma 17,6 milhões de animais. Existe área para expansão e demanda por carne ovina, mas o crescimento do setor ainda esbarra em problemas como a falta de padronização da carne, políticas públicas insuficientes para auxiliar os produtores e falta de aproximação entre os diversos elos da cadeia da ovinocultura. FLUXOGRAMA DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL DA CARNE CAPRINA E OVINA Fornecedores de Insumos, Máquinas e Equipamentos Produção Pecuária 1. Processamento 2. Processamento Distribuição Produtos veterinários Forrageiras leguminosas Pastagens Concentrados e Volumosos(rações) Sal mineral Fornecedores de sêmen, Embriões e animais Balanças, troncos, Cercas, cochos, etc Produtores Cria recria (terminação) Mão de obra treinada Produção de feno e silagem Assistência técnica Importação de animais Importação de peles de caprino e ovino Frigomato Pequenos frigoríficos (SIE/SIF) Abatedouros municipais (SIE) Pequenos curtumes (wet-blue) e de couro acabado Cooperativas de lã Grandes frigoríficos (SIF) Grandes curtumes Importação de carcaças e cortes de ovinos Embutidos e Defumados(caprino e ovino) Enlatados e extrato de carne de ovino Buchada e sarapatel das vísceras brancas e vermelhas(caprino e ovino) Indústria de vestuário e calçados Artesanato, tops, cintas e penteadas enrolada em bobinas Entreposto de carnes (SIF) Feiras livres Açougues Mercado institucional Mercado internacional Supermercados Lojas e shoppings Restaurantes típicos bodes assados e hotéis regionais Venda direta ao consumidor final (formal e informal) Grandes redes de supermercados CONSUMIDOR FINAL FONTE: SILVA, 2002 Principais Consumidores CORTES PREFERIDOS DE OVINOS POR CLASSES DE CONSUMIDORES OVINOS A B C D GERAL Pernil 39,4 38,7 39,0 54,5 41,2 Carré 9,1 1,0 0,0 2,3 3,6 Paleta 1,0 1,9 5,1 0,0 2,0 Costela 23,2 24,5 27,1 29,5 25,3 Paraensopados(picado) 12,1 13,2 10,2 11,4 12,0 Sarapatel 3,0 6,6 3,4 0,0 3,9 Buchada 2,0 5,7 6,8 2,3 4,2 Outros 10,1 8,5 8,5 0,0 7,8 FONTE: Pesquisa SEBRAE/Ba, Salvador(2000) SISTEMA NACIONAL DE TIPICAÇÃO DE CARCAÇAS OVINAS CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS CATEGORIA SIGLA CARACTERÍSTICA CORDEIRO Cd Ovino jovem, macho, castrado ou não e fêmeas, com dentes de leite, sem queda das pinças e com peso mínimo de carcaças de 6 kg BORREGO Bo Ovino jovem, macho castrado, e fêmea, apresentando no máximo as pinças da 2a. Dentição, sem queda dos primeiros médios e com peso mínimo de carcaça de 15 kg. BORREGÃO Bg Ovino jovem, macho castrado, e fêmea, com evolução dentária incompleta(até seis dentes incisivos definitivos), sem queda dos cantos da primeira dentição e com peso mínimo de carcaça de 16 kg. CAPÃO Cp Ovino macho adulto, castrado, com mais de 6 dentes incisivos da 2a. dentição e com peso mínimo de carcaça de 19 kg. OVELHA Ov Serão enquadradas nesta categoria todas as fêmeas adultas, com mais de 6 dentes incisivos da 2a. dentição e com peso mínimo de 16 kg. CARNEIRO Cr Ovino macho não castrado, considerado como tal a partir da queda das pinças da primeira dentição. Enquadram-se também nesta categoria os chamados rufiões. CARACTERISTICAS GERAIS DE PRODUTORES DE CARNE E LÃ Características Produtor de carne e lã (resistente) Rústica Muito precoce (cordeiros com ganhos de até 450g por dia) Muito prolífera (165%) Aptidão materna ESCOLHA DOS ANIMAIS Um dos quesitos importantes para a implantação de um sistema produtivo de ovinos competitivo, é a escolha dos animais com qualidade para não frustrar o início da atividade. O primeiro ponto é a opção pela raça que se vai trabalhar, levando em consideração a finalidade que se quer obter, seja para um sistema de produção de carne, leite, pele ou lã. 8 OS PONTOS PRINCIPAIS A SEREM OBSERVADOS NOS ANIMAIS DE RAÇAS DE APTIDÃO CARNICEIRA SÃO: O arqueamento de costela avantajado, pois indica uma boa capacidade ingestiva; Área de lombo, que está relacionado com a quantidade de carne nesta região; Colocação correta dos aprumos, que estão diretamente relacionados com a locomoção; Abertura de peito, que indica capacidade respiratória, denotando resistência física; Ausência de prognatismo, para se evitar problemas na captação dos alimentos e ruminação, que causam danos à eficiência digestiva; 9 Observar a feição da cabeça, para sempre denotar masculinidade nos reprodutores e feminilidade nas matrizes; Verificar a mobilidade dos testículos e o perímetro escrotal Analisar quaisquer defeitos na vulva, úbere e tetas das matrizes; Adquirir reprodutores e matrizes de criatórios idôneos, livres de doenças e defeitos, pois maioria dos defeitos anatômicos são genéticos, bem como os caracteres de valor econômico desejáveis são de alta herdabilidade. 10 EFEITOS ACUMULATIVOS E COMPLEMENTARES DE INTERVENÇÕES VISANDO O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DOS REBANHOS Produtividade do rebanho Sistema Tradicional Melhoria Nutricional Melhoria Sanitária Melhoria Manejo Melhoria Genética Nutrição Sanidade Genética Manejo FONTE: OLIVEIRA O PESO AO NASCER Resume os resultados dos 5 meses de vida intra-uterina do cordeiro. Determina em grande medida a sobrevivência dos cordeiros, sobretudo quando o parto tem lugar em um meio adverso. Tem influência sobre a velocidade de crescimento posterior. É influenciado pelo tipo de gestação: simples ou gemelar. Mortalidade (%) RELAÇÃO ENTRE MORTALIDADE DOS CORDEIROS E SEU PESO AO NASCIMENTO EM UM REBANHO DE OVELHAS. Peso ao nascer(kg) FATORES QUE AFETAM O PESO AO NASCER DOS CORDEIROS Alimentação da ovelha gestante Raça, peso e idade da ovelha Raça e tamanho do macho Número de cordeiros por parto Sexo do cordeiro Outros fatores ALIMENTAÇÃO DA OVELHA GESTANTE O crescimento fetal no começo da gestação é muito reduzido; aos 90 dias de gestação, o peso do feto corresponde a cerca de 15% do peso do cordeiro ao nascimento, sendo que 85% do crescimento fetal ocorre durante os dois últimos meses de gestação. PESO DO CORDEIRO Meses de gestação Peso fetal PESO DO CORDEIRO A sobre-alimetação na metade da gestação pode significar uma perda de até 40% do peso do cordeiro ao nascimento. ROBINSON PERDAS EMBRIONÁRIAS As perdas embrionárias que ocorrem durante o primeiro mês de gestação, só aumentam quando a subnutrição é tão severa como a que se produz com dietas que aportam somente 15% das necessidades de manutenção durante 7 dias. Uma sobre-alimentação no princípio da gestação pode aumentar significativamente as perdas embrionárias. ROBINSON PERDAS EMBRIONÁRIAS Perdas de 7% do peso da ovelha durante os primeiros 90 dias de gestação não afeta o crescimento fetal. WALLACE Peso (Kg) FETO ÚTERO E MEMBRANAS FLUIDOS Dias de gestação DESENVOLVIMENTO FETAL E UTERINO ATÉ QUE PONTO É POSSÍVEL CONTRABALANÇAR, AO FINAL DA GESTAÇÃO, OS EFEITOS DE UMA SUBNUTRIÇÃO NA PRIMEIRA METADE? A Recuperação não chega a ser total quando a subnutrição se pratica em ovelhas que não tem atingido ainda seu peso adulto. As ovelha adultas, depois de um período de subnutrição durante a primeira metade da gestação podem destinar os nutrientes adiconais, que se administram ao final da gestação para a recuperação das reservas corporais mais que ao crescimento fetal. A idade da ovelha, seu escore corporal, o número de cordeiros na gestação, e possivelmente a magnitude da perda de peso determinam a importância do efeito da subnutrição e também o potencial da ovelha para compensar este efeito na fase posterior da gestação OS EFEITOS DA SUBNUTRIÇÃO Dependem não só da magnitude da subnutrição, mas também, do momento em quese produz; e são mais tangíveis quando a subnutrição tem lugar ao final da gestação MODOS IMPORTANTES DE MORTALIDADE DE CORDEIROS NA FAZENDA Mortes ante-parto Mortes intra-parto Mortes pós-parto Sobreviventes 2,32 % 4,64 % 20,93 % 80,0 – 85,0 % 2,32 % 8,13 % 27,9 % 60,0 – 70,0 % Perda Básica Normal Perda “Normal” + Subnutrição das ovelhas nas últimas 6 – 8 semanas Adaptado de: De Dennis, S.M. PERDAS EMBRIONÁRIAS Aumentam com a super e com a sub-nutrição; A maioria ocorre entre os dias 13 e 30 de gestação; Condições extremas como altas temperaturas e o frio, principalmente combinado com vento e chuva favorecem as perdas embrionárias; Situações de stress, como transporte durante o período de implantação embrionária; Procurar favorecer a manutenção do peso das ovelhas durante os 30 dias seguintes a cobertura, evitando perdas desnecessárias CLASSIFICAÇÃO DAS MORTES PERINATAIS DE CORDEIROS MORTALIDADE PERINATAL (Da concepção ao 28o. Dia de vida Extra-uterina MORTALIDADE PRÉ -NATAIS (Fetais) Erro Nutricional Infecção do trato Elevada temperatura ambiental Má qualidade / baixa quantidade ao final da prenhez Excesso nutricional no final da prenhez(obesidade) Bociogênicos ou estrógenos na dieta MORTES INTRA-PARTO Distocia Feto volumoso Atonia uterina Presdiposição racial Gêmeos MORTES NO PRÉ-PARTO IMEDIATO Efeitos da parição prolongada Predadores Má-Nutrição (Inanição) Má nutrição ante-natal da ovelha Clima frio Adoção deficiente Ovelhas idosas Exposição ao frio ou calor excessivo Defeitos congênitos Adoção deficiente Herdado Excessiva intervenção humana Suprimento lácteo insuficiente Clima frio Parição difícil Má Nutrição (Deficiências específicas) Deficiência de Iodo Deficiência de Selênio MORTES PÓS-PARTO NÃO IMEDIATAS Inanição Abandono pela ovelha Incompetência mamária Infecções Septicemia Fluxo lácteo insuficiente Lesões nas tetas Mastite Infecção do umbigo Desinteria Doença do músculo branco MORTES PÓS-PARTO TARDIAS Doença do músculo branco Enterotoxemia VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DOS CORDEIROS Durante o primeiro mês de vida pós-natal, em que os cordeiros dependem quase inteiramente do leite de suas mães, o crescimento dos nascidos de parto simples é quase o dobro que o daqueles nascidos de parto gemelar, em um mesmo rebanho. Esta diferença na velocidade de crescimento se vai atenuando com a idade, a medida que os cordeiros obtém nutrientes do pasto; embora sempre os cordeiros nascidos de parto duplo se mantenham ligeiramente abaixos. FRASER & STAMP LIMPEZA E SANIDADE DO LOCAL DO PARTO ACOMPANHAMENTO DO PARTO TRATAMENTO DO UMBIGO MAMADA DO COLOSTRO PERMANÊNCIA DA CRIA COM A MÃE IDENTIFICAÇÃO CUIDADOS FUNDAMENTAIS: FONTE DE NUTRIENTES PARA CONFERIR IMUNIDADE AOS RECEM-NASCIDOS A IMPORTÂNCIA DE FORNECER COLOSTRO NAS PRIMEIRAS HORAS DE VIDA DOS CORDEIROS COLOSTRO FATORES QUE PODEM AFETAR A INGESTÃO DE COLOSTRO COMPORTAMENTO DA MÃE COMPORTAMENTO DO CORDEIRO VISCOSIDADE DO COLOSTRO OVINOS LIMITA O CRESCIMENTO DO REBANHO LIMITA A TAXA DE DESFRUTE LIMITA A SELEÇÃO REDUZ A PRODUTIVIDADE MORTALIDADE DOS CORDEIROS: OVINOS INANIÇÃO CLIMA PREDADORES RAÇA IDADE DA OVELHA PESO COLOSTRO (INGESTÃO INADEQUADA) SISTEMA MAMÁRIO DA OVELHA MORTALIDADE DOS CORDEIROS Principais causas: Incremento de 0,5 a 1,0 Kg no peso ao nascer eleva a sobrevivência dos cordeiros em 50% Máxima sobrevivência ocorre quando o peso ao nascer dos cordeiros se situa entre 3,5 a 5,5 kg EFEITO DO PESO AO NASCER NA SOBREVIVÊNCIA DOS CORDEIROS MORTALIDADE DOS CORDEIROS Aspectos a considerar PESO AO NASCER N DE CORDEIROS POR PARTO AMAMENTAÇÃO DA OVELHA CONTROLE DE VERMINOSE PASTOS COM LOTAÇÃO ADEQUADA : PRODUÇÃO DE CORDEIROS “A excessiva mortalidade de cordeiros nos primeiros dias após o nascimento, é um dos grandes entraves para a obtenção de uma maior eficiência na produção ovina.” “O cordeiro passa um considerável período de sua vida no útero de sua mãe, já que a gestação dura 21 semanas, enquanto que, desde o nascimento até o abate, transcorrem de 12-16 semanas nos sistemas mais intensivos e de 16-24 semanas na maioria dos outros sistemas”. FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DOS CORDEIROS Produção de leite pela ovelha Peso ao nascer Idade da ovelha Indivíduo Peso da ovelha PRODUÇÃO DE LEITE PELA OVELHA A disponibilidade de leite materno afeta o crescimento do cordeiro. Essa disponibilidade se torna mais crítica nas situações de partos duplos, desnutrição severa da ovelha durante o terço final da gestação, etc. LEITE O crescimento inicial do cordeiro depende da produção de leite da sua mãe; nesse aspecto a raça é um fator relevante; Durante o primeiro mês de vida do cordeiro seu crescimento depende fundamentalmente do consumo de leite; CURVA DE LACTAÇÃO DAS OVELHAS QUE AMAMENTAM UM OU DOIS CORDEIROS PRODUÇÃO DE LEITE (L/dia) SEMANAS PÓS-PARTO Um cordeiro Dois cordeiros FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO DE LEITE DAS OVELHAS Raça Peso do cordeiro ao nascer Número de cordeiros amamentados Idade e peso da ovelha Alimentação da ovelha durante a gestação e a lactação EFICÁCIA DA UTILIZAÇÃO DO LEITE PELOS CORDEIROS No primeiro mês de vida, o cordeiro utiliza o leite com elevada eficácia. Para cada unidade de aumento de peso, são requeridos 5,4 a 5,7 unidades de leite, ou 1 unidade de matéria seca de leite. A correlação entre a produção de leite da ovelha e o crescimento do cordeiro alcança um valor de aproximadamente 0,8 – 0,9 durante o primeiro mês de lactação e declina posteriormente até 0,4 – 0,5 para as semanas 8 a 12. PESO AO NASCER Existe uma estreita relação entre pesos ao nascimento e ao desmame, estimando-se que este último é 2-3 kg superior por cada kg adicional de peso ao nascimento. IDADE DA OVELHA Cordeiros nascidos de ovelhas com menos de dois anos de idade, crescem mais lentamente que aqueles que nascem de ovelhas adultas. INDIVÍDUO A velocidade diária de incremento de peso dos cordeiros varia em maior medida entre indivíduos que entre raças. AMAMENTAÇÃO CONTÍNUA OU CONTROLADA? OVINOS OVINOS MANEJO DA AMAMENTAÇÃO ALIMENTAÇÃO DOS CORDEIROS Os cordeiros começam a ingerir quantidades crescentes de alimento sólido, concentrado e forragem, apartir das 3 semanas de idade. Depois das primeiras 5 semanas de vida, a energia que provém do leite fornece 88% das necessidades cordeiro, diminuindo a medida que a idade do cordeiro avança, chegando a fornecer às 10 semanas de idade somente 34% das necessidades MANEJO DE CORDEIRO Creep-feeding para cordeiros é uma ótima opção para melhorar o nível nutricional; Pico de produção de leite ocorre entre a terceira e quarta semanas após o parto, sendo que 75% do total da lactação é produzido nas primeiras oito semanas. FORNECIMENTO DE ENERGIA PROVENIENTE DO LEITE DA OVELHA PARA O CRESCIMENTO DOS CORDEIROS DE ACORDO COM AS NECESSIDAS EM DIFERENTES IDADES Semanas de vida do cordeiro % EFICÁCIA DE UTILIZAÇÃO DA ENERGIA METABOLIZÁVEL PARA O CRESCIMENTO PELOS CORDEIROS % Representa o maior percentual nos custos de produção - Sobre-alimentação é cara e desnecessária; - Sub-alimentação afeta o desempenho ALIMENTAÇÃO ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Consiste em combinar nutrientes à fase específica da produção dos ovinos. É a resposta para as perguntas: O que alimentar? Quanto alimentar? Quando alimentar? A LEI DO MÍNIMO “A produção total ou biomassa de qualquer organismo será determinado pelo nutriente presente em menor concentração em relação às necessidades daquele organismo” Justus Von Liebig Prática de manejo nutricional caracterizada pela alimentação pré-inicial suplementar dos cordeiros lactantes em comedouros protegidos CREEP FEEDING OBJETIVO Acelerar o desenvolvimento ruminal DESEMPENHO DOS CORDEIROS Boa alimentaçãoláctea Forragem de qualidade Alimento sólido pré-inicial Representa o maior percentual nos custos de produção - Sobre-alimentação é cara e desnecessária; - Sub-alimentação afeta o desempenho ALIMENTAÇÃO ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Consiste em combinar nutrientes à fase específica da produção dos ovinos. É a resposta para as perguntas: O que alimentar? Quanto alimentar? Quando alimentar? A LEI DO MÍNIMO “A produção total ou biomassa de qualquer organismo será determinado pelo nutriente presente em menor concentração em relação às necessidades daquele organismo” Justus Von Liebig Prática de manejo nutricional caracterizada pela alimentação pré-inicial suplementar dos cordeiros lactantes em comedouros protegidos CREEP FEEDING OBJETIVO Acelerar o desenvolvimento ruminal DESEMPENHO DOS CORDEIROS Boa alimentação láctea Forragem de qualidade Alimento sólido pré-inicial Cordeiros desmamados precocemente Maior peso ao desmame Maior velocidade de crescimento Acabamento precoce VANTAGENS FINALIDADE Introduz os cordeiros à alimentação concentrada Prover uma transição segura para o crescimento. Fornecer uma área protegida para os cordeiros descansar / dormir PORQUE ADOTAR A PRÁTICA DO CREEP FEEDING? Cordeiros ganham mais de 250g/dia quando a dieta láctea é suplementada com concentrados. Cordeiros não devem ir cedo para o pasto. A prática do creep feeding antecipa sobremaneira a terminação dos cordeiros. A prática do creep feeding favorece a transição para o crescimento dos cordeiros. 73 A PRÁTICA DO CREEP FEEDING Os cordeiros devem ter acesso ao creep-feeding aos 7-10 dias de idade aproximadamente. Oferecer a ração pré-inicial em pequenas quantidades inicialmente. Reabastecer regularmente o comedouro e manter fresca a ração pré-inicial. Permitir um espaço adequado de alimentação para cada cordeiro - 7 a 10 cm/animal. Disponibilizar água limpa e fresca. IMPORTANTE! Restringir o fornecimento de feno inicialmente para elevar o consumo da ração pré-inicial. Objetivo: Acelerar ganho de peso. - SE POSSÍVEL PELETIZADO, COMPLETO, BALANCEADO E DE ALTA PALATABILIDADE, O QUE GARANTE SUCESSO NA DESMAMA PRECOCE - FORMULADO COM 18% DE PROTEÍNA VERDADEIRA DE ALTA DIGESTIBILIDADE - ALTA ENERGIA PARA ALTOS GANHOS DE PESO - ALTOS NÍVEIS DE MINERAIS E VITAMINAS - ENRIQUECIDO COM AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS RAÇÃO PARA CORDEIROS - CONTÉM ADITIVOS PROMOTORES DE CRESCIMENTO E PREVENTIVOS À FORMAÇÃO DE CÁLCULO RENAL 77 - FORNECER RAÇÃO À VONTADE A PARTIR DOS 3 DIAS DE VIDA ATÉ 15 DIAS APÓS O DESMAME. - USAR O SISTEMA DE COMEDOUROS PROTEGIDOS (CREEP-FEEDING), ONDE SÓ OS CORDEIROS TÊM ACESSO. - A PARTIR DE 15 DIAS APÓS O DESMAME, FAZER A MUDANÇA GRADUAL DE RAÇÃO E IMPLEMENTAR NOVO MANEJO: FÊMEAS: RECRIA MACHOS: CONFINAMENTO MANEJO ALIMENTAR DESMAME PRECOCE PODE SER FEITO QUANDO OS CORDEIROS ATINGIREM O DOBRO DO PESO COM QUE NASCERAM E DESDE QUE JÁ ESTEJAM COMENDO PELO MENOS 250 GRAMAS DE RAÇÃO/DIA (ENTRE 5 a 6 SEMANAS) VANTAGENS: CORDEIROS MAIS PESADOS E SEM ESTRESSE NA DESMAMA MELHOR ESCORE DA CONDIÇÃO CORPORAL DAS OVELHAS MAIOR PRODUÇÃO DE CARNE / LÃ MELHORA A REPRODUÇÃO E O NÚMERO DE CORDEIROS NASCIDOS O SUCESSO NA DESMAMA PRECOCE: CREEP-FEEDING COMEDOURO PROTEGIDO ONDE SOMENTE O CORDEIRO TEM ACESSO À RAÇÃO DEPENDE DO ANIMAL JÁ ESTAR ACOSTUMADO A COMER RAÇÃO CREEP-FEEDING 82 CREEP-FEEDING 83 O CREEP-FEEDING Deve ser instalado em local limpo e seco, e que não permita acesso às ovelhas. O CREEP FEEDING Deve ser bem planejado Deve permitir acesso pelos quatro lados(ideal) Deve oferecer conforto aos cordeiros Os espaços de “passagem” devem ser suficientes para que os cordeiros não se sintam presos. O CREEP FEEDING O CREEP FEED O CREEP FEED O CREEP FEED O CREEP FEED O CREEP FEED MANEJO DE CORDEIRO DESMAME: PRECOCE: 21 a 45 DIAS CARNE SEMI- PRECOCE: 61 A 100 DIAS OPORTUNIDADE DE BOA TERMINAÇÃO. TARDIA: 100 A 150 DIAS SISTEMA EXTENSIVO DE CRIAÇÃO MANEJO DE CORDEIRO Mamar o colostro nas primeiras 48 horas Corte e cura do umbigo com 3 a 4 cm em seguida mergulhar em IODO 10% Pesagem ao nascer Exame de fezes e vermifugação periódica MANEJO DE CORDEIRO MARCAÇÃO O uso de brincos e chapas metálicas, possui baixo custo, usado logo após o nascimento, Tatuagem: animais puros que possuem registro genealógico. Ferro a fogo é realizada na tábua do queixo ou base do chifre, é barato, mas de difícil execução MANEJO DE CORDEIRO CASTRAÇÃO Objetivos: melhorar a consistência e o sabor das carnes, animais mais dóceis, engorda precoce, criação de machos e de fêmeas juntos MANEJO DE CORDEIRO Métodos de castração método cirúrgico, burdizzo anel de borracha CRONOGRAMA DE ABATE Peso médio ao nascer de 4,5 kg Ganhos de 280 e 240 g/dia nos períodos de pré e pós-desmame, respectivamente. 45 dias de idade, 17 kg, 95-100 dias de idade, 30 kg, aptos ao abate. A carne apresenta coloração rosada viva, elevado índice de maciez, sabor inigualável e moderado nível de gordura, adequada marmorização. CARCAÇA PARA ABATE 60 40 20 0 2.0 3.0 4.0 5.0 3 2 1 0 30 60 90 120 150 13 11 9 7 5 1 2.1 1.9 1.7 1.5 1.3 1.1 0.9 0.7 0.5 15 3 AMAMENTAÇÃO N( DE ANIMAIS N( DE DIAS 28 56 84 Contínua 38 9,10* 13,30* 16,80* Controlada 39 8,96* 12,30* 16,10* * - Peso médio(kg) de cordeiros Santa Inês aos 28, 56 e 84 dias de idade, submetidos ao manejo de amamentação contínua ou controlada. 100 Peso Corporal, Kg Peso, Kg 80 60 40 20 40 30 20 10 0 GRUPO P. BRUTA 17,7% 15,7% 15,7% AD. DE LISINA - - 0,15% II Fonte: Bonn, Et alli, 1991 III I 2,2 2,4 2,6 GANHO DIÁRIO DE PESO (_____) (g) ÍNDICE DE CONVERSÃO (-------) 2,8 700 660 620 RELAÇÃO ENTRE RENDIMENTO E ADMINISTRAÇÃO DE AMINOÁCIDOS