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Aula 3 - Criação de bezerras

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15/12/2023
1
Criação de bezerros
Prof. Vitor Visintin Silva de Almeida
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CAMPUS ARAPIRACA
CURSO ZOOTECNIA
2
A vaca quando está próxima do parto 
apresenta alguns sinais:
 Edema e flacidez da vulva
 Elevação da base da cauda
 Durante a fase de expulsão a
vaca pode assumir várias
posições, podendo o processo
de expulsão levar de 1 a 4 horas
(TONIOLLO e VICENTE, 2003).
3 4
5
Posicionamento
6
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2
7
Intervenção cirurgica
8
Distocia
 As distocias podem variar de um ligeiro atraso no desencadeamento do parto ou até a 
completa incapacidade de parir. 
 Origem 
 Materna
 Fetal
 Sendo que devemos analisar 3 fatores durante o parto:
 As forças de expulsão
 O canal do parto 
 O feto
 Será caracterizada uma distocia quando um destes três fatores não permitirem o nascimento 
do produto (BORGES, 2006; RICE, 1994).
É caracterizada por uma complicação ou dificuldade de realizar o parto de maneira
normal onde se necessita de intervenção para que o produto venha a nascer
minimizando riscos ao feto e a parturiente
9
Causas de parto distocico
 Raça
 Conformação da vaca e ou do touro
 Tamanho de bezerros
 Números de parições
 Vacas primíparas e multíparas apresentaram taxa de distocia de 28,6 e
10,7%, respectivamente, demonstrando que os partos distócicos são mais
freqüentes em animais de primeira cria (Meyer et al., 2002).
 Números de fetos
 Sexo do bezerro, onde os machos são responsáveis duas ou três 
vezes mais por distocia do que fêmeas 
 Principalmente a posição em que o feto se encontra no útero
(BELCHER et al., 1979). 
10
11
Efeito da distocia
 A hipoxia e a acidose sanguínea são problemas comuns em
bezerros resultantes de partos com algum grau de distocia
 Podem resultar em morte imediata ou reduzir a sobrevida do animal
recém-nascido
 Os que sobrevivem, são normalmente mais fracos e lentos para
levantar e mamar
 Afetam de forma negativa a absorção de imunoglobulinas e a regulação da
temperatura corporal
12
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3
Meyer et al. (2002) definiu como natimorto o bezerro morto antes, durante ou
48h após o parto.
 Estes autores observaram que novilhas de primeira cria geram mais natimortos (11%) do que
vacas multíparas (5,7%)
 Metade dos natimortos ocorriam em resposta a partos distócicos. A outra metade ocorria em
resposta a partos não assistidos.
Meyer et al. (2001)
• Demonstrou que um leve problema de parto aumenta a chance de
bezerro natimorto em 2,9% em novilhas e 4,7% em vacas.
• Para partos mais difíceis, novilhas são 6,7 vezes mais propensas a gerar
um natimorto, enquanto vacas são 11,3 vezes
• O sexo do bezerro pode afetar a taxa de natimorto, sendo machos
filhos de novilhas os de maior chance de ser natimorto.
13
Produtores americanos reportam que 8,7% das bezerras nascidas vivas morrem 
antes do desaleitamento (USDA, 2002)
 Foram acompanhadas três fazendas com tamanho de rebanho entre mil e 
cinco mil vacas
 A maior parte (95%) Holandesas
 O escore de distocia foi baseado no nível de assistência dado durante o parto
Lombard et al. (2007)
Escore de distorcia Característica do parto
1 sem necessidade de assistência
2 intervenção de uma pessoa
3 intervenção de duas ou mais pessoas
4 tração mecânica foi utilizada 
5 procedimentos cirúrgicos foram necessários
14
Porcentagem de bezerros por fazenda, paridade da vaca, sexo 
do bezerro e status ao nascimento de acordo com o escore de 
distocia.
Lombard et al. (2007)
15
Cuidados com vacas gestantes
 Boa alimentação
• Hipocalcemia
• Cetose
• Deslocamento do abomaso
16
Ocorrência de enfermidades no período de transição de vacas leiteiras
17
Alterações dietéticas para o final da gestação
Redução do consumo de MS em 30%
FDN (%) Energia (Mcal/kg) PB (%) Cond. Corporal
60 a 21 dias pré-parto 40% 1,32 10 3,5
21 dias pré-parto em diante 35% 1,52 12,5 3,75
Fonte: Adaptado do NRC, 2001
18
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4
Efeito do nível de energia da dieta de vacas nos últimos 30 dias de gestação 
Variável
Nível de Energia
Alto Baixo
Consumo de energia digestível, Mcal/vaca/dia
100 a 30 dias pré-parto 8,4 8,4
Últimos 30 dias 19,3 8,4
Pós-parto 28,8 28,8
Mortalidade (%)
Ao nascer 0 10
Até a desmama 0 29
Diarréia e Peso final
Incidência de diarréias (%) 33 52
Peso a desmama (kg) 145 133
Fonte: Corah et al. (1975)
19
Cuidados com vacas gestantes
 Condição corporal ideal: 3,0 a 3,5 
20
Cuidados com vacas gestantes
 Devem ser secas e levadas ao pasto maternidade 60 dias 
antes do parto:
 Descanso da glândula mamária
 Maior produção de leite
 Colostro de alta qualidade 
 Pasto maternidade
 limpo, seco e próximo ao estábulo
21
Importância do pasto maternidade
Mortalidade < 5% Mortalidade > 5%
Dificuldade de parto 0% 68%
Natimortos/morte 24 horas 4,8% 54%
Freqüência de observações 4-5 vezes ao dia 1-2 vezes ao dia
22
Primeiros cuidados
 Ao nascimento
 Cura do umbigo
 Identificação 
 Descorna, tetas extras
23
CURA DO UMBIGO
24
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5
Desidratação do coto umbilical
25 26
27
Identificação
 Os métodos
 Tatuagem
 Brinco (visual ou eletrônico) 
 Marcação a fogo
 Existem outros métodos menos utilizados:
 Marcação a frio
 Cortes nas orelhas
 Colares de identificação 
 Todos os métodos têm limitações em seu uso e que a eficiência de 
cada um é diretamente relacionada à forma pela qual são aplicados 
na identificação de animais
28
Tatuagem 
 Método de identificação permanente e de fácil realização
 Limitação é a dificuldade para visualização do código
Fonte: MAPA, (2013)
29 30
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6
Os brincos de identificação
 Método de fácil aplicação e de boa visibilidade
 Limitação: é a falha na retenção
Fonte: MAPA, (2013)
31 32
A marcação a fogo
 Método mais comum para a identificação de bovinos
 Obrigatório - brucelose
33 34
Descorna
• Ferro quente • Pasta
35
- 2 a 5 dias após o nascimento
- 15 a 30 dias após o
nascimento
Comportamento de bezerras (número de vezes por hora, realizando atividade
relacionada à dor) descornadas com a utilização de pasta cáustica, com ou sem a
administração de sedativo.
Vickers et al., 2005
36
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7
Comportamento de bezerros (número de
vezes realizando atividade relacionada à
dor) descornados com a utilização de ferro
quente ou pasta cáustica, com a
administração de sedativo.
Vickers et al., 2005
37
Eliminação de tetas supranumerárias
 Facilidade quando procedida precocemente (NUSSIO, 2004)
 Tetas extras (30 a 50 dias):
 Poderão atrapalhar a colocação do equipamento de ordenha
 Representa via adicional de contaminação e estabelecimento de
microrganismos causadores de mastite (MATOS et al., 1997).
 Realizam este procedimento
 Apenas 35% das propriedades
 Propriedades de menor produção: 8% - 20%
 A não aplicação desta técnica deve-se em geral ao simples
desconhecimento da mesma.
38
Cuidados após o parto 
 Observar o bezerro
 Mamar o colostro 
 Natural
 Mamadeira
 Sonda
39
Importância do colostro
 Transferência de anticorpos da mãe para a cria
 Energia e reserva de vitaminas e minerais
 Bezerros nascem praticamente desprovidos de defesas 
contra doenças
 50% das perdas do 1º ano de vida ocorrem na 1ª semana de vida
 Fazer a bezerra ingerir 04 litros de colostro nas primeiras seis 
horas de vida. 
40
Mortalidade de bezerros
 USDA – 12%
 9 milhões de bezerros por ano, desses animais cerca de 6% morrem no 
nascimento ou poucas horas após. Dos que sobrevivem, outros 6% não 
resistem ao período de desaleitamento. 
 60% das mortes dos animais desaleitados estão relacionados com doenças do trato 
gastrointestinal e 24% à problemas respiratórios
 Brasil
 Estudo de 1188 propriedades, a mortalidade até um ano de idade gira em 
torno de 14%
 Dados de 69.000 bezerras avaliadas, das 11.000 mortes que ocorreram:
 21% diarreia
 20.43% tristeza parasitária
 14.20% pneumonia
 Redução dessas taxas:
 Colostragem eficiente, cura de umbigo, nutrição de acordo com as exigênciasnutricionais das bezerras, instalações com densidade ideal, ambiente limpo, seco, 
com temperatura e umidade adequados.
Fonte: IDEAGRI (2019)
41
Colostro
 Placenta é do tipo sindesmocorial, posuindo seis camanda entre a mãe e a cria
 Dificulta a passagem de imunoglobulinas (Ig)
 Bezerra não produz Ig – não sintetizam proteínas de defesa
 Concentração de Ig no colostro 6%
 Problema???!!!?? 
 Utilização do colostro pelas bezerras
 Com o passar das horas a bezerra já produz no intestinos enzimas capaz de 
quebrar proteínas (Ig)
Fornecer colostro o mais rápido possível!!!!
42
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8
 Segundo Quigley (1998), após 12 horas de vida, o
sistema digestório já possui capacidade de secretar
grande volume de sucos digestivos.
 A concentração de Ig de bezerras seja 2,0 mg/mL
menor para cada 30 minutos de atraso na ingestão do
primeiro colostro.
43
 Faber et al., (2005) avaliaram o fornecimento de 2 litros e 04 
litros de colostro nas seis primeiras horas de vida da bezerra, e 
verificaram:
 4 litros promoveu redução de 60% nos custos com assistência veterinária
 Ganho de peso de 230 g/dia a mais aos 14 meses de idade e 1.027 kg de 
leite a mais durante as duas primeiras lactações 
Priestley et.al. (2013) concluíram que para atingir a meta de 5,5
g/L de IgG sérica (considerada ideal), é necessário o
fornecimento de 3,8 litros de colostro de boa qualidade, nas
primeiras 02 horas de vida da bezerra.
44
45
Quigley (2001)
COMO A QUALIDADE DE COLOSTRO É 
AVALIADA?
Quantidade de anticorpos
 Observações visuais:
 Colostro grosso e cremoso é rico em anticorpos.
 Colostro com aspecto mais aguado e de consistência fluida provavelmente contem menor 
concentração de anticorpos. 
 Período seco inadequadamente curto (com menos de 4 semanas)
 Partos prematuros
 Ordenha ou vazamento de leite antes do parto reduzem a concentração de 
anticorpos no colostro;
 Idade da vaca: 
 Maior em vacas mais velhas (>8%) do que em novilhas de primeira cria (5–6%).
 Vacas mais velhas produzem colostro com uma população mais diversa de anticorpos
46
IMPORTÂNCIA DA QUANTIDADE E
MOMENTO CORRETO DE
ADMINISTRAÇÃO DE COLOSTRO
47
Relação entre mortalidade e quantidade de colostro fornecido aos bezerros
Holandeses recém-nascidos durante as 12 primeiras horas de vida.
Quantidade fornecida (kg) Mortalidade (%)1
2 a 4 15.3
5 a 8 9.9
8 a 10 6.5
1 Mortalidade média de 1 semana a 6 meses de vida.
Efeitos de quantidades diferentes de colostro administradas e 
tempo de alimentação relativo ao nascimento, nas transferência de 
imunoglobulinas G (IgG) do colostro para o sangue do bezerro.
48
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9
49
Quantidade de colostro de boa qualidade necessária por fornecimento em função da 
raça e peso corporal do bezerro.
Raça:1 Pequena Média Grande
Peso corporal, kg 25 30 35 40 45 50
Colostro,2 kg 1.25 1.50 1.75 2.00 2.25 2.50
1 Raça pequena = Jersey; Raça média= Ayrshire and Guernsey; Raça grande = Hosltein and Brown Swiss.
2 Quantidade de colostro fornecida a cada fornecimento ou refeição (4 a 5% do peso corporal).
CONGELAMENTO E DESCONGELAMENTO 
DE COLOSTRO
 Colostro pode ser preservado congelado sem qualquer perda de valor
imunológico (destruição de anticorpos).
 Deve ser congelado em pacotes de 1,5 a 2,0 kg, o que representa a quantidade
necessária para para um único fornecimento.
 Qualidade do colostro???
 É muito fluido e ralo;
 Contem sangue;
 Vem de um quarto infectado com mastite;
 Vem de uma vaca recém adquirida no rebanho ou uma vaca de primeira cria;
 Vem de uma vaca que foi ordenhada anteriormente ao parto ou que teve um considerável
vazamento de leite.
 Descongelar o colostro - banho-maria (45–50°C)
 A temperatura de colostro deve ser cuidadosamente monitorada para evitar a
destruição de anticorpos e o risco de queimar o bezerro.
50
51 52
Influência do período seco na concentração de Ig no colostro
Período seco (dias)
Imunoglobulinas (g/L)
Ig G Ig M Ig A
< 14 12,0-17,0 1,7-4,4 1,3-4,8
42 a 64 43,7 9,4 4,5
Fonte: Logan et al., (1981)
53
Concentração média de proteína totais e IgG
Variável Leite do 3° ao 60° dia Colostro 1° ao 60° dia
Proteína sérica total (g/100ml) 6,32 7,27
IgG (mg/ml) 27,52 27,4
Fonte: Bacarat et al (1995)
54
Concentração média de IgG nas três primeiras ordenhas
Autor 1ª Ordenha 2ª Ordenha 3ª Ordenha
Soares Filho et al. (2001) 73 41 17
Foley e Otterby (1978) 48 25 15
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Efeito Somatogênico do Colostro
55
Concentração sérica e colostral de IGF-I 
para bezerras com 48 hs de vida
56
Avaliação da qualidade do colostro
 Clostrômetro (hidrômetro)
57
 Correlação entre a gravidade
específica do colostro e a
concentração de imunoglobulinas
(Ig)
 Faixa de temperatura
adequada - (20 a 25ºC)
58
Refratômetro de brix
Avaliação da qualidade do colostro
 A porcentagem de brix 
 Alta correlação entre a porcentagem de brix e o teor de sólidos totais do 
líquido
 Correlacionada com a concentração de IgG do 
 Valor limite (> 50 mg de Ig/mL) é 21% de brix.
BOVINOS JOVENS
• 7º dia consome forragem verde e tenra;
• 20º dia possui os microorganismos da flora intestinal;
• 30º dia digere 75% da MS e 84% da celulose.
Idade em semanas
0 4 8 20-26 34-48
Retículo-Rumem (%) 38 52 60 64 64
Omaso (%) 13 12 13 22 25
Abomaso (%) 49 36 27 14 11
Fonte: D’arce, 1977.
Porcentagem de tecido estomacal total de cada
compartimento, em diferentes idades:
59
Desenvolvimento ruminal
 As alterações anatômicas depende da dieta que o animal está consumindo;
 Alimentação apenas com leite, desenvolve 3-4x menos a capacidade do
rúmem-retículo;
 Mais precoce a produção de AGV’s → mais rápido ocorrerá o
desenvolvimento das papilas ruminais;
60
Altura e área das papilas do saco ventral do rúmen de bezerros
Idade (dias) Altura (mm) Área (mm2)
4 0,33 0,047
30 0,41 0,075
60 1,6 0,82
90 2,2 1,22
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Desenvolvimento ruminal
 Fornecimento de feno para bezerros
 Importância do concentrado e papel do feno no 
desenvolvimento ruminal
6 semanas (somente leite)
61
8 semanas (leite + concentrado)
8 semanas (feno + leite + concentrado)
62
63
Fonte: Quigley (2001)
Estabelecimento da microbiota 
ruminal
64
Motilidade Ruminal
Fonte: Asai et al. (1973)
FORNECIMENTO DE LEITE
Digestão de leite em bezerros
 Quando o leite chega ao abomaso,
formam-se grumos de coalho
 Alguns componentes do leite como a
gordura, água e minerais ficam retidos
nestes grumos de coalhos que por sua
vez, ficam no abomaso até que a
digestão seja completa.
 Outros componentes do leite,
principalmente proteínas do soro,
lactose e a maioria dos minerais se
separam dos grumos e passam
rapidamente para o intestino delgado
(na taxa de 200 ml por hora).
65
O ESTÔMAGO DO RECÉM-NASCIDO
FORNECIMENTO DE
LEITE A BEZERROS
 Após dado colostro e leite de transição, deve-se fornecer
leite com alto valor nutricional para permitir crescimento
satisfatório a custos baixos. Os seguintes fatores são
importantes quando alimenta-se bezerras jovens com leite:
 Tipo de leite fornecido;
 Tamanho da refeição;
 Frequência de alimentação;
 Métodos de alimentação;
 Temperatura do leite.
66
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12
Qual a quantidade de leite que deve 
ser fornecida por dia?
 Uma regra prática seria alimentar 1 kg de leite por dia para cada 10
a 12 kg de peso vivo ao nascimento
 8 a 10% de seu peso vivo ao nascimento em leite todos os dias
 Bezerros devem ser alimentados com a mesma quantidade de leite até
que sejam desmamados
 Com o crescimento, os bezerros podem utilizar grandes
quantidades de leite. Porém, ao se limitar o consumo de leite, os
bezerros são encorajados a consumir alimentos sólidos desde cedo.
67 68
Programa de alimentação 
líquida para bezerros de leite.
Frequência de alimentação
 Preferencialmente, o leite deve ser oferecido 2 vezes por dia, sendo cada 
alimentação 4 a 5% do peso vivo em leite.
 Quando fornecida de uma única vez, a capacidade de digestão do 
abomaso é excedida e o leite em excesso volta ao rúmem, causandoproblemas digestivos (por exemplo, timpanismo). 
Métodos de fornecimento de leite:
 Mamadeira ou balde
Temperatura do leite
 Leite frio produz maiores problemas digestivos que o leite morno
 Durante a primeira semana - 39°C
 Bezerros mais velhos (25–30°C)
69
FORNECIMENTO DE
LEITE A BEZERROS
Tipo de leite que pode ser fornecido
 Os vários tipos de leite disponíveis na fazenda para 
alimentar bezerros jovens, incluem:
1) Colostro em excesso;
2) Leite de transição em excesso;
3) Leite que não foi vendido (leite mastítico ou com 
antibióticos);
4) Leite desnatado ou outros subprodutos do 
processamento do leite;
5) Leite integral.
70
71 72
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13
Aleitamento Natural
 Bezerros recebem o leite mamando na vaca
 Adoção irá prevalecer quando:
 As vacas não “desçam o leite”sem a presença de bezerro
 Produção média < 8kg
 Mão-de-obra sem noções de higiene
Vantagens Desvantagens
< incidência de diarréias???? ↑ Custos de alimentação
↓ incidência de mastite ↓ desempenho reprodutivo das vacas???
↓ mão-de-obra para alimentação ↑mão-de-obra na ordenha
Alternativa – aleitamento natural controlado “$”
73
 1) Bezerro solto com a vaca
 2) Bezerro com vaca somente nas ordenhas
Aleitamento Natural
74
 Sistema Embrapa (CNPGL)
 1º mês - Fornecer leite de uma teta em rodizio
 2º mês – Ordenha quatros tetos – leite residual
 > 60 dias – Bezerro levado somente para descida 
do leite
75
Aleitamento Natural Aleitamento Artificial
 Bezerros são apartados da vaca e recebem a dieta líquida no 
balde ou mamadeira
 Adoção depende:
 Vacas “desçam o leite” sem o bezerro
 Produção média > 8kg
Vantagens Desvantagens
Ordenha mais higiênica > cuidado com limpeza e desinfecção
Controle da quantidade de leite fornecido > investimento em equipamentos
Facilita o manejo (lotes) Pessoal mais treinado (nível de higiene elevado)
76
77 78
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14
79 80
81
Fornecimento de leite Fornecimento de leite 
 Fornecimento tradicional (8 a 10% do PV):
 4 litros (divididos em duas vezes ao dia) – durante 30 dias
 Após 30 dias, retira-se 1 litro por semana
 60 dias desmama
82
Fornecimento de leite e concentrado 
 Step-down (Drackley, 2006; Reis, 2011)
 6,0 litros até 30 dias (20% do PV); 
 Redução de 1,5 litros quando o consumo de concentrado atingir 700g por 
período de 04 dias consecutivos
 3,0 litros/dia quando estiver consumindo 1,2 kg de concentrado; 
 Desmama com consumo de 1,5 kg de concentrado. 
83 84
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15
Convencional x Stepdown
Fonte: Universidade do leite, (2013)
85 86
Desempenho e consumo de concentrado em bezerros leiteiros em 
diferentes sistemas de aleitamento
Produção de leite em bezerras que receberam 50% a mais de 
leite no período de aleitamento (método de stepdown)
Estudo Diferença em relação ao controle (em kg)
Foldager & Kron (1994) 1400
Bar-Peled et al. (1997) 450
Foldager et al. (1997) 520
Ballard et al. (2005) 700 até 305 dias de lactação
Rincker et al. (2006) 500, projetado para 305 dias
Moallen et al. (2006) 1134
Pollard et al. (2007) 835
Soberon et al., (2012) 704
Soberon & Van Amburgh, (2013) 429
Fonte: Universidade do leite, (2013)
87 88
Fonte: Omidi-Mirzaei et al. 2015
89
1.Precoce abrupto (PA): Desaleitamento iniciando aos 40 dias de idade, realizado em quatro etapas e com duração de 
três dias – 18 animais.
2.Precoce gradual (PG): Desaleitamento iniciando aos 35 dias de idade, realizado em sete etapas e com duração de 14 
dias – 18 animais.
3.Tardio abrupto (TA): Desaleitamento iniciando aos 54 dias de idade, realizado em quatro etapas e com duração de 
três dias – 18 animais.
4.Tardio gradual (TG): Desaleitamento iniciando aos 49 dias de idade, realizado em sete etapas e com duração de 14 
dias – 18 animais.
Design experimental.
Fonte: Wolfe et al. (2023)
90
Intakes of milk replacer (MR; A), grain (B), and forage (C) on a weekly basis. Treatments are denoted as EA (early-abrupt), EG (early-
gradual), LA (late-abrupt), and LG (late-gradual). These graphs demonstrate how calves preweaning were treated the same regardless of
treatment. Before treatment application during weaning, no differences were found. Error bars denote mean ± SEM.
Fonte: Wolfe et al. (2023)
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16
91
Calf ADG during weaning transition. Treatments are denoted as EA (early-abrupt),
EG (early-gradual), LA (late-abrupt), and LG (late-gradual). Asterisks denote
difference in effect of weaning pace (P < 0.05); daggers denote difference in effect
of weaning age (P < 0.05). During the weaning transition, ADG decreased by age (P
< 0.01). However, calves weaned gradually had an increased ADG regardless of
age (0.65 kg/d ± 0.09 SE, P = 0.03). Average daily gain was also nonsignificant for
the age × pace interaction (P = 0.39). Error bars denote mean ± SEM.
Change in forage (A) and grain (B) intake during weaning. Treatments are denoted as
EA (early-abrupt), EG (early-gradual), LA (late-abrupt), and LG (late-gradual). The
change in forage intake during weaning was not significant for age (P = 0.48), pace (P
= 0.75), or the interaction (P = 0.48). Asterisks denote difference in effect of weaning
pace (P < 0.05); letters denote difference in pace × age interaction (P < 0.05). The
change in grain intake during weaning increased by pace (P < 0.01), with gradual
weaning having greater change in grain intakes (1.4 ± 0.09% BW, P < 0.01). The
interaction of age and pace was also significant (P = 0.02). Change in grain intake
during the weaning transition was nonsignificant for age (P = 0.52). Error bars denote
mean ± SEM.
Fonte: Wolfe et al. (2023)
92
Comparação
Qualidade das rações iniciadoras para 
bezerros
 Ligação crucial para que o rúmen se desenvolva devidamente 
 Para que se tenha um desmame com sucesso
 Existem vários tipos de rações iniciadoras e outros alimentos 
disponíveis para bezerros:
 Rações Iniciadoras Texturizadas comerciais
 Rações Iniciadoras Peletizadas Comerciais (com ou sem a adição de 
feno) 
 Alimentos Lácteos Comerciais 
 Rações Iniciadoras Caseiras Moídas e Misturadas. 
93
 Peletizado ou de textura grosseira
 Ingredientes finamente moídos reduzem o consumo
 Sabor agradável para o animal (adicionar 7% a 10% de melaço)
 Nível baixo de fibra (6% a 7%) e alto em energia - suprir as 
necessidades 
 Deve conter níveis adequados de proteína (16% a 18%), minerais e 
vitaminas.
94
Qualidade das rações iniciadoras para 
bezerros
95
Rações iniciadoras - Recomendação
Fonte: NRC, 2001
O concentrado inicial a ser fornecido até os 
60-70 dias de idade
96
Limites de participação de alguns alimentos 
em misturas de concentrados para bezerras, 
à base de matéria seca.Alimento concentrado Recomendação
Amendoim, farelo até 30%
Arroz, farelo até 20%
Arroz, farelo desengordurado. até 20%
Canola, farelo sem restrições
Carne, farinha não usar
Carne e ossos, farinha não usar
Melaço 7 a 10%
Milho, grão sem restrições
Peixe, farinha até 10%
Soja, farelo sem restrições
Soja, grão cru até 20%
Uréia (até 1/3 da proteína total)
Fonte: Embrapa CNPGL
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17
Leite X Concentrado
 Leite: 12% MS
 3% de proteína bruta
 15,6% de NDT
 Concentrado: 92% MS
 16% de PB
 70% de NDT
30g de PB e 156g de NDT por litro ingerido
160g de PB e 700g de NDT por kg de concentrado ingerido
97
Ração Farelada X Peletizada
98
X
Peso e altura de bezerros Holandês preto e branco submetidos a dois tipos de
concentrado
Concentrado
Farelado Peletizado
Peso (kg)
Inicial 36,87a 37,62a
49 dias 54,80a 58,52a
120 dias 86,83a 90,99a
Altura (cm)
Inicial 70,31a 71,06a
49 dias 78,03a 78,45a
120 dias 86,07a 86,70a
Adaptado de Medina et al. (1999)
99 100
Composição dos concentrados farelado e peletizado e do sucedâneo utilizados no
período de aleitamento
Médias e coeficientes de variação (CV, %) dos consumos no período de
aleitamento, em função dos tratamentos do 28º ao 70º dia
Fonte: Gonsalves Neto et al. (2008)
101
Médias e coeficientes de variação (CV, %) do ganho de peso diário, aumento do
perímetro torácico,aumento da altura de cernelha e conversão alimentar da matéria
seca, no período de aleitamento, em função dos tratamentos do 28º ao 70º dia
Fonte: Gonsalves Neto et al. (2008)
102
Consumo diário no período pós-desmama, em função dos
tratamentos, do 71º ao 113º dia
Desempenho, no período pós-desmama, dos 71º aos 113o dias
Fonte: Gonsalves Neto et al. (2008)
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18
103
Fonte: Bittar et al. (2009)
Utilização de volumoso no aleitamento
 NRC (2001) – Não fonecer antes de 6 semanas
 McGavin e Morrill (1976) – falta de forragem –
paraqueratose ruminal (altera o formato da papila)
 Coelho (1996) – com ou sem forragem apresenta
paraqueratose ruminal
104
 Controvérsia??!!???
 Somente após o desaleitamento – (Quigley, 1998; Coelho 1999) – consumo
baixo, desperdício, exigências supridas basicamente com o leite.
 Liziere et al. (2002) recomenda para animais desaleitados aos 56 dias –
fornecimento de volumoso a partir da 8 semana.
105
* VAR - Valor de Abrasão Ruminal
106
Efeito dos alimentos sobre a palatabilidade
107
Consumo de forragem, de concentrado e o ganho diário médio de bezerras alimentadas do nascimento até duas
semanas após o desaleitamento com diferentes fontes de forragem: CON (concentrado apenas), AH (feno de alfafa), RH
(feno de azevém), OH (feno de aveia), BS (palha de cevada), TS (silagem de triticale) e CS (silagem de milho).
* % - Indicam a proporção de forragemde alimentos sólidos consumidos
Fonte: Castells et al. (2012)
108
Relação quadrática entre a porcentagem da forragem na 
dieta de bezerras com o consumo de concentrado inicial 
(kg/d)
Fonte: Terré e Castells, 2016.
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109
Vantagens e desvantagens relatadas na literatura do fornecimento de
forragem a bezerras antes do desmame
Fonte: Terré e Castells, 2016.
110
Relação quadrática entre o peso do rúmen cheio expresso como porcentagem
do PC e o consumo de forragem expresso como porcentagem do PC de
bezerras alimentadas com baixas quantidades de leite.
Fonte: Castells et al. (2012)
111
Evolução do pH ruminal e da concentração de ácidos graxos voláteis no rúmen em bezerras
suplementadas com diferentes fontes de forragem: não suplementadas (controle),
suplementadas com feno de alfafa (alfafa) e suplementadas com feno de aveia (aveia).
Fonte: Castells et al. (2013)
EFEITO DA DIETA NO DESENVOLVIMENTO DO RETÍCULO RÚMEN EM BEZERRAS DE 3 
A 12 MESES 
Item
Dieta
1 2 3 4 5
Consumo de concentrado(kg/d) 0,4 0,76 1,04 1,34 1,37
Consumo de feno (kg/d) 0,63 0,34 0,26 0,23 0,06
Consumo de leite (3-5 semanas) 3,07 2,9 2,89 3,13 3,09
Peso de retículo-rúmen à 3 semanas 0,24 0,24 0,24 0,24 0,24
Peso de retículo-rúmen ao abate (12 semanas) 1,71 1,8 1,8 1,89 2,12
Comprimento de papilas ruminais (mm) 4,2 5,2 5,5 7,4 7,4
Peso do conteúdo do retículo-rúmen as 3 semanas 0,75 0,75 0,75 0,75 0,75
Peso do conteúdo do retículo-rúmen as 12 semanas 10,86 9,6 9,36 8,44 7,75
Volume do retículo rúmen (L) 15,01 13,15 11,43 7,48 8,12
Fonte: STOBO et al. (1966)
112
 Leite de descarte
 Colostro fresco 
 Colostro fermentado
 Sucedâneos
113
Alternativas para aleitamento Tipos de Sucedâneo
 Critérios para uso do sucedâneo: 
 Fornecer após 30 dias do nascimento
 Observar o desempenho das bezerras 
 Origem Láctea Vs Origem não Láctea
 Vantagens 
 Alimentação Padronizada
 Fornecimento em qualquer horário
 Auxilia desmame precoce – menor gordura – maior consumo de concentrado
 Custo/beneficio 
 Qualidade
 Carboidrato → Lactose > 40% da MS – ausência de enzima para degradação de 
amido
 Proteína → 20% MS – derivada do leite
 PB Vegetal < 50% da PB
 Fibra
 Não exceder 0,5% MS – indicativo de proteína vegetal
 Poderá ser utilizada após 30 dias
114
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115
Análise bromatológica de sucedâneos lácteos 
comercializados no Brasil 
116
Efeito do tratamento com diferentes tipos de sucedâneos para a saúde e
crescimento da bezerra
Variável
Leite 
Materno
Sucedâneo 
origem não 
láctea
Sucedâneo 
origem 
láctea
Peso ao nascimento, kg 35,9 37 38,4
Peso a desmama, kg 61,20A 57,20B 59,50A
Ganho de PV, kg 24,60A 20,70C 22,90B
Fonte: Priestley, et al., (2013)
117
Efeito do tratamento com diferentes tipos de sucedâneos sobre a mortalidade e 
morbidade de bezerras do nascimento até ao desmame.
Tipo de sucedâneos
Efeito (%)
Morbidade Mortalidade
Leite Materno 46,9 (23/49) 8,2 (4/49)
Sucedâneo não lácteo 71,4 (35/49) 24,5 (12/49)
Sucedâneo lácteo 67,3 (33/49) 16,3 (08/49)
Fonte: Priestley et al., (2013)
118
Peso vivo, ganho de peso e crescimento corporal de
bezerras da raça Holandês recebendo leite integral
ou sucedâneo lácteo
Fonte: LEE et al., 2009.
119 120
Fonte: STAMEY et al. 2012.
Tratamentos:
SC+CC - Sucedâneo convencional (20% PB, 20% EE) + concentrado convencional (19,6% PB na MS)
SR+CC - Sucedâneo reforçado (28,5% PB, 15% EE) + concentrado convencional
SR+CA - Sucedâneo reforçado + concentrado inicial com alta PB (25,5% PB na MS)
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121121
Fonte: STAMEY et al. 2012.
122
Fonte: STAMEY et al. 2012.
123
Fonte: STAMEY et al. 2012.
124
Fonte: STAMEY et al. 2012.
125
Fonte: STAMEY et al. 2012.
126
Fonte: Boito et al. (2015)
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22
Desmama Precoce
 O sucesso do programa depende:
 Fornecimento de concentrado adequado
 Manejo e cuidados adequados 
 Mão-de-obra qualificada
 Alimentação
 Fornecimento 3-5 litros de leite/dia
 1ª semana 2x/dia
 > 2ª semana 1x/dia
 Desmame 60 dias
 Concentrado - 2ª semana
 Feno – variado??!!!??
 Água
127
Pré-requisitos para uma desmama
1. O bezerro é saudável
2. O bezerro estava consumindo pelo menos 700 gramas de ração por 3 dias
consecutivos antes de ser desmamado
 O bezerro deve ser alimentado com leite ou seus substitutos até que possa comer e digerir
alimentos secos
 A quantidade de alimento seco consumida deve ser o critério mais importante para se
determinar quando o bezerro pode/deve ser desmamado
3. O bezerro tem idade entre 4, 5 e 7 semanas de vida
 Cada bezerro é um indivíduo e deve ser tratado como tal
 Idade não deve ser o principal critério
4. O rúmen do bezerro está desenvolvido adequadamente do ponto de vista do
tamanho, musculatura, microorganismos e papila
 Alimentação
128
Princípios básicos que deveriam ser seguidos 
para uma boa desmame
 1. O stress deve ser reduzido ao máximo nesta fase.
 2. Fatores estressantes inevitáveis devem ser espaçados
 Desmamar, descornar, castrar (se for macho), mudar a ração e mudar o bezerro de 
instalação...
 A desmama é o maior dos estresses 
 3. Faça as mudanças de ração gradativamente
 4. Custo com alimentação
 Leite, substituto de leite e ração inicial são relativamente caros
 Não tolerar baixa qualidade 
 Utilizar quando necessário
 Substituir a ração inicial por outra de crescimento rapidamente
129
 Critérios para desmama
 Ganho de peso
 Idade: 8 semanas (28 – 90 dias) (Mestiços x Europeus)
 Consumo de concentrado atingir 1% do PV → 600-700g/dia (raças pequenas)
700-800g/dia (raças grandes)
130
Desmama
131
Peso ao nascimento, ao desaleitamento (56 dias) e aos 90 dias de
idade, consumo de concentrado e ganho médio de peso diário dos
bezerros submetidos aos diferentes tratamentos experimentais
Fonte: Lizieire et al. 2002
132
Fonte: Lizieire et al. 2002
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23
133
Consumo de feno de alfafa (Medicago sativa), a partir da 
segunda semana de idade
Fonte: Lizieire et al. 2002 Sweeney et al. (2010)
Descrição dos métodos de desaleitamento avaliados.
Resultados observados para os diferentes métodos de desaleitamento
adotados.
134
Consumo de concentrado x Consumo de leite
* Desaleitamento aos 42 dias de idade
* Consumo diário de leite 12 l/dia
Sweeney et al. (2010)
135 136
137
Consumo médio de concentrado (MS) durante o primeiro mês de vida
de bezerros em diferentes experimentos realizados no Brasil e em
outros países
Como prever a ingestão de ração 
iniciadora em bezerros
 Fatores que influenciam a ingestão de 
ração iniciadora incluem: 
 raça e tamanho do bezerro 
 idade ingestão e tipo de alimento líquido antes do 
desmame 
 incidência de diarréia e doenças 
 taxas de ganho de peso diário 
 formulação da ração iniciadora (palatabilidade
e seleção de ingredientes) 
 manejo (feno, sistema de alimentação) 
 disponibilidade de água 
 temperatura do meio ambiente e alojamento 
138
Fonte: Quigley et al (2001)
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24
139
IMS de ração iniciadora (kg/d) = -0.031 + 0.018 x idade (d) - 0.0001 x idade2 + 0.191 x
ganho de PV (kg/d) + 0.031 x PV (kg) + 0.0001 x PV2 - 0.859 x IMS leite (kg/d) -
0.082 x sexo - 0.043 x experimento - 0.026 x PV inicial (kg).
• sexo do bezerro (0 = bezerra, 1 = bezerro)
• idade do bezerro (d)
• experimento (0 = experimento em 1992 e 1 = experimento de 1993),
Fonte: Quigley et al (2001)
Comparação do desempenho de bezerrros mestiços Holandês x Zebu, desaleitados aos 30 e 
56 dias de idade
Variável
Idade ao desaleitamento (dias)
30,0 56,0
Peso Vivo
Ao nascimento 32,1 32,6
4 semanas 41,5 41,6
8 semanas 50,5b 56,3a
13 semanas 66,2b 74,a
Ganho de peso diário
0-4 semanas 337,0 324,0
5-8 semanas 327b 571a
9-13 semanas 451,0 491,0
0-13 semanas 374b 459a
Consumo diário de concentrado
0-4 semanas 66,0 54,0
5-7 semanas 687a 302b
0-7 semanas 332a 160b
Eficiência alimentar
0-4 semanas 0,606 0,591
5-7 semanas 0,363b 0,518a
0-7 semanas 0,553b 0,643a
140
Fonte: Cunha et al. (2003)
Instalações para Bezerros
 Abrigos individuais externos – “casinhas”
 Local limpo
 Baixa umidade
 Livre de ventos fortes
 Camas secas
 Boa ventilação
 Sombra
 ÁGUA
141
As dimensões sugeridas:
 Altura: 1,10 m
 Largura: 1,10 m
 Comprimento: 1,80 m
142
143 144
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Orientação para construção das instalações 
para bezerros
145
Sistema argentino
146
147 148
ÁGUA
 Consumo de água altamente correlacionado com
consumo de concentrado
 Diferença da matéria seca do concentrado e do
conteúdo ruminal
 Bezerros recebendo concentrado  consumo de
água 12 % PV
150
Fornecimento de água
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Correlação entre consumo de concentrado (a esquerda), quantidade 
de leite (a direita) e a necessidade de ingestão de água em bezerros.
Correlação entre temperatura ambiente e necessidade de 
ingestão de água em bezerros.
Fornecimento de água
153
Frequência de limpeza nos baldes de água 
Variável Diariamente 7 dias 14 dias
Dias 0-60
Ganho diário kg/dia 0,699a 0,667b 0,640c
Desmame kg 82,10a 79,83b 78,02c
Dias 0-170
Ganho diário kg/dia 1,15a 1,11a 1,07b
Desmame kg 229,52a 222,71a 215,91b
Fonte: Wiedmeier et al. (2006)
154
Limpeza dos baldes
155 156
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27
A céu aberto
157 158
159 160
Sombrite
161
Fonte: Embrapa Gado de leite
162
Fonte: Cunha et al. (2007)
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163
Fonte: Cunha et al. (2007)
164
Fonte: Cunha et al. (2007)
Vacinação
165
Calendário de vacinação
DOENÇAS IDADE/ÉPOCA
Paratifo (pneumoenterite) Vacas gestantes (oitavo mês)
Bezerros com 15 dias de idade
Brucelose Fêmeas de 3 a 8 meses
Aftosa De acordo ao calendário oficial
Carbúnculo (manqueira) 4º mês (reforço com 30 dias)
Raiva 4º mês (regiões endêmicas)
Botulismo 4º mês (reforço com 30 dias, somente regiões endêmicas)
Fonte: SAVASTANO, 2011
APROVEITAMENTO DE MACHOS DE ORIGEM 
LEITEIRA PARA PRODUÇÃO DE CARNE
 Potencial 
 23,5 milhões de vacas no Brasil
 50% das crias dessas vacas são machos (sobrevivência de 
90%) → 10 milhões de bezerros 
 Abatidos aos 10 meses de idade com 10 arrobas → 100 
milhões de arrobas ou 1,5 milhão de toneladas de carcaça
 Aproveitamento dos bezerros → diminuir a abertura de 
novas áreas
166
Tipos
 “Vitelo Tropical” - (IAPAR) - Abatido com 170 a 220 kg de peso vivo, alimentados do
desaleitamento até o abate (5 meses de idade) com dietas de alto grão
 “Vitelão” - suplementado a pasto ou em confinamento para abate com até 260 kg de peso
vivo, em menos de um ano
 MG - alimentados com até 90% de concentrado na dieta, com peso médio ao abate de 200 kg,
sendo o abate em até 200 dias de idade
 SP - bezerros abatidos com sete semanas de idade e peso vivo de 72,0 kg
 Abatidos aos 170 kg de peso vivo, alimentados com silagem de grão úmido ou secos de milho ou sorgo para
produção de vitelo de carne rosa
 “Vitelo pantaneiro” ou “vitelo orgânico do pantanal” - um animal nelore ou azebuado
abatido no momento da desmama, com 8 a 12 meses de idade pesando 180 a 230 kg PV,
criados de maneira extensiva e dentro das normas do sistema orgânico de produção
 "Macho de origem leiteira SUPER-JOVEM“ ou “Vitelo Modificado” - TO - após a fase
de aleitamento (8 semanas), alimentados com dietas de alto grão podendo ser abatidos com 6, 8
até 10 meses de idade, com até 300 kg de peso vivo
167
Desempenho de bezerros de origem 
leiteira
168
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29
169
Características de carcaça de bezerros de origem leiteira abatidos para
produção de vitelos
170
Características de qualidade de carne de bezerros de origem leiteira
abatidos para produção de vitelos de carne rosa com diferentes pesos
de abate (PA)
VIABILIDADE BIOECONÔMICA DO 
APROVEITAMENTO DE MACHOS LEITEIROS JOVENS
171
Variáveis de desempenho de vitelos alimentados com dieta (D) à
vontade (AV) ou restrita (Rest) e abatidos aos 8 e 10 meses de idade (I)
172
Pesos, rendimentos, quebra por resfriamento e espessura de gordura de
vitelos modificados alimentados com dieta (D) à vontade (AV) ou
restrita (Rest) e abatidos aos 8 ou 10 meses de idade (I)
173
Custos com alimentação da terminação de vitelos alimentados com
dietas (D) com alto grão, fornecidas à vontade (AV) ou de forma
restrita (Rest), abatidos com diferentes idades (I)
174
Lucro da terminação de vitelos alimentados com dietas (D) com alto
grão, fornecidas à vontade (A) ou de forma restrita (R), abatidos com
diferentes idades (I)
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30
CUSTO DA FASE DE CRIA
Distribuição percentual dos custos na fase de cria de bezerros
Leite
Ração
Feno
Medicamentos
Equipamentos
Mão de obra
Outros
Avaliação da fase de cria
 Taxa de mortalidade não deve exceder 5 % ao ano
 Gastos com medicamentos  devem ser mínimos
 Aspecto geral e condição corporal (escore corporal 3)
Peso de bezerros de raças grandes, pequenas e 
mestiços Holandês x Zebu
Raças
Pesos Grandes Pequenas Holandês x Zebu
Aos 2 meses 70 40 55
Aos 6 meses 150 105 120
FONTE: CAMPOS, 1997.
Transição cria-recria
 Começa aos 90 dias sendo extremamente importante o peso da
bezerra
 Técnico deve estar preparado para manejar a pastagem
 Exige o conhecimento aprofundado de nutrição de bovinos em
pastejo, dentro de um complexo contexto em que se destacam a
planta dentro de uma dinâmica populacional específica da
pastagem, o animal, a interface planta-animal e as condições
ambientais
179
Fonte: NRC (2001)

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