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confissão de divida

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UNIFESO
OFICINA JURÍDICA I
PROFESSORA: CHRISTIANE VAZ
A Confissão de divida como meio extrajudicial de solução de conflito de interesses.
1. Confissão de divida
Conceito: 
É o documento assinado pelo devedor assumindo uma obrigação e a promessa de cumpri-la. 
2. Forma:
a) A confissão de divida pode ser feita por instrumento particular quando a lei permita, exigindo-se também que seja assinada por duas testemunhas; ( o instrumento particular é sempre elaborado pelas partes sem que para sua materialização haja necessidade de que seja confeccionado por funcionários de órgãos estatais, como o escrivão ou o tabelião de cartórios extrajudiciais). 
b) Pode ainda ser feita por instrumento público, caso as partes assim desejem ou quando a lei o exija. (a expressão instrumento público significa que a materialização dos documentos, isto é, sua confecção, será realizada por funcionários de órgãos estatais, como o escrivão ou o tabelião de cartórios extrajudiciais). Quando a confissão de divida for feita por instrumento público não é necessária a assinatura de duas testemunhas. 
3. Diferença entre a transação e a confissão de divida.
- Na transação as partes envolvidas fazem concessões mútuas para prevenir ou extinguir um litígio, existindo relações jurídicas controvertidas, ou seja, há duvida sobre o direito conflitante. 
- Na confissão de divida, não há concessões entre o credor e o devedor, nem dúvida sobre o direito conflitante, mas sim certeza de quem é credor e devedor da obrigação, assumindo o devedor a responsabilidade pelo seu cumprimento na forma que for acordada. (pode o credor fazer concessões dando descontos ou permitindo que a obrigação possa ser cumprida em partes, como na hipótese de parcelamento de divida em dinheiro, mas isto não transforma a confissão de divida em transação)
4. Pontos em comum entre a confissão de divida e a transação
a) O Objeto da transação e o da confissão de divida são os mesmos, direitos patrimoniais de caráter privado.
b) A transação e a confissão de divida constituem títulos executivos extrajudiciais (Art. 585, II do CPC), ou seja, em caso de descumprimento da obrigação assumida, poderá ser utilizado procedimento de cobrança judicial mais célere. 
5. Requisitos da confissão de divida. 
a) Gerais:
São aqueles previstos para todo negócio jurídico preceituados no artigo 104 do Código Civil;
b) Específicos:
- A existência de uma obrigação anterior válida. Como conseqüência do requisito do artigo 104, II do C.C (objeto licito), a obrigação que dá origem a confissão de divida tem que ser licita, pois se ilícita for, inválida será a confissão de divida. Assim, não tem validade confissão de divida para pagamento de juros em obrigação de pagamento onde houve agiotagem.
- quando feito por instrumento particular deverá conter a assinatura de duas testemunhas. Obs. Em pesquisas de jurisprudências existem alguns julgados que não descaracterizam a confissão de divida por instrumento particular ou o documento particular que contenha uma obrigação liquida, certa e exigível, sem a assinatura de duas testemunhas, como titulo executivo extrajudicial.
- Ser realizada através de instrumento público quando a lei o exigir
6. Efeitos da confissão de divida
Tal como a transação seus efeitos têm a mesma força de uma sentença com trânsito em julgado.
7. A formação do instrumento de confissão de divida
Além da qualificação completa das partes com nome completo, endereço, número da identidade e CPF, a confissão de divida deverá conter:
 a) Origem clara e detalhada da dívida que está sendo confessada e seu respectivo valor com todos os acréscimos legais; b) A confissão do inadimplemento; c) Em caso de parcelamento, a fixação da forma, datas e local de pagamento (pagamento no domicilio do devedor, no domicilio do credor, através de depósito ou emissão de boleto bancário, etc.) d) Pena convencional - Cláusula de vencimento antecipado da totalidade da divida em caso de inadimplemento de qualquer das parcelas nas respectivas datas de vencimento, além da multa (em geral, fixada em até 10%). e) Em caso de parcelamento, juros pelo tempo em que a confissão de divida demorará para ser paga, no percentual de 1% ao mês, podendo conter correção anual, calculada com base nos índices oficiais do governo federal. f) Cada parcela pode ser representada por uma nota promissória, de igual valor e vencimento. Note-se: a nota promissória não é garantia, e sim representa cada uma das parcelas. g) A assinatura de duas testemunhas, preferencialmente uma de cada parte quando feita por instrumento particular.
8. A confecção do instrumento particular de confissão de divida
PROBLEMA JURÍDICO: Leopoldo das Neves, é proprietário do apartamento 102, do Edifício Pousada da Liberdade situado nesta cidade, na Rua 24 de Maio, 101, Centro, e por passar por dificuldades financeiras, deixou de efetuar o pagamento das cotas condominiais, vencidas no período compreendido entre 10 de maio de 2007 a 10 de fevereiro de 2008. Seu débito atual perfaz a quantia de R$ 1.000,00 (mil reais), já acrescido de juros e correção monetária. Após apresentar proposta para a sindica objetivando o pagamento parcelado de seu débito em 10 (dez) vezes, a proposta foi devidamente aprovada pela assembléia de condôminos que autorizou a sindica, Sra. Josefa Almeida, a conceder o parcelamento, mas desde que fosse formalizado através de documento que tenha força jurídica capaz de compelir o condômino a pagar o débito judicialmente, na sua totalidade em caso de inadimplemento. A Sra. Josefa, síndica do condomínio, pede orientação a você, acadêmico de direito da UNIFESO, morador do apartamento 101, indagando sobre qual documento pode ser formalizado e se você pode confeccioná-lo. Sendo o acadêmico em questão, redija o documento jurídico apto a atingir os objetivos almejados pela sindica.
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DIVIDA
Que entre si fazem, de um lado CONDOMÍNIO POUSADA DA LIBERDADE, inscrito no CNPJ sob o n. 0909090909-0001-9, com endereço na Rua 25 de Maio, 1000, Teresópolis/RJ, neste ato representado por sua síndica, Sra. Josepha Almeida, brasileira, casada, do lar, portadora da carteira de identidade nº 0000000-1, expedida pelo IFP, inscrita no CPF sob o nº 000.000.000-02, domiciliada nesta cidade na Rua. 25 de Maio, 1000, apto. 202, centro, doravante denominado CREDOR, e de outro, LEOPOLDO DAS NEVES, brasileiro, solteiro, comerciante, domiciliado nesta cidade na Rua 25 de Maio, 1000, apto. 101, portador da carteira de identidade nº 123456, expedia pelo IFP, inscrito no CPF sob o nº 000000-21, doravante denominado DEVEDOR, têm entre si justo e contratado o que se segue: 
1 – O DEVEDOR supra qualificado, proprietário do apartamento 101, integrante do condomínio CREDOR, confessa que deve ao mesmo, a importância de R$ 1.000,00 (mil reais) referente às cotas condominiais vencidas no período de 10.05.2007 a 10.02.2008, já acrescida de multas, juros legais e correção monetária;
2 – Convencionam as partes que o pagamento da importância devida, será paga em 10 (dez) parcelas mensais e fixas no valor de R$ 100,00 (cem reais), vencendo-se a primeira no dia 10.03.2008 e as demais no mesmo dia dos meses subseqüentes;
3 – O pagamento será feito através de emissão de boleto bancário a ser enviado para a residência do DEVEDOR.
4 - A falta de pagamento de qualquer parcela nas datas convencionadas, acarretará a incidência de multa de 10% e o vencimento antecipado da totalidade da divida; 
5 – As partes elegem o foro da comarca de Teresópolis para dirimir qualquer controvérsia oriunda do presente instrumento, renunciando a qualquer outro foro, por mais privilegiado que seja;
6 - Assinam o presente ajuste em duas vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas abaixo subscritas e identificadas, para que produza seus jurídicosefeitos legais; 
Teresópolis, ... , ....... de 2008
_____________________________________
CONDOMÍNIO POUSADA DA LIBERDADE
REP. LEGAL
		
	
___________________________
LEOPOLDO DAS NEVES
TESTEMUNHA:
(NOME COMPLETO IDENTIDADE E CPF)
TESTEMUNHA:
(NOME COMPLETO IDENTIDADE E CPF)
(por cautela deve-se qualificar a testemunha colocando seu domicilio identidade e CPF. Preferencialmente cada parte deve ter sua própria testemunha).

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