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trabalho Direitos Humanos (1)

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Violações dos Direitos humanos dos encarcerados do Brasil
1-Introdução
Os Direitos humanos têm a função de garantir que todos tenham o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa.
São universais, eles têm que ser iguais e aplicados igualmente a todo o ser humano, sem descriminação.
Eles são inalienáveis, sendo assim que nenhum ser humano poderá ser privado de seus direitos. 
Os Direitos humanos referente ao sistema prisional não está sendo cumprido, que é sancionar as condutas delituosas e reeducar os presos, com a finalidade de reintroduzi-lo na sociedade. O Efeito disso está sendo a reincidência criminal nos estados do Brasil, assim para os que saem da prisão é um desafio enorme para conseguir se reintegrar ao mercado de trabalho e em ambiente comunitário.
A Tutela em que o Estado deve prestar aos detentos é totalmente ignorada, que são os direitos humanos básicos e princípios fundamentais que deve ser garantido mesmo havendo a restrição da liberdade. Na maioria dos centros de detenção do nosso país não há acesso a uma saúde de qualidade, uma formação intelectuale incentivo ao trabalho, assim acaba impossibilitando que o ex-detento possa almejar um futuro melhor para sua vida e de seus familiares.
2-O sistema prisional brasileiro e as violações aos direitos humanos
Em diversas legislações esta específica a previsão da garantia da integridade física e também moral, tanto nacionais como as internacionais dos internacionais podemos usar de exemplo as regras mínimas para tratamento de reclusos, que foi instituída no l Congresso das nações unidas para a prevenção dos crimes e dos delinquentes (Genébra – Suiça,1955).
Em 11 de Julho de 1984, entrou em vigor a Lei de Execuções Penais, aonde também se tratava das regras que se tratava dos presos, o cumprimento da pena, condições de Clausura, do trabalho e da remição dos presos.
3-A Reincidência Criminal
Um dos grandes problemas que envolve o sistema prisional brasileiro é o alto numero de pessoas que saem da cadeia e voltam a praticar os crimes. Assim previsto na Regional de Desenvolvimento Humano (2013-2014) do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), p. 129 (Disponível em:) a porcentagem de reincidência no Brasil é de 47,4% que é uma das mais altas do mundo. Também vemos na estatística que a maioria dos carcereiros pertence à classe de baixa renda e possuem baixa escolaridade. Com a dificuldade de se reintegrar na sociedade e a precária qualificação profissional, muitos dos ex-detentos ainda acredita que o crime é uma forma de sustento mais acessível, já que o mercado formal exige vários requisitos, visto o alto grau do desenvolvimento do capitalismo.
Podemos ver que a quantidade daqueles que se reabilitam a sociedade é muito pouca. Essa situação levada em questão vai contra o objetivo final da detenção que é a reintegração do indivíduo na sociedade e também a aceitação desse.
No portal Ferreira Santos, podemos verificar o nível de escolaridade dos presos:
 Neste sentido afirma Mirabete:
“A ressocialização não pode ser conseguida numa instituição como a prisão. Os centros de execução penal, as penitenciárias, tendem a converter-se num microcosmo no qual se reproduzem e se agravam as grandes contradições que existem no sistema social exterior. [...] A pena privativa de liberdade não ressocializa, ao contrário, estigmatiza o recluso, impedindo sua plena reincorporação ao meio social. A prisão não cumpre a sua função ressocializadora. Serve como instrumento para a manutenção da estrutura social de dominação.” (MIRABETE, 2002, p. 145).
4-As Instituições Carcerárias
Quando é efetuada a ação de enviar o infrator a prisão, é feito sobre a prerrogativa de privar que o individuo tenha o seu direito de ir e vir, para que o mesmo possa passar por um processo aonde mais tarde será ressocializado. No entretanto nos parece desanimador racional, no Brasil não passa de uma grande hipocrisia estatal e social. Sabendo que os presídios brasileiros, na sua grande maioria, não proporciona de nenhuma forma as condições que são necessárias para a reabilitação dos carcerários, o que podemos notar são as condições que tonar o detento ainda pior do que quando entrou no presidio. Podemos ver quando se tem em mente que em dezembro de 2012 havia, no país, 548 mil presos para 310 mil vagas nas penitenciarias brasileiras, segundo o Ministério da Justiça.
Essas condições são subumanas de existência para qualquer ser humano. Sabendo que os presos estão em um ambiente que lesa a sua integridade física, uma vez que vemos que o superlota mento priva que as necessidades vistais do corpo humano (como o sono, a higiene, a alimentação) sejam realizadas de uma forma adequada. Além disso ainda há a violência dentro dos presídios, que já constitui um ambiente muito hostil, que é causado por essa união de tantos detentos em um mesmo espaço. Podemos destacar que a Constituição de 1988, trouxe uma norma de que teria que ser separado os presos pela natureza dos crimes cometidos, coisa que não acontece, o que acaba acontecendo é que um pequeno infrator acaba sendo colocado em uma cela de um criminoso de alta periculosidade social. Assim a integração entre os dois é cruel para o que realizou um crime de menor relevância. Tendo em mente também que o mesmo poderá ser influenciado ou ate mesmo sujeito a realizar outras ações ilícitas pelo outro detento, ou sofrer vários tipos de violência por este.
Temos um grave problema quanto aos agentes penitenciários, que acabam não recebendo um treinamento apropriado para lidar com os detentos, não possui uma rotina disciplinada pelos procedimentos operacionais e ainda mais porque os seus salários acabam facilitando com a corrupção dentro das cadeias, sabendo que o suborno dos presos e uma realidade alarmante.
5-Direitos Violados
Como sabendo que há dentro e fora das penitenciarias, o autoritarismo e o abuso de poder por parte dos policiais, além das más condições estruturais e a violência que há no sistema penitenciário. O fato mostra uma vulnerabilidade do sistema, aonde é presente o quantos eles abusam da violência tantos nas atividades que se referem a vigilância quanto nos processos das investigações. “A confissão do acusado continua sendo mais importante do que as evidencias resultantes de um processo de investigação (inquérito policial), o que acaba fazendo da tortura uma prática constante em delegacias”. (ZALUAR, 1996).  “A incapacidade de controle pelo poder público sobre a população carcerária, a falta de apoio ao egresso para reinserir-se na comunidade, a falta de preparo dos agentes penitenciários, além do descaso do Estado aos direitos dos presos, ao não assegurar condições elementares de encarceramento (assistência jurídica, social, médica), evidenciam a realidade alarmante e preocupante das prisões brasileiras”. (MARTINS, 2013, pág. 36). Tem casos em que o recluso deixa de receber atendimento médico-psicológico, afetando ainda muito mais a situação do cidadão, por que é imposta medidas de segurança pela justiça.
Alguns estabelecimentos como já dissemos funcionam com condições precárias, distante do que deveria ser, deixando de contribuir, como deveria, com as diretrizes indicados no Art. 1 da Lei de Execução Penal - Lei 7210/84
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.
A falta de oportunidades na área do trabalho em regime fechado, também vemos que um descumprimento da  Lei de Execuções Penais, visto que seu art. 126 que diz:
O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
6-Justiça Social e Oportunidade
Começando da atual situação que está a carceragem no Brasil, é muito fácil você entender o medo em receber um ex-detento no local de um “cidadão comum”. O sistema de punição nas penitenciárias marca o indivíduo pro restoda vida. Sabendo que a sociedade em geral conhece como é as condições subumanas da maioria dos presos no Brasil, e ainda sabem que muitos dos detentos não saem reabilitados da instituição e muita das vezes ate pior do que quando entrou. O fato do individuo sair da cadeia e não haver um emprego é o que mais ajuda ele a voltar para a marginalização desses indivíduos que sem o trabalho não conseguiriam se sustentar e muito menos conseguir um desenvolvimento humano.
Podemos ver no acompanhamento pós-detenção que foi feito por Foucault que revela:
‘’Princípio da boa ‘’condição penitenciária’’: 7) O encarceramento deve ser acompanhado de medidas de controle e de assistência até a readaptação definitiva do antigo detento. Seria necessário não só vigia-lo à sua saída da prisão, mas prestar-lhe apoio e socorro (boulet e benquot na Câmara de Paris). [1945]: É dada assistência aos prisioneiros durante e depois da pena com a finalidade de facilitar sua reclassificação (Princípio das instituições anexas). ’’ (FOUCAULT, 2010, p. 257).
7-Como é a vida em uma prisão feminina
Desde que a Jornalista Nana Queiroz, relatou como as mulheres vivem dentro de um presidio feminino brasileiro, o assunto está sendo cada vez mais comentado e reconhecido.
A mesma informou que os números de prisões feminina no país é muito menor do que o necessário. Mesmo havendo 53 penitenciarias no país, mas mesmo assim muitas das mulheres são mantidas em delegacias de policiais e as carceragens são excessivamente lotadas, e com a infraestrutura inadequada.
Além disso a Jornalista relata em seu livro que os “Presos que menstruam”, são tratadas as mulheres assim como os homens, o que compromete a noção de higiene e dos cuidados da saúde muito menores do que é realmente necessário. Na sua coluna da entrevista que foi dada a Galileu, em 2015, Nana relata que não é lembrado ‘’que elas precisam de papel higiênico para duas idas ao banheiro em vez de uma, de Papanicolau, de exames pré-natais e de absorventes internos’’, diz. A ativista da Pastoral Carcerária Heidi Cerneka, completa dizendo que muitas precisam improvisar com miolo de pão’’.
‘’Piper Chapman, protagonista da série Orange isthe New Black, provavelmente não sobreviveria numa prisão brasileira. Se a loira ficou abalada ao encarar as prisões limpinhas dos Estados Unidos, como reagiria às masmorras medievais malcheirosas e emboloradas brasileiras, nas quais bebês nascem em banheiros e a comida vem com cabelo e fezes de rato? ‘’ -Nana Queiroz, Revista Galileu (2015)
É mostrada uma realidade totalmente contraria, no Brasil é aonde as celas são escuras e sujas e além de serem superlotadas, os episódios nos mostra que a vida como uma carcereira não é muito difícil. Mal eles sabem que ‘’os vasos sanitários, além de não terem portas, têm descargas falhas e canos estourados que deixam vazar os cheiros da digestão humana. Itens como xampu, condicionador, sabonete e papel são moeda de troca das mais valiosas e servem de salário para as detentas mais pobres, que trabalham para outras presas como faxineiras ou cabeleireiras’’, como relata Queiroz em seu livro.
08- Como é o estabelecimento prisional
Segundo o documento que foi lançado pelo Infopen Mulheres, levantamento nacional de informações das penitenciarias do Ministério de Justiça no ano de 2015, que além de estar superlotada as penitenciárias femininas, ainda tendo a falta de estruturas para os berçários, creches e as celas que devem ser especificas para as gestantes.
9-Perfil de uma detenta
Referencias 
https://ninhajud.jusbrasil.com.br/artigos/123151293/violacoes-aos-direitos-humanos-dos-encarcerados-no-brasil-perspectiva-humanitaria-e-tratados-internacionais
https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/?fbclid=IwAR3RNO0h6MlWHwueANIeVYHVpNIcaMXL4PJPRWfW9I0a58ZCk35PbeNccpI
https://ninhajud.jusbrasil.com.br/artigos/123151293/violacoes-aos-direitos-humanos-dos-encarcerados-no-brasil-perspectiva-humanitaria-e-tratados-internacionais
https://jordantomazelli.jusbrasil.com.br/artigos/155977254/a-violacao-dos-direitos-humanos-no-sistema-prisional-brasileiro
http://emporiododireito.com.br/leitura/o-perfil-do-preso-conforme-dados-do-infopen-2014?fbclid=IwAR1OBWMFTR-ofX5dbH5eUeVyBWkgDqP6VZPRmrQQsHolAyVtiaKaaffFlow
http://agemt.org/contraponto/2017/06/19/direitos-humanos-sao-cada-vez-mais-violados-dentro-de-prisoes-brasileiras/?fbclid=IwAR0Mhc8oAosXLKJedMS8-TlY48exQi5BlDL9M5fPPCpbg2lhdyMj0WNB2uk

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