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Estoicismo

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https://metaeticasite.wordpress.com/2017/07/19/o-estoicismo-breve-resumo/
O estoicismo é uma filosofia essencialmente ética orientada para a virtude, diferente do epicurismo que é orientado para hedonismo buscando a felicidade através do prazer.  O estoicismo foi representado, a princípio, por três importantes pensadores; Zenão de Cítio (336 – 264 a.C.), Cleanto de Assos (280 – 210 a.C.) e Sêneca (4 ou 2 até 65 d. C.). Para os Estoicos, todas as coisas corpóreas são semelhantes aos seres vivos, o Sopro divino está presente em tudo, e é esse Sopro que faz com as partes que compõem um corpo se tornem independentes. Assim sendo, na visão Estoica, o Universo é uma junção de todas as coisas unidas pelo Sopro Ígneo (alma), e a razão Universal (o logos) seria a alma comum, que a tudo penetra e organiza. Assim, tanto na natureza, como na vida humana, não haveria lugar para o caos nem para a desordem, pois isso estaria contrariando o logos.
Dessa observação Estoica, surge então a física proposta por eles que trata o mundo como um ser vivo, um animal sábio e totalmente racional, e ainda, inserida ao seu corpo ciclos de surgimento e desaparecimento – ensinando ao homem que há coisas que não estão em seu domínio ou poder. Todavia, dependem de causas exteriores a ele e se encadeiam de maneira necessária e racional. Acompanhando essa premissa, nos encontramos sujeitos à predeterminação de tudo, pois somente a predeterminação pode explicar a ordem perfeita das coisas. A organização e a cosmobiologia estoica lembra o modelo aristotélico, onde a Terra estava no centro do universo e que os céus tinham os seus movimentos imutáveis, seguindo fino arranjo do cosmos. O estoicismo pondera também que, a vocação do homem era bem aproveitada quando o talento do mesmo encontrava-se com a necessidade do mundo, ou seja, o homem já estava predeterminado, o que lhe restava, consequentemente, era encontrar a necessidade do mundo para se encaixar a ela com seu talento.
A ética estoica adota o lema de “seguir a natureza”, corroborando com a visão da física. Segui-la, portanto, é o mais coerente a se fazer, pois a predeterminação considera a direção a ser seguida. Já a virtude moral é o acordo do homem com a sua intrínseca natureza, quando esse caminha no sentido correto, conforme o supramencionado, em conjunto com a prática e com a prudência, sua vida é bem empregada e aproveitada em todos os sentidos. Contudo, quando o homem contraria sua predeterminação, transtorno esse que é causado por suas paixões, que são oriundas, também de meios externos, a sua vida não será bem usufruída e, nem trará resultados positivos. Para Sêneca, o corpo humano é um mal necessário, uma prisão, uma passagem. Por conseguinte, enganam-se aqueles que vivem para o corpo e não para a alma, pois ela (a alma) é eterna, ao passo que o corpo é transitório. Não é difícil repararmos no trecho acima os detalhes plantonistas da reminiscência da alma. Visivelmente, tanto Sêneca como alguns preceitos estoicos, tem em sua natureza elementos da filosofia clássica.
Abaixo uma simples sintetização da filosofia desse grande pensador para entendermos melhor o pensamento estoico.
o homem é um ser corpóreo e espiritual. O corpo é uma prisão para a alma e devemos, portanto, livrarmo-nos o máximo possível da influência deste (os desejos carnais) sobre ela (a alma);
a razão é parte do espírito divino imerso no corpo humano;
para Sêneca, Júpiter é o único Deus;
a pessoa é o composta de corpo e alma; assim, essa palavra atinge para ele um elevado teor ético, contrariamente a toda a filosofia anterior na qual significava, meramente, aparência;
podem os homens diferir quanto ao corpo, podem diferir quanto à fortuna, mas somente pela razão todos os homens podem ser bons por natureza, tornando-se iguais;
https://www.infopedia.pt/$estoicismo
Movimento filosófico que nasceu em Atenas e cujo nome deriva do local em que Zenão de Citio, o seu fundador, instalou a respetiva escola: stoà poikile, quer dizer, o "Pórtico das pinturas". O estoicismo teve início por volta do ano 300 a. C. e prolongou-se até ao século II d. C. Além de Zenão, foram adeptos deste movimento Cleantes de Assos, Crisipo, Posidónio, Séneca, o escravo Epicteto e o imperador Marco Aurélio. 
Tal como para os filósofos cínicos, com quem se relaciona este movimento, o homem é o centro da problemática estoica, sobretudo no que diz respeito à moral. 
Vê a natureza como composta de dois princípios, dos quais um é ativo e outro é passivo, um é a matéria e outro é a razão, o Logos, que identifica com Deus; mesmo deus é material, embora subtil. É este último princípio que, ao misturar-se com a matéria grosseira que constitui o corpo, a ordena, agindo como um artífice e presidindo ao destino que está ditado previamente. Dos quatro elementos naturais (fogo, ar, água e terra), o fogo é o princípio ativo.
O estoicismo defende a ideia de que o universo decorre temporalmente por ciclos que se repetem quando os astros regressam às suas posições primordiais; cada ciclo é chamado grande ano. 
A autossuficiência é o objetivo supremo do estoicismo, que assume como lema o adágio ascético sustine et abstine, suporta e renuncia. Cada ser deve viver com a sua própria natureza, logo, ao homem, que se caracteriza por ser eminentemente racional, cabe viver de acordo com a virtude para atingir o objetivo máximo: a felicidade. Esta só é alcançável através do cumprimento do adágio já referido, tornando o homem um ser autárquico, quer dizer, cujo princípio está em si mesmo e que, por isso, é senhor de si. Para alcançar este fim, o sábio deve renunciar às suas paixões; a esta renúncia chamam os estoicos ataraxia ou apatia. 
Ao longo da história do estoicismo podemos detetar variantes doutrinais particulares que se devem a cada um dos pensadores desta escola. Podemos encontrar no cristianismo uma grande influência do estoicismo; os mestres do cristianismo recomendavam a leitura dos grandes estoicos e aceitavam a sua doutrina como uma manifestação do Verbo antes da vinda de Cristo, tal como, aliás, aceitavam do mesmo modo o pensamento quer de Platão, quer de Aristóteles.

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