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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: ANALISE SENSORIAL DE ALIMENTOS PROFESSORA: Profª.Drª. Regilda Saraiva Dos Reis Moreira-Araújo TESTE DE GOSTO-INTENSIDADE ISABEL MARIANA BARBOSA MORAES Teresina-PI MARÇO-2018 TESTE DE GOSTO-INTENSIDADE ISABEL MARIANA BARBOSA MORAES ESTAGIÁRIAS DOCENTES: MSc. Clélia de Moura Fé Campos MESTRANDAS: Cristiane Cronemberg de Arruda Marques(PPGSC) Maria Fabricia Beserra Gonçalves(PPGAN) MONITORAS: Elaine Aparecida Alves da Silva Jaíne Magalhães Silva Teresina-PI MARÇO-2018 INTRODUÇÃO Testes de diferenciação podem ser usados para detectar fraudes em produtos alimentícios. Estes testes permitem estimar o ponto no qual as percentagens dos adulterantes passam a ser detectadas. Dentre estes, se destacam os testes triangulares que são métodos utilizados em análise sensorial para determinar se existe diferença entre duas amostras. São técnicas rápidas e usadas quando essas diferenças mesmo que pequenas precisam ser detectadas. Esse procedimento se caracteriza como um tipo de teste de discriminação no qual são apresentadas ao provador três amostras codificadas, sendo duas iguais, do mesmo tratamento e outra de um segundo tratamento supostamente diferente, cabendo ao provador avaliar as amostras na ordem fornecida e identificar a “diferente” (KEMP; HOLLOWOOD; HORT, 2009). Os testes discriminativos ou de diferença mais empregados em análise sensorial são o triangular, duo-trio, ordenação, comparação pareada e comparação múltipla ou diferença do controle. O teste triangular serve para detectar pequenas diferenças e por esse motivo tem sido utilizado preliminarmente a outros testes, porque não avalia o grau de diferença, nem caracteriza os atributos responsáveis pela diferença . (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008). Os testes triangulares apresentam como vantagem, a menor probabilidade de acertar ao acaso (1/3) e diferenciar as amostras de maneira global e, como desvantagens, serem pouco práticos para um número elevado de amostras (tratamentos) e serem potencialmente afetados pela fadiga sensorial dos provadores (MEILGAARD; CIVILLE; CARR, 2006). A habilidade em discriminar determinado atributo no teste triangular não pode ser diretamente medida ou observada. Uma alternativa e empregar modelos que relacionam um conjunto de variáveis observáveis com um conjunto de variáveis não observáveis, chamadas variáveis latentes. Um exemplo são os modelos thurstonianos que são utilizados para investigar a existência e medir essas estruturas latentes, como itens de um questionário (THURSTONE, 1928). Em um teste de diferença, a tarefa é encontrar a resposta se existe diferença sensorial significativa entre duas amostras. Este é um cenário com que a indústria se depara em diversas situações – por exemplo, quando um produto é reformulado com um novo ingrediente ou fornecedor, ou houve uma alteração no processo industrial e o fabricante quer se assegurar de que o produto mantenha o mesmo padrão sensorial original (DUTCOSKI, 2011). Um teste de discriminação corretamente executado, indicando que as duas formulações de sorvetes não são sensivelmente diferentes permitiria que a empresa fizesse a substituição com o risco reduzido (HEYMANN: LAWLESS, 2003). Estes testes podem também ser utilizados quando uma alteração de processamento é feita esperando que não afetaria as características sensoriais do produto. Em ambos os casos o objetivo do teste é não rejeitar a hipótese nula, ou seja, aceitar que os produtos não são estatisticamente diferentes. No entanto, quando uma empresa reformula um produto para fazer uma "nova versão melhorada", então o teste de discriminação pode ser utilizado para indicar que as duas formulações são diferentes. Neste caso o objetivo da discriminação é rejeitar a hipótese nula, ou seja, os produtos não são estatisticamente iguais. Se os dados indicam que as duas formulações são diferentes, então a indústria deve fazer outro teste que in- dique que a formulação "nova" é percebida como melhor pelo consumidor alvo 2003). Se a diferença entre as amostras é muito grande e, portanto, óbvia, testes de discriminação não são úteis. Em outras palavras, testes de discriminação são mais úteis quando as diferenças entre as amostras são sutis. Entretanto, essas diferenças sutis tornam o risco de erro do tipo II mais provável, ou seja, não rejeitar a hipótese nula quando a mesma na realidade é falsa (HEYMANN: LAWLESS. 2003). Este teste tem como objetivo, verificar se existe diferença significativa entre duas amostras que sofreram tratamentos diferentes. Serve para detectar pequenas diferenças e por este motivo é usado antes de outros testes, porque apesar de avaliar o grau, não caracteriza os atributos responsáveis pela diferença. 2. METODOLOGIA O teste foi realizado no Laboratório de Desenvolvimento de Produtos e Análise Sensorial de Alimentos, localizado no Departamento de Nutrição do Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Piauí. Ocorreu no dia 6 de abril, do ano de 2018, com os alunos de Nutrição da disciplina Análise Sensorial de Alimentos. Os materiais utilizados foram copos descartáveis, 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo (KEMP: HOLLOWOOD; HORT, 2009), o teste triangular se re- sume em apresentar para cada provador, três amostras codificadas, sendo duas iguais e uma diferente. O provador examina cada produto e seleciona o diferente. A probabilidade de acertar ao acaso é 1/3. Determina-se, para um dado número de provadores, o número de respostas corretas a partir do qual afirma-se se existe ou não diferença entre as amostras. Geralmente, são usados de 20 a 40 provadores no teste. Os provadores devem, de preferência, conhecer o método triangular e o produto em teste, especi- almente porque a memória de gosto desempenha um papel importante no procedi- mento (CARR;CIVILLE;MEILGAARD, 2006). A seguir, encontra-se os resultados obtidos do teste realizado: Quadro 1: Número de assessores, amostras iguais e diferente, grau de diferença e preferência das amostras, Teresina-2018. AMOSTRA IGUAL AMOSTRA DIFERENTE GRAU DE DIFERENÇA PREFERÊNCIA CÓDIGO 655 317 278 ASSESSOR N 1 V 278 MÉDIO 655 N 2 X 655 GRANDE 278 N 3 V 278 MÉDIO 317 N 4 X 655 GRANDE 317 N 5 V 278 MÉDIO 655 N 6 V 278 PEQUENO 278 N 7 X 317 GRANDE 317 N 8 V 278 GRANDE 317 N 9 X 655 GRANDE 317 N 10 X 655 MÉDIO 655 N 11 X 655 MÉDIO 317 N 12 V 278 GRANDE 655 Fonte: Dados do autor. Teresina, 2018. ENCONTRADOS ASSESSORES PORCENTAGEM DE ACERTOS (%) GRAU DE DIFERENÇA Grande 6 50 AMOSTRA DIFERENTE 278 6 50 AMOSTRA PREFERIDA 317 6 50 Quadro 2: Grau de diferença encontrado, acerto dos assessores e porcentagem de acertos, Teresina-2018. Fonte: Dados do autor. Teresina, 2018. De acordo com a Tabela da ABNT, NBR 12995 (1993), quando há 16 julgamentos, como neste caso, o número mínimo de acertos para que haja diferença estatística de 5% de significância deve ser nove. Assim, De acordo com Dutcosky (2007), os testes de diferenças, como o teste triangular, tem como propósito medir efeitos específicos pela simples descriminação, e este não avalia o grau de diferença e nem caracteriza os atributos responsáveis pela diferença. 4. CONCLUSÃO Por fim, foi possível acompanhar REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12995: Teste triangular em análise sensorial de alimentos e bebidas. Rio de Janeiro, 1993. DUTCOSKY, S. D. Análise Sensorial de Alimentos. Curitiba: Editora Champagnat, 2a Edição, 2007. DUTCOSKY, D.S. Análise Sensorialde Alimentos. 3ª Edição, Editora: Champagnat. PUCPR - Curitiba, 2011. HEYMANN, H; LAWLESS, H. T. Sensory evaluation of food: principles and practices. 2nd ed. New York: Springer, 2003. 587 p. INSTITUTO ADOLFO LUTZ (São Paulo). Métodos físico-químicos para análise de alimentos/coordenadores Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea -- São Paulo:Instituto Adolfo Lutz, 2008. KEMP, S.E.; HOLLOWOOD, T.; HORT, J. Sensory Evaluation: a pratical handbook. 1nd ed. London: J. Wiley, 2009. MEILGAARD, M. C.; CIVILLE, G. V.; CARR, B. T. Sensory evaluation techniques. 4nd ed. Boca Raton: CRC Press, 2006. THURSTONE, L. L. Attitudes can be measured. American Journal of Sociology, 33, 529-54, 1928.
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