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50 Ação cobrando contas de genitor que levantou indevidamente dinheiro dos filhos

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11	SEGUNDO MODELO (ação cobrando contas de genitor que levantou indevidamente dinheiro dos filhos)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Mogi das Cruzes, São Paulo.
J. de S. S. e M. A. S., menores impúberes, representadas por sua avó e guardiã Q. B. de S., brasileira, casada, do lar, portadora do RG nº 00.000.000-0-SSP/SP e do CPF nº 000.000.000-00, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua Bernardo Guimarães, nº 00 (próximo à Unidade Básica de Saúde Vila Nova Aparecida), César de Souza, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Francisco Martins, nº 00, Centro, Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), vêm à presença de Vossa Excelência propor ação de exigir contas, observando-se o procedimento especial previsto nos arts. 550 a 553 do Código de Processo Civil, em face de J. C. D. dos S., brasileiro, solteiro, taxista, portador do RG nº 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, sem endereço eletrônico conhecido, residente e domiciliado na Rua Bernardo Guimarães, nº 00, César de Souza, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõem:
1. A genitora das autoras, Sra. S. B. de S., faleceu no último dia 00.00.0000, vítima de um atropelamento, conforme provam documentos anexos. 
2. Após o falecimento da Sra. S., as autoras ficaram sob a guarda legal da avó materna, conforme provam documentos anexos.
3. Embora a falecida estivesse separada de fato do pai das autoras há mais de 10 (dez) anos e este há muitos anos mantivesse muito pouco contato com as suas filhas, a Sra. Q., hoje guardiã legal das menores, por pura inocência pediu ao réu que, na qualidade de responsável genitor dos menores, este desse entrada nos papéis para o recebimento do seguro obrigatório, que caberia às menores, e na pensão por morte (a falecida era contribuinte do INSS).
4. Agindo como procurador das menores, o réu deveria receber os valores e repassá-los à avó materna que era quem, de fato, cuidava das adolescentes.
5. Assim não agiu o réu. Com efeito, este deu a entrada nos papéis e começou a receber a pensão por morte paga pelo INSS, assim como recebeu, em 00.00.0000, o valor de R$ 14.500,00 (quatorze mil, quinhentos reais), referente à parte das autoras no seguro obrigatório (vejam-se os documentos anexos).
6. O valor deveria ter sido integralmente depositado em conta poupança em nome das autoras, contudo o réu abriu duas contas em nome das filhas com valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para cada uma (veja-se que depositou o dinheiro apenas parcialmente); não satisfeito com sua vilania, o requerido logo depois de mostrar os recibos para a guardiã voltou ao banco, sacou o dinheiro e encerrou as contas.
7. Quanto à pensão por morte da Sra. S. em favor das autoras, o réu repassou alguns meses, contudo depois começou a passar valores a menor, chegando mesmo a NADA repassar para suas filhas; ou seja, além de não pagar pensão alimentícia para as filhas, o réu passou a “pegar” parte da pensão que a mãe deixou para o sustento delas.
8. Ainda quanto ao valor do seguro obrigatório, esclarecem as autoras que a sua guardiã, dona Q., chegou a receber o valor de R$ 900,00 (novecentos reais), retirado da primeira conta que abriu o réu; valor este que foi usado na mantença das menores, vez que o pai não estava repassando a pensão.
9. Finalmente instruída de como proceder, a guardiã dos menores compareceu no INSS e pediu novo cartão para o recebimento do benefício, cancelando o que estava na posse do requerido.
Ante o exposto, considerando que a pretensão das autoras encontra arrimo no art. 668 do Código Civil, requerem:
a) os benefícios da justiça gratuita, uma vez que se declaram pobres no sentido jurídico do termo, conforme declaração anexa;
b) a intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito;
c) a citação do réu para que no prazo de 15 (quinze) dias preste contas do valor que levantou em nome das menores, seja quanto ao seguro obrigatório, seja quanto à pensão por morte, esta a partir de 00.00.0000 (data do primeiro recebimento, conforme se vê de extrato do INSS anexo), ou, se quiser, apresente resposta, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;
d) seja, ao final, o réu condenado, compelido, a prestar contas dos valores recebidos em nome das menores, mormente quanto ao seguro obrigatório e à pensão por morte, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que as autoras apresentarem.
Provarão o alegado por todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), perícia contábil, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do réu.
Dão ao pleito o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Termos em que
p. deferimento.
Mogi das Cruzes, 00 de março de 0000.
Gediel Claudino de Araujo Júnior
OAB/SP 000.000

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