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Nova pasta/1- Introdu��o.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Promoção 
 
QAE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agente de Organização Escolar 
 
 
Área de Atendimento aos Alunos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portaria CGRH-3, de 8-11-2013 
 
Dispõe sobre os perfis profissionais, competências e habilidades requeridos dos servidores 
do Quadro de Apoio Escolar da Rede Pública Estadual de Ensino e os referenciais 
bibliográficos que fundamentam a prova de Promoção, de que tratam os artigos 25 a 27 da 
Lei Complementar nº 1.144 de 11 de julho de 2011 
 
A Coordenadora da Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos, considerando a 
necessidade de estabelecer diretrizes para o preparo dos servidores do Quadro de Apoio 
Escolar para o Processo de Promoção do ano de 2013, expede a presente Portaria: 
Artigo 1º - A avaliação das competências, entendida como o conjunto de conhecimentos, 
habilidades e atitudes que o servidor possui e utiliza nas atividades desenvolvidas no 
ambiente de trabalho, será dividida na seguinte forma: 
I - a prova para Agente de Serviços Escolares versará sobre Gestão da Merenda, Limpeza e 
da Conservação; 
II - para a prova do Agente de Organização Escolar, o servidor deverá optar por uma das 
áreas, dentre as abaixo relacionadas, na qual deseja ser avaliado: 
a) Área de Atendimento aos Alunos; 
b) Área de Gestão Estratégica de Pessoas e de Recursos Humanos; 
III - a prova para Secretário de Escola versará sobre Gestão Estratégica de Pessoas e de 
Recursos Humanos. 
Artigo 2º - Para a avaliação das competências dos servidores do quadro de Apoio Escolar de 
que trata o artigo 1º desta Portaria será observado o seguinte sumário: 
 
II. Agente de Organização Escolar - Área de Atendimento aos Alunos 
 
Bibliografia 
1) 
2) Manuais 
 
1.1 Bullying - Disponível em: http://bullynobullying.blogspot.com.br/p/bullying.html 
 
1.2 Ministério da Educação: Brasília, 2008. Programa Profuncionário – Curso Técnico de 
Formação para Funcionários da Educação: Módulo 6 – Gestão Escolar, unidades 4 e 5: 
Unidade 4 – Democratização da Gestão Escolar: mecanismos de participação e autonomia 
da Unidade Escolar; 
Unidade 5 – Gestão Democrática e os trabalhadores da Educação. 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/06_gest_edu_esc.pdf 
 
1.3 Ministério da Educação: Brasília, 2004. Programa Nacional de Fortalecimento dos 
Conselhos Escolares, caderno 5. 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad5.pdf 
 
1.4 Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Fazenda: São Paulo, 2008. 
Manual de Redação de Atos oficiais. 
Disponível: www.casavil.sp.gov.br/biblioteca 
 
1.5 Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estadoda Educação: São Paulo, 2013. 
Manual de Procedimentos e Padronização de Documentos Escolares. 
Disponível em: www.intranet.educacao.sp.gov.br – CGEB–Biblioteca–Vida Escolar–Manual 
versão 2013. 
 
1.6 Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Educação: São Paulo, 2009. 
Normas Gerais da Conduta Escolar – Sistema de Proteção Escolar 
Disponível em: file.fde.sp.gov.br/portalfde/arquivo/normas_gerais_conduta_web.pdf 
 
1.7 Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo – 
AFUSE, agosto/2013: Manual de Direitos dos Funcionários e Servidores da Educação do 
Estado 
de São Paulo. 
Disponível em: http://www.afuse.org.br/MANUAL_DIREITOS_2013_REVISADO.pdf 
 
1.8 Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Gestão Pública. Unidade 
Central de Recursos Humanos: 
Manual do Servidor Público Estadual. 
Disponível em: http://www.recursoshumanos.sp.gov.br/manuaisintroducao.html 
 
2) Livro 
 
2.1 MACEDO, Lino. Ensaios Pedagógicos: Como construir uma escola para todos? 
Porto Alegre. Artmed, 2005. 
 
3) Artigo 
 
3.1 IAVELBERG, Catarina. Publicado em Gestao Escolar, Edição 12, fevereiro/março 2011: 
O papel do monitor, inspetor ou bedel na formação dos alunos. 
Disponível em: http://gestaoescolar.abril.com.br/equipe/papel-monitor-inspetor-ou-
bedel- 
formacao-alunos-623663.shtml 
 
4) Legislação 
 
4.1 Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil,1988 - Artigo 208. 
Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650040/artigo-208-da-
constituicao- 
federal-de-1988 
 
4.2 Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069 de 13 de julho 1990 - Título I e 
Título II: 
Capítulo I; 
Capítulo IV: artigos 53 a 59; 
Capítulo V: artigos 60 a 69. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm 
 
4.3 São Paulo. Constituição do Estado de São Paulo, 1989 
- Título VII: 
Capítulo III, Seção I: artigos 237 a 258; 
Capítulo VII, Seção I: artigos 277 a 281. 
Disponível em: 
http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/dh/volume%20i/constituicao%20e 
stadual.htm 
 
4.4 São Paulo. Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, Lei nº 10.261, 
de 28 de outubro de 1968 - Título VI: 
Capítulo I, Seção I: artigo 241; 
Seção II: artigos 242, 243, 244; 
Capítulo II: artigos 245 a 250. 
Disponível em: http://www.funap.sp.gov.br/legislacao/estatuto/estatuto_func_public_esp.pdf 
 
4.5 São Paulo. Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974 – Institui o regime jurídico dos 
servidores admitidos em caráter temporário e dá providência correlatas. 
Disponível em: http://www.al.sp.gov.br/StaticFile/documentacao/lei_500.htm 
 
4.6 São Paulo. Decreto nº 58.648, de 03 de dezembro de 2012 - Regulamenta a promoção 
dos integrantes das classes do Quadro de Apoio Escolar; 
 
4.7 Parecer CEE 67/98 – Dispõe sobre Normas Regimentais Básicas para as Escolas 
Estaduais: 
Título I, Capítulo I; 
Título II, Capítulo I, 
Capítulo IV: artigos 24 a 28; 
Título V, Capítulo V. 
Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/diretrizes_p1022-1048_c.pdf 
 
5. Noções de Informática Básica: 
- Documentação técnica disponível nas telas de ajuda dos navegadores Google Chrome e 
Mozilla Firefox. 
- Windows XP/Vista7 
- Microsoft-Office BR 2007/2010. 
- Internet 
 
Nova pasta/1-1- Manual - O que � bulluing.pdf
 
 
 
O QUE É BULLYING? 
 
 
 
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO FENÔMENO 
 
1) Agressão física e/ou psicológica: existem dois tipos de agressões no bullying, a direta (física) e a 
indireta (psicológica e verbal). 
A agressão direta envolve contato físico, sendo, por isso, mais evidente. Acontece por meio de 
socos, pontapés, beliscões, empurrões ou outros tipos de comportamento, como prender uma pessoa 
em um armário
ou em um cômodo. 
A agressão indireta é mais sutil e, por isso, difícil de identificar. Ela ocorre normalmente sem 
contato físico, através de fofocas, difamações, rotulações pejorativas e exclusão social. 
 
2) Entre pares: o bullying acontece dentro de um contexto no qual os envolvidos se encontram no 
mesmo patamar de força. Não existe uma função hierárquica que possa impedir ou incentivar 
determinada atitude, no que se refere a agredir ou ser agredido. 
 
3) Intencionalidade: o autor de bullying possui clareza de seus atos e sabe que o alvo das suas 
agressões não gosta de suas atitudes, mas, mesmo assim, as faz. Agride para ganhar o destaque na 
turma, os seus pares. 
 
4)Repetição, freqüência: É comum, no bullying, que os alvos sejam agredidos ou ridicularizados 
todos os meses, semanas ou, até mesmo, várias vezes ao dia. Essas agressões ocorrem no intervalo 
das aulas, na entrada e saída do colégio e em outros espaços escolares como, a própria sala de aula. 
 
5)Violência gratuita: o alvo de bullying não precisa motivar as agressões sofridas. O autor agride 
porque quer se aparecer e, para isso, diminui e menospreza o outro gratuitamente, sem motivação 
aparente. 
 
6) Violência Velada: outra característica do bullying é que ele acontece escondido, propositalmente, 
dos adultos. Por isso, difícil de ser identificada. 
 
7) Local: O bullying não acontece somente na escola, ele pode aparecer nos clubes, faculdades, 
igrejas, quartéis, na pópria família, ou seja, em qualquer lugar onde existam relacoes interpessoais. 
 
8) Agressão silenciosa: na maior parte dos casos, o bullying acontece dentro da sala de aula com a 
presença do professor. E é porque o fenômeno possui como uma das suas características a agressão 
psicológica que, esta, se apresenta de forma quieta, silenciosa, através de um olhar, um sorrisinho 
irônico, ou até mesmo, um bilhete no caderno. 
 
9) Uso de tecnologias: o bullying pode apresentar-se por meio das tecnologias como mensagem de 
celulares e páginas na internet. Quando isso ocorrre damos o nome de cyberbullying. 
 
10) Conseqüências: dificilmente alguma pessoa consegue passar pelo bullying sem levar marcas 
para toda a vida. Todos os envolvidos, sejam eles alvos ou autores de bullying, sofrem 
conseqüências e, às vezes, elas são irreversíveis. Esta é uma das principais razões que nos leva a 
crer em uma política de combate e prevenção ao fenômeno em todas as escolas. 
 
CYBERBULLYING 
O cyberbullying acontece quando, por meio de tecnologias, o autor de bullying faz as suas 
agressões psicológicas - posta, envia, publica, divulga imagens, vídeos, chacotas e ameaças sobre o 
seu alvo. 
O cyber bullying é o mesmo que o bullying, apenas acontece por outros meios, tais como: a internet 
(comunidades no orkut, sites, páginas de relacionamento, msn, etc...) e celulares (mensagens na 
caixa postal, sms, torpedos, telefonemas, etc...). 
No cyberbullying o autor de bullying pode ganhar forças, pois este pode inventar um codinome, 
idade, endereço e outros dados falsos que dificultam a sua identificação. 
Vale lembrar que, mesmo sendo difícil a identificação do autor no cyberbullying, o alvo deve 
denunciar as agressões pois, com a denúncia, é possível acionar a justiça e esta, através do número 
IP da máquina do autor de bullying, chegar a encontrá-lo. 
O cyberbullying é tão sério quanto o bullying pois estes são iguais ... apenas acontecem por vias 
diferentes. 
Alvo de cyberbullying: denuncie, conte a seus pais, professores ou a quem você confie! Acredite, 
você não merece sofrer! 
 
 
 
ARTIGO 
 
Bullying escolar e justiça restaurativa 
Por: Alexandre Morais da Rosa e Neemias Moretti Prudente 
 
O objetivo deste ensaio é tecer algumas considerações sobre o bullying, sobretudo quando ocorre no 
âmbito escolar, e apresentar a justiça restaurativa como uma das formas de resolver os conflitos que 
envolvem a prática do fenômeno. 
O bullying é uma prática presente no cotidiano, um problema mundial que todas as sociedades, 
desenvolvidas ou em desenvolvimento, enfrentam. Embora a maioria das pessoas desconheça o 
fenômeno, sua gravidade e abrangência, ultimamente este fenômeno tem chamado a atenção e aos 
poucos está sendo reconhecido como causador de danos e merecedor de medidas para sua 
prevenção e enfrentamento. 
O bullying (termo inglês que significa tiranizar, intimidar) é um fenômeno que pode ocorrer em 
qualquer contexto no qual os seres humanos interagem, tais como, nos locais de trabalho 
(workplace bullying, mobbing ou assédio moral, como vem sendo chamado no Brasil), nos quartéis, 
no sistema prisional, na igreja, na família, no clube, através da internet (cyberbullying ou bullying 
digital) ou do telefone celular (móbile bullying), enfim, em qualquer lugar onde existam pessoas em 
convivência(1). 
Todavia, é principalmente no ambiente escolar que a prática está mais presente. Ela pode acontecer 
em qualquer parte da escola, tanto dentro, como fora. Ainda que não tão visíveis quanto agora, este 
fenômeno pode ser encontrado em toda e qualquer instituição de ensino. A escola, que não conhece 
o assunto, que não desenvolve programas ou afirma que lá não ocorre bullying, é provavelmente 
aquela onde há mais situações desta prática(2). 
Mas, o que é bullying escolar? Numa definição bastante utilizada no Brasil, o termo bullying 
“compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem 
motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e 
executadas dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da vítima” (3). 
Segundo Dan Olweus, cientista norueguês, o comportamento agressivo e negativo, os atos 
executados repetidamente e o desequilíbrio de poder entre as partes são as características essências 
do fenômeno(4). 
Os protagonistas do bullying nas escolas são: os alunos-alvo/vítima (que sofrem o bullying), os 
alunos-autores/agressores (que praticam o bullying) e os alunos testemunhas/espectadores (que 
assistem aos atos de bullying)(5). 
Entre as atitudes agressivas mais comuns praticadas pelo bully “valentão, brigão, tirano” estão às 
ofensas verbais (v.g. apelidos ofensivos, vergonhosos), agressões físicas (v.g. bater, chutar, 
empurrar, ferir, agarrar), e sexuais (v.g. estupro), maus-tratos, humilhações, intimidação, exclusão, 
preconceitos e descriminação (v.g. em razão da cor, da opção sexual, das diferenças econômicas, 
culturais, políticas, morais, religiosas), extorsão (v.g. “cobrar pedágio” ou extorquir o dinheiro do 
lanche), perseguições, ameaças, danificação de materiais, envio de mensagens, fotos ou vídeos por 
meio de computador ou celular, bem como postagem em blogs ou sites cujo conteúdo resulte em 
sofrimento psicológico a outrem(6). 
Geralmente a vítima de bullying é escolhida conforme características físicas, psicológicas ou de 
comportamento diferenciado. O alvo da agressão costuma ser quem o grupo considera diferente 
(v.g. o gordinho, o magrinho, o baixinho, o calado, o pobre, o CDF, o deficiente, o crente, o preto, o 
“quatro olho” etc.)(7). As vítimas podem apresentar os seguintes sinais e sintomas, entre eles, baixa 
autoestima, dificuldade de relacionamento social e no desenvolvimento escolar, ansiedade, estresse, 
evasão escolar, atos deliberados de autoagressão, alterações de humor, apatia, perturbações do sono, 
perda de memória, desmaios, vômitos, fobia escolar, anorexia, bulimia,
tristeza, falta de apetite, 
medo, dores não especificadas, depressão, pânico, abuso de drogas e álcool, podendo chegar ao 
suicídio e até atos de violência extrema contra a escola(8). 
Aliás, agressores e vítimas têm grandes chances de se tornarem adultos com comportamentos 
antissociais, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes criminosas(9). 
Na escola, o bullying não afeta apenas o agressor e a vítima, mas também as testemunhas, que são 
alunos que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem com o problema e se omitem por 
medo ou insegurança. Presenciam muitas vezes o abuso, mas calam-se, por que, se delatarem o 
autor, poderão se tornar as “próximas vítimas”. Daí a omissão, o silêncio. Mas elas terminam por 
serem cúmplices da situação. Muitas se sentem culpados por toda a vida(10). 
Segundo pesquisa divulgada em 2008 pela organização não-governamental Internacional Plan, por 
dia, cerca de 1 milhão de crianças em todo o mundo sofre algum tipo de violência nas escolas(11). 
Já Numa pesquisa publicada, também em 2008, pela Faculdade de Economia e Administração da 
USP – pesquisa feita em 501 escolas com 18.599 estudantes, pais e mães, professores e funcionários 
da rede pública de todos os Estados do País – pelo menos 10% dos alunos relataram ter 
conhecimento de situações em que alunos, professores ou funcionários foram vítimas do bullying. 
A maior parte (19%) foi motivada pelo fato de o aluno ser negro. Em segundo lugar (18,2%) 
aparecem os pobres e depois a homossexualidade (17,4%). No caso dos professores, o bullying é 
mais associado ao fato de ser idoso (8,9%). Entre funcionários, o maior fator para ser vítima de 
algum tipo de violência - verbal ou física - é a pobreza (7,9%). A deficiência, principalmente 
mental, também é outro motivo para ser vítima(12). 
Pesquisas do tipo têm comprovado, enfim, aquilo que os estudiosos do tema têm sustentado há 
muitos anos: o bullying é prática cotidiana e os seus efeitos podem mesmo ser devastadores. Aliás, 
o aumento de visibilidade do fenômeno, através dos conhecimentos adquiridos com os estudos, 
devem ser utilizados para orientar e direcionar a formulação de políticas publicas e para delinear 
técnicas de identificação e enfrentamento do problema, buscando respostas adequadas que possam 
reduzir o fenômeno de forma eficaz. 
Não há duvida de que esta prática necessita de respostas. As respostas repressoras (como a expulsão 
de alunos ou recorrer ao judiciário) são validas, mas nem sempre é a solução mais adequada, por 
isso devem ser evitadas, tanto quanto possível. Assim, devem-se privilegiar mecanismos 
alternativos/complementares de resolução de conflitos, como a justiça restaurativa. 
Imagine a cena: um aluno ofende um colega de sala com um apelido humilhante. Pouco tempo 
depois, a pedido da vítima, os dois se reúnem na presença de outras pessoas (famílias, professores 
etc.) e, após das devidas desculpas, é feito um acordo para que o confronto não volte a acontecer. 
Sem mágoas. Isso é possível? Sim, além de possível tem se mostrado muito eficiente através da 
implementação da justiça restaurativa nas escolas, entre estudantes e entre os mesmos e os 
respectivos quadros executivos e administrativos. 
As práticas restaurativas nas escolas são centradas não em respostas repressoras e punitivas, mas 
numa forma reconstrutiva das relações e preparativas de um futuro convívio respeitoso. Os 
processos restaurativos (mediação, conferências familiares ou círculos) proporcionam a vítima e o 
agressor, e outros interessados no caso (v.g. familiares, amigos, comunidade escolar), a 
oportunidade de se reunirem, exporem os fatos, falarem sobre os motivos e consequências do ato, 
ouvirem o outro, visando identificar as necessidades e obrigações de ambos. A vítima pode dizer 
que a atitude a incomoda e ele está mal com isso. O agressor entende o que ocorreu, conscientiza-se 
dos danos que causou a(s) vítima(s) e assume a responsabilidade por sua conduta, reparando o dano 
e demonstrando como pode melhorar. Em seguida, firma-se, então, um compromisso. Em muitos 
casos é possível o arrependimento, a confissão, o perdão e a reconciliação entre as partes. O 
encontro é acompanhado por um facilitador capacitado para esta prática (v.g. professor, aluno, 
assistente social, psicólogo), que tem como objetivo ajudar as partes a se entenderem, refletirem e 
chegarem a uma solução para o caso. Enfim, com a justiça restaurativa, escolas aprendem que, em 
vez de punir, é melhor dialogar para resolver os conflitos. 
No Brasil, embora o bullying tenha despertado atenção crescente, ainda são raras as iniciativas e 
políticas anti-bullying. Para se combater o bullying é necessário que a sociedade (especialmente a 
comunidade escolar e os pais) reconheça que o bullying existe, é danoso e não pode ser admitido. 
Todos devem se envolver no problema e, em conjunto, buscarem soluções preventivas e resolutivas 
para o combate do fenômeno. Uma destas soluções, válidas e eficazes, é a implementação, em todas 
as escolas, de programas de justiça restaurativa. 
Por fim, junte-se a nós e diga não ao bullying! 
Fonte: Bullying - Disponível em: http://bullynobullying.blogspot.com.br/p/bullying.html 
 
 
Nova pasta/1-2- Manual - Democratiza��o da Gest�o Escolar.pdf
 
 
Democratização da Gestão Escolar: mecanismos de participação e 
autonomia da Undade Escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para que a tomada de decisão seja partilhada e coletiva, é necessária a efetivação de vários 
mecanismos de participação, tais como: o aprimoramento dos processos de escolha ao cargo de 
diretor, a criação e consolidação de órgãos colegiados na escola – conselhos escolares e conselho de 
classe – o fortalecimento da participação estudantil por meio da criação e consolidação de grêmios 
estudantis; a construção coletiva do projeto políticopedagógico da escola; a redefinição das tarefas e 
funções da associação de pais e mestres na perspectiva de construção de novas maneiras de se 
partilhar o poder e a decisão nas instituições. É nessas direções que se implementam e vivenciam 
graus progressivos de autonomia da escola. 
 
Toda essa dinâmica deve ocorrer como um processo de aprendizado político, fundamental para a 
construção da gestão democrática e, conseqüentemente, para a instituição de uma nova cultura na 
escola. 
 
Nesse sentido, a democratização da gestão escolar implica a superação dos processos centralizados 
de decisão e a vivência da gestão colegiada, na qual as decisões nasçam das discussões coletivas, 
envolvendo todos os segmentos da escola num processo pedagógico. A partir dele vai ser efetiva a 
autonomia da unidade escolar. 
 
Os mecanismos de participação e a gestão democrática 
 
A gestão democrática, no sentido lato, pode ser entendida como espaço de participação, de 
descentralização do poder e de exercício de cidadania. Nesse sentido, reafirmamos a necessidade de 
instituir processos de efetiva participação política; da gratuidade do ensino; da universalização da 
educação básica e superior; do planejamento e da coordenação descentralizados dos processos de 
decisão e de execução; do fortalecimento das unidades escolares por meio da efetivação da 
autonomia das unidades escolares; da articulação entre os diferentes níveis de ensino; da definição 
coletiva de diretrizes gerais para a educação nacional; da exigência de planos de carreira para o 
magistério público; da vinculação de verbas para a educação; da democratização das formas de 
acesso, permanência e gestão.
Todos esses itens vinculam-se ao princípio de gestão democrática, à medida que conferem à 
educação nacional o papel de um dos instrumentos de promoção do exercício de cidadania, a ser 
assegurada por meio de mecanismos de participação ativa dos segmentos da sociedade civil nas 
instâncias consultivas, deliberativas e de controle social da educação. 
 
Construir uma nova lógica de gestão, que conte com a participação da sociedade e dos atores 
diretamente envolvidos com a prática pedagógica, implica rever o modelo adotado pelos sistemas 
públicos, cuja estruturação e funcionamento vivem até hoje características de um modelo 
centralizador. 
 
A autonomia pedagógica e financeira e a implementação de um projeto político-pedagógico próprio 
da unidade escolar encontram vários limites no paradigma de gestão escolar vigente, destacando, 
dentre eles: 
a) a centralização das decisões; 
b) entraves ao estabelecimento de princípios de organização colegiada da gestão e do trabalho 
pedagógico; 
c) projeto político-pedagógico restrito ao atendimento das determinações das secretarias de 
educação, não acarretando mudanças significativas na lógica autoritária da cultura escolar; 
d) formas de provimento nos cargos dirigentes dissociadas da comunidade local e escolar. 
 
Analisar esses limites, buscando sua superação, constitui-se em esforço coletivo de mudança em 
direção à democratização da escola. 
 
A gestão democrática implica, portanto, a efetivação de novos processos de organização e gestão, 
baseados em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de decisão. Nesse 
sentido, a participação pode ser implementada e se realiza de diferentes maneiras, em níveis 
distintos e em dinâmicas próprias no cotidiano escolar. 
 
A participação, portanto, não se apresenta de maneira padronizada. 
É uma prática polissêmica, que apresenta diferenças significativas quanto à natureza, caráter, 
finalidades e alcance nos processos de aprendizagem cidadã. Isso quer dizer que os processos de 
participação se constituem, eles próprios, em atitudes e disposição de aprendizagem e de mudanças 
culturais a serem construídos cotidianamente. 
 
A participação é um processo complexo, que envolve vários cenários e múltiplas possibilidades 
organizativas. Ou seja, não existe apenas uma forma ou lógica de participação. Várias dinâmicas se 
caracterizam por um processo de participação tutelada, restrita e funcional; outras por efetivar 
processos coletivos, inovadores de escolha e decisão. 
 
Vamos discutir a seguir a importância dos conselhos escolares como espaço de organização, 
participação e decisão coletiva da escola. 
 
Gestão e participação nos conselhos escolares 
 
A LDB instituiu nas instituições públicas de educação básica os conselhos escolares, com 
representação da comunidade. Essa forma de participação reforça os interesses coletivos da ação 
pública e constitui mecanismo político de superação da centralidade do poder instituído nas escolas. 
A implementação dos conselhos escolares permite que diferentes setores da sociedade possam 
contribuir e participar da gestão da escola de forma democrática e institucionalizada. 
 
Com base nessa concepção organizativa, a escola pode concretamente adotar um novo conteúdo e 
uma nova prática de gestão que fundamentalmente priorize a dimensão participativa. Alguns 
exemplos de concepções que priorizem a participação são a co-gestão, a administração colegiada, 
a democracia participante e a autogestão. 
 
A co-gestão está ligada ao princípio de co-decisão. Uma decisão só pode ser tomada por 
concordância das partes. A co-gestão busca o equilíbrio de poder e de participação dos vários 
segmentos no interior da instituição, escola ou empresa. 
 
A administração colegiada pressupõe a participação da comunidade nas decisões do processo 
educativo. Representa uma instância coletiva de tomada de decisão e de análise dos problemas da 
escola. A administração colegiada busca uma nova prática de exercício do poder. 
 
A administração colegiada pressupõe a participação da comunidade nas decisões do processo 
educativo. Representa uma instância coletiva de tomada de decisão e de análise dos problemas da 
escola. A administração colegiada busca uma nova prática de exercício do poder. 
 
A democracia participante baseia-se no princípio de que seus membros elegem delegados para 
representar seus interesses. Seu objetivo é que os problemas das bases sejam considerados nas 
políticas do governo e do Estado. Nesse tipo de organização, só os delegados legitimamente 
escolhidos têm autoridade para votar sobre os assuntos a serem decididos. 
 
A autogestão pressupõe que todos os cidadãos se tornem administradores diretos de suas 
organizações, empresas ou instituições. Seus membros formam um grupo que se autogoverna. 
Numa organização de autogestão, a coletividade exerce os poderes do governo por meio da ação 
direta. O processo de gestão da escola deve estar fundamentado no seu projeto político-pedagógico. 
O processo democrático vive da ação coletiva, e como tal, implica participação da comunidade 
escolar no processo de discussão e definição de suas políticas e projetos educacionais. 
 
A construção de uma cultura democrática só é possível a partir de práticas democráticas. Os 
princípios e regras que norteiam essa prática, embora ligados à natureza universal dos valores 
democráticos, têm uma especificidade intrínseca à natureza e ao projeto social de cada escola ou 
sistema escolar. A escola não é democrática só por sua prática administrativa. 
Torna-se democrática por suas ações pedagógicas e essencialmente educativas (FONSECA, 1997, 
p. 49). 
 
Portanto, para que a participação seja uma realidade, são necessários os meios, ações e condições 
favoráveis, ou seja, é preciso repensar a cultura escolar e local, os processos, normalmente 
autoritários, de distribuição do poder no seu interior. 
 
Enfim, a participação é um processo permanente, a ser construído coletiva e diariamente. Em alguns 
casos, é necessário reaprender o processo de participação, reinventá-lo! Nessa direção, é 
fundamental ressaltar que a participação não se decreta, não se impõe e, portanto, não pode ser 
entendida apenas como mecanismo formal, ritual e legal. 
 
Assim, participação é compreendida como a organização e gestão cujo objetivo é criar as condições 
e mecanismos para que os diferentes sujeitos sociais possam atuar e interferir nos diferentes espaços 
de decisão e responsabilização das unidades escolares. Significa reconhecer que na escola todos têm 
contribuições e saberes para compartir e que todos os processos realizados nos espaços da escola 
são vivências formativas e cidadãs. 
 
Conselhos escolares 
 
O § 2o do artigo 14 da LDB afirma a necessidade da “participação das comunidades escolar e local 
em conselhos escolares ou equivalentes”. Vamos refletir um pouco sobre o significado e o lugar 
que o conselho escolar ocupa na estrutura da escola. 
 
 
Etimologicamente, o termo “conselho” vem do latim consilium. Por sua vez, consilium provém do 
verbo consulo/consulere, significando tanto ouvir alguém, quanto submeter algo a uma deliberação 
de alguém, após uma ponderação refletida, prudente e de bom senso. Trata-se, pois, de um verbo 
cujos significados postulam a via de mão dupla: ouvir e ser ouvido. Certamente, é do interesse 
comum ter conhecimento do que se passa no interior de um órgão que tenha algum poder decisório 
sobre
a vida social. O dar a conhecer de atos e decisões que implicam uma comunidade e são 
comuns a todos os seus indivíduos só pode ser produto de uma audição maior (CURY, 2001, p. 47). 
 
Nos processos culturais e nas formas de organização, os homens inventaram maneiras de tomar 
decisões coletivas e de interesse público. Às vezes, em conselhos de anciãos, de notáveis, outras 
vezes em representação popular, por meio de assembléias que representava as diversas vozes e 
opiniões daquele grupo que se diferenciava e se mantinha por costumes, tradições, sentimento de 
pertencimento ou por rituais culturais. 
 
Os conselhos surgem como uma maneira de organizar das civilizações, dos povos, num devenir 
humano em que se busca distinguir o mundo das relações e práticas privadas do mundo das relações 
e práticas públicas ou coletivas. Em outras palavras, os conselhos não cuidam dos interesses 
individuais e domésticos, mas sim dos interesses coletivos e públicos, para assegurar o bem comum. 
 
Os conselhos escolares instituídos nas escolas são espaços de exercício da cidadania e valorização 
do sentimento de pertencimento, de acolhimento da pluralidade das vozes da comunidade, da 
incorporação e de defesa dos direitos sociais, enfim um dos instrumentos efetivos de participação e 
de tomada de decisões democráticas. 
 
Nesse sentido, o conselho escolar constitui-se um dos mais importantes mecanismos de 
democratização da gestão de uma escola, pois quanto mais ativa e ampla for a participação dos 
membros do conselho escolar na vida da escola, maiores serão as possibilidades de fortalecimento 
dos mecanismos de participação e de decisão coletivos. 
 
Para avançarmos na construção da escola pública e popular, torna-se necessário saber conviver com 
o poder repartido e contribuir por meio de ações e medidas concretas para que a comunidade escolar 
e local possam participar, aconselhar, escolher e executar as melhores ações, projetos, sonhos e 
inventos. 
 
O professor Genuíno Bordignon, membro do Conselho de Educação do Distrito Federal, nos auxilia 
nessa reflexão: 
 
O conselho escolar será a voz e o voto dos diferentes atores da escola, internos e externos, desde os 
diferentes pontos de vista, deliberando sobre a construção e a gestão de seu projeto 
políticopedagógico. 
 
O conselho existe para dizer aos dirigentes o que a comunidade quer da escola e, no âmbito de sua 
competência, o que deve ser feito. Os conselhos – é bom insistir – não falam pelos dirigentes 
(governo), mas aos dirigentes em nome da sociedade (BORDIGNON, 2004, p. 34). 
 
Como vimos, os conselhos escolares cumprem um importante papel na agenda escolar. Vamos 
situar, a seguir, as formas de escolha dos diretores e a democratização da gestão escolar. 
 
A escolha de diretores e a democratização da escola 
 
Em relação à escolha de diretores, as formas ou propostas mais usuais na gestão das escolas 
públicas têm sido: a) diretor livremente indicado pelos poderes públicos; 
b) diretor de carreira; 
c) diretor aprovado em concurso público; 
d) diretor indicado por listas tríplices ou sêxtuplas ou processos mistos; 
e) eleição direta para diretor. 
 
Ao analisar as modalidades, pode-se afirmar que a livre indicação dos diretores pelos poderes 
públicos se identificava com as formas mais usuais de clientelismo. O critério de escolha era o 
favorecimento, sem considerar a competência ou o respaldo da comunidade escolar. Essa lógica 
eliminava qualquer candidato que se opusesse à força do prefeito ou governador. Permitia a 
transformação da escola em espaço instrumentalizador de práticas autoritárias, evidenciando forte 
ingerência do Estado na gestão escolar. 
 
Já o diretor de carreira – modalidade pouco utilizada – tinha acesso ao cargo vinculado a critérios 
como: tempo de serviço, merecimento e/ou distinção, escolarização, entre outros. Representa uma 
tentativa de aplicação no setor público da tese meritocrática, alijando também a participação da 
comunidade escolar na escolha de seu dirigente. 
 
A modalidade de acesso por concurso público nasce como contraponto à indicação política. Vários 
interlocutores têm defendido essa forma de ingresso por transparecer objetividade na escolha por 
méritos intelectuais. Por entendermos que a gestão escolar não se reduz à dimensão técnica, mas 
configura-se como ato político, consideramos que essa modalidade valoriza demais as atividades 
administrativas e burocráticas e secundariza o processo político-pedagógico, mais abrangente. A 
defesa do concurso público de provas e títulos é bandeira a ser empunhada e efetivada como forma 
de ingresso na carreira dos profissionais da educação. Mas, a prática tem mostrado que não é a 
forma mais apropriada de escolha de dirigentes escolares. Além de desconsiderar a participação 
da comunidade escolar, possui limites, como a transformação de diretores em “donos da escola”, 
que fica condenada a ter uma gestão identificada com a pessoa do dirigente até sua aposentadoria. 
 
A indicação por meio de listas tríplices, sêxtuplas ou a combinação de processos (modalidade 
mista) consiste na consulta à comunidade escolar, ou a setores desta, para a indicação de nomes dos 
possíveis dirigentes, cabendo ao executivo ou a seu representante nomear o diretor dentre os nomes 
destacados e/ou submetê-los a uma segunda fase que consiste em provas ou atividades de avaliação 
de sua capacidade cognitiva para a gestão da educação. 
 
Tal modalidade tem duas vantagens: um mandato temporal definido e a participação da comunidade 
escolar no início do processo. Entretanto, como cabe ao executivo deliberar sobre a indicação final 
do diretor, corre-se o risco de ocorrer uma indicação por critérios não político-pedagógicos, com 
uma suposta legitimação da comunidade escolar, em nome do discurso de 
participação/democratização das relações escolares. 
 
As eleições diretas para diretores, historicamente, têm sido a modalidade considerada mais 
democrática pelos movimentos sociais, inclusive dos trabalhadores da educação em seus sindicatos. 
Mas ela não está livre de uma grande polêmica. A defesa dessa modalidade vincula-se à crença de 
que o processo conquista ou retoma o poder sobre os destinos da gestão. 
 
O processo de eleição de diretores é muito variado nos Estados e municípios que o adotam. O 
colégio eleitoral pode incluir toda a comunidade escolar ou ser restrito a parte dela, com diferentes 
ponderações para o voto dos professores, funcionários, estudantes e pais. Em alguns casos, há 
definição legal e operacional para o andamento e transparência do processo, como data, local, 
horário, regras de propaganda e de debates. Em outros, a comissão eleitoral se incumbe de 
regulamentar as diferentes etapas da eleição. É fundamental garantir a participação de todos e ter 
consciência de que a eleição não é a panacéia para todos os problemas da escola. Há que se cuidar 
de não transpor para a escola os vícios das eleições gerais, como o “voto de cabresto” e as “trocas 
de favores”. Portanto, além da melhoria dos processos de escolha de diretores, há que se garantir a 
institucionalização e fortalecimento de outros mecanismos de participação colegiada na escola, 
como os conselhos e assembléias escolares. 
 
O voto de cabresto é um sistema tradicional de controle de poder político, por meio do abuso de autoridade, compra de 
votos ou utilização da máquina pública. 
 
Embora as eleições se apresentem como um legítimo canal na luta pela democratização da escola e 
das
relações sociais mais amplas – não sendo o único – é necessário compreender os vícios e as 
limitações do sistema representativo numa sociedade de classes, assentada em interesses 
antagônicos e irreconciliáveis. Por isso, não consideramos a eleição, por si só, garantia da 
democratização da gestão, mas referendamos essa modalidade enquanto instrumento para o 
exercício democrático. A forma de provimento no cargo pode não definir o tipo de gestão, mas, 
certamente, interfere no curso desta. Assim, visualizar a eleição como ação terminal é incorrer no 
equívoco de se negar o caráter histórico do processo, pois a eleição deve ser um instrumento 
associado a outros na luta pela democratização possível das relações escolares. 
 
A eleição direta tem sido apontada como um canal efetivo de democratização das relações 
escolares. Trata-se de modalidade que se propõe valorizar a legitimidade do dirigente escolar como 
coordenador do processo pedagógico no âmbito escolar. Em que pesem os limites que se interpõem 
no curso dessa modalidade, fruto da cultura autoritária que permeia as relações sociais e escolares, a 
eleição para dirigentes se configura em uma modalidade a ser problematizada e avaliada, articulada 
ao estabelecimento de premissas e princípios básicos visando à democratização da escola. A 
participação dos servidores nesse processo é fundamental para a escola e para a constituição de sua 
identidade. 
Nessa ótica, as eleições escolares, tanto para os cargos de dirigentes como para 
compor os colegiados, são canais de participação e de aprendizado político da gestão democrática, 
compreendida como construção de cidadania, de luta política, que não se circunscreve aos limites 
da prática educativa, mas vislumbra a transformação das relações sociais autoritárias da 
sociedade. 
 
A idéia básica é a da gestão como um processo de idas e vindas, construído por meio da articulação 
entre os diferentes atores, que vão tecendo a feição que esse processo vai assumindo. A gestão 
democrática é a expressão de um aprendizado de participação pautado pelo dissenso, pela 
convivência e respeito às diferenças em prol do estabelecimento de espaços de discussão e 
deliberação coletivos. 
 
Dessa forma, quaisquer políticas direcionadas para a democratização das relações escolares devem 
considerar o contexto em que elas se inserem. As necessidades daí decorrentes e as condições 
objetivas em que elas se efetivam serão o diferencial no processo de gestão que se quer efetivar. 
Quanto maior a participação, maiores são as possibilidades de acerto nas decisões a serem tomadas 
e efetivadas na escola. 
 
Outro aspecto fundamental refere-se à noção de gestão como resultado de ações coletivas. É 
totalmente diferente uma decisão do diretor e uma decisão do colegiado. Estamos acostumados com 
a lógica de gestão centrada na figura do gestor, do diretor de escola. A efetivação da gestão 
democrática implica ações compartilhadas que resultem na participação de todos, contrariando a 
lógica cartorial e hierárquica vigente na gestão das escolas. Não se muda a cultura escolar sem o 
trabalho coletivo, mas com discussões conjuntas e a busca de resolução dos problemas de modo 
participativo. 
Nessa ótica, pensar um novo cenário para a escola implica a articulação de três 
noções fundamentais: eficiência, eficácia e efetividade social. De fato, a escola tem de ser eficiente, 
mas o que significa ser eficiente? Eficiente em relação a quê? A mesma questão se coloca para 
eficácia. O que é uma escola eficaz? A noção de efetividade social, ou seja, de garantia de acesso e 
de permanência com qualidade social para todos nos diferentes níveis e modalidades de ensino é 
que vai indicar as respostas a essas questões 
 
Assim, eficiência, eficácia e efetividade social da escola revelam a compreensão e o alcance da 
função social da educação e da escola que a comunidade escolar quer. A democratização da escola 
não é uma via de mão única. Existem várias possibilidades e alternativas para a sua implementação, 
resultantes dos embates e das várias possibilidades políticas desencadeadas coletivamente pelos 
diferentes atores em cada unidade escolar. 
 
Assim, a gestão da escola configura-se em ato político, pois requer sempre uma tomada de posição 
política. Exige-se um posicionar-se diante das alternativas. A gestão escolar não é neutra, pois, 
todas as ações desenvolvidas na escola envolvem atores e tomadas de decisões. Nesse sentido, 
ações simples como a limpeza e a conservação do prédio escolar até ações mais complexas, como 
as definições pedagógicas, o trato com situações de violência, entre outras, indicam uma 
determinada lógica e horizonte de gestão, pois, são ações que expressam interesses, princípios e 
compromissos que permeiam as escolhas e os rumos tomados pela escola. 
 
Para sintetizar, diria que o processo de democratização da escolha de diretores tem contribuído para 
se repensar a gestão escolar e o papel do diretor e do conselho escolar. A democratização da gestão 
por meio do fortalecimento dos mecanismos de participação na escola, em especial do conselho 
escolar e da escolha de diretor, pode-se apresentar como uma alternativa criativa para envolver os 
diferentes segmentos das comunidades local e escolar nas questões e problemas vivenciados pela 
escola. 
 
Esse processo, certamente, possibilita um aprendizado coletivo, cujo resultado pode ser o 
fortalecimento da gestão democrática na escola e das dinâmicas formativas que nela ocorrem. Nessa 
direção, a escola, fortalecendo a sua identidade institucional, caminharia para o efetivo exercício da 
vivência de progressivos graus de autonomia. A seguir vamos compreender melhor os conceitos, as 
dimensões e as formas de autonomia que as escolas que pretendem vivenciar a gestão democrática 
devem consolidar. 
 
Autonomia 
Quando falamos em autonomia, logo nos vem a idéia de independência, de liberdade, logo 
pensamos na possibilidade de fazermos aquilo que queremos e que entendemos ser o melhor para 
nós, num determinado momento. Nesse texto, apresentaremos e discutiremos os conceitos de 
autonomia, especialmente da autonomia da unidade escolar, as formas de autonomia e as suas 
dimensões na instituição educativa. 
 
a) Conceitos de autonomia 
Faculdade de se governar por si mesmo; direito ou faculdade de um país se reger por leis próprias; 
emancipação; independência; sistema ético segundo o qual as normas de conduta provêm da própria 
organização humana. (HOLLANDA, 1983, p. 136) 
 
A autonomia é uma maneira de gerir, orientar as diversas dependências em que os indivíduos e os 
grupos se encontram no seu meio biológico ou social, de acordo com as suas próprias leis. 
(BARROS, 1998, p. 16) 
 
A autonomia é a possibilidade e a capacidade de a escola elaborar e implementar um projeto 
político-pedagógico que seja relevante à comunidade e à sociedade a que serve. (NEVES, 1995, p. 
113) 
 
b) Dimensões da autonomia 
Ao discutir a autonomia da escola, Veiga destaca quatro dimensões consideradas básicas para o 
bom funcionamento de uma instituição educativa e, que segundo ela, devem ser relacionadas e 
articuladas entre si: Autonomia administrativa – consiste na possibilidade de elaborar e gerir seus 
planos, programas e projetos; 
• Autonomia jurídica – diz respeito à possibilidade de a escola elaborar suas normas e orientações 
escolares em consonância com as legislações educacionais, como, por exemplo, matrícula, 
transferência de alunos, admissão de
professores, concessão de grau; 
• Autonomia Financeira – refere-se à disponibilidade de recursos financeiros capazes de dar à 
instituição educativa condições de funcionamento efetivo; 
• Autonomia Pedagógica – consiste na liberdade de propor modalidades de ensino e pesquisa. Está 
estreitamente ligada à identidade, à função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação, 
bem como aos resultados e, portanto, à essência do projeto pedagógico da escola. (VEIGA, 1998, p. 
16-19) 
 
Representação das dimensões da autonomia 
 
 
As dimensões da autonomia 
 
Autonomia administrativa da escola evita que esta seja submetida a uma administração nas quais as 
decisões, a ela referentes, sejam tomadas fora dela e por pessoas que não conhecem a sua realidade, 
fazendo com que a comunidade escolar, num processo centralizado, torne-se executora de projetos 
elaborados em gabinetes. 
 
Vale ressaltar, que a autonomia é sinônimo de responsabilidade individual e coletiva. Dessa forma, 
ter autonomia administrativa significa também não esquecer que a escola está inserida num 
processo que envolve relações internas e externas, o sistema educativo e a comunidade escolar. A 
autonomia administrativa cria várias possibilidades, dentre elas, a constituição dos conselhos 
escolares e a construção, aprovação e efetivação do projeto de gestão. 
 
Autonomia jurídica possibilita que as normas de funcionamento desta sejam discutidas 
coletivamente e façam parte do regimento escolar elaborado pelos segmentos envolvidos na escola 
e não por um regimento único, de todas as instituições que fazem parte da rede de ensino. 
Autonomia financeira pode ser total ou parcial. É total, quando à escola é dada a responsabilidade 
de administrar todos os recursos a ela repassados pelo poder público, e é parcial quando a escola 
tem a incumbência de administrar apenas parte dos recursos, ficando o órgão central do sistema 
educativo responsável pela gestão de pessoal e pelas despesas de capital. A LDB determina no 
inciso II do artigo 12 que os estabelecimentos de ensino terão a incumbência de administrar seu 
pessoal e seus recursos materiais e financeiros. Mas, cabe a cada sistema de ensino efetivar ou não a 
autonomia. Essa autonomia financeira da escola não significa o não-financiamento da educação 
pública por parte do Estado. A resistência dos segmentos sociais, que lutam em defesa da escola 
pública, gratuita e de qualidade social, às propostas de autonomia apresentadas às escolas, deve-se 
ao temor de que isso possa significar o repasse para as escolas, para as famílias e para as empresas 
de obrigações e responsabilidades que historicamente pertenceram ao Estado, como sinaliza Pablo 
Gentilli “é o agente central na alocação de recursos destinados ao financiamento dos serviços 
educacionais”. 
 
Nesse sentido, a autonomia financeira possibilita à escola elaborar e executar seu orçamento, 
planejar e executar suas atividades, sem ter de necessariamente recorrer a outras fontes de receita, 
aplicar e remanejar diferentes rubricas, tendo o acompanhamento e fiscalização dos órgãos internos 
e externos competentes. Em síntese, é obrigação do poder público o financiamento das atividades 
educacionais por ele mantido. Uma responsabilidade constitucional que exige de nós todos a 
vigilância constante sobre os caminhos percorridos e a utilização desses recursos. 
 
Autonomia Pedagógica refere-se à liberdade de a escola, no conjunto das suas relações, definir 
sobre o ensino e a pesquisa. É condição necessária para o trabalho de elaboração, desenvolvimento 
e avaliação do projeto político-pedagógico da escola. 
 
Você pode perceber a importância de se compreender as dimensões da autonomia e o quanto elas 
estão articuladas entre si. Essa ênfase na autonomia da unidade escolar não é aleatória; está pautada 
na crença de que cada escola tem suas especificidades e, como tal, requer projetos e ações pensadas 
e elaboradas no seu interior pelos segmentos que a compõem. 
 
Nessa perspectiva, conhecer as leis que regulamentam o sistema de ensino, ou a sua estrutura 
organizacional, não é suficiente para uma compreensão clara da realidade escolar, tendo em vista 
que a escola é um universo específico, cuja realidade, assim como a ação de seus agentes, só pode 
ser compreendida a partir do conhecimento do que é vivenciado no seu cotidiano. Ao discutir a 
unidade escolar, o autor Jair Militão Silva recomenda duvidar das intenções declaradas ou 
avaliações feitaspor aqueles que dirigem o sistema, distantes que estão da realidade da escola, pois, 
para compreender o seu funcionamento, é essencial que se veja o que concretamente acontece na 
unidade escolar. Sendo assim, para que haja mudanças significativas no ensino, é fundamental que a 
escola constitua-se “no lugar estratégico de mudança do sistema escolar”, na medida em que este é 
o local onde se concretiza o que é planejado globalmente para o ensino-aprendizagem. Nesse 
sentido, ele enfatiza que a unidade escolar é o lugar onde se concretiza o objetivo máximo do 
sistema escolar, ou seja, o atendimento direto de seus usuários nas relações de ensino-
aprendizagem. É nela que as metas governamentais são atingidas ou não, as políticas educacionais 
se realizam tal como o previsto ou sofrem distorções (SILVA, 1996, p. 42-45). 
 
c) Formas de autonomia 
Para alguns pesquisadores, existem duas formas de autonomia: 
a autonomia decretada e a construída. 
• Autonomia decretada – consiste na transferência de competências, por meio de decretos, da 
administração central e regional para as unidades escolares. 
• Autonomia construída – refere-se à construção coletiva e democrática de projetos, na escola, que 
atendam aos anseios da comunidade a que pertence. 
 
Estamos vivendo um momento em que autonomia faz parte da agenda de discussão de professores, 
gestores, pesquisadores, governo, partidos políticos, entre outros. Dentre estes, boa parte entende 
que a autonomia não é um valor absoluto, ou seja, que somos autônomos em relação a alguns 
aspectos, mas podemos não ser em relação a outros. 
 
Para um melhor entendimento, ao defendermos a autonomia da escola, estamos defendendo que a 
comunidade escolar seja independente e tenha liberdade para coletivamente pensar, discutir, 
planejar, construir e executar o projeto político-pedagógico almejado pela comunidade. No entanto, 
mesmo tendo essa autonomia, a escola está subordinada ao Sistema Nacional de Educação, às 
normas gerais do sistema de ensino e às leis que o regulam, não podendo, portanto, desobedecê-las. 
 
A esse respeito, Neves sinaliza que: 
 
[...] assim como a liberdade não deixa de ser liberdade pelas relações interpessoais e sociais que a 
limitam, a autonomia da escola não deixa de ser autonomia por considerar a existência e a 
importância das diretrizes básicas de um sistema nacional de educação. Dessa mesma forma, assim 
como a democracia sustenta-se em princípios de justiça e de igualdade que incorporam a 
pluralidade e a participação, a autonomia da escola justifica-se no respeito à diversidade e à riqueza 
das culturas brasileiras, na superação das marcantes desigualdades locais e regionais e na abertura à 
participação. (NEVES, 1995, p. 99) 
 
Nesse sentido, autonomia da unidade escolar significa a possibilidade de construção coletiva de um 
projeto político-pedagógico, que esteja de acordo com a realidade da escola, que expresse o projeto 
de educação construído pela comunidade, em consonância com as normas estabelecidas pela
legislação em curso. 
 
 
Entendendo o sentido da autonomia, resta-nos perguntar: a autonomia sempre esteve em pauta ou 
é resultado de lutas políticas travadas pelos movimentos sociais organizados? 
 
Podemos perceber que a conquista da autonomia da escola resulta das lutas em prol da 
democratização da educação, como parte das reivindicações dos educadores, organizações sindicais, 
associações acadêmicas e de todos os que defendem a escola como espaço democrático, por 
entenderem ser essa condição necessária “para o surgimento de formas organizativas 
autogestionárias”. 
Autogestão é quando um organismo é administrado pelos seus participantes em 
regime de democracia direta. Em autogestão, não há a figura do patrão, mas todos os empregados 
participam das decisões administrativas em igualdade de condições. 
 
No entanto, apesar das discussões feitas, dos embates travados e de alguns governos estaduais e 
municipais apresentarem projetos de autonomia para a escola, na tentativa de encontrar soluções 
para a chamada “ingovernabilidade da crise” existente na administração do sistema educativo. 
Alguns desses projetos se caracterizam por delegar às escolas obrigações e responsabilidades que 
historicamente pertenceram ao Estado, sem necessariamente garantir o repasse de verbas a essas 
instituições. 
 
Nesse sentido, os segmentos sociais organizados vêm lutando pela universalização e 
democratização da educação escolar pública e gratuita, pela conscientização da população de que a 
educação escolar é um direito a ser conquistado, embora legalmente constituído. Essa luta tem tido 
como consequência inúmeros debates visando à melhoria da qualidade e funcionamento do sistema 
educacional, no que tange à sua implantação, eficiência, eficácia e efetividade social. 
 
O aumento da demanda pela escolarização, a busca da implantação e/ou unificação dos planos de 
carreira por partes dos profissionais da educação, as discussões sobre a gestão democrática, 
autonomia da escola e descentralização das políticas, são algumas das questões desse processo de 
luta. 
 
Sob esse ponto de vista, a luta desses segmentos pela descentralização das políticas para a educação 
pauta-se na crença de que os sistemas de ensino, as escolas têm as suas especificidades, 
singularidades e a comunidade escolar e local precisam de autonomia para construir coletivamente 
seu projeto de educação, parte de um todo. 
1. Reúna os outros funcionários de sua escola e converse sobre a maneira como a 
sua escola está sendo administrada. Aproxima-se mais de processos autoritários ou democráticos? 
Como são tomadas as decisões? Quem participa do processo de tomada de decisões? De que 
maneira os funcionários podem ser pro-ativos, visando contribuir com processos mais amplos de 
participação coletiva? Registre em seu memorial uma experiência em que você participou de um 
processo coletivo de tomada de decisão. 
 
2. Esta atividade pode ser realizada na Prática Profissional Supervisionada. 
 
Com a sua tutora e outros cursistas, organize um espaço de discussão sobre a gestão democrática, 
ressaltando a importância dos mecanismos de participação e decisão na escola para a efetivação 
de progressivos graus de autonomia da escola. Convide para essa discussão um diretor, uma 
funcionária, um estudante, um pai de aluno e uma professora. 
Faça os registros no relatório final. Aproveite o 
debate! Participe! 
 
 
 
Discutimos, na unidade anterior, os vários mecanismos de participação e decisão da escola 
(conselho escolar, eleição dos diretores, etc.) e sua articulação com a construção de graus 
progressivos de autonomia da unidade escolar, envolvendo, ainda, a elaboração, monitoramento e 
avaliação do projeto político-pedagógico da escola. 
 
O trabalho que se realiza na escola é fundamentalmente pedagógico. Isso quer dizer que as 
diferentes atividades realizadas na escola visam à formação integral do estudante. Para discutirmos 
o trabalho que se realiza na escola, foi necessário conhecer a escola e sua estrutura organizacional, 
bem como os diferentes atores que nela atuam. 
 
Apresentaremos, agora, a forma como o sistema de ensino e as escolas se encontram 
estruturalmente organizadas. Vemos que seus organogramas apresentam apenas a forma como estão 
hierarquizadas, a partir de determinadas concepções de poder, de cima para baixo. Para 
compreendermos de verdade a escola como organização, é necessária uma análise mais detida do 
cotidiano escolar. 
 
Em seus estudos, a professora Ilma Veiga esclarece que a escola possui dois tipos básicos de 
estrutura: a administrativa e a pedagógica. A estrutura administrativa relaciona-se à gestão e à 
alocação de recursos humanos, físicos e financeiros, englobando todos os elementos que tem uma 
forma material, como o prédio escolar e sua arquitetura, os equipamentos, materiais didáticos, 
mobiliário, distribuição das dependências escolares e espaços livres, cores, limpeza e saneamento 
básico. A segunda, a estrutura pedagógica, refere-se às interações políticas, às questões de ensino-
aprendizagem e às de currículo escolar (VEIGA,1998). 
 
Para que o estudante possa desenvolver suas atividades formativas na escola, várias questões 
precisam estar resolvidas, como, por exemplo: 
a) acesso à escola, garantido a todos; 
b) matrículas correspondentes às vagas; 
c) espaço físico adequado (salas de aula, biblioteca, secretaria, quadra de esportes, área de lazer, 
horta, cozinha, banheiros); 
d) pessoal docente e não-docente; 
e) material didático; 
f) alimentação escolar; 
g) equipamentos tecnológicos e midiáticos. 
 
Como vimos, uma escola traduz um conjunto de condições e formas de organização e gestão que 
são históricas e resultam da ação do poder público e da mobilização da sociedade civil organizada, 
especialmente do movimento dos trabalhadores em educação. Focalizaremos a natureza, a 
especificidade e a importância dos trabalhadores em educação e de seu trabalho na escola. 
 
Trabalho e trabalhadores na escola: natureza e especificidade. 
 
Embora a escola, historicamente, tenha nascido para a tarefa de ensinar, na realidade o trabalho em 
seu espaço se “divide” em docente e não-docente. O trabalho docente envolve diferentes 
profissionais, tais como os professores, coordenadores e diretores. 
O trabalho não-docente envolve os servidores técnicos, como merendeira, zelador, porteiro, auxiliar 
de limpeza e outros. 
 
É fundamental a compreensão de que o campo pedagógico se constitui enquanto trabalho não-
material, onde trabalho e produto não se separam e não se acumulam com fins de negociação, tal 
como acontece nas empresas. Por trabalho não-material entende-se aquele que não se separa do ato 
da produção e não se subordina aos meios e às finalidades, constituindo-se enquanto meio e fim 
num processo de permanente construção e ressignificação do conhecimento historicamente 
produzido. 
 
Na escola, trabalhadores docentes e não-docentes contribuem com o processo formativo que se 
desenvolve na escola, visando à educação. 
 
Um aprendizado importante se faz necessário: estes trabalhadores docentes e não-docentes, juntos, 
compõem uma categoria cada vez mais visível e identificável na sociedade, os trabalhadores em 
educação. Para que a escola cumpra a sua função social é necessário contar com todos esses 
profissionais. Assim, cada trabalhador contribui com sua parcela para que a escola cumpra o seu 
papel primordial: a formação dos
estudantes e dos que nela trabalham e constroem o seu cotidiano. 
Para que o professor possa desenvolver suas atividades, visando à formação dos 
estudantes dos diferentes níveis e modalidades da educação, é necessário contar com a 
participação de outros profissionais. Quem são esses profissionais? Por que a atuação deles é 
importante para a formação do estudante? Pode ser que você já tenha se feito essas questões. Esses 
trabalhadores envolvem a merendeira, o pessoal de limpeza, o vigia, os agentes das bibliotecas, 
dos laboratórios, da secretaria e outros importantes atores no dia a dia da escola. 
 
 
Neste módulo, ao discutir os processos de gestão e a importância da participação de todos na 
construção da gestão democrática e participativa ressaltamos o importante papel dos trabalhadores 
não docentes, hoje denominados “funcionários da educação” ou funcionários de escola. Destacamos 
ainda a importância de que esses profissionais conheçam a legislação, a escola em que trabalham, 
os processos de trabalho que se realizam na escola, os mecanismos de participação e decisão como 
caminhos fundamentais para a vivência da gestão democrática. 
 
A seguir vamos retomar, de modo sintético, a compreensão de gestão democrática que construímos 
ao longo do módulo, visando reforçar conceitos e concepções e, desse modo, contribuir para efetiva 
participação da comunidade local e escolar nos processos de tomada coletiva de decisão na escola. 
 
Gestão democrática na escola 
 
A gestão democrática é entendida como a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade 
escolar, pais, professores, estudantes e funcionários na organização, na construção e avaliação dos 
projetos pedagógicos, na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos decisórios da 
escola. Portanto, tendo mostrado as semelhanças e diferenças da organização do trabalho 
pedagógico em relação a outras instituições sociais, enfocamos os mecanismos pelos quais se pode 
construir e consolidar um projeto de gestão democrática na escola. 
 
Nesse sentido, está posto na proposta de Plano Nacional de Educação da Sociedade Brasileira, que 
“a gestão deve estar inserida no processo de relação da instituição educacional com a sociedade, de 
tal forma a possibilitar aos seus agentes a utilização de mecanismos de construção e de conquista da 
qualidade social na educação”. 
 
A democratização da gestão é defendida enquanto possibilidade de melhoria na qualidade 
pedagógica do processo educacional das escolas, na construção de um currículo pautado na 
realidade local, na maior integração entre os agentes envolvidos na escola - diretor, professores, 
estudantes, coordenadores, técnicos-administrativos, vigias, auxiliares de serviços - no apoio efetivo 
da comunidade às escolas, como participante ativa e sujeito do processo de desenvolvimento do 
trabalho escolar. 
 
A gestão democrática implica um processo de participação coletiva; sua efetivação na escola 
pressupõe instâncias colegiadas de caráter deliberativo, bem como a implementação do processo de 
escolha de dirigentes escolares, a participação de todos os segmentos da comunidade escolar na 
construção do projeto político-pedagógico e na definição da aplicação dos recursos recebidos pela 
escola. 
 
Neste sentido, para a efetivação da gestão democrática na escola, faz-se necessário a observação dos 
seguintes pontos básicos: os mecanismos de participação da comunidade escolar e a garantia de 
financiamento das escolas pelo poder público. 
 
Estes dois pontos, porém, se desdobram em outros, como: • a escolha dos dirigentes escolares; 
• a criação de órgãos colegiados; 
• a construção do projeto político-pedagógico 
• a autonomia da escola. 
 
Portanto, para que haja a participação efetiva dos membros da comunidade escolar, é necessário que 
o gestor, em parceria com o conselho escolar crie um ambiente propício, que estimule trabalhos 
conjuntos, que considere igualmente todos os setores, coordenando os esforços de funcionários, 
professores, pessoal técnico-pedagógico, alunos e pais envolvidos no processo educacional. 
 
A gestão escolar participativa não se refere apenas à democratização interna dos processos 
decisórios na e/ou da escola, mas também ao fortalecimento da escola enquanto tal. 
 
Considerando essas discussões, faça um levantamento na escola em que você atua e observe como 
acontece a participação dos funcionários no processo de gestão nesta Instituição. Registre no seu 
Memorial os mecanismos que dificultam a participação dos trabalhadores não docentes nos 
processos decisórios desta escola. Atividades para a Prática Profissional Supervisionada 
 
1. Converse com os outros funcionários da sua escola e pergunte o que eles precisam 
para melhorar a sua atuação nas decisões da escola. Junto com a sua tutora, aproveite os 
encontros quinzenais e convide a diretora e outras dirigentes para ouvir e discutir com os cursistas 
as suas demandas. 
 
Visando apresentar alternativas para a efetivação de processos participativos na escola, que 
resultam em aprendizado democrático, vamos a seguir relatar um caso de construção de processos 
de participação em uma escola pública. 
 
No dia-a-dia da escola, é perceptível que o trabalhador em educação não se reconheça como 
partícipe do processo da educação, não se veja como sujeito da mesma. Para ilustrar, relatarei um 
caso ocorrido em uma escola pública de Goiânia. 
 
 
 
Em uma aula de ciências onde a professora ensinava sobre higiene e bons hábitos, ela explicou 
que a água necessitava ser filtrada ou fervida antes de ser consumida. Um trabalhador não-
docente entrou na sala e colocou água na parte de baixo do filtro sem que esta tivesse sido filtrada 
ou fervida. O diretor da escola, presenciando o fato, convocou todos os funcionários para uma 
reunião. Explicou então que as crianças aprendem muito mais com o que vêem do que com o que é 
meramente verbalizado e ilustrou sua fala com o episódio ocorrido naquela sala de aula, 
explicando que, naquele caso, o ato do servidor não contribuiu com o processo de formação 
encaminhado pela professora de ciências. Ressaltou, ainda, a importância das ações de todos nos 
processos formativos dos estudantes daquela escola e destacou que a ação de colocar água na 
parte de baixo do filtro não prejudicaria as crianças apenas porque estas deixariam de beber água 
filtrada, mas também porque aprenderiam erroneamente a fazer o mesmo. O diretor disse que o 
envolvimento de todos, cada um em sua respectiva função, era fundamental para a garantia da 
interação, construção e qualidade da escola local. 
 
O trabalhador não-docente em questão defendeu-se dizendo que não tinha noção da importância de 
seu trabalho para o ensino dos alunos e que procedera daquela forma porque, secolocasse a água no 
local certo, esta não seria filtrada a tempo de ser consumida pelos estudantes. 
 
Para resolver o problema, discutiram o processo de trabalho e decidiram que a água deveria ser 
colocada no filtro, no local adequado, em todos os intervalos, possibilitando, assim, que a água 
estivesse filtrada para o consumo das crianças a qualquer hora. 
 
Nessa reunião, o diretor aproveitou o episódio para ampliar a discussão, levando em pauta a 
importância de cada um no processo chamado educação. Após a reunião, a merendeira que estava 
presente saiu e foi conversar com as suas companheiras de cozinha sobre a importância do seu 
trabalho para a educação e para a escola. Ela explicou
para a sua amiga que a merenda tem um 
papel importante no processo formativo, pois esta possibilita o aluno estar bem alimentado e 
preparado fisiologicamente para aprender o conteúdo ministrado em sala de aula. Assim como as 
merendeiras, o pessoal da limpeza também discutiu o seu papel educativo e perceberam que suas 
ações contribuem com o processo pedagógico, pois eles ensinam as crianças lições de higiene e 
organização por meio do exercício de sua função, temas importantes para uma vida social. A feira 
de ciências reali zada nesta escola contou com a participação dos estudantes, professores e 
funcionários que também colaboraram com o enriquecimento cultural da amostra. O diretor em 
questão investiu em educação continuada para todos os trabalhadores, aproveitando também para 
que estes tivessem noção da importância de sua participação no conselho escolar, que reúne 
professores, funcionários, comunidade local, pais e alunos, que juntos definem os rumos da escola, 
tendo todos os representantes, inclusive, direito a voto. Os resultados dessa interação foram 
perceptíveis no dia-a-dia da escola, bem como na participação ativa de todos, no conselho escolar. 
 
Entendendo que são sujeitos na gestão da escola, todos começaram a participar e contribuir, 
interagindo no processo da educação garantindo a qualidade da escola pública que todos desejamos 
e juntos podemos construir. 
 
Essa história evidencia que a construção coletiva é possível e que somente com a participação de 
todos na escola vamos construir, de fato, vivências e aprendizados que contribuem para a 
construção e efetivação da gestão democrática. 
 
Espero que as reflexões, desenvolvidas neste caderno, contribuam com a formação continuada de 
cada um dos cursistas e, sobretudo, com o engajamento destes na construção de uma escola pública, 
popular e democrática! 
 
REFERÊNCIAS....ver no link do site 
 
Fonte: Ministério da Educação: Brasília, 2008. Programa Profuncionário – Curso Técnico de 
Formação para Funcionários da Educação: Módulo 6 – Gestão Escolar, unidades 4 e 5: 
Unidade 4 – Democratização da Gestão Escolar: mecanismos de participação e autonomia 
da Unidade Escolar; 
Unidade 5 – Gestão Democrática e os trabalhadores da Educação. 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/06_gest_edu_esc.pdf 
 
 
Nova pasta/1-3- Manual - Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escol.pdf
Conselho Escolar,
gestão democrática da educação
e escolha do diretor
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Básica
Brasília - DF
Novembro de 2004
CONSELHO ESCOLAR,
GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO
E ESCOLHA DO DIRETOR
Apresentação ..................................................................................................................7
Introdução ....................................................................................................................11
Parte I – Gestão democrática: a participação cidadã na escola ......................13
1.1 A educação como direito ....................................................................................16
1.2 A educação, a escola e a cultura na formação de sujeitos sociais ................19
Parte II – A gestão democrática: aprendizagem e exercício de participação.....23
2.1 A construção da gestão democrática e os processos de participação........26
Parte III – Gestão democrática e a escolha de diretores ...................................31
3.1 As formas de provimento ao cargo de diretor:
limites e possibilidades ............................................................................................33
3.2 O Conselho Escolar como espaço de democratização da gestão e
da organização escolar .............................................................................................42
Parte IV – Gestão democrática e a autonomia da escola ..................................45
4.1 Os mecanismos de participação e a autonomia da escola ..........................46
4.2 O diretor, o Conselho Escolar e a gestão democrática na escola ................49
Leituras recomendadas ...........................................................................................55
Referências .................................................................................................................57
Sumário
8
9
“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convo-
car os que vivem em torno da escola, e dentro da esco-
la, no sentido de participarem, de tomarem um pouco
o destino da escola na mão, também. Tudo o que a
gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, consi-
derando o trabalho imenso que se põe diante de nós
que é o de assumir esse país democraticamente.”
Paulo Freire
A Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, por meio da
Coordenação-Geral de Articulação e Fortalecimento Institucional dos Siste-
mas de Ensino do Departamento de Articulação e Desenvolvimento dos Siste-
mas de Ensino, vem desenvolvendo ações no sentido de implementar o Pro-
grama Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares.
Esse Programa atuará em regime de colaboração com os sistemas de ensi-
no, visando fomentar a implantação e o fortalecimento de Conselhos Escola-
res nas escolas públicas de educação básica.
O Programa conta com a participação de organismos nacionais e internacio-
nais em um Grupo de Trabalho constituído para discutir, analisar e propor
medidas para sua implementação.
 Participam do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares:
� Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed)
� União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime)
Apresentação
10
� Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)
� Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
� Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco)
� Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O material instrucional do Programa é composto de um caderno instrucional
denominado Conselhos Escolares: Uma estratégia de gestão democrática da educa-
ção pública, que é destinado aos dirigentes e técnicos das secretarias munici-
pais e estaduais de educação, e seis cadernos instrucionais destinados aos con-
selheiros escolares, sendo:
� Caderno 1 – Conselhos Escolares: Democratização da escola e constru-
ção da cidadania
� Caderno 2 – Conselho Escolar e a aprendizagem na escola
� Caderno 3 – Conselho Escolar e o respeito e a valorização do saber e da
cultura do estudante e da comunidade
� Caderno 4 – Conselho Escolar e o aproveitamento significativo do tempo
pedagógico
� Caderno 5 – Conselho Escolar, gestão democrática da educação e esco-
lha do diretor
� Caderno de Consulta – Indicadores da Qualidade na Educação.
Este é um dos cadernos instrucionais, e pretende, assim como os demais,
servir de subsídio às secretarias estaduais e municipais de educação na reali-
zação de capacitações de conselheiros escolares, seja por meio de cursos
presenciais ou a distância. É objetivo também do material estimular o debate
entre os próprios membros do Conselho Escolar sobre o importante papel desse
colegiado na implantação da gestão democrática na escola.
O material instrucional não deve ser entendido como um modelo que o
Ministério da Educação propõe aos sistemas de ensino, mas, sim, como uma
contribuição ao debate e ao aprofundamento do princípio constitucional da
gestão democrática da educação.
Vale
ressaltar que não é propósito deste material esgotar a discussão sobre
11
o tema; muito pelo contrário, pretende-se dar início ao debate sobre essa ques-
tão, principalmente tendo como foco o importante papel do Conselho Escolar.
Muitos desafios estão por vir, mas com certeza este é um importante passo
para garantir a efetiva participação das comunidades escolar e local na gestão
das escolas, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade social da edu-
cação ofertada para todos.
Ministério da Educação
12
13
Este caderno, intitulado Conselho Escolar, gestão democrática da educa-
ção e escolha do diretor, integra o Programa Nacional de Fortalecimento dos
Conselhos Escolares e tem como objetivo contribuir para o fortalecimento dos
mecanismos de democratização da escola, em especial do Conselho Escolar e
dos processos de escolha de diretores por meio da análise dos desafios, limi-
tes e possibilidades da gestão democrática.
A fim de discutir esses processos, estruturamos o caderno em quatro uni-
dades, entendendo a gestão como ato político-pedagógico, nas quais analisa-
mos os seguintes aspectos:
I – Gestão democrática: a participação cidadã na escola – busca identificar os
pressupostos da gestão democrática na legislação, bem como o papel social
da educação e da escola.
II – Gestão democrática: aprendizagem e exercício da participação – conceitua o
processo de construção da gestão democrática como movimento permanente
que não se decreta, mas resulta de processos coletivos de tomada de decisão e
de luta política e, portanto, de participação.
III – Gestão democrática e a escolha de diretores – busca identificar as formas de
escolha dos dirigentes escolares e os mecanismos de participação na escola,
destacando, especialmente, o papel dos Conselhos Escolares.
IV – Gestão democrática e a autonomia da escola – busca consolidar os meca-
nismos de participação e democratização da gestão escolar e fortalecer a auto-
nomia da escola. Nessa direção, propõe a ação articulada entre o diretor esco-
lar e o Conselho Escolar, visando a efetivação de uma cultura de participação
e democratização das relações na escola.
Essas quatro unidades se inter-relacionam, tendo por eixo a compreensão
de que a democratização da educação implica a garantia de processos de pro-
gressiva autonomia da escola e de efetiva participação dos diferentes segmen-
tos que compõem a comunidade local e escolar. Nesse sentido, o caderno
Introdução
14
enfatiza a importância da criação das condições e dos mecanismos de partici-
pação para que os diferentes atores sociais possam contribuir com os espaços
de decisão e responsabilização das unidades escolares.
Assim, ao pensar a lógica e as dinâmicas de participação nas instituições
escolares, é fundamental repensar os processos de decisão e deliberação, a
organização e as condições de trabalho, os objetivos e as prioridades da insti-
tuição, a autonomia e a identidade escolar e, fundamentalmente, o papel dos
diferentes atores sociais, bem como as estratégias para a implementação de
processos coletivos de decisão, especialmente do Conselho Escolar.
Nesse cenário, pensar a articulação entre a democratização da gestão, a
autonomia e os Conselhos Escolares é fundamental. Isso quer dizer que a lógi-
ca centralizadora que, comumente, constitui o dia-a-dia das escolas precisa
ser revista. Para que esse quadro seja repensado, destacamos alguns proces-
sos a serem articulados sem prejuízo de outros: a participação, a autonomia,
os processos de escolha dos dirigentes e os Conselhos Escolares.
A construção dos processos
de gestão e participação
A construção dos processos
de gestão e participação
Por uma cultura de
participação escolar
Por uma cultura de
participação escolar
Educação, escola e legislaçãoEducação, escola e legislação
Gestão democrática: aprendizado
e exercício de participação
Gestão democrática: aprendizado
e exercício de participação
Educação como direitoEducação como direito
15
Gestão democrática:
a participação cidadã na escola
O que é participação?
Agestão democrática implica aefetivação de novos processos deorganização e gestão baseados
em uma dinâmica que favoreça os proces-
sos coletivos e participativos de decisão.
Nesse sentido, a participação constitui uma
das bandeiras fundamentais a serem imple-
mentadas pelos diferentes atores que
constroem o cotidiano escolar.
Parte I
16
A participação não tem o mesmo significado para todos, tratando-se, por-
tanto, de uma palavra que tem vários significados. Ela apresenta diferenças
significativas quanto à natureza, ao caráter, às finalidades e ao alcance dos
processos participativos. Isso quer dizer que os processos de participação cons-
tituem, eles próprios, processos de aprendizagem e de mudanças culturais a
serem construídos cotidianamente.
A participação pode ser entendida, portanto, como processo complexo que
envolve vários cenários e múltiplas possibilidades de organização. Ou seja,
não existe apenas uma forma ou lógica de participação: há dinâmicas que se
caracterizam por um processo de pequena participação e outras que se carac-
terizam por efetivar processos em que se busca compartilhar as ações e as
tomadas de decisão por meio do trabalho coletivo, envolvendo os diferentes
segmentos da comunidade escolar.
Isso quer dizer que alguns processos chamados de participação não garan-
tem o compartilhamento das decisões e do poder, configurando-se como me-
canismo legitimador de decisões já tomadas centralmente.
Gestão democrática: a participação cidadã na escola
17
Para que a participação seja realidade, são necessários
meios e condições favoráveis, ou seja, é preciso repensar a
cultura escolar e os processos, normalmente autoritários, de
distribuição do poder no seu interior. Dentre os meios e as
condições destacam-se, ainda, a importância de se garantir:
infra-estrutura adequada, quadro de pessoal
qualificado, apoio estudantil.
Outro dado importante é entender a participação como
processo a ser construído coletivamente. Nessa direção, é
fundamental ressaltar que a participação não se decreta,
não se impõe e, portanto, não pode ser entendida apenas
como mecanismo formal/legal.
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
18
Por que a educação é um
direito de todo cidadão?
1.1 A educação como direito
Vamos abordar neste item a importân-cia da ação política pela educação namedida em que esta constitui um direi-
to social. Para melhor compreendermos esse pro-
cesso, destacamos a importância da escola, espe-
cialmente a pública, para a formação do cidadão.
A educação, como prática social, constitui
direito social do indivíduo. Historicamente,
muitas lutas foram desenvolvidas buscando
garantir esse direito a todos, a partir da expan-
são e da democratização das oportunidades de
escolarização. Ou seja, a garantia de escola para
todos constitui uma das bandeiras em prol da
inclusão social e da efetiva participação da so-
ciedade civil.
Gestão democrática: a participação cidadã na escola
19
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
A educação, como prática social, constitui direito
social do indivíduo. Historicamente, muitas lutas
foram desenvolvidas buscando garantir esse direito
a todos, a partir da expansão e da democratização
das oportunidades
de escolarização.
20
Nesse processo, a defesa da escola pública e gratuita para todos como de-
ver do Estado e direito social dos indivíduos tem sido uma constante na reali-
dade brasileira, sobretudo após 1930. A construção dessa realidade implica a
garantia de condições objetivas, tais como o financiamento pelo poder públi-
co, o projeto político pedagógico, a autonomia escolar e a conscientização e
participação cotidiana de dirigentes escolares, professores, demais funcioná-
rios, estudantes e pais de estudantes que dela fazem parte. Porém essa partici-
pação histórica não se manifesta de forma rápida e espontânea, é necessário
um amplo trabalho de mobilização e conscientização de todos os envolvidos
para que estes percebam a importância de participar da elaboração e da cons-
trução cotidianas dos projetos da escola.
Resumindo:
Nessa unidade, vimos que a educação e a escolarização
constituem direitos sociais da pessoa. Para garantir esse
direito constitucional é preciso mobilização social em
defesa da garantia de escola pública de
qualidade para todos. Com base nessas informações, a
título de sugestão, o Conselho Escolar poderia destacar
as mobilizações em prol da escola pública das quais
participou ou de que tenha tido conhecimento,
indicando a importância desses movimentos para a
garantia da educação e da escola para todos.
Gestão democrática: a participação cidadã na escola
21
A educação só ocorre na
escola? Qual o papel da
instituição escolar?
1.2 A educação, a escola e a cultura na
formação de sujeitos sociais
Vimos, na seção anterior, que a educação ea garantia da escolarização constituemum direito social. Para compreendermos
melhor esse direito é preciso definir os termos edu-
cação e escola. Esse será o nosso desafio nesta seção.
Por educação entendemos todas as manifesta-
ções humanas que buscam a apropriação da cultu-
ra produzida pelo homem. A escola, nesse cenário,
é o espaço privilegiado de produção e socialização
do saber e se encontra organizada por meio de
ações educativas que visam a formação de sujeitos
concretos: éticos, participativos, críticos e criativos.
Ou seja, a organização escolar cumpre o papel
de garantir aos indivíduos o acesso ao saber histo-
ricamente acumulado. No Brasil, várias leis foram
aprovadas visando garantir diretrizes e bases para
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
22
a educação nacional. Essas leis interferem na lógica organizativa da escola e
nos papéis dos diversos atores sociais que constroem o cotidiano escolar.
Nos anos 1990, mudanças legais ocorreram no âmbito legislativo, destacando-se a
aprovação das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, por meio da Lei n. 9.394/96.
A LDB alterou o panorama da educação básica, que passou a compreender a
educação infantil, o ensino fundamental e o médio. Além dessa mudança, a LDB
redirecionou as formas de organização e gestão, os padrões de financiamento, a
estrutura curricular, requerendo, entre outros, a implementação de processos de
participação e gestão democrática nas unidades escolares públicas.
A esse respeito, como vimos no Caderno 1, a lei estabelece o princípio da
gestão democrática, ou seja, a necessidade de que a gestão das escolas se efe-
tive por meio de processos coletivos envolvendo a participação da comunida-
de local e escolar.
Assim, por gestão democrática entendemos a garantia de mecanismos e
condições para que espaços de participação, partilhamento e descentralização
do poder ocorram.
A LDB dispõe que:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensi-
no público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-
pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou equi-
valentes.
Desse modo, a LDB, ao encaminhar para os sistemas de ensino as normas
para a gestão democrática, indica dois instrumentos fundamentais: 1) a elabo-
ração do Projeto Pedagógico da escola, contando com a participação dos pro-
fissionais da educação; 2) a participação das comunidades escolar e local em
Conselhos Escolares ou equivalentes.
Gestão democrática: a participação cidadã na escola
23
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
Envolver os diversos segmentos na elaboração e
no acompanhamento do projeto pedagógico
constitui um grande desafio para a construção
da gestão democrática e participativa.
24
O projeto político-pedagógico ocupa um papel central na
construção de processos de participação e, portanto, na
implementação de uma gestão democrática. Envolver os
diversos segmentos na elaboração e no acompanhamento
do projeto pedagógico constitui um grande desafio para a
construção da gestão democrática e participativa.
Gestão democrática: a participação cidadã na escola
25
Por que a gestão democrática é
um processo de aprendizado
coletivo?
A gestão democrática:
aprendizagem e exercício de
participação
A democratização dos sistemasde ensino e da escola implicao aprendizado e a vivência
do exercício de participação e tomadas
de decisões. Trata-se de processo a ser
construído coletivamente, que conside-
ra a especificidade e a possibilidade his-
tórica de cada sistema de ensino (mu-
nicipal, estadual ou federal), de cada es-
Parte II
26
cola. O importante é compreender que esse processo não se efetiva por decre-
to, portarias ou resolução, mas é resultante, sobretudo, da concepção de ges-
tão e de participação que temos.
Nesse percurso, a definição da concepção e, portanto, do alcance e da natu-
reza política e social da gestão democrática que se quer implementar é funda-
mental para a efetivação ou não dos processos de participação e decisão.
Pensarmos a democratização implica, portanto, compreendermos a cultu-
ra da escola e dos seus processos, bem como articulá-los com as relações sociais
mais amplas. A compreensão dos processos culturais na escola envolve dire-
tamente os diferentes segmentos das comunidades local e escolar, seus valo-
res, atitudes e comportamentos. Ou seja, a escola é um espaço de contradições
e diferenças. Nesse sentido, quando buscamos construir na escola um proces-
so de participação baseado em relações de cooperação, no trabalho coletivo e
no partilhamento do poder, precisamos exercitar a pedagogia do diálogo, do
respeito às diferenças, garantindo a liberdade de expressão, a vivência de pro-
cessos de convivência democrática, a serem efetivados no cotidiano, em busca
da construção de projetos coletivos.
Os autores Catani e Gutierrez, ao discutirem a relação
entre a participação e a gestão escolar, afirmam que
“Toda e qualquer organização que tente implantar e
desenvolver práticas de natureza participativa vive sob a
constante ameaça da reconversão burocrática e autoritária
dos seus melhores esforços. As razões para isto são
diversas: história de vida de seus membros,
supervalorização ideológica das formas tradicionais de
gestão, demandas específicas difíceis de conciliar, etc.
A gestão democrática: aprendizagem e exercício de participação
27
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
De tudo isso, contudo, um ponto deve ser destacado:
a participação se funda no exercício
do diálogo entre as
partes. Essa comunicação ocorre, em geral, entre pessoas
com diferentes formações e habilidades, ou seja, entre
agentes dotados de distintas competências para a
construção de um plano coletivo e consensual de ação.
Na prática da gestão escolar, esta diferença, que em si não
é original nem única, assume uma dimensão muito maior
do que a grande maioria das propostas de gestão
participativa e autogestão que pode ser observada”.
28
Quais são os elementos
fundamentais para a
implementação de um processo de
gestão democrática e participativa
na escola?
2.1 A construção da gestão democrática e
os processos de participação
A gestão da escola se traduz cotidia-namente como ato político, poisimplica sempre uma tomada de posi-
ção dos atores sociais (pais, professores, funcio-
nários, estudantes...). Logo, a sua construção não
pode ser individual, pelo contrário, deve ser cole-
tiva, envolvendo os diversos atores na discussão
e na tomada de decisões.
Para que a tomada de decisão seja partilhada, é
necessária a implementação de vários mecanismos
de participação, tais como: o aprimoramento dos
processos de provimento ao cargo de diretor, a cri-
ação e consolidação de órgãos colegiados na esco-
la (Conselhos Escolares, Conselho de Classe...), o
A gestão democrática: aprendizagem e exercício de participação
29
fortalecimento da participação estudantil por meio da criação e consolidação
de grêmios estudantis, a construção coletiva do projeto político-pedagógico
da escola, a progressiva autonomia da escola e, conseqüentemente, a discus-
são e a implementação de novas formas de organização e de gestão escolar e a
garantia de financiamento público da educação e da escola nos diferentes ní-
veis e modalidades de ensino. Toda essa dinâmica se efetiva como um proces-
so de aprendizado político fundamental para a construção de uma cultura de
participação e de gestão democrática na escola e, conseqüentemente, para a
instituição de uma nova cultura na escola.
A efetivação de uma nova relação entre a educação, a escola e a democra-
cia constitui um aprendizado político-pedagógico cotidiano que requer a
implementação de novas formas de organização e participação interna e ex-
ternamente à escola. Ou seja, a construção de uma educação emancipatória e,
portanto, democrática se constrói por meio da garantia de novas formas de
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
Garantia de
financiamento
público da educação
e da escola nos
diferentes níveis e
modalidades
de ensino
Provimento
ao cargo de diretor
Construção coletiva
do projeto político-
pedagógico da
escola
Luta pela progressiva
autonomia da escola
Discussão e
implementação de novas
formas de organização e
de gestão escolar
Fortalecimento da
participação estudantil
DECISÃODECISÃODECISÃODECISÃODECISÃO
PPPPPARARARARARTILHADTILHADTILHADTILHADTILHADAAAAA
30
organização e gestão, pela implementação de mecanismos de distribuição do
poder, que só é possível a partir da participação ativa dos cidadãos na vida
pública, articulada à necessidade de formação para a democracia.
Nesse cenário, a implementação de processos e práticas de participação co-
letiva, bem como a avaliação destas, é fundamental para romper com a lógica
autoritária em que se estruturam as concepções e práticas dominantes de orga-
nização e gestão escolares. Desse modo, é fundamental ressaltarmos a impor-
tância: da construção coletiva de um projeto pedagógico pela escola, envolven-
do os diferentes segmentos da comunidade local e escolar; da discussão e mu-
danças na organização do trabalho e na gestão da escola; do estabelecimento de
formas de distribuição do poder, assim como da vivência e construção de novas
formas de relacionamento interpessoal. Nessa direção, a efetivação da gestão
democrática como aprendizado coletivo deve considerar a necessidade de se
repensar a organização escolar, tendo em mente a importância desta na vida
das pessoas, bem como os processos formativos presentes nas concepções e prá-
ticas que contribuam para a participação efetiva e para o alargamento das con-
cepções de mundo, homem e sociedade dos que dela participam.
Paro (2001, p. 29-30), ao analisar a influência positiva da escola na vida das
pessoas, indica elementos para pensarmos e rediscutirmos a escola autoritária
que temos, com a finalidade de direcioná-la para uma escola voltada para a
emancipação e a participação democrática. Nessa direção, o autor afirma que
A evidência da influência positiva da organização escolar sobre o comportamento
das pessoas pode ser percebida quando se comparam escolas em que foram
introduzidas inovações que provocaram maior democratização dos contatos hu-
manos, com situações anteriores, em que as relações eram de mando e submissão.
Em duas pesquisas de campo [...] foi possível perceber os efeitos de medidas visan-
do à democratização do ambiente escolar, com a introdução de eleições de diretores,
no primeiro caso, e com a ocorrência de uma direção mais democrática, comprome-
tida com os interesses dos usuários, no segundo. Em ambos os casos, a partir de
entrevistas e observações em campo, pôde-se constatar a melhoria no relaciona-
A gestão democrática: aprendizagem e exercício de participação
31
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
Pôde-se constatar a melhoria no relacionamento
humano entre direção e pessoal escolar, entre a
escola e os usuários e, principalmente,
o relacionamento geral dos estudantes entre si
e com os vários profissionais da escola, quer
dentro quer fora da sala de aula
32
O programa consiste em reunir os pais e mães de
estudantes mensalmente para discutir temas diversos,
ligados à educação de filhos (adolescência, televisão e
drogas etc.) e não problemas específicos da escola, o que
já é feito nas reuniões de Conselho de Escola, APM etc.
(PARO, 2001, p. 113).
mento humano entre direção e pessoal escolar, entre a escola e os usuários e, prin-
cipalmente, o relacionamento geral dos estudantes entre si e com os vários profis-
sionais da escola, quer dentro quer fora da sala de aula. As pessoas, que antes eram
tratadas apenas como objetos de decisão de outras localizadas em níveis hierárqui-
cos superiores, sentiram a introdução de mudanças elevá-las à condição de sujeitos
desse processo, e isso não é pouco em termos de avanço no relacionamento pessoal.
Tudo isso propiciou a apropriação de valores de cidadania e o desenvolvimento de
comportamentos compatíveis com a colaboração recíproca entre os homens [...].
Se o compromisso é com uma nova visão de mundo, que exige a prática para ser
apreendida, o caminho parece ser precisamente este: ao mesmo tempo em que se
desenvolvem conteúdos de uma concepção mais elaborada de mundo, se propiciam
condições para vivê-la e aprendê-la cada vez mais consistentemente. Só assim, se
pode esperar contribuir para desarticular a ideologia do mercado incrustada no
dia-a-dia da sociedade e, em particular, no sistema de ensino.
Veja, a seguir, uma das alternativas de participação dos pais na escola, apon-
tada por Vitor Paro, em uma das escolas que fez parte da pesquisa realizada
por ele em São Paulo.
A gestão democrática: aprendizagem e exercício de participação
33
Gestão democrática e a escolha
de diretores
Qual a importância dos
mecanismos de participação
na efetivação da gestão
democrática?
A escola, como vimos, no desempenhode sua função social de formadora desujeitos históricos, constitui um espa-
ço de sociabilidade e de socialização do conhe-
cimento produzido, indispensável na formação
e inserção dos indivíduos nas relações sociais.
A construção de uma escola em que a parti-
cipação seja uma realidade depende, portanto,
Parte III
34
da ação de todos: dirigentes escolares, professores, estudantes, funcionários,
pais de estudantes e comunidade local. Nesse processo, a articulação entre os
diversos segmentos que compõem a escola e a criação de espaços e mecanis-
mos de participação são fundamentais para o exercício do aprendizado de-
mocrático que possibilite a formação de indivíduos críticos, criativos e
participativos.
A efetivação e a consolidação de mecanismos de participação da comunidade
educacional devem ser incentivadas, mediante: Conselho Escolar, grêmio estu-
dantil, associação de pais, conselhos de classes etc., na perspectiva de construção
de novas maneiras de se partilhar o poder de decisão nas instituições.
Nesse sentido, a democratização da gestão escolar implica a superação dos
processos centralizados de decisão e a gestão colegiada, na qual as decisões
nasçam das discussões coletivas, envolvendo todos os segmentos da escola, e
orientadas pelo sentido político e pedagógico presente nessas práticas.
A instituição educativa, no cumprimento do seu papel e na efetivação da
gestão democrática, precisa não só criar espaços de discussões que possibili-
tem a construção coletiva do projeto educativo, como também criar e susten-
tar ambientes que favoreçam essa participação.
Mecanismos de participação e as comunidades
escolar e local
Entende-se como mecanismo de participação colegiada na
instituição educativa as maneiras ou formas que os
segmentos sociais envolvidos nas comunidades escolar e
A gestão democrática e a escolha de diretores
35
local têm de participar ativamente da escola e do seu
funcionamento, por meio do envolvimento coletivo nas
discussões, no planejamento e na definição de projetos
para a instituição escolar. Essa participação pode ocorrer
de várias formas; cabe aos sistemas de ensino e às escolas
definir as formas e os mecanismos de participação.
Ou seja, em determinados momentos, a participação
pode envolver toda a comunidade escolar e, em outros,
pode envolver representantes democraticamente eleitos,
e assim por diante.
Entre os mecanismos e processos de participação que
podem ser vivenciados em uma instituição educativa
estão a escolha do dirigente escolar, o grêmio estudantil,
o Conselho Escolar e o conselho de classe.
3.1 As formas de provimento ao cargo de diretor: limites e
possibilidades
Variadas são as formas e as propostas de acesso à gestão das escolas públi-
cas historicamente utilizadas no sistema educacional brasileiro. Entre elas des-
tacam-se: 1) diretor livremente indicado pelos poderes públicos (estados e
municípios); 2) diretor de carreira; 3) diretor aprovado em concurso público;
4) diretor indicado por listas tríplices ou sêxtuplas ou processos mistos; e 5)
eleição direta para diretor.
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
36
Cada uma dessas modalidades se fundamenta em argumentos importan-
tes, mas nenhuma parece garantir plena e isoladamente as exigências para o
cumprimento das funções do diretor na gestão democrática da escola. Enten-
demos que a complexidade do processo de gestão implica considerar algu-
mas exigências para a escolha do diretor: a efetiva participação das comuni-
dades local e escolar, a proposta pedagógica para a gestão e a liderança dos
postulantes ao cargo.
A discussão sobre as formas de escolha, portanto, é tarefa complexa, com
posições político-ideológicas muito distintas. Por isso, no presente caderno
optou-se por indicar as diversas formas de escolha de diretores, de modo
que subsidiassem a opção que os sistemas de ensino e suas escolas venham
a fazer. É fundamental, no entanto, que essa opção garanta processos de
participação coletiva.
A gestão democrática e a escolha de diretores
Listas tríplices,
sêxtuplas ou
processos mistos
Plano de
carreira
Livre indicação
pelos poderes
públicos
Eleição
direta
Concurso
público
FORMAS DEFORMAS DEFORMAS DEFORMAS DEFORMAS DE
ESCOLHAESCOLHAESCOLHAESCOLHAESCOLHA
DOSDOSDOSDOSDOS
DIRIGENTESDIRIGENTESDIRIGENTESDIRIGENTESDIRIGENTES
ESCOLARESESCOLARESESCOLARESESCOLARESESCOLARES
37
Ao analisar essas modalidades, a livre indicação dos diretores pelos po-
deres públicos se fundamenta na prerrogativa do gestor público em indi-
car o diretor como um cargo de confiança da administração pública. Histo-
ricamente, contudo, essa modalidade parece ter contemplado as formas
mais usuais de clientelismo, na medida em que se distinguia pela política
do favoritismo e da marginalização das oposições, e o papel do diretor não
contava com o respaldo da comunidade escolar. Essa modalidade articula-
da ao conservadorismo político permitia, portanto, a transformação da es-
cola em um espaço instrumentalizador de práticas autoritárias e mecanis-
mo de barganhas políticas as mais diversas, evidenciando forte ingerência
na gestão escolar.
Quanto ao diretor de carreira, modalidade reduzidamente utilizada, a sua
configuração encontra-se estruturada a partir do estabelecimento de critérios
rígidos ou não. Nesse caso, o acesso ao cargo de diretor considera aspectos
como: tempo de serviço, merecimento e/ou distinção, escolarização, entre ou-
tros. A considerar a falta de planos de carreira, tal modalidade, tendo em vis-
ta o dinamismo da prática educativa, reforça, na maioria dos casos, a manu-
tenção da ingerência e do clientelismo no cotidiano escolar, além da exclusão
da comunidade escolar na definição de seu destino. No setor público apresen-
ta-se como uma variação da modalidade de indicação política, apesar de pa-
recer fundada no mérito das pessoas.
Alguns interlocutores têm defendido o concurso público como mecanismo
para nomeação do diretor, por se creditar a esse processo a objetividade na
escolha baseada em méritos intelectuais. É fundamental ressaltar que essa
modalidade não tem sido adotada pela maioria dos estados e municípios. Por
considerar que a gestão escolar não se reduz à dimensão técnica, mas configu-
ra-se também como ato político, entendemos que essa modalidade reduz o
escopo da gestão a atividades administrativas rotineiras e burocráticas, dei-
xando em segundo plano a compreensão mais abrangente do processo políti-
co-pedagógico. A defesa do concurso público, ao nosso ver, deve ser bandeira
a ser empunhada e efetivada como forma de ingresso para a carreira docente
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
38
A gestão democrática e a escolha de diretores
As eleições diretas para diretores, historicamente,
 têm sido uma das modalidades tidas como das mais
 democráticas formas, apesar de se constituírem
 também uma grande polêmica.
39
no setor público. Assim, acreditamos que o concurso de provas, ou de pro-
vas e títulos, deve ser o ponto de partida para o ingresso do educador no
sistema de ensino e, desse modo, parece não se apresentar como a forma
mais apropriada para a escolha de dirigentes escolares, pois a gestão escolar
não deve constituir um cargo ou função vitalícia por meio de um
processo
de seleção que não leva em consideração a participação efetiva da comuni-
dade escolar e local.
A indicação a partir de listas tríplices ou sêxtuplas, ou a combinação de
processos (modalidade mista), consiste na consulta à comunidade escolar, ou
a setores desta, para a indicação de nomes dos possíveis dirigentes. Cabe ao
Executivo ou a seu representante nomear o diretor dentre os nomes destaca-
dos e/ou submetê-los a uma segunda fase, que consiste em provas ou ativida-
des de avaliação de sua capacidade cognitiva para a gestão da educação. Tal
modalidade recebe o crivo da comunidade escolar no início do processo, per-
dendo o controle à medida que cabe ao Executivo deliberar sobre a indicação
do diretor escolar fundamentado em critérios os mais diversos. Nesse caso, é
importante identificar se o papel desenvolvido pela comunidade escolar é
decisivo ou, apenas, legitima o processo amparado no discurso da participa-
ção e da democratização das relações escolares.
As eleições diretas para diretores, historicamente, têm sido uma das mo-
dalidades tidas como das mais democráticas formas, apesar de se constituí-
rem também uma grande polêmica. A defesa dessa modalidade vincula-se à
crença de que o processo implica uma retomada ou conquista da decisão so-
bre os destinos da escola pela própria escola. O processo de eleição apresen-
ta-se de formas variadas, indo desde a delimitação do colégio eleitoral – que
pode ser restrito a apenas uma parcela da comunidade escolar, ou à sua
totalidade, compreendida como o universo de pais, estudantes, professores,
técnicos e funcionários – até a definição operacional para o andamento e a
transparência do processo – data, local, horário, valorização operacional dos
votos de participação dos vários segmentos envolvidos. Há, também, exem-
plos em que a eleição é utilizada como um dos mecanismos de escolha asso-
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
40
ciado a outros, tais como: provas específicas, apresentação de planos de tra-
balho etc. Vale destacar, nessa modalidade, a importância dada ao processo
de participação e decisão na escolha dos diferentes candidatos pelas comu-
nidades local e escolar.
Embora as eleições se apresentem como um legítimo canal na democrati-
zação da escola e das relações sociais mais amplas – e não o único –, é necessá-
rio não perdermos de vista as limitações do sistema representativo, assentado
em interesses muitas vezes antagônicos.
Não queremos, todavia, atribuir à eleição, por si só, a garantia da democra-
tização da gestão, mas referendar essa modalidade como um importante ins-
trumento, a ser associado a outros, para o exercício democrático. Isso implica
que, aliado à eleição, é fundamental enfatizar conjuntamente a forma de esco-
lha e o exercício da função. Assim, a forma de provimento no cargo pode não
definir o tipo de gestão, mas, certamente, interferir no curso desta. Nesse con-
texto, a eleição deve ser vislumbrada como um instrumento a ser associado a
outros na democratização possível das relações escolares.
Paro (2001, p. 65-67) discute e enfatiza a importância das eleições diretas
para diretores e constata a expansão e a adoção desse processo eletivo como
critério de escolha em grande número de municípios e estados onde vigorava
a nomeação política. Realça, também, um conjunto de expectativas provocadas
por esse processo, ao mesmo tempo em que destaca algumas limitações e pos-
sibilidades. Isso contribui para ampliar a visão sobre a gestão escolar, consi-
derando não apenas a figura do diretor, mas, sobretudo, a efetivação de pro-
cessos colegiados de decisão e implementação de práticas na realidade esco-
lar. Apresentamos a seguir, de forma resumida, algumas dessas constatações
identificadas por Paro (2001, p. 65-67) em suas pesquisas sobre a prática de
escolha de dirigentes pela via eletiva, sobre a crença na capacidade eletiva,
eliminação do autoritarismo e risco do corporativismo.
Com relação à crença na capacidade do sistema eletivo de neutralizar as
práticas clientelistas, Paro adverte “que as eleições tiveram um importante
papel na diminuição ou eliminação, nos sistemas em que foram adotadas, de
A gestão democrática e a escolha de diretores
41
sistemática influência dos agentes políticos (vereadores, deputados, prefei-
tos, cabos eleitorais etc.) na nomeação do diretor. Mas isso não significa que o
clientelismo tenha deixado de exercer suas influências na escola. Por um lado,
em alguns sistemas continuaram a existir brechas para a penetração da influên-
cia do agente político na nomeação do diretor; por outro, as práticas clientelistas
passaram a fazer parte também do interior da própria escola, quer no proces-
so de eleição do diretor, quer durante o exercício de seu mandato”. Em conse-
qüência, o fato de “a incipiente prática política introduzida pelas eleições de
diretores não ter sido capaz de eliminar por completo essas expectativas e
comportamentos clientelistas não pode levar a que se impute às eleições as
causas desses males que nada mais são, na verdade, do que remanescentes de
uma cultura tradicionalista que só a prática democrática e o exercício autôno-
mo da cidadania poderá superar”.
A expectativa criada em relação à eleição “era a de que
esta conseguiria eliminar o autoritarismo existente na
escola e a falta de participação de professores,
estudantes, funcionários e pais nas decisões.
A suposição por trás dessa expectativa era a de que a
falta de participação e o autoritarismo existentes na
escola se deviam, em grande parte ou exclusivamente,
ao fato de o diretor, não tendo compromissos com o
pessoal escolar ou com os usuários da escola, por não ter
sido escolhido por estes, tender a articular-se apenas
com os interesses do Estado, voltando as costas para a
unidade escolar e sua comunidade. Com a eleição,
esperavam que a escola se encaminhasse rapidamente
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
42
para uma convivência democrática e para a maior
participação de todos em sua gestão”.
Essas expectativas não se efetivaram globalmente, pois
muitos diretores eleitos mantiveram “muitas das
características do chefe monocrático que detém a autori-
dade máxima na escola”. Tal perspectiva sinaliza “que
as causas do autoritarismo existente nas unidades
escolares não advêm exclusivamente do provimento do
diretor pela via da nomeação política”.
Desse modo, reafirmar a prática democrática e o
exercício da cidadania é fundamental para romper com
essas práticas conservadoras nas escolas.
Um outro aspecto que deve ser apontado refere-se à crença na superação
do corporativismo, presente nas formas de escolha anteriores à eleição, envol-
vendo os diferentes segmentos da comunidade local e escolar. Com relação a
essa expectativa é fundamental destacar que, apesar de algumas mudanças,
novas e velhas ações corporativas ainda se fazem presentes no cotidiano esco-
lar. Isso implica o reconhecimento de que nas eleições, como em todo processo
de participação, “o envolvimento das pessoas como sujeitos na condução das
ações é apenas uma possibilidade, não uma garantia. Especialmente em socie-
dades com fortes marcas tradicionalistas, sem uma cultura desenvolvida de
participação social, é muito difícil conseguir que os indivíduos não deleguem
a outros aquilo que faz parte de sua obrigação como sujeito partícipe da ação
coletiva” (PARO, 2001, p. 67). A constatação desses fatos deve
nos estimular a
implementar mecanismos reais de participação e de exercício de democracia,
de modo que garanta o envolvimento de todos nos processos de decisão e no
partilhamento das responsabilidades e, conseqüentemente, no aperfeiçoamento
do processo democrático.
A gestão democrática e a escolha de diretores
43
Considerando o contexto em que se materializam as
práticas educativas e, fundamentalmente, buscando
compreender a importância de ações políticas visando
o redimensionamento da gestão escolar, no sentido de
democratizá-la, é essencial repensarmos os modelos de
gestão vigentes, a noção de democratização que
possuímos, bem como aperfeiçoarmos os mecanismos
de participação existentes.
Como vimos a eleição é um importante mecanismo no processo de ges-
tão democrática, mas não é suficiente. Nesse sentido, outros processos e
mecanismos devem ser vivenciados pelas unidades educativas, entre eles,
o Conselho Escolar.
Nesse cenário, a garantia de consolidação das eleições diretas para direto-
res deve-se articular com a garantia de outros mecanismos de participação,
como o Conselho Escolar, conforme discutimos anteriormente. Pois pensar a
democratização na e da escola implica definir claramente qual a função social
da escola. Implica pensar: Para que serve a escola? Quais são as suas funções
básicas? A reflexão sobre essas questões deve ser parte da ação dos diferentes
segmentos da escola no processo de escolha do dirigente escolar, na participa-
ção ativa nos Conselhos Escolares, e assim por diante.
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
44
O que é o Conselho Escolar e
qual a sua importância para a
democratização da escola?
3.2 O Conselho Escolar como espaço de
democratização da gestão e da
organização escolar
OConselho Escolar, órgão de represen-tação da comunidade educativa, comovisto no Caderno 1, trata-se de uma ins-
tância colegiada, que deve contar com a partici-
pação de representantes dos diferentes segmen-
tos das comunidades escolar e local, podendo
constituir um espaço de discussão de caráter con-
sultivo, deliberativo, fiscalizador e mobilizador.
A configuração do Conselho Escolar varia
entre os municípios, entre os estados e entre as
instituições educativas; assim, a quantidade de
representantes, na maioria das vezes, depende
do tamanho da instituição e do número de estu-
dantes que ela possui.
A gestão democrática e a escolha de diretores
45
As atribuições do Conselho Escolar dependem das diretrizes do sistema
de ensino e das definições das comunidades local e escolar. O importante é
não perder de vista que o Regimento, a ser construído coletivamente na esco-
la, constitui a referência legal básica para o funcionamento da unidade esco-
lar e, desse modo, é fundamental que a instituição educativa tenha autonomia
para elaborar seu próprio regimento. Dentre as principais atribuições do Con-
selho destacamos a sua função de coordenação do coletivo da escola e a cria-
ção de mecanismos de participação.
A organização estudantil, numa instituição educativa que tenha como
objetivo formar indivíduos participativos, críticos e criativos, adquire papel
central, como mecanismo de participação dos estudantes nas discussões do
cotidiano escolar e em seus processos decisórios. O Conselho Escolar benefi-
cia-se com a existência de outros espaços de participação na escola, como o
grêmio estudantil, as associações de pais, professores etc. A participação nes-
ses espaços contribui para a aprendizagem da função política da educação e
para o aprendizado do jogo democrático. Nesse sentido, essa vivência de dis-
cussão e participação possibilita o fortalecimento do Conselho Escolar e de
sua organização política.
Assim, a autonomia da unidade escolar e a democratização da educação, e
conseqüentemente a construção da gestão democrática, exigem a participa-
ção dos diferentes segmentos. Para tanto, as formas de escolha e a implanta-
ção ou consolidação de Conselhos Escolares e de outras instâncias de partici-
pação constituem passo importante para a democratização dos processos
decisórios, possibilitando a implementação de uma nova cultura nessas insti-
tuições, por meio do aprendizado coletivo e do partilhamento do poder.
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
46
O importante é não perder de vista que o
Regimento, a ser construído coletivamente na
escola, constitui a referência legal básica para
o funcionamento da unidade escolar.
A gestão democrática e a escolha de diretores
47
Gestão democrática e a
autonomia da escola
Como o Conselho Escolar pode
atuar na escolha dos dirigentes
escolares e no processo de
implementação da gestão
democrática, como elemento
aglutinador de forças e como
co-responsável pela gestão da escola?
Como vimos, o Conselho Escolarconstitui um dos mais importantesmecanismos de democratização da
gestão de uma escola. Nessa direção,
quanto mais ativa e ampla for a participa-
ção dos membros do Conselho Escolar na
vida da escola, maiores serão as possibili-
dades de fortalecimento dos mecanismos de
participação e decisão coletivos.
Parte IV
48
A participação efetiva do Conselho Escolar no processo de escolha do dire-
tor da escola, por exemplo, constitui uma de suas ações de maior relevância,
na medida em que se apresenta como um elemento aglutinador de forças dos
diferentes segmentos que compõem as comunidades local e escolar. Em algu-
mas escolas, essa participação se dá na organização do processo ou na forma
de consulta, no recebimento de inscrições, na divulgação das propostas de
candidatos, na realização de debates e de outras atividades definidas pela
comunidade escolar e pelo respectivo sistema de ensino.
Nessa perspectiva, a atuação do Conselho é um sinal de que esse órgão
realmente atua no processo de implementação da gestão democrática da es-
cola como espaço coletivo e co-responsável pela gestão.
A construção de um processo de gestão democrática implica repensar a
lógica de organização e participação na escola. Nessa direção, como vimos
anteriormente, é fundamental discutirmos os mecanismos de participação na
escola, suas finalidades e a definição de ações e metas a serem construídas
coletivamente pelos diferentes segmentos que compõem a escola ou dela de-
vem participar.
4.1 Os mecanismos de participação e a autonomia da escola
Pensar a gestão democrática implica ampliar os horizontes históricos, polí-
ticos e culturais em que se encontram as instituições educativas, objetivando
alcançar a cada dia mais autonomia. Quando falamos em autonomia, estamos
defendendo que a comunidade escolar tenha um grau de independência e
liberdade para coletivamente pensar, discutir, planejar, construir e executar
seu projeto político-pedagógico, entendendo que neste está contido o projeto
de educação ou de escola que a comunidade almeja, bem como estabelecer os
processos de participação no dia-a-dia da escola.
O conceito de autonomia, segundo Barroso (2001, p. 16),
está etimologicamente ligado à idéia de autogoverno, isto é, à faculdade que os
indivíduos (ou as organizações) têm de se regerem por regras próprias. Contudo,
Gestão democrática e a autonomia da escola
49
se a autonomia pressupõe a liberdade (e capacidade) de decidir, ela não se confun-
de com a ‘independência’. A autonomia é um conceito relacional (somos sempre
autônomos
de alguém ou de alguma coisa), pelo que a sua ação se exerce sempre
num contexto de interdependência e num sistema de relações. A autonomia é tam-
bém um conceito que exprime sempre um certo grau de relatividade: somos mais,
ou menos, autônomos; podemos ser autônomos em relação a umas coisas e não o
ser em relação a outras”. Desse modo, é possível concluir que a autonomia
precisa ser cotidianamente construída, não sendo, portanto, resultado de
atos e resoluções decretadas. A garantia de progressivos graus de autono-
mia é fundamental para a efetivação de processos de gestão democrática.
Barroso (2001=, p.18-23) aponta sete princípios para a elaboração de um
programa de reforço da autonomia das escolas:
1) O reforço da autonomia da escola deve ser definido levando em conta as diferen-
tes dimensões das políticas educativas.
2) A “autonomia das escolas” é sempre uma autonomia relativa, uma vez que é
condicionada pelos poderes públicos e pelo contexto em que se efetiva.
3) Uma política de reforço da autonomia das escolas não se limita a dispositivos
legais, mas exige a criação de condições e dispositivos que permitam as autono-
mias individuais e a construção do sentido coletivo.
4) A “autonomia” não pode ser considerada como uma “obrigação” para as esco-
las, mas sim como uma “possibilidade”.
5) O reforço da autonomia das escolas não tem uma função em si mesmo, mas é um
meio para que elas ampliem e melhorem as oportunidades educacionais que ofe-
recem.
6) A autonomia é um investimento baseado em compromissos e implica melhoria e
avanços para a escola.
7) A autonomia também se aprende.
Ou seja, entendemos a autonomia e a gestão democrática como espaços
articulados de construção diária e, portanto, resultado da mobilização e do
envolvimento de todos no partilhamento do poder e no compromisso com o
aprendizado político desse processo que se efetiva no exercício de construção
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
50
cotidiana das várias formas de participação. A construção da autonomia é
processual e se articula ao esforço mais amplo de democratização da escola.
Participação efetiva e gestão democrática são fundamentais para que a au-
tonomia escolar seja resultado da construção coletiva e democrática de proje-
tos, na instituição educativa, que venham a atender aos anseios da comunida-
de escolar. A construção desses processos, como discutimos anteriormente,
implica a garantia de processos participativos de escolha dos dirigentes esco-
lares e de outros mecanismos de participação como os Conselhos Escolares.
A garantia de efetivação da participação cidadã sugere, portanto, a vivência
de dinâmicas coletivas de participação nas esferas de poder e de decisão, pois
os processos de participação, cuja natureza, caráter e finalidades se direcionam
para a implementação de dinâmicas coletivas, implicam o compromisso com
o partilhamento do poder por meio de mecanismos de participação envolven-
do os atores e o seu papel nesse processo.
Gestão democrática e a autonomia da escola
51
Como desenvolver práticas
colegiadas que fortaleçam a
direção da escola e o
Conselho Escolar como
espaços de decisão
compartilhada?
4.2 O diretor, o Conselho Escolar e a
gestão democrática na escola
Como vimos, a efetivação de uma lógi-ca de gestão democrática é sempreprocessual e, portanto, permanente
vivência e aprendizado. É um processo eminen-
temente pedagógico, que envolve, entre outros,
o conhecimento da legislação, a discussão e a
participação nas modalidades de provimento
ao cargo de dirigente escolar, a implantação e
consolidação de mecanismos de participação,
tais como Conselho Escolar.
Em uma unidade escolar, normalmente, o
diretor assume o papel de coordenador das ati-
vidades gerais da escola e, nesse sentido, assu-
me um conjunto de responsabilidades a serem
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
52
partilhadas com os diferentes segmentos da escola. Há alguns anos, o diretor
centralizava em suas mãos a tomada de decisões e pouco partilhava com as
comunidades local e escolar. A complexidade das tarefas de gestão e organi-
zação da escola, o avanço teórico-prático da educação e de sua gestão, a de-
mocratização das relações escolares e a rediscussão das formas de escolha dos
diretores começam a interferir nessa lógica tradicional de gestão. Isso quer
dizer que a organização e a gestão da escola passam a ser assunto dos diferen-
tes segmentos que compõem as comunidades local e escolar. Nesse cenário,
questões como avaliação educacional, planejamento escolar, calendário, pro-
jeto político-pedagógico, eleições, festas e muitas outras atividades e decisões
contam com a participação cada vez maior dos pais, dos estudantes, dos pro-
fessores, dos funcionários, entre outros.
Essas mudanças acarretam a necessidade de se pensar o processo de orga-
nização e os mecanismos de participação na escola e, ainda, de estruturar a
gestão com a participação de outros membros além do diretor. Nessa direção,
algumas escolas passam a ter uma equipe gestora, contando com coordena-
dores, supervisores, vice-diretor(es), professores etc., que trabalham coleti-
vamente com o diretor, buscando soluções e alternativas para melhorar o funcio-
namento das escolas.
Mas não é só isso. Muitas escolas têm experimentado o fortalecimento do
Conselho Escolar como espaço de decisão e deliberação das questões pedagó-
gicas, administrativas, financeiras e políticas da escola. Ou seja, essas escolas
vêem o Conselho Escolar como um grande aliado na luta pelo fortalecimento
da unidade escolar e pela democratização das relações escolares.
O processo de democratização da escolha de diretores tem contribuído para
se repensar a gestão escolar e o papel do diretor. Há uma tendência crescente
de entender o diretor como líder da comunidade e como gestor público da
educação e não como mero representante ou preposto de um determinado
governo. Refletindo sobre os diretores eleitos, Paro afirma que
parece que o diretor consegue perceber melhor, agora, sua situação contraditória,
pelo fato de ser mais cobrado pelos que o elegeram. Esse é um fato novo que não
Gestão democrática e a autonomia da escola
53
pode ser menosprezado. À sua condição de responsável último pela escola e de
preposto do Estado no que tange ao cumprimento da lei e da ordem na instituição
escolar, soma-se agora seu novo papel de líder da escola, legitimado democrati-
camente pelo voto de seus comandados, que exige dele maior apego aos interes-
ses do pessoal escolar e dos usuários, em contraposição ao poder do Estado. Isto
serviu para introduzir mudanças na conduta dos diretores eleitos, que passa-
ram a ver com as solicitações de professores, funcionários, estudantes e pais”
(PARO, 2001, p. 69).
Esse processo de mudança, que amplia o estabelecimento de ações com-
partilhadas na escola e fortalece a forma de organização coletiva, com a estru-
tura de equipe gestora, e a criação e atuação dos Conselhos Escolares têm se
mostrado um dos caminhos para se avançar na democratização da gestão es-
colar. Nessa direção, definir claramente as atribuições e o papel político da
equipe gestora e do Conselho Escolar é fundamental. De igual modo, é neces-
sário destacar as atribuições comuns das duas instâncias e suas formas de
articulação político-pedagógica.
A esse respeito, Paro (2001, p. 81-82) afirma que,
inteirado o conselho numa
política mais ampla da gestão escolar, parece que outra
importante questão a ser enfrentada refere-se à necessidade de uma definição mais
precisa de suas funções, dotando-o de atribuições e competências que o tornem co-
responsável pela direção da escola, sem provocar choque de competências com o
diretor [...]. Uma solução que se poderia imaginar para essa questão é a de dotar o
conselho de escola de funções diretivas, semelhantes às que tem hoje o diretor.
Dessa forma, o responsável último pela escola deixaria de ser o diretor, passando a
ser o próprio conselho, em co-responsabilidade com o diretor, que dele também faz
parte. A vantagem desse tipo de solução é que o conselho, na condição de entidade
coletiva, fica menos vulnerável, podendo tomar medidas mais ousadas, sem que
uma pessoa, sozinha, corra o risco de ser punida pelos escalões superiores. Supõe-
se que, assim, o dirigente da escola (o conselho) detenha maior legitimidade e
maior força política, posto que representa todos os setores da escola. Seu poder de
barganha e sua capacidade de pressão, para reivindicar benefícios para a escola,
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
54
seriam, também, superiores ao do diretor isolado.
A democratização da gestão por meio do fortalecimento dos mecanismos
de participação na escola, em especial do Conselho Escolar, pode-se apresen-
tar como uma alternativa criativa para envolver os diferentes segmentos das
comunidades local e escolar nas questões e problemas vivenciados pela escola.
Esse processo, certamente, possibilitaria um aprendizado coletivo, cujo resulta-
do poderia ser o fortalecimento da gestão democrática na escola.
Nesse processo, o conhecimento e o redimensionamento da legislação,
visando garantir reais possibilidades de participação e organização colegiada,
são fundamentais para a garantia da democratização das relações e do poder
na unidade escolar. Por outro lado, fortalecer instâncias de participação, como
o Conselho Escolar, buscando formas de ampliar a participação ativa de profes-
sores, coordenadores, orientadores educacionais, estudantes, funcionários,
pais de estudantes e comunidade local é muito importante para a efetivação
de um processo de gestão inovador que expresse, a cada dia, as possibilida-
des de construção de uma nova cultura escolar.
Gestão democrática e a autonomia da escola
55
Esse processo de mudança, que amplia o estabelecimento
 de ações compartilhadas na escola e fortalece a forma
de organização coletiva, com a estrutura de equipe
 gestora, e a criação e atuação dos Conselhos Escolares
 têm se mostrado um dos caminhos para se avançar
na democratização da gestão escolar.
Conselho Escolar, gestão democrática da educação e escolha do diretor
56
57
FERREIRA, Naura C. (Org.). Gestão democrática da educação: atuais ten-
dências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2001.
Esse livro, organizado por Naura Ferreira, é composto de cinco artigos de
especialistas, que analisam as atuais tendências e os novos desafios sobre a
gestão democrática da educação. As temáticas envolvem concepções de ges-
tão, democracia, participação, autonomia, escolha de dirigentes e políticas de
formação de professores. Trata-se de livro que muito contribui com a aborda-
gem apresentada neste caderno.
PARO, Vitor H. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001.
Esse livro apresenta vários artigos do autor sobre diversas temáticas relacio-
nadas à educação, entre elas: cidadania, democracia e educação; a gestão e o
papel da escola básica; educação para a democracia; gestão escolar, ética e
liberdade; eleição de diretores; Conselho de Escola; qualidade e produtivi-
dade da escola pública; autonomia escolar; práticas e vivências da direção; e
coordenação pedagógica e avaliação. São temas instigantes, trabalhados a partir
de estudos e pesquisas desenvolvidas pelo autor em escolas públicas. Trata-se
de livro de leitura agradável e de grande densidade teórico-política.
Leituras recomendadas
58
59
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em
5 de outubro de 1998. Disponível em: <www.mec.gov.br/legis/default.shtm>.
Acesso em: 20 out. 2004.
_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n. 9.394/
96. Disponível em: <www.mec.gov.br/legis/default.shtm>. Acesso em:
20 out. 2004.
BARROSO, João. O reforço da autonomia das escolas e a flexibilização da
gestão escolar em Portugal. In: FERREIRA, Naura C. (Org.). Gestão demo-
crática da educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez,
2001. p. 11-32.
CATANI, Afrânio M.; GUTIERREZ, Gustavo L. Participação e gestão esco-
lar: conceitos e potencialidades. In: FERREIRA, Naura C. (Org.). Gestão de-
mocrática da educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez,
2001. p. 59-75.
DOURADO, Luiz F. A escolha de dirigentes escolares: políticas e gestão da
educação no Brasil. In: FERREIRA, Naura C. (Org.). Gestão democrática da
educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2001.
_______ (Org.). Gestão democrática: a perspectiva dos dirigentes escolares
da rede municipal de ensino de Goiânia. Goiânia: Alternativa; Sintego, 2003.
(Coleção Políticas Educacionais).
Referências
60
_______. A gestão democrática e a construção de processos coletivos de par-
ticipação e decisão na escola. In: FERREIRA, Naura S. Carapeto (Org.). Su-
pervisão educacional para uma escola de qualidade. 3. ed. São Paulo: Cortez,
2002.
_______ Planejamento e gestão democrática. Brasília: Universidade de
Brasília, Faculdade de Educação, PIE, 2003.
_______ (Coord.). Curso de aperfeiçoamento em gestão escolar. Goiânia:
UFGVIRTUAL, 2000/2001.
________ Gestão democrática da escola: movimentos, tensões e desafios.
Brasília: CNTE, 2004. No prelo.
________. Administração escolar na escola pública: perspectiva de demo-
cratização da gestão. Revista Inter-Ação, Goiânia, v. 1/2, n. 14/15, 1990/1991.
COSTA, Messias. A escolha de dirigentes escolares no Brasil. Brasília, DF:
Ampae, 1998. (Série Estudos e Pesquisas, v. 4).
DUARTE, Marisa R. T. (Orgs.). Progestão: como promover, articular e de-
senvolver a ação das pessoas no processo de gestão escolar. Brasília: Consed,
2001.
FERREIRA, Naura C. (Org.). Gestão democrática da educação: atuais ten-
dências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2001.
GRACINDO, Regina V.; BORDIGNON, Genuíno. Gestão da educação: o
61
município e a escola. In: FERREIRA, N. S. C.; AGUIAR, M. A. da S. (Orgs.).
Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo:
Cortez, 2000. p. 147-176.
PARO, Vitor H. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Departamento de Articulação e Desenvolvimento dos Sistemas de Ensino
Coordenação-Geral de Articulação e Fortalecimento Institucional dos Sistemas de Ensino
Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Sala 526 – Edifício-Sede
CEP 70047-901 – Brasília/DF
Telefones: (61) 2104-8666 / 2104-9284 - Fax: (61) 2104-8337
e-mail: conselhoescolar@mec.gov.br
Nova pasta/1-4- Manual - manual de redacao_secretaria da fazenda.pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE REDAÇÃO DOS ATOS OFICIAIS E DE 
COMUNICAÇÃO DA SECRETARIA DA FAZENDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
SECRETARIA DA FAZENDA
MANUAL DE REDAÇÃO DOS ATOS OFICIAIS E DE 
COMUNICAÇÃO DA SECRETARIA DA FAZENDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2008 
 3 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
 
 
 
 
 
 
José Serra 
Governador do Estado 
 
 
Mauro Ricardo Machado Costa 
Secretário da Fazenda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autorizada reprodução de partes deste manual desde que citada a fonte. 
 
 
 
 
 
 
São Paulo (Estado). Escola Fazendária do Estado de São Paulo. 
Manual de redação dos atos oficiais e de comunicação da 
Secretaria da Fazenda. - São Paulo: Fazesp, 2008. 
126p. 
 
Referências bibliográficas. 
 
 
 
1. Redação oficial. 2. Ato administrativo. I. Título 
 
 4 
APRESENTAÇÃO 
 
Com o intuito de valorizar os procedimentos já adotados pela cultura institucional da 
Secretaria da Fazenda (Sefaz) e de sua entidade vinculada São Paulo Previdência - 
SPPREV, decidiu-se elaborar este manual explicitando e uniformizando as práticas 
seguidas cotidianamente na elaboração de atos administrativos. 
Ao considerar os diversos níveis hierárquicos da Sefaz, procurou-se discorrer sobre os 
vários contextos (legislativo, processual e administrativo) em que os atos são elaborados. 
Apesar disso, este manual ainda não trata de todos os atos elaborados na Sefaz, e sim os 
principais de cada contexto. 
 Além das características da redação oficial e das formas de atos administrativos, 
considerou-se importante contemplar alguns padrões de publicação para documentos 
monográficos para facilitar a identificação de dados essenciais sobre a procedência das 
publicações na Sefaz. Percebeu-se, também, a necessidade de discorrer sobre alguns 
procedimentos para publicação de atos oficiais no Diário Oficial do Estado - DOE, 
abordagem que também auxilia a leitura e a localização da informação no Diário. 
E por fim, a intenção é que esta edição apenas inicie a produção de uma publicação que 
necessita ser constantemente editada, atualizando normas e procedimentos, ao mesmo 
tempo em que busca a adaptação à fluidez comunicativa da sociedade contemporânea. 
Tudo isso sem deixar de lado os princípios administrativos que regem a conduta na 
administração pública e, também, sem esquecer das normas gramaticais e ortográficas, 
fundamentais a uma redação respeitável. 
 
 
Mauro Ricardo Machado Costa 
Secretário da Fazenda 
 
 
 
 
 
 
 5 
SUMÁRIO 
 
Capítulo 1: Redação oficial ............................................................................... 8 
1.1 Características da redação oficial ..................................................................... 8 
 1.1.1 Princípios administrativos na redação oficial .............................................. 8 
 1.1.2 Qualidade da redação oficial .................................................................... 10 
1.2 Pronomes de tratamento ................................................................................ 11 
1.3 Plural de modéstia ......................................................................................... 14 
1.4 Siglas .......................................................................................................... 15 
1.5 Abreviaturas ................................................................................................. 15 
1.6 Símbolos ...................................................................................................... 16 
1.7 Numerais ..................................................................................................... 17 
1.8 Citação de texto legal .................................................................................... 19 
 
Capítulo 2: Atos administrativos ...................................................................... 
 
20 
2.1 Considerações gerais ..................................................................................... 20 
2.2 Composição e padronização ............................................................................ 21 
 2.2.1 Cabeçalhos .......................................................................................... 22 
 2.2.2 Epígrafe ............................................................................................... 24 
 2.2.3 Identificação do documento .................................................................... 24 
 2.2.4 Ementa ............................................................................................... 25 
 2.2.5 Vocativo .............................................................................................. 25 
 2.2.6 Invocação ............................................................................................ 26 
 2.2.7 Local e data ......................................................................................... 26 
 2.2.8 Fecho ................................................................................................. 26 
 2.2.9 Identificação do signatário ..................................................................... 27 
 2.2.10 Visto ................................................................................................. 27 
 2.2.11 Iniciais .............................................................................................. 28 
 2.2.12 Indicação de encaminhamento .............................................................. 28 
 2.2.13 Endereçamento ................................................................................... 28 
2.3 Atos normativos ............................................................................................ 30 
 2.3.1 Considerações gerais ............................................................................. 30 
 2.3.2 Atos normativos articulados ................................................................... 30 
 2.3.3 Formas de atos normativos .................................................................... 36 
 a) Decreto ........................................................................................... 36 
 b) Resolução ........................................................................................ 38 
 c) Portaria ........................................................................................... 40 
 6 
 d) Resposta à Consulta .......................................................................... 42 
 e) Decisão Normativa ............................................................................ 44 
 f) Comunicado ...................................................................................... 47 
 g) Deliberação ...................................................................................... 49 
2.4 Atos processuais ........................................................................................... 51 
 2.4.1 Considerações gerais ............................................................................. 51 
 2.4.2 Formas de atos processuais .................................................................... 52 
a) Despacho ...................................................................................... 52 
b) Informação .................................................................................... 54 
c) Parecer .........................................................................................
56 
d) Decisão ........................................................................................ 58 
e) Relatórios ...................................................................................... 58 
 e1) Relatório de Auditoria ............................................................... 58 
 e2) Relatório de Juiz ....................................................................... 62 
f) Voto ............................................................................................. 65 
2.5 Atos de comunicação e documentos administrativos ........................................... 66 
 2.5.1 Considerações gerais ............................................................................. 66 
 2.5.2 Formas de atos de comunicação e documentos administrativos ................... 67 
a) Apostila ........................................................................................ 67 
b) Ata .............................................................................................. 72 
c) Atestado ....................................................................................... 74 
d) Certidão ....................................................................................... 76 
e) Certificado ................................................................................... 78 
f) Contrato administrativo .................................................................. 80 
g) Convênio e Termo de cooperação ..................................................... 87 
h) Edital ........................................................................................... 88 
i) Memorando e memorando-circular .................................................. 89 
j) Nota técnica ................................................................................. 91 
k) Notificação ................................................................................... 93 
l) Ofício e ofício-circular .................................................................... 95 
m) Ordem de serviço ........................................................................... 98 
n) Requerimento ............................................................................... 100 
2.6 Meios de transmissão ..................................................................................... 104 
 2.6.1 Correio eletrônico ou e-mail ................................................................... 104 
 2.6.2 Fac-símile ou fax................................................................................... 104 
 7 
 
Capítulo 3: Normas para publicação no Diário Oficial do Estado ....................... 106 
3.1 Considerações gerais ..................................................................................... 106 
3.2 DOE – Poder Executivo, Seção I ...................................................................... 106 
 3.2.1 Regras para publicação .......................................................................... 107 
 3.2.2 Orientações essenciais ........................................................................... 108 
 3.2.3 Atos que não devem ser publicados na Seção I ......................................... 112 
3.3 DOE – Poder Executivo, Seção II ..................................................................... 112 
 3.3.1 Atos que não devem ser publicados na Seção II ........................................ 113 
 
Capítulo 4: Publicações monográficas: manuais, apostilas e folhetos ............... 
 
114 
4.1 Considerações gerais ..................................................................................... 114 
4.2 Partes constitutivas ....................................................................................... 114 
4.3 Elementos e regras de apresentação (folha de rosto).......................................... 115 
 
Referências ...................................................................................................... 
 
119 
 
Anexo I: Quadro sinótico ................................................................................. 
 
121 
Atos normativos.................................................................................................. 121 
Atos processuais................................................................................................. 122 
Atos de Comunicação e documentos administrativos ............................................... 123 
 
Anexo II : Ementário de legislação .................................................................. 
 
125 
Legislação Federal............................................................................................... 125 
Legislação Estadual.............................................................................................. 125 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
CAPÍTULO 1 
 REDAÇÃO OFICIAL 
 
1.1 Características da redação oficial 
Redigir um documento requer cuidado e atenção, principalmente quando se tratar de 
redação de atos administrativos e de comunicação do poder público. À maneira específica 
(formal e impessoal) como essa redação deve ser elaborada e ao conjunto de 
características que devem ser observadas dá-se o nome de redação oficial. 
Apesar da importância do tema, redigir uma comunicação oficial não é tarefa tão 
complicada quanto parece. A simplicidade na redação oficial é condição essencial, opõe-se 
ao rebuscamento, ao preciosismo exacerbado, que mesmo na redação de atos processuais 
é um recurso anacrônico. No entanto, simplicidade não significa simplismo, e sim 
melhores condições para compreensão do texto. 
Além da correção gráfica e gramatical, qualquer bom texto deve ser elaborado 
considerando-se recursos estilísticos. No caso da redação oficial, afora o cumprimento 
dessas regras de língua portuguesa, devem ser obedecidos, também, os princípios 
administrativos. 
 
1.1.1 Princípios administrativos na redação oficial 
Já que os princípios democráticos instituíram valores que favorecem a transparência, a 
moralidade e a prestação de contas, os atos administrativos exteriorizados em 
documentos devem, necessariamente, conter princípios administrativos pelos quais se 
pauta o serviço público. 
O princípio da legalidade, segundo o qual a administração pública só pode fazer o que é 
permitido por lei, deve ser representado por intermédio da fundamentação legal, elemento 
presumidamente comum em todos os atos. 
A isenção de interferência da individualidade, da subjetividade e da passionalidade de 
quem elabora o ato é exigida pelo princípio da impessoalidade. 
Alguns documentos administrativos, principalmente os relatórios, também devem ser 
norteados pelo princípio da presunção, que, além de abranger a legalidade, diz respeito à 
certeza dos fatos. 
 9 
Na padronização dos cabeçalhos, além da uniformidade, é representado o princípio da 
hierarquia, que discorre sobre a estruturação hierárquica entre os órgãos da 
administração pública. 
O princípio da publicidade discorre sobre a ampla divulgação dos atos praticados pela 
administração pública, daí a obrigatoriedade de publicação dos atos no DOE. 
Embora não sejam princípios administrativos, e sim diretrizes que também orientam a 
redação oficial, a formalidade e a uniformidade também devem ser cumpridas. A 
formalidade deve ser seguida no uso das formas de tratamento adequado a cada 
autoridade. A uniformidade deve ser cumprida com o uso sistemático e padronizado dos
elementos constitutivos dos atos administrativos (cabeçalhos, vocativos, fechos, 
identificação de signatário e outros). 
E por fim, uma redação oficial eficiente deve propiciar a qualquer pessoa entendimento 
sobre o enunciador, o enunciatário e o motivo da comunicação. Com isso, será atingida a 
eficiência, princípio constitucional administrativo inserido pela Emenda Constitucional 19, 
de 04/06/1998. 
Entre todos esses princípios, o da impessoalidade necessita ser mais aprofundado. 
 
Impessoalidade 
 
Num texto oficial não podem estar evidenciadas características que denotem a 
personalidade do autor do documento. Isso porque o ato administrativo deve ser redigido 
em nome do poder público, por meio da autoridade de um cargo, e não da pessoalidade 
do sujeito que o ocupa. 
A necessidade de tratamento impessoal dado aos atos oficiais é decorrente de um 
princípio constitucional. Isso porque os destinatários dos atos administrativos são os 
cidadãos, direta ou indiretamente, mesmo quando o ato é direcionado a outros órgãos 
públicos. 
Seguem algumas informações que ajudam a garantir a impessoalidade nos textos oficiais. 
 
- Imparcialidade: evite manifestações de impressão pessoal. 
Exemplo: 
Na minha opinião,... (inadequado) 
Deve ser considerado... (adequado) 
Agrada-me essa idéia... (inadequado) 
Esse posicionamento é favorável... (adequado) 
 
 10 
- Impessoalidade verbal: utilize conjugação impessoal sempre que possível, 
conjugando o verbo na terceira pessoa ou utilizando verbos na forma passiva. 
Exemplo: 
Eu sei que o prazo é de uma semana. (inadequado) 
É sabido que o prazo é de uma semana. (adequado) 
Redigiram o ofício... (inadequado) 
O ofício foi redigido... (adequado) 
 
1.1.2 Qualidade da redação oficial 
Em se tratando de língua portuguesa, são importantes todos os recursos estilísticos 
(clareza, concisão, objetividade, coesão, harmonia e outros); no entanto, ao considerar 
nosso ritmo contemporâneo, clareza e concisão são ainda mais imprescindíveis que os 
outros. Por isso, essas duas qualidades de texto merecem destaque. 
 
a) Clareza 
 
É a qualidade do que é inteligível e não gera dúvidas e incertezas quanto à idéia que se 
deseja exprimir. Essa característica é de fundamental importância na elaboração dos atos 
administrativos, que não podem deixar margem a diferentes interpretações. Quanto mais 
clara a mensagem, menor a possibilidade de entendimentos equivocados. A clareza 
também é uma característica da redação oficial que encontra amparo legal (LC 863/99, 
art 8º). A seguir, algumas sugestões de redação de um texto claro. 
 
- Precisão semântica: evite a ambigüidade. O duplo sentido de palavras ou 
expressões é um dos principais empecilhos à clareza. 
Exemplo: 
Fulano, o procurador pediu que deixasse o relatório em sua mesa. (inadequado) 
Fulano, o procurador pediu que deixasse o relatório na mesa dele. (adequado) 
- Frases curtas: evite frases demasiadamente compridas. A informação principal do 
texto pode tornar-se confusa em períodos muito longos. 
- Vocabulário usual: evite o uso de jargões técnicos ou palavras rebuscadas. É 
também importante certificar-se do significado correto das palavras utilizadas. 
 
 
 
 11 
b) Concisão 
 
Atualmente, as pessoas têm cada vez menos tempo. Essa situação combinada com o 
excesso de informação resulta numa realidade que valoriza textos curtos, porém 
completos, por isso a importância da concisão. Um texto conciso é o que informa melhor 
em menor tempo, contribuindo para a eficiência e a celeridade, qualidades exigidas por 
nosso contexto social. 
O esforço para atingir a concisão envolve eliminar o que é redundante e desnecessário, 
sem excluir elementos importantes à completa compreensão da mensagem a ser 
transmitida. Assim, um texto conciso não possui detalhes excessivos a ponto de dispersar 
a atenção do conteúdo principal. Seguem algumas sugestões essenciais à concisão. 
- Locução enxuta: evite a construção verbo + artigo + substantivo, substituindo-a por 
verbo no infinitivo. 
Exemplo: 
Fazer uma organização... (inadequado) 
Organizar... (adequado) 
Acusamos o recebimento da documentação... (inadequado) 
Recebemos a documentação... (adequado) 
 
- Excesso de palavras: evite o uso exagerado de adjetivos, preposições e outras 
palavras que não acrescentam significado ao texto. 
Exemplo: 
Vamos proceder sem demoras ao envio da documentação solicitada. (inadequado) 
 
Enviaremos rapidamente a documentação solicitada. (adequado) 
 
... documentos que nos vemos obrigados a devolver-lhes, porque observamos que se 
encontram sem a devida assinatura. (inadequado) 
... documentos que lhe devolvemos por falta de assinatura. (adequado) 
 
 
1.2 Pronomes de tratamento 
A formalidade, um dos requisitos para elaboração da redação oficial eficiente, é atendida 
em parte com o uso adequado de pronomes de tratamento, que devem ser empregados 
no trato cortês e cerimonioso e não devem ser confundidos com rebuscamento. Para 
 12 
auxiliar na identificação do pronome adequado a cada autoridade, vide tabela1 abaixo com 
relação de cargos e funções e seus respectivos pronomes, consagrados por uso e tradição. 
 
Cargo ou função Forma de tratamento Abreviatura Vocativo (**) Endereçamento (**) 
Almirante Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Almirante A Sua Exa. o Sr. 
Arcebispo Sua/Vossa Excelência 
Reverendíssima 
V. Exa. Revma. Revmo. Sr. A Sua Exa. o Revmo. 
Sr. 
Bispo Sua/Vossa Excelência 
Reverendíssima 
V. Exa. Revma. Revmo. Sr. A Sua Exa. o Revmo. 
Sr. 
Brigadeiro Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Brigadeiro A Sua Exa. o Sr. 
Cardeal Sua/Vossa Eminência 
Reverendíssima (ou Eminência) 
V. Ema. Revma. 
ou Ema. 
Revmo. Sr. Cardeal A Sua Ema. o Sr. 
Cônego Sua/Vossa Reverendíssima V. Revma. Revmo. Sr. Côn. A Sua Revma. o Sr. 
Cônsul Sua/Vossa Senhoria V. Sa. Sr. Cônsul Ao Sr. 
Coronel Sua/Vossa Senhoria V. Sa. Sr. Coronel Ao Sr. 
Deputado Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Deputado A Sua Exa. o Sr. 
Embaixador Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Embaixador A Sua Exa. o Sr. 
Frade Sua/Vossa Reverendíssima V. Revma. Revmo. Sr. Frade A Sua Revma. o Sr. 
Freira Sua/Vossa Reverendíssima V. Revma. Revma. Irmã A Sua Revma. 
General Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. General A Sua Exa. o Sr. 
Governador de 
Estado 
Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Governador A Sua Exa. o Sr. 
Irmã (madre, sóror) Sua/Vossa Reverendíssima V. Revma. Revma. Irmã (ou Madre 
ou Sóror) 
A Sua Revma. 
Juiz Sua/Vossa Excelência (ou 
Meritíssimo) 
V. Exa. Sr. Juiz A Sua Exa. o Sr. 
Major Sua/Vossa Senhoria V. Sa. Sr. Major Ao Sr. 
Marechal Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Marechal A Sua Exa. o Sr. 
Ministro Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Ministro A Sua Exa. o Sr. 
Monsenhor Sua/Vossa Reverendíssima V. Revma. Revmo. Sr. Monsenhor A Sua Revma. o Sr. 
Padre Sua/Vossa Reverendíssima V. Revma. Revmo. Sr. Padre A Sua Revma. o Sr. 
Papa Sua/Vossa Santidade (ou 
Beatitude) 
V. S. Beatíssimo (ou 
Santíssimo) Sr. Padre 
A Sua S. 
Patriarca Sua/Vossa Excelência 
Reverendíssima (ou Beatitude) 
V. Exa. Revma. Revmo. (ou Beatíssimo) 
Padre 
A Sua Exa. Revma. o 
Sr. 
Prefeito Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Prefeito A Sua Exa. o Sr. 
Presidente (da 
República, do 
Congresso Nacional 
ou do STF) 
Sua/Vossa Excelência Não é adequado 
abreviar 
Excelentíssimo Senhor A Sua Exa.
o Sr. 
Reitor Sua/Vossa Magnificência V. Maga. Magnífico Reitor A Sua Maga. o Sr. 
Secretário de Estado Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Secretário A Sua Exa. o Sr. 
Senador Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Senador A Sua Exa. o Sr. 
Tenente-coronel Sua/Vossa Senhoria V. Sa. Sr. Ten.-Cel. Ao Sr. 
Vereador Sua/Vossa Excelência V. Exa. Sr. Vereador A Sua Exa. o Sr. 
Demais autoridades, 
oficiais e particulares 
Sua/Vossa Senhoria V. Sa. Sr. Ao Sr. 
(**) O Vocativo e o Endereçamento apresentam formas de tratamento abreviadas para melhor compor a tabela, contudo, na 
comunicação oficial aconselha-se a grafia por extenso. 
 
 
1 Tabela extraída do Manual de redação oficial do estado de São Paulo, publicação ainda no prelo na data de 
elaboração deste manual. 
 13 
Como a concordância de pronomes de tratamento é motivo de constante dúvida, seguem 
algumas orientações. 
- Conjugação verbal: os pronomes de tratamento são de terceira pessoa (singular ou 
plural), portanto tudo o que se referir a eles deverá estar nessa pessoa. 
Exemplo: 
Vossa Senhoria contribuístes muito para o andamento do projeto. (errado) 
Vossa Senhoria contribuiu muito para o andamento do projeto. (certo) 
Vossa Excelência foi devidamente informado por vossa equipe. (errado) 
Vossa Excelência foi devidamente informado por sua equipe. (certo) 
Vossa Senhoria recebeu o pedido que vos enviei? (errado) 
Vossa Senhoria recebeu o pedido que lhe enviei? (certo) 
 
- Conjugação de gênero: os adjetivos devem ser flexionados de acordo com o gênero 
a que se referem. 
Exemplo: 
Vossa Excelência está ocupada? (referindo-se a uma autoridade do sexo feminino) 
Vossa Excelência está ocupado? (referindo-se a uma autoridade do sexo masculino) 
- Vocativo: deve ser dispensado o uso do pronome possessivo (Vossa, Sua) quando o 
pronome de tratamento compuser um vocativo. 
Exemplo: 
Atenção, Vossa Excelência! (errado) 
Atenção, Excelência! (certo) 
 
- Adequação de pronomes possessivos: o pronome Vossa deve ser empregado 
quando a mensagem se referir a quem a comunicação é dirigida. O pronome Sua deve 
ser utilizado quando a mensagem se referir a uma terceira pessoa, a quem a 
comunicação não é dirigida. 
Exemplo: 
Informamos a Vossa Excelência que... (comunicação direta com a autoridade) 
Sua Excelência não foi informado em tempo hábil. (referência indireta à autoridade) 
 
- Pluralização: deve ser utilizada a letra s antes do ponto da segunda palavra 
abreviada. 
 14 
Exemplo: 
V. Exas. (Vossas Excelências) 
V. Sas. (Vossas Senhorias) 
 
- Endereçamento: no envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às 
autoridades tratadas por Vossa Excelência, deve ter a seguinte forma: 
A Sua Excelência o Senhor 
FULANO DE TAL 
Governador do Estado de São Paulo 
Av. Morumbi, 4.500 
Morumbi 
05650-905 São Paulo - SP 
Demais autoridades devem ser tratadas por Vossa Senhoria: 
Ao Senhor 
FULANO DE TAL 
Chefe de Gabinete da Secretaria da Fazenda 
Av. Rangel Pestana, 300 – 5º andar 
01017-911 São Paulo - SP 
 
Ainda sobre formas de tratamento, o item 3 da Instrução Normativa Safed 4, de 
06/03/1992 elimina expressamente, mas com justificativas, o uso de algumas formas 
consagradas de tratamento em comunicação oficial. São os termos: 
- Digníssimo (DD.): a dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo 
público. 
- Ilustríssimo (Ilmo.): para autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria 
e para particulares. Basta que o termo seja substituído por Senhor. 
- Doutor (Dr.): não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Deve-se empregá-
lo em comunicações dirigidas a pessoas que tenham concluído curso de doutorado. 
Nos demais tratamentos, Senhor é o termo recomendado. 
 
1.3 Plural de modéstia 
Como a redação oficial deve ser elaborada em nome do estado, entidade coletiva, é 
cabível o uso do plural de modéstia, primeira pessoa do plural. Contudo, nesses casos 
apenas o verbo é flexionado em concordância com o pronome, o predicativo não. 
Exemplo: 
Estamos cientes. (errado) 
Estamos ciente. (certo) 
 15 
1.4 Siglas 
As regras para grafia de siglas são simples: 
a) Siglas formadas por até três letras sempre devem ser grafadas em maiúsculas. 
Exemplo: 
TIT, AFR, CAF, CPM 
 
b) Siglas formadas por mais de três letras que criam uma palavra, tem somente a letra 
inicial grafada em maiúscula. 
Exemplo: 
Fazesp, Deat, Codec 
 
c) Siglas formadas por mais de três letras que não criam uma palavra, devem ser 
grafadas em maiúsculas. 
Exemplo: 
DDPE, IPVA, ICMS, ITCMD 
 
d) Siglas não necessitam de pontos abreviativos. 
Exemplo: 
A.I.I.M. (errado) 
AIIM (certo) 
 
1.5 Abreviaturas 
Sempre que possível, devem ser utilizadas abreviaturas já consagradas. Abreviaturas que 
fazem sentido para poucas pessoas ou somente para quem as utilizou devem ser evitadas. 
a) Todas as abreviaturas devem ser finalizadas com um ponto. 
Exemplo: 
proc. (processo), etc. (et caetera) 
 
b) Nas abreviaturas, a acentuação da palavra deve ser mantida. 
Exemplo: 
séc. (século) 
 16 
c) A grafia de maiúscula e minúscula em abreviatura é variável. 
Exemplo: 
Obs. obs. 
d) As abreviaturas são pluralizáveis. 
Exemplo: 
vol. vols. 
 
1.6 Símbolos 
A principal diferença entre a abreviatura e o símbolo é que a primeira é uma redução, 
convencionada, ou não, de uma palavra; o segundo é um padrão de medida. 
Por isso, as regras utilizadas para entender as abreviações devem ser desprezadas para 
compreender os símbolos. É importante não confundir um com o outro. 
Para grafar símbolos, devem ser consideras as seguintes regras: 
a) Não devem ser acrescidas mais letras aos símbolos. 
Exemplo: 
5mts (errado) 
5m (certo) 
 
b) Os símbolos não devem ser pluralizados. 
Exemplo: 
3kgs (errado) 
3kg (certo) 
 
c) Não deve ser utilizado ponto final depois do símbolo. 
Exemplo: 
12h30min. (errado) 
12h30min (certo) 
Obs.: Se já for expresso o símbolo da hora (h), o uso do símbolo para minuto (min) é 
facultativo. O mesmo raciocínio deve ser seguido para o símbolo de segundo (s): se já for 
expresso o símbolo do minuto, o uso do símbolo para segundo é facultativo. Contudo, 
para evitar confusão, se na expressão estiverem quantificados hora, minuto e segundo, 
devem ser utilizados todos os símbolos equivalentes. 
 17 
Exemplos: 
12h30min ou 12h30 
30min10s ou 30min10 
12h30min10s 
 
d) A grafia de maiúscula e minúscula em símbolos é invariável. 
Exemplo: 
30ºc (errado) 
30ºC (certo) 
 
1.7 Numerais 
Sobre numerais, seguem alguns procedimentos. 
Há formas específicas para cada tipo de numeral. No entanto, uma regra vale para todos: 
deve-se evitar o início de frase grafada com algarismo. 
Exemplo: 
150 processos foram protocolados nesta semana no TIT. (errado) 
Cento e cinqüenta processos foram protocolados nesta semana no TIT. (certo) 
 
a) Números cardinais 
Devem ser grafados por extenso somente os numerais cardinais que formam uma única 
palavra. 
Exemplo: 
Neste mês, 18 servidores tiraram licença médica. (errado) 
Neste mês, dezoito servidores tiraram licença médica. (certo) 
 
b) Números ordinais 
b1) Devem ser grafados por extenso
somente os numerais ordinais de um a dez. 
Exemplo: 
Esta é a 3ª vez que a Sefaz participa do Prêmio Mário Covas. (errado) 
Esta é a terceira vez que a Sefaz participa do Prêmio Mário Covas. (certo) 
b2) A partir do 11º, os numerais devem ser representados por número, sem grafia por 
extenso. 
 18 
Exemplo: 
Esta é a 13ª (décima terceira) Resposta à Consulta elaborada pela CT nesta semana. (errado) 
Esta é a 13ª Resposta à Consulta elaborada pela CT nesta semana. (certo) 
 
c) Porcentagem 
c1) A expressão por cento deve ser grafada por extenso somente quando o numeral 
constituir uma única palavra. 
Exemplo: 
A arrecadação diminuiu 5,5 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. (errado) 
A arrecadação diminuiu cinco por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. (certo) 
 
c2) O numeral constituído por mais de uma palavra deve ser grafado na forma numérica, 
seguido do símbolo para porcentagem (%) sem espaço. 
Exemplo: 
O valor da arrecadação do ICMS aumentou vinte e um por cento. (errado) 
O valor da arrecadação do ICMS aumentou 21%. (certo) 
 
c3) O numeral grafado em algarismos arábicos, seguido do símbolo para porcentagem 
(%) não necessita de grafia por extenso. 
Exemplo: 
Ainda falta julgar 32% (trinta e dois por cento) dos processos. (errado) 
Ainda falta julgar 32% dos processos. (certo) 
 
d) Valores monetários 
Os valores monetários devem ser expressos em algarismos, seguidos de indicação por 
extenso entre parênteses. 
Exemplo: 
Essa empresa apresenta R$ 150.000,00 de débito fiscal. (errado) 
Essa empresa apresenta R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) de débito fiscal. (certo) 
 
e) Datas 
A indicação do ano não deve conter ponto entre a casa do milhar e da centena. 
Exemplo: 
 19 
2.007 (errado) 
2007 (certo) 
 
1.8 Citação de texto legal 
a) No corpo de um texto, a primeira referência a texto legal deve indicar o tipo de ato 
normativo, número e data, sem abreviação de mês e ano. Nas referências subseqüentes, 
podem ser indicados apenas o tipo de ato, o número e o ano. 
Exemplos: 
Decreto nº 42.224, 16 de setembro de 1997. (primeira citação) 
Decreto nº 42.224/97 (a partir da segunda citação no mesmo texto) 
b) Na citação de atos normativos articulados, deve ser obedecida a estrutura hierárquica, 
crescente ou decrescente, dos agrupamentos de articulação. 
Exemplos: 
... conforme alínea e, inciso I, art. 4º do RICMS 
... conforme o RICMS (art. 4°, I, e) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
CAPÍTULO 2 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
2.1 Considerações gerais 
Oriundos do contexto da Revolução Francesa (1789), os atos administrativos foram 
criados para atender a uma necessidade presente desde aquela época: a obrigatoriedade 
de a administração pública fundamentar legalmente seus atos. Com isso, surgiu o 
princípio da legalidade, uma das diretrizes norteadoras da atuação do estado, que a partir 
de então teve formas reguladas para exteriorização do poder exercido (HORBACH, 2007, 
p. 25). 
Segundo Mello (2007, p. 371), os atos administrativos são declarações do estado, 
complementares à lei ou à própria Constituição, que manifestam e produzem efeitos de 
direito. Com isso, é possível concluir que a finalidade e o conteúdo são imanentes ao 
próprio ato administrativo, podendo ser observadas no verbo que comumente o inicia: 
certificar, declarar, resolver, extinguir, deliberar, avisar, notificar, comunicar, criar e 
outros. 
A função administrativa dos atos formais e escritos é instrumentalizada em diversas 
formas que se diferenciam mais pela competência administrativa do sujeito do que pelo 
conteúdo de fato. Para exemplificar, podem ser relacionados: decreto, resolução, 
instrução, portaria, ordem de serviço, deliberação e outros (JUSTEN FILHO, 2006, p. 216). 
Quanto ao conteúdo, os atos administrativos formais escritos apresentam natureza e teor 
muito distintos. Entre esses podem ser citados: regulamento, licença, autorização, 
permissão, concessão, homologação, aprovação etc. (JUSTEN FILHO, 2006, p. 218). 
São considerados oficiais todos os atos publicados no DOE, mesmo os atos com finalidade 
executiva, como é o caso dos contratos administrativos. 
Este manual discorre sobre: a) atos normativos, que guardam semelhança com os atos 
legislativos; b) atos processuais, similares aos jurisdicionais; e c) atos de comunicação, 
elaborados no exercício de funções administrativas. São atos administrativos todos os aqui 
relacionados ainda que com semelhança a atos elaborados pelos Poderes Legislativo e 
Judiciário. Isso porque os departamentos da Sefaz possuem apenas competência 
administrativa, mesmo considerando a atuação da Consultoria Tributária - CT, na 
elaboração dos atos normativos, ou do Tribunal de Impostos e Taxas - TIT, na elaboração 
dos atos processuais. 
 21 
2.2 Composição e padronização 
Na elaboração dos atos administrativos, mais importante que o rigor milimétrico de 
formatação é o entendimento de qual ato é mais adequado à necessidade, e também a 
compreensão da natureza e da forma de elaboração de cada um. É importante também a 
compreensão da finalidade dos elementos de composição de um ato administrativo. 
Por isso, seguem os elementos constitutivos e estruturais comuns a quase todos os atos 
administrativos. 
 
2.2.1 Cabeçalho 
Todo documento público deve ser passível de identificação por qualquer pessoa, tanto no 
contexto da administração pública quanto fora dele. Daí a importância do cabeçalho, 
primeira informação que deve constar em todas as folhas dos atos administrativos, não só 
na primeira. 
Composição: a representação da estrutura administrativa deve estar em ordem 
hierárquica decrescente, até o nível da unidade responsável pela publicação do ato, com o 
brasão do estado disposto ao lado esquerdo, não acima da descrição da hierarquia. 
Para evitar cabeçalho extenso, a estrutura administrativa representada não deve 
ultrapassar quatro níveis, sendo que: 
a) o primeiro nível hierárquico deve ser sempre o governo do estado; 
b) o segundo nível, a Sefaz; 
c) o último nível, a unidade responsável pela elaboração do documento. 
Quando necessário, podem ser suprimidos do cabeçalho os níveis intermediários que não 
comprometam o entendimento da organização hierárquica. 
Obs.: O cabeçalho não pode ser composto apenas por siglas. Quando houver siglas, a 
grafia por extenso do nome do órgão ou unidade deve antecedê-las. 
Formatação: O cabeçalho deve ser centralizado, grafado em letras maiúsculas, em 
negrito e com tamanho decrescente de fonte. Fica melhor organizado quando elaborado 
em tabelas, que devem ter as bordas invisíveis. 
 
 
 
 
 
 22 
Hierarquia 
administrativa em 
ordem decrescente e 
de nível e tamanho 
de fonte 
Modelo 1 
Exemplo: 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
DEPTO. DE SUPRIMENTOS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
NÚCLEO DE COMPRAS E CONTRATOS 
 
 
 
 
Obs.: No exemplo acima, não é necessário constar a Coordenadoria Geral de 
Administração (CGA) e a Divisão de Suprimentos para que se possa entender a origem do 
documento, pois essa hierarquia intermediária pode ser compreendida de modo intuitivo. 
 
 
Modelo 2 
Nos atos de comunicação, principalmente no ofício, além da estrutura hierárquica deve
estar expresso o endereço completo e o telefone da unidade responsável pelo documento. 
Endereço e telefone devem estar indicados em apenas duas linhas, grafados em letra 
minúscula, sem negrito e tamanho de fonte menor que o utilizado para indicar o último 
nível hierárquico. 
Exemplo: 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
NÚCLEO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO 
Av. Rangel Pestana, 300 17º andar - 01017-911 São Paulo – SP 
Tel.: (11) 3243-3806 - Fax: (11) 3243-3609 
 
 
 
Modelo 3 
É comum que os atos processuais excedam uma folha. Por isso, para facilitar a 
identificação do documento, caso alguma folha se extravie, no cabeçalho desses atos 
devem estar expressos dados que possibilitem a identificação do documento em todas as 
folhas. Esses dados são: 
 23 
a) Interessado: pessoa, física ou jurídica, a quem interessa o esclarecimento da 
controvérsia; 
b) Assunto: tema principal do processo; 
c) Do: tipo, número e ano do documento matriz que originou o processo. Ex.: 
Processo SF 0000-0000/2007; 
d) Proc.: número do processo; 
e) Fls.: número das páginas no contexto do processo, não número das folhas dos atos 
isoladamente. As folhas estabelecem a ordem, física e cronológica, do ato; 
f) Rubrica: visto que evidencia que a folha é realmente um documento, não uma 
minuta. 
Nenhuma informação deve anteceder o cabeçalho, por isso os dados que permitem a 
identificação do documento devem ocupar posição inferior à representação da estrutura 
administrativa. 
Como são documentos dependentes, com sentido apenas no contexto de um processo, 
nos atos processuais não há necessidade de dados sobre endereço. 
Exemplo: 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
DEPTO. DE SUPRIMENTOS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
NÚCLEO DE COMPRAS E CONTRATOS 
 
Interessado: 
Assunto: 
Do: 
Proc.: 
Fls.: 
Rubrica: .............. 
 
 
Modelo 4 
Nos processos julgados pelo TIT, é necessário que outros dados do processo também 
componham o cabeçalho, que deve apresentar o seguinte formato: 
b) Recorrente: parte que interpõe o recurso; 
c) Recorrido: parte que se defende do recurso interposto; 
d) Relator: Juiz que faz o relatório dos fatos pertinentes à compreensão do processo; 
e) Recurso: tipo de recurso (ordinário, especial); 
f) Câmara: identificação da câmara julgadora do processo; 
 24 
g) AIIM: número e ano do documento matriz que originou o processo; 
h) Sustentação oral: indicação de necessidade ou não de sustentação oral; 
i) Proc.: número do processo; 
j) Fls.: número das páginas no contexto do processo, não número das folhas dos atos 
isoladamente. As folhas estabelecem a ordem, física e cronológica, do ato; 
k) Rubrica: visto que evidencia que a folha é realmente um documento, não uma 
minuta. 
Exemplo: 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 TRIBUNAL DE IMPOSTOS E TAXAS 
 
Recorrente: 
Recorrido: 
Relator: 
Recurso: 
Sustentação oral: 
 
 
 
Câmara: 
AIIM: 
Proc.: 
Fls.: 
Rubrica: ................... 
2.2.2 Epígrafe 
A denominação do ato normativo, a sigla (quando for o caso), o número e a marcação 
temporal devem ser grafados por extenso, em letras maiúsculas e em negrito. 
Exemplo: 
COMUNICADO DOF Nº XX, DE XX DE DEZEMBRO DE 2007 
 
2.2.3 Identificação do documento 
Os atos devem ser grafados por extenso, em letras maiúsculas e em negrito. Nos atos 
com numeração seqüencial, o número e a sigla da unidade que originou o ato devem ser 
separados por barra oblíqua (/). 
Nos atos normativos e processuais, a denominação e o número devem ser centralizados; 
nos documentos administrativos e atos de comunicação, alinhados à esquerda. 
Exemplo: 
PARECER Nº 18/CT 
PORTARIA CAT Nº 70, DE 09 DE MAIO DE 2008 
OFÍCIO Nº 15/DRH 
 25 
2.2.4 Ementa 
Todo o texto da ementa deve estar em negrito. De acordo com o tipo do ato, no resumo 
do assunto a ser tratado há algumas diferenças. 
 
Modelo 1 
Nos atos normativos, quando houver alteração de norma em vigor, além do resumo, deve 
ser feita referência ao número e ao ato alterado. 
Exemplo: 
Altera dispositivos da Resolução SF-42/2001, que dispõe sobre 
a Promoção por Merecimento da classe de Agente Fiscal de 
Rendas 
 
 
Modelo 2 
Nas ementas de Resposta à Consulta e de Decisão Normativa, devem ser referenciados 
não só os dispositivos legais, como também o posicionamento do consultor. 
Exemplo: 
ICMS – Produtos para higiene exclusivamente animal – Redução 
da base de cálculo a que se refere o artigo 34, IX, do Anexo II 
do RICMS/2000 – Inaplicabilidade. 
 
Modelo 3 
Nos atos processuais, é importante que, na ementa, sejam pontualmente referenciados os 
dispositivos legais e os jurisprudenciais citados no decorrer da peça processual. Também 
deve ser apresentado o posicionamento do relator. 
Exemplo: 
ICMS – Importação de bens de ativo por não-
contribuinte, antes da Emenda 33/2001 – Súmula 7 
reconhecendo não-incidência – Não conhecimento do 
apelo fazendário. 
 
2.2.5 Vocativo 
No uso de vocativos, deve ser considerada a adequação dos pronomes de tratamento, em 
seguida, referência à função administrativa do interlocutor, alinhados à esquerda e com a 
finalização por vírgula (,). 
Exemplos: 
Senhor Governador, 
Senhor Diretor do Núcleo de Protocolo e Arquivo, 
 26 
2.2.6 Invocação 
As invocações devem ser iniciadas por “Ao” ou seus derivados, de acordo com número e 
gênero do(s) interlocutor(es). Esse recurso é usado somente em alguns atos de 
comunicação e no endereçamento de correspondência. Também nas invocações deve ser 
considerada a adequação dos pronomes de tratamento, seguidos da referência à função 
administrativa do interlocutor, alinhados à esquerda. 
Exemplos: 
À Sua Excelência o Senhor Governador 
Ao Senhor Diretor do Núcleo de Compras e Contratos 
 
2.2.7 Local e data 
Local e data devem estar alinhados à direita, com a data grafada por extenso, e 
finalizados com ponto-final (.). 
Em atos de comunicação, local e data devem estar localizados na parte superior do 
documento. 
No caso de decretos, o local deve ser a sede do governo, ou seja, o Palácio dos 
Bandeirantes (grafado em letras maiúsculas e em negrito), seguido de data por extenso. 
Exemplos: 
PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, 10 de dezembro de 2007. 
São Paulo, 10 de dezembro de 2007. 
 
2.2.8 Fecho 
Os fechos devem ser centralizados e finalizados com vírgula (,). 
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: 
Respeitosamente, 
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: 
Atenciosamente, 
 
Obs.: Dessa fórmula foram excluídas as comunicações dirigidas a autoridades 
estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios. 
 
 
 27 
2.2.9 Identificação do signatário 
A forma da identificação do signatário deve ser a seguinte: 
Exemplo: 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
[cargo ou função] 
 
O nome deve ser grafado em maiúsculas e em negrito e o cargo ou a função deve estar 
associado à unidade em que a autoridade está em exercício. 
Exemplo: 
Diretor Técnico de Serviços da Fazenda Estadual (inadequado) 
Diretor do Núcleo de Compras e Contratos (adequado)
Assistente Técnico Fazendário II (inadequado) 
Auditor da CCA-2 (adequado) 
 
Quando houver necessidade de assinatura de duas autoridades, técnicas ou 
administrativas, ambas devem estar espacialmente simétricas. 
Exemplo: 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Auditor da CCA-X 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Auditor da CCA-X 
 
 
 
2.2.10 Visto 
Há necessidade de visto de autoridade hierarquicamente superior em ato administrativo 
em duas situações: 
a) quando um técnico assina o ato, como é comum em casos de relatório de auditoria 
e também em pareceres; 
b) quando o servidor, em cargo de chefia ou não, assina um ato destinado a uma 
autoridade hierárquica superior, dois níveis ou mais (ver Exemplo de Requerimento 
para Afastamento de Servidor, p. 102). Nesses casos, as autoridades hierárquicas 
intermediárias devem dar um visto no documento, usando a expressão “De 
acordo.”, seguida de assinatura, nome e cargo do(s) superior(es) hierárquico(s), 
mediato e imediato. 
 28 
Exemplo: 
De acordo. 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor do DRH 
 
2.2.11 Iniciais 
Nem sempre a autoridade competente para assinar o ato é responsável pela redação do 
texto. Nesse caso, há um autor para o texto e, às vezes, uma terceira pessoa responsável 
pela digitação. Quando essa situação ocorrer, as iniciais do nome, tanto do autor quanto 
do digitador, devem constar na parte inferior esquerda. Sendo que as iniciais do autor 
devem ser grafadas em letras maiúsculas e as do digitador, em minúsculas. Ambas 
separadas por barra oblíqua (/). 
Exemplo: 
AMS/clb 
Quando o autor do texto for a mesma pessoa responsável pela digitação, mas não a 
autoridade competente para assinar o ato, as iniciais do autor/digitador também devem 
constar no documento, em letras maiúsculas, antecedida por barra oblíqua (/), na parte 
inferior esquerda do texto. 
Exemplo: 
/AMS 
 
2.2.12 Indicação de encaminhamento 
No final dos atos processuais, parte inferior direita, deve constar sigla da unidade ou do 
departamento ao qual o processo deve ser encaminhado. 
 
2.2.13 Endereçamento 
O endereçamento indicado tanto no ato de comunicação quanto no envelope postal deve 
obedecer a seguinte ordem de apresentação: 
 
Tratamento de cortesia 
Nome do destinatário 
Cargo 
Nome da rua, número complemento 
Bairro 
CEP Cidade - UF 
 29 
Exemplo: 
A Sua Excelência o Senhor 
FULANO DE TAL 
Secretário de Economia e Planejamento 
Rua Iguatemi, 107 12º andar 
Itaim Bibi 
01451-011 São Paulo – SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
2.3 Atos normativos 
2.3.1 Considerações gerais 
Entende-se por atos normativos os que estabelecem normas ou regras com vistas à 
correta aplicação da lei. 
Entre os três tipos de atos administrativos classificados por este manual, os normativos 
são os que apresentam abrangência mais ampla, necessitando de cuidado ainda maior 
durante sua elaboração. Sobre isso, o anexo do Decreto 4.176, de 28 de março de 2002 
relaciona “questões que devem ser analisadas na elaboração de atos normativos no 
âmbito do poder executivo”. 
Quanto às características estruturais, os atos normativos podem ser: 
- Articulados: quando encerram mais de um comando. Os que contêm regras de 
caráter geral recebem numeração renovada anualmente. 
- Não articulados ou simplificados: quando o assunto tratado se auto-encerra 
(nomeação, designação, promoção, exoneração, dispensa e outros). Os não 
articulados não são numerados, sendo identificados pelo nome do interessado e pela 
data de publicação. Por terem estrutura mais simples, os atos não articulados não 
necessitam apresentar ementa. 
- Conjuntos: quando dois ou mais órgãos publicam o ato conjuntamente. Geralmente, 
os atos conjuntos, por disporem de temas mais complexos, apresentam estrutura 
articulada. 
Dentre as estruturas expostas, os atos articulados apresentam maior complexidade na 
elaboração. 
 
2.3.2 Atos normativos articulados 
Para melhor compreensão e leitura de atos normativos articulados, é necessário entender 
sua sistemática. 
A) Sistemática da articulação 
A articulação é organizada por agrupamentos de unidades, estabelecendo uma relação 
semelhante à de gênero e espécie. Quanto mais complexo, mais agrupamentos o ato terá, 
como é o caso do Regulamento do ICMS. 
As maiores unidades de agrupamentos em termos hierárquicos são as partes, que podem 
se desdobrar em Parte Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes organizadas 
em numerais ordinais grafados por extenso. 
 31 
Após as partes, seqüencialmente seguem os livros, os títulos, os capítulos, as seções e as 
subseções. Todas essas unidades de agrupamento devem ser grafadas em letras 
maiúsculas, identificadas por algarismos romanos e em negrito, ou caracteres que as 
coloquem em realce. 
Em seqüência às subseções, seguem os artigos, que também poderão compreender 
agrupamentos em Disposições Preliminares, Gerais e Finais. Os que não tiverem caráter 
permanente constituirão as Disposições Transitórias com numeração própria. Caso a 
disposição transitória tenha um único comando, este deverá ser grafado como artigo 
único. 
Até a subseção, os agrupamentos são apenas estruturais, para organizar o texto 
legislativo. Somente a partir do artigo é que essas unidades de agrupamentos são 
compostas pelo texto legislativo de fato. 
Parte -> Livro -> Título -> Capítulo -> Seção -> Subseção -> artigo -> parágrafo -> inciso -> alínea -> item 
Com isso, seguem as peculiaridades de cada parte que compõe o texto legal. 
 
a) Artigo 
O artigo representa a unidade básica de divisão, ordenado por numeração ordinal até o 
nono artigo (Art. 9º) e numeração cardinal a partir do décimo (Art. 10). No artigo, deve 
estar contido um único assunto em que é expressa a norma geral. Caso o assunto 
necessite de desdobramentos, a norma geral comporá o caput (cabeça de artigo), e as 
complementações, exceções e particularidades devem ser apresentadas em forma de 
parágrafos e incisos. 
b) Parágrafo 
Representado pelo sinal gráfico §, o parágrafo é a disposição secundária de um artigo em 
que é explicada ou modificada a disposição principal, o caput do artigo. O parágrafo 
também é ordenado por numeração ordinal até o nono artigo (§ 9º) e numeração cardinal 
a partir do décimo (§ 10). Quando houver apenas um parágrafo, adota-se a expressão 
Parágrafo único, e não § único. Os textos dos parágrafos devem ser iniciados com letras 
maiúsculas e encerrados com ponto final (.). 
c) Inciso 
Para melhor compreensão do texto, há situações em que é necessário subdividir o assunto 
em partes. No contexto do artigo essa divisão se dá por meio dos incisos, unidades que 
discriminam o assunto tratado no artigo. Não se trata de complementação ou exceção, 
mas apenas subdivisão do assunto, que se tornaria de difícil compreensão se todo seu 
conteúdo fosse veiculado no caput do artigo. O inciso deve ser enumerado, 
 32 
seqüencialmente, por algarismo romano maiúsculo, seguido de hífen, sem a necessidade 
da grafia do termo inciso: I-; II-; III-. Os textos dos incisos devem ser iniciados com 
letras minúsculas, encerrados com ponto-e-vírgula (;), com exceção do último inciso, que 
deverá ser encerrado com
ponto final (.). Se a função do inciso é organizar o assunto 
tratado pelo artigo, desdobrando-o para esclarecê-lo, não há sentido em artigo 
desmembrado em apenas um inciso, por isso, não pode haver inciso único. 
d) Alínea 
As alíneas são unidades que tratam de particularidades ou complementações do conteúdo 
expresso no inciso. São grafadas com as letras do alfabeto português em minúsculo de a a 
z, seguida de parênteses: a); b). Os textos das alíneas devem ser iniciados com letras 
minúsculas, encerrados com ponto-e-vírgula (;), com exceção da última alínea, que 
deverá ser encerrada com ponto final (.). Se a função da alínea é organizar o assunto 
tratado pelo inciso, não há sentido em inciso desmembrado em apenas uma alínea, por 
isso, não pode haver alínea única. 
e) Item 
Item é o desdobramento da alínea e do parágrafo, permitindo detalhar as 
complementações necessárias para o entendimento dos dispositivos. O item é grafado 
com números arábicos, seguidos de ponto: 1.; 2.; 3. Os textos dos itens devem ser 
iniciados com letras minúsculas, encerrados com ponto-e-vírgula (;), com exceção do 
último item, que deverá ser encerrado com ponto final (.). Se a função do item é 
organizar o assunto tratado pela alínea, não há sentido em alínea desmembrada em 
apenas um item, por isso, não pode haver item único. 
 
B) Alteração, vigência e revogação de atos normativos 
Sobre as regras para alteração, vigência e revogação, a LC 863/99 apresenta as seguintes 
orientações: 
 
a) Alteração 
Os atos normativos devem ser alterados mediante os critérios: 
- Reprodução integral: quando a alteração for considerável, deve ser emitido um novo 
texto; 
- Revogação parcial: quando forem alterados apenas alguns dispositivos; 
 33 
- Substituição no próprio texto: quando houver acréscimo(s) de dispositivo(s) ou 
alteração de dispositivo(s) no próprio texto, devem ser observadas as seguintes 
regras: 
- artigos, subseções, seções, capítulos, títulos, livros e partes não podem ser 
renumerados. Devem ser utilizados os mesmos números de artigo ou agrupamento, 
seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes 
para identificar os acréscimos; 
- os números de dispositivos revogados não podem ser reaproveitados; 
- é admissível reordenação interna das unidades de desdobramento de artigos, desde 
que identificada por alteração de redação, supressão ou acréscimo das letras 
maiúsculas NR (nova redação) entre parênteses, uma única vez ao final. 
 
b) Vigência 
A vigência do ato normativo deve ser indicada de forma expressa, sendo que a maior 
parte dos atos entra em vigor na data de sua publicação. Usualmente, a vigência é 
explicitada no penúltimo artigo do texto, antecedendo a cláusula de revogação. 
 
c) Revogação 
A cláusula de revogação, se necessária, ocorre no último artigo do texto. O artigo de 
revogação deve conter expressamente todos os atos ou disposições revogadas a partir da 
vigência do novo ato. 
 
C) Composição e formatação de atos normativos articulados 
- Cabeçalho: (ver Modelo 1, p. 22) 
- Epígrafe: (ver p. 24) 
- Ementa: (ver Modelo 1, p. 25). A ementa deve estar 6,5 cm de distância da margem 
esquerda e espaçamento entre as linhas de 12 pontos. 
- Preâmbulo: parágrafo que apresenta a fundamentação legal. No caso de decretos, o 
preâmbulo inicia-se com o nome do chefe do Governo e de seu cargo, em letras 
maiúsculas e em negrito, seguidos da expressão “no uso de suas atribuições legais” ou 
do fundamento legal que ampare o ato, em letras minúsculas sem negrito, terminando 
em vírgula. Os demais atos normativos articulados são iniciados com o cargo do titular 
da pasta em letras maiúsculas e em negrito. Após, deve seguir o fundamento legal que 
ampara o ato, em letras minúsculas e sem negrito, terminando em vírgula. Quanto às 
 34 
medidas, a primeira linha deve ter 5 cm de distância da margem esquerda e as demais 
linhas 2,5 cm, com espaçamento entre linhas de 24 pontos. 
- Considerandos: motivações legais ou administrativas que fundamentam ou orientam 
a expedição do ato. Essas considerações são dispostas em parágrafos distintos, 
separados por ponto-e-vírgula (;). Se houver um único considerando, ele deve ser 
incorporado ao preâmbulo logo após a fundamentação legal. Havendo mais de um, 
devem ser articulados separadamente, com a expressão considerando em negrito. 
Quanto às medidas, a primeira linha deve ter 5 cm de distância da margem esquerda e 
as demais, 2,5 cm, com espaçamento entre linhas de 24 pontos. 
- Expressão de comando: termo que expressa a finalidade do ato (decretar, resolver, 
decidir e outros). No caso de decretos, a expressão Decreta deve iniciar-se em outro 
parágrafo com maiúscula e demais minúsculas, seguida de dois pontos (:), com 
espaçamento entre as letras. Nos demais atos, a expressão de comando não é 
apresentada em parágrafo separado, nem possui grafia diferenciada. Ela simplesmente 
finaliza a fundamentação legal ou os considerandos, conforme o caso (ver exemplo de 
Resolução, p. 38 e de Portaria, p. 40). No caso dos decretos, a expressão de comando 
deve estar a 5 cm de distância da margem esquerda. 
- Texto: conteúdo articulado (ver Sistemática da articulação, p. 30), cláusulas de 
vigência e, se for o caso, de revogação (ver Alteração, vigência e revogação de atos 
normativos articulados, p. 32). No que se refere às medidas, o artigo e sua numeração 
correspondente devem estar em negrito a 5 cm de distância da margem esquerda da 
folha. As linhas seguintes devem ter 2,5 cm, com espaçamento entre linhas de 
exatamente 24 pontos. Os demais dispositivos (inciso, alínea, item e parágrafo), em 
termos de formatação, devem obedecer às mesmas regras referentes ao artigo. Não 
deve ser utilizado marcador para inciso, alínea ou item. 
- Local e data: (ver p. 26). Quanto às medidas, devem estar a 5 cm de distância da 
margem esquerda da folha, com espaço para a data da assinatura. 
- Identificação do signatário: (ver p. 27). A identificação do signatário deve constar à 
direita do texto, logo após local e data. Não há medidas explícitas para formatação. 
- Referendos: no caso de decretos, após assinado e publicado no DOE, o ato normativo 
seguirá para o referendo do secretário de estado da área com a qual a matéria tratada 
tem vinculação. Nessa ocasião o nome da autoridade que deverá referendá-lo será 
acrescentado ao decreto pela unidade competente da publicação. 
- Fonte: Courier New tamanho 12. 
 35 
- Paginação: a partir da segunda página, à margem lateral direita. 
- Margens: Superior: 3 cm; Inferior: 2,5 cm; Lateral direita: 1,5 cm; Lateral esquerda: 
2,5 cm. 
 
Uma vez apresentados elementos e características que compõem o ato normativo, 
seguem suas formas de exteriorização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
2.3.3 Formas de atos normativos 
 
a) Decreto 
Destinado ao público em geral, o decreto tem a finalidade de regulamentar leis e dispor 
sobre organização administrativa, matérias tributária, orçamentária, financeira e de 
recursos humanos. Não é função do decreto apresentar conteúdo ou destinação definidos 
de modo exaustivo; para isso é necessária publicação de outros atos mais específicos. 
Competência: Governador do Estado. 
Fundamento legal da competência: Lei 10.177/1998 (art. 12, I, a). 
Estrutura: (ver Composição e
formatação de atos normativos articulados, pág. 32) 
 
Obs.: As minutas de decreto elaboradas na Sefaz devem ser encaminhadas, ao chefe de 
gabinete, em meio impresso e eletrônico, e acompanhadas de minuta de ofício dispondo 
sobre a exposição de motivos (ver p. 97) para a publicação do decreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
Exemplo de Decreto 
 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
DECRETO Nº 52.381, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2007 
 
Institui regime especial de tributação do Imposto 
sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de 
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação - ICMS para contribuintes que 
realizarem operações com leite longa vida e laticínios 
 
FULANDO DE TAL, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas 
atribuições legais e tendo em vista o disposto nos artigos 38, § 6º e 112 da Lei 
6.374, de 1º de março de 1989, 
D e c r e t a: 
Artigo 1° - Fica reduzida em cem por cento a base de cálculo do ICMS 
nas saídas internas de leite esterilizado (longa vida), classificado nos códigos 
0401.10.10 e 0401.20.10 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema 
Harmonizado - NBM/SH. 
Parágrafo único – 
[...] 
Artigo 2º - O estabelecimento fabricante de leite e laticínios, classificados 
no Capítulo 4 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado - 
NBM/SH, que adquirir leite cru diretamente de produtor paulista, poderá creditar-se 
de 1% do valor correspondente a essas aquisições. 
Parágrafo único - O disposto neste artigo fica condicionado a que: 
[...] 
Artigo 3º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação [...] 
 
PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, 19 de novembro de 2007. 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Governador do Estado 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL X 
Secretário da Fazenda 
 
 
 1,5 cm 
2,5 cm 
 
2,5 cm 
 
6,5 cm 
2,5 cm 
3 cm 
 38 
 
b) Resolução 
Ato normativo com a finalidade de complementar e normatizar legislação tributária, 
orçamentária, financeira e de recursos humanos, além de dispor sobre todos os assuntos 
de competência da Sefaz. A resolução tem como destino o público em geral. 
Competência: Secretário da Fazenda. 
Fundamento legal da competência: Lei 10.177/1998 (art. 12, I, b). 
Estrutura: devem ser consultadas as orientações dispostas em Composição e formatação 
de atos normativos articulados (p. 33), considerando adaptações em: 
- Preâmbulo: a composição da fundamentação legal deve ser iniciada com a expressão 
“O SECRETÁRIO DA FAZENDA”, seguido dos dispositivos legais, se for o caso, que 
fundamentam sua competência e da expressão “resolve:”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
Exemplo de Resolução 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
GABINETE DO SECRETÁRIO 
 
 
RESOLUÇÃO SF Nº 45, DE 15 DE OUTUBRO DE 2007 
 
Dispõe sobre modalidade de serviço de 
arrecadação por débito automático em conta 
corrente 
 
O SECRETÁRIO DA FAZENDA, considerando a celebração, pelo 
Conselho Nacional de Política Fazendária - Confaz, do Convênio ICMS 51, de 18 
de abril de 2007, que autoriza o Estado de São Paulo e outros Estados da 
Federação a instituir programa de parcelamento de débitos fiscais relacionados 
com o ICM/ICMS, suas multas e demais acréscimos legais, vencidos até 
31/12/2006; 
Considerando que o mencionado Convênio foi ratificado pelo 
Decreto nº 51.777, do dia 26, publicado no DOE de 27 de abril de 2007; 
Considerando, ainda, que o § 3º da Cláusula Segunda do citado 
Convênio impõe, como condição para adesão ao parcelamento, que o 
contribuinte autorize o débito automático das parcelas em conta corrente 
mantida em instituição bancária conveniada com a Secretaria da Fazenda, 
resolve: 
Artigo 1º - Os serviços de arrecadação previstos no artigo 12 da 
Resolução SF 40, de 11/12/2006 poderão ser efetuados também na modalidade 
de débito automático em conta corrente. 
Parágrafo único - Pela prestação do serviço previsto no caput será 
devida a remuneração de R$ 0,40 (quarenta centavos de real) por débito. 
Artigo 2º - Fica autorizada a inserção, no Modelo de Contrato de 
Prestação de Serviços anexo à Resolução SF 40/2006, da modalidade de 
arrecadação prevista no artigo anterior. 
Artigo 3º - Ficam estendidas, para a modalidade de arrecadação 
instituída por esta Resolução, as regras contidas na Resolução SF 40/2006. 
Artigo 4º - O serviço objeto desta Resolução será incluído nos 
contratos de arrecadação em vigor, celebrados sob a égide da Resolução SF 40, 
de 11/12/2006, mediante termo de aditamento. 
Artigo 5º - Esta resolução entra em vigor na data de sua 
publicação. 
 
São Paulo, 15 de outubro de 2007. 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Secretário da Fazenda 
 
 
 40 
c) Portaria 
Ato normativo com finalidade de estabelecer procedimentos relativos a pessoal, 
organização e funcionamento de serviços, além de orientação quanto à aplicação de 
textos legais. A portaria é destinada ao público em geral e a unidades internas. 
Embora as portarias sejam classificadas como ato interno, que não obriga particulares 
porque os cidadãos não estão sujeitos ao poder hierárquico da administração pública 
(MEIRELLES, 2007, p. 185), na Sefaz algumas portarias, como as publicadas pela 
Coordenaria de Administração Tributária - CAT, atingem particulares. Isso porque os 
contribuintes, mesmo não sujeitos ao poder hierárquico da Fazenda Pública Estadual, têm 
algumas obrigações a cumprir com relação ao Fisco. 
Competência: Coordenador, Presidentes da Jucesp e da SPPREV, Diretores de 
departamento, de divisão e de serviço. 
Fundamento legal da competência: Lei 10.177/1998 (art. 12, II, a). 
Estrutura: devem ser consultadas as orientações dispostas em Composição e formatação 
de atos normativos articulados (p. 33), considerando adaptações em: 
- Preâmbulo: a composição da fundamentação legal deve apresentar o cargo da 
autoridade (sem citar o nome), seguido dos dispositivos legais (se for o caso) e da 
expressão “expede a seguinte portaria:” ou “expedem a seguinte portaria conjunta:”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
Exemplo de Portaria Conjunta 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
COORDENAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
 
 
PORTARIA CONJUNTA CAF-CO Nº 01, DE 02 DE JULHO DE 2007 
 
OS COORDENADORES DA COORDENAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA, DA SECRETARIA DA FAZENDA, E DA COORDENADORIA DE 
ORÇAMENTO, DA SECRETARIA DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO, expedem a 
seguinte Portaria Conjunta: 
Artigo 1º - Os órgãos e entidades da administração direta e indireta, do Poder 
Executivo, quando da celebração de convênios para repasse de recursos a título de 
transferências voluntárias a municípios, entidades assistenciais e filantrópicas, sem fins 
lucrativos, Santas Casas e entidades assemelhadas, deverão, obrigatoriamente, 
preencher as seguintes informações no cadastramento de processos (Incprocess) do 
Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios - Siafem/SP: 
I - CNPJ do beneficiário; 
II - Código do município do beneficiário; 
III - Valor total do convênio; 
IV - Objeto descritivo do convênio; 
V - Data de
início do convênio; 
VI - Data do término do convênio. 
Artigo 2º - ao preencher a Nota de Empenho, no campo destinado ao código 
do município, deverá ser utilizado o mesmo código definido no cadastramento do 
processo. 
Artigo 3º - Os convênios vigentes também deverão ser atualizados no 
Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios - Siafem/SP, 
com a complementação das informações a que se referem os incisos I a VI do artigo 1º 
desta Portaria Conjunta. 
Artigo 4º - a Contadoria Geral do Estado - CGE da Coordenação da 
Administração Financeira fornecerá as orientações necessárias para o cumprimento do 
disposto no artigo 3º desta Portaria Conjunta, assim como poderá expedir instruções 
complementares. 
Artigo 5º - Esta Portaria Conjunta entrará em vigor na data de sua 
publicação. 
 
 
São Paulo, XX de julho de 2007. 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Coordenador da Administração Financeira 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Coordenador de Orçamento 
 
 42 
d) Resposta à Consulta (RC) 
O Código Tributário Nacional dispõe sobre a possibilidade de o contribuinte formular 
perguntas à administração tributária com a finalidade de sanar dúvidas quanto à 
interpretação de dispositivo da legislação tributária aplicável a fato determinado. Em 
atendimento a este direito é emitida a RC, destinada ao consulente e aos demais 
interessados. 
As Respostas à Consulta de interesse geral podem ser convertidas em Decisão Normativa, 
por sugestão da Consultoria Tributária à CAT (ver p. 44). 
Competência: a CT é o setor com competência privativa na formulação da RC. 
Fundamento legal da competência: RICMS (arts. 510 a 526). 
Estrutura: 
Cabeçalho: (ver Modelo 1, p. 22) 
- Epígrafe: (ver p. 24) 
- Ementa: (ver Modelo 2, p. 25) 
- Texto: o texto da RC deve obedecer a seguinte estrutura: 
- Introdução: resumo da pergunta feita pelo contribuinte. Nessa parte, deve constar 
informação sobre a área de atuação do contribuinte, cuidando para que seja 
preservada sua identidade, seguida da dúvida apresentada. A dúvida do 
contribuinte pode ser expressa tanto de forma parafraseada quanto literal (citação 
entre aspas). 
- Desenvolvimento: resposta à dúvida. Nessa parte, visando esclarecer a dúvida do 
contribuinte, deve ser feita a interpretação de legislação tributária ou de doutrina 
aplicáveis ao caso. O desenvolvimento da RC pode ser feito em diversos 
parágrafos. 
- Conclusão: resumo da orientação dada. A conclusão deve ser redigida em apenas um 
parágrafo. 
A articulação não é a mesma usada nos outros atos normativos articulados (ver p. 30). 
Nas RCs, deve ser utilizada a numeração progressiva. 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
- Visto: (ver p. 27) 
 
 43 
Exemplo de Resposta à Consulta 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
CONSULTORIA TRIBUTÁRIA 
 
 
RESPOSTA À CONSULTA N° 158, DE 11 DE ABRIL DE 2006 
 
 
ICMS - Operações internas com o produto 
croissant - Considerações 
 
 
A Consulente informa que "fabrica croissant, contendo a mistura de 
farinha, sal, fermento, ovos e manteiga, ... classificado na posição 1905.90.90 
da NBM/SH". Indaga se pode usufruir da isenção do ICMS de que trata a Lei 
12.058, de 26/9/2005. 
2. A isenção mencionada pela Consulente consta do artigo 121 do 
Anexo I do RICMS/00 (acrescentado pelo artigo 1º do Decreto 50.093, de 
7/10/2005). Dispõe o inciso V desse artigo: 
V - pão francês ou de sal, assim entendido aquele de consumo 
popular, obtido pela cocção de massa preparada com farinha de trigo, 
fermento biológico, água e sal, que não contenha ingrediente que venha a 
modificar o seu tipo, característica ou classificação e que seja produzido 
com o peso de até mil gramas, desde que classificado na posição 1905.90 da 
NBM/SH; (G.N.) 
[...] 
4. Sendo assim, respondemos pela negativa, informando que o 
produto croissant, ainda que esteja classificado na posição 1905.90 da NBM/SH, 
não goza da isenção de que trata o inciso V do artigo 121 do Anexo I do RICMS. 
Aplica-se, às saídas internas do produto, o disposto no inciso XII do artigo 39 do 
Anexo II do RICMS, ou seja, redução da base de cálculo do imposto de forma 
que a carga tributária corresponda ao percentual de doze por cento, desde que 
atendidos todos os requisitos previstos neste artigo. 
 
São Paulo, 11 de abril de 2006. 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Consultor Tributário 
 
De acordo. 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Consultor Tributário Chefe - 2ª ACT 
 
De acordo. 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor Adjunto da Consultoria Tributária 
 44 
e) Decisão Normativa 
Ato normativo destinado ao público em geral, fixando critérios ou orientação no tocante a 
caso concreto que não justifique a expedição de uma Resolução SF. 
É comum que algumas Respostas à Consulta (ver p. 42) que tenham ampla abrangência 
sejam convertidas em decisões normativas. 
Competência: Coordenador, Presidentes da Jucesp e da SPPREV. 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 1, p. 22) 
- Epígrafe: (ver p. 24) 
- Ementa: transcrição da ementa da RC que está sendo convertida. 
- Preâmbulo: referência aos dispositivos legais que amparam a autoridade a expedir a 
Decisão Normativa. A composição do preâmbulo deve apresentar o cargo da 
autoridade (sem citar o nome), seguido do dispositivo legal e da expressão “Decide:”. 
- Texto: decisão da aprovação da RC, que deve ser citada. Devem ser expressos itens 
como alteração, revogação e vigência. Para articulação, deve ser utilizada a 
numeração progressiva. 
- Transcrição da RC: texto integral da RC, excetuando a ementa e a identificação dos 
signatários. Este texto deve ser transcrito entre aspas logo após a cláusula de vigência 
da Decisão Normativa. 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
Exemplo de Decisão Normativa 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
 
 
DECISÃO NORMATIVA CAT Nº 4, DE 29 DE DEZEMBRO de 2003 
 
ICMS - Industrialização por conta de terceiro - 
Retorno da mercadoria ao estabelecimento 
autor da encomenda - Tratamento tributário e 
emissão da Nota Fiscal 
 
O COORDENADOR DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA, tendo 
em vista o disposto no artigo 522 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo 
Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, 
Decide: 
1. Fica aprovada a resposta dada pela Consultoria Tributária, em 13 
de novembro de 2003, à Consulta nº 541/03, cujo texto é reproduzido em 
anexo a esta decisão. 
2. Conseqüentemente, com fundamento no inciso II do artigo 521 do 
Regulamento do ICMS, ficam reformadas todas as demais respostas dadas pela 
Consultoria Tributária e que, versando sobre a mesma matéria, concluíram de 
modo diverso. 
3. Esta decisão produzirá efeitos a partir de sua publicação. 
 
"1. A Consulente informa que empresas estabelecidas neste e em outros 
Estados recebem tambores como embalagens na aquisição de suas matérias-
primas e os reutilizam na embalagem de seus produtos. 
2. Menciona que, em virtude de diversos tipos de defeitos nesses tambores 
(amassados, furados, pintura prejudicada, sujos e outros problemas) essas 
empresas os remetem
(à Consulente) para recuperá-los (lavar, soldar, pintar, 
trocar a tampa, deixando-os prontos para reutilização). 
3. Posto isso, indaga: 
3.1. se a citada recuperação de tambores se enquadra como prestação de 
serviço, de acordo com a Lei Complementar n° 116/03, item 14.05, ou é um 
beneficiamento sujeito às normas do RICMS/00; 
3.2. qual é o procedimento que deve adotar quando devolve e cobra o serviço 
realizado para firmas estabelecidas dentro e fora do Estado; 
3.3. se pode destacar um valor global de ICMS quando emite a Nota Fiscal 
relativa aos materiais utilizados e cobrados no conserto, pois encontra 
dificuldade em quantificar o material gasto no conserto (soldas, pinturas, tiras 
de chapas). 
4. Para a resposta, partiremos do pressuposto que os citados tambores, após o 
recondicionamento efetuado pela Consulente, retornam ao estabelecimento do 
seu cliente, autor da encomenda, que os utilizará como embalagem definitiva 
dos produtos que comercializa, ou seja, o tambor recondicionado acondicionará 
o produto vendido pelo seu cliente, não mais retornando ao estabelecimento 
deste, passando a ser de propriedade do adquirente. 
5. O recondicionamento de embalagem, efetuado pela Consulente, não se 
insere no campo de incidência do ISS (subitem 14.05 da Lista de Serviços 
anexa à Lei Complementar n° 116/03) porque ainda não se completou o ciclo 
de circulação da mercadoria (tambor), ou seja, a Consulente não presta um 
serviço constante na citada Lista para usuário final e sim realiza industrialização 
 46 
por conta de terceiro, na previsão da alínea e do inciso I do artigo 4° do 
RICMS/00 e nos artigos 402 e seguintes desse regulamento, estes, tendo como 
regra matriz o Convênio AE-15/74, com a alteração dos Convênios ICM-35/82 e 
ICMS-34/90, e os artigos 42 e 43 do Convênio Sinief de 15/12/70. 
6. Desse modo, a Consulente, de acordo com a alínea b do inciso I do artigo 
404 do RICMS/00, combinado com o inciso IV do artigo 127 desse regulamento, 
e observada a Decisão Normativa CAT-2/03, deve emitir Nota Fiscal 
discriminando, individualizadamente, as mercadorias empregadas na 
industrialização por conta de terceiro. 
7. Localizando-se neste Estado o autor da encomenda que não se enquadre nas 
hipóteses do parágrafo único do artigo 403 do RICMS/00, é aplicável o 
diferimento do ICMS relativamente ao valor acrescido correspondente aos 
serviços prestados (artigo 403 desse regulamento). Estando estabelecido em 
outro Estado, a tributação é sobre o valor total cobrado." 
 
São Paulo, 23 de dezembro de 2003. 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Coordenador da Administração Tributária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
f) Comunicado 
Ato usado para transmitir breve informação, interna e externa, de caráter geral. O 
comunicado tanto pode ter natureza normativa quanto informativa. Difere do aviso e da 
ordem de serviço, respectivamente, por ser expedido por autoridades competentes 
específicas e ser destinado a um público mais amplo. 
Competência: Coordenadores, Presidentes da Jucesp e da SPPREV e Diretores de 
departamento. 
Estrutura: devem ser consultadas as orientações dispostas em composição e formatação 
de atos normativos articulados (p. 33), considerando adaptações em: 
- Preâmbulo: A composição do preâmbulo deve apresentar o cargo da autoridade (sem 
citar o nome), seguido dos dispositivos legais (se for o caso) e da expressão de 
comando, que deve variar de acordo com a finalidade do comunicado (“Comunica:”, 
“Esclarece que:”). 
- Texto: para articulação, deve ser utilizada a numeração progressiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 48 
Exemplo de Comunicado 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
 
COMUNICADO CAT Nº 46, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007 
 
 
Esclarece sobre a emissão de Nota Fiscal de 
Venda a Consumidor em substituição ao Cupom 
Fiscal na situação que especifica 
 
O COORDENADOR DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA, 
considerando o disposto nos artigos 132-A e 135, § 6° do Regulamento do 
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 
2000, esclarece que: 
1. na eventual impossibilidade de uso do Equipamento Emissor de 
Cupom Fiscal - ECF para emitir Cupom Fiscal que contenha o número de 
inscrição do consumidor no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro 
Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ, quando assim solicitado, o contribuinte 
deverá emitir a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, em substituição 
ao Cupom Fiscal; 
2. a Nota Fiscal de Venda a Consumidor a que se refere o item 1 
poderá ser emitida mediante utilização de impressos fiscais ou por meio 
eletrônico (NFVC on line), conforme previsto nos artigos 132-A e 133 do RICMS, 
devendo ser registrada eletronicamente na Secretaria da Fazenda, nos termos 
da Portaria CAT-85/07, de 4 de setembro de 2007, quando exigido pela 
legislação. 
 
 
São Paulo, 28 de setembro de 2007. 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Coordenador da Administração Tributária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
g) Deliberação 
Ato que tem como finalidade decidir, impor ordem ou estabelecer uma medida. Também 
destinada ao público em geral, a deliberação é semelhante à resolução, tanto no que diz 
respeito à estrutura quanto ao conteúdo. A diferença entre ambas está na autoridade 
competente que expede a deliberação, emanada de órgão colegiado (conselho 
administrativo ou deliberativo), no qual o poder de decisão é igualitário entre seus 
componentes, não centralizado numa só pessoa. 
Competência: Órgão colegiado. 
Fundamento legal da competência: Lei 10.177/98 (art.12, I, c). 
Estrutura: devem ser consultadas as orientações dispostas em Composição e formatação 
de atos normativos articulados (p. 33), considerando adaptações em: 
- Preâmbulo: como não há autoridade hierárquica em órgão colegiado, a composição 
do preâmbulo deve apresentar o nome por extenso do órgão colegiado, seguido de 
sigla (se for o caso), dos dispositivos legais (se for o caso) que fundamentam a 
instituição e/ou a competência do órgão colegiado e da expressão de comando 
“delibera:”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 50 
Exemplo de Deliberação 
 
DELIBERAÇÃO CODEC Nº 01, DE 21 DE JUNHO DE 2007 
 
Aprova o Manual de Orientação do Conselheiro 
Fiscal, que dispõe sobre procedimentos a serem 
observados pelos conselheiros fiscais 
representantes do Estado em empresas por este 
controladas, direta ou indiretamente, e dá 
outras providências 
 
O CONSELHO DE DEFESA DOS CAPITAIS DO ESTADO - CODEC, 
com fundamento no inciso V, do artigo 6º, do Decreto nº 8.812, de 18 de 
outubro de 1976, delibera o seguinte: 
Artigo 1º - Fica aprovado o Manual de Orientação do Conselheiro 
Fiscal, para nortear os procedimentos dos conselheiros fiscais representantes do 
Estado em empresas por este controladas, direta ou indiretamente. 
Parágrafo único - o Manual de Orientação do Conselheiro Fiscal está 
apresentado em meio impresso e por meio eletrônico, no site da Secretaria da 
Fazenda (http://www.fazenda.sp.gov.br/legislação/codec). 
Artigo 2º - As empresas controladas pelo Estado, direta ou 
indiretamente, devem
convocar os membros dos Conselhos Fiscais para suas 
reuniões com, no mínimo, cinco dias úteis de antecedência, enviando, inclusive, 
a pauta correspondente e a documentação pertinente. 
Parágrafo único - As empresas referidas no caput deste artigo 
devem prestar todo apoio e subsídios necessários aos respectivos conselheiros 
fiscais, para o efetivo desempenho das funções de controle e fiscalização. 
Artigo 3º - a qualquer tempo, os conselheiros fiscais devem 
comunicar aos órgãos competentes, especialmente ao Codec, eventuais 
irregularidades que vierem a constatar, sugerindo procedimentos úteis à 
proteção dos interesses da empresa. 
Artigo 4º - Os conselheiros fiscais devem encaminhar ao Codec 
relatórios trimestrais e anuais, elaborados pelo conjunto do colegiado ou 
individualmente, em conformidade com as pautas de verificação constantes do 
Anexo I do Manual de Orientação ora aprovado, e com outras considerações 
julgadas pertinentes. 
§ 1º - Os relatórios trimestrais devem ser enviados até o segundo 
mês do trimestre subseqüente, considerando-se, para início, o trimestre de 
julho-agosto-setembro/2007. 
§ 2º - Os relatórios anuais, relativos ao encerramento do exercício 
fiscal, devem ser enviados em até 15 (quinze) dias após a aprovação do 
Balanço pelo Conselho Fiscal. 
§ 3º - a apresentação dos relatórios anuais dispensará o relatório do 
último trimestre do ano. 
Artigo 5º - Esta deliberação entrará em vigor na data de sua 
publicação, ficando revogadas as Deliberações Codec nº 1, de 11 de maio de 
1995, e a de 18 de setembro de 1998. 
 
São Paulo, XX de junho de 2007. 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Presidente do Codec 
 51 
2.4 Atos processuais 
2.4.1 Considerações gerais 
Atos processuais fazem parte de processos, administrativos ou judiciais, constituindo-se 
em peças processuais. Entenda-se processo como “conjunto de atos necessários e que 
devem ser praticados numa ordem preestabelecida, para esclarecimento da controvérsia e 
para obtenção de uma solução jurisdicional para o caso.” (DINIZ, 1998, p. 761) 
As peças processuais são documentos apresentados de forma seqüencial, com origem em 
unidades distintas, eventualmente em órgãos diversos, e são assinados por servidores de 
níveis hierárquicos diferentes. O elemento comum que reúne as várias peças processuais 
num só processo é o objeto ou assunto. 
Por não serem documentos independentes, ou seja, somente apresentam sentido no 
contexto de um processo, nos atos processuais, após o cabeçalho apresentando a 
organização administrativa da Sefaz, devem constar dados do processo (ver Cabeçalhos, 
Modelo 3 e 4, pp. 22 e 23). 
Todos os atos processuais devem ser iniciados com referência ao expediente que o 
motivou e finalizados com expressão de encaminhamento à próxima unidade que deverá 
responder ao processo. Também deve ser indicada a sigla da próxima unidade a ter de 
responder ao processo (ver Indicação de encaminhamento, p. 28). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52 
2.4.2 Formas de atos processuais 
 
a) Despacho 
Ato expedido por autoridade acerca de assunto submetido a sua apreciação. Destinado ao 
interessado e às outras unidades da administração pública, o despacho é usado para 
proferir uma decisão, uma ordenação ou sugerir o prosseguimento de um 
processo/expediente. 
Competência: Secretário da Fazenda, Secretário adjunto, Chefe de gabinete, 
Coordenador, Presidentes da Jucesp e da SPPREV, Diretor de departamento, Delegado, 
Diretor de divisão, Inspetor, Diretor de serviço, Chefe de Posto Fiscal e secretário de 
órgão colegiado. 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 3, p. 22) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Texto: no desenvolvimento do texto deve haver referência aos documentos 
administrativos que foram apreciados para expedição do despacho, seguida da 
referência do assunto tratado e da decisão ou encaminhamento da autoridade. 
- Fecho: (ver p. 26) 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 53 
Exemplo de Despacho 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
DEPARTAMENTO DE DESPESA DE PESSOAL DO ESTADO 
DIVISÃO DE INFORMAÇÃO AO PODER JUDICIÁRIO – DIJ-02 
 
Interessado: Fulana de tal 
Assunto: obrigação de fazer 
Do: Processo 0000/000 
Proc.:00000/0000 
Fls.: 
Rubrica: .............. 
 
 
DESPACHO Nº00/DIJ-02 
 
 Encaminhe-se à DSD-0, para que seja declarado em apostila o direito 
dos autores aposentados anteriormente a 00/00/00, pertencentes a essa 
Divisão, em face do recálculo da vantagem da sexta-parte sobre todas as 
parcelas que compõem os vencimentos/proventos integrais, inclusive sobre as 
gratificações sobre as quais não recai a devida incidência, nos termos do 
artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 00/00/00. 
2. Observar fórmula de cálculo de fls. 00. 
3. Salientamos que deverá ser processada a implantação do código V/D 
08.051 - Sexta parte sobre vencimentos/proventos integrais - Ação judicial 
por parte da Fazenda Estadual. 
4. Solicitamos o retorno do presente até o dia 00/00/0000, com cópias 
das informações. 
 Encaminhe-se à DSD para que se digne cumprir a obrigação de fazer. 
 
 
São Paulo, 00 de XXXX de 0000. 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor da DIJ-02 
 
 
DSD 
 
 
 
/LMS 
 
 
 
 
 
 
 54 
b) Informação 
Documento em que o servidor subordinado, atendendo à solicitação de alguma 
autoridade, presta esclarecimentos e elucida algum ponto impreciso sobre uma situação. 
Assim como o despacho, o documento Informação também é destinado ao interessado e 
às outras unidades da administração pública. 
Na Sefaz, é comum as respostas aos processos serem genericamente chamadas de 
Informação. No entanto, a maior parte dos atos processuais com essa denominação tem 
forma já consagrada. Contudo, deve ser considerado Informação apenas o documento que 
já não for caracterizado como parecer, relatório ou despacho e que for pertinente ao 
conceito apresentado neste manual. 
Competência: Todos os servidores. 
Estrutura: (ver Despacho, p. 52) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 55 
Exemplo de Informação 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
NÚCLEO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO 
 
Interessado: Núcleo de Correspondência 
Assunto: Renovação de assinatura do Valor Econômico 
Do: Processo SF 0000/000 
Proc.:00000/0000 
Fls.: 
Rubrica: .............. 
 
INFORMAÇÃO Nº 00/NDI 
 
 Conforme solicitado na fl. 00, manifestamos a necessidade de renovação 
do periódico supracitado. 
2. Lembramos que o Ofício nº 00/Fazesp, de 00/00/0000, que tratou de 
renovação de assinaturas de periódicos, continha o título desse jornal. 
3. Ainda assim, em observância aos termos do inciso I do art. 1º do 
Decreto 49.142/04, atestamos que essas revistas são necessárias à prestação 
de serviços do NDI, que possibilita acesso democrático a todos os periódicos 
assinados. 
Sobe à Fazesp-G. 
 
São Paulo, 00 de XXXX de 2007. 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor do NDI 
 
Fazesp-G 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 56 
c)
Parecer 
Documento que apresenta análise e/ou interpretação técnica de uma situação proposta 
em processo/expediente. A solução apresentada pelo parecer pode ser favorável ou não, 
mas sempre tem de ser justificada com fundamentação legal e/ou base jurisprudencial. O 
parecer é destinado ao interessado e às outras unidades da administração pública. 
Embora contenha enunciado opinativo, o parecer pode ter existência obrigatória no 
procedimento administrativo e também pode dar ensejo à nulidade do ato final. De 
natureza técnica, o parecer não pode ser contrariado por superior hierárquico, já que não 
prevalece a hierarquia administrativa no campo da técnica (MEIRELLES, 2007, p. 195). 
Competência: Coordenadoria e diretoria de departamento. 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 3, p. 22) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Texto: no desenvolvimento do texto deve haver referência aos documentos 
administrativos que foram apreciados para expedição do parecer, seguida das 
considerações do técnico e de medidas sugeridas. 
- Fecho: (ver p. 26) 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 57 
Exemplo de Parecer 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
COORD. DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E MODERNIZAÇÃO FAZENDÁRIA 
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - DTI 
 
Interessado: Fulano de tal 
Assunto: contração para suporte técnico de software 
Do: Processo XX/X 0000/000 
Proc.:00000/0000 
Fls.: 
Rubrica: .............. 
 
 
PARECER Nº00/DTI 
 
 
 Conforme solicitado na fl. 00, manifestamos parecer sobre a contratação 
de prestação de serviços de suporte técnico do sistema XXXX. 
2. O sistema de controle de acesso às dependências do edifício sede da 
Secretaria da Fazenda é constituído por um grupo de programas e de 
equipamentos que já foram objeto de parecer favorável deste Departamento. 
3. O referido parecer foi emitido na ocasião de aquisição e contratação do 
serviço de implantação do sistema, realizadas no bojo do projeto de 
modernização do PNAFE. 
4. Uma vez que o sistema XXXX está em operação e se adéqua às 
necessidades de controle de acesso ao edifício sede, é fundamental que se 
proceda à contratação do serviço de suporte técnico, compreendendo a 
manutenção dos equipamentos e dos programas que o constituem, para 
garantir o bom funcionamento do sistema. 
5. Diante do exposto e tendo em vista que o sistema XXXX já está 
implantado nesta Secretaria, somos favoráveis ao prosseguimento da presente 
contratação. 
Sobe à CPM-G. 
 
 
São Paulo, 00 de XXXXX de 0000. 
 
 
 
 [espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor do DTI 
 
 
 
 
 
CPM-G 
 
 
 
NRL/ 
 58 
d) Decisão 
Documento que apresenta posicionamento adotado em cada processo submetido à 
apreciação do juiz. A decisão pode ser proferida em forma de voto (p. 65 ). 
 
e) Relatórios 
No contexto da administração pública, relatório é um documento oficial comumente usado 
em duas situações: 
• a autoridade expõe a atividade de uma repartição ou apresenta relato de uma 
situação; 
• o servidor presta conta de seus atos a uma autoridade de nível superior. 
Na Sefaz, estão classificados na primeira categoria os relatórios de relator (julgados do 
TIT); na segunda, os relatórios de auditoria. 
 
e1) Relatório de Auditoria 
Relatório com finalidade de apurar legalidade, legitimidade, formas e resultado de gasto 
público. Destinado à unidade interessada e com caráter essencialmente expositivo, o 
relatório de auditoria deve conter narração descritiva, detalhando atividades ou fatos. 
Deve ser claro, conciso, objetivo e com explicitação de metodologia adotada. 
Competência: Assistente Técnico Fazendário do Departamento de Controle e Avaliação 
(DCA). 
Fundamento legal da competência: Decreto 41.312/96 (art.11). 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 1, p. 22) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Indicação da unidade: nome do departamento ou setor em foi realizada a auditoria, 
alinhado à esquerda. 
- Indicação do órgão: órgão ao qual é subordinado o departamento ou o setor em que 
foi realizada a auditoria, alinhado à esquerda. 
- Indicação do período: início e fim da realização do trabalho, alinhado à esquerda. 
- Texto: 
 59 
- Introdução: tem de apresentar, de forma resumida, a finalidade do documento. A 
introdução pode ser redigida em apenas um parágrafo, apresentando referência 
ao(s) dispositivo(s) legal(is) ou à ordem superior que determinou a execução do 
trabalho e a elaboração do documento, seguida da apresentação do objeto ou 
assunto. 
- Análise: apreciação do objeto, com informações expositivas dos fatos, atos e 
ocorrências. A análise deve ser objetiva e imparcial. O relator deve registrar apenas 
fatos pesquisados em fontes seguras ou dos quais tenha conhecimento direto. Se 
necessário, o relatório poderá ser acompanhado de tabelas, gráficos ou outros 
elementos (no corpo do relatório ou nos anexos) relevantes à compreensão dos 
fatos por parte do destinatário do documento. A análise pode ser desenvolvida em 
vários parágrafos. 
- Recomendações: sugestões de medidas a serem tomadas em decorrência do que 
foi pesquisado, analisado e concluído. Devem ser precisas e relacionadas ao que foi 
discorrido na Análise. 
- Conclusão (se for o caso): constatações deduzidas a partir da cadência lógica do 
desenrolar dos fatos apresentados na Análise. Para não incorrer em divagações 
inconsistentes, as considerações da conclusão não podem ser compostas por 
elucubrações que extrapolem a fundamentação apresentada na Análise. A 
conclusão pode ser apresentada em apenas um parágrafo. 
- Fecho: (ver p. 26) 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
- Visto: (ver p. 27) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 60 
Exemplo de Relatório de Auditoria 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
DEPARTAMENTO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO 
CENTRO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO-1 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE AUDITORIA Nº 00 
 
 
Unidade: Departamento XXXXXXX 
Órgão: Secretaria da Fazenda 
Período de exame: 00/00/0000 a 00/00/0000 
 
 
Em cumprimento às determinações contidas na OS nº 00/2007 – CCA-1 do 
DCA, foi realizada Auditoria na UGE 00000 – Departamento XXXXXXXX, da 
Secretaria da Fazenda, objetivando os: EXAME DOS ADIANTAMENTOS e 
EXAMES DE CONTRATOS. 
 
EXAME DOS ADIANTAMENTOS 
 
 
No exame dos Processos de Prestação de Contas de Adiantamentos, 
relacionadas na Tabela 001, verificou-se que as despesas somente são 
justificadas e autorizadas quando do encerramento dos referidos processos. 
[...] 
Antes de se efetuar despesas o responsável pelo adiantamento já deve ter 
em mãos todas as especificações dos materiais a serem adquiridos, de 
modo que se possibilite a conferência quando de sua compra e entrega, 
além da autorização de quem de direito. 
[...] 
 
Recomendação Nº 001 
EFETUAR DESPESAS SOMENTE APÓS ADEQUADA 
JUSTIFICATIVA E PRÉVIA AUTORIZAÇÃO 
 
Constatou-se que nos Balancetes de Prestação de Contas de Adiantamentos 
não estão relacionados os impostos, referentes aos serviços prestados nas 
Notas Fiscais quitadas, como por exemplo, o INSS, o ISS, o IR etc. 
[...] 
A Unidade deverá rever seus procedimentos quando da elaboração e adoção 
de relatórios, pois eles devem
conter informações suficientes e 
complementares de modo que espelhem a realidade dos fatos, neste caso a 
retenção dos impostos e o pagamento do valor líquido das Notas Fiscais. 
[...] 
 
 
Recomendação Nº 002 
RELACIONAR FIELMENTE TODAS AS DESPESAS PAGAS 
 
 
EXAME DE CONTRATOS 
 
 61 
 
Na conferência da execução do processo 00000-00000/00000, celebrado 
com a empresa XXXXXXXX, constatou-se que o objeto recebido não 
corresponde às especificações solicitadas no orçamento enviado a 
empresas. 
[...] 
Embora a empresa ganhadora tenha apresentado valores menores que a 
concorrência, ela não discriminou os custos unitários de acordo com as 
especificações pedidas podendo demonstrar indícios de favorecimento. 
[...] 
 
Recomendação Nº 003 
JUSTIFICAR O ACEITE DE PRODUTO INFERIOR AO 
SOLICITADO 
 
 
São Paulo, 00 de XXXXXXXX 2008. 
 
 
 
[espaço para assinatura] [espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL FULANO DE TAL 
Auditor do CCA-1 Auditor do CCA-1 
 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor do CCA-1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 62 
e2) Relatório de Juiz 
Documento com a finalidade de relatar um processo administrativo tributário. Destinado 
ao contribuinte e os demais interessados, o relatório de juiz é geralmente composto por 
duas partes principais: o relatório propriamente dito e o voto. 
Competência: Juiz do TIT. 
Fundamento legal da competência: Regimento Interno do TIT (art. 42, I). 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 4, p. 23) 
- Ementa: (ver Modelo 3, p. 25) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Texto: exposição dos fatos, obedecendo à seguinte estrutura seqüencial: 
- Introdução: apresentação, de forma resumida, da peça processual com referência 
ao recorrente, ao recorrido e à motivação da contenda. A introdução pode ser 
redigida em apenas um parágrafo. 
- Desenvolvimento: relato, de forma sucinta e cronológica, dos atos e fatos 
importantes ocorridos desde a abertura do processo. Quando couber, devem ser 
feitas referências às manifestações técnicas relevantes dos partícipes que 
anteriormente responderam ao processo. As referências às folhas anteriores ao 
processo devem ser pontuais, com citação expressa de: a) números de documentos 
(AIIM, parecer); b) número de páginas (fls.); e, se possível, c) parágrafos 
numerados. 
Os parágrafos devem ser numerados para facilitar referência pontual ao 
documento. 
- Fecho: expressão finalizando o relatório. 
- Local e data: identificação do recinto (sala, auditório) em que é realizado o 
julgamento e data por extenso, centralizados. 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
 
 
 
 
 63 
Exemplo de Relatório de Juiz (relatório + voto) 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
TRIBUNAL DE IMPOSTOS E TAXAS 
 
Recorrente: Fazenda Pública Estadual 
Recorrido: XXXXXXXXXXXXXXX 
Relator: Fulano de tal 
Recurso: Especial 
Sustentação oral: Não 
 
Câmara: CCRR 
AIIM: 0000/0000 
Proc.: DRT-XX-XXXX/07 
Fls.: 
Rubrica: ................... 
 
ICMS – importação de bens de ativo por não-
contribuinte, antes da Emenda 33/2001 – Súmula 7 
reconhecendo não-incidência – não-conhecimento do 
apelo fazendário. 
 
 
RELATÓRIO 
 
 Trata-se de Recurso Especial interposto pela Fazenda Pública contra a 
decisão exarada pela C. 2ª Câmara Efetiva (fls. 00) que, em XX de XXXXX de 
XXXX, cancelou a exigência fiscal. 
 
2. O Auto de Infração foi lavrado em XX de XXXXXX de XXXX, acusando a 
empresa, XXXXXXXXXX, de deixar de pagar o ICMS na importação de 
equipamento destinado a uso médico, fatos ocorridos de XXXX/XX a XXXXX/XX. 
 
3. Em seu Recurso Especial (fls. 000 a 000), a Representação Fiscal, na 
pessoa do Senhor XXXXXX, apresenta como paradigmas as decisões referentes 
aos processos DRT-X-XXXX/XX; DRT-X-XXXX/XX; DRT-X-XXXX/XX e DRT-XX-
XXX/XX, entendendo ter ocorrido divergência relativamente ao critério de 
julgamento, em relação à decisão recorrida. Alega a Representação Fiscal que 
as decisões do STF a respeito do assunto não têm efeito erga omnes e que a Lei 
estadual contemplava a incidência em tal hipótese, que, mesmo sendo situação 
de contrato de leasing, não desnatura a incidência, que ocorre no desembaraço. 
 
4. A autuada contra-arrazoa o apelo fazendário (fls. 213 a 223) 
postulando a confirmação da decisão combatida, eis que a questão versada nos 
autos tem cunho eminentemente constitucional, devendo prevalecer a decisão 
do Supremo Tribunal Federal a respeito do assunto. 
 
Eis o relatório. 
 
 
VOTO 
 
 Efetivamente, a Fazenda Pública do Estado de São Paulo traz várias 
decisões paradigmais em que, em sede de recurso ordinário, houve decisão pela 
legitimidade da exigência do ICMS na importação de equipamentos e bens de 
ativo por empresas não-contribuintes do ICMS. 
 
2. Ocorre que, devido à caudalosa jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal em sentido contrário, o que motivou até mesmo a aprovação da 
Emenda Constitucional nº 33/2001, aprovou este Colegiado a edição da Súmula 
7 com o seguinte teor: 
 
 64 
“Súmula 7 – Até a vigência da Emenda Constitucional nº 33/2001, não incide o 
ICMS na importação de bens por pessoa física ou jurídica que não seja 
contribuinte do imposto.” 
 
3. Nesse sentido, como a importação é de 29 de dezembro de 1997, 
anterior à vigência da Emenda 33/2001, ressalvando minha posição pessoal 
sobre o assunto, há que prevalecer a decisão revisanda, que cancelou a 
autuação. 
 
4. Quanto a este recurso especial fazendário, considerando que o artigo 
37 da Lei 10.941/01 exige, para o seu cabimento, que seja o mesmo fundado 
em dissídio de interpretação, e considerando que a edição da Súmula vinculante 
sepulta a divergência interpretativa, voto pelo não conhecimento do apelo 
fazendário. 
 
 
 São Paulo, XX de XXXXXXX de XXXX. 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Juiz Relator 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 65 
f) Voto 
Documento que contém a manifestação de posicionamento do juiz em relação à contenda, 
buscando solucionar o litígio. O voto é destinado ao contribuinte e os demais interessados. 
Competência: Juiz do TIT. 
Fundamento legal da competência: Regimento Interno do TIT (art. 42, II). 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 4, p. 23) 
- Ementa: (ver Modelo 3, p. 25) 
- Identificação do documento: (ver, p. 24) 
- Texto: no voto devem ser analisados e comentados, com fundamentação legal e 
jurisprudencial, os pontos que motivaram o litígio entre a Fazenda Estadual e o 
contribuinte. Na conclusão do voto, deve estar expressa a posição do juiz, favorável ou 
não, ao recurso. 
Os parágrafos devem ser numerados para facilitar referência pontual ao 
documento. 
- Local e data: identificação do recinto (sala, auditório) em que é realizado o 
julgamento e data por extenso, alinhados à direita. 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
Obs.: Quando for antecedido pelo Relatório do Relator, o voto deve estar disposto na 
mesma página em que se encerra o relatório. 
Exemplo: (ver Exemplo de Relatório de Juiz, p. 62) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 66 
2.5 Atos de Comunicação e Documentos Administrativos 
2.5.1 Considerações gerais 
Atos de comunicação têm como finalidade o estabelecimento de comunicação entre
órgãos, entidades e pessoas. Alguns deles podem ter origem na administração pública e 
serem destinados ao setor privado, como é comum no caso do ofício. 
Este manual considera documentos administrativos aqueles que possuem finalidade 
executiva, mas que não são atos normativos nem processuais, tampouco de comunicação, 
tais como os contratos administrativos, convênios e apostilas. 
Como já foi citado a prioridade é o rigor na redação dos textos, considerando os princípios 
fundamentais explicitados no capítulo 1 deste manual, e também na padronização dos 
elementos constitutivos. No entanto, o ofício e o memorando deverão ser elaborados de 
acordo com a formatação que se segue. 
 
Diagramação padrão ofício 
 
- Margem esquerda: 2,5 cm; 
- Margem direita: 1,5 cm; 
- Identificação do documento: horizontalmente, a 2,5 cm do início da margem 
esquerda, e verticalmente a 5,5 cm da borda superior do papel; 
- Local e data: horizontalmente, a 1,5 cm do término da data, devendo coincidir com a 
margem direita; verticalmente, deve estar a 6,5 cm da borda superior do papel; 
- Vocativo: a 10 cm da borda superior do papel; horizontalmente, com avanço de 
parágrafo de 2,5 cm; 
- Avanço de parágrafos: equivalente a 2,5 cm; o texto inicia a 1,5 cm do vocativo; 
- Espaço entre os parágrafos do texto: 1 cm; 
- Fecho: centralizado, a 1 cm do texto; 
- Identificação do signatário: a 2,5 cm do fecho. 
 
 
 
 
 67 
2.5.2 Formas de atos de comunicação e documentos administrativos 
 
a) Apostila 
Ato com a finalidade de reconhecer vantagens pessoais, aditar ou retificar outro ato 
administrativo publicado anteriormente. Destinada ao interessado e às unidades de 
controle cadastral, a apostila é um documento complementar a um ato, confirmando as 
alterações publicadas em atos administrativos anteriores, atualizando-os. 
Usualmente, as apostilas retificam atos ou documentos referentes a: 
a) promoções; 
b) lotação em outro setor; 
c) majoração de vencimentos; 
d) aposentadoria; 
e) alteração de nome civil ou número de documento; e 
f) reversão à atividade. 
A apostila pode retificar tanto um documento administrativo quanto um ato normativo, 
mas a finalidade será sempre a mesma: retificação ou aditamento. 
Competência: Diretores de departamento, de divisão e de serviço. 
Fundamento legal da competência: Para unidades do Departamento de Recursos 
Humanos (DRH): Decreto 52.833/08 (art. 37, I, a). Para unidades do Departamento de 
Despesa de Pessoal do Estado (DDPE): Decreto 52.613/71 (art. 22, III). 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 1, p. 22) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Dados do interessado: dados que identifiquem o interessado (RG, nome, cargo, UA, 
município...). Esses dados são variáveis de acordo com a motivação da apostila (ver 
exemplos). 
- Texto: quando o documento a ser apostilado for um ato normativo, deve ser feita 
exposição sintética da correção (ou qualquer outro propósito que motive a expedição 
do documento), com referência ao ato originalmente publicado. Visando à preservação 
da data de validade, o texto deve mencionar expressamente número, dia e página do 
DOE em que o ato normativo original foi publicado. 
 68 
- Se a retificação ou o aditamento for feito em documento administrativo, o texto deve 
ser iniciado citando o cargo da autoridade competente seguido do fundamento legal 
que ampara o ato. Após, deve ser feita a exposição sintética da correção ou do 
aditamento e as razões que o motivaram. 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
Obs.: As apostilas do DRH obedecem a modelos padronizados (ver Modelo de formulário, 
p. 69 e 70). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 69 
Modelo de Formulário de Apostila referente à promoção por merecimento 
 
 
 DSD SD 
 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
DIVISÃO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE BAURU – DRA/6 
NÚCLEO DE RECURSOS HUMANOS 
 
 
 
 
 APOSTILA NRH/DRA-6 
 
 
 RG: RS/PV/EX: 
 NOME: 
 
 
CARGO/FUNÇÃO-ATIVIDADE: 
 
 SUBQUADRO: NÍVEL: JORNADA: 
 CÓDIGO UA: UA: MUNICÍPIO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Diretora do Núcleo de Recursos Humanos da Divisão Regional de Administração de Bauru – DRA/6, 
face ao disposto na alínea “a”, inciso I, artigo 37 do Decreto nº 52.833, de 24 de março de 2008, 
expede a presente apostila para declarar que, por Resolução SF XX, de XX, de XXXXXX de XXXX, 
publicada no Diário Oficial do Estado de XX de XXXXXXX de XXXX, o (a) servidor (a) acima fica 
promovido (a) por merecimento, a partir de XX de XXXXXXX de XXXX, para o Nível XX, com 
fundamento nos artigos 20 e 24 da Lei Complementar nº 567, de 20 de julho de 1988, observadas as 
disposições dos Decretos nº 30.671, de 07 de novembro de 1989 e nº 43.062, de 28 de abril de 1998. 
 
 
USO DA UNIDADE 
 
 NRH/DRA-6, XX, de XXXXXXXX de XXXX. 
 
 
 
 
................................................................... 
FULANO DE TAL 
Diretora do Núcleo de Recursos Humanos 
 
 Publicada no DOE de ......../......../........ 
 
USO DO DDPE 
 
 Averbado em ......../......../........ 
 ......................................................................... 
 SD ....../......./....... Assinatura do Responsável 
 
 
 70 
Modelo de Formulário de Apostila referente à alteração de documento 
 
 DSD 
 
 SD 
 
 APOSTILA DE REGISTRO GERAL 
 
DATA DE PUBLIC. ATO OFICIAL 
Em 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS 
DIVISÃO DE CADASTRO E REGISTRO DE PESSOAL 
 
Ret 
 
A DIRETORA DA DIVISÃO DE CADASTRO E REGISTRO DE PESSOAL, 
no uso da competência que lhe confere a alínea “a”, inciso I, artigo 37 do Decreto nº 52.833, de 24 de 
março de 2008, expede a presente apostila, para declarar que o número do Registro Geral do servidor 
teve a alteração abaixo indicada: 
 
IDENTIFICAÇÃO 
 
RG ANTERIOR UF RG APOSTILADO UF 
 
 NOME MOTIVO: 2ª VIA 
 
 
CARGO 
 
 EV: 
 
 
REFERÊNCIA GRAU SUBQ 
 
 
CÓDIGO UA UNID. ADMINIST. MUNICÍPIO 
 
 
USO DA UNIDADE 
 
 
 
Divisão de Cadastro e Registro de Pessoal, XX, de XXXXXX de XXXX. 
 
 
 
 
 
 
 
................................................................................... 
 
 
 
FULANO DE TAL 
Diretora da DCRP 
 
 
USO DO DDPE 
 
Averbado em : ......../........../.......... 
 
 
 
 
............................................................................... 
 
 ASSINATURA DO 
RESPONSÁVEL 
 
 
 
 71 
 
b) Ata 
Ato com finalidade de registrar, de forma resumida, as ocorrências de uma reunião ou de 
um evento. Embora com representação sucinta, os relatos dos fatos transcritos numa ata 
devem apresentar o máximo de fidelidade e precisão. A ata é destinada
aos participantes 
da reunião e aos demais interessados. 
Tradicionalmente, para impedir que sejam acrescentadas modificações posteriores, as 
atas são escritas em linhas corridas, sem rasuras, emendas, entrelinhas ou entradas de 
parágrafos e com numerais grafados por extenso. As atas são assinadas por todos os 
participantes da reunião ou do evento, constituindo-se em documento com valor histórico. 
Atualmente, numa realidade contemporânea pautada pela velocidade de transmissão do 
fluxo informacional, o processo de elaboração das atas em muitos casos foi alterado, 
modificando também o caráter do documento. Hoje, é comum que as atas sejam 
transmitidas por correio eletrônico, sem assinatura, apresentando apenas o relato do 
conteúdo das reuniões ou dos eventos. Dessa forma, a ata não tem valor documental. 
Competência: Secretário da reunião. 
Estrutura: (ver Modelo de Formulário de Ata, p. 72) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 72 
Modelo de Formulário Ata2 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização - PED 
Ata da Centésima Nonagésima Quarta Reunião do Conselho Diretor do 
Programa Estadual de Desestatização 
1. Informações gerais 
Data: 15/02/2008 Horário: 18h30 Local: Salão dos Conselhos – Palácio dos Bandeirantes 
Participantes: 
Como Presidente o Senhor Vice-Governador e Secretário do Desenvolvimento, Sr. XXXXXXXX; 
como Vice-Presidente o Senhor Secretário de Economia e Planejamento, Sr. XXXXXXXX, e como 
demais membros deste Conselho os Senhores: Sr. XXXXXXXX, Secretário Chefe da Casa Civil; Sr. 
XXXXXXXX, Procurador Geral do Estado; Sr. XXXXXXXX, Secretário da Fazenda; Sr. XXXXXXXX, 
Secretário da Justiça e Defesa da Cidadania; Sra. XXXXXXXX, Secretária de Saneamento e Energia 
e o Sr. XXXXXXXXX, Secretário da Justiça e Defesa da Cidadania; Sr. XXXXXXXX, Secretário 
Adjunto da Fazenda; Sr. XXXXXXXX, Companhia Paulista de Parcerias; [...] 
 
2. Objetivo da reunião 
Deliberação acerca de recomendações a serem submetidas à aprovação de Sua Exa. o Sr. 
Governador do Estado de São Paulo 
 
3. Pendências (reuniões anteriores) 
- 
- 
- 
4. Pauta 
4.1 Apreciação dos pontos relativos ao edital de desestatização da Cesp: 
a) número de ações que serão alienadas; 
b) condições de pagamento; 
c) garantias a serem exigidas do adquirente; 
d) modalidade de alienação das ações da Cesp; 
e) procedimento a ser adotado para aplicação da Lei Estadual nº 4.819, de 26 de agosto de 1958. 
4.2 Apreciação de outros pontos relacionados à desestatização da Cesp: 
a) venda das ações detidas pela Cesp no capital social da Empresa Metropolitana de Águas e 
Energia S.A. (EMAE) para o Estado de São Paulo; 
b) guarda e o armazenamento dos documentos disponibilizados aos interessados credenciados na 
sala de informações (data room) da Cesp. 
 
5. Decisões: 
Item Decisão Quem Quando 
4.1. Recomendações, por decisão unânime, a Sua Exa. o Sr. 
Governador a aprovação: 
 
a) da alienação de (1) 85.893.192 ações ordinárias [...]; 
(2) 180 ações ordinárias nominativas de propriedade da 
Dersa Desenvolvimento Rodoviário S.ª; (3) 6.690 ações 
ordinárias nominativas de propriedade da Sabesp [...] 
 
 
2 Modelo, sem valor documental, sugerido para síntese de reuniões administrativas. 
 
 73 
b) do pagamento à vista, exclusivamente em moeda 
nacional, do prelo final do leilão [...] 
 
c) da apresentação, do adquirente das Ações Ofertadas, de 
garantia equivalente a trinta por cento[...] 
 
d) da alienação das Ações Ofertadas, em bloco único, por 
meio de leilão público especial [...] 
 
e) da realização, pelo Estado, de repasses financeiros à 
Cesp ou à Fundação Cesp [...] 
 
4.2 [...] 
a) 
Fonte: (BRASIL, 2007, p.28) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 74 
c) Atestado 
Documento com finalidade de comprovar fato, direito ou de discorrer sobre uma situação 
de conhecimento da administração pública. O atestado difere da certidão por ter natureza 
declaratória, já que afirma alguma ocorrência sobre a qual não consta registro, em caráter 
permanente, em poder de estado. 
Competência: Coordenador, Diretor de departamento, Delegado, Diretor de divisão, 
Inspetor, Diretor de serviço, Chefe de Posto Fiscal e secretário de órgão colegiado. 
Obs.: Atestados relativos a contratos administrativos só podem ser emitidos por diretor 
de departamento e de divisão. 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 1, p. 22) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Texto: exposição clara do que está sendo afirmado, com dados que identificam o 
interessado (nome, RG, cargo/função-atividade, RS/PV/EX) e, quando for o caso, 
dados que identifiquem a unidade (Código de UA, UA, Município, mês e ano de 
referência). O atestado é comumente elaborado num único parágrafo; se houver mais 
de um, todos devem ser numerados para facilitar referência pontual ao documento. 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
Obs.: Os atestados do Departamento de Recursos Humanos obedecem a padronizados 
(ver Modelo de formulário, p. 75). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 75 
Modelo de Formulário Atestado de Freqüência 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO 
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS 
 
ATESTADO DE FREQÜÊNCIA 
 
Identificação da Unidade 
Cód. UA / Denominação: 
Município: Mês/Ano/Ref: UCD: 
 
Identificação do servidor 
RG: RS/PV/EX: 
Nome: 
Cargo/Função: 
 
Dados para pagamento / reposição 
 Período: De até Qtde dias 
Férias 
Júri e outros serviços obrigatórios por leis 
Gala 
Nojo 
Abonadas 
Retiradas/Entradas tarde/ IAMSPE 
 
Gestante art. 198 
Prêmio 
Saúde arts. 191/193 – item 
Saúde de pessoa da família art.199 
L
IC
E
N
Ç
A
S
 
 
Justificada 
A
F
A
S
T
A
M
E
N
T
O
S
 
 
FALTAS 
Injustificada 
 
Auxílio transporte – Quantidade de dias: 
 
Observações: 
 
 
Assumo plena responsabilidade pela veracidade das informações 
 
Local: 
Data: 
Preenchido por: Assinatura e carimbo do responsável 
 76 
d) Certidão 
Documento com transcrição de fato ou ato administrativo que se encontra em 
registros/cadastros da administração pública. A certidão é um documento revestido de 
formalidades legais que deve ser fornecido por autoridade competente a pedido do 
solicitante, que solicita ao poder público a comprovação da existência ou inexistência de 
documento público que certifique sua conduta. A certidão difere do atestado por referir-se 
a situação de natureza permanente (como a certidão de nascimento) e por referir-se 
apenas a documento que se encontra em poder da administração. Quando autenticada, a 
certidão tem força probatória de documento original. 
Competência: Diretor de departamento, Delegado, Diretor de divisão, Inspetor, Diretor 
de serviço, Chefe de Posto Fiscal e secretário de órgão colegiado. 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 2, p. 22) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Texto: se possível, num só parágrafo devem constar: a)
referência ao documento que 
determinou a expedição da certidão; b) quando for o caso, menção ao documento ou 
livro de que foi extraída a informação para elaborar a certidão; c) transcrição do 
documento original ou resumo descritivo do que foi encontrado; e d) termo de 
encerramento (“por ser verdade, firmo a presente certidão”; “Nada mais havendo...”; 
“O referido é verdade e dou fé”). 
Para evitar adulteração do texto, a certidão deve ser escrita em linhas corridas, sem 
rasuras, emendas, entrelinhas ou entradas de parágrafos e com numerais grafados por 
extenso. Em caso de erro, deve ser utilizado “digo”, seguido da palavra ou frase 
correta. As omissões podem ser acrescentadas no final do texto, sendo iniciadas por: 
“Em tempo”. 
- Local e data: ver formatação na p. 26, mas desconsiderar o alinhamento, que deve 
ser incorporado ao texto da certidão. 
- Identificação do escrevente/digitador: dados do digitador (rubrica e nome). Esses 
dados devem ser incorporados ao texto da certidão. 
- Visto: (ver p. 27) 
 
 
 
 77 
Exemplo de Certidão 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
DIVISÃO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE CAMPINAS – DRA/4 
NÚCLEO DE RECURSOS HUMANOS 
Avenida Rangel Pestana, 300 - 00000-000 - São Paulo – SP 
Tel.: (11) 0000-0000 - Fax: (11) 0000-0000 
 
 
CERTIDÃO Nº 000/2008 
 
 
Certificamos, atendendo à solicitação, e à vista de nossos 
assentamentos que Fulano de Tal, RG 0.000.000, CPF 000.000.000-00, com 
ingresso no serviço público em 00 de xxxxx de XXXX, nomeado, conforme 
Decreto publicado no Diário Oficial de XX de xxxxxxx de XXXX, nos termos do 
artigo 20, inciso II da Lei Complementar nº 180/1978, para ocupar nesta 
Secretaria, o cargo de Escriturário, padrão 8-A da EV-1, Tabela I, da Lei 
Complementar nº 247/81 alterada pela Lei Complementar nº 275/82, criado 
pelo Decreto-Lei nº 212/70, com posse em 28 de fevereiro e exercício em 03 de 
março de 1983. Cargo transposto para Auxiliar Administrativo Tributário, 
conforme Decreto de 27, publicado no Diário Oficial de 28 de junho de 1989, 
enquadrado Técnico de Apoio à Arrecadação Tributária, Referência 2 Grau E, a 
partir de 1º de junho de 1992, em conformidade com o artigo 43 da Lei 
Complementar 700/92, classificado no Posto Fiscal xxxxxxx, e em exercício no 
xxxxxxxxxxxxxxxxx, tendo registrado, aproximadamente, no período de XX de 
xxxxxxxxxxxx de XXXX a XX de xxxxxxxxx de XXXX (xxxxxxxxxxxxxxxx), 
XX.XXX dias, ou seja, XX (xxxxxx) anos e XX (xxxx) dias. Certificamos, ainda, 
que não constam elogios e nem processo administrativo a seu respeito. 
<Unidade emitente>, XX de xxxxx de XXXX. Eu, ___________ Sicrano de Tal, 
<cargo/função>, certifiquei e digitei. Eu, _____________ Beltrano de Tal, 
Diretora de Serviço da Fazenda Estadual, conferi. Eu, _______________ Fulana 
de Tal, Diretora de Divisão da Fazenda Estadual, 
confirmo.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.xx.x.x.x.x.x.x.x.x.x. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 78 
e) Certificado 
Assim como a certidão, o certificado também é um documento que certifica a existência 
de um fato de que se é testemunha. No entanto, o certificado difere da certidão por ter 
qualidade de documento autêntico. 
Muitas vezes, certificado e atestado são utilizados indistintamente por terem a mesma 
finalidade: afirmar a existência de um fato. No entanto, embora com a mesma função, o 
certificado deve ser expedido por autoridade competente. 
Outra forma de distinção entre atestado e certificado pode ser encontrada nos usos e 
costumes. Na conclusão de cursos e para atestar participação de eventos é mais comum a 
emissão de certificado, geralmente grafado em papel especial, formatado no sentido 
paisagem. Nessa situação, o certificado é semelhante ao diploma, porque declara a 
qualidade de dignidade conferida a uma pessoa. 
Competência: Diretor de departamento, delegado, diretor de divisão, inspetor, diretor de 
serviço e chefe de Posto Fiscal. 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 2, p. 22) 
Obs.: Quando emitido à semelhança de diploma, o certificado não deve apresentar a 
organização administrativa da Sefaz. Basta que esteja expresso(s) o(s) 
departamento(s) que expede(m) o documento. O uso de logotipo é facultativo. 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Texto: exposição clara do que está sendo afirmado, com nome do interessado e dados 
que o identificam, se for o caso. O certificado deve ser elaborado num único parágrafo. 
Obs.: Nos certificados que atestam participação em evento ou curso, devem estar 
expressos no corpo do texto os dados sobre o evento: nome, período em que foi 
realizado e carga horária. Deve ser dado destaque (caixa alta, negrito, itálico) para o 
nome do participante e o nome do evento. 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27). Quando se tratar de certificação de 
participação em evento ou curso, não há rigidez quanto ao alinhamento. 
 
 
 
 
 
 79 
 
Exemplo de Certificado de participação em evento ou curso 
 
 Escola Fazendária do Estado de São Paulo 
 
CERTIFICADO 
 
Certificamos que o sr. Fulano de tal, RG XX.XXX.XXX-X concluiu o curso de 
Desenvolvimento de Competências promovido pela Escola Fazendária do 
Estado de São Paulo – Fazesp, no período de 13/02/2006 a 10/04/2006, com 
carga horária de 64 horas. 
 
São Paulo, 19, de abril de 2006. 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor da Fazesp 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 80 
f) Contrato Administrativo 
Documento que formaliza um acordo de vontades firmado entre a administração pública e 
o setor privado, ou entre órgãos da administração pública, para execução de obra, 
prestação de serviço ou outros objetivos de interesse público. O termo de contrato é 
indispensável em casos de compra com entrega futura, inclusive assistência técnica. O 
contrato administrativo é destinado às partes envolvidas. 
Para ter validade, o contrato administrativo deve ser celebrado de modo claro e preciso, 
obedecendo aos seguintes critérios: 
a) ser assinado por autoridade competente para empenhar despesa; 
b) dispor sobre execução de serviços autorizados em lei; 
c) citar ato normativo que o autoriza; 
d) indicar minuciosamente serviços a serem realizados e seus respectivos preços; 
e) estar em conformidade com as propostas proferidas nas concorrências; 
f) ser lavrado em repartições às quais interesse o serviço acordado; 
g) respeitar as disposições de direito comum. 
Competência: Diretor de departamento, delegado, diretor de divisão, inspetor, diretor de 
serviço e chefe de Posto Fiscal. 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 3, p. 22). Embora o contrato seja um documento 
administrativo, deve ser usado o cabeçalho para atos processuais, porque um contrato 
administrativo sempre gera um processo. 
- Identificação do documento: (ver p. 24). O documento deve ser denominado 
Termo de contrato, não somente Contrato. 
- Ementa: indicação dos partícipes e resumo do objeto. 
Obs.: É o estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Fazenda e, mais 
especificamente, seus departamentos, que celebra o termo de contrato. 
- Preâmbulo: parágrafo em que são dispostos dados sobre os partícipes e a 
fundamentação legal do ato. Os dados devem ser apresentados na seguinte ordem: a) 
data inteiramente por extenso, sem
grafia de números arábicos ou romanos; b) sede e 
endereço do contratante, por extenso; c) qualificação jurídica do contratante; d) 
apresentação do contratante; e) apresentação do representante legal do contratante 
(nome, cargo ou função); f) ato normativo que atribui competência ao representante; 
 81 
g) apresentação da contratada; h) endereço da contratada; i) qualificação jurídica da 
contratada; j) apresentação do representante legal da contratada (nome, RG e CPF); 
k) referência a testemunhas; l) identificação de características específicas ao contrato, 
se for o caso, com respectivo fundamento legal; m) referência ao objeto; n) 
fundamentação legal que ampara o instrumento contratual (tanto a dos âmbitos 
federal, estadual e local quanto os atos normativos da Sefaz); o) referência às 
cláusulas contratuais. 
Obs.: Apresentados os partícipes no preâmbulo, estes serão denominados 
Contratante (o estado) e Contratada (a entidade) em todo o restante do termo de 
contrato. 
- Texto: articulado por cláusulas que atendam às peculiaridades da matéria. Segundo o 
art. 55 da Lei Federal 8.666, de 21 de junho de 1993, o contrato administrativo deve, 
necessariamente, conter as seguintes cláusulas: 
- objeto e suas características; 
- regime de execução ou a forma de fornecimento; 
- preço e condições de pagamento (critérios, data-base, periodicidade do reajuste 
dos valores, atualização monetária); 
- prazos (início da execução, conclusão e entrega); 
- crédito pelo qual ocorrerá a despesa, com indicação da classificação funcional 
programática e da categoria econômica; 
- garantias oferecidas; 
- direitos e responsabilidades das partes, penalidades cabíveis e valores das 
multas; 
- casos de rescisão; 
- reconhecimento dos direitos da administração pública em caso de rescisão por 
inexecução total ou parcial; 
- condições de importação (data, taxa de câmbio), quando for o caso; 
- vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou não a exigiu, ao 
convite e à proposta do licitante vencedor; 
- legislação aplicável à execução do contrato; 
- obrigação do contratado em manter, durante toda a execução do contrato, 
compatibilidade com as obrigações por ele assumidas. 
 82 
Obs.: Todas as cláusulas contratuais devem ser redigidas com clareza e precisão, 
principalmente as que dispuserem sobre definição do objeto, direitos e 
responsabilidades. Essas cláusulas devem ser bem explicativas, já que são elas que 
geram obrigação de fazer ou de não fazer, de acordo com as especificidades 
acordadas. 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação dos signatários: identificação e assinatura dos representantes legais 
dos partícipes. 
- Identificação de testemunhas: assinatura, nome e número de RG e CPF de duas 
testemunhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 83 
Exemplo de Contrato Administrativo 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
DEPTO. DE SUPRIMENTOS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
NÚCLEO DE COMPRAS E CONTRATOS 
 
Interessado: Escola Fazendária do Estado de São Paulo 
Assunto: Serviço de suporte técnico de software 
Do: Processo SF 0000/000 
Proc.:00000/0000 
Fls.: 
Rubrica: .............. 
 
TERMO DE CONTRATO 
 
Contrato que entre si celebram o ESTADO DE 
SÃO PAULO, por sua SECRETARIA DA FAZENDA, 
por intermédio da Escola Fazendária do Estado 
de São Paulo - Fazesp e a empresa XXXXX, para 
a contratação de serviços de suporte técnico do 
software XXXXX, instalado na Biblioteca da 
Fazesp. 
 
 
Aos XXXXX dias do mês de XXXX do ano dois mil e XXXX, no 
Palácio Clóvis Ribeiro, sede da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda, 
localizada na Avenida Rangel Pestana nº 300, nesta Capital, inscrita no 
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda sob nº 
X.XXX.XXX/XXXX-XX, compareceram, de um lado, o ESTADO DE SÃO PAULO, 
por sua SECRETARIA DA FAZENDA, por intermédio da Escola Fazendária do 
Estado de São Paulo – Fazesp, de ora em diante denominado CONTRATANTE, 
representado neste ato pelo Senhor(a) XXXXXXX, Diretor do Departamento 
XXXXXXX, no uso da competência prevista no inciso I, art. 14 do Decreto-Lei 
233/70, e, de outro lado, a empresa XXXX, com sede na Rua XXXXXXX, inscrita 
no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda sob nº 
X.XXX.XXX/XXXX-XX, de ora em diante denominada CONTRATADA, 
representada neste ato por sua procuradora, Senhora XXXXXXX, portadora da 
cédula de identidade RG XXXXXXXX e CPF XXXXXXXXX-XX, e por eles mesmos 
foi dito na presença das testemunhas ao final assinadas, que em face da 
inexigibilidade de licitação, com fundamento nos inciso I, artigo 25 da Lei 
Federal 8.666/93, c.c. inciso I do artigo 25 da Lei Estadual 6544/89, e artigos 
72 e 73 do Decreto Estadual 43.473/98, avençam um contrato para os serviços 
de suporte técnico do Software XXXXX, instalado na Biblioteca da Fazesp, pelo 
presente instrumento, sujeitando-se às normas da Lei Federal 8.666/93, 
combinado com a Lei Estadual 6.544/89, inclusive Resolução SF 34/02 e demais 
normas regulamentares aplicáveis à espécie, e às seguintes cláusulas e 
condições que reciprocamente outorgam e aceitam. 
 
 
CLÁUSULA PRIMEIRA 
Do objeto 
 
 1.1 A CONTRATADA se obriga à execução de serviços de suporte 
técnico do software XXXXX, sito na Av. Rangel Pestana nº 300 – 17º andar, São 
Paulo, nesta Capital. Os serviços serão executados em conformidade com o 
estabelecido no Memorial Descritivo - Anexo I, que faz parte integrante deste 
contrato. 
 
CLÁUSULA SEGUNDA 
 84 
Do local e das condições de execução dos serviços 
 
2.1 O objeto deste contrato (Software XXXXX) deverá ser 
executado no Palácio Clóvis Ribeiro, edifício sede da Secretaria da Fazenda, 
situado na Avenida Rangel Pestana nº 300 – 17º andar, Centro – SP, correndo 
por conta da CONTRATADA as despesas de seguros, transporte, tributos, 
encargos trabalhistas e previdenciários decorrentes da execução do objeto deste 
contrato, em conformidade com o estabelecido no MEMORIAL DESCRITIVO - 
Anexo I , que integra este contrato. 
 
[...] 
 
CLÁUSULA QUARTA 
Do valor do contrato 
 
4.1 O valor total do presente contrato é estimado em R$ XXXXX 
(XXXXXXXXX), a ser pago em 12 (doze) parcelas mensais iguais de R$ XXXXX 
(XXXXXXXXX), conforme consta na proposta comercial da CONTRATADA. 
 
 [...] 
4.3 Considerando a vigência do presente contrato a partir de 
XXXXX, correrá a despesa do presente exercício no valor de R$ XXXXXX 
(XXXXXXXXX) em conta do Programa de Trabalho XXXXX, na Unidade de 
Despesa XXXXX, código XXXXXX, Natureza da Despesa 33.90.39, restando para 
exercícios futuros a despesa no valor de R$ XXXXXX (XXXXXXXX), que deverá 
estar consignada nas respectivas Leis Orçamentárias. 
 
CLÁUSULA QUINTA 
Do reajuste 
 
Os serviços de suporte técnico terão seu custo corrigido 
anualmente pelo índice do IGP-M ou por outro que venha oficialmente substituí-
lo. 
 
CLÁUSULA SEXTA 
Da vigência e prorrogações 
 
6.1 O contrato terá vigência de doze meses, contados a partir da 
data da assinatura, podendo ser prorrogado nos termos da legislação vigente. 
 
 
[...] 
CLÁUSULA SÉTIMA 
Do pagamento 
 
7.1 Para efeito de pagamento, a CONTRATADA encaminhará ao 
NCC – NÚCLEO DE COMPRAS E CONTRATOS, na Av. Rangel Pestana nº 300, 6º 
andar, São Paulo, Capital, no prazo de trinta dias, após cada período mensal de 
prestação dos serviços, a respectiva nota fiscal/fatura no período a que o 
pagamento se
referir. 
 
[...] 
CLÁUSULA OITAVA 
Das obrigações e responsabilidades da contratada 
 
À CONTRATADA, além das obrigações constantes no Memorial Descritivo – 
Anexo I, daquelas estabelecidas em cláusulas próprias deste instrumento e 
daquelas estabelecidas em lei, em especial as definidas nos diplomas federal e 
estadual sobre licitações, cabe: 
 
 85 
[...] 
 
CLÁUSULA NONA 
Obrigações do contratante 
Para a execução dos serviços objeto do presente contrato, o CONTRATANTE 
obriga-se a: 
 
9.1 Indicar formalmente o gestor e/ou o fiscal para 
acompanhamento da execução contratual. 
 
[...] 
 
CLÁUSULA DÉCIMA 
Das condições de recebimento do objeto 
 
10.1 O objeto do presente contrato, em cada uma de suas 
parcelas mensais, será recebido provisoriamente, em até cinco dias úteis, 
contados da data de recepção pelo NÚCLEO DE COMPRAS E CONTRATOS da 
nota fiscal/fatura representativa da prestação dos serviços, de acordo com o 
estabelecido no subitem 7.1 da Cláusula Sétima deste contrato. 
 [...] 
 
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA 
Da contratação e dos prazos 
 
11.1 A CONTRATADA deverá assinar o presente contrato no prazo 
de 05 dias corridos, contados da data da convocação efetuada pelo NÚCLEO DE 
COMPRAS E CONTRATOS, sito na Avenida Rangel Pestana nº 300 – 6º andar, 
Centro, São Paulo, nesta Capital. 
 
[...] 
11.3 A execução dos serviços deverá ter início em até cinco dias, a 
contar da data de assinatura deste contrato. 
 
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA 
Das sanções para o caso de inadimplemento 
 
12.1 Se a CONTRATADA inadimplir as obrigações assumidas, no 
todo ou em parte, ficará sujeita às sanções previstas nos artigos 86 e 87 da Lei 
Federal 8.666/93 e artigos 80 e 81 da Lei Estadual 6.544/89, de acordo com o 
estipulado na Resolução nº 34/02, no que couber. 
 
[...] 
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA 
Da rescisão e reconhecimento dos direitos do contratante 
 
13.1 Este Contrato poderá ser rescindido, na forma, com as 
conseqüências e pelos motivos previstos nos artigos 75 a 82 da Lei Estadual 
6.544/89 e artigos 77 a 80 e 86 a 88, da Lei Federal n. 8.666/93. 
 
[...] 
CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA 
Disposições finais 
 
Fica ajustado, ainda que: 
 
14.1 Consideram-se partes integrantes do presente contrato, como 
se nele estivessem transcritos: 
 86 
 
a. PROPOSTA apresentada pela CONTRATADA; 
 
b. Anexo I (Memorial Descritivo); 
 
c. Anexo II (Resolução SF nº 34/02). 
 
14.2 Aplicam-se às omissões deste contrato as disposições da Lei 
Federal nº 8.666/93, da Lei Estadual 6.544/89 e das normas regulamentares. 
 
14.3 Para dirimir quaisquer questões decorrentes deste contrato, 
não resolvidas na esfera administrativa, será competente o foro da Comarca da 
Capital do Estado de São Paulo. 
 
 
E assim, por estarem as partes justas e contratadas, foi lavrado o presente 
instrumento em três vias de igual teor e forma que, lido e achado conforme 
pelas PARTES, vai por elas assinado para que produza todos os efeitos de 
direito, na presença das testemunhas abaixo identificadas. 
 
São Paulo, 00 de XXXXXXXXXXX de 0000. 
 
CONTRATANTE 
 
[espaço para assinatura] 
ESTADO DE SÃO PAULO pela 
SECRETARIA DA FAZENDA 
 
 
 
CONTRATADA 
[espaço para assinatura] 
EMPRESA XXXXXX – Representante legal 
 
TESTEMUNHAS 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
RG: 
CPF: 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
RG: 
CPF: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 87 
g) Convênio e Termo de cooperação 
Documentos utilizados para firmar acordos entre a Secretaria da Fazenda e outros órgãos 
e entidades. Destinados às partes envolvidas, o convênio e o termo de cooperação são um 
ajuste entre as partes para assunção de compromisso, mediante mútua colaboração, com 
objetivo de interesse comum. A principal diferença entre estes dois documentos e o 
contrato está no interesse das partes: no convênio e no termo de cooperação há 
convergência; no contrato, diferenças. 
Os convênios celebrados pelo estado, por intermédio das secretarias de estado ou órgãos 
vinculados diretamente ao governador, dependem de prévia autorização do chefe do 
governo, exceto nas hipóteses em que o governador também seja signatário do 
documento. 
Conforme o §1º, art. 116 da Lei 8.666/93, a celebração de convênio depende de prévia 
aprovação de competente Plano de Trabalho proposto pela organização interessada, o 
qual deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: 
a) identificação do objeto; 
b) metas; 
c) etapas de execução; 
d) plano de aplicação dos recursos financeiros; 
e) cronograma de desembolso; 
f) previsão de início e fim da execução das etapas e do objeto como um todo; 
g) se o convênio compreender obras ou serviço de engenharia, comprovação de que 
os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente 
assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou 
sobre o órgão descentralizador. 
Obs.: Convênio é uma demonstração de que os atos administrativos ora são classificados 
pela ação executada, ora pela autoridade competente. A maior parte dos convênios é 
publicada como documento administrativo. Os convênios ICMS têm força de ato 
normativo, pois o Confaz, órgão colegiado que os promove, não tem autoridade 
hierárquica, não podendo emitir resoluções e similares. 
Competência: Secretário da Fazenda. 
Fundamento legal da competência: Decreto 40.722/96. 
Estrutura e Exemplo: semelhante ao Contrato administrativo (ver p. 80). 
 88 
h) Edital 
Documento com a finalidade de anunciar ou tornar público, via imprensa ou afixação em 
lugares públicos, fato que deve ser conhecido pelo público em geral. 
Os editais recebem designação própria segundo seu objetivo (licitação, concorrência, 
concurso para provimento de cargos, citação, intimação, notificação etc.). A finalidade dos 
editais sempre será anunciar ou tornar público fato que deve ser conhecido. 
A Lei Federal 8.666/93 e o Decreto Estadual 40.399/95 apresentam regras de publicação 
de editais de concorrência, tomada de preços, concurso e leilão. 
O anexo do Decreto 42.224/97 apresenta modelo de abertura de edital de concorrência ou 
tomada de preço. 
Competência: Coordenadores, Presidentes da Jucesp e da SPPREV e diretores de 
departamento e de divisão. 
Estrutura: (ver Exemplo de Edital de Notificação, p. 94). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 89 
i) Memorando e Memorando-circular 
Ato com a finalidade de comunicar o solicitar algo oficialmente. O memorando é uma 
modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que 
podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. Trata-se, portanto, 
de uma forma de comunicação eminentemente interna a determinado órgão do Governo. 
A principal função do memorando é empregar agilidade na comunicação interna, visando 
evitar a costumeira demora burocrática. Por isso, o texto do memorando deve ser 
simples, objetivo, preciso, conciso e claro. 
A única diferença entre o memorando e o memorando-circular é que este deve ser 
enviado a vários destinatários. 
Competência: Secretário da Fazenda, Secretário adjunto, Chefe de gabinete, Assessor de 
gabinete, Coordenador, Presidentes da Jucesp e da SPPREV, Diretor de departamento, 
Delegado, Diretor de divisão, Inspetor, Diretor de serviço, Chefe de Posto Fiscal e 
secretário do Codec. 
Estrutura:
- Cabeçalho: (ver Modelo 1, p. 22) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Invocação: (ver p. 26) 
- Indicação de assunto: resumo do teor da comunicação, com alinhamento à direita. 
Texto: exposição clara e objetiva do objeto que motivou a elaboração do 
memorando. Os parágrafos devem ser numerados para facilitar referência pontual 
ao documento. 
- Fecho: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
Diagramação: (ver Diagramação padrão ofício, p. 66) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 90 
Exemplo de Memorando 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEMORANDO Nº XXX/NDI 
 
São Paulo, XX de novembro de 2007. 
 
 
A Sra. Diretora da Divisão de Apoio Logístico da Fazesp 
 Assunto: Doação de publicações 
 
 
 Envio relação de títulos de livros e periódicos que apresentam baixo índice 
de consulta e empréstimo. 
2. Devido à baixa consulta, pretende-se encaminhar essas publicações à 
Secretaria de Estado da Habitação para que sejam distribuídas entre a biblioteca 
dessa Secretaria e seus conjuntos habitacionais. 
3. No caso dos periódicos, é apresentado anexo o título da Revista dos 
Tribunais como referencial na análise da estatística. 
4. Ainda em relação aos periódicos, ressalvamos que, em caso de necessidade 
de consulta ou empréstimo, poderemos acionar as bibliotecas dos órgãos públicos 
vizinhos (XXXX, XXXXX, XXXXXX), instituições que possuem os mesmos títulos das 
coleções e com as quais temos bom relacionamento. 
5. Colocamo-nos à disposição para melhores esclarecimentos. 
 
Respeitosamente, 
 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor do NDI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
GABINETE DO SECRETÁRIO 
 
 
 
10 cm 
 1,5 cm 
2,5 cm 
2,5 cm 
 
2,5 cm 
 
6,5 cm 
5,5 cm 
1,5 cm 
 91 
j) Nota Técnica 
Ato com finalidade de analisar e/ou justificar tecnicamente a proposição de ato normativo 
ou de contrato administrativo. A nota técnica é um documento complementar que 
respalda, em termos técnicos, um ato decisório. É destinada à autoridade hierárquica 
responsável por assinar o ato proposto. 
Competência: Coordenadoria e Diretoria de departamento. 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 1, p. 22) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Texto: 
- Introdução: parágrafo contextualizando a situação. 
- Desenvolvimento: texto apresentando: a) resumo das justificativas e dos 
argumentos; b) transcrição da legislação citada (se for o caso); c) análise da proposta; 
d) esclarecimentos que ilustrem a situação. 
- Conclusão: considerações finais, resumindo a análise. 
Os parágrafos devem ser numerados para facilitar referência pontual ao documento. 
- Fecho: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 92 
Exemplo de Nota Técnica 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
COORD. DE PLANEJ. ESTRATÉGICO E MODERNIZAÇÃO FAZENDÁRIA 
 
 
 
NOTA TÉCNICA 
 
 
 Esta Nota Técnica tem a finalidade de analisar a proposta apresentada 
pela xxxxxxxx, que objetiva a prestação de serviços de consultoria para 
assessoramento e capacitação em Gestão do Conhecimento para a equipe do 
Projeto “DPG - 04 – Implantar Gestão do Conhecimento na Sefaz-SP”. 
[...] 
4. A Consultoria para assessoramento e capacitação em Gestão do 
Conhecimento contribuirá para que a Secretaria da Fazenda acompanhe as 
mudanças ocorridas na Administração Pública brasileira, que passa por um 
processo de modernização e redefinição de papéis há aproximadamente doze 
anos e, principalmente, permitirá que as oportunidades de captar, tratar e 
disseminar informações possam ser identificadas pelas próprias áreas geradoras 
do conhecimento. Nesse sentido, a proposta da xxxxxxxx está de acordo com os 
termos definidos pelo projeto. 
[...] 
7. A proposta da instituição foi analisada comparativamente com outros 
preços de cursos com conteúdos semelhantes e valores totais apresentados na 
tabela abaixo. 
[...] 
10. Sugere-se que a referida contratação seja feita por dispensa de licitação, 
uma vez que a xxxxxxxxxx é uma fundação instituída pelo poder público de 
direito privado e integrante da administração estadual, em conformidade com o 
estabelecido pelo artigo 24 da Lei Federal 8.666, de 21 de junho de 1993, c.c. a 
Lei Estadual 6.544/89. 
[...] 
12. Considerando todo o exposto, em especial a razoabilidade do preço 
apresentado na proposta da xxxxxxx, entendemos que a proposta da instituição 
está perfeitamente adequada aos objetivos do projeto, razão pela qual somos 
favoráveis à sua contratação. 
 
 
 
São Paulo, XX de xxxxx de 2008. 
 
 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Líder do projeto 
 
 
 93 
k) Notificação 
Documento com finalidade de notificar algo oficialmente, dando ao interessado ciência de 
procedimento administrativo, garantindo-lhe o direito à ampla defesa e ao contraditório. A 
notificação é destinada ao interessado envolvido no processo/expediente. 
Competência: Tribunal de Impostos e Taxas, Jucesp, SPPREV, AFR, Diretor de 
departamento e de divisão e Chefe de Posto Fiscal. 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 2, p. 22) 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Endereçamento: (ver p. 28), com alinhamento à esquerda. 
- Indicação de referência: dados e assunto do processo sobre o qual o contribuinte 
terá de prestar contas. A indicação de referência deve ser alinhada à esquerda. 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Texto: deve conter as seguintes informações: a) pedido de comparecimento do 
destinatário; b) local indicado para o comparecimento; c) prazo para comparecimento; 
d) referência ao dispositivo legal que autoriza a ação (o ato de notificar); e) aviso das 
conseqüências caso a notificação seja negligenciada. 
Os parágrafos devem ser numerados para facilitar referência pontual ao documento. 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 94 
Exemplo de Edital de Notificação 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
DELEGACIA REGIONAL TRIBUTÁRIA DA CAPITAL 
INSPETORIA FISCAL Nº XX – POSTO FISCAL Nº XXX 
Rua XXXXXXX, 00 – 0º andar - XXXXX-XXX - São Paulo – SP 
Tel.: (11) XXXX-XXXX - Fax: (11) XXXX-XXXX 
 
São Paulo, 00 de dezembro de 2007. 
 
Ao 
Fulano de tal 
Av. XXXXXXXX, 000 
Bairro Tal 
00000-000 São Paulo - SP 
 
Ref.: Proc. DRT-C/3 000.000 – Regime especial 
 
NOTIFICAÇÃO 
Notificamos o contribuinte a comparecer, por seu representante legal ou 
procurador devidamente habilitado, neste Posto Fiscal, no prazo de dez dias 
úteis, para tomar ciência e retirar cópia do parecer exarado pela Deat-G, em 
despacho do dia XX de XXXX de 2007. 
2. Nos termos do artigo 535, inciso IV, parágrafo 4º, alínea b do RICMS, 
aprovado pelo Decreto 45.490/2000, fica o contribuinte abaixo notificado da 
lavratura do Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM). A multa poderá ser 
paga com cinqüenta por cento de desconto dentro do prazo de trinta dias, 
contados a partir do 5º dia útil posterior à data de publicação deste edital. 
3. No mesmo prazo, cabe defesa por escrito ao Delegado Regional 
Tributário da Capital. 
4. O não-atendimento
da presente, na forma e prazo acima, implicará o 
encaminhamento do AIIM para julgamento à revelia. 
5. O auto de infração aguardará prazo no Posto Fiscal 00 – Rua XXXXXXXX, 
000, SP, no horário das 9h às 16h30. 
 
 
 [espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Chefe do Posto Fiscal 
 
 
 
 
 
 
 
 95 
l) Ofício e Ofício-circular 
Documento com finalidade de comunicar ou solicitar algo oficialmente, podendo ser 
destinado tanto a outros órgãos ou pessoas da administração pública quanto a instituições 
e pessoas do setor privado. 
A única diferença entre o ofício e ofício-circular é que este deve ser enviado a vários 
destinatários. 
A literatura técnica sobre o tema trata o ofício como um meio de comunicação 
exclusivamente externo, uma vez que para a comunicação interna há o memorando. Essa 
prática também deve ser seguida no âmbito da Sefaz. 
Competência: Secretário da Fazenda, Secretário adjunto, Chefe de gabinete, Assessor de 
gabinete, Coordenador, Presidentes da Jucesp e da SPPREV, Diretor de departamento, 
Delegado, Diretor de divisão, Inspetor, Diretor de serviço, Chefe de Posto Fiscal e 
secretário do Codec. 
Fundamento legal da competência: Lei 10.177/98 (art.12, II, b). 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 2, p. 22) 
- Identificação do documento: (ver p. 24) 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Vocativo: (ver p. 25) 
- Assunto (opcional): resumo do teor da comunicação, com alinhamento à direita. 
Cada ofício deve abordar um único assunto. 
- Texto: exposição do assunto, obedecendo à seguinte estrutura seqüencial: 
- Introdução: tem de apresentar, de forma objetiva, a finalidade do documento. 
Devem ser evitadas frases feitas para começar o texto, que pode ser iniciado de 
forma direta (“Informo que...”; “Encaminho ao senhor...”). A introdução deve ser 
redigida em apenas um parágrafo. 
- Desenvolvimento: detalhamento do assunto. Quando o ofício for acompanhado de 
outros documentos, estes devem ser citados no corpo do texto. 
- Conclusão: reafirmação da proposição que motivou o ato. A conclusão pode ser 
apresentada em apenas um parágrafo. 
Se o texto do ofício for muito longo, deve ser usada uma folha de continuação, que 
deve conter apenas a identificação do órgão e uma expressão para identificar o ato 
 96 
composta por: a) indicação do número da folha; b) identificação do documento; e 
c) data em formato resumido (dd/mm/aaaa). Essa expressão deve ser alinhada à 
esquerda. Ex.: OFÍCIO nº 51 / FAZESP – fl. 2 
Os parágrafos devem ser numerados para facilitar referência pontual ao documento. 
- Fecho: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 27) 
- Endereço: (ver Endereçamento, p. 28) 
- Iniciais (se for o caso): (ver p. 28) 
Diagramação: (ver Diagramação padrão ofício, p. 66) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 97 
Exemplo Ofício 
 
 
 
 
 
 
 
OFÍCIO Nº XXX/GS-CAT 
 
São Paulo, XX de novembro de 2007. 
 
 
Senhor Governador, 
 
 
 Encaminho a Vossa Excelência a inclusa minuta de decreto, que estabelece 
sistemática especial de tributação do ICMS ao leite longa vida e demais laticínios. 
2. A proposta faculta ao fabricante de leite longa vida a redução de base de 
cálculo em cem por cento nas saídas internas de leite esterilizado (longa vida), 
desde que, por opção do contribuinte, não haja o aproveitamento de quaisquer 
créditos do imposto. 
3. Autoriza, também, sob condições, o fabricante paulista de leite longa vida e 
laticínios de creditar-se de um por cento sobre o valor das aquisições de leite cru 
produzido neste Estado. 
4. A medida pretende incentivar a produção leiteira paulista, bem como 
simplificar as obrigações acessórias do fabricante, de modo a resguardar a 
competitividade da economia paulista diante de políticas tributárias implementadas 
por Estados vizinhos. Decorre do trabalho de revisão do sistema tributário estadual 
que está sendo efetuado pela Comissão composta pelas Secretarias da Fazenda, do 
Desenvolvimento e da Economia e Planejamento, conforme dispõe a Resolução 
Conjunta n° 1, de 24 de janeiro de 2007, desses Órgãos, cujo objetivo é avaliar a 
implantação de política de desenvolvimento econômico e social do Estado de São 
Paulo. 
5. Com essas justificativas, proponho a edição de decreto conforme a minuta. 
 
Respeitosamente, 
 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Secretário da Fazenda 
 
 
A Sua Excelência o Senhor 
FULANO DE TAL 
Governador do Estado de São Paulo 
Av. Morumbi, 4.500 
Morumbi 
00000-000 São Paulo - SP 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
GABINETE DO SECRETÁRIO 
 
 
 
5,5 cm 
6,5 cm 
10 cm 
2,5 cm 
 
 1,5 cm 
1 cm 
2,5 cm 
2,5 cm 
 
 98 
m) Ordem de serviço (OS) 
Documento interno e eminentemente operacional, que expede incumbência a um servidor 
ou a uma unidade administrativa. A ordem de serviço determina a realização de serviços 
e/ou regula procedimentos específicos para sua execução. É um ato destinado ao servidor, 
à unidade ou à empresa que deverá executar o serviço. 
Competência: Diretor de departamento, Delegado, Diretor de divisão, Inspetor, Diretor 
de serviço e Chefe de Posto Fiscal. 
Fundamento legal da competência: Lei 10.177/98 (art.12, II, b). 
Estrutura: 
- Cabeçalho: (ver Modelo 1, p. 22) 
- Epígrafe: (ver p. 24) 
- Texto: exposição do assunto, seguido, se for o caso, da cláusula de vigência e de 
revogação. 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Identificação do signatário: (ver p. 26) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 99 
Exemplo de Ordem de Serviço 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
NÚCLEO DE RECURSOS TÉCNICOS 
 
 
ORDEM DE SERVIÇO Nº 00, DE 00 DE XXXXXXXXXX DE 0000. 
 
 
 Considerando o grande número de pedidos de empréstimo de 
equipamentos eletrônicos deste Núcleo, o seu custo de manutenção e, 
considerando também que o empréstimo de espaço físico implica a segurança 
de todo o prédio, os funcionários deste Núcleo devem cumprir as seguintes 
orientações: 
2. Os empréstimos de equipamentos e/ou espaço físico somente serão 
autorizados a órgãos públicos, mediante termo de responsabilidade assinado 
por servidor indicado oficialmente pelo órgão solicitante. 
3. Os empréstimos referidos nesta Ordem de Serviço somente serão 
autorizados para utilização pelo órgão solicitante. 
4. Os pedidos de empréstimos oriundos de outros órgãos estaduais 
poderão ser analisados e autorizados pela direção da Fazesp. 
5. Os empréstimos estão condicionados à realização de uma visita prévia 
às instalações para vistorias dos equipamentos e orientações sobre eles, a 
qual será agendada com antecedência mínima de 24 horas da realização do 
evento. 
6. Os empréstimos estão condicionados a disponibilidades do NRT. 
 
São Paulo, 00 de XXXXXXXXXXX de 0000. 
 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor do NRT 
 
 
 
 
 
 
 
 100 
n) Requerimento 
Documento de tramitação exclusiva no âmbito da administração pública. O requerimento é 
uma petição de caráter individual (se houver mais de uma pessoa, passa a ser abaixo-
assinado ou memorial),
que tem a finalidade de solicitar reconhecimento/concessão de um 
direito, legalmente previsto, a autoridade hierárquica competente. Apesar de 
fundamentado por legislação, a solicitação do requerimento não garante resposta 
favorável. 
Competência: Todos os servidores. 
Fundamento legal da competência: Lei 10.261/68 (art. 239); Lei 10.177/98 (art. 23) 
Estrutura: 
- Vocativo: (ver p. 25) 
- Texto: 
- Introdução: nome, RG e cargo do requerente, seguidos da motivação do pedido. 
O preâmbulo pode ser elaborado em apenas um parágrafo. 
- Desenvolvimento: exposição do pedido, indicando a fundamentação legal do 
requerimento e os elementos comprobatórios do fato, se for o caso. Os parágrafos 
devem ser numerados para facilitar referência pontual ao documento. 
- Fecho: expressão: “Nestes termos, peço deferimento.”. 
- Local e data: (ver p. 26) 
- Assinatura: apenas a rubrica, já que nome e cargo do servidor já foram identificados 
no corpo do texto. 
- Visto: expressão “De acordo.”, assinatura, nome e função do(s) superior(es) 
hierárquico(s), mediato e imediato. Esse recurso só deve ser usado se a autoridade 
destinatária não for imediatamente superior ao requerente. Se o(s) superior(es) 
hierárquico(s) não deferirem o documento, é aconselhável que haja indicação da 
fundamentação legal que justifique a posição. 
Obs. 1: A competência administrativa para deferir ou não o requerimento varia de acordo 
com o objeto do documento, que deve estar expresso de forma clara e precisa. Mesmo 
quando o vocativo for referente à autoridade competente a despachar o requerimento, 
nos casos em que a autoridade destinatária for hierarquicamente superior dois níveis ou 
mais, os superiores hierárquicos intermediários devem dar visto no documento (ver 
Exemplo de Requerimento de Afastamento de Servidor, p. 102). 
 101 
Obs. 2: Por ser um ato de caráter pessoal, o requerimento dispensa o cabeçalho que 
representa a organização administrativa e a identificação do documento, devendo ser 
iniciado diretamente pelo vocativo. 
Obs. 3: Se o requerimento for elaborado na forma indireta, 3ª pessoa do singular (Ex.: 
Fulano de tal, RG..., em vez de: Eu, Fulano de tal, RG...), o fecho deverá ser alterado 
para “Nestes termos, pede deferimento.”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 102 
Exemplo de Requerimento de Afastamento de Servidor 
 
A Sua Excelência o Senhor Secretário da Fazenda 
 
 Eu, Fulano de tal, RG XX.XXX.XXX-X, SSP/SP, com cargo de 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, tendo tomado conhecimento do curso 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXX oferecido pela Universidade de São Paulo (USP) por 
intermédio da Escola de Comunicações e Artes (ECA), realizei inscrição, 
participei de processo seletivo e fui aprovado, conforme atestado anexo. 
2. Considerando minha área de atuação aqui nesta Secretaria, alego 
compatibilidade do programa proposto pelo curso XXXXXXXXXXXXXX, também 
anexo, com as funções que desempenho em minha unidade, que são: 
- XXXXXXXXXXXXXX; 
- XXXXXXXXXXXXXX; 
- XXXXXXXXXXXXXX; 
- XXXXXXXXXXXXXX. 
3. Desta forma posto, venho requerer ao senhor afastamento pelo período 
de quatro horas semanais, nos termos do Decreto 52.322, de 18/11/1969, 
frisando que não haverá custos para a Secretaria da Fazenda com o referido 
curso. 
4. Informo, ainda, que esse curso será realizado às quintas-feiras, das 14h 
às 17h, de 00/00/2007 a 00/00/2007, como comprova o atestado anexo. 
Nesses termos, peço deferimento. 
 
São Paulo, 00 de 00000 de 2007. 
 
[assinatura do servidor] 
 
De acordo. 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor do XXXXXXXXXX 
 
De acordo. 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor do XXXXXXXXXX 
 
 
 
 
 
 
 103 
Exemplo de Requerimento de Abono de Falta 
 
Ao Senhor Diretor do Núcleo de Controle de Cursos, 
 
Eu, Fulano de tal, RG 00.000.000-0, SSP/SP, ocupante do cargo 
XXXXXXXX, tendo faltado ao expediente do dia 00 de novembro de 2007, 
requeiro ao senhor concessão de abono de falta a que tenho direito segundo o 
§1º, art. 20 da Lei 500 de 13 de novembro de 1974 e alterações posteriores. 
Informo, ainda, que esta solicitação de concessão de abono é a terceira deste 
ano. 
Nesses termos, peço deferimento. 
São Paulo, XX de XXXXXXXX de 0000. 
 
[assinatura do servidor] 
 
Deferimento: ( ) de acordo. 
 ( ) cancelado, nos seguintes termos: XXXXXXXX 
 
 
 
[espaço para assinatura] 
FULANO DE TAL 
Diretor do Núcleo de Controle de Cursos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 104 
2.6 Meios de transmissão 
2.6.1 Correio eletrônico ou e-mail 
Embora seja um recurso de comunicação tão próximo à fala quanto à escrita, as 
mensagens de cunho administrativo transmitidas por e-mail devem obedecer aos mesmos 
princípios administrativos e às mesmas regras gramaticais e ortográficas seguidas pelos 
atos administrativos. 
Como o correio eletrônico é apenas um meio de transmissão, somente têm valor 
documental os textos transmitidos com certificação digital. 
Para evitar desestruturação e desformatação de texto, os atos, quando veiculados por 
meio eletrônico, devem seguir anexos, não no corpo da mensagem. 
Em caso de ausência de servidor por período considerável (férias, licenças), deve ser 
registrada mensagem de resposta automática (autoreply), contendo os seguintes dados: 
- Indicação da data de retorno; 
- Indicação de substituto (nome, telefone, endereço eletrônico); 
- Assinatura. 
 
2.6.2 Fac-símile ou fax 
A transmissão por meio de fax deve ser utilizada para envio ou recebimento antecipado de 
cópia de documento que requer imediato conhecimento. 
Em processos, não devem ser utilizadas cópias de fax, não só porque não têm valor 
documental, mas porque o papel para fax não retém tinta por muito tempo. Quando for 
necessário utilizar uma informação enviada por fax para compor um processo, deve ser 
feita, em copiadora convencional, outra cópia da informação recebida por fax. 
O fax deve ser utilizado com formulário padronizado, no qual deve constar identificação 
tanto do remetente quanto do destinatário. 
 
 
 
 
 
 
 105 
Sugestão de modelo formulário para envio de fax 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DA FAZENDA 
ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
NÚCLEO DE RECURSOS TÉCNICOS 
Av. Rangel Pestana, 300 17º andar 01017-911 São Paulo – SP 
Tel.: (11) 3243-3855 - Fax: (11) 3243-3854 
 
 
ENCAMINHAMENTO DE FAX 
 
 
Para: 
Empresa/órgão: 
Tel.: Fax: 
Transmitido por: 
Nº de páginas incluindo esta: Data: 
( ) Urgente ( ) Para revisão ( ) Favor comentar ( ) Favor responder ( ) Favor circular 
Notas / Comentários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ocorrendo problemas na recepção desta mensagem, favor informar pelo telefone que consta no 
cabeçalho deste formulário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 106 
CAPÍTULO 3 
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO 
 
3.1 Considerações gerais 
Seguindo o princípio da publicidade, que dispõe sobre a transparência na administração 
pública, o Diário Oficial do Estado é o meio de comunicação em que o estado torna 
públicos os atos da
administração, prestando contas à sociedade. 
Embora os atos administrativos obedeçam a rigoroso padrão de elaboração, tanto no que 
diz respeito ao conteúdo quanto à da forma, como foi apresentado nos capítulos 
anteriores deste manual, esse rigor só tem validade enquanto os atos tramitam, interna 
ou externamente, nos órgãos públicos. Depois dessa tramitação, quando os atos 
passarem a ganhar publicidade, há que se obedecer outras regras. 
Um dos princípios editoriais do DOE é a valorização da racionalização e da simplificação do 
processo de publicação. Com isso, as orientações essenciais para publicação de atos 
oficiais devem obedecer a alguns princípios administrativos e desconsiderar algumas 
normas de redação presentes nos atos de comunicação. Diante disso, devem ser seguidas 
instruções. 
 
3.2 DOE – Poder Executivo, Seção I 
Essa seção destina-se à publicação de atos administrativos normativos e de interesse 
geral da administração centralizada e descentralizada. 
Por ordem de apresentação, devem ser publicados na Seção I: 
Resolução; 
Portaria; 
Apostila; 
Despacho; 
Decisão; 
Atos especiais (Deliberação, Instrução, Recomendação etc.); 
Comunicado; 
Extrato de contrato, notificação, intimação e afins; 
Julgamento de licitação; 
Retificação. 
 
 107 
3.2.1 Regras para publicação 
Para publicar no DOE, seção I, devem ser observadas as seguintes regras, algumas já 
citadas nos outros capítulos deste manual: 
- Os atos administrativos devem ser impessoais (Decreto 42.224/97, arts. 1º e 
2º). 
- Não será usado o vocábulo ato para designar manifestação de autoridade. 
- Os atos administrativos devem ser publicados apenas uma vez, salvo aqueles 
que disponham de determinação legal em contrário. 
- Os editais de concorrência, tomada de preços, concurso e leilão serão 
publicados conforme legislação própria (Decreto 40.399 de 24/10/1995 e Lei 
8.666 de 21 de junho de 1993). 
- Os contratos, convênios e ordens de serviço serão publicados em resumo, 
conforme modelo II do Decreto 42.224/97. 
- As listas de nomes devem ser relacionadas em ordem alfabética, de forma 
corrida, não um nome por linha. 
- As expressões senhor, douta, egrégia, colenda e outros, tanto no gênero 
masculino quanto no feminino, devem ser suprimidas. 
- As expressões de tratamento de autoridades tais como magnífico, 
excelentíssimo etc. devem ser suprimidas. 
- A expressão “no uso de suas atribuições legais”, será admitida apenas em 
decretos. 
- Não deve constar a repetição por extenso de referência numérica, que deverá 
ser grafada apenas em algarismos. 
- As referências a disposições legais que atribuem competência às autoridades 
abaixo do governador do estado não serão publicadas. 
O artigo 6º do Decreto 42.224/97 relaciona os atos que devem ser publicados na íntegra e 
os que devem ser publicados em formato resumido. Entre os que são elaborados pela 
Sefaz devem ser publicados na íntegra: 
- resoluções, deliberações e portarias de caráter normativo ou geral; 
- matéria que constituir decisão que firme doutrina ou norma geral; 
- resoluções pertinentes à distribuição de recursos financeiros. 
Devem ser publicados resumidamente: 
 108 
- resoluções, portarias e despachos de caráter individual; 
- apostilas; 
- licenças a funcionários para tratar de interesses particulares. 
 
Além das normas de publicação, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo – Imesp 
apresenta algumas orientações para facilitar e dinamizar o processo de publicação de atos 
no DOE. 
 
3.2.2 Orientações essenciais 
I – Os atos administrativos devem ser dispostos na seqüência, seguindo a organização 
administrativa e a hierarquia dos seus dirigentes. 
 
II – Visando manter a impessoalidade, no DOE não deve aparecer o nome da autoridade 
que expede o ato. 
Exemplo: 
Resolução SF-50, de... 
O sr. Fulano de tal, Secretário da Fazenda, resolve: (errado) 
O Secretário da Fazenda resolve: (certo) 
 
III - Os atos administrativos devem ter denominação correta, de acordo com a 
competência da autoridade e a finalidade do ato. 
 
IV - Não há regra estipulada para ordem na linha de identificação do ato numerado 
(espécie, número, data). Visando uniformidade, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo 
(1997, p. 14) expediu a seguinte orientação: 
a) Após a denominação da espécie de ato, sigla da unidade expedidora, seguida pelo 
número e data do ato. 
b) A sigla da unidade expedidora deve ser separada do número do ato por um hífen. 
c) Nas datas, a grafia dos números não deve apresentar o zero à esquerda; dia, mês 
e ano devem ser separados por hífen (-). 
Exemplo: 
Resolução SF-63, de 30-10-2007 
Portaria CAT-60, de 22-9-2007 
Comunicado DOF-31, de 5-5-2007 
 109 
 
V - Para publicação, os atos não articulados devem ser antecedidos de origem da matéria, 
tipo de ato e data. 
Exemplo: 
DELEGACIA TRIBUTÁRIA DE JULGAMENTO DE BAURU (origem da matéria) 
Portarias do Delegado, de 6-11-2007 (tipo de ato e data do fato) 
Designando: (objetivo do ato) 
 
VI – Se os atos não estiverem numerados, a referência à autoridade competente deve 
compor a linha que especifica e data o ato. 
Exemplo: 
COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO 
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS 
Apostila da Diretora Técnica, de 8-11-2007 
Obs.: A resolução tem competência exclusiva do secretário (Decreto 42.224/97, art. 1º), 
o que torna redundante a expressão “Resolução do Secretário”. 
 
VII – Sob o título das unidades não devem ser apresentados atos de autoridade 
hierarquicamente superior. 
Exemplo: 
COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
DELEGACIA REGIONAL TRIBUTÁRIA DE BAURU 
Despacho do Coordenador, de... 
 
COORDENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
DELEGACIA REGIONAL TRIBUTÁRIA DE BAURU 
Despacho do Delegado Regional, de... 
 
VIII - Para escapar da ambigüidade na identificação correta da autoridade, deve ser 
evitado o aparecimento de dois títulos de nível hierárquico seguidos. 
Exemplo: 
DIVISÃO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE CAMPINAS 
DIVISÃO DE SUPRIMENTOS 
Portarias do Diretor, de... 
 
DIVISÃO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE CAMPINAS 
Portarias do Diretor de Suprimentos, de... 
 
Errado 
Errado 
Certo 
Certo 
 110 
IX – Num agrupamento de atos do mesmo tipo, a apresentação deve ser em ordem 
cronológica. Nessa situação, o título é apresentado sem data, a qual é colocada antes dos 
atos correspondentes. 
Exemplo: 
Despachos do Secretário 
De 8-11-2007 
No processo xxx/2007, no qual o interessado... 
De 9-11-2007 
No processo xxx/2007, no qual o interessado... 
 
X - Com exceção dos despachos, em que é conveniente a transcrição resumida do 
processo, para evitar repetição de informações, os atos simplificados devem apresentar 
texto resumido, com o verbo inicial sempre no gerúndio. 
Exemplo: 
Designando - Concedendo – Declarando - Homologando, etc. 
 
XI - Os extratos de contrato, as ordens de serviço e afins devem seguir os modelos 
apresentados no anexo do Decreto 42.224/97. 
a) Nos títulos dos extratos de contrato, ordem de serviço e afins não é necessário 
especificar o assunto do ato, que será mencionado no Objeto. 
Exemplo: 
Extrato de Contrato de Serviços de Manutenção de Software (errado) 
Extrato de Contrato (certo) 
b) Na parte da Contratante, deve ser citada apenas a
unidade envolvida no contrato, não 
a estrutura hierárquica da Sefaz. 
Exemplo: 
Contratante – Secretaria da Fazenda, Coordenadoria de Planejamento Estratégico e 
Modernização Fazendária, Escola Fazendária do Estado de São Paulo (errado) 
Contratante – Escola Fazendária do Estado de São Paulo (certo) 
c) Visando à concisão, nos extratos não devem ser grafados os zeros no início de 
seqüência numérica, exceto nos casos estabelecidos por lei, números de inscrição ou de 
cadastramento codificados por sistemas informatizados. 
 111 
Exemplo: 
Concorrência 000002-83 
Termo de contrato 000003-83 
 
Concorrência 2-83 
Termo de contrato 3-83 
 
d) Sempre que possível, devem ser empregadas abreviações e siglas. 
Exemplo: 
TIT – Tribunal de Impostos e Taxas 
CAT – Coordenadoria da Administração Tributária 
Proc. – processo 
Ref. – referência 
LC – Lei Complementar 
e) Citar abreviadamente os demais dispositivos legais e suprimir o símbolo “nº” ou a 
expressão número que antecedem o número grafado. 
Exemplo: 
Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993 
Decreto nº 6473, de 13 de setembro de 1989 
Lei Federal 8.666-93 
Decreto 6473-89 
 
XII - Na publicação de todos os resultados de processo de licitação (adjudicação, 
habilitação, classificação) deve ser utilizada apenas a expressão “Julgamento de 
Licitação”. 
 
XIII - As retificações devem ser apresentadas no fim do agrupamento correspondente. 
Devem ser redigidas de modo sucinto, evitando repetições. 
 
XIV – Quando uma resolução ou portaria é assinada com finalidade específica (designar, 
promover, aprovar etc.), pode ser simplificada (CE/89, art.112). 
 
 
 
Errado 
Certo 
Errado 
Certo 
 112 
Exemplo: 
COORDENAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
Portaria CAF-60, de 22-9-2007 
O Coordenador de Administração Financeira, nos termos do artigo 00, inciso 
00, resolve: 
Art. 1º - Designar Fulano, Beltrano e Sicrano... 
 
COORDENAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
Portaria do Coordenador de 22-9-2007 
Designando, termos do artigo xx, inciso xx, Fulano, Beltrano e Sicrano... 
 
 
3.2.3 Atos que não devem ser publicados na Seção I 
- Tramitação de processo: devem ser publicados somente a abertura e o 
resultado final do processo. 
- Comunicado informativo sobre assunção de comando de alguma unidade. 
Nomeação é publicada na Seção II. 
- Homenagem de datas comemorativas. 
- Anúncio de perda ou roubo de objetos e documentos: deve ser publicado 
apenas comunicado visando à localização de documentos em tramitação pelas 
secretarias de estado. 
- Regimentos ou regulamentos internos: atos que se destinam a prover o 
funcionamento de unidades da Sefaz, atingindo apenas os servidores vinculados 
à atividade regimental. 
 
3.3 DOE – Poder Executivo, Seção II 
Criada para racionalizar as publicações do DOE – Poder Executivo, a Seção II trata apenas 
de matérias que se referem à vida funcional do servidor, desde o momento em que ele 
ingressa no serviço público (homologação, nomeação), passando por mudança de cargo 
ou de setor (promoção, transferência), até o momento em que se desliga de suas 
atividades (aposentadoria, exoneração ou dispensa). Portanto, publicam-se nessa seção 
os atos que alteram a vida funcional do servidor e que possam propiciar avaliação de 
desempenho ou alteração em sua escala de vencimentos. 
Nessa seção, todos os atos referentes a pessoal devem ser simplificados, não constando 
números nem artigos. 
Errado 
Certo 
 113 
3.3.1 Atos que não devem ser publicados na Seção II: 
- Atos normativos numerados (resolução, portaria, comunicados). 
- Escala de férias. 
- Mensagens elogiosas a servidor. 
- Nomeação de servidor para composição de grupo de trabalho. 
- Contrato (excetuando os de trabalho), convênio e afins. 
- Informação sobre julgamento de licitação. 
- Parecer sobre assuntos que não sejam de interesse geral. 
- Edital de abertura de concurso público ou processo seletivo. 
- Despacho de homologação de licitação, concurso ou processo seletivo. 
- Edital de abertura e demais modalidades do processo de licitação. 
- Eventos promocionais da Sefaz. 
 
Obs.: Atos que dispõem sobre transferência de cargos, preenchidos ou vagos, são 
publicados na Seção II; quando o ato refere-se apenas ao cargo, é publicado na Seção I. 
Na primeira situação são movimentados o cargo e o funcionário; na segunda, apenas o 
cargo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 114 
CAPÍTULO 4 
PUBLICAÇÕES MONOGRÁFICAS: MANUAIS, APOSTILAS E FOLHETOS 
 
4.1 Considerações gerais 
Os preceitos fundamentais à redação oficial também são válidos para as publicações 
monográficas produzidas pela Sefaz. Da mesma forma que os atos administrativos 
representam a administração pública, apesar de documentos distintos essas publicações 
também reproduzem a imagem do estado. Por isso, e também para facilitar a identificação 
de dados essenciais a publicações desse tipo, seguem alguns critérios. 
A norma técnica (NBR 6029) da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT 
considera como livros as publicações não seriadas e com mais de quarenta e nove 
páginas, excluídas as capas. Contudo, para efeito deste manual, as regras dessa NBR para 
elaboração de livros serão consideradas para manuais, apostilas ou qualquer outra 
publicação semelhante. 
Sobre folhetos, dispõe a NBR 6029 que são publicações não periódicas com o mínimo de 
cinco e o máximo de quarenta e nove páginas, excluídas as capas. Este é o conceito 
também adotado por este manual. 
 
4.2 Partes constitutivas 
São três as partes que constituem uma publicação monográfica. 
 
A) Preliminares ou pré-texto 
a) Capa (primeira e segunda): em publicações cartonadas ou encadernadas, a 
primeira é o revestimento externo; a segunda é o verso da primeira, face interna. 
b) Apresentação: texto de esclarecimento, justificação ou comentário, escrito pelo 
autor ou por outra pessoa. 
c) Folha de rosto: folha que contém elementos essenciais (autoria, título, edição) à 
identificação da publicação. 
d) Sumário: enumeração das principais divisões, seções e outras partes da 
publicação. O sumário deve ser elaborado com a mesma ordem e grafia do 
conteúdo da publicação. 
 115 
Obs.: No sumário não devem estar referenciados elementos constitutivos que o 
antecedem no texto. Ex.: Sendo uma folha anterior ao sumário, a Apresentação não deve 
estar relacionada como um item do sumário. 
 
B) Texto 
a) Introdução. 
b) Desenvolvimento. 
c) Conclusão. 
Obs.: É indispensável que no corpo dos trabalhos monográficos seja indicada a fonte da 
qual foi extraída a idéia apresentada. Essa regra tanto é válida para citação de 
dispositivos legais (atendendo ao princípio da legalidade) quanto para fontes 
jurisprudenciais e de literatura técnica. As regras para citação são normatizadas pela NBR 
10520 da ABNT. 
 
B) Pós-liminares ou pós-texto 
a) Referências: relação das obras citadas no contexto da publicação. As regras para 
referências são normatizadas pela NBR 6023 da ABNT. 
b) Glossário: lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso 
restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas 
definições. 
c) Anexos: relação de documentos complementares à compreensão do texto. Os
anexos devem seguir após as referências. 
d) Capa (terceira e quarta capa): em publicações cartonadas ou encadernadas, a 
terceira capa é o verso da quarta, face interna; a quarta é o revestimento externo. 
 
4.3 Elementos e regras de apresentação (folha de rosto) 
a) Autoria: responsável intelectual pela publicação. As elaboradas por servidor no 
exercício de sua função são de autoria da Sefaz, o autor coletivo. Em caso de vários 
níveis hierárquicos, os níveis intermediários, que em observação aos níveis 
superiores e inferiores possam ser intuídos, devem ser suprimidos. A autoria deve 
estar expressa na parte superior da folha de rosto, e o responsável intelectual será 
a unidade apresentada como hierarquicamente inferior. 
 116 
Toda a cadeia hierárquica, até o nível da unidade responsável pela autoria, deve 
estar representada no verso da folha de rosto, com nome e cargo das respectivas 
autoridades competentes. 
A equipe de servidores responsáveis pela elaboração da publicação deve estar 
relacionada no verso da folha de rosto, por ordem de colaboração no 
desenvolvimento da publicação. 
b) Título: designação do assunto. O titulo deve estar impresso na parte central da 
folha de rosto. 
c) Edição: todos os exemplares produzidos a partir de um original ou de uma matriz. 
Pertencem à mesma edição de uma publicação todas as suas impressões, 
reimpressões, tiragens etc., produzidas diretamente ou por outros métodos, sem 
modificações, independentemente do período decorrido desde a primeira publicação 
(ABNT, NBR 6029, 2002, p. 2). A publicação apenas será considerada uma reedição 
quando forem feitas modificações no conteúdo ou na forma de apresentação 
(revisão, atualização, ampliação). Cada reedição recebe um número de ordem (2ª 
edição, 3ª edição). Somente as reedições são expressas na publicação, devendo 
ocupar lugar inferior ao título apresentado na folha de rosto. 
d) Local: cidade onde está estabelecido o setor responsável pela produção editorial da 
publicação. O local deve estar expresso de forma centralizada na parte inferior da 
folha de rosto. 
e) Editora: setor responsável pela produção editorial da publicação. Deve estar 
expresso após o local de forma centralizada na parte inferior da folha de rosto. 
f) Data: ano de impressão, não da produção da publicação. A data deve estar 
expressa após o setor responsável pela produção editorial, de forma centralizada 
na parte inferior da folha de rosto. 
g) Direito de reprodução: autorização, ou não, de reprodução, parcial ou integral, 
da publicação. Devem ser registradas, no verso da folha de rosto, informações 
sobre autorização de reprodução do conteúdo da publicação. 
Exemplos: 
Todos os direitos desta edição são reservados. 
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. 
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio, sem a prévia 
autorização da Secretaria da Fazenda. 
 
 
 117 
Exemplo de folha de rosto 
 
Secretaria da Fazenda 
Divisão de Comunicação e Segurança - DCS 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARTILHA DE PROTOCOLO E ARQUIVO 
 
 
 
2ª edição 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
Núcleo de Protocolo e Arquivo – NPA 
2008 
 
 118 
Exemplo de verso de folha de rosto 
 
Governo do Estado de São Paulo 
Secretaria da Fazenda 
Coordenadoria Geral de Administração – CGA 
Departamento de Suprimentos e Atividades Complementares - DSAC 
Divisão de Comunicação e Segurança - DCS 
 
Fulano de tal K 
Governador do Estado 
Fulano de tal X 
Secretário da Fazenda 
Fulano de tal Y 
Coordenador da CGA 
Fulano de tal Z 
Diretor do Dsac 
Fulano de tal W 
Diretor da DCS 
 
Elaboração: 
Fulano 
Beltrano 
Sicrano 
 
 
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. 
 
 
 
 
 119 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6029: informação e 
documentação – livros e folhetos – apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10719: apresentação de 
relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro: ABNT, 1989. 
BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. Manual de redação. Brasília: Câmara dos 
Deputados, Coordenação de Publicações, 2004. 
BRASIL. Congresso. Senado Federal. Secretaria de Comunicação Social. Manual de 
redação: Agência do Senado. Brasília: Senado Federal, 2001. 
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de redação de correspondência e atos 
oficiais. Brasília: Funasa, 2005. 
BRASIL. Leis e Decretos. Constituição da República Federativa do Brasil. 10.ed. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. 
BRASIL. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República. 
2.ed. Brasília: Presidência da República, 2002. 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Manual de atos oficiais administrativos do 
Superior Tribunal de Justiça. Brasília, DF: STJ, 2007. 
CARDOSO, J. B. Teoria e prática de leitura, apreensão e produção de texto: para 
um tempo de "PAS" (Programa de Avaliação Seriada). Brasília: UnB; São Paulo: Imesp, 
2001. 
DI PIETRO, M. S. Z. Direito administrativo. 18.ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
DINAMARCO. C. R. Instituições de direito processual civil. 4.ed. São Paulo: Malheiros, 
2004. v.2. 
DINIZ, M. H. Dicionário jurídico. São Paulo: Saraiva, 1998. v.3. 
_________. Tratado teórico e prático dos contratos. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 
v.5. 
DISTRITO FEDERAL (Brasil). Tribunal de Contas. Manual de redação oficial. Brasília: 
Diplan, 2003. 
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. Guia de endereçamento: formato 
padrão. Disponível em: 
http://www.correios.com.br/servicos/arquivos/Guia%20de%20enderecamento%20format
o%20padrao.pdf . Acesso em: 13/09/2005 
FIGUEIREDO, L. V. Curso de direito administrativo. 8.ed. São Paulo: Malheiros, 2006. 
HORBACH, C. B. Teoria das nulidades do ato administrativo. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2007. 
 120 
IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Diário Oficial do Estado de São 
Paulo: manual de normas de publicação. São Paulo: Imesp, 1997. 
INMETRO. Conmetro. Resolução 12, de 12 de outubro de 1988. Disponível em: 
http://www.inmetro.gov.br/resc/pdf/RESC000114.pdf. Acesso em. 19/11/2007. 
JUSTEN FILHO, M. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 9.ed. 
São Paulo: Dialética, 2002. 
JUSTEN FILHO, M. Curso de direito administrativo. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
MEDEIROS, J. B. Comunicação escrita: a moderna prática da redação. São Paulo: Atlas, 
1988. 
_____________. Correspondência: técnicas de comunicação criativa. 15.ed. São Paulo: 
Atlas, 2002. 
MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro. 33.ed. São Paulo: Malheiros, 2007. 
MELLO, C. A. B. Curso de direito administrativo. 23.ed. São Paulo: Malheiros, 2007. 
RIO DE JANEIRO (Estado). Governo do Estado. Manual de redação oficial do poder 
executivo do estado do Rio de Janeiro. Disponível em: 
http://www.sef.rj.gov.br/legislacao/financeira/decretos/2001/A comunicação. Acesso em: 
10/06/2005. 
SÃO PAULO (CIDADE). Prefeitura. Manual de redação de atos oficiais e 
correspondências. São Paulo: s. n., 2006. 
SÃO PAULO (ESTADO). Assembléia Legislativa. Constituição do Estado de São Paulo 
anotada. Constituição Federal atualizada. São Paulo: Imesp, 2006. 
SÃO PAULO (ESTADO). Escola Fazendária do Estado de São Paulo. Redação oficial.
São 
Paulo: Fazesp, s.d. 
SÃO PAULO (ESTADO). Governo. Manual de redação oficial do Estado de São Paulo. 
[no prelo] 
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 24.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004. 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Manual de atos e comunicações oficiais. 
Niterói (RJ), 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 121 
ANEXO I 
 
 
QUADRO SINÓTICO 
 
Atos normativos 
 
Ato Competência Finalidade Destino Fundamento 
legal 
Decreto 
Governador do 
Estado 
Regulamentar leis; dispor 
sobre organização 
administrativa, matérias 
tributária, orçamentária, 
financeira e de recursos 
humanos 
Público em 
geral 
Lei 10.177/98 
(art. 12, I, a) 
Resolução 
Secretário da 
Fazenda 
Complementar e normatizar 
legislação tributária, 
orçamentária, financeira e de 
recursos humanos; dispor 
sobre todos os assuntos de 
competência da Secretaria da 
Fazenda 
Público em 
geral 
Lei 10.177/98 
(art. 12, I, b) 
Portaria 
Coordenador, 
Presidentes da 
Jucesp e da 
SPPREV, Diretor 
de 
departamento, 
de divisão e de 
serviço. 
Estabelecer procedimentos 
relativos a pessoal, 
organização e funcionamento 
de serviços; orientar quanto a 
aplicação de textos legais 
Público em 
geral e 
unidades 
internas 
Lei 10.177/98 
(art. 12, II, a) 
Resposta à 
Consulta 
Consultoria 
Tributária 
Sanar dúvidas quanto à 
interpretação da legislação 
tributária 
Consulente e 
demais 
interessados 
RICMS (arts. 
510 a 526) 
Decisão 
Normativa 
Coordenador, 
Presidentes da 
Jucesp e da 
SPPREV. 
Fixar critérios ou orientar no 
tocante a caso concreto 
Público em 
geral 
 
Comunicado 
Coordenador, 
Presidentes da 
Jucesp e da 
SPPREV, Diretor 
de departamento 
Transmitir breve informação, 
interna e externa, de caráter 
geral 
Público em 
geral 
 
Deliberação Órgão colegiado Decidir, impor ordem ou 
estabelecer uma medida 
Público em 
geral 
Lei 10.177/98 
(art. 12, I, c) 
 
 
 
 
 122 
Atos processuais 
 
Ato Competência Finalidade Destino Fundament
o legal 
Despacho Secretário da Fazenda, 
Secretário adjunto, Chefe de 
gabinete, Coordenador, 
Presidentes da Jucesp e da 
SPPREV, Diretor de 
departamento, Delegado, 
Diretor de divisão, Inspetor, 
Diretor de serviço, Chefe de 
Posto Fiscal, secretário de 
órgão colegiado. 
Decidir, ordenar ou 
sugerir prosseguimento 
do processo/expediente 
Interessado e 
unidades da 
administração 
pública 
 
Informação Todos os servidores Prestar esclarecimentos 
e elucidar pontos 
imprecisos sobre uma 
situação 
Interessado e 
unidades da 
administração 
pública 
 
Parecer Coordenadoria, Consultoria 
Tributária, Órgão colegiado 
Analisar e/ou interpretar 
tecnicamente situação 
proposta em 
processo/expediente 
Interessado e 
unidades da 
administração 
pública 
 
Relatório de 
Auditoria 
Assistente Técnico 
Fazendário do DCA 
Apurar legalidade, 
legitimidade, formas e 
resultado de gasto 
público. 
Unidade 
interessada 
Decreto 
41.312/96 
(art. 11) 
Relatório de 
Juiz 
Juiz do TIT Relatar o processo 
administrativo tributário 
Contribuinte e 
demais 
interessados 
Regimento 
Interno do 
TIT (art. 42, 
I) 
Voto Juiz do TIT Manifestar 
posicionamento de juiz 
em processo 
Contribuinte e 
demais 
interessados 
Regimento 
Interno do 
TIT (art. 42, 
II) 
 
 
 
 
 
 123 
Atos de comunicação e documentos administrativos 
 
Ato Competência Finalidade Destino Fundamento 
legal 
Apostila Diretor de departamento, 
de divisão e de serviço 
Aditar ou retificar 
outro ato 
administrativo; 
reconhecer 
vantagens pessoais 
Interessado e 
unidade(s) de 
controle 
cadastral 
Decreto 
52.833/08 
(art. 37, I, a); 
Decreto 
52.613/71 
(art. 22, III) 
Ata Secretário da reunião Registrar, de forma 
resumida, as 
ocorrências da 
reunião 
Participantes da 
reunião 
 
Atestado Coordenador, Diretor de 
departamento, Delegado, 
Diretor de divisão, 
inspetor, Diretor de 
serviço, Chefe de Posto 
Fiscal, secretário de órgão 
colegiado 
Comprovar fato, 
direito ou situação 
de conhecimento da 
administração 
pública 
Solicitante 
Certidão Diretor de departamento, 
delegado, Diretor de 
divisão, Inspetor, Diretor 
de serviço, Chefe de Posto 
Fiscal, secretário de órgão 
colegiado 
Comprovar fato ou 
ato administrativo 
que se encontra em 
registros/cadastros 
da administração 
pública 
Solicitante 
Certificado Diretor de departamento, 
Delegado, Diretor de 
divisão, Inspetor, Diretor 
de serviço, Chefe de Posto 
Fiscal 
Certificar a 
existência de um 
fato 
Interessado 
Contrato 
Administrativo 
Coordenador, presidentes 
da Jucesp e da SPPREV e 
diretores de departamento 
e de divisão 
Formalizar acordo de 
vontades entre as 
partes envolvidas 
Partes 
envolvidas 
 
Convênio e 
Termo de 
Cooperação 
Secretário da Fazenda Firmar acordo entre 
a Secretaria da 
Fazenda e outros 
órgãos e entidades 
Partes 
envolvidas 
Decreto 
40.722/96 
Edital Coordenador, Presidentes 
da Jucesp e da SPPREV e 
Diretores de departamento 
e de divisão 
Anunciar ou tornar 
público fato que 
deve ser conhecido 
Público em geral 
Memorando Secretário da Fazenda, 
Secretário adjunto, Chefe 
de gabinete, Assessor de 
gabinete, Coordenador, 
Presidentes da Jucesp e da 
SPPREV, Diretor de 
departamento, Delegado, 
Diretor de divisão, 
Inspetor, Diretor de 
serviço, Chefe de Posto 
Fiscal, secretário do Codec 
Comunicar ou 
solicitar algo 
oficialmente 
Outras unidades 
administrativas 
do mesmo órgão 
 
 124 
 
 
Ato Competência Finalidade Destino Fundamento 
legal 
Nota Técnica Coordenadoria e Diretoria 
de departamento 
Analisar e/ou 
justificar 
tecnicamente a 
proposição de ato 
normativo e contrato 
administrativo 
Autoridade 
hierárquica 
competente 
 
Notificação Tribunal de Impostos e 
Taxas, Jucesp, SPPREV, 
AFR, Diretor de 
departamento e de 
divisão; Chefe de Posto 
Fiscal 
Dar ciência de 
procedimento 
administrativo, 
garantindo o direito 
à ampla defesa e ao 
contraditório; 
notificar algo 
oficialmente. 
Interessado 
envolvido no 
processo/expe
diente 
 
Ofício Secretário da Fazenda, 
Secretário adjunto, Chefe 
de gabinete, Assessor de 
gabinete, Coordenador, 
Presidentes da Jucesp e da 
SPPREV, Diretor de 
departamento, Delegado, 
diretor de divisão, 
inspetor, diretor de 
serviço, chefe de Posto 
Fiscal, secretário do Codec 
Comunicar ou 
solicitar algo 
oficialmente 
Outros órgãos 
ou pessoas da 
administração 
pública, 
instituições e 
pessoas do 
setor privado 
Lei 10.177/98 
(art. 12, II, b) 
Ordem de 
Serviço 
Diretor de departamento, 
delegado, Diretor de 
divisão, Inspetor, Diretor 
de serviço, Chefe de Posto 
Fiscal 
Determinar a 
realização de 
serviços e/ou regular 
procedimentos 
específicos para sua 
execução 
Servidor, 
unidade ou 
empresa que 
deverá 
executar o 
serviço 
Lei 10.177/98 
(art. 12, II, b) 
Requerimento Todos os servidores Solicitar 
reconhecimento/conc
essão de um direito 
legalmente previsto 
Autoridade 
hierárquica 
competente 
Lei 10.261/68 
(art. 239); Lei 
10.177/98 
(art. 23) 
 
 
 
 
 
 
 125 
ANEXO 2 
EMENTÁRIO DE LEGISLAÇÃO 
 
Legislação Federal
Decreto 4.176, de 28 de março de 2002 
Estabelece normas e diretrizes para a elaboração, a redação, a alteração, a consolidação e o 
encaminhamento ao Presidente da República de projetos de atos normativos de competência 
dos órgãos do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. 
 
Decreto 3.714, de 03 de janeiro de 2001 
Dispõe sobre a remessa por meio eletrônico de documentos a que se refere o art. 57-A do 
Decreto no 2.954, de 29 de janeiro de 1999, e dá outras providências. 
 
Instrução Normativa Safed 4, de 06 de março de 1992 
Consolida as regras constantes do Manual de Redação da Presidência da República 
 
 
 
Legislação Estadual 
 
Lei Complementar 944, de 26 de junho de 2003 
Altera a Lei Complementar nº 863, de 29 de dezembro de 1999, que dispõe sobre a 
elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis e estabelece normas para a 
consolidação dos atos normativos que menciona 
 
Lei Complementar 863, de 29 de dezembro de 1999 
Dispõe sobre a elaboração, a redação, alteração e a consolidação das leis, conforme determina 
o item 16 do parágrafo único do artigo 23 da Constituição do Estado, e estabelece normas 
para a consolidação dos atos normativos que menciona 
 
Lei 10.177, de 30 de dezembro de 1998 
Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual 
Lei 10.261, de 28 de outubro de 1968 
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado 
 
Decreto 52.833, 24 de março de 2008 
Dispõe sobre os órgãos do Sistema de Administração de Pessoal, define competências das 
autoridades e dá providências correlatas 
 
Decreto 42.338, de 14 de outubro de 1997 
Retifica o Decreto Nº 42.224, de 16 de setembro de 1997, que estabelece normas para a 
elaboração e publicação de atos administrativos, dispõe sobre a competência para sua 
expedição e dá providências correlatas 
 
Decreto 42.224, de 16 de setembro de 1997 
Estabelece normas para a elaboração e publicação de atos administrativos, dispõe sobre a 
competência para sua expedição e dá providências correlatas 
 
 
 
 126 
Decreto 41.312, de 13 de novembro de 1996 
Transforma a Coordenação das Entidades Descentralizadas, da Secretaria da Fazenda, em 
Coordenadoria Estadual de Controle Interno, dispõe sobre sua organização e dá providências 
correlatas 
 
Decreto 40.722, de 20 de março de 1996 
Dispõe sobre a exigência de autorização do Governador do Estado previamente à celebração 
de convênios no âmbito da Administração Centralizada e Autárquica e sobre a instrução dos 
processos respectivos 
 
Decreto 52.613, de 20 de janeiro de 1971 
Reestrutura o Departamento de Despesa de Pessoal do Estado 
 
 
 
 
		ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
		 
		GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
		SECRETARIA DA FAZENDA 
		 DSD
		SD
		APOSTILA
		USO DA UNIDADE
		USO DO DDPE
		GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
		DIVISÃO DE CADASTRO E REGISTRO DE PESSOAL
		DSD 
		SD 
		USO DA UNIDADE
		USO DO DDPE
		DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS
		DIVISÃO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE CAMPINAS – DRA/4 
		CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA 
		Disposições finais 
		CONTRATANTE 
		 
		TESTEMUNHAS 
		COORD. DE PLANEJ. ESTRATÉGICO E MODERNIZAÇÃO FAZENDÁRIA 
		DELEGACIA REGIONAL TRIBUTÁRIA DA CAPITAL 
		ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
		NÚCLEO DE RECURSOS TÉCNICOS 
		Ao Senhor Diretor do Núcleo de Controle de Cursos, 
		ESCOLA FAZENDÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
		 
		Lei Complementar 944, de 26 de junho de 2003 
Nova pasta/1-5- Manunal Vers�o 2013.pdf
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
Folha - 0 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 V I D A E S C O L A R 
 
 
 
 
P A D R O N I Z A Ç Ã O D E D O C U M E N T O S 
E S C O L A R E S 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
Folha - 1 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
 
 
 
GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 DR. GERALDO ALCKMIN 
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 PROF. DR. HERMAN JACOBUS CORNELIS VOORWALD 
SECRETARIO ADJUNTO DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 
 PROF. DR. JOÃO CARDOSO PALMA FILHO 
CHEFE DE GABINETE 
 DR. FERNANDO PADULA NOVAES 
COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 PROF.ª MARIA ELIZABETE DA COSTA 
DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA REDE ESCOLAR E MATRÍCULA (DGREM) 
 ANDRÉA GRECCO FINOTTI 
CENTRO DE VIDA ESCOLAR – (CVESC) 
 NEREIDE MANGINELLI LAMAS 
COORDENADORIA DE INFORMAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO EDUCACIONAL 
 MARIA LUCIA BARROS DE AZAMBUJA GUARDIA 
DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE SISTEMAS E INCLUSÃO DIGITAL - (DETEC) 
 ANDRÉ DA COSTA SILVA 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
Folha - 2 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
 
Equipe responsável pela elaboração : 
 
 
 
 
 
Albertina de Fátima Esteves Passos Diretoria de Ensino – Região de Votorantim 
Alexandre de Andrade Secretaria de Estado da Educação 
Alexandre José Vieira Diretoria de Ensino – Região de Limeira 
Angelo Luiz Ferreira Diretoria de Ensino – Região de Limeira 
Elisabeth Gama da Silva Saraiva Marques Diretoria de Ensino – Região de Santo Anastácio 
Geralda Helenice Augusta Rocha Diretoria de Ensino – Região de Santo Anastácio 
Gilda Inez Piorino Secretaria de Estado da Educação 
Ivan Cesar Ribeiro Machado Diretoria de Ensino – Região de Votorantim 
Joanna Borrelli Cordeiro Secretaria de Estado da Educação 
Jefferson Alvaro Caniello Diretoria de Ensino – Região Leste 4 
Maria Aparecida Dulcini Secretaria de Estado da Educação 
Maria Cecília Travaim Camargo Secretaria de Estado da Educação 
Maria Claudinei da Silva Quintela Diretoria de Ensino – Região Norte 2 
Maria José dos Santos Diretoria de Ensino – Região Bauru 
Maria Liege Pereira Vilas Boas Diretoria de Ensino – Região Itapevi 
Marineide Calvalca Garcia Diretoria de Ensino – Região Bauru 
Nereide Manginelli Lamas Secretaria de Estado da Educação 
Nilza Casagrande Secretaria de Estado da Educação 
Nina Rosa Conde Elias Secretaria de Estado da Educação 
Patrícia da Silva Gomes Secretaria de Estado da Educação 
Regina Aparecida P. Moncinhatto Bolzan Diretoria de Ensino – Região Adamantina 
Rosana Marques Librandi Gomes Diretoria de Ensino – Região de Bauru 
Roseli Ricce Bortoletto Diretoria de Ensino – Região de Limeira 
Sarah Ribeiro Durães Diretoria de Ensino – Região de Carapicuiba 
Selma Denise Gaspar Diretoria de Ensino – Região Centro Oeste 
Willerson Caetano Viana da Silva Diretoria de Ensino – Região de Itaquaquecetuba 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
Folha - 3 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
 
 
 
 
 
Para iniciar... 
 
 
“Ao mexer com documentos escolares, estou lidando com vidas humanas! 
Com seres que sonham e aspiram... 
Que lutam, que brigam, que choram e que correm em busca de uma vida melhor! 
Minhas mãos podem construir! 
Minhas mãos podem edificar! 
Tão importante são os papéis que passam pelas minhas mãos e às vezes fico a 
pensar: 
_ O que será da vida desse amanhã? 
_ Será que terá
um futuro melhor? 
_ Será que para ele, surgirá um novo sol? 
Esse papel parece coisa tão fria. 
_ Será que a vida deles é fria e vazia? E a minha? 
_ Não! A minha vida é cheia de amor! 
Eu sonho, eu choro, eu luto, eu brigo, eu corro, eu canto...! 
O papel que parecia frio tocando em minhas mãos ficou quente e colorido com 
cores dos sonhos dos Josés e das Marias que trabalham durante o dia e que a noite 
estudam. 
Que correria! 
Sinto vivo o papel deles em minhas mãos, prometo a vocês Josés e Marias, que 
suas vidas não serão vazias! 
E com maior cuidado e atenção carimbo e assino os papéis, porém, eles nunca 
saberão que seus destinos estiveram em minhas mãos.” 
 
(Márcia Holzmann) 
 
  
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
Folha - 4 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
 
 
 
Introdução 
A Secretaria Escolar pode ser considerada um dos setores mais importantes de uma 
escola, pois é dela a incumbência do registro fiel da vida profissional dos profissionais que fazem 
parte do quadro de pessoal de uma unidade de ensino, bem como da trajetória escolar de cada um 
dos alunos. É de sua responsabilidade organizar e registrar todas as ocorrências do dia-a-dia de uma 
escola, de forma a garantir eficácia, legalidade e validade dos atos escolaResolução 
Assim, este trabalho visa subsidiar as secretarias das unidades escolares a registrar fiel e 
rotineireiramente a trajetória escolar do aluno da rede pública estadual de São Paulo. 
Pretende-se que este manual seja objeto de consulta, de uso cotidiano nas escolas, e que 
subsider as atividades técnico-administrativas das secretarias escolares, a fim de otimizar o 
atendimento prestado à comunidade escolar em toda a Rede Estadual de Ensino. Constitui-se em um 
instrumento de organização, operacionalização e uniformização da escrituração escolar, no que se 
refere à vida estudantil de todos os alunos. 
 
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ÍNDICE pág. 
Introdução 04 
PARTE I – Atribuições Dos Gestores Escolares 07 
1. Supervisão de Ensino 08 
2. Direção da Escola 11 
3. Secretaria da Escola 13 
PARTE II - Orientações Básicas Para Procedimentos De Escrituração Escolar 15 
4. Escrituração Escolar 16 
o Matricula 
o Ficha Cadastral 
o Modelo de Ficha Cadastral 
16 
17 
18 
4.1 Classificação 19 
o Requerimento de Classificação (Responsável Legal) 
o Requerimento de Classificação (Aluno Legalmente Responsável) 
o Portaria do Diretor – modelo 
o Registro da Síntese das Avaliações 
o Ata de Classificação 
20 
21 
22 
23 
24 
4.2 Reclassificação 25 
o Requerimento de Reclassificação (Responsável Legal) 
o Requerimento de Reclassificação (Aluno Legalmente Responsável) 
o Proposta de Reclassificação – professor 
o Portaria do Diretor – Designação de professores 
o Síntese das Avaliações 
o Ata de Reclassificação 
27 
28 
29 
30 
31 
32 
4.3 Progressão Continuada 33 
o Notificação aos pais ou responsável legal 
o Correspondência ao Conselho Tutelar 
34 
35 
4.4 Progressão Parcial 36 
o Procedimento Pedagógico de Acompanhamento 
o Plano de Trabalho por disciplina 
o Resultado Final 
37 
38 
39 
4.5 Adaptação de Estudos 40 
o Termo de Complementação de Matrícula 
o Plano de Trabalho 
o Resultado Final 
o Ata de Resultados de Adaptação de Estudos 
41 
42 
43 
44 
4.6 Equivalência dos Estudos 45 
o Requerimento de Equivalência de Estudos (Prosseguimento de Estudos) 
o Declaração para Prosseguimento de Estudos 
o Requerimento de Equivalência de Estudos (Conclusão de Curso) 
o Parecer da Supervisão de Ensino 
o Portaria de Reconhecimento de Equivalência de Estudos (Conclusão de Estudos) 
47 
48 
49 
50 
51 
4.7 Atendimento Domiciliar 52 
o Requerimento para Atendimento Domiciliar (Responsável Legal) 
o Requerimento para Atendimento Domiciliar (Aluno Legalmente Responsável) 
o Procedimento Pedagógico 
o Resultado Final 
53 
54 
55 
57 
 
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4.8 Atendimento Domiciliar – Aluna Gestante 
 
 
 
58 
o Requerimento para Atendimento Domiciliar (Responsável Legal) 
o Requerimento para Atendimento Domiciliar (Aluna Gestante Legalmente Responsável) 
o Procedimento Pedagógico 
o Resultado Final 
59 
60 
61 
62 
4.9 Educação Física – período noturno 63 
o Requerimento da Dispensa de Educação Física (Responsável Legal) 
o Requerimento da Dispensa de Educação Física (Aluno Legalmente Responsável) 
64 
65 
4.10 Regularização de Vida Escolar 66 
o Ofício – Aluno matriculado e frequentando aulas 
o Portaria – Aluno matriculado e frequentando aulas 
o Ofício – Aluno quando concluiu o curso 
o Portaria – Aluno quando conclui curso 
o Portaria do Diretor de Escola (Irregularidade com dolo – Anulação de Documento 
Escolar) 
o Portaria do Diretor de Escola (Irregularidade com dolo – Anulação de Matrícula e Atos 
Escolares) 
o Requerimento de Restabelecimento de Eficácia de Estudos 
o Portaria de Restabelecimento de Eficácia de Estudos Anulados 
o Ofício de Restabelecimento de Eficácia de Estudos Anulados 
69 
70 
71 
72 
73 
 
74 
 
75 
76 
77 
4.11 Compensação de Ausências 78 
o Notificação e Termo de Ciência 
o Compensação de Ausências – Plano de Trabalho 
o Compensação de Ausências – Resultado Final 
79 
80 
81 
4.12 Reposição de Aulas / Dias Letivos 82 
o Ofício – Reposição de Dias Letivos / Aulas 
o Quadro Geral da Escola 
o Cronograma de Resposição 
o Ata de Aprovação do Plano de Reposição – Dias Letivos 
84 
85 
86 
87 
4.13 Terminalidade 88 
o Proposta de Terminalidade 
o Declaração de Anuência 
o Relatório Individual de Alunos 
o Anexos II - Ficha de Acompanhamento Diário do Aluno 
o Anexo III - Ficha de Acompanhamento Bimestral e Individual do Aluno 
o Avaliação Pedagógica Descritiva 
o Certificado de Terminalidade Específica 
91 
92 
93 
94 
95 
96 
97 
4.14 Escola de Ensino Integral – Disciplinas Eletivas 98 
o Formulário de Opção de Disciplina Eletiva 99 
5. Histórico Escolar 100 
5.1 Estrutura do Histórico Escolar 101 
5.2 Anexos 103 
 
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PARTE I 
 
ATRIBUIÇÕES DOS 
 
GESTORES ESCOLARES 
 
 
 
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1. SUPERVISÃO DE ENSINO 
 
Na estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SE-
SP), o Supervisor de Ensino é o agente fundamental para o desenvolvimento das políticas 
educacionais e auxilia na promoção da qualidade de ensino e no cumprimento da legalidade 
dos atos escolares. 
- Decreto nº 57.141/2011 e Resolução SE nº 70/2010. 
Atribuições Gerais 
 Parceiro da equipe escolar, compartilhando
responsabilidades, na consolidação das 
propostas pedagógicas das escolas da rede pública, na implementação de ações 
integradas voltadas para a gestão da escola visando a melhoria dos resultados da 
aprendizagem; 
 Assessor da equipe escolar na verificação de documentação: informar às autoridades 
superiores, por meio de termos de acompanhamento registrados nas escolas e outros 
relatórios, as condições de funcionamento pedagógico, administrativo, físico, material, 
bem como as demandas das escolas, sugerindo medidas para superação das fragilidades, 
quando houver. 
Atribuições Específicas da Área de Atuação do Supervisor de Ensino 
No Sistema Estadual de Educação 
Assessorar, acompanhar, orientar, avaliar e controlar os processos educacionais 
implementados nas diferentes instâncias do Sistema de Ensino: 
 identificando os aspectos a serem aperfeiçoados ou revistos na implementação das 
políticas educacionais, bem como das diretrizes e procedimentos delas decorrentes; 
 propondo alternativas para superação dos aspectos a serem aperfeiçoados e/ou revistos; 
 orientando os estabelecimentos de ensino quanto ao cumprimento das normas legais 
estabelecidas e das determinações emanadas das autoridades superiores; (...). 
 Na Equipe de Supervisão de Instância Regional 
 realizar estudos e pesquisas, dar pareceres e propor ações voltadas para o 
desenvolvimento do sistema de ensino; (...) 
 participar da elaboração e do desenvolvimento de programas de educação continuada 
propostos pela Secretaria para aprimoramento da gestão escolar. 
Nas Unidades Escolares da Rede Pública Estadual 
 Apresentar à equipe escolar as principais metas e projetos da SE-SP, com vista à sua 
implementação; (...) 
 
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 Acompanhar e avaliar o desempenho da equipe escolar, buscando, numa ação conjunta, 
soluções e formas adequadas ao aprimoramento do trabalho pedagógico e 
administrativo da escola; 
 Participar da análise dos resultados do processo de avaliação institucional que permita 
verificar a qualidade do ensino oferecido pelas escolas, auxiliando na proposição e 
adoção de medidas para superação de fragilidades detectadas; (...) 
 Acompanhar a atuação do Conselho de Classe e Série, analisando os temas tratados, o 
encaminhamento dado às situações e às decisões adotadas; 
 Orientar a equipe gestora das unidades na organização dos colegiados e instituições 
auxiliares das escolas, visando ao envolvimento efetivo da comunidade e funcionamento 
regular, conforme normas legais e éticas; 
 Assessorar as equipes escolares na interpretação e cumprimento dos textos legais e na 
verificação de documentação escolar; 
 Informar ao Dirigente Regional de Ensino, por meio de termos de acompanhamento 
registrados nas unidades escolares e relatórios, as condições de funcionamento 
pedagógico administrativo, físico, material, bem como as demandas das escolas, 
sugerindo medidas para a superação das fragilidades, quando houver. 
Competências e Habilidades Necessárias ao Supervisor de Ensino 
Competências Gerais 
 Dominar e utilizar metodologias de supervisão e tecnologias da informação como 
ferramentas para exercer as suas funções. 
 Compreender o papel da Diretoria de Ensino na organização da SE-SP. 
 Diagnosticar as necessidades de formação continuada dos agentes educacionais. 
 Compreender a importância da auto-avaliação e do gerenciamento do auto-
desenvolvimento profissional. 
Habilidades Específicas 
 Identificar e analisar princípios e normas nacionais, especialmente a LDB e as DCNs. 
 Identificar, analisar, explicar e justificar as políticas educacionais da SE-SP, no 
contexto social e de desenvolvimento do Estado de São Paulo, em áreas como: (I) 
gestão escolar; (II) desenvolvimento curricular; (III) avaliação externa do desempenho 
dos alunos; (IV) carreira dos professoResolução (...) 
 Identificar os elementos da organização do ensino, da legislação e normas que 
fornecem diretrizes para ações de melhoria do desempenho das escolas, seus 
profissionais e seus alunos. 
 Dominar procedimentos de observação, coleta e registro, organização e análise de 
dados educacionais bem como os usos de indicadores sociais e educacionais. (...) 
 Identificar atitudes e ações do supervisor escolar que colaboram para a gestão 
escolar comprometida com resultados. (...) 
 Reconhecer as principais características dos sistemas de avaliação da educação 
básica, e compreender os conceitos básicos que as fundamentam. (...) 
 Identificar elementos das legislações referidos à prática e exercício da supervisão. (...) 
 
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 Identificar as necessidades de formação continuada dos agentes educacionais 
Em relação ao histórico escolar 
Caberá ao Supervisor de Ensino nas escolas de sua responsabilidade: 
a) inserir no Cadastro de Escola os dados oficiais de autorização e funcionamento da 
Unidade Escolar e respectivos cursos; 
b) atendido o estabelecido na alínea anterior inserir, no caso de Unidades Escolares 
credenciadas pelo Conselho Estadual de Educação para revalidação dos diplomas e 
certificados de conclusão de habilitações profissionais de nível médio, expedidos por 
instituições estrangeiras, o ato oficial que fundamenta a referida revalidação - 
Resolução CFE 4, de 7 de julho de 1980; 
c) conferir esses dados quando cadastrados anteriormente, retificando-os quando for o 
caso e/ ou efetuando a inserção de novos dados; 
d) validar os dados disponibilizados e confirmados pelo Diretor, à vista do cumprimento 
do previsto no Regimento e no Plano Escolar, referentes ao ano/semestre letivos de 
conclusão dos alunos. - Portaria CGEB de 24.10.2012. 
 
 
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2. DIREÇÃO DE ESCOLA 
DIRETOR DE ESCOLA - Decreto nº 57.141/2011 e Resolução SE nº 70/2010 
Na estrutura organizacional da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SE-
SP), o Diretor de Escola é o profissional que se ocupa da direção, administração, supervisão e 
coordenação da educação na escola. Sua principal função é gerenciar todo processo 
educativo da escola. 
Atribuições Gerais 
Compete ao Diretor, em parceria com o Supervisor de Ensino e, em sua esfera de 
competência, garantir a concretização da função social da escola, liderando o processo de 
construção de identidade de sua instituição, por meio de uma eficiente gestão, nas seguintes 
dimensões: 
o de resultados educacionais do ensino e da aprendizagem; 
o participativa; 
o pedagógica; 
o dos recursos humanos; 
o dos recursos físicos e financeiros. 
Atribuições Específicas da Área de Atuação do Diretor de Escola 
Na Área de Resultados Educacionais 
o acompanhar indicadores de resultados: de aproveitamento, de frequência e de 
desempenho das avaliações interna e externa dos alunos; 
o analisar os indicadores e utilizá-los para tomada de decisões que levem à melhoria 
contínua da Proposta Pedagógica, à definição de prioridades e ao estabelecimento de 
metas articuladas à política educacional da SE-SP. (...) 
 
Na Área Pedagógica 
o promover o atendimento às diferentes necessidades e ritmos de aprendizagem dos 
alunos; 
o realizar práticas e ações pedagógicas inclusivas; 
o monitorar a aprendizagem dos alunos, estimulando
a adoção de práticas inovadoras 
e diferenciadas; 
o mobilizar os Conselhos de Classe/Série como co-responsáveis pelo desempenho 
escolar dos alunos. (...). 
 
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Na Área de Gestão de Serviços e Recursos 
o Promover a organização da documentação e dos registros escola Resolução (...). 
 
Competências e Habilidades necessárias ao Diretor de Escola 
Competências Gerais 
o Dominar e utilizar metodologias de planejamento e tecnologias da informação como 
ferramentas para exercer as suas funções. 
o Compreender o papel do Diretor Escolar na organização da SE-SP. (...) 
o Compreender a visão contemporânea de gestão escolar vinculada a resultados.(...) 
o Demonstrar conhecimentos sobre princípios e métodos para exercer a direção da 
escola como elemento de apoio e difusor de inovações e boas práticas de ensino-
aprendizagem. 
o Promover e definir ações para formação continuada dos agentes educacionais da 
escola. 
o Compreender a importância da auto-avaliação e do gerenciamento do auto-
desenvolvimento profissional. 
 
Habilidades Específicas 
o Compreender o papel que as diferentes instâncias da governança educacional 
exercem na definição e implementação de políticas educacionais: 
(I) âmbito nacional e 
governo federal; 
(II) governos estaduais e 
municipais; 
(III) conselhos nacional, 
estaduais e municipais de 
educação. 
o Identificar e analisar princípios e normas nacionais, especialmente a LDB e as DCNs. 
o Identificar, analisar, explicar e justificar as políticas educacionais da SE-SP, no 
contexto social e de desenvolvimento do Estado de São Paulo, em áreas como: 
(I) gestão escolar; (II) desenvolvimento 
curricular; 
(III) avaliação externa do 
desempenho dos alunos. 
(...) 
o Identificar os elementos da organização do ensino, da legislação e normas que 
fornecem diretrizes para ações de melhoria do desempenho das escolas, seus 
profissionais e seus alunos. 
o Dominar procedimentos de observação, coleta e registro, organização e análise de 
dados educacionais bem como os usos de indicadores sociais e educacionais. (...) 
Identificar métodos e técnicas de avaliação dos trabalhos das equipes da escola 
(professores, funcionários e pessoal administrativo). 
o Compreender e aplicar a legislação escolar e as normas administrativas em contextos 
adequados. (...) 
 
Quanto ao processo de ratificação dos Históricos Escolares: 
 
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Caberá ao Diretor de Escola, à vista dos dados disponibilizados pelo Gerente de Organização 
Escolar, conferir e ratificar a identidade, regularidade e autenticidade dos Históricos 
Escolares ou ainda providenciar eventuais retificações (Portaria CGEB de 24.10.2012) e 
adequações necessárias. 
 
3. SECRETARIA DA ESCOLA 
 
A estrutura de Recursos Humanos da Secretaria da Escola é composta por: Gerente 
de Organização Escolar, Secretário de Escola, Agente de Organização Escolar, Oficial 
Administrativo e Agente Administrativo; com suas atribuições definidas nos termos da Lei 
Complementar nº 1.144/2011, Decreto nº 57.462/2011 e Resolução SE nº 52/2011. 
 
Atribuições Gerais 
Aos funcionários em exercício cabe o registro e a manutenção da vida escolar dos alunos, de 
acordo com o cargo/função a seguir: 
 O servidor designado para o exercício da função de Gerente de Organização Escolar 
exerce a gestão das atividades de responsabilidade da Secretaria da Escola, 
responsabilizando-se pelo acompanhamento e controle de sua execução, com vistas 
ao pleno desenvolvimento dos trabalhos, a fim de garantir o cumprimento das 
atividades e o atendimento às necessidades da escola. 
 O Secretário de Escola exerce atividades relacionadas às ações da secretaria escolar, 
que lhe forem determinadas pelo Gerente de Organização Escolar ou pelo Diretor de 
Escola. 
 Ao Agente de Organização Escolar, Oficial Administrativo e Agente Administrativo, 
cabe desenvolver atividades no âmbito da organização escolar, relacionadas com a 
execução de ações envolvendo a secretaria escolar e o atendimento a alunos e à 
comunidade, de acordo com as necessidades da escola, a saber: 
I – organizar e manter atualizados os prontuários dos alunos, procedendo ao 
registro e escrituração relativos à vida escolar, especialmente no que se refere à 
matrícula, frequência e histórico escolar; 
II – providenciar a elaboração de diplomas, certificados de conclusão de série e de 
cursos, de aprovação em disciplinas e outros documentos relativos à vida escolar 
dos alunos; 
III – expedir comunicados à equipe escolar sobre a movimentação escolar dos 
alunos; 
IV – inserir, manter e atualizar dados dos alunos nos Sistemas Informatizados 
Corporativos da Secretaria de Estado da Educação, tais como: 
 
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a) efetivação de matrícula e manutenção da ficha cadastral dos alunos, de 
acordo com a documentação civil, e atualização do endereço completo; 
b) lançamento de todas as informações referentes à participação em programas 
de distribuição de renda, transporte escolar e, quando for o caso, de 
caracterização de necessidade educacional especial; 
c) lançamento da movimentação escolar, tais como transferências, ausências, 
abandono e outros; 
d) lançamento de notas e frequência dos alunos, por componente curricular, no 
Sistema de Avaliação e Frequência; 
e) registro do Rendimento Escolar Individualizado; 
f) preparação da documentação e dados para consultas e publicação de registro 
de concluintes de curso no sistema GDAE, Módulo Concluintes; 
V – organizar e manter atualizado o protocolo, arquivo escolar, acervo de leis, 
decretos, regulamentos, resoluções, portarias e comunicados de interesse da 
escola, responsabilizando-se pela guarda de documentos; 
VI – acompanhar as publicações no Diário Oficial do Estado; 
VII – responder, perante o superior imediato, pela regularidade e autenticidade dos 
registros da vida escolar dos alunos; 
VIII – cumprir normas legais, regulamentos, decisões e prazos estabelecidos para a 
execução dos trabalhos de sua responsabilidade; 
IX – receber, registrar, preparar, distribuir e instruir expedientes e ofícios, dando-
lhes o devido encaminhamento; 
X – atender aos servidores da escola e aos alunos, prestando-lhes esclarecimentos 
sobre escrituração e legislação, consultando o superior imediato quando 
necessário. 
 
 
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PARTE II 
 
ORIENTAÇÕES BÁSICAS 
 
PROCEDIMENTOS DE ESCRITURAÇÃO ESCOLAR 
 
 
 
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4. ESCRITURAÇÃO ESCOLAR 
 
A escrituração escolar é o registro sistemático de todos os fatos relativos à 
instituição de ensino e tem por finalidade assegurar, a qualquer tempo, a regularidade e 
autenticidade da vida escolar do aluno e do funcionamento da instituição. 
O setor responsável pela escrituração
escolar é a secretaria da escola, a quem 
cabe registrar as ocorrências de acordo com a ordem e sequência dos acontecimentos, para 
que sirvam de documentos comprobatórios da trajetória escolar dos alunos, bem como da 
vida funcional dos servidores que nela atuam e da própria instituição. 
A vida escolar do aluno inicia-se a partir da matrícula. O registro o acompanhará 
por todo seu percurso escolar. 
MATRÍCULA 
A matrícula pode ser efetuada por: 
a. ingresso: no 1º ano do Ensino Fundamental, com base apenas na idade; 
b. classificação: baseada na idade/série/ano e competência; e 
c. reclassificação: a partir do 2º ano do Ensino Fundamental; 
A matrícula envolve duas etapas principais: a entrega de documentação e o 
registro no Sistema de Cadastro de Alunos. 
A matrícula será requerida pelo aluno (quando maior de 18 anos) e/ou por seu 
responsável legal e se efetivará mediante a entrega da documentação abaixo elencada, que 
deverá ser arquivada em prontuário próprio: 
 Cópia da Certidão de Nascimento ou Casamento, conforme o caso; 
 Cópia do RG do aluno, caso o possua; 
 Cópia de comprovante de endereço ou declaração; 
 No caso de transferência, inserção no Sistema de Cadastro de Aluno e 
posterioriormente histórico Escolar de transferência; 
 
Obs.: Ainda que o aluno não possua a documentação citada, a escola não 
deverá negar o acesso à educação. Sendo o aluno menor de idade e 
não possuir a certidão de nascimento, encaminhar os responsáveis 
legais ao Conselho Tutelar para as providências cabíveis. 
 
De posse da documentação do aluno, providenciar: 
a) Consulta ao RA (registro de aluno) no Sistema de Cadastro de Alunos - conferir 
e atualizar os dados; 
Obs: caso não possua RA, inserir os dados pessoais do aluno para gerá-lo. 
b) Efetivar a matrícula no sistema de cadastro de alunos e 
c) Dar ciência, do Regimento Escolar, ao Aluno e/ou Responsável Legal. 
 
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FICHA CADASTRAL 
 
Preenchida diretamente no sistema de cadastro, no ato da matrícula, a 
finalidade da ficha cadastral é a inscrição do aluno no quadro discente da escola. 
Deverá conter o registro dos dados pessoais do aluno e, se recebido por 
transferência, de sua escola de origem. No decorrer da vida escolar, deverá ser registrada 
sua trajetória, com as devidas assinaturas do Gerente Escolar e do Diretor de Escola. 
Após o preenchimento, imprimir e colher a assinatura do aluno ou responsável 
legal. 
 
Obs.: Se no ato da matrícula o sistema não estiver acessível, a Ficha 
Cadastral deverá ser preenchida manualmente. 
 
Para tanto, preencher a ficha conforme modelo abaixo: 
 
 
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4.1 CLASSIFICAÇÃO 
 Classificar significa matricular o(a) aluno(a) no(a) (ano/série/termo) adequado(a) a seu nível de 
competência, respeitada a correlação idade/série. 
 A classificação, adotada no Ensino Fundamental e Médio, ocorre para alunos: 
 da própria UE (promoção, retenção, promoção parcial ou retenção parcial); 
 recebidos por transferência de outras UEs do país ou do exterior; 
 que não comprovem escolaridade anterior, mediante avaliação de competência; 
 resultantes de processo de reclassificação, observado o critério de idade e competência. 
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n
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  Lei federal nº 9.394/96 - art. 24 – LDB. 
 Del CEE nº 10/1997 e Indicação nº 9/97 – Fixa normas para elaboração do Regimento dos 
estabelecimentos de Ensino fundamental e médio. 
 Parecer CEE nº 67/98 - CEF/CEM - Aprovado em 18.3.98 - Normas Regimentais Básicas 
para as Escolas Estaduais – artigos 73 e 75. 
 Parecer CEE nº 500/98 – autorização para matricula no Ensino Médio sem ter concluído o 
Ensino Fundamental. 
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: 
Ter sido aprovado ou reprovado na série/ano anterior ou não possuir documentação escolar. 
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 Deferir a matrícula com base na regularidade da documentação. 
 Alunos sem comprovação de escolaridade anterior: 
 Indicar docente(s) da unidade escolar para proceder à avaliação de competência; 
 Definir data para realização das avaliações; 
 Dar ciência, ao interessado ou Responsável Legal, da(s) data(s) das avaliações, por escrito; 
 Encaminhar os resultados das avaliações ao Conselho de Classe ou Ano ou Série ou termo, 
para apreciação e decisão final; 
 Assegurar emissão de parecer conclusivo do Conselho de Classe ou Série/ano/termo, 
devidamente assinado e homologado; 
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 Analisar os resultados da avaliação e indicar o ano/série em que o aluno deverá ser 
classificado, bem como a necessidade de eventuais estudos de recuperação. 
 Emitir parecer conclusivo, registrando-o em papel timbrado ou livro próprio. 
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 As avaliações referentes às disciplinas da base nacional comum do currículo, a redação e os 
instrumentos deverão ser arquivados no prontuário do aluno. 
Manter o Cadastro de Alunos devidamente atualizado. 
Anexar cópia dos instrumentos de avaliação no prontuário do aluno. 
No caso de aluno que não conste escolaridade anterior ou alunos promovidos em regime da 
Progressão Continuada, necessariamente deverá constar o procedimento no campo de 
observação do Histórico Escolar. 
 
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(Sem timbre) 
REQUERIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO 
(Responsável Legal) 
 
 
Ilmo. Sr. Diretor da EE _________________________________________________ 
 
 
________________________________________________________, RG: __________________, 
responsável por ______________________________________________, RG: , 
nascido(a) em ____/____/____, vem requerer sua CLASSIFICAÇÃO, nos termos da Lei federal nº 
9.394/96, art. 24, para o(a) (ano/série/termo) do Ensino 
______________________________ (Fundamental/Médio), devido a ausência de comprovação 
de escolarização anterior. 
 
 
___/___/____ 
(Data) 
 
______________________________ 
(Assinatura) 
 
PROTOCOLO nº: 
____________/________ 
Data: ______/______/_______ 
 
Assinatura: 
 
A vista da análise do solicitado e nos termos da 
legislação vigente: 
( ) Defere 
( ) Indefere 
Data: ______/______/_______ 
 
 
Diretor de Escola 
(Carimbo e assinatura) 
 
----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ---- ----  ---- ----  ---- 
 
REQUERIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO 
 
PROTOCOLO nº: ____________/________ 
Data: ______/______/_______ 
 
Assinatura: 
 
CARIMBO DA U.E. 
 
 
 
OBS para SISTEMA: Listar documentos para anexar
ao requerimento: Certidão de 
Nascimento, RG/RNE , Comprovante de Endereço. Aparecer expressões: 
 Apresentar Originais e cópias legíveis. 
 Assinatura de Pai ou Mãe ou Responsável Legal, quando menor. 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
Folha - 21 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
 
(sem timbre) 
 
REQUERIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO 
 (Aluno Legalmente Responsável) 
 
 
 
Ilmo. Sr. Diretor da EE _________________________________________________ 
 
 
 
________________________________________________________, RG: __________________, 
nascido(a) em ____/____/____, vem requerer CLASSIFICAÇÃO, nos termos da Lei federal nº 
9.394/96, art. 24, para o(a) (ano/série/termo) do Ensino __________________________ 
(Fundamental/Médio), devido a ausência de comprovação de escolarização anterior. 
 
 
___/___/____ 
(Data) 
 
______________________________ 
(Assinatura) 
 
PROTOCOLO nº: 
____________/________ 
Data: ______/______/_______ 
 
Assinatura: 
 
A vista da análise do solicitado e nos termos da 
legislação vigente: 
( )Defere 
( )Indefere 
Data: ______/______/_______ 
 
 
Diretor de Escola 
(Carimbo e assinatura) 
 
----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ----  ---- ----  ---- ----  ---- 
 
REQUERIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO 
 
PROTOCOLO nº: ____________/________ 
Data: ______/______/_______ 
 
Assinatura: 
 
CARIMBO DA U.E. 
 
 
 
 
OBS para SISTEMA: Listar documentos para anexar ao requerimento: Certidão de 
Nascimento, RG/RNE , Comprovante de Endereço. Aparecer expressões: 
 Apresentar Originais e cópias legíveis. 
 Assinatura de Pai ou Mãe ou Responsável Legal, quando menor. 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
Folha - 22 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
 
 
( Papel timbrado) 
(Para fim de classificação e 
em caso de inexistência de documentação escolar) 
 
 
 
PORTARIA DO DIRETOR DE ESCOLA DE ______ /______ /____________. 
 
O Diretor da EE _____________________________________________________________________, 
no uso de suas atribuições legais, DESIGNA os professores: 
 
Nome R.G. 
Disciplina/Área de 
conhecimento E.M. 
Ass. do Professor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
para, sem prejuízo de suas funções docentes, num prazo de no máximo 10 (dez) dias úteis, proceder 
a avaliação de competência nas disciplinas da base nacional comum do currículo e redação, para fins 
de classificação no(a) ___ (ano/série/termo), do Ensino _________________(Fundamental/Médio) 
do(a) aluno(a) _____________________________________________________ RG:____________, 
nos termos do art. 24 da Lei federal nº 9.394/96 e Indicação nº 9/97, do Regimento Escolar e demais 
legislações, conforme requerimento em anexo, datado de ____/____/____ . 
 
 
 
 
 
 
 
Diretor de Escola 
(Carimbo e assinatura) 
 
 
 
 
 
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Folha - 23 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
(Papel timbrado) 
REGISTRO DA SÍNTESE DAS AVALIAÇÕES 
 REALIZADAS PARA FINS DE CLASSIFICAÇÃO 
 
 
O(a) aluno(a) _____________________________________________________ RG _____________ 
após ser submetido(a) à avaliação de competência nas disciplinas da base nacional comum do 
currículo e redação, em ___/___/___, para fins de classificação no(a) ___ (ano/série/termo), do 
Ensino ___________________ (Fundamental/Médio), obteve os seguintes resultados: 
 
Nome do Professor R.G. Disciplina Resultado Assinatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome do Professor R.G. Resultado da Redação Assinatura 
 
 
 
De acordo ___/___/___. 
 
Diretor de Escola 
(Carimbo e assinatura 
Ciente ___/___/___. 
 
___________________________ 
Aluno(a) ou Responsável Legal. 
 
 
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Folha - 24 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
(Papel timbrado) 
 
ATA DE CLASSIFICAÇÃO 
 
 
 Aos _____ dias do mês de ______ do ano de _______, em uma das dependências da 
EE________________________________ sob a presidência do Diretor de Escola, 
Prof.(a)_______________________, reuniram-se os membros do Conselho de 
Classe/(ano/série/termo) do(a) _____ (ano/série/termo), para analisar os resultados das avaliações 
de competência nas disciplinas da base nacional comum do currículo e redação em Língua 
Portuguesa, realizadas pelo(a) aluno(a) ________________________________________________ 
RG. ___________________ e indicar o(a) ___ (ano/série/termo), do Ensino ______________ 
(Fundamental/Médio), em que o(a) mesmo(a) foi classificado(a), bem como a necessidade de 
eventuais estudos de adaptação, observada a correlação idade/série, nos termos do art. 24 da Lei 
federal nº 9.394/96, Del. CEE nº 10/1997 e Indicação CEE nº 9/97. Da análise dos resultados das 
avaliações realizadas, este Conselho é de PARECER que o(a) referido(a) aluno(a) ( ) está apto ( ) 
não está apto a cursar o(a) ___ (ano/série/ciclo/termo), do Ensino ______________ 
(Fundamental/Médio). O(a) aluno(a) ( ) deverá ( ) não deverá realizar estudos de adaptação na(s) 
disciplina(s): ______________________________________. Nada mais havendo a tratar, encerra-se 
a presente ata que vai por mim, _________________________________ assinada, pelo Diretor de 
Escola ______________________, e pelos professores responsáveis. Município/SP, data. (segue 
Nome Completo/RG/assinaturas) 
 
 
 
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Folha - 25 - 
 
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E PADRONIZAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCOLARES 
 
4.2 RECLASSIFICAÇÃO 
A reclassificação do aluno, em série mais avançada daquela em que se encontra matriculado, do Ensino 
Fundamental e/ou Médio, definirá o(a) (ano/série) mais adequado(a) ao prosseguimento de estudos do 
aluno, tendo como base a correspondência idade/série e a avaliação de competência nas disciplinas da base 
nacional comum do currículo e redação em Língua Portuguesa. 
 
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am
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 L
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al
 
 Lei federal nº 9.394/96 - § 1º do art. 23 – LDB. 
 Del. CEE nº 10/1997 e Indicação CEE nº 9/1997 – Fixa normas para elaboração do Regimento 
dos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio. 
 Parecer CEE nº 67/1998 - CEF/CEM - Aprovado em 18.3.1998 - Normas Regimentais Básicas 
para as Escolas Estaduais – artigos 73 e 75. 
 Resolução SE nº 20 de 5.2.1998 - dispõe sobre a operacionalização da Reclassificação de 
alunos das Escolas da rede estadual. 
 Parecer CEE nº 500/1998 – autorização para matricula no Ensino Médio sem ter concluído o 
Ensino Fundamental. 
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 Proposta apresentada pelo professor(es) do aluno, com base nos resultados de avaliação 
diagnóstica; ou 
 Solicitação do próprio aluno e/ ou seu responsável legal, mediante

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