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Elementos eficaciais

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CAPÍTULO III – Da Condição, do Termo e do Encargo
Condição – arts. 121 a 130
Art. 123.Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;
II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;
III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.
Não se admitem condições que não seja reais e sérias.
O objeto da condição deve ser a previsão de evento futuro e incerto, mas cuja realização seja razoável. Aqui, todo o negócio será inválido, não somente a condição.
Inc. I: contrárias às leis da natureza (estrada para a lua) ou ao direito (comunhão de bens para o maior de 71 anos), se suspensivas;
Inc. II: Não confundir; aqui são possíveis, porém proibidas.
Inc. III: são as condições perplexas. É dizer, obscuras e que possibilitam várias interpretações.
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.
Somente a condição será atingida, não o negócio.
Inexistente: condição resolutiva impossível. 
Lembrar que a condição resolutiva serve somente para estabelecer o fim da eficácia do negócio jurídico.
Inexistente também: não fazer coisa impossível, sejam elas suspensivas ou resolutivas.
É tida por inexiste; logo, o negócio é havido como puro. ora, se a coisa é impossível, jamais poderá ser feita.
Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.
Condena-se o dolo daquele que, em proveito próprio, impede ou força a realização da condição.
A lei fictamente desconsidera a realidade e presume o contrário do que efetivamente se passou.
Após o comportamento da parte, todos os seus atos são considerados ineficazes.
Ex.: deixa um bem, enquanto cuidar da esposa doente; esta o despede.
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.
Pendente a condição, há uma expectativa de direito.
O CC consagra a proteção a proteção legal à essa expectativa.
Ex.: ingressar com uma medida cautelar.
Termo – arts. 131 a 135
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
Termo é a cláusula que determina o momento em que começa ou cessa a produção dos efeitos do ato negocial, sendo que tal momento é sempre futuro e certo.
Diferente da condição, em que há suspensão da aquisição do direito, que jamais pode vir a ocorrer. No termo, adquire-se de logo o direito, ficando suspenso o seu exercício apenas.
Encargo
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
O encargo, também conhecido como modo, é um ônus que diminui a extensão da liberalidade.
Restringe a vantagem criada ao beneficiário.
Próprio dos negócios gratuitos, como doação e testamento. Se em negócios onerosos, há uma condição.
No encargo, a doação se aperfeiçoa no momento da aceitação do beneficiário, pois não há suspensão do exercício nem da aquisição do direito.
Parte final: verdadeira condição!
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.
O encargo deve conter obrigação lícita e possível. Do contrário, considera-se não escrito.
Parte final: doa uma casa para construir um bordel.

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