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Bubalinos final

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O búfalo tem se destacado pela sua capacidade adaptativa aos mais diversos tipos de ambientes, principalmente pela sua ampla distribuição geográfica, habitando desde regiões de baixíssima temperatura até locais quentes e úmidos como o norte do Brasil. Apesar de serem capazes de manter uma boa condição corporal em ambientes adversos, onde os bovinos não se desenvolvem bem, como pastagens de baixo valor nutritivo e campos alagados, os búfalos também se mostram sensíveis ao calor e, em condições de temperaturas ambientes elevadas apresentam alterações nos parâmetros fisiológicos e queda na produção e eficiência reprodutiva.
Estes animais são versáteis sob pastejo extensivo, apresentando menor adaptação fisiológica às temperaturas extremas, quando comparado aos bovinos. A pele e a pelagem preta dos bubalinos absorvem mais os raios solares, tornando-os menos eficazes para a dissipação de calor por reflexão da radiação
Além disso, o búfalo possui apenas 1/16 das glândulas sudoríparas existentes na superfície da pele dos bovinos, implicando em maior dificuldade de dissipar calor através da sudorese.
Os bubalinos são sensíveis às altas temperaturas, principalmente aquelas acima de 36,1°C e a exposição direta ao sol, apresentando alterações fisiológicas acentuadas, para a adaptabilidade ao ambiente, o que justifica sua preferência a ambientes pantanosos e alagados em geral.
A constante exposição do animal a altas temperaturas e a radiação solar trazem consequências negativas ao seu desempenho, uma vez que na busca de dissipar calor e reduzir o incremento calórico gerado pela alimentação, o animal reduz o seu consumo, subdesempenhando, pois se os animais não tiverem acesso à abrigos, lamaçal, aspersão de água, etc., o consumo de alimentos e a taxa de crescimento diminuem, podendo ocorrer a perca de peso. Em búfalas em lactação, o consumo de água aumenta, diminui a produção de leite. E os bezerros são mais sensíveis as altas temperaturas, ficando cansados com mais frequência, perdendo o apetite, ocorre o lacrimejamento nos olhos e aumento da temperatura corporal. Assim precebe-se que o estresse por calor acarretam perdas em todas as fazes de produção, e essas se refletem na receita da propriedade, e assim no bolso do produtor.
Segundo os estudos de fisiologia, a sombra constitui-se a mais efetiva das proteções e podem ser oferecidas aos animais através de instalações adequadas como: plantio de árvores, coberturas de sapé e bambu. Os búfalos se protegem na sombra nas horas mais quentes do dia. As lagoas e lamaçais também podem ser utilizados pelos animais, uma vez em em contato com a fonte de menor temperatura perdem calor por condução.
Outra forma de dissipar o calor dos animais é através da asperção de água que deve ser de 3 a 4 vezes nas horas mais quentes, por 3 minutos cada aspersão. E a água para eles beberem deve ser fresca.