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EVOLUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO Dra Raquel Rocha Machado Rosa CONTRATILIDADE UTERINA Durante a gestação, o miométrio apresenta crescimento constante e, em virtude do bloqueio progestagênico, há baixa frequência de contrações. Progesterona, o principal hormônio da gravidez, consolida as ligações no retículo sarcoplasmático, reduzindo assim a fração livre disponível de cálcio intracelular e, consequentemente, elevando o limiar de excitabilidade da fibra miometrial CONTRATILIDADE UTERINA Ate por volta de 28 semanas de gestação as contrações predominantes são as do tipo A (alta frequencia 1/min e baixa amplitude 2 a 4 mmhg) Dolorosa a partir de 15mmhg. A partir de 28 semanas as do tipo B tornam-se mais frequentes, atingindo incremento maximo 4 semanas antes do parto Do tipo B ou Braxton Hicks- contrações de 10 a 20 mmhg. Maior peso do nenem no final/ maior frequencia de braxton hicks/ maiores queixas das gestantes/ escopolamina e repouso relativo CONTRATILIDADE UTERINA Trabalho de parto 50 mmHg As contraçoes uterinas se iniciam na parte superior do útero, local em que são mais intensas, e se propagam com intensidade decrescente pelo corpo do utero ate atingir o segmento inferior (tríplice gradiente descendente) CONTRATILIDADE UTERINA Durante a fase de dilatação, a frequência das contrações uterinas é de duas a três em 10 minutos, com intensidade de aproximadamente 30 mmhg; Já no período expulsivo, pode chegar a cinco contrações em 10 minutos, com intensidade de 50mmhg. Soma-se ainda os puxos que são contrações abdominais involuntárias CONTRATILIDADE UTERINA As contrações que ocorrem no puerpério imediato tem como principal função auxiliar a dequitação e a hemostasia. Esse fenômeno de miotamponamento determina a laqueadura viva dos vasos uterinos e faz com que o útero fique devidamente contraído, o que foi denominado globo de segurança de pinard. Sucção do nenem (ocitocina), dor de tortos PARTURIÇÃO Antes do início das contrações dolorosas, o útero sofre modificações fisiológicas e bioquímicas locais concomitantes com o aumneto da frequência das contrações até que o verdadeiro trabalho de parto seja deflagrado, Esse processo fisiológico possui 4 etapas: Quiscência fase 1 Ativação fase 2 Estimulação fase 3 Involução fase 4 QUIESCÊNCIA Relativa ausência de resposta as contrações uterinas Desde a implantacao do zigoto e perdura por toda a gravidez. Apesar de algumas poucas contrações serem observadas nesse período, elas não modificam a estrutura cervical e nem causam dilatação do colo uterino FASE 2 - ATIVAÇÃO Prepara o utero e o colo para o trabalho de parto. Dura de 6 a 8 semanas. Caracteriza-se pela descida do fundo do utero FASE 3- ESTIMULAÇÃO Contrações uterinas efetivas FASE 4- INVOLUÇÃO Involução PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO Primeiro período (DILATAÇÃO) Inicia-se com as primeiras contrações dolorosas, cuja principal ação é a modificação do cervix. Esse periodo começa com as primeiras modificações cervicais e termina com os 10 cm de dilatação Possui 2 fenômenos distintos Esvaecimento e a dilataçao propriamente dita PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO Primíparas: primeiro o esvaecimento de cima para baixo, depois a dilatação do orificio externo Nas multíparas são simultâneos Rotura da bolsa por via de regra 6 cm Rotura antes do trabalho de parto (aminiorexe prematura, roprema, ropreme, RPMO). PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO A fase latente apresenta como característica contrações mais efetivas (em termos de coordenação e intensidade) sem contudo, determinar modificações significativas na dilatação cervical Em pimíparas máximo de 20h e multiparas 14h A fase ativa normalmente se inicia com a dilataco cervical de 4cm e dura em media 6 horas nas primiparas, com velocidade de cerca de 1,2cm/h e 3h nas multiparas com 1,5cm por hora. DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO Presença de contrações uterinas (pelo menos 2 em 10minutos) Associada a dilatação cervical (pelo menos 2 cm) esvaecimento cervical e/ou modificações progressivas do colo uterino. EXPULSÃO Inicia-se com a dilatação total até a explusão do feto 2h e primíparas e 1h em multíparas Período de expulsão : 30 min na multípara ( 2h com analgesia e 1h sem analgesia) e 60 min na primípara (2h com analgesia e 1h sem analgesia. DEQUITAÇÃO Secundamento ou dequitadura Descolamento central (Baudelocque- Schultze) Marginal ou periférico (Baudelocque-Duncan) Deve ocorrer em ate 30 min 80% ocorre em 10 min Manobra Jocob-Dublin PRIMEIRA HORA POS PARTO 4º período de Greenberg Fenômenos de miotamponamento Trombotamponamento Globus de Segurança de Pinard MECANISMO DE PARTO Da-se o nome de mecanismo de parto ao conjunto de movimentos e fenomenos ativos, e, em especial, passivos do feto durante sua passagem pelo canal de parto RELAÇÕES UTERO-FETAIS Atitude Disposição dos membros e da coluna vertebral Na maioria das vezes o feto apresenta atitude de flexão generalizada durante toda a gestação e parto Em situações anomalas, pode haver extensão da coluna com deflexão do polo cefalico, o que leva a apresentaçoes defletidas de 1, 2 e 3 graus A ausência de persistência de flexão de todos os membros é anormal e pode significar sofrimento fetal grave por perda do tônus muscular RELAÇÕES UTERO-FETAIS A atitude fisiológica da cabeça fetal pressupoe que ela esteja flexionada, com o mento aconchegado ao esterno, o que se denomina apresentação cefálica fletida, de vértice ou de occipito Afastamento do mento com relação ao esterno: 1.no primeiro grau de deflexão: apresentaçao de bregma 2. no segundo (apresentaçao de fronte- glabela) 3. mento- apresentação de face RELAÇÕES UTERO-FETAIS Situação Consiste na relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal. Três possibilidades: longitudinal, transversa, oblíqua. RELAÇÕES UTERO-FETAIS Apresentação Definida como a região fetal que ocupa á area do estreito superior e nela vai se insinuar Situação é longitudinal pode ter apresentação cefálica ou pélvica Transversas: córmica (ou de ombros), dorso fetal (anteriormente ou posterirormente) ou dorsais superirores ou inferiores. RELAÇÕES UTERO-FETAIS Posição Relação do dorso fetal com o lado materno RELAÇÕES UTERO-FETAIS A variedade de posicao é a orientaçao espacial do bebe ao relacionar um ponto de referencia da apresentacao fetal com um ponto de referencia osseo da bacia materna RELAÇÕES UTERO-FETAIS A primeira letra diz respeito ao ponto de referencia da apresentaçao fetal: O (occipio), B (bregma), N(naso), M(mento), S (sacro) e A (acromio). A segunda letra refere-se ao lado materno para o qual esta voltado o ponto de referencia fetal (posiçao): D, E. é importante lembrar que essa letra é suprimida nas variedades anteroposteriores (sacral e pubica) A terceira letra indica variedade de posicao, conforme o feto esteja voltado para a bacia ossea materna. A (anterior) iminencia ileopectinea, T transverso, P (posterior ou pubis), S (sacro) MECANISMO DE PARTO Insinuação Planos de De Lee Passagem do maior diametro da apresentação. Em primiparas a insinuaçao na maioria das vezes ocorre 15 dias antes do parto MECANISMO DE PARTO Assinclitismo e sinclitismo Movimentos da cabeça de flexão lateral Durante o processo de insinuação, um dos ossos parientais atravessara o estreito superior da pelve antes do outro, aproximando a sutura sagital de um dos ossos do eixo (pubis ou sacro ) da mae. Posterior atravessa primeiro (assinclitismo posterior) Anterior atravessa primeiro ( assinclitismo anteriror). Outro processo que facilita a insinuaçao é o cavalgamento dos ossos do cranio fetal MECANISMO DE PARTO Descida ou progressão É o momento definido pela passagem do polo cefalico do estreito superior para o estreito inferior MECANISMO DE PARTO Rotaçao interna A linha de orientação, sutura sagital roda para a direção do estreito antero posterior da pelve MECANISMO DE PARTO Despreendimento cefálico Rotação externa Despreendimento do ovóide córmico
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