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O parto - Fisiologia, fases

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O PARTO 
FISIOLOGIA DAS CONTRAÇÕES UTERINAS: 
➔ Unidade contrátil miometrial: 
 O miométrio é composto por células musculares lisas 
 A unidade geradora da contração uterina é formada por um complexo proteico actina-
miosina disposto em fuso. 
 
Contração muscular é ativada pelo aumento da concentração de cálcio através da abertura 
dos canais de Ca na membrana plasmática e na membrana do reticulo endoplasmático → o Ca 
se combina com a calmodulina → ativam a cinase da miosina → fosfoliração da miosina permite 
interação da miosina ao filamento de actina → contração 
 
Também há a atuação do AMP cíclico que inibe a atividade enzimática da cinase. 
 
Influência hormonal: 
• Progesterona: consolida as ligações do cálcio no retículo sarcoplasmático, reduzindo a 
fração livre disponível de cálcio intracelular ➔ torna o útero quiescente → bloqueio 
progestagênico. Exemplo: comprimidos de progesterona, mais utilizados no primeiro 
trimestre de pacientes que precisam fazer inibição. 
 
• Prostaglandinas: são produzidas pelo miométrio e pelas membranas fetais, especialmente 
o âmnio. Elas modulam o fluxo de cálcio por meio de alterações na permeabilidade da 
membrana celular, aumentando os níveis intracelulares de cálcio e favorece a contração 
das fibras. 
 
• Estrógeno → aumenta a concentração dessas proteínas de conexão (junções 
comunicantes), através das quais as células musculares se comunicam. Elas facilitam a 
sincronização e a transmissão de estímulos eletrofisiológicos, que aumentam com a 
progressão da gestação 
 
 
 
 
Características das células musculares miometriais: 
Baixa sensibilidade a estímulos dolorosos: 
 Discreta no colo e no corpo uterino 
 Na cesárea a dor tá relacionada ao manuseio do peritônio 
 No parto vaginal ela coincide com a contração e resulta da compressão dos órgãos vizinhos. 
Excitabilidade: 
 Fibras miometriais podem ser excitadas. 
 Produção de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) e é seguida por alterações da 
contratilidade como resposta a eventos estressantes. 
Capacidade elástica: 
 Caracterizado por extensibilidade (adaptação da parede miometrial as modificações do 
tamanho do útero) e retratilidade (diz respeito ao tônus uterino, faz com que a parede 
uterina se mantenha adaptada sobre o corpo fetal durante o parto) 
Tonicidade: 
 Representada pela pressão intrauterina no intervalo de 2 contrações. 
 Normalmente não se altera muito, mas pode aumentar (Hipertonia) ou diminuir (hipotonia) 
Capacidade contrátil: 
 Útero apresenta capacidade contrátil durante toda a gestação. As contrações são 
divididas em 2 tipos: 
 
 
CONTRAÇÕES TIPO A CONTRAÇÕES TIPO B (BRAXTON HICKS) 
• Intensidade de 2 a 4mmHg 
• Alta frequência e baixa amplitude 
• Geralmente localizadas 
• Frequência de 1 contração/min 
• Intensidade de 10 a 20mmHg 
• Difundem-se de forma parcial ou total 
pelo útero 
• Frequência aumenta com a evolução 
da gestação 
• Estão ausentes antes das 28 semanas 
de gestação 
• Aumentam depois das 28 semanas 
• Mas o maior aumento mesmo é nas 4 
semanas que precedem o parto 
 
➔ ANÁLISE DAS CONTRAÇÕES 
 
❖ Tônus uterino: representa a menor pressão entre duas contrações. Ele é inferior a 10 
mmHg, mas em algumas situações patológicas ele pode ser superior a 30 mmHg, tornando 
as contrações imperceptíveis. A principal delas é o descolamento prematuro da placenta, 
na qual não se observa o tônus uterino de repouso. 
❖ Intensidade de cada contração: é dada pela elevação que ela determina na pressão 
amniótica acima do tônus uterino 
❖ Frequência: corresponde ao número de contrações no período de 10 minutos. 
 
A atividade uterina é dada como o produto entre a intensidade das contrações uterinas pela 
sua frequência de contrações em 10minutos, expressando o resultado em mmHg/10min ou 
Unidades de Montevidéu (UM) 
 
➢ Contração palpável: Quando sua intensidade é superior a 10 mmHg. 
➢ Duração clínica da contração uterina: Em média 70 segundos, podendo variar de 40 a 100 
segundos) é mais curta que a duração real (200 segundos). 
➢ Contração dolorosa: As contrações uterinas tornam-se dolorosas quando a intensidade 
é superior a 15 mmHg ➔ valor suficiente para dilatar e distender o útero moldando 
indiretamente o canal de parto. 
➢ Contração imperceptivel: O tônus uterino é inferior a 10 mmHg. Contudo, em algumas 
situações patológicas, ele pode ser superior a 30 mmhg, tornando as contrações 
imperceptíveis. A principal delas é o descolamento prematuro da placenta, em que não 
se observa o tônus uterino de repouso 
 
➔ CONTRAÇÕES UTERINAS DURANTE A GESTAÇÃO 
 Miométrio apresenta crescimento constante em virtude do bloqueio feito pela progesterona 
 Baixa frequência de contrações 
 Até 28 semanas, predominam contrações do tipo A 
 Após as 28 semanas, predominam contrações do tipo B (Braxton Hicks) → contribui p/ a distenção 
do segmento inferior do útero 
 Não são dolorosas 
 Não possuem ritmo 
 Cessam com administração de uterolítico e/ou repouso 
 
 Conduta é administração de antiespasmódicos 
 
➔ CONTRAÇÕES UTERINAS DURANTE O TRABALHO DE PARTO: 
Contrações adquirem ritmo 
Tríplice gradiente decrescente Reynolds (dominância fúndica): Contrações se iniciam na parte 
superior do útero, onde são mais intensas, e vão descendo até o segmento inferior ➔ ÚTERO 
APRESENTA CONTRAÇÕES DE DOMINÂNCIA NÃO FÚNDICA E MAIS PRÓXIMO AO PARTO HÁ INÍCIO DA 
DOMINÂNCIA FÚNDICA E COORDENAÇÃO DAS CONTRAÇÕES 
 
Fluxo cardíaco: A cada contração uterina é impulsionado do território placentário cerca de 300mL 
de sangue → aumento do retorno venoso ao coração e incremento do volume ejetado na sístole 
cardíaca 
TRABALHO DE PARTO: 
 Frequência= 2 a 5 a cada 10 minutos 
 Intensidade= 20 a 60 mmHg (média 40) 
 Duração= entre 30 a 90 s (média 60s) 
 Dilatação: pelo menos 2cm (ou 3 a 4 cm) 
 Esvaecimento e/ou modificações progressivas no colo uterino 
 
➔ CONTRAÇÕES UTERINAS NO PUERPÉRIO 
 Útero continua a apresentar contrações rítmicas 
 Essas contrações têm como principal função auxiliar a dequitação e a hemostasias. 
 Após as primeiras 12 horas do parto, é registrada uma contração em 10 minutos e nos dias 
seguintes a intensidade e a frequência vão reduzindo. 
FASE DE DILATAÇÃO FASE DE EXPULSÃO 
Intensidade: 30mmHg 
Frequência: 2-3/10min 
Intensidade: 50mmHg 
Frequência: 5/10min 
Nessa fase também a contração voluntária da 
musculatura abdominal, denominada puxo, que 
tem a função de aumentar a pressão abdominal 
para facilitar a expulsão do feto 
 
 “miotamponamento” determina a “laqueadura viva” dos vasos uterinos e faz com que o 
útero fique devidamente contraído, o que foi denominado globo de segurança por pinard. 
 Durante as mamadas a sucção do leite determina a liberação de ocitocina, que causa aumento 
na frequência das contrações e também pode provocar desconfortos, como cólicas (chamadas 
de dor de tortos). 
DETERMINISMO DO PARTO 
Primeiro o útero expande por hiperplasia e hipertrofia celular 
Amadurecimento da cervical: ocorre algumas semanas antes da dominância fúndica e envolve a 
diminuição da concentração total de colágeno com estrutura mais fraca e aumento da 
colagenólise. 
Também há uma franca resposta inflamatória caracterizada pela maior concentração de 
macrófagos, neutrófilos e eosinófilos e pelo aumento de interleucinas (IL-8) e prostaglandinas. 
 Uterotonias: Estímulos contráteis. 
o Exemplos: Prostaglandinas e ocitocina. 
 
 Uterotropinas: Realizam a ativação uterina, cuja principal função é tornar o útero 
responsivo aos estímulos contráteis determinados pelas uterotoninas 
o Exemplos: Receptores da ocitocina, receptores de prostaglandinas, gap junctions, IL 
(1-beta, 6 e 8) e cicloxigenase (COX). 
 
a) Teoria ocitócica 
 
 
b) Teoria da gangorra: 
 Essa teoria diz que o parto ocorre devido ao estiramento miometrial crescente devido aocrescimento do concepto 
 
 
 
➔ FASES CLÍNICAS DO TRABALHO DE PARTO 
 
FASE 1: QUIESCÊNCIA UTERINA 
 Maior fase da gestação 
 Musculatura uterina em repouso, não responsiva aos estímulos naturais que determinam a 
contratilidade uterina. 
 Pode haver algumas contrações mas elas não modificam a estrutura cervical nem causam 
dilatação do colo uterino. 
 
FASE 2: ATIVAÇÃO 
 Preparação do útero e do canal cervical para o trabalho de parto. 
 Pode haver contrações de Braxton Hicks 
 Dura de 6 a 8 semanas 
 Ocorrem algumas alterações cervicais 
 Descida do fundo uterino 
 Eventos de desvio associados à essa fase podem provocar o trabalho de parto pré-termo ou 
retardado. 
FASE 3: ESTIMULAÇÃO ➔ TRABALHO DE PARTO 
DIVIDIDA EM: DILATAÇÃO, EXPULSÃO E DEQUITAÇÃO 
1) DILATAÇÃO OU PRIMEIRO PERÍODO 
 Início das contrações dolorosas 
 Começa com as primeiras modificações cervicais 
 Termina com a dilatação completa do colo uterino (10cm), permitindo a passagem fetal 
 
o Nas primíparas: primeiro esvaecimento (de cima para baixo) e depois a dilatação do 
orifício externo 
o Nas multíparas: esvaecimento e dilatação simultâneos. 
 
 Esvaecimento ou apagamento do canal cervical: Incorporação do colo à cavidade 
uterina 
 É possível devido a colagenólise (influenciada por prostaglandinas e hormônios 
esteroides placentários) 
 Surgimento das bolsas de água, cuja função é auxiliar as contrações uterinas no 
deslocamento do istmo 
 
o Essas bolsa das águas se forma no polo inferior do ovo no decorrer do trabalho de parto e 
sua rotura causa a saída parcial do seu conteúdo líquido, ocorrendo, via de regra no 
período em que a dilatação cervical é maior que 6 cm. 
o Essa rotura pode ser precoce (no início do trabalho de parto). 
o Quando a rotura ocorre junto com a expulsão do feto, é denominada nascimento de 
feto empelicado. 
o Também pode ocorrer a rotura das membranas ovulares antes do trabalho de parto 
(RPMO também chamada amniorrexe prematura) 
 
A dilatação é dividida em FASE LATENTE E FASE ATIVA (composta por 3 fases) 
 
 
FASES DA FASE ATIVA: 
❖ ACELERAÇÃO: em que a velocidade de dilatação começa a modificar-se e a curva se eleva. 
❖ DILATAÇÃO OU ACELERAÇÃO MÁXIMA: quando a dilatação passa de 2 a 3 cm para 8 a 9 
cm. 
❖ DESACELERAÇÃO: que precede a dilatação completa. 
 
 
 
 
 
FASE LATENTE DA DILATAÇÃO: FASE ATIVA DA DILATAÇÃO: 
 
Contrações mais eficazes (mais coordenadas 
e intensas) 
Sem modificações significativas na dilatação 
cervical 
Normalmente dura 8 horas 
Dilatação em torno de 0,35 cm/h 
É considerada prolongada quando durar mais 
de 20 horas em primíparas e mais que 14 em 
multíparas. 
 
Se inicia com dilatação cervical de 4cm 
Dura em média 6 horas nas primíparas, com 
velocidade de dilatação de cerca de 1,2 cm/h 
Dura em média 3 horas nas multíparas, com 
velocidade de dilatação de 1,5 cm/h 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) EXPULSÃO OU SEGUNDO PERÍODO 
• Início com a dilatação completa e se encerra com a saída do feto. 
• O feto é expelido do útero através do canal de parto por meio da ação conjugada das 
contrações uterinas e das contrações voluntárias dos músculos abdominais (puxos). 
• Uma vez completada a dilatação, o útero fica imobilizado pela ação de contenção dos 
ligamentos largo (lateralmente), redondo (superiormente) e uterossacro 
(posteriormente); e a resultante de força das contrações miometriais converge sobre o 
orifício interno do colo uterino, contra o qual a apresentação fetal é impelida. 
• Nessa fase ocorrem a maioria dos fenômenos mecânicos do parto e o canal do parto é 
completamente formado, ou seja, o segmento inferior do útero, o canal cervical 
totalmente dilatado e a vagina formam uma única cavidade. 
A descida do polo cefálico pelo canal de parto tem duas fases: 
a) Fase pélvica: 
Dilatação completa do colo uterino e pela apresentação acima do plano +3 de Lee 
b) Fase perineal: 
Cabeça rodada e em um plano inferior a +3 de Lee 
• Duração desse período: Tá condicionada à proporção cefalopélvica e à eficiência contrátil 
do útero e da musculatura abdominal. 
 Pode durar em média 30min nas multíparas e 60 minutos nas primíparas. 
 
Clampeamento deve ser feito entre 1 a 3 min após o nascimento, o RN deve ser colocado no tórax 
ou no abdômen da mãe nesse período (golden hour) 
Situações que o clampeamento deve ser imediato: 
 RN não estiver respirando 
 RN não mostra tônus muscular em flexão 
 DPP 
 Placenta prévia 
 Rotura ou prolapso de cordão 
 Nó verdadeiro de cordão 
 
 
 
3) DEQUITAÇÃO (SECUNDAMENTO OU DEQUITADURA): 
 O útero expele a placenta e as membranas (após o nascimento do feto). 
 A dequitação ocorre entre 10 minutos e 1 hora após o parto. 
 Na grande maioria dos partos a dequitação se dá nos primeiros 10 minutos 
 
Tipos de descolamento: 
✓ CENTRAL (BAUDELOCQUE- SCHULTZE): 
o Mais frequente e apresenta sangramento após a dequitação 
o Formação de hematoma retroplacentário. 
o A primeira face placentária visualizada na rima vulvar é a face fetal 
 
 
 
✓ MARGINAL OU PERIFÉRICO (BAUDELOCQUE-DUNCAN): 
o Menos comum, tem escoamento de sangue antes da total expulsão da placenta. 
o Visualiza-se na rima a face materna. 
 
 
FASE 4: PRIMEIRA HORA PÓS-PARTO OU QUARTO PERÍODO DE GREENBERG 
 
 Primeira hora após o parto inicia-se imediatamente após a dequitação, sendo, dessa 
forma, a primeira hora do puerpério e não um verdadeiro quarto período clínico do parto. 
 Ocorrem a estabilização dos sinais vitais maternos e a hemostasia uterina 
 
DIVISÃO DO PERÍDO DE GREENBERG: 
 Miotamponamento (oclusão dos vasos miometriais): 
▪ Útero se contrai e é palpável num ponto intermediário entre o púbis e a cicatriz umbilical 
▪ Contração inicial determina a laqueadura dos vasos uterinos, constituindo a primeira linha 
de defesa contra hemorragias. 
 
 Trombotamponamento 
▪ Formação de trombos nos grandes vasos uteroplacentários 
▪ Hematoma intrauterino que recobre a ferida aberta no sítio placentário 
▪ Perigo do útero de encher progressivamente de sangue 
 
 Indiferença miouterina: 
▪ Caracterizada por contração e relaxamento das fibras miometriais 
▪ Ocorre na primeira hora pós-parto. 
 
 Contração uterina fixa que a segue: 
▪ Surge com o fim desse período ( depois de 1 hora) 
▪ Maior tônus uterino mantém a hemostasia pós-parto, auxiliando no retomo do útero ao 
estado pré-gravídico. 
▪ Período de risco materno, com possibilidade de grandes hemorragias, principalmente por 
atonia uterina 
 
Formação do Globo de Pinard: 
 Coágulo de sangue que se forma no útero logo após o parto para ajudar a cicatrizar as 
pequenas feridas dos vasos sanguíneos que irrigavam a placenta 
 Serve de tampão para uma eventual hemorragia onde a placenta estava inserida. 
 Este coágulo é expulso gradualmente nos dias seguintes, pelas próprias contrações uterinas, 
sendo chamado de lóquios 
 
➔ RELAÇÕES UTEROFETAIS: 
 
a) ALTITUDE: 
• Relaciona as partes fetais entre si, de acordo com o período gestacional. 
• Durante o curso da gestação geralmente o feto entra-se em flexão generalizada, 
formando um ovoide (coluna vertebral curvada) 
• Em situações anômalas pode ocorrer extensão da coluna com deflexão do polo 
cefálico, lenvando às apresentações defletidas (apresentação defletida 1˚, 2˚ e 3˚ 
grau) 
• Ausência persistente de flexão de todos os membros é anormal e pode significar 
sofrimento fetal grave por perda do tônus muscular. 
• Só é perceptível durante o momento do parto, mas geralmente o bebê está em 
posição fetal, com a atitude da cabeça fletida (mas pode estar defletida), com os 
membros anteriorizados (podálico – pé para baixo) caracterizando um “formato” 
ovoide. 
 
 
 
b) SITUAÇÃO: 
• Relaciona o eixo longitudinal fetal e uterino. 
• Se paralelos, a situação é longitudinal, se perpendiculares a situação é transversa.c) APRESENTAÇÃO: 
• Localiza a região fetal que se encontra no estreito superior da pelve. 
• Nas situações longitudinais, a apresentação é cefálica (cabeça fetal) ou pélvica 
(pelve fetal) dependendo do polo fetal que ocupa a região inferior do útero → 
situação longitudinal do feto é muito mais frequente na gestação a termo 
• Na situação transversa a apresentação é sempre denominada córmica ( ou de ombro) 
• Oq se apresenta a pelve materna (cefálica é que a cabeça se apresenta) 
 
 
 
d) POSIÇÃO: 
• Relação do dorso fetal com o lado direito ou esquedo da mãe. 
• A primeira posição ou posição esquerda ocorre quando o feto está com o dorso no lado 
esquerdo materno. 
• A segunda posição ou posição direita quando o dorso se encontra no lado direito da mãe. 
• Finalidade da posição é buscar a melhor localização para auscultar cardíaca fetal durante 
o trabalho de parto, que será do lado do doroso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ MECANISMOS DO PARTO 
 
1) INSINUAÇÃO/ENCAIXAMENTO 
 
 Definida como a passagem do maior diâmetro da parte apresentada, perpendicular à linha 
de orientação fetal, pelo estreito superior da bacia materna. 
 APRESENTAÇÕES CEFÁLICAS O DIÂMETRO DE INSINUAÇÃO CORRESPONDE AO BIPARIETAL 
 APRESENTAÇÕES PÉLVICAS O DIÂMETRO DE INSINUAÇÃO CORRESPONDE AO 
BITROCANTÉRICO. 
 Em primigestas ocorre 15 dias antes do parto 
 Em multigestas pode ocorrer a qualquer momento antes do início do trabalho de parto até 
a dilatação comple 
 
 
 
Quando a parte fetal está insinuada quer dizer que o ponto de referência ósseo fetal 
está no nível das espinhas isquiáticas maternas (plano 0 de Lee) 
 
 
 
Para que se processe a insinuação é necessário que ocorram a flexão, o acavalgamento e o 
assinclitismo 
 
a) Flexão cefálica 
 É necessário que haja a redução dos diâmetros. 
 Nas apresentações cefálicas, é conseguido pela flexão (apresentação de vértice) ou 
deflexão (apresentação de face). 
 Na apresentação pélvica, a redução dos diâmetros é obtida aconchegando-se os membros 
inferiores sobre o tronco ou desdobrando-se os mesmos, para baixo ou para cima. 
 No início dessa fase, a cabeça fetal encontra-se acima do estreito superior da bacia, em 
flexão moderada, com a sutura sagital orientada no sentido do diâmetro oblíquo esquerdo 
ou do transverso, oferecendo o diâmetro occipitofrontal (12cm). 
 Para apresentar um diâmetro mais favorável, a cabeça sofre o movimento de flexão. 
 Com as contrações e a pressão axial do feto, a flexão cefálica aumenta e tem a 
substituição por diâmetros menores: suboccipitofrontal (10,5 cm) e 
suboccipitobregmático (9,5 cm). 
 
Teoria de Zweifel: 
✓ A articulação da cabeça com a coluna vertebral se faz mais para o lado occipital do que 
da face, criando a condição de uma alavanca de braços desiguais: o occipício (braço menor) 
e fronte (braço maior). 
✓ A contrapressão exercida pelo contato das bordas da pelve, representando forças iguais 
nos dois extremos da alavanca, domina o braço mais longo, que corresponde à face, por 
isso esse extremo sobe e o outro desce. 
 
 
 
b) Assinclitismo 
Assinclitismo posterior (oblíquidade de litzman) 
Quando a sutura sagital se aproxima do púbis e o parietal posterior desce até ultrapassar o 
promontório materno, ocupando grande parte da bacia. O parietal posterior passa antes. 
• Tipo mais comum de assinclitismo em primíparas: a cabeça fetal se mostra mais 
frequentemente em assinclitismo posterior pq as contrações uterinas e a contenção da 
prensa abdominal levam o corpo do feto em direção posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assinclitismo anterior ( obliquidade de neagele) : 
Quando a sutura sagital está mais próxima ao sacro, e o parietal anterior ocupa grande parte da 
bacia. 
• Tipo mais comum de assinclitismo em multíparas: principalmente naquelas em que a 
musculatura abdominal é flácida, o útero permanece em anteversão acentuada e ocorre 
assinclitismo anterior, e logo se inicia a insinuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINCLITISMO: Momento durante o trabalho de parto em que ocorre o encaixamento do polo 
cefálico fetal com a sutura sagital na mesma distância entre sínfese púbica e o promontório sacral 
materno, sem qualquer inclinação latera. 
 
 
c) Acavalgamento ósseo: 
Outro processo que contribui para o mecanismo de insinuação é o 
cavalgamento dos osso do crânio fetal, fenômeno que reduz as dimensões 
do polo cefálico porque o maciço fronta e o occipital se locam por baixo 
dos parietais e a borda interna de um parietal se sobrepõe a outra. 
 
 
 
2) DESCIDA OU PROGRESSÃO: 
 Também considerada segundo tempo do mecanismo de parto 
 É o tempo no qual ocorre a passagem do polo cefálico ( ou da apresentação fetal em geral) 
do estreito superior para o estreito inferior da pelve materna. 
 Na prática clínica, usa-se o esquema de De Lee, com os planos ditos em centímetros, a 
partir das espinhas isquiáticas para classificação: 
 
 
 
 
Início: Em primíparas, a descida pode não ocorrer até a cervicodilatação se completar e já nas 
multíparas a descida costuma iniciar com a insinuação. 
 
Fatores que contribuem para a descida: 
✓ contração uterina, 
✓ contração dos músculos abdominais, 
✓ pressão do líquido amniótico 
✓ extensão do ovoide fetal, que se transforma em cilindro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓVEL > -3 cm 
AJUSTADA OU FIXADA: -3, -2 ou -1 cm. 
INSINUADA: O cm. 
FORTEMENTE INSINUADA: + 1, +2 ou +3 cm. 
BAIXA: +4 ou +5 cm (já aflorando na vulva). 
 
 
3) ROTAÇÃO INTERNA: 
• Ao terminar a descida, a linha de orientação (sutura sagital) fica na mesma direção do 
maior diâmetro do estreito inferior (diâmetro anteroposteior) 
• O objetivo da rotação interna é coincidir o diâmetro anteroposterior do polo cefálico 
com o maior diâmetro da bacia materna. Sendo assim, a rotação coloca o polo cefálico 
sob o púbis, em um movimento de espira. 
Os diâmetros com maiores proporções variam, dependendo do estreito em que se encontra a 
cabeça fetal: 
ESTREITO SUPERIOR Maior diâmetro é o transverso 
ESTREITO MÉDIO Diâmetro anteroposterior é o maior ou eles 
têm a mesma proporção 
ESTREITO INFERIOR Maior diâmetro é o anteroposterior 
 
Pode ser anterior ou posterior: 
✓ ANTERIOR (púbica): Traz o ponto de referência fetal para a frente, junto ao púbis 
(geralmente é essa que ocorre) 
• POSTERIOR (sacra): Quando, excepcionalmente, o feto roda para trás. Mais frequente nas 
variedades de posição posteriores ( occipitoesquerda posterior e occipitodireita posterior) 
do que nas variedades anteriores e transversas. Nessa condição, o occipício (ponto de 
referência) encontra-se na região sacra! da bacia materna, tornando o desprendimento 
cefálico mais difícil e lento 
 
 
 
 
 
 
 
O grau de rotação varia conforme a variedade de posição: 
• 45 º nas anteriores ( occipitoesquerda anterior e occipitodireita anterior). 
• 90 º nas transversas ( occipitoesquerda transversa e ocápitodireita transversa). 
• 135 º nas posteriores ( occipitoesquerda posterior e ocápitodireita posterior). 
 
Fatores que impedem que a rotação interna ocorra: 
✓ são contrações de baixa intensidade 
✓ ausência de flexão cefálica 
✓ fetos grandes. 
 
A analgesia peridural pode predispor às rotações incompletas, por diminuir a força da musculatura 
abdominal e relaxar a musculatura pélvica. 
 
4) DESPRENDIMENTO CEFÁLICO: 
 Ocorre com a descida final da cabeça fetal em posição suboccipício 
 Locação do suboccipício no subpúbis materno 
 É necessário que ocorra deflexão ou extensão da cabeça para ocorrer exteriorização 
 Ocorre devido a contração uterina e resistência perineal 
 Ocorre, portanto, a exteriorização do bregma, da fronte, do nariz e do mento do feto, 
sucessivamente 
 
5) ROTAÇÃO EXTERNA OU MOVIMENTO DE RESTITUIÇÃO: 
 Esse movimento leva o occipício a voltar-se para o lado materno que ocupava no interiordo canal de parto. 
 As espáduas, que se insinuaram no diâmetro oblíquo oposto ao da cabeça fetal, rodam, 
trazendo o diâmetro biacromial para o diâmetro anteroposterior do estreito inferior. 
 
6) DESPRENDIMENTO DO OVOIDE CÓRMICO: 
 Caracterizado pela exteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto. 
 São mecanismos associados porque um se segue ao outro 
 Rotação das espáduas → ombro anterior se fixa no subpúbis → apresentando a inserção 
branquial do deltoide como ponto de apoio e desprende-se por movimento de abaixamento 
→ deprende-se o ombro, posterior por movimento de elevação e em seguida, completa-se 
a expulsão da cintura escapular 
 
 Anormalidade de rotação do polo cefálico = apresentação cefálica posterior 
 Anormalidade de flexão do polo cefálico= apresentação cefálica defletida

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