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Monica Herz e Andrew Hurrell

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Monica Herz – Definição e História
Aborda sobre: 
As O.I.S e os outros mecanismos de estabilização do sistema internacional;
O que são as O.I.S e o que fazem.
Servidores públicos
Antecedentes das O.I.S
Como surgiram as modernas. 
Forma Institucionalizada de realizar a cooperação internacional, as organizações internacionais fazem parte de um conjunto de instituições que garantem certa medida de governança global. (Princípios, normas, regras, leis, procedimentos decisórios, programas de desenvolvimento, mecanismos de coletar informação). 
Possui caráter permanente e são constituídas por aparatos burocráticos. 
O sistema internacional vem sendo caracterizado como um sistema político anárquico, nesse contexto, inúmeros mecanismos de estabilização do sistema foram gerados, arranjos ad hoc, o multilateralismo, os regimes internacionais, as alianças militares e a segurança coletiva estão diretamente associadas ao processo de criação das Organizações Internacionais. 
Arranjos Ad Hoc são formas de cooperação voltadas para um problema específico em um tempo determinado, muitas vezes são origem às OIGs. –Quando o espaço institucional apropriado para a realização de um projeto específico não está disponível, os atores interessados geram um arranjo ad hoc. (Ex: TPI para julgamentos de crimes contra a humanidade)
O Multilateralismo representa um passo adiante no processo de institucionalização das r.i. Princípios norteiam a coodenação entre os estados: 
Não discriminação ou Nação + Favorecida
O conceito de indivisibilidade
Reciprocidade difusa 
No passado, tratados e acordos tendiam a ser bilaterais ou regionais, mas em décadas mais recentes têm sido parte de arranjos multilaterais, lidando com problemas cada vez mais complexos no campo econômico, político e sociak. Assim, observamos a formação de regimes internacionais. 
Regimes Internacionais: são arranjos que os Estados constroem para reger as relações entre os mesmos em uma área específica, como o regime de comércio, o regime monetário, o regime de navegação. 
“Um conjunto de princípios, normas, regras e processos decisórios que regulam as relações entre os atores em uma área especifica”. 
Principios: ideias gerais sobre como o mundo funciona, ou como deveria funcionar
Normas: estabelecem as obrigações e os direitos dos atores.
Operacionalizam o regime. 
Os regimes internacionais produzem organizações internacionais, elas emergem como resultado da existência de normas e expectativas comuns.
As Alianças militares são coalizões de Estados formadas para enfrentar um inimigo real ou potencial. 
Segurança coletiva: dissuadir qualquer estado de usar a agressão para alcançar seus objetivos, já que todos se comprometem a reagir coletivamente no caso de ameaças à paz ou à segurança de qualquer Estado. (Liga das Nações/ONU), trabalham também com o conceito de balança de poder, na qual não se deixa haver a preponderância de algum estado sobre os demais. (evitar uma hegemonia)
A criação de OIs é uma decisão dos Estados (grandes potências são cruciais na delimitação da área de atuação). A criação da ONU e de uma série de ois refletia o interesse norte-americano em promover comércio global, estabelecendo uma ordem global onde o capitalismo e a democracia pudesse florescer. 
Autonomia: As OIs são atores, uma vez que adquirem relativa autonomia em relação aos Estados-Membro e elaboram políticas e projetos próprios, além de poderem ter personalidade jurídica, de acordo com o direito internacional público. 
Autoridade: Ois podem adquiri-la e exerce-la no sistema, só basta se tornarem atores com legitimidade reconhecida por um conjunto significativo de atores.
A própria legitimação de novos Estados soberanos, realiza-se no contexto de Ois. Hoje a inserção de um novo país se dá pela incorporação à ONU.
O ambiente de reciprocidade e o auto-interesse dos Estados, os levam a se comportar de acordo com normas e regras. 
Reciprocidade difusa: Quanto maior a expectativa difundida no sistema de que todos ou quase todos os atores vão respeitar normas e regras, maior a probabilidade de que sejam respeitadas por ator.
As Ois devem favorecer a legitimação de normas e regras, fazer com que todos os membros a respeitem, os levando a obrigação moral. 
A participação dos membros é voluntária, embora a pressão de hoje em dia seja imensa.
A maioria das Ois compartilham da segurança/desenvolvimento como suas características. 
SECRETARIADO: responsável pelas tarefas administrativas e burocráticas. Cuidam da memória e organizam uma agenda para a OI. As estruturas e as atividades do secretariado cresceram muito no século XX, suas atividades são de guardar memória, criar um ambiente propricio para a realização das negociações e realizar projetos específicos. 
Algumas Ois tem funções mais especificas e técnicas, outras lidam com a governança global de uma forma ampla (políticas). 
Políticas/Gerais: exercem um conjunto muito variado de funções e não são definidas a partir da mesma. 
Especializadas/Técnicas: Unicef,ONU, OIT
PROBLEMA: Um dos grandes problemas da efetividade das ações das Ois se encontra no principio de soberania estatal, que pode vir a atrapalhar os procedimentos. 
História das Ois 
As modernas surgiram no século XX, mas para compreender melhor o fenômeno, volte para o XIX, quando se estabeleceu bases para as primeiras práticas de OI. 
Em XIX as Ois passaram a ter maior relevância, porém pode se encontrar projetos de Ois no passado.. como exemplos temos a Liga de Delos (facilitar a cooperação militar entre as cidades Estado gregas e a Liga Hanseática (cooperação comercial europeia)
Concerto Europeu: Sistema de conferências iniciado após o fim das guerras napoleônicas com o congresso de Viena de 1815. As conferências não tratavam apenas de tratados paz, mas sim de ordem internacional de uma forma mais geral. Baseava-se na ideia de que grandes potências tinham responsabilidades e direitos especiais. 
O desenvolvimento do direito internacional, a formulação de procedimentos para a resolução pacífica de disputas, a codificação das leis e costumes quanto À condução da guerra visavam a criar melhores condições de convivência internacional. 
As grandes guerras, o desenvolvimento econômico, as inovações tecnológicas e o próprio crescimento do número de estados no sistema, a partir da desagregação dos impérios, favoreceram um enorme crescimento do número de OIS.
O final da guerra fria trouxe consigo o crescimento do número de países que compõe as OIG e um otimismo inicial sobre o papel dessas.
Há nas Ois maior ênfase nos temas: meio ambiente, assistência humanitária, combate as atividades criminais e epidemias, além da proteção aos direitos humanos. 
As burocracias das Ois são menos flexíveis do que as burocracias nacionais. Já que o recrutamento multinacional gera uma necessidade de produção de regras bastante especificas. 
 
Andrew Hurrel – Sociedade Internacional e Governança Global
Os perigos do Unilateralismo;
As dificuldades da legitimidade;
Os limites do que se pode ser obtido por coerção
Globalistas Liberais
Andrew afirma que é atual o debate sobre a existência de um governo global, mostra de exemplo William Ophuls, que apoia a formação de algo como um governo mundial, no qual se trabalha com uma administração racional, restringido a soberania dos Estados e caminhando para a autoridade supranacional. Dotado de poderes coercitivos sobre os Estados-nação, para que assim eles possam agir conforme sua vontade. 
No campo da teoria política, há autores que defendam a Democracia cosmopolita, na qual o governo e a teoria democrática necessitam se ajustar a um mundo onde a globalização e a interdependência geram a autonomia do Estado nação. Se faz necessário a instituição de parlamentos regionais e em ultima analise, de uma assembleia dotada de autoridade na qual façam parte todos os Estados democráticos. Um centro internacional autoritário que examine temas globais. 
Os argumentos que vãoem embate à tal centralização global, apesar de haver bons motivos para tal, como a regulação dos mercados globais de capital, são que: dificilmente tal centralização seria mais eficiente nas maiores partes das funções do que o Estado moderno faz hoje; O leviatã global traria ameaça a liberdade e a multiplicidade de unidades menores; tal autoridade provavelmente traria conflitos. 
No texto se trata que deveriam se pensar mais na governança global e nos múltiplos níveis, arenas e atores ao invés de pensar em centralização e governos globais. 
Governança: criação e funcionamento de instituições sociais capazes de solucionar conflitos, facilitando a cooperação ou aliviando problemas de ação coletiva em um mundo constituído por atores interdependentes. 
Hurrel afirma que quando se trata de governança atualmente, pode-se verificar a convergência de dois desenvolvimentos: o primeiro é a ambição da sociedade internacional e a mudança das concepções minimalistas passam a ser concepções de alcance muito maior/solidaristas. Em segundo lugar vêm as exigências de que deve haver a implementação coercitiva das normas dessa sociedade internacional, mais profunda e ambiciosa. Passa-se então do solidarismo consensual para o coercitivo.
“Sob que condições seria possível aos homens conviver bem em mesmo planeta?” A resposta foi definir ordem em termos das condições mínimas de coexistência . Essa ordem visa o reconhecimento mútuo da soberania e a criação de certas regrasm entendimentos e instituições minimalistas, planejados para restringir o conflito inevitável a ser esperado num sistema político plutalista. Os valores dominantes dessa sociedade de estados foram a manutenção da ordem e a preservação da liberdade. A ordem internacional se baseia em interesses comuns, nos valores compartilhados. 
Pensando assim, as instituições internacionais nunca foram feitas para promover a paz universal e duradoura, mas apenas para solucionar conflitos invevitaveis que surgiriam do decorrimento da multiplicidade de soberanias. 
O estado nação é considerado legitimo pelo fato de permitir a grupos de indivíduos expressar seus valores, sua cultura etc. 
 	Hurrel acredita numa concepção maximalista ou solidaristas de maior alcance nos dias atuais, que envolvem esquemas de cooperação a fim de manter a paz e a segurança, promover o desenvolvimento econômico, solucionar problemas e garantir valores comuns. Foi no fim da Guerra fria que ocorreu a expansão das ambições normativas da sociedade internacional, A globalização, interconexões, questões ecológicas, democratização, tudo isso leva a pensar que a ordem foi recriada. Cada vez mais, considera-se que a ordem envolve a criação de normas internacionais que alteram as estruturas dos estados. 
Dois fatores explicam essa mudança: O material e Moral. 
O material trabalha com a ideia de que a ordem mínima já não é mais adequada, a partir de agora os estados possuem forte interdependência entre si, todos dependem uns dos outros para obter segurança, prosperidade e capacidade de controlar seu ambiente. Para se conseguir a legitimidade dos Estados é necessário satisfazer um vasto leque de necessidades, demandas e exigências. 
Tais mudanças materiais necessitam uma consciência moral cosmopolita, para que as ações pudessem ser compreendidas e atingidas. 
REGIME: Os regimes não são, como os liberais afirmam, cenários neutros para a administração de problemas técnicos, mas espaços de poder e até mesmo de dominação. 
O que levaria os demais estados a se unirem à uma instituição e a seguir suas normas e princípios, seria o medo de sofrer alguma retaliação (podendo ser tarifária, militar, etc) e também pelo interesse no objetivo da mesma. 
OTIMISMO: Para os otimistas liberais, o aumento da ambição normativa em uma sociedade internacional não causa problemas fundamentais. Para os progressistas liberais os elementos anárquicos das R.I serão amenizados. 
“Os estados estão se tornando cada vez mais interdependentes, onde a saída em geral é uma opção impraticável” .
 Um segundo motivo para acreditar nas instituições se encontra na relação do direito e do poder.. A tensão que havia entre os dois, vem decaindo com o decorrer do tempo. Não se tem mais tantos conflitos e tantas rivalidades como antigamente, atualmente se encontra uma forte interdependência entre os Estados, e isso gera uma redução da tensão. Existem também comunidades de segurança e de zonas de paz democrática dentro do sistema internacional, o que leva os otimistas a pensarem que o conflito e a anarquia já ão são mais inevitáveis na vida internacional. 
Problemas: O primeiro problema é encontrado quanto ao cumprimento das normas por todos os Estados, pois sempre haverá pluralismo moral e profundas e persistentes diferenças na sociedade mundial. (Direitos humanos ocidentais e orientais)
O segundo se encontra nos riscos do unilateralismo ou do multilateralismo que são dependentes ou podem ser manipulados pelos estados mais poderosos. A legitimação ou a eficiência pode ser ditada pela participação dos poderosos. (Condicionalidade)
Em terceiro lugar há problemas entre a legitimidade e a eficácia
Em quarto lugar é importante ser realista quanto aos limites do que pode ser alcançado pela imposição internacional. 
O quinto trata da complexa relação entre a promoção de valores globais e o possível aparecimento de novas formas de hierarquia. 
A tendência do século 20 tem sido a de combater o exclusivismo e exclusão, combatido com a soberania igual, pela descolonização, pela igualdade racial e pela justiça econômica. 
CONCLUSÃO: 
Pouco coisa nos presentes debates sobre ordem mundial sugere ser desejável ou viável um abandono do sistema de estados nacionais. Debates sobre reformulação dos conceitos de soberania e de não intervenção, apelos para uma reforma da ordem tradicional interestatal são mais relevantes e importantes. 
O direito internacional e as instituições restingem cada vez mais o uso da força dos estados, a não ser que seja pela autodefesa. 
Ultimamente os Estados tem abdicado de certo grau de autonomia para uma ação cooperativa de problemas comuns, mas claro, tudo com interesses subjetivos. 
Hurrel conclui que é necessário formular e sustentar um consenso quanto a procedimentos: O acordo entre estado e outros grupos políticos deve debater sobre valores e choque de interesses, deve haver uma acomodação e conseguir domar o unilateralismo dos mais poderosos. E é somente assim que a sociedade internacional poderá estar capacitada para buscar um consenso substantivo de valores e uma convergência em relação a um conjunto de valores morais e princípios de justiça compartilhados.

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