Buscar

O RELATIVISMO CULTURAL ciencias socias

Prévia do material em texto

O RELATIVISMO CULTURAL 
“A coerência de um hábito cultural somente pode ser analisada a partir do sistema a que 
pertence (Laraia: 2005; pg. 87.)” 
Etnocentrismo 
O etnocentrismo é um fenômeno universal. Os indivíduos vêem o mundo através de sua 
cultura e têm a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais 
natural. 
 
 
O equívoco das visões deterministas sobre a cultura 
O determinismo biológico 
Muitos ainda acreditam nas velhas, persistentes e incorretas teorias que atribuem capacidades 
inatas e específicas a determinadas raças. 
Atualmente os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não 
são determinantes das diferenças culturais (Laraia: 2005; pg.17). 
O determinismo geográfico 
Pela lógica do determinismo geográfico as forças do mundo natural agiriam de modo mecânico 
e determinante sobre as sociedades humanas. 
Na verdade esta visão é equivocada, na medida em que as diferentes culturas humanas são 
influenciadas, mas não determinadas de modo absoluto pelo meio físico. 
As relações entre natureza e cultura 
A cultura é condicionada, mas não sobredeterminada por seu meio. Assim, o habitat se define 
ao ser habitado; e esse habitar cria hábitos e define sentidos existenciais que conduzem a 
coevolução das culturas com seu meio, através das formas de apropriação de seu meio 
ambiente. (Leff, Enrique. Saber Ambiental, pg. 283) 
 
A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO POLÍTICO MODERNO E AS QUESTÕES BÁSICAS DA CIÊNCIA 
POLÍTICA 
 
 Thomas Hobbes (1588-1679) - foi um filósofo inglês, que em 1651 publica sua principal obra 
denominada O Leviatã. Neste trabalho o autor afirma que a sociedade necessita de uma 
autoridade à qual todos os membros devem se render, mesmo com prejuízo de sua liberdade 
individual. Isto seria necessário para que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa 
do bem comum. Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembléia, deveria ser o 
Leviatã, que possuiria uma autoridade inquestionável. 
John Locke (1632-1704)- pode ser considerado o precursor do liberalismo político. Em suas 
obras são feitas críticas a teoria do direito divino dos reis, ao princípio da afirmação com base 
na autoridade inata. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. 
Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e 
civil. Ele também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, recebendo 
por estas idéias forte oposição da Igreja Católica. 
Charles de Montesquieu (1689-1755)- era nobre de origem e teve como sua principal obra um 
trabalho intitulado O espírito das leis. Nele o autor desenvolvia a teoria da separação dos 
poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada um destes poderes deveria agir de forma a 
limitar a força dos demais. 
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)-Considerando as desigualdades sociais um fato 
lastimável, Rousseau tenta responder a questão do que compele um homem a obedecer a 
outro homem ou por que direito um homem exerce autoridade so bre outro. Ele concluiu que 
somente um contrato tácito e livremente aceito por todos permite cada um "ligar-se a todos 
enquanto retendo sua vontade livre". A liberdade está inerente na lei livremente aceita. 
"Seguir o impulso de alguém é escravidão, mas obedecer uma lei auto-imposta é liberdade". 
 O "Contrato social", ao considerar que todos os homens nascem livres e iguais, encara o 
Estado como o resultado de um contrato no qual os indivíduos não renunciam a seus direitos 
naturais, mas ao contrário entram em acordo para a proteção desses direitos, cabendo ao 
estado o exercício desta tarefa. 
 AS FORMAS DE DOMINAÇÃO LEGÍTIMA PARA MAX WEBER 
A história humana, segundo Max Weber, poderia ser definida como um processo crescente de 
racionalização das relações sociais. O agir em sociedade pressupõe determinadas normas, que 
se enraízam, institucionalizam e em seguida assumem a forma de leis. 
Para explicar este movimento Weber constrói novamente uma tipologia, num sentido ideal, 
destinada analisar as diferentes formas de dominação legítima. 
 
A DOMINAÇÃO TRADICIONAL 
Baseada nas tradições e mais diretamente relacionadas às monarquias absolutistas do período 
conhecido como Idade Moderna. 
 
A DOMINAÇÃO CARISMÁTICA 
Nestes casos a legitimidade se baseia no carisma do líder. Esta forma de dominação se 
apresenta, geralmente, em períodos de ruptura institucional. 
 
A DOMINAÇÃO RACIONAL LEGAL 
Relacionada ao Estado de Direito e a presença de uma burocracia em termos administrativos, 
cujo princípio de legitimidade se baseia na racionalidade e nas disposições legais. 
 
O contexto histórico da formação da Antropologia e da Sociologia 
A CIÊNCIA 
A sociedade ocidental produziu uma forma específica de explicar o mundo, chamada de 
ciência, ou seja, uma forma racional, objetiva, sistemática, metódica e refutável de formulação 
das leis que regem os fenômenos. 
As condições históricas para o desenvolvimento do pensamento científico e para o surgimento 
da Sociologia. 
O racionalismo e a Revolução Científica do século XVII 
Francis Bacon – 1561 a 1626 
René Descartes – 1596 a 1650 
Galileu Galilei - 1564 a 1642 
Isaac Newton – 1643 a 1727
É claro que a globalização não tem nada a ver com homogeneização. Esse é um universo de 
diversidades, desigualdades, tensões e antagonismos,simultaneamente às articulações, 
associações e integrações regionais, transnacionais, e globais. 
(Idem, pg. 220) 
 
 O global e o regional 
Ao lado da tendência em direção à homogeneização global, há também uma fascinação com a 
diferença com a mercantilização da etnia e da alteridade. 
(Hall, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade, pg. 77) 
 
 Para além do estado nação 
Se considerarmos as diversas maneiras pelas quais a globalização incorpora diferentes nações, 
e diferentes setores dentro de cada nação, sua relação com as culturas locais e regionais não 
pode ser pensada como se aquela procurasse homogeneizá-las. Muitas diferenças nacionais 
persistem c/ a transnacionalização.(Canclini, Nestor Garcia. Consumidores e cidadãos, pg. 34). 
 
 A SOCIEDADE EM REDE 
As redes sociais constituem a nova morfologia da nossa sociedade e a difusão da lógica de 
redes modifica de forma substancia a operação e os resultados dos processos produtivos e de 
experiencia, poder e cultura. (Castells, Manuel, A sociedade em rede, vol.1, pg.112) 
 
 UMA SOCIEDADE DE CONSUMIDORES 
Os consumidores são primeiro e acima de tudo acumuladores de sensações. O desejo não 
deseja satisfação. Ao contrário, o desejo deseja o desejo. (Bauman, Zygmunt. Globalização: as 
consequências humanas, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed. pg. 91) 
 
 DESIGULADADE E EXCLUSÃO 
O mundo unificado é um mundo dividido. O modelo da industrialização capitalista 
visivelmente não é universálizável. Ele possui um lado ordeiro no norte e um lado caótico no 
sul. (Altvater, Elmar. O preço da riqueza, São Paulo, Ed. UNESP, 1995, pg. 25) 
 
Os limites ambientais para o desenvolvimento industrial 
O moderno sistema industrial capitalista depende de recursos naturais numa dimensão 
desconhecida a qualquer outro sistema social na história da humanidade, liberando emissões 
tóxicas no ar, nas águas e nos solos e portanto, também na biosfera. 
(Altvater, Elmar. O preço da riqueza, São Paulo, Ed. UNESP, 1995, pg. 29) 
 
A atualidade das Ciências Sociais na compreensão da sociedade contemporânea: novos 
padrões morais e culturais 
 
 O conceito de grupo étnico 
Grupos étnicos podem ser definidos como grupos de pessoas que possuem semelhanças 
biológicas e culturais. 
 Reconfigurações identitárias 
O ser indígena no Brasil contemporâneo. 
 O modelo tradicional de família 
O antropólogo Claude Lévi-Strauss define a família como uma união mais ou menos duradoura, 
socialmente aprovada,entre um homem, uma mulher e seus filhos. Segundo o autor, este 
modelo estaria presente num grande número de sociedades. 
 O movimento feminista 
O denominador comum das lutas feministas foi o questionamento da divisão tradiocional dos 
papéis sociais. A mulher, tradicionalmente, cabia o espaço da casa, da vida privada, enquanto 
ao homem era garantido o domínio sobre o espaço público. 
 A casa e a rua 
Para Roberto da Matta a casa “não se trata de um lugar físico, mas de um lugar moral: esfera 
onde nos realizamos basicamente como seres humanos que têm um corpo físico e também 
uma dimensão moral e social

Continue navegando