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Resumo: Semiologia e Semiotécnica - 2UP Exames Complementares (exames que complementam aos dados da anamnese e do exame físico para confirmação das hipóteses diagnósticas) Biópsia: é um procedimento cirúrgico no qual se colhe uma amostra de tecidos para posterior estudo em laboratório. -Indicações: lesões com suspeita de malignidade (úlcera que não cicatriza, nódulos de crescimento rápido); lesões negras, vermelhas e brancas; uma biópsia quando o curso clínico de uma lesão diagnosticada for incoerente com o diagnóstico inicial; lesão que persista por mais de 2 semanas; lesão inflamatória que não responde ao tratamento local por 2 semanas; alterações hiperceratóticas (ceratina); tumefação persistente abaixo do tecido normal; lesões ósseas não especificamente identificadas por achados clínicos e radiográficos; lesão com características de malignidade (Exs: Hemangioma, Melanoma). -Cuidados: o tecido removido deve ser uma área representativa da lesão (epitélio + tecido conjuntivo); incluir borda de tecido normal; cuidados com os instrumentos que irão remover os tecidos; evitar secagem; a espécime deve ser acompanhada de um bom relatório. OBS: as biópsias são armazenadas em formol a 10% (podem durar muito tempo nele e por isso não haver pressa para estudar); quando uma lesão boia nesse formol, quer dizer que é uma lesão de tecido adiposo; hipótese diagnóstica: Lipoma. -Tipos de biópsia: .Excisional: tem como objetivo retirar toda a alteração para o exame histopatológico e propiciar tratamento definitivo pela remoção total da lesão. ->Indicações: lesões isoladas e relativamente pequenas; acesso cirúrgico razoável; lesões encapsuladas. ->Cuidados: profundidade adequada; margens laterais de tecidos normais devem ser excisadas (a inclusão do tecido normal também indica a orientação do tecido durante o exame histopatológico); fonte com potencial de recorrência (não sei o que tem a ver aqui). .Incisional: tem como objetivo obter uma amostra de tecido lesado com parte do intacto para exame histopatológico, sem tentar tratar a alteração por remoção. ->Indicações: múltiplas lesões; grandes lesões que requerem um diagnóstico definitivo para planejar o tratamento ideal. ->Cuidados: a amostra deve conter um tecido representativo da lesão e pelo menos uma faixa de tecido normal. OBS: de uma amostra muito extensa, pode-se tirar mais de uma amostra, de margens diferentes. .Por congelamento: estudo imediato após submeter a peça a frio intenso (CO2, nitrogênio líquido) e assim cortá-la ainda durante a cirurgia (peça incisional é retirada em cirurgia, examinada imediatamente pelo patologista do hospital e depois será retirado toda a lesão de acordo com o diagnóstico). .Punção Aspirativa: é um procedimento no qual o material DO CONTEÚDO DE UMA MASSA para análise é obtido através da aspiração com seringa luer ou descartável e agulha. Todos os pontos de radiolucidez presentes nos maxilares devem ser aspirados antes da intervenção cirúrgica Diagnóstico x Material ->Cístico - cistos: amarelo citrino, marrom, transparente, turvo. ->Sangue: Hemangioma, lesão muito vascularizada. OBS: quando for realizada uma punção aspirativa e vier sangue, pode ser que seja uma lesão de origem vascular, com alto risco de hemorragia, por isso, não se deve tratar em consultório. ->Saliva: Mucocele, rânula. ->Pus: infecção. OBS: instrumentais utilizados para biópsia: punch (instrumento rotatório para biópsia de corte cilíndrico) e pinça saca-bocado (tipo uma tesoura com uma colherzinha no final, para locais de difícil acesso). Punch Pinça saca-bocado Citologia Esfoliativa: estudo da morfologia das células da mucosa bucal, principalmente suprabasais, através de um microscópio de luz. Analisam-se as mudanças morfológicas e morfométricas das células presentes no esfregaço. -Indicações: revisão de pacientes de alto risco e lesões cancerizáveis; áreas anormais sem indicação clara de biópsia; para acompanhar a evolução de uma lesão extensa na mucosa; biópsia está contra-indicada por problemas médicos. -Limitações: evidencia apenas lesões superficiais; diagnóstico geralmente não é fundamentado num resultado positivo para malignidade (biópsia indispensável); em caso de malignidade sempre indica a necessidade de uma biópsia, e em caso de resultado negativo pode permanecer a dúvida. -São observadas somente células individuais; somente células epiteliais são obtidas; não há um estudo em relação ao tecido; resultados falso-positivos/ falso-negativos (devido a erros na coleta e distorções celulares e nucleares). -Vantagens: Método simples e praticado sem anestesia; rápida execução; não leva paciente ao estado de ansiedade provocado, às vezes pela biópsia; barato. -Contraindicações: lesões profundas cobertas por mucosa normal; lesões com necrose superficial; lesões ceratóticas. -Passos para confecção do esfregaço: ->Raspar as células superficiais; ->Confecção do esfregaço (OBS: nessa confecção passar apenas uma vez na lâmina, para não bagunçar o material); ->Fixação (OBS: a fixação no material é importante para: impedir a autólise do material; conservar o tecido na sua forma original; morfologia; composição química. Fixação deve ser realizada logo após coleta (era isso?)); ->Coloração; ->Microscópio de luz. -Classificação de esfregaço (apresentado por papanicolau & traut e modificado por folson e col) ->Classe 0 - material inadequado ou insuficiente para exame ->Classe I - células normais ->Classe II - células atípicas, mas sem evidências de malignidade Necessitam de biópsia ->Classe III - células sugestivas, mas não conclusivas de malignidade ->Classe IV - células fortemente sugestivas de malignidade ->Classe V - células indicando malignidade -Cuidados na execução da técnica: não utilizar corantes sobre a área; remover crostas, restos necróticos e alimentares; realizar bochecho prévio com água ou soro fisiológico; evitar uso de antissépticos; identificar as áreas onde foram realizadas as coletas; identificar as áreas onde foram realizadas as coletas; identificar o frasco com as lâminas e fornecer o maior número de informações ao patologista. OBS: não se pode realizar citologia esfoliativa para lesões necróticas porque só teriam células necrosadas no esfregaço, impedindo a obtenção de um diagnóstico. -Causas de erro: uso de substância antisséptica corantes; introdução de agente anestésico sobre a lesão; falta de representatividade do material colhido; manipulação inadequada da peça; fixação inadequada; informação deficiente; troca de material pelo clínico; troca de material no laboratório. OBS: citologia esfoliativa é feita em álcool absoluto (preserva glicogênio; distorções nucleares; contração do citoplasma) e as biópsias de tecido são feita em formol a 10% (preserva grande quantidade de estruturas; preserva lipídeos, carboidratos e proteínas; curto tempo de fixação; pode ser fixado em outro agente; permite a realização de reações imuno-histoquímicas; irritante: deve-se ter cuidado com o uso). Noções de Dentística .Destruição localizada dos tecidos mineralizados (principalmente esmalte que é o mais mineralizado) dos dentes pelas bactérias .Dissolução dos minerais - pelos ácidos da fermentação bacteriana .Desequilíbrio (gera cárie do DES-RE (mineralização) .Fenômeno contínuo .Velocidade de progressão (define se vai ter cárie ou não) .Dieta (determinante do desequilíbrio) e microorganismos (flora bucal) - ineficazes sozinhos .Cárie (causada pela desmineralização do órgão dentário) -Doença infectocontagiosa -Multifatorial -Difícil de controlar (por ser um processo contínuo) -Decorrência dos ácidos bacterianos -Sacarose dependente (combustível para a fermentação das bactérias propiciando a cárie) -Epidemia (ainda é) -Mecanismos + Substratos + Hospedeiro + Tempo = determinantes da cárie -Bactérias -> Principalmente Streptococus mutans - no início e no desenvolvimento do processo -> Principalmente Lactobacilus - no desenvolvimentotardio -> Principalmente Actinomyces - em cárie radicular -Saliva (tem capacidade tampão) -> Pouca salivação propicia cárie -> Forma uma película de proteção (película adquirida) -Biofilme Dental -Amadurecimento do biofilme (desenvolve cárie) - leva tempo -Cárie Ativa -> Coloração clara, opaca e sem brilho -> Superfície rugosa, aspecto de giz -> Localizadas em áreas de maior acúmulo de placa -Cárie Inativa -> Aspecto de brilho e lisura (é?) -> Tem o aspecto de defeito de formação (trauma) - geralmente em poucos dentes de uma vez .Para diagnosticar - Exame Visual (método mais utilizado) -Dentes limpos e secos -Adequada iluminação -Na face livre -> Aspecto opaco -> Superfície rugosa -> Forma oval e limites definidos (mas nem sempre) -> Cor branca (podendo ser pigmentada) -> Progressivamente se torna branco-amarelado e depois amarelo pardo ou enegrecido -Cicatrículas e Fissuras -> Perda de translucidez normal -> São mais difíceis de serem detectadas em estágio precoce -Na face proximal -> Dificuldade de observação direta -> Uso de afastadores interproximais mediatos (mecânicos) ou imediatos (elásticos) -Contra-indicação (do uso do explorador?) -> Usar com cautela -> Pode causar danos irreversíveis, impossibilitando a remineralização -> Pode ocasionar cavitação -> Pode levar bactéria de um lugar infectado para não infectado .Exame radiográfico -Panorâmica -> Exame complementar -> Não muito indicada para procurar por cárie -Técnica mais indicada é interproximal e/ou periapical .Classificação de Black -Classe I -> Cavidades preparadas em regiões de má coalescência (junção) de esmalte na oclusal -Classe II -> Cavidades preparadas em faces proximais de pré e molares *Classes I e II: cicatrículas e fissuras -Classe III -> Cavidades preparadas na proximal sem envolvimento da borda incisal dos dentes anteriores -Classe IV -> Cavidades preparadas na proximal com envolvimento da borda incisal dos dentes anteriores -Classe V -> Cavidades preparadas no terço cervical das faces vestibulares e linguais/palatinas de todos os dentes *Classes III, IV e V: superfície lisa Adicionar fotos e coisas do livro Semiotécnica na periodontia: Noções Básicas .Periodonto: -Dividido em: gengiva, sulco gengival. ligamento periodontal, cemento e osso alveolar. .Doenças gengivais: -Gengivites -Periodontites = progressão da gengivite .Gengivite induzida por biofilme: eritema, consistência, brilho, dor, edema, sangramento .Doenças gengivais não induzidas por biofilme: -Gengivoestomatite herpética primária: infância, febre, mal-estar, linfadenopatia; gengivas: eritema difuso; tratamento sintomático -Gengivite ulcerativa necrosante: triponema sp, selenomas sp, fusobacterium sp; estresse, imunossupressão, desnutrição; pseudomembrana acinzentada; dor e sangramento espontâneo; úlceras crateriformes; febre, mal-estar, linfadenopatia; debridamento local; higienização .Doenças Periodontais: -Periodontite crônica: mais prevalente em adultos; biofilme, tabagismo, estresse; diabetes, imunossupressão; localizada quando é < que 30%, e quando > é generalizada; leve: 1-2mm a mais que o normal (1-3mm), moderada 3-4mm, severa: > 5mm -Tipos de bolsas periodontais: -> Bolsa gengival: não há destruição dos tecidos periodontais de apoio -> Bolsa supra-óssea: no nível do osso subjacente, a base da bolsa é coronal, a perda óssea é horizontal -> Bolsa infra-óssea: …., a perda óssea é vertical -Periodontite agressiva: progressão rápida e grave consequência para o paciente; acúmulo de biofilme não condizente; início precoce, tendência familiar (hereditária); disfunção fagocitária; Aggregatibactes Actinomycetemcomitans (principal causador da infecção - periodontite); localizada principalmente nos incicivos e 3ºs molares; generalizada; acompanhamento constante -Pericoronarite (inflamação dos tecidos pericoronários - mais comum em 3ºM): podem ser causados por dentes semi-inclusos, restos alimentares, biofilme. Na pericoronarite a gengiva cobre parcialmente o dente. Ulectomia ou ulotomia é a remoção dessa gengiva -Exame periodontal: Inspeção visual: cor, forma, textura; pus (sem tem ou não (mais comum)) -Fatores de risco para doença periodontal: tabagismo, restaurações e próteses -Sondagem: mesiovestibular, vestibular, distovestibular; mesiolingual, lingual, distolingual; eixo paralelo ao dente -Envolvimento de furca (Hamp): -> Grau 1: perda horizontal < ⅓ da largura do dente -> Grau 2: perda > ⅓ da largura do dente, sem envolvimento da furca -> Grau 3: a sonda atravessa a furca -Sangramento à sondagem: começa 15 segundos após a sondagem -Mobilidade dentária -> Grau 1: 0,2-1mm -> Grau 2: >1mm -> Grau 3: horizontal e vertical OBS: trauma oclusal também pode causar mobilidade -Recessão gengival: destruição periodontal e problemas estéticos