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aula microbiologia clínica 2018

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Módulo
Profa Eloisa
Meios de Cultura
A escolha do meio de cultura é fundamental para o isolamento e identificação do microrganismo.
Meios de Cultura
Meio
Finalidade
AS
Meio não seletivo e diferencial que permite o crescimento de bactériasgramnegativas egrampositivas, além de permitir a visualização de hemólise
ACHOC
Meio nutritivo que permite o crescimento da maioria das bactérias, especialmenteHaemophilusinfluenzaeeNeisseriagonorrhoeae
ThayerMartin
Meio seletivo, utilizado para o isolamento deNeisseriagonorrhoeaeeNeisseriameningitidis
MC
Meio seletivo e diferencial que permite o crescimento de bacilosgramnegativos. Diferencial para bactérias lactose positiva e negativa. Inibegrampositivas
Meios de Cultura
Meio
Finalidade
EMB
Meio seletivo e diferencial que permite o crescimento de bacilosgramnegativos, diferenciando as bactérias em lactose positiva e negativa. Inibe bactériasgrampositivas.
SS
Meio seletivo e diferencial para o isolamento deSalmonellasp.,Shigellasp. Detecta produção de H2S.
THIO
Meio de enriquecimento que favorece o desenvolvimento da maioria das bactérias
CLED
Meio que permite o crescimento de um variado número de bacilosgramnegativos e cocosgrampositivos. Inibe o véu doProteussp.
TETRA
Meio de enriquecimento paraSalmonellasp.
Formas bacterianas
Coloração de Gram 
Coloração Ziehl-Neelsen – Micobatéria (BAAR)
Identificação de algumas bactérias de interesse médico
Identificação de Cocos Gram Positivos –Estafilococos, Estreptococos e Enterococos
Identificação de algumas bactérias de interesse médico
Estafilococos, Estreptococos e Enterococos
Staphylococcus 
Espécies: S. aureus; S. epidermidis; S. saprophyticus
Streptococcus
Espécies: S. pyogenes; S. agalactiae; S. pneumoniae; Grupo Viridans; Grupo D
Enterococcus
Espécies: faecalis; faecium; bovis
Staphylococcus aureus
Doenças:
infecções superficiais (abscessos cutâneos, infecções de ferida) infecções sistêmicas (bacteremia, endocardite, osteomielite, artrite, miosite, pneumonia), foliculite, quadros tóxicos (síndrome do choque tóxico, síndrome da pele escaldada e intoxicação alimentar) 
Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus epidermidis é um risco para pacientes imunocomprometidos e para usuários de drogas intravenosas,. 
Pode causar septicemia, endocardite, peritonite, ventriculite, infecções em locais com prótese e infecções generalizadas não-piogênicas.
Staphylococcus saprophyticus
O Staphylococcus saprophyticus é de interesse clínico pois frequentemente causa infecção do trato urinário, especialmente em mulheres, podendo chegar a causar cistite, uretrite e pielonefrite, e em casos extremos bacteremia.
Provas Bioquímicas
Identificação dos Staphylococcus 
Identificação de cocos gram-positivos
Coagulase negativa
novobiocina
S. epidermidis
S. saprophyticus
Resumo de Identificação
 Staphylococcus sp
Identificação de Cocos Gram Positivos –Streptococcus spp
Streptococcus spp
Os estreptococos de importância médica são divididos em : estreptococos beta-hemolíticos (ou estreptococos piogênicos), pneumococos, estreptococos do grupo D e streptococcus viridans
Classificação
Morfologia das colônias e reações hemolíticas em ágar-sangue
São beta-hemolíticos se provocam uma hemólise total, α-hemolíticos, se provocam uma hidrólise parcial, ou não hemolíticos 
Especificidade sorológica da substância da parede celular do grupo (Classificação de Lancefield)
20 grupos A-V de Lancefield
Reações bioquímicas e resistência a fatores físicos e químicos
Nome
Subs. grupoespecifica
Hemólise
Habitat
Critérioslaboratoriais
Doenças comuns
Spyogenes
A
Beta
Garganta, pele
Teste PYR+, inibido pela bacitracina
Faringite, impetigo, febre reumática
S agalactiae
B
Beta
Trato genital feminino
Hidrólise com hipurato, CAMP+
Sepse neonatal e meningite
E fecalis
D
Nenhuma, alfa
Cólon
Crescena presença bile, hidrolisa esculina, não cresce a 6.5%NaCl, PYR+
Abscessos abdomiais, infeção trato urinário, endocardites
S bovis
D
Nenhuma
Cólon
Crescena presença bile, hidrolisa esculina, não cresce a 6.5%NaCl, degradação amido
Endocardite, isolado sanguineo comum no cancer de cólon
S anginosus
F (A,C,G)
Beta
Garganta, cólon, tratogenital feminino
GrupoA resistentes a bacitracina, PYR-
Padrões de fermentaçãode carboidratos
Infecções piogênicas
Estreptococosviridans
S mutans, mitis, saguis
Nãotipável
Alfa, nenhuma
Boca,garganta, cólon, trato genital feminino
Resistentes a optoquina, colonias insolúveis em bile. Fermentação carboidratos
Cáriesdentárias
S pneumoniae
Nenhuma
Alfa
Garganta
Susceptíveis a optoquina, colonias solúveis em bile. Reação de quellung +
Pneumonia, meningite,endocardite
Peptostreptococcus
nenhuma
Nenhuma,alfa
Boca, cólon, trato genital feminino
Anaeróbiosobrigatórios
abscessos
Streptococcus
( Tipos de Hemólises )
- -Hemólise (Hemólise Parcial);
- Streptococcus Viridans;
- Streptococcus pneumoniae;
Streptococcus
(Tipos de Hemólises )
- -Hemólise (Hemólise Total);
- Streptococcus pyogenes;
- Streptococcus agalactiae.
Streptococcus
- Tipos de Hemólises -
- -Hemólise (Sem Hemólise);
- Streptococcus Grupo D;
- Enterococcus spp.
Streptococcus pyogenes
Grupo A de Lancefield;
São -Hemolíticos (Hemólise Total em ágar Sangue);
Sensível à Bacitracina
Provocam Infecções nas Vias aéreas superiores (faringite) e pele (erisipela);
Febre reumática, glomerulonefrite (natureza imunológica);
Possui várias toxinas e enzimas (hemolisinas): Virulência e patogenicidade
Streptococcus agalactiae
Grupo B de Lancefield;
São -Hemolíticos (Hemólise Total em ágar Sangue);
Provocam Infecções na Via Genito-Urinária;
Resistente à Bacitracina;
Prova de CAMP positiva;
Hidrolisa o Hipurato de Sódio.
Streptococcus pneumoniae
Pneumococos;
Apresenta-se aos pares (em forma de “Chama de Vela”;
Pneumonia bacteriana (90% dos casos);
-Hemolíticos (Hemólise Parcial);
Sensível à Optoquina (5µg/mL).
Streptococcus Grupo Viridans
Microbiota normal da boca, mucosas, pele e Intestino;
Principais espécies:
Streptococcus sanguis, salivarius, mitis, mutans
Ocasionalmente causam processos endocárdicos
-Hemolíticos (Hemólise Parcial);
Resistentes à Optoquina (5µg/mL). 
Streptococcus Grupo D 
Classificação segundo Lancefield;
 ,  ou (-Hemolíticos – a maioria) ;
Microbiota Intestinal;
Hidrolisam a Bile;
Não crescem em meio hipertônico (6,5% NaCl);
Infecções Genito-Urinárias.
Enterococcus
Antigo Representante dos Streptococcus Grupo D;
Principais espécies
faecalis, faecium, bovis
-Hemolíticos (Sem Hemólise), mas também pode apresentar padrões ,  ou -Hemolíticos ;
Microbiota Intestinal;
Hidrolisam a Bile;
Crescem em meio hipertônico (6,5% NaCl);
Infecções Genito-Urinárias.
Provas Bioquímicas
Identificação dos Streptococcus
Sensível
Sensível
Resumo de Identificação Streptococcus
Resumo de Identificação
Staphylococcus e Streptococcus
Identificação das bactérias gram negativas
Profa Eloisa
Importância Clínica
A maioria das enterobactérias é encontrada no trato gastrointestinal. 
Considerados enteropatógenos por causarem preferencialmente infecções gastrointestinais como a Salmonella typhi, outras salmonellas, Shigella spp., Yersinia enterocolitica e vários sorotipos de Escherichia coli, embora possam também causar infecção em outros locais. 
As Enterobactérias representam 80% ou mais de todos os Gram negativos de importância clínica isolados na rotina microbiológica 
São responsáveis por de cerca de 70% das infecções urinárias e 50% das septicemias. 
Infecções Hospitalares
As enterobactérias que atualmente predominam são: Escherichia coli, Klebsiella spp., Enterobacter spp. 
Principais gêneros das enterobactérias (cerca de 99% dos isolamentos de enterobactérias de importância clínica): Escherichia coli, Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus spp., Providencia spp., Morganella spp., Citrobacter spp., Salmonella spp.,Shigella spp., Serratia spp.
Enterobacterias
Escherichia coli
As amostras de Escherichia coli que causam diarréia pertencem a cinco grupos principais: 
Enteropatogênicas (EPEC) 
Enterotoxigênicas (ETEC) 
Enteroinvasoras (EIEC) 
Enterohemorrágicas (EHEC)
Enteroagregativa (EAEC)
Identificação: sorologia – determinação do antígeno O (LPS) e H (Flagelar)
Escherichia coli
Infecção das vias urinárias (90% das ITU em mulheres jovens). 
Pode resultar em bacteremia, com sinais clínicos de sepse.
Pielonefrite
E.coli
E. coli
Meio MC
Colônia plana, seca, lac (+), cresce em MC, beta hemolítica em AS, oxidase (-), indol (+)
Shigella spp
Anaeróbios facultativos.
Formam colônias convexas, circulares e transparentes, com bordas regulares. 
Fermentam glicose.
Não fermentam lactose (lac -)
 Formam ácidos a partir de carboidratos, sem gás.
As infecções limitam-se ao trato gastrointestinal (shigelose).
Formação de microabscessos no intestino grosso e ileoterminal com necrose da mucosa, ulceração superficial, sangramento e formação de pseudomembrana na área ulcerada.
Salmonella sp
Bacilos Gram negativos
Não esporulados
Fermentadores de glicose
Móveis
Anaeróbios facultativos
Não fermentam lactose ou sacarose
Produtoras de H2S
Amostras de fezes: meios enriquecidos como caldo selenito ou tetrationato (inibem bactérias intestinais normais)
42
El Vi + implica mayor virulencia
Síndromes clínicas
Gastroenteritis (S. choleraesuis, S. enteritidis)
Febre entérica ou tifóide (S. typhi)
Bacteremias (S. choleraesuis, S. typhi, S. paratyphi)
 
Klebsiella pneumoniae
 É encontrada nas vias respiratórias e nas fezes de cerca de 5% dos indivíduos normais.
 Pode provocar extensa consolidação necrosante hemorrágica dos pulmões.
 Provoca infecção das vias urinárias e bacteremia com lesões focais em pacientes debilitados.
Enterobacter aerogenes
Pode ser encontrado em vida livre ou no trato intestinal.
 Provoca infecção das vias urinárias e sepse.
Serratia marcescens
Patógeno oportunista em pacientes hospitalizados.
Causa pneumonia, bacteremia e endocardite em viciados em narcóticos
Proteus spp
 As espécies provocam infecções em humanos apenas quando deixam o trato intestinal.
 Provocam ITU, bacteremia, pneumonia e lesões focais em pacientes debilitados ou que recebem infusões intravenosas.
P. mirabilis – Infecção urinária
P. vulgaris e Morganella morganii – infecções hospitalares
 As espécies produtoras de urease quando provocam ITU favorecem a formação de cálculos.
 As cepas movéis de Proteus contêm antígenos H e O
Providencia spp
 São membros da microbiota intestinal normal.
 Causam infecções das vias urinárias
Citrobacter spp
Podem causar infecções urinárias e sepse
Provas Bioquímicas
Identificação dos Enterobactérias
ETAPAS DA IDENTIFICAÇÃO DE ENTEROBACTÉRIAS
A identificação de uma enterobactéria começa com a análise do material semeado. Em geral temos os seguintes meios para interpretar: 
Secreções: ágar sangue e Mac Conkey 
Líquidos nobres e biópsias: Ágar Chocolate e Mac Conkey 
Fezes: Mac Conkey e Salmonella-Shigella 
Urina: CLED ou ágar sangue e Mac Conkey
IDENTIFICAÇÃO DE ENTEROBACTÉRIAS
A enterobactéria sempre cresce nos meios ricos (ágar sangue, chocolate e CLED), bem como nos meios seletivos: ágar Mac Conkey e Salmonella-Shigella. 
Os Gram positivos como regra não crescem em ágar Mac Conkey e Salmonella-Shigella, exceto os enterococos que podem crescer. 
No ágar Mac Conkey e Salmonella-Shigella, além das enterobactérias e dos enterococos, podem crescer bactérias não fermentadoras e Candida
Bacilos Gram negativos não-fermentadores
Profa Eloisa
Pseudomonas aeruginosa
Família Pseudomonadaceae
Não fermentadora.
Bacilos gram-negativos, retos ou ligeiramente curvos,móveis.
Apresentam flagelos polares
Apresentam-se como bactérias isoladas, em pares ou em cadeias curtas.
Aeróbios obrigatórios.
Podem crescer anaerobicamente utilizando nitrato ou arginina como aceptor alternativo de elétrons
Oxidase positiva
Presença da citocromo oxidase
Diferenciação das Enterobacteriaceae (oxidase negativa)
Pseudomonas aeruginosa
Colônias mucóides
Cápsula polissacarídica
Cresce bem a 37-42ºC que ajuda a diferenciá-la de outras espécies de Pseudomonas (tolera 4ºC a 42º C)
Forma colônias redondas e lisas de coloração esverdeadas e fluorescentes, com odor de uva.
Pigmentos passíveis de difusão
Piocianina (azul), fluoresceína (amarelo), piorrubina (vermelho-acastanhado) 
Beta-hemolítica em AS
Pseudomonas aeruginosa
Síndromes Clínicas
Infecções pulmonares (podem variar a traqueobronquite benigna a broncopneumonia necrosante grave, fibrose cística)
Infecções primárias da pele (principalmente em queimadura, foliculite – imersão em águas contaminadas)
Infecção de unhas
Infecções do trato urinário (principalmente em pacientes portadores de cateteres)
Infecções dos ouvidos (“otite de nadador”)
Infecções oculares (após traumatismo inicial da córnea, contaminação de líquidos de limpeza de lentes de contato)
Microorganismo
Oxidase
Motilidade
Lisina descarboxilase
Pigmento/
Fluorescência
Pseudomonas aeruginosa
(+)
(+)
(-)
(+/+)
Stenothrophomonas
(-)
(+)
(+)
(-/-)
Burkholderia cepacea
(+)
(+)
(+/-)
(-/-)
Acinetobacter baumani
(-)
(-)
(-)
(-/-)
Identificação
Slide cedido pela profa Juliana Lins
61
Gênero Mycobacterium
Profa Eloisa
Gênero Mycobacterium
Bacilos aeróbios
Imóveis
Não-formadores de esporos
Parede celular rica em lipídios
Superfície hidrofóbica, resistência a numerosos desinfetantes, bem como aos corantes usuais utilizados na rotina
Bacilos uma vez corados não podem ser descorados com soluções ácidas – por isso são chamados de bacilos álcool-ácido resistentes
Cresce lentamente (dias a semanas)
70 espécies – maioria associada à doença humana
Interpretação dos resultados
Outra interpretação
Leitura de 20 campos:
Média for >10 BAAR/campo: +++
Média for <10 BAAR/campo: contar 50 campos
Leitura de 50 campos:
Média for de 1 a 10 BAAR/campo: ++
Média for <1 BAAR/campo: contar 100 campos
Leitura de 100 campos:
Média for de 1 a 99 BAAR/campo: +
Média for de 1 a 9 BAAR/campo: informar número exato
Se não forem encontrados BAAR nos 100 campos: amostra negativa
Mycobacterium tuberculosis
Pode acometer vários órgãos ou tecidos, geralmente por disseminação hematogênica, a partir de um foco pulmonar primário. 
Formas extra-pulmonares mais freqüentes: pleural, ganglionar, óssea, disseminada, meningite, genito-urinária
Produção de escarro sanguinolento e purulento
Perda de peso
M. tuberculosis
Microscopia e cultura são métodos sensíveis e específicos
Microscopia: resultado deve ser liberado em 24 h após o recebimento da amostra
Amostras: devem ser descontaminadas e fluidificadas para eliminação da flora normal ou transitória e liberação das micobactérias do muco ou fibrinas
Uso de substâncias de natureza ácida ou básica dependendo da amostra clínica
Testes cutâneos
Tuberculina (PPD)
Evidência radiográfica de doença pulmonar
Cultura M.tuberculosis
Mycobacterium leprae
Agente causador da lepra
Também denominada doença de Hansen (hanseníase)
Manifestações clínicas dependem da resposta imunológica do hospedeiro aos bacilos
Transmissão: pessoa a pessoa através da inalação de aerossóis infecciosos ou através de contato da pele com secreções respiratórias e exsudatos de ferimentos.
Mycobacterium leprae
Manchas brancas ou avermelhadas que apresentam queda de pêlos, além de ressecamentos e sensação de formigamento e dormência. Também pode haver diminuição da força muscular.
As manchas podem se localizar em qualquer parte do corpo, sendo mais comuns nas extremidades (braços, mãos, coxas, pernas e pés) e o rosto.
M. leprae
Não consegue crescer em meio livre de células
Microscopia é sensível para a forma lepromatosa, mas não para a forma tuberculóide
Testes cutâneos são necessários para confirmar a lepra tuberculóide (lepromina).
Detecçãode bacilos álcool-ácido resistentes nas lesões
M. leprae
Para bacterioscopia: utilizar técnica similar ao do Ziehl Neelsen, porém sem aquecimento.
Amostras: Raspados de pele, mucosa nasal ou amostras de biópsia da pele do lobo da orelhas
Material adequado:
Lóbulo auricular direito (LD)
Lóbulo auricular esquerdo (LE)
Cotovelo direito (CD)
Cotovelo esquerdo (CE) – somente se não tiver lesão
Lesão (L)
Neisseria
Profa Eloisa
75
Gênero Neisseria
Nome – homenagem ao médico alemão Neisser que descreveu o microrganismo responsável pela gonorréia
10 espécies
2 patógenos exclusivamente humanos
N. gonorrhoeae (gonorréia)
N. meningitidis (meningite)
Demais espécies: mucosas da orofaringe e da nasofaringe e ocasionalmente mucosas anogenitais
Neisseria spp
Cocos gram negativos aeróbios, geralmente dispostos aos pares (diplococos) com os lados adjacentes achatados (grão de café)
Imóveis
Não formam endosporos
Todas as espécies – oxidase positivas
Maioria produz catalase
Oxidação de carboidratos produz ácido (mas não por fermentação)
Não fermentam carboidratos, oxidam!!
N. gonorrhoeae
Neisseria gonorrhoeae
Homem é o único hospedeiro natural
É sempre considerada patogênica
Transmissão sexual ou pelo parto 
No homem causa uretrite, sendo até 50% assintomática e está relacionada a complicações como epididimite, prostatite e estenose uretral. 
Na mulher causa corrimento vaginal, endocervicite, uretrite, abscesso vestibular, doença inflamatória pélvica.
Local primário da infecção é o colo 
Pode ser isolada também na mucosa oral e anal.
Em récem-nascidos pode causar uma conjuntivite denominada Oftalmia neonatorum.
Artrite purulenta em adultos
Neisseria meningitidis
Pode causar meningite, infecção sistêmica grave com coagulação intravascular disseminada (CIVD) e elevada mortalidade, podendo causar em associação outras infecções (conjuntivite, artrite, sinusite e pneumonia). 
Em mucosas pode ser isolada em portadores sãos em 5 a 15 % dos indivíduos e por períodos de semanas a meses. 
A transmissão se faz por vias aéreas. 
Neisseria meningitidis
Segunda causa mais comum de meningite em adultos (meningite meningocócica).
Forma colônias transparentes e não-pigmentadas em AS chocolate
Microrganismos com cápsula – colônias mucóides
Produzem ácido a partir da oxidação da glicose e da maltose, mas não da sacarose ou lactose
N. Gonorrhoeae - Isolamento
Microrganismo fastidioso – meios complexos para crescimento
Sensível ao ressecamento e à presença de ácidos graxos
Temperatura ótima de crescimento – 35 a 37°C
Crescimento em atmosfera úmida, suplementada com CO2 (cultura em jarra com vela acessa)
Microrganismos recém isolados de amostras clínicas apresentam pili
Cepas desprovidas de pili são avirulentas
Semeadura
Recomenda-se ágar chocolate enriquecido com suplemento (L-cisteína, NAD e vitaminas), embora seja possível obter crescimento de algumas cepas em ágar sangue. 
Secreção retal, swab de orofaringe (Dracon), ou outros materiais com maior microbiota contaminante ou menor expectativa de isolamento, semear, além do meio rico, em meio seletivo como Thayer Martin modificado (TMM) ou meio New York City (NYC).
Incubar em jarra com umidade (bola de algodão e agua estéril) e CO2 (jarra com vela ou gerador de CO2 ). 
Semeadura
As N. gonorrhoeae crescem em ágar chocolate formando colônias pequenas, sendo em geral menores que as de neisserias saprófitas. A cor pode variar de cinza a amarelo.
As colônias de N. meningitidis A e C capsuladas se apresentam mucóides.
Identificação e diferenciação
Diferenciação da espécies:
N. MeninGitidis: oxida M= maltose e G= glicose
N. Gonorrhorae: oxida só G= Glicose
Identificação e diferenciação
Bordetella spp
Bordetella spp
B. pertussis; B. parapertussis
Hospedeiro principal: Homem
Via de Transmissão: Secreções de vias aéreas (aerossóis)
Material clínico: Swab nasofaringe
Não usar swab de algodão – contêm ácidos graxos que são tóxicos para a bactéria
Usar swab de fibras sintéticas (alginato de cálcio ou Dracon)
Meio específico: Meio de Bordet & Gengou (incubação 7 dias) – pequenas colônias cinzas
Cuidados especiais na coleta e transporte
Sensível ao ressecamento, necessidade de rapidez na cultura, meio de transporte recomendado é o Regan-Lowe 
Não cresce em MacConkey, AS e ACh
Provas Bioquímicas de identificação
Provas de Identificação
Imunofluorescência direta
Aglutinação com anti-soros específicos (Laboratórios de Referência)
Amplificação do ácido nucléico
Haemophilus sp
Haemophilus spp
Família: Pasteurellaceae
Bacilos gram negativos, pequenos, às vezes pleomórficos, presentes nas membranas mucosas dos seres humanos (flora normal da nasofaringe e orofaringe). 
Imóveis 
Catalase positivo
Oxidase positivo
Algumas espécies de haemófilos podem dar reação de oxidase positiva fraca e demorada
Requerem fatores de crescimento presentes no sangue (fator X, fator V)
Fator X: hematina – compostos tetrapirrólicos, termoestáveis derivados de pigmentos oriundos de hemácias rompidas contendo ferro, como a hemoglobina
Fator V: NAD – Nicotinamida Adenina Dinucleotídio
Haemophilus spp
Cresce em ACh, algumas espécies crescem em AS
Não cresce em MC, EMB
 Não crescem no TSI e no OF-glicose.
Anaeróbio facultativo (necessidade de umidade e CO 2 entre 3 a 5%)
Haemophilus ducreyi
H. ducreyi
Responsável pela infecção genital ulcerativa chamada de cancróide (cancro mole)
Pápula macia com base eritematosa, presença de linfadenopatia inguinal
Mais comum em homens
Mulheres – doença assintomática e inaparente
Isolamento
No isolamento primário no ágar chocolate as colônias costumam ser pequenas de cor beje claro, com odor característico. 
No ágar sangue ocasionalmente pode-se detectar o crescimento em torno de colônias de Staphylococcus aureus , que produz o fator V e é utilizada como prova alternativa à utilização dos discos e denominada prova do satelitismo.

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