Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FARMACOLOGIA DA INFLAMAÇÃO E DA DOR PROFA. ALYNE MARA INFLAMAÇÃO • É fundamentalmente um mecanismo de defesa, cujo objetivo final é a eliminação da causa inicial da lesão celular e das consequências de tal lesão • AGENTES INFLAMATÓRIOS: • Agressões exógenas (físicas, químicas ou biológicas) • Agressões endógenas (estresse metabólico) INFLAMAÇÃO • Na Antiguidade, os gregos já definiam pelos sinais e sintomas típicos (sinais cardinais): • DOR • RUBOR • TUMOR • CALOR • PERDA DA FUNÇÃO CLASSES E AGENTES FARMACOLÓGICOS 1. Anti-inflamatórios não esteroides (AINES) 2. Glicocorticoides 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES • Constituem uma das classes de fármacos mais difundidas em todo mundo, abrangendo diversas especialidades no mercado, sendo utilizados no tratamento da dor aguda e crônica decorrente do processo inflamatório VIA DA CICLOOXIGENASE • Leva a formação de: prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos; • As ciclooxigenases são: • São enzimas glicosiladas, homodiméricas; • Ligadas a membranas; • São ubíquas nas células animais 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES Val-523 Tyr-355 Arg-120 Tyr-385 IsoLeu-523 Ser-530 Ser-530 C an al h id ro fó b ic o C an al h id ro fó b ic o Bolso lateral hidrofílico Tyr-385 Tyr-355 Arg-120 COX-1 COX-2 DIFERENÇAS ESTRUTURAIS ENTRE COX-1 E COX-2 Cicloxigenase Cicloxigenase 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES COX-1 e COX-2 • Diferenças estruturais • COX-1 • Ausência do Bolso lateral hidrofílico • Isoleucina 523 • Canal hidrofóbico estreito • COX-2 • Bolso lateral hidrofílico • Valina-523 • Canal hidrofóbico largo (permite o contato com mais substrato) – maior produção de PGs 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES MECANISMO DE AÇÃO ➢ Inibidores da via da ciclooxigenase ➢Objetivo: inibição da produção de eicosanoides pró inflamatórios mediados pela COX, bem como a limitação da extensão da inflamação, febre e dor 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES ESTÍMULO FISIOLÓGICO COX-1 (constitutiva) ESTÍMULO INFLAMATÓRIO COX-2 (induzida) PGE2 INFLAMAÇÃO TXA2 PGI2 PGE2 Plaquetas Endotélio Rim Estômago PGI2 Macrófagos Endotélio Mastócitos PGD2 + IL- 4 IL- 10 IL- 13 - 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES FISIOPATOLOGIA DAS COXS Ácido Araquidônico AINES COX-2 Induzida ▪ Inflamação ▪ Dor ▪ Febre ▪ Função renal PGs PGs ▪Citoproteção GI ▪Atividade plaquetária ▪Função renal COX-1 Constitutiva PGs 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES PAPEL FISIOLÓGICO DAS CICLOXIGENASES NA HEMOSTASIA Prostaciclina PGI2 Célula Endotelial COX 2 Inibe a agregação plaquetária COX 1 Tromboxano TxA2 Plaqueta Promove a ativação plaquetária TromboseHemostasia COX 1 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES • EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO • EFEITO ANTIPIRÉTICO • EFEITO ANALGÉSICO • EFEITO ANTITROMBÓTICO* AÇÕES FARMACOLÓGICAS 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES PGE2 e PGI2Céls endoteliais Estímulo Aumento do aporte sanguíneo na área da injúria (células e proteínas do plasma) vasodilatação COX EFEITO ANTI- INFLAMATÓRIO Inibição da vasodilatação causada por prostanóides AINES _ 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES EFEITO ANTI- INFLAMATÓRIO Leva a ativação da COX-2 (induzida) Aumentam a síntese de prostaglandinas (PGE2, PGF2, PGI2) As PGs em conjunto com outros mediadores (histamina, bradicinina, leucotrienos) leva aumento da permeabilidade vascular Inflamação, lesão tecidual, infecção, etc. AINES _ _ EDEMA !!! 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES Inibição da produção de prostaglandinas no hipotálamo AINES _ EFEITO ANTIPIRÉTICO Infecção Céls Imunes Hipotálamo PGEs ponto de ajuste da temperatura corporal COX Endotélio 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES EFEITO ANTIPIRÉTICO Citocinas inflamatórias (IL-1, IL-8) Aumentam a síntese PGE2 no hipotálamo Aumento dos níveis de AMPc Estimula o hipotálamo a aumentar a temperatura corpórea FEBRE! !!! Inflamação, lesão tecidual, infecção, etc. AINES _ _ 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES Nociceptor sensibilizado PGEs e PGIs Bradicinina serotonina histamina DOR Estímulos térmicos Estímulos mecânicos Nociceptor AINES_COX EFEITO ANALGÉSICO 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES EFEITO ANALGÉSICO Citocinas inflamatórias (IL-1, IL-8) Aumentam a síntese de prostaglandina (PGE2) Sensibilizam os receptores da dor Redução do limiar de excitação dos nociceptores DOR !!! Inflamação, lesão tecidual, infecção, etc. AINES _ _ 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES EFEITO ANTITROMBÓTICO Tromboxano (TXA2) Plaqueta Agregante Prostaciclina (PGI2) Endotélio Anti-agregante INIBIÇÃO IRREVERSÍVEL DA COX PELA ASPIRINA 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES ✓ Produzida primariamente pelo endotélio dos vasos; ✓ Vasodilatação; ✓ Inibição da agregação plaquetária; ✓ Proteção gástrica EFEITO ANTITROMBÓTICO ✓ Produzido primariamente pela Plaqueta; ✓ Vasoconstrição; ✓Contração do Músculo Liso; ✓Promoção da agregação plaquetária; 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES • Boa absorção por via oral; • Ligam-se altamente as proteínas plasmáticas (98%); • Metabolização hepática; • Excreção renal; FARMACOCINÉTICA 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES • Estrutural CLASSIFICAÇÃO 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES • Quanto a seletividade pela COX: CLASSIFICAÇÃO 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES PARACETAMOL • Acetominofeno • Às vezes, é classificado como AINE, mas tecnicamente não é um deles • Exerce efeitos analgésicos e antipiréticos, mas o efeito anti-inflamatório é insignificante (inibição fraca da COX) PARACETAMOL • Efeito adverso: hepatotoxicidade • Intoxicação: • Doses elevadas: ocorre uma saturação das vias de metabolização e gera um metabólito tóxico N-acetil-p- benzoquinonaimina (NAPQI). • NAPQI causa um processo irreversível de lesão hepatocelular • Tratamento: lavagem gástrica (até 2h após a ingestão), carvão ativado e N-ACETILCISTEÍNA (NAC) Antídoto eficaz e seguro. Fornece grupos sulfidrílicos que neutralizam o metabólito tóxico. É eficaz se administrado em até 8h EFEITOS ADVERSOS • GASTRO INTESTINAIS • RENAIS • LESÕES CUTÂNEAS • OUTROS EFEITOS 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES GASTRO-INTESTINAIS ✓ Dispepsia, náuseas e vômitos ✓ Diarréia/constipação ✓ Doença ulcerativa (usuários crônicos) - Erosões e petéquias - Distúrbios gastrointestinais - Hemorragia grave/perfurações EFEITOS ADVERSOS Normal Aspirina 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES GASTRO-INTESTINAIS • Importância das lesões gástricas: EFEITOS ADVERSOS AA COX-1 Proteção Gástrica: - Aumento da produção de muco; - Aumento da produção de tampão bicarbonato; - Aumento do fluxo sanguíneo; - 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES RENAIS ➢ Insuficiência renal aguda; ➢Nefropatia analgésica; ➢ Nefrite crônica; EFEITOS ADVERSOS 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES LESÕES CUTÂNEAS ➢ Urticárias; ➢ Erupções leves; ➢ Reações de Fotossensibilidade; EFEITOS ADVERSOS 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES OUTROS EFEITOS: ➢ Distúrbios da medula óssea; ➢ Distúrbios hepáticos; ➢ Síndrome de Reye; ➢ Salicismo EFEITOS ADVERSOS 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES • Derivados do ácido sulfônico; • Desenvolvidos na tentativa de agir apenas nos locais de inflamação;• São moléculas grandes que bloqueiam o canal hidrofóbico que leva ao sítio ativo da enzima; • Menos efeitos colaterais gastrointestinais INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2 (COXIBS) 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES Val-523 Tyr-355 Arg-120 Tyr-385 IsoLeu-523 Ser-530 Ser-530 Bolso lateral hidrofílico Tyr-385 Tyr-355 Arg-120 COX-1 COX-2 Diclofenaco Diclofenaco X X 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES Val-523 Tyr-355 Arg-120 Tyr-385 IsoLeu-523 Ser-530 Ser-530 Bolso lateral hidrofílico Tyr-385 Tyr-355 Arg-120 COX-1 COX-2 S O X Rofecoxib Rofecoxib A cadeia sulfonamida polar liga-se fortemente ao bolso lateral hidrofílico Não conseguem entrar no canal (tamanho) e tem pouca afinidade pelo sítio de ligação 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES Porque os COXIBS apresentam efeitos adversos no sistema cardiovascular ? 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES COXIBS Aumento na ocorrência de eventos trombóticos e cardiovasculares Homeostasia COX-2 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES EFEITOS ADVERSOS DOS COXIBS • Efeitos adversos Cardiovasculares: - Eventos Trombóticos - Hipertensão • Efeitos Adversos Renais: - Diminuição da taxa de filtração renal 1- ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES Anatomia das glândulas supra-renais 2- GLICOCORTICOIDES ESTEROIDES PRODUZIDOS PELAS SUPRA-RENAIS • Catecolaminas : Adrenalina e NA • Esteróides Sexuais: - Andrógenos e Estrógenos • Mineralocorticóides: Aldosterona • Glicocorticóides: Hidrocortisona ou Cortisol e Corticosterona 2- GLICOCORTICOIDES MECANISMO • Induzem uma família de proteínas denominadas de lipocortinas. Estas interferem na ação da fosfolipase A2, portanto limitam a disponibilidade doe ácido araquidônico • Age também sobre a anexina (anti-inflamatória) 2- GLICOCORTICOIDES MECANISMO GERAL DE AÇÃO DOS GLICOCORTICOIDES 2- GLICOCORTICOIDES INDICAÇÃO A terapia farmacológica com GC está indicada para 2 finalidades principais: • Terapia de reposição nos casos de insuficiência suprarrenal • Suprimir a inflamação e as respostas imunes 2- GLICOCORTICOIDES AÇÕES ANTI-INFLAMATÓRIAS E IMUNOSSUPRESSORAS Eventos vasculares ➢ Diminuição da vasodilatação ➢ Redução de exsudação de líquidos e proteínas (controle do edema) 2- GLICOCORTICOIDES EVENTOS CELULARES Nas áreas de inflamação aguda: nº e atividade dos leucócitos ➢ Nas áreas de inflamação crônica: n0 e atividade de mononucleares (Linfócitos T e B e Monócitos) proliferação dos vasos sanguíneos fibrose: atividade de fibroblastos 2- GLICOCORTICOIDES MEDIADORES INFLAMATÓRIOS ➢ produção e ação de citocinas ➢ geração de PGs e PAF ➢ componentes do complemento ➢ expressão de NOSi e COX-2 ➢ expressão de moléculas de adesão ➢ liberação de histamina 2- GLICOCORTICOIDES EFEITOS METABÓLICOS ➢ Carboidratos: hiperglicemia Captação hepática e renal de aminoácidos Atividade de enzimas na Gliconeogênese Armazenamento de glicogênio ➢ Proteínas: catabolismo e Anabolismo Efeitos catabólicos e antianabólicos nos tecidos linfóides e conjuntivo, músculos, gordura periférica, ossos e pele. 2- GLICOCORTICOIDES EFEITOS METABÓLICOS ➢Lipídios: captação de glicose/ células adiposas Lipólise ➢ Equilíbrio eletrolítico: - Diminui absorção e aumenta a excreção de cálcio - Aumenta a retenção de sódio e potássio 2- GLICOCORTICOIDES SUSPENSÃO DO TRATAMENTO • Durante a terapia prolongada há uma supressão da liberação de CRH e ACTH (atrofia do córtex da suprarrenal) • A doença inflamatória pode também se agravar Interrupção abrupta pode precipitar uma insuficiência suprarrenal aguda Desinibição do sistema imune 2- GLICOCORTICOIDES SUSPENSÃO DO TRATAMENTO O tratamento crônico com glicocorticoides deve ser, sempre que possível, reduzido lentamente, com doses gradualmente crescentes 2- GLICOCORTICOIDES EFEITOS INDESEJADOS ➢ Supressão da resposta à infecção ➢ Supressão da síntese de GC endógenos ➢ Síndrome de Cushing iatrogênica ▪ Osteoporose ▪Desgaste e fraqueza muscular ▪ Aumento do apetite - Obesidade ▪ Euforia, Hiperexcitabilidade, Insônia 2- GLICOCORTICOIDES Síndrome de Cushing 3- GLICOCORTICÓIDES VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Podem ser administrados localmente, atingindo concentrações muitas vezes mais altas que a concentração plasmática normal e minimizando os efeitos adversos sistêmicos • Apresentações disponíveis: inaladas, cutâneas e depósito de glicocorticóides 2- GLICOCORTICOIDES GLICOCORTICOIDES INALADOS • Método de escolha para o tratamento crônico da asma • Reduzem os sintomas da asma ao inibir as respostas inflamatórias das vias respiratórias • Possuem baixa disponibilidade oral, sendo aplicados altas doses diretamente na mucosa 2- GLICOCORTICOIDES GLICOCORTICOIDES INALADOS 2- GLICOCORTICOIDES GLICOCORTICOIDES CUTÂNEOS • Indicado para diversos distúrbios dermatológicos (psoríase, dermatite atópica) • Baixíssima concentração sistêmica do GC, possibilitando o uso de doses elevadas • Ex.: hidrocortisona, dexametasona 2- GLICOCORTICOIDES GLICOCORTICOIDES CUTÂNEOS 2- GLICOCORTICOIDES PERFIL FARMACOLÓGICO FÁRMACO MEIA VIDA PLASMÁTICA (min) MEIA VIDA BIOLÓGICA (min) DURAÇÃO DA AÇÃO CORTISOL 90 8-12 CURTA PREDNISONA 60 12-36 INTERMEDIÁRIA PREDNISOLONA 200 12-36 INTERMEDIÁRIA METILPREDNISOLONA 180 12-36 INTERMEDIÁRIA TRIAMCINOLONA 300 12-36 INTERMEDIÁRIA BETAMETASONA 100-300 24-72 PROLONGADA DEXAMETASONA 100-300 24-72 PROLONGADA 2- GLICOCORTICOIDES DOR “Uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial ou descrita em termos de tal dano” (Associação Internacional do Estudo sobre Dor). COMPREENSÃO DA DOR • Transdução; • Transmissão; • Percepção; • Modulação; • Resposta. Transmissão do estímulo doloroso ANALGÉSICOS OPIOIDES •Principal classe de fármacos no controle agudo da dor moderada a intensa •Produzem analgesia sem muito causar sono ou perda de consciência (contudo a maioria dos opióides causa sedação) ANALGÉSICOS OPIOIDES • Receptores opioides : µ (mu); δ (delta); κ (kappa) • Estão presentes em células do SNC e do TGI • No SNC estão presentes em áreas envolvidas na integração de informações sobre a dor: • Tronco cerebral • Tálamo • Medula espinhal • Sistema límbico • Periferia ANALGÉSICOS OPIOIDES • Receptores opióides (acoplados à Gi /0) µ (mu); δ (delta); κ (kappa) • Abrem canais de K+ (hiperpolarização); • Inibem a abertura de canais de Ca++ (inibem a liberação de transmissores) EFEITOS DOS OPIOIDES • Sistema Nervoso Central: Analgesia, tonturas, alterações de humor, apatia, náuseas e vômitos, depressão do reflexo da tosse, tolerância e dependência. • Doses tóxicas: Depressão respiratória EFEITOS DOS OPIOIDES •Pupilas: miose (pupilas puntiformes) • SCV: hipotensão e bradicardia • TGI: Constipação intestinal e íleo paralítico. •Pele: Vasodilatação e prurido. 1. Analgesia: dor intensa e constante como aquelas associadas com o câncer e doenças terminais. 2. Edema Agudo do Pulmão: mecanismo não esclarecido, mas reduz a percepção da dificuldade respiratória e ansiedade como também a resistência periférica; 3. Anestesia: como medicamentos pré-anestésicos; também como adjuvantes de drogas anestésicas; ou como anestésicos em altas doses 4. Tosse 5. Diarreia USOS CLÍNICOS EXEMPLOSMORFINA, CODEÍNA E DERIVADOS • Mais utilizados para o controle da dor • Morfina: • Agonistas fortes • Opioide de referência • Diversas vias de administração • Duração de ação: 4-5h • Hidromorfona e oximorfona são derivados Morfina Hidromorfona Oximorfona EXEMPLOS MORFINA, CODEÍNA E DERIVADOS • Codeína: • Metilmorfina (agonistas leve a moderado) • Agonista de ocorrência natural • Menos eficaz que a morfina • Ação analgésica: desmetilação hepática em morfina • Oxicodona e Hidrocodona: derivados semissintéticos mais efetivos Codeína Oxicodona EXEMPLOS AGONISTAS SINTÉTICOS • Metadona • Mais usada no tto de dependência química • Agonista forte de longa duração • Fentanil • Ação curta (75-100x mais potente que a morfina) • Estruturalmente relacionados: sufentanila, alfentanila e remifentanila • Meperidina • Eficácia semelhante a morfina • For metabólito tóxico que causa convulsões Metadona Fentanil Sufentanil EXEMPLOS AGONISTAS PARCIAIS E MISTOS • Butorfanol e buprenorfina • Agonistas parciais • Semelhantes a morfina (substituinte) • Sintomas de euforia mais discretos • Nalbufina • Agonista κ com atividade antagonista µ OBS: Tramadol - Agonista fraco dos receptores µ - Bloqueia a receptação de serotonina e noradrenalina - Usado para tto de dores moderadas EXEMPLOS ANTAGONISTAS • Utilizados para reverter os efeitos dos opioides • Exemplos: naloxona, naltrexona e metilnaltrexona • Naloxona: • Via parenteral • Curta duração • Naltrexona • Via oral Naloxona 1. Tolerância: -Manifesta-se clinicamente com 2-3 semanas de exposições frequentes à doses terapêuticas. - Desenvolvimento mais rápido após doses maiores e intervalos curtos. - Tolerância intensa é desenvolvida para efeitos analgésico, sedativo e depressor respiratório. EFEITOS ADVERSOS E TOXICIDADE 2- Dependência Física: - Acompanha a tolerância (repetidas administrações). - A retirada da droga leva à síndrome de abstinência caracterizada por rinorréia, lacrimejamento, bocejos, arrepios, pele úmida, hipertermia, dores musculares, vômitos, diarréia e ansiedade EFEITOS ADVERSOS E TOXICIDADE
Compartilhar