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Administração de Recursos Materiais para o MPU 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01 
 
 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini www.estrategiaconcursos.com.br 
Página 1 de 74 
AULA 02 – 5 Recebimento e armazenagem. 5.1 
Entrada. 5.2 Conferência. 5.3 Objetivos da armazenagem. 
5.4 Critérios e técnicas de armazenagem. 5.5 Arranjo físico 
(leiaute). 6 Distribuição de materiais. 6.1 Características 
das modalidades de transporte. 6.2 Estrutura para 
distribuição. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Sumário 
Custos ............................................................................................................. 2 
5 Recebimento e armazenagem. 5.1 Entrada. 5.2 Conferência. 5.3 Objetivos 
da armazenagem. 5.4 Critérios e técnicas de armazenagem. ................................... 5 
Embalagens................................................................................................... 15 
Almoxarifado e Depósito ............................................................................... 16 
Distribuição de Materiais ............................................................................... 18 
Movimentação de Materiais ........................................................................... 20 
Equipamentos para Movimentação de Materiais ........................................... 22 
5.5 Arranjo físico (leiaute). ............................................................................. 26 
6 Distribuição de materiais. ........................................................................... 34 
6.1 Características das modalidades de transporte. ...................................... 34 
6.2 Estrutura para Distribuição (Logística) .................................................... 40 
Supply Chain Management ........................................................................... 46 
Tecnologias de Processamento de Materiais e de Informações ................... 48 
Questões Comentadas .................................................................................. 53 
Questões Propostas ...................................................................................... 68 
Administração de Recursos Materiais para o MPU 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01 
 
 
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Página 2 de 74 
 
Tudo correndo bem? Lembro sempre que estou no fórum de dúvidas para 
resolver cada pequeno pepino intransponível que surgir na sua frente. Não sei se eu 
disse isso ainda, mas somos melhores amigos meu caro. Eu realmente quero ver 
você passar, e com folga. 
Bom, vamos continuar. 
Custos 
Este tema está relacionado à disciplina de Administração de Produção. 
Entretanto, também é conteúdo que costuma aparecer quando nos referimos a 
custos de estoque, ou custos de manutenção de materiais. Já vamos tratar deles de 
uma vez, e assim, você fica mais tranquilo para fazer o que tem de fazer melhor: 
GABARITAR. 
Pois bem, se você se recordar do tópico "Lote Econômico de Compra", 
saberá que existem um volume ideal de determinado material que a organização 
pode adquirir. 
Só para refrescar sua memória: 
 
 
 
 
Sendo que: 
LEC = Lote Econômico de Compra 
D = demanda no período (em unidades) 
P = custo unitário do pedido 
C = custo unitário de armazenagem 
Administração de Recursos Materiais para o MPU 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01 
 
 
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Página 3 de 74 
Esta fórmula, acredite você ou não, é uma equação de segundo grau. Como 
sei disso? Ela segue o modelo geral: 
 
Não que seja da meu interesse confundir você com noções de matemática, 
mas acredito que vai ficar bem mais fácil entender os custos depois dessa 
explicação. 
Se eu passar o Lote Econômico de Compra para "o outro lado" da equação, 
ela vai igualar a zero, e o nosso coeficiente vai assumir valor negativo. 
Passando para um gráfico de equação quadrática, essa equação forma uma 
parábola "invertida", com um único valor máximo (topo da parábola), razão pela qual 
o Lote Econômico de Compra assume apenas um único valor "ótimo". 
Agora, a razão disso tudo: existem alguns custos que não oscilam em função 
da quantidade demandada, produzida ou estocada pela organização. Outros, 
inclusive, diminuem à medida que o número de unidades produzidas ou 
demandadas aumenta. Entretanto, embora esse raciocínio dê a falsa ilusão de 
"quanto mais, melhor", lembre-se que estocar é custo, havendo limites para o 
aproveitamento de "pechinchas". É isso que veremos agora. 
Os custos, na disciplina de Administração de Recursos Materiais, são 
divididos em três categorias: 
- Custos fixos (ou independentes) 
- Custos de carregamento (diretamente proporcionais) 
- Custos inversamente proporcionais 
Falemos dos três 
Os custos fixos são aqueles que não variam com a quantidade de itens 
estocados. Se a empresa estiver com o estoque zerado, ou se estiver abarrotada 
de itens armazenados, estes custos serão sempre os mesmos. Pense aqui no 
Administração de Recursos Materiais para o MPU 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01 
 
 
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aluguel do prédio onde os produtos são estocados: o dono do imóvel não quer saber 
se o prédio está cheio de mercadorias ou de ar, ele quer receber o valor pactuado. 
Em uma aula de contabilidade de custos, eu diria que a apropriação destes 
custos nas mercadorias dependeria do volume de mercadorias em estoque, já que 
com mais mercadorias, eu posso ratear este custo fixo um pouquinho em cada 
produto, ao invés de apropria-lo integralmente em único item, ou amargar o prejuízo 
nos casos em que não tenho mercadoria no estoque. Mas como não é aula de 
contabilidade, lembre-se: o custo fixo não varia com a quantidade de itens de 
estoque. O valor a ser pago por ele é sempre o mesmo. 
Os custos diretamente proporcionais (de carregamento) são aqueles 
que aumentam na medida em que aumentam os itens em estoque. Quanto mais 
itens eu tiver no estoque, maiores serão estes custos. Se eu tenho mais produtos, 
preciso de mais espaço para guarda-los, mais prateleiras no almoxarifado, mais 
gente para vigiar o local contra roubos. Os exemplos são infinitos, então, ao olhar a 
questão, veja se a variação de determinado fator provocaria um aumento no custo 
da empresa. 
E para acabar, os custos inversamente proporcionais são aqueles que 
diminuem à medida que o número de itens no estoque aumenta (sim, isso 
também é possível). 
Quer um exemplo? Eu pago meus funcionários em dia, eu já tenho os 
computadores na empresa, mas eles consomem energia e já pago a conta de 
telefone. 
Quando o dono da empresa ordena a requisição de novos pedidos, esse 
funcionário vai usar o computador para pesquisar na internet e pegar o telefone para 
solicitar a quantidade de itens. Concorda comigo que não há diferença no dispêndio 
desses recursos se ele marcar 1 unidade ou 1000? Entretanto, como eu já gastei 
com conta de luz e telefone e salário, este gasto tem de ser direcionado para as 
mercadorias (o dono da empresa não quer prejuízo). Se ele comprou só um item, 
este custo de estoque vai todo para este item, mas se comprou 1000, é possível 
ratear a despesa, e assim, o custo de estoque diminuiu. 
Administração de Recursos Materiais para o MPUTeoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01 
 
 
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E tem mais uma possibilidade. Comprar no atacado dá desconto. Se eu 
compro vários itens, é bem provável que eu vá pagar menos por cada item 
individualmente (experimentem fazer compras em um mercado atacadista, é 
sensacional ver isso funcionar :P). 
Como os custos fixos são, por definição, invariáveis, uma produção com 
poucos itens fará com que cada produto sofra um rateio maior destes custos, ao 
passo que, com mais itens, cada produto tem de suportar uma parcela menor do 
custo. Qualquer dúvida, estou no fórum para isso. 
Professor: os custos inversamente proporcionais não seriam custos fixos por 
definição? Afinal, tanto a conta telefônica como o aluguel do prédio são pagos 
independentemente da produção, não havendo diferença prática entre os exemplos. 
Sim, meu caro aluno, é uma observação pertinente. Contudo, 
doutrinariamente, os custos inversamente proporcionais estão ligados diretamente à 
obtenção dos materiais. A linha telefônica foi utilizada diretamente para solicitar 
materiais para o estoque, ao passo que o aluguel do prédio não tem essa 
característica. Alias, os "custos de obtenção de materiais" são os frequentemente 
citados como exemplos de custos inversamente proporcionais. 
Para fins de prova, sugiro que fique bastante atento a essa peculiaridade. 
5 Recebimento e armazenagem. 5.1 Entrada. 5.2 
Conferência. 5.3 Objetivos da armazenagem. 5.4 Critérios e 
técnicas de armazenagem. 
Fique tranquilo, o que vamos falar aqui vai parecer uma simples revisão da 
aula de Estoques de que já falamos anteriormente. 
Você é o gestor de materiais de uma empresa. A empresa vai precisar de 
materiais para produzir o que quer que ela queira produzir. 
O setor financeiro não queria que ela estocasse materiais, pois isso imobiliza 
capital. Ainda assim, a empresa estocou. 
Administração de Recursos Materiais para o MPU 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Felipe Cepkauskas Petrachini Aula 01 
 
 
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E aí chegamos ao recebimento e armazenagem. Até que o produto estocado 
seja utilizado no processo produtivo, até lá ele precisa ser guardado (armazenado). 
Mas antes, lógico, eu preciso recebê-lo, afinal, como posso guardar algo que ainda 
não tenho? :P 
Dentre as atribuições dos gestores da armazenagem e movimentação física 
de matérias, Gonçalves1 cita as seguintes: 
 Recebimento dos materiais; 
 Identificação dos materiais; 
 Transporte e movimentação física dos materiais para as áreas de 
armazenagem. 
 Armazenamento dos materiais; 
 Controle da localização física dos materiais; 
 Fornecimento dos materiais. 
Veja que as atividades de armazenagem estão diretamente relacionadas 
ao controle e movimentação dos materiais. Sendo que a área de armazenagem 
e movimentação de materiais tem responsabilidade direta na qualidade dos 
produtos ou serviços da organização. 
Primeiramente vamos falar sobre a primeira etapa do processo, o 
recebimento do material após a compra. 
Recebimento de Materiais e Conferência. 
Os principais elementos envolvidos no recebimento de materiais são: o 
espaço físico, diz respeito ao local que os produtos serão recebidos e também ao 
espaço para manobras de veículos e para disposição das matérias-primas; 
recursos de informática, dizem respeito ao controle de recebimento e ao uso 
equipamentos tais como leitores de código de barras; equipamento de carga e 
 
1 Gonçalves, Paulo Sérgio, Administração de Materiais, Ed. Campus 2010, 3ª ed. 
pág. 314. 
Administração de Recursos Materiais para o MPU 
Teoria e exercícios comentados 
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descarga, como empilhadeiras; pessoal treinado e qualificado; e procedimentos 
padronizados. 
O setor de recebimento de materiais, ao receber o material, deve 
observar, dentre outras coisas, se o produto recebido atende às especificações 
técnicas do pedido, se a quantidade, a qualidade e a marca condizem com o que foi 
acordado em contrato e se o produto chegou dentro do prazo estabelecido. Após 
conferência muitas vezes é confeccionado o documento que se denomina termo de 
recebimento de material. Somente após a conferência é que se dá o aceite dos 
materiais. 
O recebimento de materiais é uma atividade intimamente ligada ao controle 
de estoques. As atividades de recebimento de materiais são documentadas no que 
se chama relatório de recebimento (ou termo de recebimento de material, como 
citado acima). 
Estes serviços de inspeção de recebimento estão vinculados ao setor de 
controle de qualidade. Não basta, deste modo, que os materiais recebidos 
estejam de acordo com a nota fiscal (se só puderem memorizar uma coisa dessa 
parte, memorizem isso), é fundamental que eles correspondam às 
especificações técnicas do pedido, ou seja, na quantidade e na qualidade que 
foi acordada entre o comprador e o fornecedor. 
 O recebimento é feito em duas etapas: 
O recebimento provisório envolve apenas procedimentos de conferência 
dos materiais, já o recebimento definitivo, momento posterior à conferência, é 
quando se emite o aceite em documento fiscal e se declara que o material está de 
acordo com o especificado no contrato firmado entre o comprador e o fornecedor, 
ou devolve o material ao fornecedor, por estar em desacordo com as 
especificações, para que este regularize os materiais. 
Deste modo, o procedimento de recebimento envolve desde a recepção 
propriamente dita do material, quando entregue pelo fornecedor, até o momento em 
que os materiais entram nos estoques. 
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Entenda também que os procedimentos de conferência são prévios ao 
recebimento definitivo. A inspeção do material deve ser visual, observando a 
quantidade e a qualidade. 
Acredito que agora você já será capaz de entender o principal motivo de se 
ter estoques e, consequentemente da necessidade da guarda de materiais: ter o 
material disponível no momento exato e na quantidade demandada. Olha o quadro 
aí de novo: 
 
A estrutura física da empresa e a demanda do material são pontos muito 
importantes e que deve ser analisado no momento da decisão de armazenar ou não 
um material. Já se imaginaram comprando um galpão de dois andares e 10 mil 
metros quadrados e entupindo ele de prateleiras e mercadorias, afinal a demanda 
de material é imensa. Só que o gestor de materiais fez isso até que o piso do andar 
de cima cedeu e desabou sobre o piso de baixo. A estrutura física da empresa (no 
caso, o galpão) não estava preparada para suportar aquele estoque. E... prejuízo na 
certa. 
Uma armazenagem adequada tem como objetivos: 
- Conservar os materiais; 
- Permitir que estes estejam próximos do sistema produtivo no momento 
em que forem requisitados. 
Podem, então, ser elencados como objetivos da armazenagem adequada, 
dentre outros: 
Dentro de um processo produtivo, a Administração de Materias (AM) precisa controlar: 
A Quantidade (para que se 
evite a falta ou os excessos) 
O Tempo ( o momento em 
que os materiasestarão 
disponíveis) 
A Localização (não basta o 
material estar disponível ele 
também precisa estar 
disponível no local certo) 
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 Maximização da utilização do espaço físico (utilização 
adequada); 
 Proteção (conservação) dos materiais ; 
 Facilidade de acesso ao estoque (os materiais precisam estar 
no local certo, na hora certa e na quantidade certa); 
 Do mesmo modo permitir a satisfação dos clientes, que 
poderão contar com os produtos no momento que necessitarem 
(veja que ao estocar, eu deixo um número de produtos 
acabados armazenados em depósito, que podem ser entregues 
diretamente ao cliente); 
 Facilitar o registro das operações (a partir da organização 
adequada dos materiais); 
Lembre-se: um material de alto custo de armazenagem deve ser visto 
como um material crítico. 
O local onde o material será armazenado deve ser adequado às próprias 
necessidades deste material, ou seja, o local deve ser compatível com as 
características físicas e químicas do material, além disso, você deve entender que 
alguns deles ficarão armazenados por um curto período de tempo, já outros por 
períodos mais longos. Por exemplo: Não seria bom armazenar papel para produção 
de jornal em um lugar com muita umidade, embora o ambiente também não possa 
ser de todo seco. 
A adequação do ambiente será um fator tanto mais importante conforme 
a sensibilidade do material, e claro, além de mais importante, provavelmente mais 
custosa. 
Estocar é custo (eu já falei isso várias vezes, e vou falar muitas vezes mais). 
Todo armazenamento de material gera um custo para a empresa, no entanto, 
não é somente o custo envolvido na compra do material de estoque, mas também 
aquele envolvido com as embalagens de acondicionamento e com o espaço 
físico onde ocorrerá a guarda deste estoque, deste modo, mesmo que o estoque 
esteja zerado haverá um custo de armazenagem. 
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Segundo Pozo2: 
“Os fatores que compõe o custo de armazenagem são: 
 Custo de edificações; 
 Custo de manutenção; 
 Custo de materiais; 
 Custo de pessoal. 
Haverá também os custos de carregamento, que são os custos diretamente 
proporcionais à quantidade estocada incluem, além da despesa com 
armazenagem, os custos de capital e outros custos decorrentes de fatores de risco 
de perda do estoque, como obsolescência, manuseio inadequado, roubo e danos. 
Critérios e Técnicas de Armazenagem 
Critérios de armazenagem são as considerações que devo fazer, e depois 
aplicar, sobre a estocagem do material. Técnicas são as maneiras pelas quais eu 
posso fazer isso. 
Quanto aos critérios utilizados, os mais comuns na doutrina são os seguintes: 
Armazenagem por agrupamento ou semelhança: Materiais parecidos 
(semelhantes) devem ser armazenados próximos uns dos outros. Fora o fato de ser 
mais fácil encontra-los, eu tenho mais uma vantagem nesse método: posso me 
aproveitar do fato de que esses itens tendem a ser solicitados em momentos 
próximos. Faz sentido: se eu fabrico relógios e armazeno materiais nos estoque 
segundo esse critério, toda vez que eu precisar de várias engrenagens (de 
diferentes tipos), se eu optei por armazena-las por este critério, elas estarão todas 
no mesmo lugar, facilitando o trabalho de localização e remessa para o processo 
produtivo. 
 
2 Hamilton Pozo, Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, Ed. Atlas 
2010, 6ª ed. pág. 62. 
 
Administração de Recursos Materiais para o MPU 
Teoria e exercícios comentados 
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Armazenagem segundo o tamanho, forma ou peso: Agora eu procuro 
armazenar os materiais levando em conta suas características físicas. Ponho 
materiais líquidos juntos, materiais volumosos juntos, peças pequenas juntas, pois 
se torna mais fácil dedicar os espaços físicos no estoque para cada tipo de material. 
O problema é que normalmente, esses materiais só terão essas características em 
comum (o critério não tem nenhuma relação com a aplicação dos materiais no 
processo produtivo) e envolverá um controle muito mais rígido pelo gestor do 
almoxarifado, já que os itens podem se tornar difíceis de encontrar. 
Armazenagem por frequência de utilização: Agora eu levarei em conta 
quais materiais são solicitados com mais frequência e quais deles são solicitados 
menos vezes pelo processo produtivo. Eu colocarei os materiais mais utilizados 
perto da saída do almoxarifado, pois vou precisar fazer mais viagens com eles, ao 
passo que os itens menos utilizados podem ficar lá no fundo do galpão. Não 
confunda com a armazenagem por semelhança. Não há necessidade alguma que 
os materiais estejam relacionados entre si no processo produtivo da empresa. 
Basta que saiam do almoxarifado mais ou menos vezes. 
Armazenagem especial: Alguns materiais, por características especiais que 
lhe são próprias (são frágeis, inflamáveis, volumosos, perecíveis, até mesmo 
radioativos, entre outras características que os tornem de alguma maneira 
especiais, precisando de uma estrutura igualmente especial para armazená-los). 
Aqui não há muito como especificar, cada material vai demandar o seu próprio 
cuidado. Por exemplo, no caso do armazenamento de carnes, não adianta nada eu 
arremessar o corte em uma bancada poeirenta, pois em algumas horas eu já terei 
perdido o material. E nem preciso falar que se a empresa fabrica máquinas de Raio 
X, os empregados precisarão de trajes especiais para armazenar e manusear o 
Césio utilizado em sua fabricação. 
Por fim, a armazenagem especial pode ser combinada com algum dos 
outros critérios, já que um item pode, ao mesmo tempo, ser especial e 
frequentemente utilizado. Aí eu combinaria armazenagem especial com 
armazenagem por frequência de utilização, sem problema nenhum. 
Administração de Recursos Materiais para o MPU 
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Antes de falar das técnicas de armazenagem, é importante que você tenha 
em mente uma coisa. A escolha das técnicas depende muito de alguns fatores, 
entre os quais: 
- Espaço disponível para estocagem dos materiais 
- Tipos de materiais a serem estocados. 
- Número de itens a serem estocados. 
- Velocidade de atendimento necessários 
- Tipo de embalagem a ser utilizada. 
Dito isto, as técnicas mais comuns de armazenagem são as seguintes: 
- Carga Unitária (uso de Pallets) 
- Caixas ou Gavetas 
- Prateleiras 
- Raques 
- Empilhamento 
- Contêiner 
Só pelos exemplos você já deve ter entendido que a técnica é justamente o 
como armazenar. 
Carga Unitária: estamos falando de embalagens de transporte que podem 
acondicionar uma determinada quantidade de material, para posterior transporte e 
armazenagem. Para fazer isso, usamos o pallet. Um pallet é um estrado de madeira 
com 1,1 metro de lado (é simplesmente um quadradão grande e pesado de 
madeira, sobre o qual eucoloco os itens que desejo armazenar). Veja o jeitão dele: 
 
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Tá vendo esses espaços que fica embaixo 
do estrado? São ótimos para a empilhadeira apoiar 
suas pás e assim, fica bem mais fácil de carregar o material, independente de qual 
seja ele. Alias, essa é uma das vantagens da chamada “paletização dos materiais” 
(acondiciona-los sobre pallets): isso gera economia de tempo e esforço, além de 
reduzir a área de armazenagem e tornar a carga e descarga do material bem 
mais rápida. 
Caixas ou Gavetas: Acho que não preciso comentar o que são caixas nem o 
que são gavetas (alias, eu nem sei como faria isso). Melhor mostrar uma foto: 
 
Caixas e gavetas são ótimas para guardar objetos 
pequenos, como parafusos, arruelas, lápis, borrachas e 
mesmo materiais em processamento do processo produtivo. 
Vai a gosto do freguês. O material de que elas são feitas 
também não é importante, a menos que falemos de 
armazenagem especial. Entretanto, o tamanho da gaveta 
pode variar conforme a necessidade, sem limitações. E ao contrário do que 
acontece na minha gaveta, se bem utilizado, esse método evita a perda desses 
itens muito pequenos. 
Prateleiras: Olhe para sua estante, e contemple a definição de prateleira em 
sua plenitude e grandeza. Caso não tenha uma, aí vai uma foto: 
Prateleiras servem para estocar materiais 
de tamanhos diversos, além de poderem servir de 
apoio para gavetas ou caixas. O material de que 
elas são feitas não é importante (exceto sempre os 
casos de armazenagem especial), sendo as mais 
comuns as de metal e madeira. É essencial que os 
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materiais estocados em prateleiras fiquem visíveis e corretamente 
identificados. É, de longe, a técnica de armazenagem mais simples e 
econômica, sendo adotada para peças pequenas e quando o número de itens do 
estoque não é muito grande. 
Raques: Talvez seja difícil ver a diferença de um raque e uma prateleira. 
Comecemos pela foto de um, para ajudar na definição: 
 
A diferença entre o raque e a prateleira é o seu comprimento. Veja que na 
linha horizontal não há divisões. Isso é importantíssimo, já que o raque se presta a 
acomodar peças longas e estreitas, como tubos e barras 
Empilhamento: É uma variante da estocagem de caixas. Serve para 
aproveitar ao máximo o espaço vertical. Tanto caixas como pallets podem ser 
empilhados uns sobre os outros, desde que eu preste atenção na distribuição do 
peso. O empilhamento favorece a utilização de pallets, e melhor ainda, das 
empilhadeiras, e como eu já disse, são perfeitas para manusear os pallets. E para 
quem não sabe, empilhar é colocar uma coisa em cima da outra :P. 
Contêiner (containers): Já viram aquelas enormes caixas de metal que os 
navios costumam trazer. Olha a foto para lembrar: 
Containers são caixas retangulares de metal, 
completamente seladas e que se dedicam ao transporte de carga. Nada novo até aí. 
Administração de Recursos Materiais para o MPU 
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Mas a grande sacada do container é que ele foi criado para ser facilmente 
transportado por quase qualquer meio de transporte. Foi feito para o transporte 
intermodal. Um container chega de navio. Uma grua ou um guincho são utilizados 
para coloca-lo em cima de um caminhão. Foi feito para encaixar com perfeição. 
Posso ainda coloca-lo em cima de um trem ou até carrega-lo de avião. Tudo isso 
sem mudar o método de armazenagem (o material vai ficar sempre dentro do 
container, sem nunca sair dele). 
O Container flexível é algo mais recente. Ele lembra muito um saco feito de 
tecido resistente e borracha, sendo que seu revestimento interno varia conforme o 
seu uso. 
Agora deixem o seu professor feliz e digam que já sacaram isso: Cada 
material requer uma técnica de estocagem própria. Moleza né? 
Não sei se o edital também vai cobrar a parte de sistemas de armazenagem, 
mas você não perde nada aprendendo :P; 
Embalagens 
As embalagens têm como principal objetivo a proteção dos materiais seja 
durante a sua guarda, seja durante a sua movimentação e o seu transporte. 
Uma embalagem adequada deve atender os seguintes requisitos: 
- Resistência (química e física) adequada; 
- Tamanho adequado; 
- Possibilidade de transporte, manuseio e estocagem; 
Viabilidade de custo (se o custo de embalagem for maior que o custo do 
produto o processo, utiliza-la deixa de fazer sentido). 
Os exemplos mais comuns de embalagens são esses: as caixas de 
papelão; tambores metálicos (excelentes para guardar líquidos); fardos 
(utilizados, por exemplo, para embalar fumo, lã, algodão), que possibilitam a 
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redução de volume por compressão, por meio da utilização de tiras metálicas após a 
mercadoria ser prensada; recipientes plásticos, que têm sido muito utilizados em 
substituição a recipientes de metal ou de vidro. 
Importante: O uso de uma embalagem adequada, embora necessário, 
muitas vezes tem um reflexo significativo no aumento dos custos. 
Lembre-se sempre, a embalagem também custa alguma coisa (as vezes 
muita coisa). 
O local de armazenamento do material demanda espaço físico da empresa, e 
muitas vezes um espaço precioso. Quando o material for necessário na produção, o 
seu fluxo do local onde estava armazenado até o local da produção deve ser o mais 
rápido possível. A expressão bastante encontrada é a de maximização do espaço 
disponível. 
Almoxarifado e Depósito 
Acredite ou não, seu examinador quer que você saiba a diferença conceitual 
entre almoxarifado e depósito. 
Mas professor, ambos são lugares nos quais o material é estocado. Não é 
tudo a mesma coisa? 
Não, não é. Acompanhe as definições: 
Almoxarifado: toda vez que você ler “almoxarifado”, eu gostaria que você 
tivesse em mente um local onde materiais iniciais são estocados. Materiais 
iniciais são as matérias primas, materiais que ainda não foram sequer tocados pela 
empresa em seu processo produtivo e que ainda serão trabalhados pela empresa. 
Desta forma, o almoxarifado guarda e estoca os materiais da empresa, antes 
que venham a se tornar “produtos”. 
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Outra coisa importantíssima: o almoxarifado, no mais das vezes, é o setor 
responsável pelo recebimento de materiais (falamos de recebimento na página 
3), incluindo sua conferência, recebimento provisório e definitivo. 
Entretanto, embora seja o almoxarifado o setor responsável pelo 
recebimento de materiais, não é atividade sua a compra dos mesmos. 
Em uma empresa comum, o almoxarifado, ao constatar falta de algum 
material quepoderá ser demandado pelo setor produtivo da empresa, encaminha 
uma requisição ao órgão de compra, e este sim fará a aquisição. 
Uma vez aprovados no Controle de Qualidade da empresa, os materiais 
são armazenados no almoxarifado, de onde podem ser solicitados através de 
Requisições de Materiais. As requisições serão feitas pelo setor produtivo da 
empresa, interessado em materiais para fabricar seus produtos. 
Depósito: este local tem a função de armazenar os Produtos Acabados da 
empresa. Se a empresa fabrica bicicletas, seu depósito está cheio de bicicletas, 
enquanto o almoxarifado está cheio de pneus, pedais, correias e etc. 
Lembre-se que a empresa não consegue vender o seu produto tão logo ele 
saia da linha de montagem (imaginou que beleza seria ter uma fila de consumidores 
no fim da esteira, pegando bicicletas e pagando?). Desta forma, a medida que os 
produtos acabados vão ficando prontos, são imediatamente estocados em 
depósito, para futura entrega. 
Desta forma, as Requisições de Materiais que chegam ao depósito não são 
feitas pelo setor produtivo da empresa, e sim pelo setor de vendas, interessado em 
encaminhar estes produtos aos consumidores. 
E sim, existem materiais que não estão nem no almoxarifado, nem no 
depósito. Seriam os produtos semiacabados, que vão sendo estocados 
juntamente ao processo produtivo no qual estão inseridos. E isso tem razão de ser: 
estes produtos nem são matérias primas intocadas, e nem produtos acabados, 
entretanto, vão passar pouco tempo estocados, pois irão ser remetidos à 
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próxima fase do processo produtivo, para finalização. Quando estiverem 
prontos, irão para o depósito. 
Este quadro vai ajudar você a entender as diferentes possibilidades: 
 
 
 
 
Distribuição de Materiais 
Pois bem, o almoxarifado da empresa está repleto de materiais estocados. 
Tudo está na quantidade correta, pronto para ser utilizado da maneira que a 
empresa pretende, e tudo é de primeira linha. Mas só isso basta? 
Os materiais não vão se mover sozinhos. E garanto que eles não são úteis 
ao processo produtivo enquanto estiverem estocados no almoxarifado. Esses 
materiais precisam ser distribuídos a quem quer que precise deles, seja a própria 
empresa, para dar seguimento à produção de seja lá o que se dispôs a produzir, 
seja o consumidor, que está interessado no produto acabado. E esse material tem 
de chegar nas mãos deles, e logo! 
Desta forma, a atividade de distribuição de materiais consiste em fazer 
chegar o material em perfeitas condições a seu usuário. 
Acredite você ou não, a movimentação de materiais na empresa pode 
oscilar de 15% a 70% do custo total de produção. Não é pouca coisa, e por isso, 
o tema merece atenção. 
Toda empresa possui um fluxo de materiais. Materiais transitam de uma área 
a outra da empresa, sem descanso. Alias, guarde a primeira lição desta aula: em 
um mundo ideal, o material somente pode parar de se movimentar para que 
nele sejam praticadas atividades que gerem acréscimo de valor sobre o 
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mesmo. O aço da montadora é movimentado até a área de soldagem do chassis e 
só fica parado ali para que as máquinas façam o seu trabalho, transformando 
algumas toneladas de aço em algumas toneladas de chassis. Se não for para isso, 
o material não pode ficar parado, e isso vale para qualquer material. 
O fluxo de materiais deve ser mantido, e tudo que o interrompa, se 
possível, deve ser eliminado. Toda interrupção do fluxo é enxergada como 
problema sobre a ótica da distribuição de materiais, ainda que a atividade tenha 
cunho administrativo (em especial as atividades de controle). Do ponto de vista da 
distribuição de materiais, a coleta de assinatura do seu futuro superior imediato para 
liberação de folhas sulfite, por impedir que o material se movimente livremente, é 
enxergada como um problema. Por isso, tome cuidado, algumas atividades 
operacionais, embora interrompam o fluxo de materiais, podem ser 
necessárias, não devendo ser eliminadas. 
Antes de continuar, você já vai conhecer a primeira classificação que deve ter 
em mente quando falávamos de Distribuição de Materiais: 
Distribuição Interna: é a distribuição de materiais feita dentro da empresa, 
buscando atender à demanda interna, que precisa dos materiais para elaborar seus 
produtos. Está ligada ao tema “Movimentação de Materiais” 
Distribuição Externa: é a distribuição voltada ao consumidor final 
(logicamente que falamos aqui dos produtos acabados, lá da aula 00 e 01). Está 
ligado ao tema de “Transporte”. 
Ah sim, você está ingressando em um órgão público da estrutura federal. 
Existe uma classificação específica para a esfera federal, prevista na Instrução 
Normativa 205/1988 da SEDAP, que conceitua a distribuição em dois tipos: 
Distribuição (fornecimento) por Pressão: Os materiais são entregues sem 
qualquer solicitação, seguindo um cronograma fixado pelo setor competente em 
épocas previamente fixadas. É de uso facultativo pelas unidades. 
Distribução (fornecimento) por Requisição: É o mais comum. A unidade 
solicita o material, que é entregue, conforme a disciplina interna do órgão 
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Movimentação de Materiais 
Você já sabe que a distribuição de materiais é atividade importantíssima 
dentro da disciplina de Administração de Materiais (se não sabe ainda, ficou 
sabendo agora). Mas, por trás da ideia de distribuição de materiais está uma muito 
mais rudimentar: a da movimentação dos mesmos. 
A definição de Chiavenato não poderia ser mais clara: “Dá-se o nome de 
movimentação de materiais a todo o fluxo de materiais dentro da empresa”. 
Lembram que eu disse que o custo de distribuição de materiais pode variar 
de 15% a 70% do custo de produção? Tendo essa afirmação em mente, 
estudaremos as finalidades da movimentação de materiais mencionadas pela 
doutrina: 
1 - Fatores ligados ao aumento da capacidade produtiva da empresa: a 
movimentação eficiente de materiais permite a utilização plena da capacidade 
produtiva da empresa. Os resultados que conduzem a esse aumento da 
capacidade produtiva são os seguintes: 
- Redução do tempo de fabricação; 
- Incremento de produção, vez que com um melhor abastecimento, mais 
materiais chegam ao setor produtivo, que pode assim produzir mais; 
- Utilização racional da capacidade de armazenagem, já que se aumenta a 
área útil da fábrica com o melhor aproveitamento do espaço disponível. 
2 – Fatores ligados à melhoria das condições de trabalho: o empregado 
também deve ser levado em consideração na Administração de Recursos Materiais, 
pois é ele quem movimenta o material, ou ao menos quem opera a máquina que o 
faz: 
- Redução de Acidentes: a movimentação adequada e planejada dos 
materiais evita acidentes que podem ocorrer durante o manuseio e processamento 
destes. 
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- Redução da Fadiga: a movimentação adequada também envolve o menor 
dispêndio de energia possível na realização desta atividade (falaremos melhor disso 
logo mais). 
- Aumento da produtividade da mão de obra: pelos fatores acima, o 
empregado que participa do processo produtivo torna-se mais produtivo. 
3 – Fatores ligados à redução dos custos de produção: por fim, aqueles 
15% a 70% podem ser reduzidos drasticamente, pelas seguintes razões: 
- Redução da mão de obra braçal: convenhamos que carregar os materiais 
no braço, por mais forte que seja o sujeito, é muito menos eficiente. Com a 
utilização de equipamentos adequados (que adivinha, também serão vistos nesta 
aula), eu posso ir muito mais além dos limites da condição humana; 
- Redução dos custos de materiais: ao acondicionar os materiais 
corretamente durante sua movimentação, a empresa evita quebras ou perdas. A 
redução ocorre na medida em que estas perdas serão rateadas entre as unidades 
que permanecem inteiras (acredite, o dono da empresa não quer prejuízo). Quanto 
menos material quebrar, mais barata a fabricação do material. Só para eu não me 
sentir culpado, esqueçam tudo isso quando e se estudarem contabilidade de custos 
(perdas inesperadas são lançadas diretamente à conta de resultados, e não 
integram o custo de materiais). 
Redução dos custos em despesas gerais: tudo feito com eficiência precisa 
ser feito menos vezes, inclusive o transporte dos materiais. Além do que, é possível 
reduzir os níveis de estoques com a otimização da movimentação (e você deve 
lembrar porque é bom reduzir estoques, né?). 
Com isso, terminamos as finalidades possíveis da movimentação. 
Novamente, quero lembra-lo do poder da criatividade em concurso 
público: as provas seguem entendimentos doutrinários (para não dizer autores) 
consagrados. Esta doutrina, por sua vez, nasce da observação destes autores da 
realidade, e posterior registro em suas obras. É isso que eu mostro a vocês nas 
aulas, pois vocês precisam disso para acertar 95% das questões que 
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aparecerem. Mas qualquer pessoa pode observar e concluir. INCLUSIVE 
VOCÊ. Se aparecer alguma questão perguntando se a movimentação de materiais 
poderia ter outro objetivo que não os colocados aqui, por favor, façam o seu 
professor feliz, e pensem se aquilo faz sentido. A criatividade do examinador não 
tem limites, nem a sua deve ter. Ah sim, verde é o espectro de cor mais perceptível 
ao olho humano :P. 
Retomando... 
Equipamentos para Movimentação de Materiais 
Já sei que movimentar é importante, já sei para que serve. Mas como devo 
movimentar os materiais? Em verdade, ninguém pode te dizer como fazer uma 
coisa. Mas pode te dizer o que você deve levar em consideração. 
E isso, na doutrina, tem vários nomes. Chiavenato chamou de “princípios 
básicos”, Gonçalves preferiu o termo “Lei” e eu gosto do termo “critério”. Tanto faz 
como chamamos, o importante é que você saiba o que é. Entretanto, vou ficar com 
o Gonçalves :P. 
As “Leis da Movimentação de Materiais” contém recomendações a serem 
observadas, que facilitarão a vida de quem tiver de fazer a movimentação. Veja o 
quadro: 
Lei Definição Comentários 
Lei da Obediência 
do Fluxo das 
Operações 
Consiste em construir trajetórias 
de movimentação que possam ser 
mantidas em sequência. 
É evitar ao máximo situações de 
interrupção entre uma tarefa de 
transporte e outra. Se a palavra 
"combo" lhe for familiar, acredito 
que seja perfeita aqui 
Lei da Mínima 
Distância 
Percorrer o mínimo de espaço 
possível para movimentar os 
materiais, evitando o zigue zague. 
Nada de perambular feito um zumbi 
pela empresa. Ande em linha reta. 
Lei da Manipulação 
Mínima 
Dar preferência ao transporte 
mecânico, evitando a manipulação 
de dos materiais. 
A idéia aqui é evitar o contato 
manual com o equipamento, que é 
menos eficiente e o deixa mais 
sucetível a acidentes. 
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Lei da Máxima 
Utilização dos 
Equipamentos 
Explorar ao máximo as 
funcionalidades dos equipamentos, 
tirando o máximo proveito de sua 
operação. 
Acho que aqui é tranquilo, o 
objetivo é fazer tudo que o 
equipamento puder fazer para 
auxiliar na movimentação. 
Lei da Máxima 
Utilização do Espaço 
Disponível 
Utilizar o máximo de espaço cúbico 
disponível. 
Também é autoexplicativo. 
Espaços vazios é desperdício e 
desperdício é perda. 
Lei da Segurança e 
Satisfação 
Manter a segurança dos 
empregados e reduzir a fadiga dos 
mesmos. 
Parte da disciplina de 
movimentaçaõ de materiais se 
volta aos operadores dos 
equipamentos, que devem ser 
respeitados. 
Lei da Padronização 
Utilizar o máximo de equipamentos 
padronizados (do mesmo tipo) 
A idéia de marca pode te ajudar a 
entender este ponto. Utilizar um 
único tipo de empilhadeira, por 
exemplo, ajuda na manutenção da 
mesma, já que as peças serão as 
mesmas o dia que quebrar. 
Lei da Flexibilidade 
Os equipamentos utilizados devem, 
preferencialmente, servir para 
transportar tipos variados de 
cargas. 
Assim, eu posso utilizar o mesmo 
equipamento para várias tarefas. 
Lei da Máxima 
Utilização da 
Gravidade 
Esta lei recomenda o 
aproveitamento máximo da 
gravidade 
"Para baixo, todo santo ajuda" e 
acho que isso já diz tudo. 
Lei do Menor Custo 
Total 
Escolher o equipamento de transporte com 
base no menor custo total (custo inicial + 
custo operacional + custo de manutenção) e 
o tempo de vida útil 
O equipamento deve ser analisado pela 
média destes custos, já que pode seu custo 
de aquisição pode ser barato, mas pela 
baixa qualidade dos componentes, 
demandar manutenção constante. 
Fonte: Gonçalves, Paulo Sérgio 
Ficou meio colorido demais para o meu gosto, mas fica mais fácil de ler as 
linhas assim. Esses são os critérios que pautam a movimentação de materiais. A 
maioria é intuitivo, então, memorizar só em último caso. 
É com base nessas “leis” que devo escolher o tipo de equipamento mais 
adequado à movimentação dos materiais da minha empresa. E você ficaria surpreso 
com o número imenso de equipamentos que podem ser utilizados. Vou fazer o 
seguinte: vou dividi-los em modalidades e dar alguns exemplos dos principais 
representantes destas modalidades. 
Vamos nós: 
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1 – Veículos Industriais; 
2 – Transportadores Contínuos; 
3 – Guindates, talhas e elevadores; 
4 – Contêineres e estruturas de suporte; 
5 – Equipamentos diversos e plataformas; 
 Veículos Industriais: Perfeitos para movimentação de materiais entre 
pontos que não possuam limites fixos ou predeterminados. A trajetória a ser feita 
pelos materiais é variável. A empilhadeira é o exemplo por excelência. Veja a 
figura. 
 
Essa beleza é capaz de levantar pallets com facilidade imensa, mas também 
serve para outros tipos de cargas. Quanto à trajetória variável,estes itens podem 
ser demandados em diversos pontos do processo produtivo, ou até mesmo em 
diversas prateleiras. O importante é que os pontos iniciais e finais da empilhadeira 
nem sempre são os mesmos, e por isso ela é versátil. 
Transportadores Contínuos: Agora os pontos de transporte são fixos. O 
material vai sempre do ponto A ao B, do B ao C e assim por diante. Em troca da 
imobilidade, esses transportadores funcionam ininterruptamente. Como vocês 
devem imaginar, são perfeitos para sistemas de produção contínua, entre os quais, 
as linhas de montagem. A correia transportadora (esteira) é perfeita para ilustrar: 
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O material é colocado na esteira e vai se movimentando até chegar a seu 
destino. Depois outro, e outro, e outro, sem parar. 
Guindates, talhas e elevadores: Aqui vão enquadrados todos os 
equipamentos de manuseio específico para áreas de difícil movimentação, movendo 
as cargas ininterruptamente. Normalmente, se prestam também a içar (levantar) o 
material que se pretende, colaborando para que este não ocupe o mesmo plano que 
outros materiais (ou mesmo pessoas). Fala-se em “não concorrência” de espaço, já 
que o material fica pendurado e as pessoas ficam no chão. 
Aqui não tem jeito, os três são muito diferentes uns dos outros, vai ter foto 
dos três. 
 
Da esquerda para direita, guindaste, talha e elevador. A talha foi feita para 
ser utilizada normalmente em sistema de polias, carregando cargas bastante 
pesadas. 
O elevador acredito que você já conhece. Ele se presta ao transporte de 
cargas entre diferentes espaços (andares), em compensação, demanda 
manutenção preventiva cuidadosa. 
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E o guindaste, frequentemente utilizado em portos, se presta à 
movimentação de cargas muito pesadas entre pontos relativamente próximos, ainda 
que em alturas diferentes. 
Contêineres e estruturas de suporte: Já falamos deles na aula passada. 
Lembre-se, para esta aula, que são equipamentos sem mobilidade própria, e 
servem não para movimentar materiais, mas para contê-los enquanto são 
movimentados. E, principalmente, são perfeitos para o transporte intermodal (que 
você verá nessa aula, no tópico de transportes). 
Equipamentos diversos e plataformas: Basicamente, todo o resto, 
incluídos equipamentos de posicionamento, rampas e equipamentos de 
transferência de materiais. Se não estava em nenhuma categoria e serve para 
movimentar alguma coisa, está aqui. O carrinho de carga é um exemplo de como o 
“resto” também é importante: 
 
São úteis para movimentação de pequenas cargas dentro do próprio 
almoxarifado. As distâncias que pode percorrer também são curtas, já que só de 
olhar para foto, você pode ver que é você quem terá de puxá-lo :P. 
5.5 Arranjo físico (leiaute). 
Não achou mesmo que a gente simplesmente ia ficar movimentando 
materiais de um lado para o outro, com brinquedos legais é verdade, sem nenhum 
propósito ou motivação? 
Pois bem, estamos aqui falando de produzir (mesmo em uma repartição 
pública, o estudo de arranjos pode trazer algo positivo para você). Mas, admito, só 
trato deste tema pois seu edital "preciso" não me dá escolha, e prefiro que você saia 
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postando nos fóruns: "a aula do Felipe ta cheia de temas desnecessários" do que 
você aparecer dizendo "caiu layout na prova e o Felipe não falou disso". 
A disciplina dos arranjos físicos diz respeito ao planejamento do espaço físico 
que será utilizado, que será ocupado. Se nos primórdios, o arranjo físico era feito 
intuitivamente (isso fica melhor aqui, isso lá e esse é no uni-duni-tê), com os 
avanços da ciência da Administração da Produção, começou-se a criar técnicas que 
melhorassem esses arranjos. Para ser bem sincero, o layout não se limita a 
materiais. O layout é a disposição física dos equipamentos, pessoas e 
materiais da maneira mais eficiente possível. (Essa definição é a mais precisa 
encontrada dentro da doutrina) Alias, o próprio significado da palavra é “colocar, 
dispor, ocupar, localizar, assentar”. (mas isso é só uma curiosidade, que talvez 
possa te ajudar). 
Chiavenato3 cita como objetivos deste arranjo físico: 
1. Integrar máquinas, pessoas e materiais para possibilitar uma produção 
eficiente. 
2. Reduzir transportes e movimentos de materiais. 
3. Permitir um fluxo regular de materiais e produtos ao longo do processo 
produtivo, evitando gargalos de produção. 
4. Proporcionar utilização eficiente do espaço ocupado. 
5. Facilitar e melhorar as condições de trabalho. 
6. Permitir flexibilidade, a fim de atender possíveis mudanças.” 
 O arranjo físico das máquinas determinará a melhor eficiência do fluxo 
produtivo. O arranjo depende bastante daquilo que é produzido e qual o propósito 
dado pela produção a cada máquina. 
 
3 Chiavenato, Idalberto. Administração de Materiais, Ed. Campus, pág. 120. 
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Veja um exemplo de desastre: 
Pense em uma fábrica. 
Esta fabrica alterou totalmente o layout de sua linha de produção. Antes, 
haviam três máquinas específicas, uma atrás da outra, e correspondiam cada qual a 
uma etapa do processo produtivo em sequencia. Pior, estas máquinas só eram 
capazes de fabricar um único tipo de produto. 
Com a alteração do layout, essas mesmas três máquinas foram alocadas 
bem longe umas das outras. 
O resultado desta providência, provavelmente será o comprometimento do 
fluxo de produção. 
Pensa só: a empilhadeira agora precisa percorrer um caminho mais longo de 
uma máquina a outra, os estoques intermediários ficam “passeando” de um lado a 
outro da fábrica, com sério risco de danos e extravios, fora as outras calamidades 
inimagináveis que dificultarão a obediência à data de entrega do pedido. 
O arranjo físico pode ser também em relação a melhor disposição de 
operários na linha de produção (quando a operação não é tão automatizada). Só 
gostaria que você entende-se que não falamos apenas de materiais e máquinas 
quando falamos de layout. 
Tudo bem, já sei porque arranjar (dispor, colocar) os materiais dessa ou 
daquela forma, mas no que tenho que pensar para escolher a forma adequada? 
Existem várias razões (sua imaginação também pode ajudar nessa hora, não se 
limite a memorizar), entre as quais: 
 Aqueles itens de estoque mais importantes, por exemplo, itens classe “A” e 
daqueles que têm maiores saídas devem estar em um local que permita 
facilidade de manuseio e acesso, ou seja, devem estar próximos a locais de 
saída e de expedição; 
 Os corredores de acesso ao almoxarifado e ao depósito devem facilitar o 
trânsito de maquinário de transporte (de movimentação dos materiais). 
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Exemplo: os corredores devem ser de largura suficiente que permita o 
transito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo, em dois sentidos; 
 O mesmo cuidado que se tem com os corredores deve se ter com as portas 
de acesso. As portas do almoxarifado e do depósito devem ter largura e 
altura adequada, de modo que os equipamentos de manuseio e 
movimentação dos materiais (ex. empilhadeiras) possam circular sem 
dificuldades; 
 O empilhamento dos materiais e o uso de prateleiras devem respeitar as 
dimensões do estoque de modo que não provoque riscos de acidentes, por 
exemplo, por inviabilizar o acesso a áreas com mangueiras ou alarmes de 
incêndio, ou ainda, que o peso faça com que as caixas de baixo comecem a 
ceder, derrubando as caixas de cima, que nem um enorme dominó; 
 Locais de armazenagem temporária devem ficar próximos aos locais de 
saída e expedição, auxiliando bastante o processo; 
Um layout adequado proporciona reduções nos custos, pelo aumento da 
capacidade produtiva e pela melhor utilização do espaço físico. Por mais que eu dê 
exemplos, a essência da matéria é facilitar a produção. Quanto mais criativo e 
eficiente, melhor. 
Agora vamos aos principais layouts existentes. 
Layout posicional ou de posição fixa ou ainda, estacionário – os 
materiais não se movem e ficam fixos. Neste tipo de arranjo, produto é de grande 
porte, e, portanto, não se move. Assim, são as pessoas, os materiais e as 
máquinas se deslocam até o produto. Posso dar como exemplo a produção de 
navios. 
 Imagine eu descolar um navio semiacabado de um ponto a outro da fábrica 
para seguir com sua produção. É muito mais fácil que as pessoas e materiais 
necessários à próxima fase, uma vez acabada a primeira, se dirijam ao navio para 
continuar a fabricá-lo. 
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Sua principal vantagem esta na enorme flexibilidade (muito maior que 
no layout funcional) do arranjo, permitindo diversas alterações no planejamento, 
sendo preferencial utilizá-lo em sistemas de produção por encomenda. 
Entretanto, como a produção por encomenda acaba sendo muito 
diversificada (cada novo cliente modifica uma parte do produto para que atenda a 
sua demanda, o ritmo de produção é irregular, gerando, algumas vezes, alta 
ociosidade no processo. 
Farei isso em todos os arranjos agora, veja as vantagens e desvantagens: 
Vantagens do Layout posicional: 
- Não há movimentação do produto (isso você deve ter sacado antes :P) 
- Possibilidade de terceirização de todo o projeto (podemos chamar uma 
equipe até a unidade produtiva para cuidar de determinada fase do projeto) 
- Desvantagens do Layout posicional: 
- Complexidade na supervisão 
- Necessidades de áreas externas (abrigos e casa de ferramentas, em sua 
maior parte) para atender aos funcionários da produção e à própria produção 
(lembre-se que eles se deslocaram até o produto, e não o contrário). 
- Produção em pequena escala (são produtos tipicamente por encomenda). 
- Apresenta grande complexidade na programação dos recursos no 
tempo e organização logística 
Layout por processo ou funcional – os processos similares são 
localizados bem próximos uns dos outros. Assim, as máquinas e pessoas são 
dispostas por especialidades, sendo que o material se desloca ao longo de sessões, 
até sua finalização. Sua principal vantagem é a flexibilidade, sendo recomendado 
nas situações em que o produto sofre modificações recorrentes, e o volume de 
produção é relativamente baixo. 
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É um tipo de layout recomendado para produção em lote (o processo 
produtivo começa e termina uma quantidade determinada de unidades do produto, 
para então começar a próxima). Por outro lado, é natural que haja um intervalo 
entre a produção de um lote e outro, o que provoca ociosidade e pode tornar o 
ritmo de produção irregular. 
Pense em uma fábrica de sapatos: eu tenho um local onde os empregados 
colam a sola do sapato, outro em que costuram o couro, mais outro onde se coloca 
o cadarço, e assim por diante. O sapato sofre diversas modificações ao longo do 
processo produtivo, e vai sempre caminhando de uma seção a outra da fábrica até 
que fique pronto. E lógico que eu não vou fazer isso com um sapato só, mas vou 
produzir vários sapatos de uma vez (em lote). 
Simplificando: 
Vantagens do Layout Funcional: 
- Grande flexibilidade para atender a mudanças de mercado 
- Bom nível de motivação dos operários 
-Possibilidade de elaboração de produtos diversificados em 
quantidades variadas ao mesmo tempo, tudo ao mesmo tempo. 
- Menor Investimento para instalação do parque industrial. 
Desvantagens do Layout Funcional: 
- Fluxo longo dentro da fábrica 
- Diluição prejudicada do custo fixo em função da menor expectativa de 
produção (dá uma revisadinha na primeira aula sobre custos que você rapidamente 
pega o porquê :P) 
- Dificuldade ao elaborar a programação da produção 
- Dependência de mão de obra qualificada 
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Layout celular – os materiais transformados (já processados de alguma 
maneira) são movimentados para uma parte específica da operação (célula) 
onde estão todos os demais recursos necessários ao processamento. Somente em 
caso de uma imprevisibilidade o produto precisará sair daquela célula para ser 
trabalhado. 
Cada unidade produtiva é uma célula dotada de absolutamente tudo que 
aquele produto (ou material semiacabado) precisará para avançar até a próxima 
fase. 
Ruim é arrumar um exemplo para este modelo, mas vou jogar sujo :P. Já 
assistiu Fórmula 1 né? Pit Stop? Muito bem, o carro chega no Pit Stop e aquela 
célula composta de funcionários, ferramentas e materiais está toda concentrada em 
um box 5x5, contendo de absolutamente tudo para que o carro saia de lá 
abastecido, com pneus novos, e com o visor do capacete do piloto sequinho. 
Ou você já viu o piloto sair de um box que só parafusa pneus para outro que 
só abastece? A ideia é justamente a concentração de recursos em um único espaço 
físico. 
Outro legal é o da praça de alimentação do shopping. Quando a assunto for 
refeição, todas as opções estão concentradas ali, ou você já sentiu a necessidade 
de ir para outra área do shopping para comer algo diferente? 
Simplificando 
Vantagens do Layout Celular: 
- Aumento da Flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto 
- Diminuição do transporte de material 
- Diminuição de estoques (principalmente de produtos semiacabados, já 
que a célula é capaz de lidar com eles diretamente, ao invés de encaminhar os 
produtos a outra área) 
Desvantagens do Layout Celular: 
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- Bastante específico (é a própria ideia de formação de uma célula) 
- Arranjos de difícil elaboração 
Layout por produto ou linear – cada um dos produtos segue a mesma 
sequencia de atividades sempre. Dessa forma, a disposição dos equipamentos e 
materiais obedecerá a sequencia de operações necessárias à sua produção. 
Este tipo de arranjo funciona melhor para produtos padronizados (pois 
seguem a mesma sequencia de atividades). Embora possua custo reduzido de 
produção e movimentação, é um arranjo muito pouco flexível e o baixo custo 
de produção tem como contrapartida o elevado investimento em 
equipamentos. Esse aqui é um clássico: linha de montagem de veículos. 
Imagine esse seu golzinho ano 94 (que você está doido pra trocar quando 
passar nesse concurso). Ele é rigorosamente igual a milhares de outros golzinhos 
ano 94 (padronizado). O produto não muda. E ele foi fabricado em uma grande 
fábrica, onde havia uma seção onde havia uma máquina pesada pacas cuja 
especialidade era apertar parafusos. E ela apertava parafusos milhões de vezes por 
dia, montando milhares de chassis de carros. E esses milhares de chassis iriam 
para outra fase, onde outra máquina faria alguma outra atividade muito específica 
milhões de vezes, e assim por diante :P. Você já deve ter entendido a ideia. 
Simplificando: 
Vantagens do Layout por produto ou linear: 
- Possibilidade de Produção em Massa com Grande Produtividade 
- Carga de Máquina e Consumo de Material Constantes ao Longo da 
Linha de Produção 
- Controle de Produtividade Facilitado. 
Desvantagens do Layout por produto ou linear: 
- Ato Investimento em Máquinas 
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- Tédio :P (refiro-me aos operários). 
- Falta de Flexibilidade da Linha de Produção 
- Fragilidade a Paralisações e Gargalos da Produção (já falamos disso) 
Mas tenha em mente que layout simplesmente quer dizer “arranjo”. Dessa 
forma, qualquer “jeito” de dispor os materiais no estoque pode ser considerado um 
layout, desde que esteja organizado dentro de algum parâmetro ou critério. O layout 
é tanto mais eficiente quanto mais adequado ao processo produtivo no qual a 
empresa está inserida. Um determinado arranjo pode ser muito favorável em um 
processo produtivo e um completo desastre em outro. 
O resto da doutrina são fórmulas e tabelas sobre como construir estes 
arranjos e calcular sua eficiência. Não acredito que vá ser exigido em sua prova, 
pois excede o conhecimento básico dos temas. Além do que, caso fosse passível de 
cobrança, os temas seriam especificados (a diversidade de assuntos e fórmulas é 
vasta demais para o examinador não tê-las discriminado). 
6 Distribuição de materiais. 
6.1 Características das modalidades de transporte. 
Sob a ótica da logística, faremos considerações a respeito da consolidação 
das cargas para embarque, a possibilidade de reunir diversos tipos de cargas em 
um único embarque, bem como o transporte mais adequado, levando-se em 
consideração o tipo de carga e o local para o qual a carga será transportada. 
A julgar pela maneira como seu examinador relacionou o tema, acredito que 
ele deseje que você conheça as principais características dos modais de transporte 
existentes. Falaremos disto logo abaixo. 
Transportar também é movimentar uma coisa de um lugar a outro. Só que 
para concursos, esse movimentar diz respeito a como os produtos acabados 
chegam às mãos do cliente ou da empresa intermediária (que, acredite, também 
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é um consumidor). Ou ainda, a saída dos produtos do depósito ao mercado. 
Lembrando sempre das quatro variáveis chave que a empresa deve controlar: 
forma, tempo, lugar e posse, o meio de transporte deve ser adequado à consecução 
dos fins da empresa. 
Antes de falar sobre as características das modalidades de transportes, é 
melhor que eu diga quais são as modalidades de transportes conhecidas 
atualmente. 
Importante: os meios de transporte utilizados também podem ser 
chamados de modais, então, não se assuste com esse termo. 
 São essencialmente cinco os modais de transporte: 
1 – Transporte Rodoviário 
2 – Transporte Ferroviário 
3 – Transporte Hidroviário 
4 – Transporte Aeroviário 
5 – Transporte Intermodal 
6 - Transporte Dutoviário 
 
Fonte http://appweb2.antt.gov.br/carga/ferroviario/ferroviario.asp. 
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O gráfico é só para você ter uma ideia da matriz de transporte nacional, com 
grande destaque para o Modal Rodoviário. Um outro detalhe é que, como é um 
gráfico de transporte de cargas nacionais, não faz nenhum sentido usar o transporte 
aeroviário para transportar cargas domésticas. Sairia uma fortuna... 
E vamos as suas principais características: 
Transporte Rodoviário: Este é o favorito do Brasil desde os tempos em que 
eu estudava Geografia no Ensino Fundamental, e desde muito antes. Esta 
modalidade de transporte se utiliza de estradas e rodovias para levar o Produto 
Acabado do depósito até o cliente (seja ele o consumidor ou outra empresa). 
Responde por 76,4% da matriz de transportes nacional. (sim, aquele gráfico é 
antigo e o transporte rodoviário já cresceu mais um pouco). É, portanto, o modal 
mais utilizado, com folga. 
A sua característica positiva encontra-se na flexibilidade. O caminhão 
pode entrar e sair do depósito da empresa e chegar até a porta do cliente 
(transporte porta a porta). Extremamente versátil. Contudo, é desvantajoso do 
ponto de vista do custo operacional. 
Cada caminhão só pode levar uma quantidade limitada de carga, e pior, 
cada caminhão demanda um motorista para dirigi-lo. E se já não bastasse, o 
transporte rodoviário ainda é dependente da condição das estradas (no DNIT, eu 
gostaria muito que você melhorasse isso), e deixa a carga suscetível a assaltos. 
E ainda, o custo do transporte ainda pode ser elevado pela existência de 
pedágios ou mesmo do aumento dos combustíveis. 
Mas não se desespere, ele ainda possui uma boa relação custo benefício. 
Por fim, é o tipo de transporte destinado a volumes pequenos de carga, 
com prazos de entrega relativamente curtos. 
Transporte Ferroviário: É o transporte sobre trilhos. Uma locomotiva que 
pode ser movida por eletricidade, diesel, ou até madeira, puxa uma série de vagões 
de diversas dimensões e tipos possíveis que possuem cargas igualmente variadas. 
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O comboio (este conjunto de locomotiva mais vagões) pode transportar 
uma infinidade vagões (limitados, logicamente, à força de tração da locomotiva), 
reduzindo os custos de transporte, e por consequência, baixando o valor do frete. É 
mais carga sendo levada com menos motoristas levando. 
Outra vantagem do transporte ferroviário é a velocidade homogênea. O 
trem não vai parar em semáforos e não pegatrânsito. 
Entretanto, sua desvantagem encontra-se na pouca flexibilidade do veículo 
de transporte. O trem encontra-se restrito ao traçado dos trilhos, devendo a carga 
ser retirada no terminal. Lógico que não vai chegar na porta do cliente. 
Sua destinação principal é para transporte de cargas de maior volume e 
grande peso, sendo que o prazo de entrega normalmente não é o fator em 
destaque, e sim o volume transportado. 
Principalmente utilizado por siderúrgicas e indústrias de cimento que 
possuem terminais rodoviários em seus próprios pátios. 
Transporte Hidroviário: É a modalidade de transporte feita por meio de 
navios ou barcos, sobre a água. É dividida na doutrina entre navegação fluvial e 
navegação marítima. 
O termo fluvial está ligado a “rios”, e desta forma, este tipo de navegação se 
presta a levar cargas dentro de um mesmo país, ou ainda, em curtas ou médias 
distâncias. 
Quanto à navegação marítima, se destina a portos da mesma nação ou de 
outros países. Quando o transporte é feito entre portos nacionais, falamos de 
navegação de cabotagem, e quando é feita entre portos de diferentes países, é 
simplesmente navegação internacional. 
Sua utilização principal está no transporte de grandes volumes de carga de 
baixo valor unitário. E se no transporte ferroviário o tempo não era fator 
preponderante, no transporte hidroviário o tempo é totalmente secundário. 
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Ainda assim, é a modalidade de transporte mais comum em movimentação de 
cargas internacionais. 
Sua vantagem está no baixo custo e relativa flexibilidade. Desde que 
exista rio ou mar, o barco ou navio podem ir a qualquer lugar, apenas precisando de 
um porto para descarregar (perdoe a rima). 
Transporte Aeroviário: Transporte feito pelo ar, através de aviões. Você já 
deve imaginar que é um meio de transporte de alto custo. 
Assim sendo, a carga a ser transportada por ele é, no mais das vezes, 
altamente sofisticada, de preço também elevado e, de quebra, demanda 
agilidade na entrega. 
Recomendável para cargas... nobres... digamos assim... por ser o meio de 
transporte mais rápido disponível, e ainda, para transporte entre pontos 
longínquos onde o transporte rodoviário e ferroviário não alcançariam (tente levar 
500 kg de feijão até Budapeste de caminhão). 
Transporte Intermodal: Utilizado para cargas que demandam o 
transporte através de vários modais. Modalidade que pode utilizar dois ou mais 
dos meios de transporte anteriormente apresentados. 
Por exemplo: a China fabrica um brinquedo, que por seu baixo custo, vem de 
navio dentro de um contêiner. Ao chegar no porto, o guindaste pega o contêiner e 
coloca em cima do caminhão, que segue até o cliente, que poderá vende-lo. 
É perfeito para atingir determinados locais de difícil acesso, pois 
combina todos os aspectos positivos dos modais mencionados. 
Outro exemplo, que agora vou emprestar do Chiavenato está na importação 
de petróleo. O barril de petróleo inicialmente vem transportado em navios, que 
descarregam o produto em terminais próprios (dutos, que trataremos no próximo 
item), para chegarem nas refinarias. Na refinaria é produzida a gasolina, que é 
movida através de vagões-tanque, que a levam até os reservatórios, onde ficam 
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estocadas. E por fim, sua distribuição é feita através de caminhões que a levam 
para os postos de gasolina da região. 
Transporte Dutoviário: Este é bem recente. É utilizado para o transporte de 
óleos (em especial, petróleo). Consiste em uma rede de dutos (canos) que escoa 
a produção de óleos até a refinaria. Por ser bastante específico, só consigo 
pensar no exemplo da Petrobras. O petróleo extraído é levado até o porto, onde 
uma rede já pronta de dutos permite o escoamento do petróleo extraído até a 
refinaria, para fabricação de seus derivados. 
Estas são as principais formas pelas quais os materiais podem ser 
transportados. Sua inserção no sistema logístico, como já foi dito, depende das 
características da carga e do local de destino. 
Se prestou bem atenção no tópico de Distribuição e no de Transporte, 
acredito que você, caro aluno criativo, reparou que sempre que falo em Distribuição, 
referia-me à movimentação de matéria prima dentro da estrutura da empresa, e 
sempre que me referia a transporte, dava exemplos de produtos acabados sendo 
movimentados fora da estrutura da organização. Pois bem, é isso mesmo. Estes 
termos são cobrados em prova segundo essa ideia: 
 
Distribuição 
Matéria Prima ou demais 
materiais não acabados 
Dentro da Organização 
Transporte 
Produtos Acabados 
Fora da Organização 
(destinado ao consumidor) 
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6.2 Estrutura para Distribuição (Logística) 
Imagino que depois de passar tanto tempo comigo, você já notou que nada é 
em ARM, ou mesmo em gestão de empresas, é fruto da manifestação da natureza 
em seu esplendor. Tem muito esforço humano envolvido, pois as coisas só 
acontecem quando um ser humano as planeja e executa. 
E agora, ser humano homem de negócios quer vender o que produziu. Até 
agora, você aprendeu sobre técnicas, ferramentas, conceitos e objetivos. A 
estrutura para distribuição (que eu vou chamar daqui para frente de logística) se 
volta a utilizar todos esses conceitos para montar uma rede funcional que garanta a 
venda e entrega dos produtos. 
Comecemos pelo conceito, que alias, existem muitos na doutrina. Meu 
favorito (por se voltar especificamente aos materiais e ao cliente) é o que Gonçalves 
reproduziu de Marthins Christopher: 
Logística é um processo “que envolve o gerenciamento estratégico da 
aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados 
e o fluxo de informações correlato, através dos canais de marketing da empresa, 
tendo como objetivo atender aos pedidos dos clientes, a baixos custos com a 
finalidade de maximizar a lucratividade presente e futura.”. 
Mas, para montar a estrutura de distribuição da empresa, esta deve atentar-
se a quatro variáveis principais: 
Forma – o material produzido tem determinadas características que 
influenciam em sua produção e acondicionamento. 
Tempo – é o momento em que o produto se encontra fisicamente em algum 
lugar. 
Lugar – aqui falamos do local específico onde o item se encontra em dado 
momento. 
Posse – quem está com o bem em algum lugar em determinado momento. 
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No que se refere às atividades relacionadas à logística, podemos dividi-las 
em dois grupos principais: 
A logística em si é dividida em dois tipos de atividades: 
Principais: Transportes, Gerenciar os Estoques, Processamento de Pedidos. 
Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, 
Programação de produtos e Sistema de informação. 
Principais:

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