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Departamento de Ciências da Vida Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra Observação da Diversidade e Distribuição de Invertebrados Marinhos na Zona das Marés Praia de Buarcos, Figueira da Foz Ana Laura, Eduardo Silva, Madalena Mendes, Maria Félix, Suzana Cruz Resumo Madalena Palavras-chave: Praia de Buarcos, Mollusca, Echinodermata, Cnidaria, Arthropoda Introdução Eduardo e Ana Laura: Caracterizar a zona Diferentes habitats Definição de zona intertidal A Praia de Buarcos é quase toda coberta por material rochoso que proporciona habitat ideal para uma grande biodiversidade de organismos e por isso pode ser considerada um laboratório vivo para o estudo de invertebrados marinhos. De forma a obter um maior conhecimento sobre as formas de vida invertebrada presente na Baía de Buarcos, foi realizada uma saída de campo, no dia 10 de outubro. As observações foram efectuadas na zona intertidal, entremarés. Nosso objetivo com essa saída de campo foi, além de identificar os filos presentes nesse ecossistema, estudar o padrão de distribuição dessas espécies, bem como os fatores ecológicos que influenciam tal distribuição. A zona entremarés pode ser dividida em três regiões: Supralitoral (após o domínio terrestre e que apenas é submersa durante as marés vivas); Mediolitoral (corresponde à área intermediária, passa regularmente por períodos de exposição e submersão); Infralitoral (área mais interior da zona entremarés que só se encontra exposta durante as marés mais baixas) A zona intertidal corresponde à zona do litoral que fica exposta durante a maré baixa e submersa durante a maré alta e que está sujeita a uma constante alternância de submersão. Ela pode ser dividida em três regiões: Supralitoral – área apenas submersa durante a maré alta; Mediolitoral - área intermediária que apresenta regularmente períodos de exposição e submersão; e Infralitoral - área mais interior da zona intertidal que só́ se encontra exposta durante marés mais baixas. O ar seco, a salinidade, a exposição à água doce (no caso de chuva), as amplitudes térmicas, a radiação solar direta, e a intensidade da atividade marítima são fatores que exigem que estes organismos tenham grande capacidade de adaptação a condições extremas. Logo, estes seres vivos desenvolveram mecanismos, como a capacidade de se fecharem durante a maré baixa para manter os valores de humidade normais no seu interior ou deslocarem-se para locais mais abrigados. Materiais e Métodos Suzana: “Procedimentos” Resultados Mollusca I. Suzana Domínio: Eukarya Reino: Animalia Filo: Mollusca Classe: Gastropoda Ordem: Anaspidea Família: Aplysiidae Género: Aplysia Espécie: Aplysia fasciata Fig.1- Aplysia fasciata II.Eduardo Domínio: Eukarya Reino: Animalia Filo: Mollusca Classe: Gastropoda Ordem: Patellogastropoda Família: Patellidae Género: Patella Espécie: Patella vulgata Patella vulgata, vulgarmente designada de lapa, tem uma distribuição natural na zona intertidal das costas: atlântica e mediterrânea da península ibérica; sueca do oceano báltico; belga e dos países baixos do mar do Norte e da costa atlântica britânica e irlandesa. O seu tamanho corporal é aproximadamente 6cm de comprimento, 5cm de largura e 3cm de altura da concha, 30mm a 60mm do “pé” da lapa e 200μm em fase larvar, sendo que as fêmeas são geralmente maiores que os machos. Têm uma taxa de crescimento de cerca de 2mm/mês. Indivíduos de altas zonas costeiras tendem a ter uma concha mais alta e de menor comprimento e largura que indivíduos de zonas costeiras mais baixas. Possuem uma concha radial e cónica (alterável – rugosa ou estriada - consoante a atividade marítima), que lhes fornece proteção e permite a aderência a rochas. Apresentam uma cor acinzentada na face exterior da concha e esverdeada na face interior. O “pé” da lapa é de cor alaranjada. São herbívoras e embora geralmente sejam vistas fixas às rochas libertam-se para se alimentarem de algas em períodos de maré alta, regressando ao mesmo local onde estavam anteriormente, deixando uma depressão visível na rocha resultando numa melhor aderência e evitando a dissecação. Em períodos de maré baixa tendem a reduzir a taxa metabólica de forma a evitar a desidratação. São também tolerantes a baixas salinidades podendo estender o seu habitat para estuários. São protândricas, ou seja, no processo de crescimento as gónadas masculinas (primeiras a atingirem a maturidade) transformam-se em gónadas femininas ativas. A sua reprodução é sexuada e de fecundação externa, ocorrendo sobretudo entre Outubro e Janeiro. III.Madalena Domínio: Eukarya Reino: Animalia Filo: Mollusca Classe: Gastropoda Ordem: Neogastropoda Família: Muricidae Género: Nucella Espécie: Nucella lapillus A espécie Nucella lapillus, presente na Costa rochosa do Atlântico, distribui-se por toda a Europa desde o norte da Rússia até ao sul de Portugal. Apresenta concha com estrias longitudinais, cerca de 5 voltas, sendo a última volta maior que as restantes. Canal sifonal aberto, curto, com lábio externo espesso e dentes internos (nos animais adultos). Coloração muito variável, normalmente branco-cinza, amarelada, negra ou por vezes com riscas escuras. Pode atingir cerca de 30 mm de altura. Facilmente encontrada na Eulitoral e na costa rochosa, em fendas e entre cracas. Carnívoros, alimentam-se preferencialmente de cracas e mexilhões. A sua reprodução é de sexos separados com fertilização interna. Echinodermata I. Madalena Domínio: Eukarya Reino: Animalia Filo: Echinodermata Classe: Echinoidea Ordem: Camarodonta Família: Parechinidae Género: Paracentrotus Espécie: P. lividus Os ouriços-do-mar são comuns na costa portuguesa, sendo facilmente observável no nosso litoral, durante a baixa-mar, nas poças das praias rochosas. A espécie é também vulgar na costa ocidental da Irlanda, nas costas de França, no Mediterrâneo e Adriático, nos Açores, Canárias, na costa marroquina e, ocasionalmente em algumas regiões da costa ocidental da Escócia e do sudoeste da Inglaterra. Apresenta um perfil corporal globoso, de simetria pentaradial, aplanado ventralmente, ocasionalmente também no dorso. Apresenta coloração geralmente arroxeada, mas pode variar e ser castanho-escuro, castanho claro ou verde oliva. Tem um diâmetro de até 7 cm. Os espinhos são pouco numerosos e chegam a apresentar um comprimento igual ao diâmetro do corpo do animal. Esta espécie habita em buracos, que escava nas rochas calcárias com o auxílio dos espinhos e de movimentos de rotação. Estes buracos conferem-lhe proteção relativamente à ação das ondas e da dissecação. Por vezes, esconde-se com pedaços de conchas, pequenos seixos ou algas, de modo a abrigar-se da luz. Em relação à reprodução, são animais de sexos separados e fecundação externa, ocorrendo sobretudo na Primavera e início do Verão. Cnidaria I. Ana Laura Domínio: Eukarya Reino: Animalia Filo: Cnidaria Classe: Anthozoa Ordem: Actiniaria Família: Actiniidae Género: Actinia Espécie: Actinia Fragacea Vulgarmente conhecida como anêmona morango, a Actinia fragacea é tipicamente vermelha com muitas manchas esverdeadas e tentáculos também vermelhos. É encontrada no nordeste e leste do Oceano Atlântico. O seu alcance estende-se da Noruega, Escócia e Irlanda até ao Mar Mediterrâneo e Norte de África, incluindo os Açores, as Ilhas Canárias e Cabo Verde. Geralmente é anexado a rochas e pedregulhos, mas às vezes é semi-imerso na areia. É uma espécie carnívora que pode se reproduzir sexuada ou assexuadamente através de gemiparidade interna. Seu tempo estimado de vida são três anos. II.Maria Domínio: Eukarya Reino: Animalia Filo: Cnidaria Classe: Anthozoa Ordem: Actiniaria Família: Actiniidae Género: Anemona Espécie: Anemonia Viridis III. Madalena Domínio: Eukarya Reino: Animalia Filo: Cnidaria Classe: Anthozoa Ordem: Actiniaria Família: Actiniidae Género: Aulactinia Espécie: Aulactiniaverrucosa Aulactinia verrucosa apresenta um corpo cilíndrico e é mais larga na base do que na coroa. As paredes da coluna são cobertas por tubérculos semelhantes a verrugas. Acima da coluna, há até quarenta e oito tentáculos , dispostos em seis ciclos. A coluna é rosa ou cinza, os tubérculos cinza ou branco, e os tentáculos transparentes e bandados em rosa, cinza ou verde-oliva. Esta espécie é nativa do nordeste do Oceano Atlântico, do Mar do Norte e do Mar Mediterrâneo. Encontra-se em costas rochosas tanto em áreas com fortes correntes como em águas mais calmas. Está presente em fendas e em poças rochosas , muitas vezes entre algas vermelhas calcificadas e também ligado à rocha abaixo do sedimento em poças rochosas Pode realizar reprodução sexuada ou assexuada. No caso dos organismos que se reproduzem sexuadamente, a fertilização é interna. Esta anémona é vivípara, as fêmeas retêm os ovos fertilizados até ao seu completo desenvolvimento, aumentando assim a hipótese de sobrevivência e assegurando a colonização da costa Arthropoda I.Madalena Domínio: Eukarya Reino: Animalia Filo: Arthropoda Classe: Malacostraca Ordem: Decapoda Família: Portunidae Género: Necora Espécie: Necora puber Vulgarmente conhecida por Navalheira, é uma espécie de caranguejo muito comum nas águas costeiras do Oceano Atlântico e Mar Mediterrâneo. A espécie apresenta uma carapaça achatada com largura máxima de cerca de 10 cm e coberta de pelos curtos e densos de cor acastanhada, possuindo olhos vermelhos. A Necora puber é facilmente encontrada entre pedras e rochas da zona intertidal inferior. Reproduz-se sexuadamente, de Janeiro a Julho com um pico acentuado na Primavera. Discussão Em grupo, reunir todas as adaptações das espécies Referências • Paracentrotus lividus, acedido a 11 de Novembro de 2018 https://equinodermata.webnode.pt/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Paracentrotus_lividus http://www.biorede.pt/page.asp?id=3275 • Aplysia fasciata, acedido a 11 de Novembro de 2018 https://especiesmarinhas.blogspot.com/2011/10/vinagreira-negra-ou-lebre-do-mar.html https://en.wikipedia.org/wiki/Aplysia_fasciata • Patella vulgata, acedido a 11 de Novembro de 2018 • Actinia Fragacea, acedido a 11 de Novembro de 2018 • Anemonia Viridis, acedido a 11 de Novembro de 2018 • Aulactinia verrucosa, acedido a 11 de Novembro de 2018 • Necora puber, acedido a 11 de Novembro de 2018 https://pt.wikipedia.org/wiki/Necora_puber http://www.cienciaviva.pt/peixes/home/index.asp?accao=showpeixe&id_especie=31&idioma=pt
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