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AULA II PRINCIPIOS DA SITUAÇÃO IRREGULAR A DOUTRINA DE PROTECAO INTEGRAL ELABORACAO

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DISCIPLINA: Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069.90 
AULA II: Princípios orientadores da criança e do adolescente – Da situação irregular a Doutrina da proteção integral 
Professora: Clara Pontes
Email: pontesclara0@gmail.com
Doutrina da Proteção Integral –
 Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
Art 1º do ECA: “Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente”
O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
LEI 8.069 de 13 de Julho de 1990
I – Criança e adolescente são sujeitos de direitos
II- Pessoas em desenvolvimento 
Doutrina da Proteção Integral –
três pilares: 1º) reconhecimento da peculiar condição da criança e jovem como pessoa em desenvolvimento, titular de proteção especial; 
2º) crianças e jovens têm direitos à convivência familiar; Art. 19 ECA
 3º) as Nações subscritoras obrigam-se a assegurar os direitos insculpidos na Convenção com absoluta prioridade.
Comparativo Doutrina da situação irregular X Doutrina da Proteção Integral
DSI - Aplicava-se apenas aos “menores” abandonados, carentes e Infratores;
DPI – Aplica-se a todas as crianças e adolescentes 
DSI – O “Menor” era objeto da intervenção estatal;
DPI-Crianças e adolescentes são Sujeitos de Direitos (Vide Artigo 28, 1 e 2 - Podem ser ouvidas – Opinião considerada )
Comparativo Doutrina da situação irregular X Doutrina da Proteção Integral
DSI – Não buscava PREVINIR lesões aos direitos dos “menores’’ (Só restringir direitos) 
DPI – Busca PREVINIR lesões aos direitos da criança e do adolescente (Artigo -70 e seguintes ECA) 
DSI – Confundia medidas de proteção com punição. 
DPI - Distingue as medidas de proteção (101 ECA – Não punitivas- TODOS - ) com as medidas socioeducativas (ato infracional – apenas Adolescentes 112 ECA) 
RESPONSABILIDADE Vide artigo 70 – A ECA
Responsabilidade do poder público - Artigo 88 ECA http://comdica.recife.pe.gov.br/ Conselho Municipal de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente -COMDICA -
Responsabilidade da Sociedade 
http://etapas.org.br/institucional/
Responsabilidade do Judiciário – Julgar
Ministério Público – Agente de transformação social 
Educação 
Art. 205. CF A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Educação 
ART. 54.ECA É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
Aspectos das proteção integral 
Doutrina da Proteção Integral
SOBREVIVÊNCIA
Direito à vida, saúde e a alimentação. 
DESENVOLVIMENTO PESSOAL E SOCIAL
Educação, cultura, ao lazer e à profissionalização 
INTEGRIDADE FÍSICA, PSICOLOGICA E MORAL 
Liberdade, respeito, dignidade, convivência familiar e comunitária 
LIBERDADE, RESPEITO E DIGNIDADE 
Art. 17. ECA 
O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
ARTIGO 178 ECA – Transporte em carro fechado 
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade. ( Implica art. 232 eca) 
ALGEMAS - SÚMULA VINCULANTE 11 STF
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
PRINCÍPIOS NORTEADORES
 PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA;
 
PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE;
PRINCÍPIO DA MUNICIPALIZAÇÃO 
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA
Art. 227 CF + 3º e 4º do ECA 
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA
“priorizar o recém nascido é, antes de tudo oferecer assistência para pré-natal, saneamento básico, saúde, alimentação, vacinação em massa. Priorizar a criança ate 12 anos é dar ensino primário, cultura, lazer, entre outras medidas, além de esporte e assistência médico-odontológica. Priorizar o adolescente, além do já mencionado, abrange o ensino profissionalizante, proteção ao trabalho, assistência familiar e também atendimento ao jovem em situação de risco” 
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA
à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; (mobilidade urbana)
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. 
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA
Ex. Art. 212, CF: “A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino”.
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA + desenvolvimento integral– Direitos da personalidade 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA + desenvolvimento integral– Direitos da personalidade 
Parágrafo único.Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. Incluído pela Lei 13.257.2016 (LEI PRIMEIRA INFANCIA) 
 
Prova: Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase - 2017
Maria, aluna do 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola que não adota a obrigatoriedade do uso de uniforme, frequenta regularmente culto religioso afro-brasileiro com seus pais. Após retornar das férias escolares, a aluna passou a ir às aulascom um lenço branco enrolado na cabeça, afirmando que necessitava permanecer coberta por 30 dias. As alunas Fernanda e Patrícia, incomodadas com a situação, procuraram a direção da escola para reclamar da vestimenta da aluna. O diretor da escola entrou em contato com o advogado do estabelecimento de ensino, a fim de obter subsídios para a sua decisão.
 
Alternativas 
 a) Proibir o acesso da aluna à escola.
 b)Marcar uma reunião com os pais da aluna Maria, a fim de compeli-los a descobrir a cabeça da filha
c)Permitir o acesso regular da aluna.  
d) Proibir o acesso das três alunas.  
 
Embasamento 
Artigo 3 e 4 ECA 
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: III - crença e culto religioso;
art. 5.º, VIII - Ninguém será privado de direitos por motivos de crença religiosa, convicção filosófica ou política.
Artigo 53 ECA
A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
DIREITO AO VOTO Art. 15 CF Resolução 23.219 TSE
Os presos provisórios e os adolescentes internados, por não terem os direitos políticos suspensos, também têm o direito de votar (desenvolvimento integral)
PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO ADOLESCETE
Trata-se de princípio orientador tanto para o legislador como para o aplicador.
O destinatário final da doutrina protetiva é a criança e o adolescente e não “o pai, a mãe, os avós, tios etc.”. Ex. laços de afetividade no caso do filho de Cássia Eller com a companheira MariaEugênia:https://www.youtube.com/watch?v=g-z88n8Y9WU 
DECISÃO
“Várias testemunhas atestaram o bom relacionamento entre as duas mulheres, confirmando que elas cuidavam com esmero das crianças desde o nascimento. Professores e psicólogos confirmaram o ótimo desenvolvimento dos menores.”
DECISÃO
Na ação, as mães destacaram que o objetivo do pedido não era criar polêmica, mas assegurar o futuro das crianças em caso de separação ou morte das responsáveis. Diante dessas circunstâncias, aliadas à constatação da existência de forte vínculo afetivo entre as mães e os menores, os ministros não tiveram dificuldade em manter a adoção, já deferida pela Justiça gaúcha. (Resp n. 889.852)
MENOR - GUARDA - AUSÊNCIA DE ACORDO ENTRE OS PAIS – PREVALÊNCIA DO MENOR.
  Na solução do conflito entre os pais, quanto à guarda dos filhos menores, o Juiz deve dar primazia ao interesse dos menores. Não havendo possibilidade de acordo entre os pais, o interesse do menor deve ser auferido, pelo Juiz, sobretudo, através da análise dos sentimentos expressados pelas crianças e pela pesquisa social, 
MENOR - GUARDA - AUSÊNCIA DE ACORDO ENTRE OS PAIS – PREVALÊNCIA DO MENOR
desenvolvida por psicólogos e assistentes sociais, que, com as demais provas trazidas aos autos, permitem avaliar a qualidade das suas relações afetivas, o seu desenvolvimento físico e moral, bem como a sua inserção no grupo social (TJ-PR - Ac. unân. 3658 da 6.ª Câm. Ap. 77.373-7- Ponta Grossa - Rel. Des. Accácio Cambi; in Apase Paraná)
PRINCÍPIOS DA MUNICIPALIZAÇÃO
A Constituição da República descentralizou e ampliou a política assistencial. 
Disciplinou a atribuição concorrente dos entes da federação, resguardando para a União competência para dispor sobre as normas gerais e coordenação de programas assistenciais.
O legislador constituinte reservou a execução dos programas de política assistencial à esfera estadual e municipal. 
MUNICIPALIZAÇÃO
Art. 19. ECA É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
A relevância do poder público local
O art. 88 elenca as diretrizes da política de atendimento determinando sua municipalização, criação de conselhos municipais dos direitos da criança, criação e manutenção de programas de atendimento com observância da descentralização político-administrativa.
Risco social ou familiar em que se encontram crianças e adolescentes são mazelas produzidas pelo meio onde vivem. 
CONSELHO TUTELAR
Art. 132.ECA  Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha.            (Redação dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
PROGRAMA DE APADRINHAMENTO- Lei 13.509 - 2017
Art. 19-B.  A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar poderão participar de programa de apadrinhamento.              § 1o  O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro.             (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
PROJETO ANJOS DE OLINDA
Projeto permite apadrinhamento de crianças em Olinda.
 Existem duas maneiras de apadrinhar uma criança: financeiro ou afetivo. No primeiro caso  a colaboração é para os estudos e a qualificação profissional e no segundo o padrinho poderá levar as crianças para casa nos fins de semana e em datas especiais. 
Art. 19 B ECA Alteração 2017
§ 3o  Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de colaborar para o seu desenvolvimento.             
§ 4o  O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de cada programa de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva.

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