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Resumo Funcionalismo

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Aluno: Taynan Justino Sombra da Silva
Turma: Letras Inglês – Primeiro Semestre
Disciplina: Teorias linguísticas 
Funcionalismo
O funcionalismo é uma corrente linguística que, em oposição ao estruturalismo e ao gerativismo, se preocupa em estudar a relação entre a estrutura gramatical das línguas e os diferentes contextos comunicativos em que elas são usadas. A abordagem funcionalista apresenta não apenas propostas teóricas distintas acerca da natureza geral da linguagem, mas diferentes concepções no que diz respeito aos objetivos da análise linguística, aos métodos nela utilizados e ao tipo dos dados utilizados como evidência empírica. Os funcionalistas concebem a linguagem como um instrumento de interação social, alinhando-se, assim, à tendência que analisa a relação entre linguagem e sociedade. A corrente linguística funcionalista ou Funcionalismo Linguístico nasceu dos trabalhos dos membros do Círculo Linguístico de Praga que apresentaram, como ideia geral, a noção de que a estrutura das línguas é determinada por suas funções. Sendo, portanto, os termos "função" e "funcionalismo" decorrentes da Escola Linguística de Praga, onde a interpretação desses vocábulos tornaram-se uma tarefa complexa, haja vista que, o conceito é aplicado a variados domínios e fenômenos 
da linguagem, sofrendo modificações. O conceito de funcionalismo, em linguística, está ligado à escola mencionada, contudo, após algum tempo, ele desenvolveu seus próprios pressupostos, tomando "vida própria e independente".  
A corrente Funcionalista difere das demais correntes - Estruturalista e Gerativista - por conceber a linguagem como um instrumento de interação social, tendo como interesse de investigação linguística tanto a estrutura gramatical quanto o contexto discursivo, que motiva a realização dos fatos da língua. 
Nesse pensamento, enquanto o Funcionalismo busca privilegiar as transformações das formas da linguagem na sociedade não se restringindo apenas ao aspecto formal da língua, mas sim, ao seu uso nas práticas sociais, o modelo linguístico Estruturalista privilegia o estudo da linguagem através dos fatores mecânicos da comunicação verbal e o modelo Gerativista procura mostrar a capacidade do falante-ouvinte de produzir e compreender um número infinito de frases que nunca tenha ouvido antes, mediante um número finito de regras e elementos que se combinam. Assim, dá a entender que a estrutura gramatical depende do uso que se faz da língua e é motivada pela situação comunicativa. 
Podemos dizer que a teoria funcionalista ganhou força nos Estados Unidos, a partir da década de 70. Com a publicação do texto The Origins of Syntax in Discourse: a case study of Tok Pisin relatives de Gillian Sankoff e Penelope Brown em 1976, inicia-se o desenvolvimento da abordagem funcionalista de vertente norte-americana. Neste trabalho, as autoras evidenciaram que as estruturas sintáticas de sentenças relativas do Tok Pisin podem ser analisadas e entendidas, tendo em vista as motivações discursivas, ou seja, a estrutura sintática dessas sentenças é considerada como resultante de componentes do discurso. Dando continuidade aos preceitos funcionalistas, Talmy Givón publica From Discourse to Syntax (1979) e Thompson, em co-autoria com Paul Hopper, publicam Transitivity in grammar and discourse (1980). Neste artigo, os autores revolucionam a concepção de transitividade, tirando-a do âmbito estrito do verbo para colocá-la no discurso. Assim, Thompson & Hopper consideram o contexto discursivo como motivador para os fatos da língua, pois defendem que o sistema da transitividade está relacionado com a formação de planos no discurso.

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