Buscar

Trabalho Revolução Francesa

Prévia do material em texto

UFSM-CESNORS Palmeira das Missões
Ciências Econômicas
Aluno: Anna Carolina Heusner Brandenburg
Professor: Olívio Teixeira
Disciplina: História Econômica Geral
1º semestre/2013
ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO
REVOLUÇÃO FRANCESA
	A França era um país com economia predominantemente agrária e governo absolutista durante o século XVIII, o rei tinha poderes absolutos, controlava a economia e a política. Havia extrema injustiça social e nenhuma democracia. 
	A sociedade era hierarquizada e estava dividida em:
	-Clero: formado por bispos, abades, padres e vigários, que eram isentos do pagamento de impostos;
	-Nobreza: formada pelo rei, sua família, condes, duques e outros nobres;
	-Terceiro Estado: formado pelos trabalhadores, burgueses e camponeses, que eram a base da produção e pagavam altos impostos para sustentar os luxos da nobreza.
	A França vivia um momento de prosperidade, em 1778, uma crise começou a se tornar evidente e havia precariedade na organização administrativa, política, financeira, econômica e social do país. Desde 1774, ela era governada por Luis XVI, que estava distante dos interesses da maioria da população, que vivia na miséria. O rei dependia dos tributos pagos pela população mais pobre, e para esta camada da sociedade a situação era insustentável e a insatisfação, crescente.
	Os trabalhadores e camponeses viviam na miséria e não tinham direito ao voto. Desejavam que houvesse mais democracia, que pudessem opinar sobre o governo, queriam mudanças na qualidade de vida e no trabalho, e reivindicavam que os nobres e o clero não pagassem impostos. A grande dificuldade de romper com a economia agrária e de implementar o desenvolvimento industrial no país, também era um fator que aprofundava as diferenças.
	O governo era totalmente desorganizado, havia falta de ordem nas leis e nas instituições, e as contas do rei e se confundiam com as do governo, provocando constantes déficits devido a gastos excessivos.
 	O Terceiro Estado que estava descontente com esta situação, passou a lutar por mudanças que lhes permitissem exercer maior controle sobre o governo. A partir de 1785, os problemas da França se intensificaram. O governo faliu depois dos gastos realizados com a participação francesa na guerra da independência das treze colônias inglesas, com O Tratado do Comércio, em 1786, que favorecia a importação de produtos manufaturados, houve fechamento de empresas francesas, gerando desemprego. Em 1788, um rigoroso inverno prejudicou as colheitas, causando escassez de alimentos e alta de preços. A população que já enfrentava dificuldades, não tinha como comprar produtos básicos de subsistência.
	Algumas tentativas de reformas foram feitas por ministros de Luis XVI, mas sem sucesso. A crise se agravava e não havia como conter as manifestações de revolta que ocorriam no país. A nobreza forçou o rei a convocar os Estados Gerais, ou seja, a reunião de representantes dos três estados. Houve uma grande discussão de como seria feitas as votações, pois se continuassem como era antes, o clero e a nobreza votariam juntos e nada mudaria. Descontentes, o Terceiro Estado decidiu se separar dos estados gerais e proclamar a Assembleia Nacional, com o objetivo de extinguir privilégios e dar a França uma Constituição conforme os ideais do iluminismo. Luis XVI tentou impedir que se reunissem, mas foi em vão, e por fim os outros dois estados se aliaram ao terceiro e formaram a Assembleia Nacional Constituinte.
		Em 14 de julho de 1789, uma grande massa popular tomou de assalto a Bastilha, uma fortaleza utilizada como depósito e presídio, em busca de armas e munição para se defender das tropas de Luis XVI. A revolução se espalhou por todo o país, os sangrentos episódios forçaram o rei a retirar as tropas, mostrando a força da população e levando a formação de um conselho de cidadãos para administrar Paris. Muitos nobres começaram a deixar a França temendo a represálias. Em 4 de agosto de 1789, foram abolidos resquícios do feudalismo, privatizando a nobreza e o clero de muitos privilégios, como o não pagamento de impostos.
	Em 1790, os bens da igreja foram confiscados e os membros do clero passaram a ser funcionários do governo. Passou a vigorar a nova Constituição, que transformava a França em monarquia constitucional e a reorganizava, de acordo com a teoria da tríplice divisão dos poderes do Estado.
	Estabeleceu-se que os deputados seriam eleitos pelo voto censitário (segundo a renda de cada um). O Poder Executivo ficou nas mãos do rei, que era responsável por nomear os ministros, o Terceiro Poder, o Judiciário, foi formado por juízes eleitos.
	Vários problemas já ameaçavam a estabilidade do novo governo, o clero, influía os camponeses contra a revolução. Em 1792, o governo Frances, receando que os exilados organizassem a contrarrevolução, declarou guerra a Áustria e a Prússia, que abrigavam a maioria destes refugiados. As ações revolucionárias tornaram-se então, mais radicais e o rei teve seus poderes suspensos. Foi eleita uma nova Assembleia através do sufrágio universal masculino, chamada de Convenção. Foram divididos os grupos políticos em Girondinos (políticos moderados que defendiam a Republica Liberal que garantissem a propriedade
Privada) e Jacobinos( deputados mais radicais, que lutavam por uma República Democrática e igualitária.
 	A Convenção tomou posse no mesmo dia em que os franceses venceram os exércitos austríaco e prussiano e detiveram a invasão do território. Foi proclamada a Republica, em seguida foi adotado um novo calendário. Luiz XVI foi condenado à morte e guilhotinado. Formou-se a Primeira Coalizão contra a França, na qual Áustria, Prússia, Inglaterra, Rússia, Espanha e Portugal investiam contra a revolução. A Convenção convocou a população para defender o país.
	Aumentava cada vez mais as divergências entre Girondinos e Jacobinos. Os jacobinos, com apoio de muitos homens e canhões obrigaram a Convenção a decretar a prisão de principais lideres girondinos. A partir deste momento, os jacobinos instalaram a ditadura na França e estabeleceram o regime do Terror.
	O Terror ameaçava tantas pessoas que não foi difícil de formar uma aliança dos oposicionistas do governo. Os girondinos voltaram ao poder e deram inicio a Reação Termidoriana. 	Isto significava a retomada de um caráter mais moderado ao processo revolucionário. 
	Em 1795, a Convenção concluiu a Nova Constituição e o país passou a ser governado pelo Diretório, controlado pelos girondinos. Foi um período de mudanças, houve continuidade de guerra contra diversos países, liderados pela Inglaterra, o agravamento da crise interna, em virtude da desorganização da economia, da inflação e da corrupção por parte de setores do governo.
	Em meio a essa crise generalizada, os lideres burgueses recorreram a Napoleão Bonaparte, na época, um general de prestigio. Apoiado pelo exercito e pela burguesia, Bonaparte deu um golpe de Estado contra o Diretório e assumiu o poder. Seus princípios se expandiram por toda a Europa e varias regiões do mundo.
	A Revolução Francesa significou o sucesso dos menos favorecidos em relação à defesa de seus direitos e interesses políticos, com o objetivo de satisfazer e melhorar a qualidade de vida e a participar nas decisões do governo.
Foi um marco em todos os países, sendo que os ideais da revolução influenciaram o mundo como um todo.
	Outra consequência deste período foi à ruptura nas instituições do governo e nas leis, com o rompimento dos privilégios aos ricos e mudanças nos costumes. Houve um grande atraso econômico na França neste período, devido a perdas sofridas durante a revolução. Houve evolução no comércio exterior e expansão na costa do Autêntico.
	O atraso demográfico era evidente, a população jovem diminuiu e a taxa de mortalidade agravou-se no período revolucionário.
	A Igreja que antes tinha poder quase que ilimitado sobre determinadas áreas da sociedade, sofreu muitas alterações, muitas pessoas foram expulsas, o clero perdeu seu poder e os membros passaram a ser funcionários do governo. 
	Com a Constituição,foram fixados preços de bens essenciais a subsistência e criados salários fixos, independentes de crises externas, e isto foi fundamental para estabilizar a vida nos próximos anos.
	Houve a criação de um sistema de educação gratuita e padrão, independente da classe social, condição financeira e de gênero. Apesar de ter benefícios, a população permaneceu pobre e sofria com o desemprego e a falta de recursos.
	Portanto a Revolução Francesa foi um período de grandes mudanças e de triunfo das grandes massas a fim de defender seus objetivos e ter mais participação nas decisões do governo para garantir seus interesses, com a difusão de ideias e teorias iluministas francesas por todo o mundo.
REFERÊNCIAS:
-Hobsbawm, Eric J., 1917- A Era das Revoluções,1789-1848, São Paulo: Paz e Terra, 25ª edição.
-http://www.algosobre.com.br/historia/revolucao-francesa-1789-1799.html, acesso em 05/05/13.
-http://www.qieducacao.com/2010/04/revolucao-francesa.html, acesso em 05/05/13.
-http://www.suapesquisa.com/francesa/, acesso em 05/05/13.
-http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-francesa.htm, acesso em 05/05/13.

Continue navegando