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1 ANATOMIA BANCO DE QUESTÕES Organizadores da 1ª edição (2013) Alexandre Leite Lopes e Silva Allison de Souza Cortes Real Daniel de Azevedo Medeiros Fontes Douglas de Andrade Cristino Mariana Garcia Astuto Matheus Schwengber Gasparini Miguel Barrella Neto Pedro Henrique Milhomens da Mota MEDUERJ 2017 2ª edição: Matheus Schwengber Gasparini / Miguel Barrella Neto 2ª EDIÇÃO - 2014 2 ÍNDICE DO GABARITO Anatomia Geral...............................................................................................................16 Tórax.................................................................................................................................19 Dorso.................................................................................................................................31 Abdome.............................................................................................................................35 Pelve/Períneo...................................................................................................................52 Membro Superior............................................................................................................62 Membro Inferior.............................................................................................................70 Cabeça/Pescoço...............................................................................................................77 Neuroanatomia.................................................................................................................89 3 QUESTÕES ANATOMIA GERAL 1. Defina: a) Paquimeria b) Anomalia c) Variação d) Monstruosidade e) Circulação colateral f) Cúspide g) Plano h) Eixo i) Normolíneo j) Brevelíneo k) Longilíneo l) Circundução m) Antimeria n) Estratimeria o) Trígono da Ausculta p) Carina q) Metameria r) Minimalidade s) Díploe t) Fratura de Jefferson u) Fratura do Enforcado v) Músculos Cuticulares 2. Dê sete características da articulação sinovial. 3. Monte um esquema classificando todos os tipos de articulações, exemplificando-os. 4. Descreva as seguintes articulações: a) Sacroilíaca b) Disco intervertebral c) Escápulo-Umeral d) Internasal e) Zigoapofisária 5. Explique a classificação dos ossos. 6. Dê 3 exemplos de variação, 3 de anomalia e 2 de monstruosidade. 4 TÓRAX 1. Descreva as câmaras do coração. 2. Explique os ramos, o trajeto e a origem das coronárias. 3. Paciente de 70 anos apresentou infarto agudo do miocárdio. Realizou coronariografia que evidenciou obstrução total da artéria interventricular anterior, próximo ao ápice do coração ( Descendente anterior). Com base em seus conhecimentos antômicos, explique a circulação nesta região que evitou a morte do paciente. 4. Quais são os focos de ausculta cardíaca? Onde se projetam na parede torácica? Descreva as características de uma valva atrioventricular. 5. Uma menina de 7 anos foi ao médico e ao realizar a ausculta do ápice do coração o médico não conseguiu ouvir som algum. Que patologia poderia explicar esse fenômeno? Como o médico poderia fazer para auscultar o ápice do coração desta menina? 6. Descreva a drenagem venosa do coração. 7. Explique o que é, onde se localiza e por onde passa o sistema de condução do coração. 8. Paciente com pericardite aguda necessita realizar pericardiocentese de urgência. Onde a agulha pode ser inserida? Quais as complicações desse procedimento? Descreva a anatomia e cite as funções do pericárdio. 9. Quais são os ramos da A. aorta torácica? 10. Quais são os ramos e subramos do arco aórtico? 11. O que é síndrome do roubo da subclávia? 12. Cite cinco veias do sistema cava superior. 13. Como é feita a circulação cava-cava quando ocorrem obstruções da veia cava superior acima e abaixo da veia ázigos? Explique também o que ocorre em casos de obstrução da veia cava inferior. 14. Quais são as regiões do corpo drenadas pelo ducto torácico? 15. Dê os limites do mediastino, sua divisão e o conteúdo de cada porção. 16. Cite as doenças mais comuns que acometem o mediastino. 17. Diferencie, anatomicamente, o pulmão direito do esquerdo. 18. Esquematize a ramificação brônquica. 5 19. O que são segmentos broncopulmonares? 20. Dê a segmentação broncopulmonar. 21. Quais as diferenças anatômicas existentes entre as costelas? 22. Cite cinco músculos acessórios da respiração. Dê a origem e a inserção de pelo menos três deles. 23. Desenhe ou descreva o músculo diafragma, identificando suas principais estruturas. 24. Descreva o trajeto da secreção mamária (leite). 25. Defina amastia, politelia e telotismo. 26. Como é feita a drenagem linfática da mama? 27. Explique como um câncer de mama pode desenvolver metástase para a mama oposta. 28. Dê os limites e o conteúdo da região axilar. 29. Disserte sobre os linfonodos axilares. DORSO 1. Explique detalhadamente as curvaturas primárias e secundárias da coluna e fale sobre cifose, lordose e escoliose. 2. Cite quatro diferenças entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares. 3. Dê as características de uma vértebra cervical típica. 4. Dê sete acidentes de uma vértebra torácica típica. 5. Descreva e desenhe o sacro nas suas faces anterior e posterior. 6. Classifique as articulações da coluna vertebral. 7. Fale sobre os ligamentos presentes na coluna vertebral. 8. Diga quais são os músculos íntrinsecos e extrínsecos do dorso. Dê a origem, a inserção e a função de pelo menos dois deles. 9. Dê os limites do trígono suboccipital. O que passa por esse espaço? 10. Dê os limites do trígono de ausculta. 6 ABDOME 1. Identifique as funções do peritônio, bem como a relação dos diversos órgãos com ele (dizer se é peritonizado, intraperitoneal ou retroperitoneal): bexiga urinária, fígado, ovários, cólon ascendente, estômago, rins, baço, intestino delgado, pâncreas, ureteres. 2. Defina omento. 3. Dê os limites da bolsa omental. 4. Defina forame omental. 5. Dê os limites do forame omental. 6. Defina meso, comente sobre sua importância anatômica e cite a patologia decorrente de sua função exacerbada no cólon sigmoide. 7. Defina recesso. Dê um exemplo. 8. Defina ligamento peritoneal. Dê exemplos. 9. Secreções do lado direito do andar infra-mesocólico vão para onde? 10. Quais são os ramos da artéria aorta abdominal? 11. Qual a função do esôfago? 12. Descreva a irrigação sanguínea arterial e a drenagem linfática da parte abdominal do esôfago. 13. Quais são as impressões existentes no esôfago (constrições do esôfago)? 14. O que é ligamento frenicoesofágico? 15. Fale sobre hérnia de hiato. 16. Como se dá a deglutição? 17. Comente a respeito da vascularização e da drenagem linfática do estômago. 18. Esquematize o estômago, suas principais regiões e seus acidentes. 19. Qual a função do estômago? 20. Defina piloro. 21. Quais as relações que o estômago estabelece? 7 22. O que é o “leito do estômago”? 23. Disserte sobre as regiões anatômicas do duodeno. 24.Descreva a vascularização do duodeno e da cabeça do pâncreas. 25. Cite cinco diferenças anatômicas entre o jejuno e o íleo. 26. Fale sobre a irrigação arterial do intestino delgado. 27. Defina os limites de cada região do intestino grosso. 28. Qual é a principal função do intestino grosso? 29. Descreva a irrigação arterial, a drenagem venosa e a drenagem linfática do intestino grosso. 30. Defina tênia e volvo. 31. Desenhe o corte frontal do reto. 32. Paciente cardiopata com fibrilação atrial crônica apresentou quadro de dor súbita em região mesogástrica, com náuseas, vômitos e febre. Ao dar entrada no pronto socorro, foi diagnosticado infarto êntero-mesentérico que obstruiu a artéria cólica direita. Com base em seus conhecimentos anatômicos, responda: a) Como podemos dividir, sob o ponto de vista anatomo-clínico, a parede do abdome? b) Que área do intestino ficou comprometida (sem vascularização) neste caso? c) Descreva a vascularização arterial do reto. 33. Qual a definição e quais são os segmentos hepáticos? 34. Descreva o “H” hepático. 35. Descreva os limites do trígono cístico, bem como o seu conteúdo. 36. Qual o caminho da bile? 37. Descreva o sistema venoso porta. 38. Como se dá e o que provoca os sinais clínicos da hipertensão portal (vias de circulação colateral porto-sistemicas e os sinais clínicos que acarretam)? 39. Que soluções podem ser tomadas para aliviar as varizes esofagianas? 8 40. Um paciente de 50 anos, etilista de longa data, chegou ao hospital com hematêmese, sangramento retal, e dilatação importante das veias da parede abdominal. Foi diagnosticada cirrose hepática com hipertensão portal. Com base em seus conhecimentos anatômicos, explique a sintomatologia apresentada pelo paciente. 41. Paciente de 56 anos apresentou dor em região epigástrica, acompanhada de náusea e hematêmese, doença hemorroidária e varizes na parede anterior do abdome (tipo cabeça de medusa). Foi internado e, durante a investigação, foi feito diagnóstico de hipertensão portal. Com base em seus conhecimentos anatômicos, responda: a) Descreva a via de circulação colateral porto-sistêmica que explica a doença hemorroidária e a cabeça de medusa do paciente. b) Cite a formação da veia porta, com suas possíveis variações. 42. Desenhe o corte longitudinal do rim. 43. Quais as relações anatômicas que os rins estabelecem? 44. Quais as porções dos ureteres e suas relações anatômicas? Fale também de suas constrições. 45. Descreva a loja renal. 46. Descreva a fáscia renal. 47. Dê a segmentação anatômica do rim. 48. Dê a vascularização das glândulas suprarrenais. 49. Faça um esquema da bainha dos retos abdominais acima e abaixo da arcada de Douglas. 50. Dê os limites dos trígonos lombares superior e inferior. PELVE/PERÍNEO 1. Descreva a diferença entre o formato das pelves ósseas. 2. Dê os ramos da artéria ilíaca interna. 3. Dê os limites do canal inguinal. 4. Quais são os limites da região inguinal? 5. Caracterize as hérnias inguinais direta e indireta. 6. Descreva hérnia inguinal-crural (femoral). 9 7. Defina conduto peritônio-vaginal. 8. Defina tendão conjunto. 9. Descreva o diafragma pélvico e o diafragma urogenital. 10. Descreva as três porções do músculo levantador do ânus. 11. Quais são as divisões do períneo (limites dos espaços)? 12. Dê a estratigrafia do períneo masculino. 13. Dê a estratigrafia do períneo feminino. 14. Cite os limites do espaço superficial do períneo. 15. Fale sobre a migração dos testículos. 16. Dê o conteúdo do funículo espermático. 17. Por que há um maior risco de varicocele no testículo esquerdo? 18. Identifique as camadas que formam a bolsa escrotal, e diga de quais estruturas essas camadas se originaram. 19. Descreva o caminho dos espermatozóides da sua formação até a fertilização. 20. Comente sobre as classificações das regiões da próstata. 21. Descreva as vias de disseminação do câncer de próstata, explicando como um câncer de próstata pode se disseminar para a coluna vertebral. 22. Quais são as porções da uretra masculina? 23. Esquematize cortes transversais do pênis na altura dos seguintes elementos: no meio do corpo, ao nível da circunferência proximal, no meio da glande e na extremidade distal da glande. 24. Descreva a vascularização e a drenagem linfática do pênis. 25. Comente sobre o priapismo. 26. Diga quais são os órgãos genitais externos femininos. 27. Fale sobre o fórnix da vagina. 28. Dê a vascularização do útero e da vagina. 29. Descreva a vascularização da genitália externa feminina. 10 30. O que é ligamento largo do útero? 31. Explique como uma infecção nas mulheres pode se tornar abdominal. 32. Cite os ligamentos responsáveis pela sustentação das vísceras pélvicas na mulher. MEMBRO SUPERIOR 1. Esquematize o úmero nas vistas anterior e posterior. 2. Esquematize a epífise distal do úmero em vista anterior, demonstrando os principais acidentes anatômicos. Aproveite para citar os músculos que se fixam nos epicôndilos lateral e medial, respectivamente. 3. Cite os ossos do carpo. 4. Classifique as articulações do membro superior. 5. Dê os limites dos espaços triangular e quadrangular da axila. 6. Dê a origem, a inserção e a ação dos músculos que compõem o manguito rotador. 7. Dê a origem, a inserção e a função de todos os músculos do braço. 8. Dê os limites e o conteúdo da fossa cubital. 9. Cite os limites e o conteúdo da “tabaqueira anatômica”. 10. Dê a irrigação arterial e a drenagem venosa do membro superior. 11. Fale sobre a drenagem linfática do membro superior. 12. Descreva a formação do plexo braquial e as manifestações clínicas das lesões que acometem-no. 13. O que lesões do nervo radial, ulnar e mediano causam, respectivamente? 14. Correlacione as colunas: A) Nervo mediano ( ) Músculo braquiorradial B) Nervo ulnar ( ) Músculo ancôneo C) Nervo radial ( ) Músculo pronador quadrado D) Nervo musculocutâneo ( ) Músculo palmar longo 15. Fale sobre a síndrome do desfiladeiro torácico. 11 16. Fale sobre a síndrome do túnel do carpo. 17. Quais são os principais músculos lesados quando alguém corta os pulsos? Se, ao cortar os pulsos, houver lesão do nervo mediano, quais são as manifestações clínicas? 18. Descreva dedo em gatilho. MEMBRO INFERIOR 1. Desenhe o fêmur na posição anatômica. 2. Esquematize a epífise proximal do fêmur, em vista anterior, demonstrando os principais acidentes anatômicos. Aproveite para citar os músculos que se fixam nos trocanteres do fêmur. 3. Dê os componentes, a origem, a inserção e a função do(a): a) Quadríceps Femoral b) Pata de Ganso (Pé Anserino) c) Jarrete 4. Dê os limites e o conteúdo do trígono femoral. 5. Diga os limites e o conteúdo do canal dos adutores. 6. Fale sobre a articulação do joelho. 7. Dê a irrigação arterial e a drenagem venosa do membro inferior. 8. Dê a drenagem linfática do membro inferior. 9. Esquematize a formação do plexo lombossacral (lombar + sacral). 10. Quais músculos são inervados pelas divisões do nervo isquiático? 11. Que estruturas passam no túnel do tarso? 12. Como ocorre a síndrome do túnel dotarso? Quais são suas consequências clínicas? CABEÇA/PESCOÇO 1. Cite quatro ossos do neurocrânio e quatro acidentes de cada um deles. 2. Dê sete acidentes do osso temporal e sete do esfenoide. 3. Defina normocéfalo, braquicéfalo e dolicocéfalo. 12 4. Classifique as fraturas de face. 5. Descreva a órbita com seus limites, conteúdos, e o que passa por seus forames, canais e fissuras. 6. Descreva a drenagem linfática da cabeça e do pescoço (linfonodos e respectivas regiões de drenagem). 7. Dê a origem e a inserção dos músculos da mastigação. 8. O músculo ECOM divide o pescoço em duas grandes regiões. Quais são elas? Indique seus limites. 9. Os trígonos da questão acima são novamente divididos. Indique os limites dessas divisões e o conteúdo desses novos trígonos. 10. Defina trígono esternoclavicular e indique seu conteúdo e seus limites. 11. Quais as estruturas observadas no corte transverso do pescoço na altura de C7? 12. Quais estruturas formam o feixe carotídeo? 13. A fáscia cervical é dividida em três folhetos ou lâminas. O que elas envolvem? 14. Por que no espaço retrofaríngeo-retroesofágico pode ocorrer disseminação de abscesso? 15. Defina seio carotídeo. 16. Cite as glândulas salivares e seus pontos de desembocadura. 17. Qual a delimitação da região parotídea? 18. Qual pode ser a principal complicação na retirada da parótida? 19. Defina os limites da cavidade bucal. 20. Caracterize a região do istmo das fauces. 21. Determine as principais funções da língua, além de suas divisões anatômicas. 22. Cite os músculos extrínsecos e intrínsecos da língua. 23. Descreva a vascularização e a drenagem linfática da língua. 24. Descreva a inervação da língua. 25. Quais os limites da cavidade nasal? 26. Quais são os seios paranasais e para onde eles drenam sua secreção? 13 27. Defina sinusite. 28. Esquematize um corte frontal da laringe evidenciando as principais regiões deste órgão. 29. Cite os músculos da laringe, com suas respectivas funções. 30. Cite os músculos intrínsecos da laringe e diga sua relação com as cordas vocais. 31. O que é cricotireotomia? 32. Diferencie laringostomia de traqueostomia. 33. Defina traqueostomia de urgência, extrema urgência e eletiva. 34. Indique o local onde é feita e a lesão que pode ocorrer (ver vantagens também) numa traqueostomia alta, média e baixa. 35. Dê a irrigação arterial da glândula tireoide. NEUROANATOMIA 1. Defina dermátomo e dê cinco exemplos. 2. Desenhe o corte transversal da medula espinhal. 3. Fale sobre os tipos de disrafismos. 4. Descreva a vascularização da medula. 5. Descreva as vias piramidal e extrapiramidais. 6. Defina lemnisco. 7. Descreva as vias neoespinotalâmica e paleoespinotalâmica. 8. Fale sobre a síndrome de hemissecção da medula. 9. Diga as manifestações clínicas de uma transecção da medula. 10. Defina siringomielia. 11. Um paciente, após ferimento por arma de fogo na coluna vertebral, apresenta alteração da sensibilidade à dor e à temperatura no membro inferior direito, e alteração da propriocepção consciente e da motricidade no membro inferior esquerdo. Que tipo de lesão medular justificaria o quadro descrito? Justifique do ponto de vista anatômico. 14 12. Diferencie o SN parasimpático do SN simpático. 13. Fale sobre os plexos hipogástricos. 14. Considerando a distribuição do SNA parassimpático, quais regiões do intestino poderiam ser afetadas por uma lesão do nervo vago? 15. Comente sobre os tipos de anestesia que têm relação com as meninges. 16. Como se dá a circulação liquórica? O que gera a hidrocefalia? 17. Dê a origem real, as origens aparentes e a função de todos os nervos cranianos, além do trajeto dos nervos facial e vago. 18. Diga o que ocorre em casos de lesão dos nervos oculomotor, troclear, abducente, óptico (desenho dos campos visuais) e facial. 19. Dê o trajeto do nervo óptico. 20. Descreva o trajeto, as estruturas inervadas, as principais lesões com manifestações clínicas e os exames para diagnosticar as lesões do único nervo craniano com origente aparente dorsal no tronco encefálico. 21. Correlacione as colunas: A. Nervo oculomotor ( ) Músculo oblíquo superior B. Nervo troclear ( ) Músculo oblíquo inferior C. Nervo abducente ( ) Músculo reto lateral D. Nervo trigêmeo ( ) Músculo orbicular do olho E. Nervo facial ( ) Músculo orbicular da boca 22. Correlacione as colunas: A) Nervo facial ( ) Músculo orbicular do olho B) Nervo trigêmeo ( ) Músculo masseter C) Nervo vago ( ) Músculo ECOM D) Nervo glossofaríngeo ( ) Músculo esterno-hióideo E) Nervo acessório ( ) Músculo omo-hióideo 23. Correlacione as colunas: A) Nervo oculomotor ( ) Músculo oblíquo superior B) Nervo troclear ( ) Músculo reto medial C) Nervo trigêmeo ( ) Músculo levantador da pálpebra D) Nervo abducente ( ) Músculo orbicular do olho E) Nervo facial ( ) Músculo reto lateral 15 24. Qual a função do nervo recorrente laríngeo? De qual par craniano ele se origina? 25. Desenhe o mesencéfalo (corte transversal). 26. Desenhe o cerebelo (corte transversal). 27. Descreva a vascularização do cerebelo. 28. Fale sobre o Polígono de Willis. 29. Dê a dicotomização da artéria cerebral média. 30. Esquematize o Circuito de Papez. 31. Diga os núcleos do tálamo e do hipotálamo. 32. Cite sete funções do hipotálamo. 33. Como podem ser divididas as fibras da substância branca cerebral? Quais as suas funções? 34. Dê a função, a lesão, a topografia e a irrigação dos núcleos da base. 35. Fale sobre as áreas visual, auditiva, vestibular e gustativa, no telencéfalo. 36. Comente sobre as afasias, indicando as áreas afetadas e as implicações de cada uma delas. 16 GABARITO ANATOMIA GERAL 1. Defina: a) Paquimeria: Divisão axial do corpo em dois tubos (ventral / dorsal); um tubo é posterior (tubo neural) e o outro é anterior (tubo visceral) e correspondem aos paquímeros posterior e anterior, respectivamente. b) Anomalia: Alteração da forma prejudicando a função. Ex: Hidrocefalia c) Variação: Alteração na forma sem prejudicar a função. Ex: Duas Aa. braquiais d) Monstruosidade: Alteração incompatível com a vida. Ex: Ciclopia e) Circulação colateral: Circulação que se forma por vias secundárias quando é interrompido o conduto principal. f) Cúspide: Ápice; extremidade aguda; cume, vértice (refere-se à válvula). g) Plano: Plano imaginário que atravessa o corpo na posição anatômica, tendo a função de descrever um corte. As descrições anatômicas baseiam-se, principalmente, nos planos sagitais, frontais, transversos e mediano. h) Eixo: Linha imaginária que atravessa os planos do corpo perpendicularmente para possibilitar movimentos. i) Normolíneo: Indivíduo de estatura normal, ângulo de Charpy (ângulo formado entre as duas últimas costelas) aproximadamente igual a 90°. j) Brevelíneo: Indivíduo de baixa estatura, ângulo de Charpy maior que 90°. k) Longilíneo: Indivíduo de alta estatura, ângulo de Charpy menor que 90°. l) Circundução: Combinação sucessiva de movimentos articulares (flexão, abdução, extensão e adução) de um segmento. m) Antimeria:Princípio pelo qual o corpo humano é construído por duas metades aparentemente simétricas. n) Estratimeria: Divisão do corpo em camadas que se superpõem. o) Trígono da Ausculta: Pequena abertura triangular na musculatura, delimitada pela margem horizontal superior do M. latíssimo do dorso, pela margem medial da escápula e pela margem inferolateral do M. trapézio; é um bom lugar para se auscultar segmentos posteriores do pulmão com um estetoscópio. p) Carina: Local da bifurcação da traquéia nos brônquios principais. q) Metameria: Superposição, no sentido longitudinal, de segmentos semelhantes, cada segmento correspondendo a um metâmero. Exs: coluna vertebral e caixa torácica. r) Minimalidade: Reconhecimento da unidade morfofisiológica, o ”minimal” em diversos órgãos. O “minimal” é a unidade definida como a menor parte de um órgão que representa a morfologia do órgão inteiro e, portanto, da sua função. s) Díploe: Camada de tecido ósseo esponjoso situada entre as duas lâminas de tecido compacto nos ossos chatos, normalmente no crânio. t) Fratura de Jefferson: fratura de um ou de ambos os arcos (anterior e posterior) do atlas (vértebra C1); pode haver também ruptura do ligamento transverso. u) Fratura do Enforcado: fratura do dente do áxis; resulta da hiperextensão da cabeça sobre o pescoço. v) Músculos Cuticulares: músculo que têm a pele (cútis) como uma de suas fixações. Também são chamados de músculos da mímica. 2. Dê as características da articulação sinovial. As articulações sinoviais podem apresentar todos ou alguns dos seguintes componentes: Superfícies ósseas articulares - pontos de contato entre as extremidades ósseas que se articulam 17 Cartilagem articular - cartilagem hialina que reveste as superfícies ósseas articulares, tornando-as lisas, polidas e de cor esbranquiçada; representam a porção do osso que não foi invadida pela ossificação. A cartilagem articular é avascular e, em caso de lesões, ela não se regenera, ocorrendo artrose, condição na qual pode ocorrer, com o passar do tempo, atrito e desgaste ósseo Cápsula articular - envoltório que se prende aos ossos que se articulam; delimita a cavidade articular, que é o espaço virtual, onde se localiza o líquido sinovial. A cápsula é formada por dois estratos: um externo - estrato fibroso - constituído por feixes de tecido fibroso branco, sendo considerado o principal meio de união da articulação; um interno - estrato sinovial - que é a membrana sinovial Membrana sinovial - tecido conjuntivo vascularizado que forra a superfície interna da cápsula articular, mas que não reveste a cartilagem articular. É responsável pela produção do líquido sinovial, que lubrifica a articulação e nutre a cartilagem articular Ligamentos - feixes fibrosos que reforçam, em alguns pontos, a porção fibrosa ou externa da cápsula articular. Os ligamentos e a cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos; além disso, impedem os movimentos indesejados e limitam - bem como os músculos e as superfícies ósseas articulares - a amplitude dos movimentos normais Lábio articular - fibrocartilagem que se dispõe no contorno de uma cavidade, permitindo um melhor ajuste ósseo. Só encontramos lábio articular nas junturas do ombro e do quadril) Menisco - estrutura fibrocartilaginosa, com formato semilunar, que age como estabilizador, absorvendo choques. Também facilita a lubrificação da articulação e a nutrição da cartilagem articular, devido ao fato de que ele permite uma melhor distribuição do líquido sinovial. Este elemento encontra-se somente na articulação do joelho e, quando lesado, não se regenera Disco - estrutura fibrocartilaginosa, de forma circular, muito semelhante ao menisco, que serve para melhor adaptação das estruturas que se articulam, mas também funciona como amortecedor destinado a receber violentas pressões; encontra-se na articulação esternoclavicular e na articulação temporomandibular 3. Monte um esquema classificando todos os tipos de articulações, exemplificando-os. ARTICULAÇÕES FIBROSAS (SINARTROSES) o Suturas Planas (Ex: sutura internasal) Serreadas (Ex: sutura sagital) Escamosas (Ex: sutura parietotemporal) Esquindileses (Ex: articulação entre o vômer e o esfenoide) 18 o Sindesmoses (Ex: articulação tibiofibular distal) o Gonfoses (Alvéolos) (Ex: articulações fixando os dentes nas arcadas dentárias superior e inferior) ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS o Primárias (Sincondroses) (Ex: sincondrose esfeno-occipital) o Secundárias (Sínfises) (Ex: sínfise púbica) ARTICULAÇÕES SINOVIAIS o Planas uniaxiais (Ex: articulação acromioclavicular) o Gínglimos uniaxiais (Ex: articulações interfalangeanas) o Trocoides uniaxiais (Ex: articulação atlantoaxial mediana) o Selares biaxiais (Ex: articulação carpometacarpal) o Elipsóideas (condilares) biaxiais (Ex: articulação temporomandibular) o Esferóideas multiaxiais (Ex: articulação do quadril) 4. Descreva as seguintes articulações: a) Sacroilíaca: articulação sinovial do tipo plana (anteriormente) / sindesmose (posteriormente) b) Disco intervertebral: articulação cartilagínea do tipo sínfise c) Escápulo-Umeral: articulação sinovial esferóidea multiaxial d) Internasal: articulação fibrosa do tipo sutura plana e) Zigoapofisária: articulação sinovial do tipo plana uniaxial 5. Explique a classificação dos ossos. OSSOS LONGOS: o comprimento é maior do que a largura e a espessura. Possuem duas extremidades, as epífises proximal e distal, separadas pela diáfise (corpo). Possuem um canal medular em seu interior, englobado pela medula óssea. Ex: fêmur, ulna, falanges, metatarsos, metacarpos OSSOS CURTOS: são cuboides Ex: ossos que compõem o tarso (tornozelo) e o carpo (punho) OSSOS PLANOS (LAMINAIS): possuem espessura fina; geralmente têm função protetora. Ex: escápula, ossos planos do crânio OSSOS PNEUMÁTICOS: posuem cavidades com ar em seu interior, que são revestidas por mucosa e podem inflamar (sinusite); os seios da face são responsáveis pelo equilíbro da pressão nos ossos do crânio. Ex: maxilar, frontal, esfenoide, etmoide OSSOS IRREGULARES: têm diversos outros formatos, ditos “irregulares” por não se encaixarem nas classificações supracitadas. Ex: vértebras, ossos da face OSSOS SESAMOIDES: desenvolvem-se em alguns tendões, sendo encontrados nos lugares onde os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos membros. Estes ossos protegem os tendões contra o desgaste excessivo e, muitas vezes, modificam seu ângulo. Ex: patela OSSOS EXTRANUMERÁRIOS (SUPRANUMERÁRIOS): não estão presentes em todos os indivíduos. Ex: polidactilia (anomalia anatômica); ossos intersuturais (variações anatômicas) 19 6. Dê 3 exemplos de variação, 3 de anomalia e 2 de monstruosidade. VARIAÇÕES: duplicação da A. braquial / osso intersutural / presença do M. piramidal ANOMALIAS: hidrocefalia / polidactilia / lábio leporino MONSTRUOSIDADES: ciclopia / agenesia encefálica TÓRAX 1. Descreva as câmaras do coração. O coração é dividido em duas metades, direita e esquerda, por um septo longitudinal. Cada metade consiste de duas câmaras: um átrio, que recebe o sangue das veias (câmara de recepção), e um ventrículo, que impulsiona o sangue para o interior das artérias (câmara de ejeção). Na parte externa, os átrios são demarcados dos ventrículos pelo sulco coronário (atrioventricular) e os ventrículos dieito e esquerdo são separados pelos sulcos interventricularesanterior e posterior. ÁTRIO DIREITO O átrio direito forma a margem direita do coração e recebe sangue venoso da VCS, da VCI e do seio coronário. A aurícula direita, semelhante a uma orelha, é uma bolsa muscular que se projeta do átrio direito como uma câmara adicional, aumenando sua capacidade. Seio das Veias Cavas: parte posterior lisa, de paredes finas, onde se abrem as veias cavas e o seio coronário, que levam até o coração sangue pouco oxigenado. Músculos Pectíneos: formam a parede anterior rugosa do interior do átrio direito. Óstio Atrioventricular Direito: através dele, o átrio direito transfere para o ventrículo direito o sangue pouco oxigenado que recebe. Óstio do Seio Coronário: tronco venoso curto que recebe a maioria das veias cardíacas; situa-se entre o óstio atrioventricular direito e o óstio da VCI. As partes lisa e áspera da parede atrial são separadas externamente por um sulco vertical superficial, o sulco terminal; e, internamente, por uma crista vertical, a crista terminal. O septo interatrial, que separa os átrios esquerdo e direito, tem uma depressão oval, denominada fossa oval. VENTRÍCULO DIREITO O ventrículo direito forma a maior parte da face esternocostal do coração, uma pequena parte da face diafragmática e quase toda a margem inferior do coração. Superiormente, afila-se e forma um cone arterial (infundíbulo), o qual conduz o sangue ao tronco pulmonar. Trabéculas Cárneas: elevações musculares irregulares presentes em seu interior Crista Supraventricular: crista muscular espessa que separa a parede muscular rugosa (parte de entrada) da parede lisa do cone arterial (parte de saída) A valva atrioventricular direita (tricúspide) protege o óstio atrioventricular direito. As cordas tendíneas fixam-se às válvulas anterior, posterior e septal; elas se originam dos ápices dos músculos papilares, que são 20 projeções musculares com bases fixadas à parede ventricular. Essa organização impede a regurgitação (fluxo retrógrado) de sangue do ventrículo para o átrio. M. Papilar Anterior: origina-se da parede anterior do ventrículo direito; suas cordas tendíneas se fixam nas válvulas anterior e posterior. M. Papilar Posterior: origina-se da parede inferior do ventrículo direito; suas cordas tendíneas se fixam nas válvulas posterior e septal. M. Papilar Septal: origina-se do septo interventricular; suas cordas tendíneas se fixam nas válvulas anterior e septal. Trabécula Septomarginal (Banda Moderadora): feixe muscular curvo que atravessa o ventrículo direito da parte inferior do septo interventricular até a base do M. papilar anterior; faz parte do complexo estimulante do coração. ÁTRIO ESQUERDO Aurícula Esquerda: parte trabeculada que contém músculos pectíneos; representa os remanescentes da parte esquerda do óstio primitivo Paredes lisas (com exceção da aurícula) Quatro veias pulmonares (duas superiores e duas inferiores) entram em sua parede posterior lisa O septo interatrial contém a depressão semilunar. Óstio Atrioventricular Esquerdo: através dele, o átrio esquerdo transfere o sangue oxigenado que recebe das veias pulmonares para o ventrículo esquerdo. VENTRÍCULO ESQUERDO O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração, quase toda sua face esquerda (pulmonar) e a maior parte da face diafragmática. Como a pressão arterial é muito maior na circulação sistêmica do que na pulmonar, o ventrículo esquerdo trabalha mais do que o direito; possui, assim, paredes mais espessas, cobertas principalmente por uma tela de trabéculas cárneas. Além disso, seus Mm. papilares anterior e posterior (não há septal) são maiores. Vestíbulo da Aorta: parte de saída superoanterior de parede fina, levando o sangue ao óstio da aorta e à valva da aorta. 2. Explique os ramos, o trajeto e a origem das coronárias. O coração é irrigado pelas artérias coronárias direita e esquerda, que nascem dos seios aórticos e correm ao longo de sua superfície externa, com trajeto pelo epicárdio. A. CORONÁRIA DIREITA (ACD) Origina-se do seio aórtico direito da parte ascedente da aorta e passa para o lado direito do tronco pulmonar, seguindo o sulco coronário. Perto de sua origem, a ACD geralmente emite um ramo do nó sinoatrial (60% dos casos), que ascende e irriga o nó sinoatrial. A ACD então desce no sulco coronário e emite o ramo marginal direito, o qual irriga a margem direita do orgão. Após emitir esse ramo, a ACD continua no sulco coronário até a face posterior do coração. Na crux cordis (“cruz do coração” – junção dos quatro sulcos da região posterior do coração), a ACD dá origem ao ramo do nó atrioventricular, que irriga a estrutura homônima. OBS: O domínio do sistema arterial coronário é definido pela artéria que dá origem ao ramo interventricular posterior (A. descendente posterior). O domínio da A. coronária direita é mais comum (cerca de 67% dos casos). Esse ramo irriga áreas adjacentes de ambos os ventrículos e envia ramos interventriculares septais perfurantes para o septo interventricular. 21 A. CORONÁRIA ESQUERDA (ACE) Origina-se no seio aórtico esquerdo da parte ascendente da aorta e passa entre a aurícula esquerda e o lado esquerdo do tronco pulmonar. Quando entra no sulco coronário, a ACE divide-se em dois ramos: Ramo interventricular anterior: segue ao longo do sulco interventricular até o ápice do coração, onde costuma se anastomosar com o ramo interventricular posterior. Este ramo supre partes adjacentes de ambos os ventrículos, bem como os dois terços anteriores do septo interventricular, através de ramos interventriculares septais. Em muitos indivíduos, dá origem ao ramo lateral (A. diagonal), que desce sobre a face esternocostal do coração Ramo circunflexo da ACE: acompanha o sulco coronário ao redor da margem esquerda até a face posterior do coração. Seu ramo marginal esquerdo acompanha a margem esquerda do coração e supre o ventrículo esquerdo. Origina o ramo do nó sinoatrial (40% dos casos) 3. Paciente de 70 anos apresentou infarto agudo do miocárdio. Realizou coronariografia que evidenciou obstrução total da artéria interventricular anterior, próximo ao ápice do coração (descendente anterior). Com base em seus conhecimentos anatômicos, explique a circulação nesta região que evitou a morte do paciente. Nessa região ocorre a anastomose entre a A. interventricular anterior (ramo da A. coronária esquerda) e a A. interventricular posterior (ramo da A. coronária direita), com isso há uma circulação colateral entre as duas artérias coronárias, evitando a morte do paciente. 4. Quais são os focos de ausculta cardíaca? Onde se projetam na parede torácica? Descreva as características de uma valva atrioventricular. 22 As características de uma valva atrioventricular são: - Cordas tendíneas - Músculos papilares (deles saem as cordas tendíneas, que se ligarão à valva) - Válvulas (podem ser 3, no caso da valva tricúspede; ou 2, no caso da valva mitral) - Anel fibroso (tecido conjuntivo denso; faz parte do esqueleto do coração) - Óstio (entre as válvulas, quando está aberto, permite a passagem de sangue) 5. Uma menina de 7 anos foi ao médico e ao realizar a ausculta do ápice do coração o médico não conseguiu ouvir som algum. Que patologia poderia explicar esse fenômeno? Como o médico poderia fazer para auscultar o ápice do coração desta menina? Essa menina possivelmente possui dextrocardia. Ele poderia realizar a ausculta apical (mitral) no 5º EICD, na linha hemi-clavicular. 6. Descreva a drenagemvenosa do coração. O coração é drenado por veias que desembocam no seio coronário (o qual desemboca no átrio direito) e por pequenas veias que desembocam diretamente no interior das cavidades cardíacas. O seio coronário é um tronco que se situa no sulco coronário, entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo, e termina no átrio direito (no óstio do seio coronário, provido da válvula do seio coronário ou de Tebésio), entre o óstio da veia cava inferior e o óstio atrioventricular. O seio coronário recebe as seguintes veias: V. magna do coração (V. interventricular anterior): começa perto do ápice do coração, ascende no sulco interventricular anterior, recebe a veia marginal esquerda (que drena a margem esquerda do coração) e continua como seio coronário V. média do coração (V. interventricular posterior): sobe pelo sulco interventricular posterior; pode receber as veias posteriores do ventrículo esquerdo V. cardíaca parva: drena a margem direita do ventrículo direito; pode receber a veia marginal direita V. oblíqua do átrio esquerdo (V. de Marshall): veia pequena e rudimentar da parede posterior do átrio esquerdo, que se funde à V. cardíaca magna para formar o seio coronário 7. Explique o que é, onde se localiza e por onde passa o sistema de condução do coração. O complexo estimulante do coração gera e transmite os impulsos que produzem as contrações coordenadas do ciclo cardíaco. O NÓ SINOATRIAL está localizado logo abaixo do epicárdio, na junção da VCS com o átrio direito, perto da extremidade superior do sulco terminal. Ele é o marca-passo do coração: inicia e controla os impulsos para as contrações cardíacas. O sinal de contração do nó sinoatrial propaga-se miogenicamente (através da musculatura) para ambos os átrios. 23 O NÓ ATRIOVENTRICULAR está localizado na região posteroinferior do septo interatrial, perto da abertura do seio coronário. Quando o sinal chega ao nó AV, ele o distribui para os ventrículos através do FASCÍCULO ATRIOVENTRICULAR (FEIXE DE HIS), o qual se divide em ramos direito e esquerdo na junção das partes membranácea e muscular do septo interventricular. Esses ramos prosseguem profundamente ao endocárdio e depois se ramificam em ramos subendocárdicos (FIBRAS DE PURKINJE), que se estendem até as paredes dos respecticos ventrículos. 8. Paciente com pericardite aguda necessita realizar pericardiocentese de urgência. Onde a agulha pode ser inserida? Quais as complicações desse procedimento? Descreva a anatomia e cite as funções do pericárdio. Pericardiocentese é a drenagem do líquido da cavidade pericárdica através de punção com agulha de grosso calibre. A agulha pode ser inserida abaixo do apêndice xifoide (cerca de 0,5cm à esquerda do apêndice xifoide e 1cm abaixo do rebordo costal). Pode haver uma série de complicações: * Tamponamento cardíaco (quando o pericárdio fibroso se torna consistente e sem elasticidade, devido ao fato de o volume de líquido externo ao coração aumentar, pressionando o pericárdio externamente) * Laceração hepática * Pneumotórax * Pneumopericárdio *Edema pulmonar * Laceração do miocárdio ou da artéria coronária * Arritmias O pericárdio é uma membrana fibrosserosa que cobre o coração e o início de seus grandes vasos. Ele consiste em um saco fechado formado por duas camadas. A camada externa resistente, o pericárdio fibroso, é contínua com o centro tendíneo do diafragma. A superfície interna do pericárdio fibroso é revestida por uma membrana serosa brilhante, a lâmina parietal do pericárdio seroso. Essa lâmina é refletida sobre o coração como a lâmina visceral do pericárdio seroso (forma o epicárdio). Sua porção serosa é composta principalmente por mesotélio. Funções: - Fixar o coração - Permitir que o coração tenha o movimento livre necessário para seus movimentos sistólicos e diastólicos (devido à fina camada de líquido entre as lâminas do pericárdio seroso) - Proteger o coração contra o superenchimento súbito 9. Quais são os ramos da A. aorta torácica? Ramos Viscerais: Pericárdicos, Bronquiais, Esofágicos e Mediastinais Ramos Parietais: Intercostais posteriores, Subcostais e Frênicos Superiores 24 10. Quais são os ramos e subramos do arco aórtico? Tronco Braquiocefálico A. Carótida Comum Direita e A.Subclávia Direita A. Carótida Comum Esquerda A. Carótida Interna e A. Carótida Externa A. Subclávia Esquerda A. Axilar, A. Vertebral, Tronco tireocervical, Tronco costocervical e A. Torácica Interna 11. O que é síndrome do roubo da subclávia? A síndrome do roubo da subclávia refere-se a uma desordem vascular na qual ocorre inversão do fluxo de sangue da A. vertebral ipsilateral, decorrente de uma estenose proximal à sua origem, geralmente uma oclusão da A. subclávia ou, mais raramente, do tronco braquiocefálico. Com a redução da pressão na A. subclávia distalmente à obstrução, o sangue flui anterogradamente pela A. vertebral contralateral, chega à A. basilar e desce retrogradamente pela A. vertebral ipsilateral, ofertando circulação colateral para a membro superior. O suprimento sanguíneo, contudo, é sequestrado do sistema basilar, podendo comprometer o fluxo sanguíneo encefálico. 25 12. Cite cinco veias do sistema cava superior. V. subclávia V. braquiocefálica V. jugular interna V. jugular externa V. jugular anterior 13. Como é feita a circulação cava-cava quando ocorrem obstruções da veia cava superior acima e abaixo da veia ázigos? Explique também o que ocorre em casos de obstrução da veia cava inferior. Obstruções da VCS Se a VCS for obstruída acima da V. ázigos, o sangue da cabeça e do pescoço poderá ser drenado para os plexos vertebrais, destes para o sistema ázigos e deste para a VCS, abaixo da obstrução, indo ao coração. Neste exemplo, outra via alternativa é o canal toracoepigástrico: o sangue pode fluir pelas veias da parede do tronco, em direção descendente, e atingir as Vv. ilíacas e VCI, retornando ao coração. Se a VCS for obstruída abaixo da V. ázigos (entre a V. ázigos e o átrio direito) o problema é mais grave porque, neste caso, o canal toracoepigástrico -VCI será a única via de retorno disponível do sangue da região superior do corpo. Obstruções da VCI As obstruções da VCI também não impedem o retorno venoso: o sangue pode atingir a VCS fluindo por veias da parede do tronco, em direção ascendente (canal toracoepigástrico) ou através do sistema ázigos com plexos vertebrais (canal do sistema ázigos) 14. Quais são as regiões do corpo drenadas pelo ducto torácico? O ducto torácico drena recebe a drenagem linfático de todo o corpo, exceto seu quadrante superior direito, isto é, lado direito da cabeça, pescoço e tórax, além do membro superior direito; estes são drenados pelo ducto linfático direito. 15. Dê os limites do mediastino, sua divisão e o conteúdo de cada porção. Mediastino é a parte da cavidade torácica que não contém os pulmões e as pleuras, ou seja, o mediastino é o intervalo entre as duas pleuras. DIVISÕES DO MEDIASTINO -Mediastino médio: contém o pericárdio, o coração, as porções imediatamente adjacentes dos grandes vasos (A. aorta ascendente, tronco pulmonar e veias pulmonares), os brônquios principais e outras estruturas das raízes dos pulmões, os nervos frênicos. -Mediastino anterior: situa-se na frente do pericárdio e atrás do esterno, sendo seu principal componente o timo (que também ocupa a porção anterior do mediastinosuperior), além de pequenos vasos, tecidos conjuntivo e adiposo. -Mediastino posterior: situa-se posteriormente ao pericárdio; contém o esôfago com os nervos vagos, a A. aorta torácica (descendente), o ducto torácico e troncos simpáticos. -Mediastino superior: situa-se acima do pericárdio. Contém posteriormente o esôfago, o ducto torácico e a traquéia, anteriormente o timo (ou seu remanescente) e no meio os grandes vasos relacionados ao coração (como o arco aórtico). 26 OBS: Os mediastinos anterior, médio e posterior são subdivisões do mediastino inferior, situado entre o plano transverso do tórax (T4/T5) e o diafragma. LIMITES DO MEDIASTINO Superiormente: abertura superior do tórax Inferiormente: diafragma Anteriormente: esterno; cartilagens costais Posteriormente: corpos das vétebras torácicas 16. Cite as doenças mais comuns que acometem o mediastino. 4 T´s: Timoma “Terrível” linfoma Teratoma “Tireoide mergulhante” (bócio da tireoide) 17. Diferencie, anatomicamente, o pulmão direito do esquerdo. DIREITO ESQUERDO 2 Fissuras 1 Fissura 3 Lobos 2 Lobos Hilo pulmunar: B-A-V Hilo pulmonar: A-B-V Comprimento menor Comprimento maior Largura maior Largura menor Brônquio verticalizado, curto e largo Brônquio horizontalizado, longo e fino 18. Esquematize a ramificação brônquica. Brônquios Principais (primários) Brônquios Lobares (secundários) Brônquios Segmentares (terciários) Bronquíolos Bronquíolo Terminal Bronquíolo Respiratório Ducto Alveolar Saco Alveolar 27 19. O que são segmentos broncopulmonares? Os segmentos broncopulmonares são: As maiores subdivisões de um lobo Segmentos piramidais do pulmão, com seus ápices voltados para a raiz do pulmão e suas bases na superfície pleural Separados dos segmentos adjacentes por septos de tecido conjuntivo Supridos independentemente por um brônquio segmentar e um ramo arterial pulmonar terciário Nominados de acordo com o brônquio segmentar que os supre Drenado por partes intersegmentares das veias pulmonares que estão situadas no tecido conjuntivo interposto e drenam segmentos adjacentes Cirurgicamente ressecáveis 20. Dê a segmentação broncopulmonar. PULMÃO DIREITO - Lobo Superior o Apical o Posterior o Anterior - Lobo Médio o Lateral o Medial - Lobo Inferior o Superior o Basilar Medial o Basilar Posterior o Basilar Lateral o Basilar Anterior PULMÃO ESQUERDO - Lobo Superior o Apicoposterior (pode ser dividido em apical e posterior) o Anterior o Lingular Superior o Lingular Inferior - Lobo Inferior o Superior o Basilar Anteromedial (pode ser dividido em basilar anterior e basilar medial) o Basilar Posterior o Basilar Lateral 21. Quais as diferenças anatômicas existentes entre as costelas? Costelas Verdadeiras (Vertebrocostais): fixam-se diretamente ao esterno através de suas próprias cartilagens costais 1ª – 7ª costelas Costelas Falsas (Vertebrocondrais): suas cartilagens unem-se às cartilagens das costelas acima; portanto, a conexão com o esterno é indireta 8ª – 10ª costelas Costelas Flutuantes (Vertebrais/ Livres): as cartilagens dessas costelas não têm conexão, nem mesmo indireta, com o esterno; terminam na musculatura abdominal posterior 11ª e 12ª costelas 28 As costelas 3 a 9 são consideradas típicas, possuindo colo, tubérculo e corpo. As costelas atípicas possuem peculiaridades: 1ª Costela: é a mais curta, mais larga e mais curva das 7 costelas verdadeiras. Tem apenas uma face articular para articulação com T1. 2ª Costela: tem um corpo mais fino, menos curvo e bem mais longa do que a 1ª costela; sua cabeça tem duas faces para articulação com as fóveas costais de T1 e T2. Sua principal característica atípica é a presença de uma área rugosa em sua superfície superior, a tuberosidade do M. serrátil anterior. 10ª Costela: assim como a 1ª, tem apenas uma face articular em sua cabeça. 11ª e 12ª Costelas: têm apenas uma face articular em sua cabeça; além disso, são curtas e não possuem colo nem tubérculo. 22. Cite cinco músculos acessórios da respiração. Dê a origem e a inserção de pelo menos três deles. Inspiração: quadrado lombar, ECOM, escalenos, intercostais externos e porção intercondral dos intercostais internos e Serrátil póstero–superior. Expiração: intercostais internos, reto abdominal, oblíquo externo, oblíquo interno, transverso do abdome e serrátil póstero–inferior. M. Transverso do Abdome ORIGEM Sínfise púbica Crista púbica INSERÇÃO Processo xifoide 5ª-7ª cartilagens costais M. Oblíquo Externo ORIGEM: superfície interna das 8 costelas inferiores INSERÇÃO: lábio externo da crista ilíaca M. Oblíquo Interno ORIGEM: aponeurose toracolombar INSERÇÃO Margens inferiores das 10ª-12ª costelas Bainha dos retos Púbis 29 23. Desenhe ou descreva o músculo diafragma, identificando suas principais estruturas. O diafragma possui duas porções, uma muscular e uma aponeurótica (centro tendíneo). A porção muscular é dividida em esternal, lombar e costal. Existem três orifícios no diafragma: forame da veia cava inferior, hiato aórtico (este, na verdade, não perfura o diafragma) e hiato esofágico. Este músculo é o marco anatômico de divisão do tórax e abdome. Possui um trígono lombocostal (de Bochdalek) e um trígono esternocostal (de Morgagni), pelos quais pode haver herniações. VISTA INFERIOR 24. Descreva o trajeto da secreção mamária (leite). Os ductos lactíferos dão origem a brotos que formam os lóbulos (parênquima – substância funcional) da glândula mamária. Cada lóbulo é drenado por um ducto lactífero, esses ductos convergem e tem aberturas independentes. Cada ducto tem uma parte dilatada, situada profundamente à aréola, que é o seio lactífero, no qual uma pequena gotícula de leite se acumula ou permanece na lactante. Quando o lactente começa a sugar, a compressão da aréola (e do seio lactífero, consequentemente) expele as gotículas acumuladas e estimula o bebê a continuar mamando enquanto ocorre o reflexo de ejeção do leite, mediado por hormônios. TRAJETO: lóbulos da glândula mamária (onde o leite é produzido) ductos lactíferos seio lactífero (posteriormente à aréola, onde o leite se acumula) 30 25. Defina amastia, politelia e telotismo. AMASTIA: não desenvolvimento da mama POLITELIA: desenvolvimento de papila(s) mamária(s) acima ou abaixo das mamas normais TELOTISMO: manobra de estimulação do mamilo 26. Como é feita a drenagem linfática da mama? A maior parte da linfa dos quadrantes laterais da mama drena para linfonodos axilares, inicialmente para o grupo peitoral (anterior). No entanto, parte da linfa pode drenar diretamente para outros linfonodos axilares ou para linfonodos interpeitorais, deltopeitorais, supraclaviculares ou cervicais profundos inferiores. A linfa dos quadrantes mediais drena para os linfonodos paraesternais ou para a mama oposta. A linfa dos linfonodos axilares drena para os linfonodos claviculares (supra e infraclaviculares) e daí para o tronco linfático subclávio, o qual também drena o membro superior. Os linfonodos paraesternais drenam para os troncos linfáticos broncomediastinais, que também drenam vísceras torácicas. Esses troncos linfáticos originam os ductos linfáticos direito e esquerdo. 27. Explique comoum câncer de mama pode desenvolver metástase para a mama oposta. Como a maior parte da drenagem linfática da mama se faz para os linfonodos axilares, eles são o local mais comum de metástase de um câncer de mama; entretanto, a metástase pode ocorrer para linfonodos infraclaviculares e supraclaviculares; ou as células do câncer de mama podem invadir os linfonodos interpeitorais. Sendo assim, como a principal via de metástase do câncer ocorre por meio dos linfonodos (via linfática), opta-se pela linfadenectomia total, pois pode haver metástase para a mama contralateral por conta da comunição dos linfonodos torácicos internos de um lado com o outro. 28. Dê os limites e o conteúdo da região axilar. Limites ANTERIORMENTE M. peitoral maior M. peitoral menor POSTERIORMENTE M. grande dorsal M. subescapular MEDIALMENTE M. serrátil anterior Musculatura intercostal 31 LATERALMENTE: sulco intertubercular do úmero SUPERIORMENTE: abertura superior do tórax (1ª costela, clavícula e margem superior da escápula) INFERIORMENTE Pele côncava Tela subcutânea Fáscia da axila Conteúdo plexo braquial A, braquial e seus ramos A. axilar e seus ramos V. axilar grande número de linfonodos 29. Disserte sobre os linfonodos axilares. Os linfonodos axilares dividem-se, principalmente, em cinco grandes grupos: 1) Grupo Apical (Subclávio): recebe a linfa de todos os outros linfonodos da axila 2) Grupo Anterior (Peitoral): situado ao longo dos vasos torácicos laterais; drena a parede torácica anterior da mama 3) Grupo Lateral (Umeral): seus linfonodos estão ao longo da porção posterior da V. axilar, e drenam a maior parte do mediastino superior 4) Grupo Central: sem conexões com vasos sanguíneos; recebe a linfa e manda para o grupo apical 5) Grupo Posterior (Subescapular): acompanha os vasos subescapulares, drenando a porção posterior da parede torácica da mama DORSO 1. Explique detalhadamente as curvaturas primárias e secundárias da coluna e fale sobre hipercifose, hiperlordose e escoliose. Curvaturas primárias são aquelas com as quais as pessoas já nascem; são côncavas anteriormente e convexas posteriormente. Curvaturas secundárias se desenvolvem ao longo da vida; são convexas anteriormente e côncavas posteriormente. HIPERCIFOSE: Aumento anormal da curvatura primária torácica, provocando a chamada “corcunda”. HIPERLORDOSE: Caracterizada por uma inclinação anterior da pelve, com aumento da extensão das vértebras lombares, o que acarreta um aumento anormal da curvatura secundária lombar. ESCOLIOSE: Curvatura lateral anormal acompanhada por rotação das vértebras. 32 2. Cite quatro diferenças entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares. 3. Dê as características de uma vértebra cervical típica. 33 4. Dê sete acidentes de uma vértebra torácica típica. - Face articular costal - Arco vertebral - Lâmina - Processo articular superior - Processo articular inferior - Corpo vertebral - Processo espinhoso 5. Descreva e desenhe o sacro nas suas faces anterior e posterior. O sacro resulta de cinco vértebras sacrais fundidas, em adultos. Está situado entre os ossos do quadril e forma o teto e a parede posterossuperior da metade posterior da cavidade pélvica. Seu formato triangular resulta da diminuição do tamanho das massas laterais das vértebras sacrais durante o desenvolvimento. FUNÇÕES: Garante resistência e estabilidade à pelve Transmite o peso do corpo ao cíngulo do membro inferior Canal Sacral: continuação do canal vertebral no sacro; ele contém a cauda equina, feixe de raízes dos nervos espinhais que desce após o término da medula espinhal. Forames Sacrais Anteriores: por eles passam os ramos anteriores dos nervos espinhais. Forames Sacrais Posteriores: por eles passam os ramos posteriores dos nervos espinhais. Base do Sacro: formada pela superfície superior de S1; seus processos articulares superiores articulam-se com os processos articulares inferiores de L5. Promontório Sacral: margem do corpo de S1 projetada anteriormente; importante ponto de referência obstétrico. Ápice do Sacro: extremidade inferior afilada; tem uma face oval para a articulação com o cóccix. FACE PÉLVICA: lisa e côncava; quatro linhas transversas indicam o local de fusão das vértebras sacrais. FACE DORSAL: rugosa, convexa e representada por cinco cristas longitudinais proeminentes: o Crista sacral mediana (processos espinhosos fundidos) o Cristas sacrais mediais/intermédias (processos articulares fundidos) o Cristas sacrais laterais (processos transversos fundidos) Hiato Sacral: resulta da ausência das lâminas e do processo espinhoso de S5 e, às vezes, de S4. Cornos Sacrais: representam os processos articulares inferiores de S5, projetam-se inferiormente de cada lado do hiato sacral. SUPERFÍCIE LATERAL: assemelha-se a uma aurícula, sendo chamada de face auricular. 34 6. Classifique as articulações da coluna vertebral. Articulações dos corpos vertebrais (discos IV) – SÍNFISES Articulações dos processos articulares (zigoapofisárias) – SINOVIAIS PLANAS (UNIAXIAIS) Articulações atlantoccipitais – SINOVIAIS CONDILARES (BIAXIAIS) Articulação atlantoaxial mediana – SINOVIAL TROCÓIDE (UNIAXIAL) Articulações atlantoaxiais laterais – SINOVIAIS PLANAS (UNIAXIAIS) 7. Fale sobre os ligamentos presentes na coluna vertebral. Ligamento Transverso do Atlas: estende-se de uma massa lateral do atlas até a outra, passando entre o dente do áxis e a medula espinhal; assim, impede o deslocamento posterior do dente e o deslocamento anterior do atlas. Qualquer deslocamento comprometeria a parte do forame vertebral de C1 que dá passagem à medula espinhal. Ligamento Longitudinal Anterior: cobre e une as faces anterolaterais dos corpos vertebrais e discos IV; embora seja mais espesso na face anteior dos corpos vertebrais, esse ligamento também cobre as faces laterais dos corpos até o forame IV. Impede a hiperextensão da coluna vertebral. Ligamento Longitudinal Posterior: segue dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos corpos vertebrais. Esse ligamento ajuda a evitar ou redirecionar a herniação posterior do núcleo pulposo. Ligamentos Amarelos: faixas largas de tecido elástico que unem as lâminas de arcos vertebrais adjacentes; os ligamentos de lados opostos se fundem na linha mediana. Esses ligamentos, fortes e elásticos, ajudam a preservar as curvaturas normais da coluna vertebral e auxiliam na extensão da coluna após a flexão. Ligamentos Interespinais: unem processos espinhosos adjacentes, fixando-se da raiz até o ápice de cada processo. Ligamentos Supraespinais: unem as extremidades dos processos espinhosos desde C7 até o sacro; fundem-se na parte superior com o ligamento nucal. Ligamento Nucal: constituído de tecido fibroelástico espesso, que se estende como uma faixa mediana desde a protuberância occipital externa e a margem posterior do forame magno até os processos espinhosos das vértebras cervicais. Ligamentos Intertransversários: unem processos transversos adjacentes. 8. Diga quais são os músculos íntrinsecos e extrínsecos do dorso. Dê a origem, a inserção e a função de pelo menos dois deles. EXTRÍNSECOS: Trapézio, Grande Dorsal, Levantador da Escápula, Rombóide Maior, Rombóide Menor, Esplênio da cebeça, Serrátil Póstero-Superior e Serrátil Póstero-Inferior INTRÍNSECOS:Eretor da Espinha (Ílio Costal, Longuíssimo e Espinal) e Transverso espinhal (Semi-Espinhal, Multífidos e Rotadores). M. TRAPÉZIO - Origem: Osso occipital (linha nucal superior, protuberância occipital externa), ligamento nucal e processos espinhosos de C7 a T12; - Inserção: Escapula (principalmente no acrômio e também na espinha da escapula) e terço lateral da clavícula; 35 - Função: Fibras superiores elevam a escapula; fibras médias aduzem e retraem a escapula; inferiores abaixam a escapula; parte occipital faz rotação contralateral e a clavicular eleva a clavícula na respiração. M. GRANDE DORSAL - Origem: Processos espinhosos das seis vértebras torácicas inferiores; aponeurose toracolombar; crista ilíaca e 3 / 4 costelas inferiores; - Inserção: Sulco intertubercular do úmero; - Função: Adução, rotação medial e extensão do braço; levanta o corpo; 9. Dê os limites do trígono suboccipital. O que passa por esse espaço? LIMITES M. oblíquo inferior da cabeça M. oblíquo superior da cabeça M. reto posterior maior da cabeça CONTEÚDO: A. vertebral e N. suboccipital. 10. Dê os limites do trígono de ausculta. Margem superior do M. latíssimo do dorso Margem inferolateral do M. trapézio Margem medial da escápula ABDOME 1. Identifique as funções do peritônio, bem como a relação dos diversos órgãos com ele (dizer se é peritonizado, intraperitoneal ou retroperitoneal): bexiga urinária, fígado, ovários, cólon ascendente, estômago, rins, baço, intestino delgado, pâncreas, ureteres. FUNÇÔES DO PERITÔNIO Revestimento de grande parte do abdome Reserva de gordura Bloqueio de inflamações abdominais Permite o movimento visceral com menor atrito Grande poder de absorção Bexiga urinária: retroperitoneal (subperitoneal) Fígado: peritonizado Ovários: intraperitoneais 36 Cólon Ascendente: retroperitoneal Estômago: peritonizado Rins: retroperitoneais Baço: peritonizado Intestino Delgado: peritonizado Pâncreas: retroperitoneal Ureteres: retroperitoneais 2. Defina omento. Omento é uma extensão ou prega de peritônio em duas camadas que vai do estômago e da parte proximal do duodeno até os órgãos adjacentes na cavidade abdominal. 3. Dê os limites da bolsa omental. ANTERIORMENTE: ligamento hepatogástrico; ligamento gastrocólico; parede posterior do estômago POSTERIORMENTE: peritônio parietal que recobre as vísceras retroperitoneais SUPERIORMENTE: lobo esquerdo do fígado; ligamento coronário INFERIORMENTE: pâncreas; mesocólon transverso 4. Defina forame omental. O forame omental é uma abertura situada posteriormente à margem livre do omento menor, sendo o ponto de comunicação entre a bolsa omental e o restante da cavidade peritoneal. 5. Dê os limites do forame omental. ANTERIORMENTE: ligamento hepatoduodenal (contendo a tríade portal) POSTERIORMENTE: VCI e pilar direito do diafragma, cobertos anteriormente por paritônio parietal SUPERIORMENTE: fígado, coberto por peritônio visceral INFERIORMENTE: 1ª porção do duodeno (bulbo duodenal) 6. Defina meso, comente sobre sua importância anatômica e cite a patologia decorrente de sua função exacerbada no cólon sigmoide. Meso é uma lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por um órgão, sendo a continuidade dos peritônios visceral e parietal; realiza a comunicação neurovascular entre o órgão e a parede do corpo - geralmente, a parede abdominal posterior. A rotação e a torção do cólon sigmoide e de seu meso caracterizam o vólvulo do cólon sigmoide, que resulta em obstrução da luz do de qualquer parte do intestino proximal ao segmento torcido. 7. Defina recesso. Dê um exemplo. Recesso ou fossa peritoneal é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal. Ex: recesso hepatorrenal; recesso pré-vesical; recesso retovesical (homens); recesso vésico-uterino (mulheres); recesso retouterino (mulheres). 8. Defina ligamento peritoneal. Dê exemplos. Ligamento peritoneal consiste em uma dupla camada de peritônio que une um órgão a outro ou à parede abdominal. Ex: ligamentos coronário, falciforme, redondo do fígado, hepatogástrico, hepatoduodenal, gastroesplênico, gastrocólico, gastrofrênico, suspensor do duodeno, esplenorrenal, frenocólico direito, frenocólico esquerdo. 37 9. Secreções do lado direito do andar infra-mesocólico vão para onde? Como a região mesentérico-cólica direita é fechada, as secreções ficam retidas nesse local. 10. Quais são os ramos da artéria aorta abdominal? Aa. frênicas inferiores Tronco celíaco A. mesentérica superior A. mesentérica inferior Aa. gonadais Aa. renais Aa. suprarrenais médias Aa. lombares Aa. ilíacas comuns A. sacral mediana 11. Qual a função do esôfago? A função do esôfago é conduzir o alimento da faringe até o estômago, por meio da ação peristáltica de sua musculatura. 12. Descreva a irrigação sanguínea arterial e a drenagem linfática da parte abdominal do esôfago. Suprimento Arterial: o A. gástrica esquerda (ramo do tronco celíaco) o A. frênica inferior esquerda (ramo da A. aorta abdominal) Drenagem Linfática: linfonodos gástricos esquerdos linfonodos celíacos 13. Quais são as impressões existentes no esôfago (constrições do esôfago)? O esôfago normalmente tem 3 constrições, onde estruturas adjacentes deixam impressões: - Constrição Cervical (EES): localizada na junção faringoesofágica; causada pela parte cricofaríngea do M. constritor inferior da faringe - Constrição Broncoaórtica (Torácica): constrição combinada, onde ocorre primeiro o cruzamento do arco da aorta e depois o cruzamento do brônquio principal esquerdo - Constrição Diafragmática: ocorre no local onde o esôfago atravessa o hiato esofágico do diafragma 14. O que é ligamento frenicoesofágico? O ligamento frenicoesofágico é uma extensão da fáscia diafragmática inferior que fixa o esôfago às margens do hiato esofágico no diafragma. Esse ligamento permite o movimento independente do diafragma e do esôfago durante a respiração e a deglutição. 15. Fale sobre hérnia de hiato. A hérnia de hiato é a protusão de uma parte do estômago para o mediastino através do hiato esofágico do diafragma. Ela pode ser classificada em dois tipos principais: 38 Hérnia de Hiato Paraesofágica: a cárdia permanece em sua posição normal, mas uma bolsa de peritônio, frequentemente contendo parte do fundo gástrico, estende-se através do hiato esofágico anteriormente ao esôfago. Geralmente não há regurgitação do conteúdo gástrico, pois a junção gastroesofágica permanece no abdome. É menos comum. Hérnia de Hiato por Deslizamento: mais comum. A parte abdominal do esôfago, a cárdia e partes do fundo gástrico deslizam superiormente através do hiato esofágico para o tórax, sobretudo quando a pessoa se deita ou se curva para a frente. É possível que haja alguma regurgitação do conteúdo gástrico. 16. Como se dá a deglutição? O processo de deglutição começa por uma fase voluntária (fase oral), pela qual o bolo alimentar (preparado pela mastigação e salivação) é lançado à faringe pela contração da musculatura da língua. A partir deste instante, uma série de movimentos musculares involuntários (reflexo da deglutição), plenamente coordenados, se inicia, permitindo que, em menos de 1 segundo, o bolo alimentar chegue ao esôfago. Durante este curtotempo, a laringe se move anteriormente, enquanto a contração da faringe superior e do palato mole empurram o alimento para baixo, iniciando o movimento peristáltico. Neste momento, o EES relaxa, permitindo o trânsito livre do bolo até o corpo do esôfago. 17. Comente a respeito da vascularização e da drenagem linfática do estômago. Irrigação Arterial CURVATURA MENOR: Artérias gástricas direita e esquerda CURVATURA MAIOR: Artérias gastromentais direita e esquerda FUNDO/PARTE DO CORPO: Artérias gástricas curtas e posteriores Drenagem Venosa Veias gástricas direita e esquerda (drenam para a V. porta) Veias gástricas curtas (drenam para a V. esplênica) Veias gastromentais esquerdas (drenam para a V. esplênica) Veia gastromental direita (drena para a V. mesentérica superior) Veia pré-pilórica (ascende até V. gástrica direita) Drenagem Linfática o A linfa dos 2/3 superiores do estômago drena ao longo dos vasos gástricos direito e esquerdo para os linfonodos gástricos; a linfa do fundo gástrico e da parte superior do corpo gástrico também drena ao longo das Aa. gástricas curtas e dos vasos gastromentais esquerdos para os linfonodos pancreático- esplênicos 39 o A linfa dos 2/3 direitos do terço inferior do estômago drena ao longo dos vasos gastromentais direitos até os linfonodos pilóricos o A linfa do terço esquerdo da curvatura maior drena para os linfonodos pancreático-duodenais, que estão situados ao longo dos vasos gástricos curtos e esplênicos 18. Esquematize o estômago, suas principais regiões e seus acidentes. 19. Qual a função do estômago? O estômago é especializado no acúmulo do alimento ingerido, o qual ele prepara química e mecanicamente para digestão e passagem para o duodeno. O estômago mistura os alimentos e atua como reservatório; sua principal função é a digestão enzimática (através do suco gástrico). 20. Defina piloro. O piloro é a região esfincteriana distal da parte pilórica do estômago. Consiste num espessamento acentuado da camada circular de músculo liso que controla a saída do conteúdo gástrico, através do óstio pilórico, para o duodeno. 21. Quais as relações que o estômago estabelece? ANTERIORMENTE: diafragma; lobo esquerdo do fígado; parede abdominal anterior POSTERIORMENTE: bolsa omental; pâncreas SUPERIORMENTE: esôfago abdominal INFEROLATERALMENTE: cólon transverso do intestino grosso O estômago é coberto por peritônio, exceto nos locais em que há vasos sanguíneos ao longo de suas curvaturas e em uma pequena área posterior ao óstio cárdico. O que é o “leito do estômago”? O leito do estômago, sobre o qual se apoia o estômago em decúbito dorsal, consiste nas estruturas que formam a parede posterior da bolsa omental (cúpula esquerda do diafragma, baço, rim e glândula suprarrenal esquerdos, A. esplênica, pâncreas e mesocólon transverso). 40 23. Disserte sobre as regiões anatômicas do duodeno. 1) PARTE SUPERIOR (BULBO DUODENAL): ascende a partir do piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. O peritônio cobre sua face anterior. Sua parte proximal tem o ligamento hepatoduodenal (parte do omento menor) fixado superiormente e o omento maior fixado inferiormente. 2) PARTE DESCENDENTE: segue inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do pâncreas. Inicialmente, situa- se à direita da VCI e paralela a ela. Os ductos colédoco e pancreático principal entram em sua parede posteromedial, a partir da ampola hepatopancreática, que se abre na papila maior do duodeno. Esta parte é totalmente retroperitoneal. 3) PARTE INFERIOR (HORIZONTAL): segue transversalmente para a esquerda, passando sobre a VCI, a A. aorta e a vértebra L3; é cruzada pelos vasos mesentéricos superiores e pela raiz do mesentério. 4) PARTE ASCENDENTE: segue superiormente e ao longo do lado esquerdo da A. aorta para alcançar a margem inferior do corpo do pâncreas. Aí, ela se curva anteriormente para se unir ao jejuno na flexura duodenojejunal, sustentada pelo ligamento suspensor do duodeno (de Treitz). 24. Descreva a vascularização do duodeno e da cabeça do pâncreas. DUODENO A. gastroduodenal (ramo do tronco celíaco) A. pancreático-duodenal superior (ramo da A. gastroduodenal) A. pancreático-duodenal inferior (ramo da A. mesentérica superior) A veias acompanham as artérias e drenam para a veia porta, algumas diretamente e outras indiretamente, através das veias mesentérica superior e esplênica CABEÇA DO PÂNCREAS A. pancreático-duodenal superior anterior (ramo da A. gastroduodenal) A. pancreática-duodenal superior posterior (ramo da A. gastroduodenal) A. pancreático-duodenal inferior anterior (ramo da A. mesentérica superior) A. pancreático-duodenal inferior posterior (ramo da A. mesentérica superior) As veias pancreáticas correspondentes, em sua maioria, drenam para a V. esplênica 41 25. Cite cinco diferenças anatômicas entre o jejuno e o íleo. CARACTERÍSTICA JEJUNO ÍLEO COR Vermelho-vivo Rosa-claro CALIBRE 2-4 cm 2-3 cm PAREDE Espessa e pesada Fina e leve VASCULARIZAÇÃO Maior Menor VASOS RETOS Longos Curtos ARCOS Algumas alças grandes Muitas alças curtas GORDURA NO MESENTÉRIO Menos Mais PREGAS CIRCULARES Grandes, altas e bem próximas Baixas e esparsas; ausentes na parte distal NÓDULOS LINFOIDES (PLACAS DE PEYER) Poucos Muitos 26. Fale sobre a irrigação arterial do intestino delgado. DUODENO A. gastroduodenal (ramo do tronco celíaco) A. pancreático-duodenal superior (ramo da A. gastroduodenal) A. pancreático-duodenal inferior (ramo da A. mesentérica superior) JEJUNO/ ÍLEO A A. mesentérica superior (AMS) irriga o jejuno e o íleo através das artérias jejunais e ileais. A AMS se origina da parte abdominal da aorta e segue entre as camadas do mesentério, enviando 15-18 ramos para o jejuno e o íleo. As artérias se unem para formar os chamados arcos arteriais, que dão origem a artérias retas, denominadas vasos retos. 27. Defina os limites de cada região do intestino grosso. CECO: situa-se na fossa ilíaca do QID do abdome, inferiormente à sua junção com a parte terminal do íleo; é contínuo com o cólon ascendente. APÊNDICE VERMIFORME: origina-se, em geral, na face posteromedial do ceco, inferiormente à junção ileocecal. CÓLON ASCENDENTE: segue para cima na margem direita da cavidade abdominal, do ceco até o lobo hepático direito, onde vira para a esquerda na flexura direita do cólon (flexura hepática). CÓLON TRANSVERSO: atravessa o abdome da flexura direita do cólon até a flexura esquerda do cólon (flexura esplênica), onde se curva para baixo e dá origem ao cólon descendente. CÓLON DESCENDENTE: situa-se entre a flexura esquerda do cólon e a fossa ilíaca esquerda, onde é contínuo com o cólon sigmoide. CÓLON SIGMOIDE: une o cólon descendente ao reto; estende-se da fossa ilíaca esquerda até o terceiro segmento sacral (S3). RETO: é contínuo com o cólon sigmoide no nível da vértebra S3; e, inferiormente, com o canal anal. CANAL ANAL: estende-se do reto até o orifício do ânus. 42 28. Qual é a principal função do intestino grosso? O intestino grosso é o local de absorção da água dos resíduos indigeríveis do quimo líquido, convertendo-o em fezes semissólidas, que são temporariamente armazenadas e acumuladas até que haja defecação. 29. Descreva a irrigação arterial, a drenagem venosa e a drenagem linfática do intestino grosso.
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