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�1 1. Introdução A educação física é uma disciplina escolar que estuda a cultura corporal do movimento auxiliando na formação humana do estudante. O futsal é uma das modalidades esportivas que mais cresce em número de praticantes na atualidade. Suas características como o número jogadores, a bola e o espaço de jogo, permitem que o futsal seja praticado em diversos espaços, especialmente na escola. Os esportes coletivos, em particular o futsal é um conteúdo importante do currículo escolar, sendo que na escola a educação física deve contemplar as dimensões conceitual, procedimental e atitudinal do estudante, e, em seu caráter educativo, valorizar os aspectos pedagógicos de como ensinar, do que ensinar e o quando ensinar. O trabalho com o futsal na escola deve incentivar o prazer pela prática da atividade física, promover a saúde, auxiliar o aluno no desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas, na tomada de decisão, na resolução de situações-problema, no respeito às regras e aos colegas, auxiliar também na interação social, nas relações de amizade, no companheirismo e no trabalho em equipe. Este trabalho aborda o tema esportes na escola, enfatizando aspectos pedagógicos do ensino do futsal escolar. É uma reflexão dos métodos de ensino do futsal na escola para aprendizagem motora e cognitiva, motivando a participação do estudante nas aulas e o prazer na prática esportiva. Problematização Verifica-se que o futsal é uma modalidade esportiva que atrai a atenção do aluno desde as séries iniciais na escola. Muitos professores sentem dificuldades em organizar e sistematizar o ensino do futsal escolar, simplesmente aplicam suas aulas sem um propósito de aprendizagem o que dificulta o estímulo à prática do esporte, deixam de explorar os benefícios que o jogo pode trazer como a aprendizagem motora, as relações sociais, o trabalho em grupo, o respeito às regras, e outros aspectos de aprendizagem. O uso de metodologias e práticas inovadoras que motivem a participação efetiva de todos os alunos nas aulas é um grande desafio aos professores de educação física. As metodologias de ensino do esporte em especial o futsal deve ser amplamente conhecida e estudada pelos professores de educação física. Diante de tais apontamentos, este trabalho apresenta os seguintes questionamentos: Qual o método tem sido adotado por professores de educação física para ensinar os conceitos do do jogo de futsal no ambiente escolar? Será que estão satisfeitos com suas aulas e com os resultados obtidos? Como o professor de educação física pode organizar �2 ou sistematizar o ensino do esporte futsal na escola? Qual o método os professores acreditam ser o mais indicado para o desenvolvimento/aperfeiçoamento de habilidades motoras/cognitivas e resolução de situações problemas durante o jogo que motive a participação dos alunos nas aulas de futsal? Justificativa O ensino do futsal na escola deve se pautar em práticas pedagógicas para o desenvolvimento de habilidades motoras e aspectos táticos, e também em práticas de ensino voltadas para a formação completa do aluno, com ações pedagógicas direcionadas à uma abordagem mais crítica e emancipatória, valorizando o diálogo e a reflexão das atividades propostas, superando uma dimensão apenas instrumental do ensino que é um grande desafio educativo (Kunz, 2006). Muitos educadores físicos encontram dificuldades metodológicas para motivar e garantir participação de todos os alunos nas aulas de educação física, também sentem dificuldades em sequenciar didaticamente suas aulas de futsal na escola, muitos desconhecem os métodos de ensino e as regras do jogo; deixam seus alunos jogarem sem uma orientação adequada, não desperta o interesse do aluno, consequentemente desmotiva o aluno. O trabalho de Coutinho e Silva (2009) apresentam um estudo para verificar o nível de conhecimento e identificar os motivos da utilização ou não de métodos de ensino para os jogos esportivos coletivos em cursos de licenciatura. Objetivo dos autores foi apontar qual é a metodologia mais utilizada para o ensino dos jogos coletivos na escola, e para isso aplicaram questionário investigativo na qual participaram 17 professores de educação no estado de São Paulo, mais precisamente nove universidades privadas, sendo oito da cidade de São Paulo e municípios da Grande São Paulo e um da Baixada Santista. Após coleta e análise dos materiais, concluíram que a abordagem Tradicional é a mais utilizada por professores nas aulas de educação física, já que esta abordagem foi amplamente explorada na formação inicial destes profissionais. O estudo ainda aponta que outras abordagens são conhecidas pelos professores, e que estes estão começando a utilizar em suas aulas, metodologias como: Situacional, Crítico-Superadora, Série de Jogos, Jogos Esportivos Modificados, Modelo pendular (Claude Bayer) e Crítico-Emancipatório. �3 Brito e Canan (2013) relatam um estudo a partir da identificação das dificuldades metodológicas dos professores de educação física e da desmotivação dos alunos em participar das aulas de futsal no ensino médio. Observou-se que muitos alunos não queriam participar das aulas pois acreditavam não apresentar habilidades técnicas apuradas para o jogo. Para resolver estas questões e garantir maior envolvimento dos alunos nas aulas, os autores sugeriram e aplicaram o planejamento didático do futsal na escola a partir de atividades organizada de sequencial, utilizando o método situacional, global e de confrontação no Futsal, contemplando as necessidades individuais de cada aluno para a participação e envolvimento de todos. O estudo foi realizado em uma escola de ensino médio paranaense e aplicado com alunos do 1 ano do ensino médio. Mutti (2003) sugere que o futsal deve ser trabalhado considerando aspectos técnicos/ táticos do jogo, coordenação motora, aspectos sociais, salienta também que os estudantes devem vivenciar o futsal sobre diferentes aspectos de aprendizagem, como as dimensões sociais, respeito e liderança. Estudos mostram opiniões divergentes quanto ao método mais eficaz para o ensino do futsal, em termos coordenação motora, motivação para a prática na escola, de bem como na tomada de decisão frente aos desafios do jogo. No que diz respeito aos métodos existente ao ensino do futsal, o método parcial que tem como ideia o ensino baseado em atividades fragmentadas enfatizando e aprimorando as habilidades técnicas do jogador, e o método global, que tem a ideia do ensino do futsal centrado em situação de jogo. Existe ainda o método misto que se caracteriza como a fusão destes dois métodos. No estudo de Armbrust, Silva e Navarro (2010), os autores apresentam um estudo comparativo entre estes métodos aplicados ao fundamento de passe no futsal. Resultados obtidos com este trabalho, apontam que os alunos participantes da pesquisa obtiveram o mesmo percentual de acertos no fundamento passe quando submetidos aos treinamentos utilizando os métodos (global e parcial), no entanto, os autores verificaram uma maior motivação dos jogadores ao uso do método global. Pinto e Santana (2005) realizaram um estudo que investigou qual dos dois princípios metodológicos conhecidos como analítico e global seria o mais utilizados em aulas de futsal para crianças de sete a oito anos em quatro escolas em Santa Maria (RS). Os resultados apontaram que o método mais utilizado era o analítico, que prioriza o �4 desenvolvimento de habilidades técnicas e minimiza atividades voltadas à inteligência tática. Objetivos: Geral Este trabalho propõe uma reflexão sobre o ensino do futsal na escola, investiga o método mais utilizados no ensino do futsalno ensino médio; reflete sobre o mais indicado para desenvolver a aprendizagem motora, inteligência das ações do jogo e participação efetiva dos alunos de ensino médio nas aulas de futsal. Específico - Identificar os princípios fundamentos do futsal. - Identificar e refletir sobre os métodos de ensino/aprendizagem do futsal. - Identificar as dimensões de aprendizagem e as capacidades motoras necessárias para a prática do futsal. - Sugerir atividades e procedimentos pedagógicos para o ensino do futsal escolar. - Aplicar questionário investigativo a fim de diagnosticar os métodos de ensino do futsal mais utilizados no ensino médio. �5 2 Revisão da Literatura Futsal - Fundamentos Básicos Esta seção apresenta uma breve contextualização histórica, fundamentos básicos e métodos de ensino do futsal. Segundo Santana (2010) há divergências sobre o surgimento do futsal. Alguns defendem que o futsal surgiu em Montevidéu no Uruguai em 1930, onde o João Carlos Ceriane teria criados as primeiras regras. Outra corrente defendida por Luiz Gonzaga Fernandes afirma que foi em São Paulo que o surgiu o Futebol de Salão, por meio de alguns jovens que jogavam o futebol na quadra em forma de recreação. Segundo Santana (2010) foi no Brasil que surgiu as primeiras normas e regulamentações do esporte. Em 1936, no Rio de Janeiro (Brasil), Roger Grain publicou normas e regulamentações para a prática do futebol de salão, na Revista de Educação Física, no. 6; As primeiras regras surgiram no Uruguai, cabendo aos brasileiros o crescimento, divulgação e ordenação do futsal (SANTANA, 2010). Com relação as dimensões da quadra e suas marcações e demais características a Confederação Brasileira de Futebol de Salão - (CBFS) demonstra as características quanto as dimensões e marcações da quadra de jogo. A Figura 1 ilustra a quadra de futsal: Figura 1 - Quadra de Futsal Fonte: CBFS (2017). �6 Segundo (CBFS, 2017) quanto as dimensões e marcações da quadra: A quadra de jogo será um retângulo com o comprimento de 40 metros e largura de 20 metros. As linhas demarcatórias da quadra, na lateral e no fundo, deverão estar afastadas 2 (dois) metros de qualquer obstáculo (rede de proteção, tela, grade ou parede). Todas as linhas demarcatórias da quadra deverão ser bem visíveis, com 8 (oito) centímetros de largura. As linhas limítrofes de maior comprimento denominam-se linhas laterais e as de menor comprimento linhas de meta. Na metade da quadra será traçada uma linha divisória, de uma extremidade a outra das linhas laterais, eqüidistantes às linhas de meta. O centro da quadra será demarcado por um pequeno círculo com 10 (dez) centímetros de raio. Ao redor do pequeno círculo será fixado o círculo central da quadra com um raio de 3 (três) metros. Nos quatro cantos da quadra, no encontro das linhas laterais com as linhas de meta serão demarcados ¼ (um quarto) de círculo com 25 centímetros de raio de onde serão cobrados os arremessos de canto. O raio de 25 centímetros partirá do vértice externo do ângulo formado pelas linhas lateral e de meta até o extremo externo da nova linha. As linhas demarcatórias integram e pertencem à quadra de jogo (CBFS, 2017). Segundo (CBFS, 2017) quanto a área de meta: Nas quadras, em cada extremidade da quadra, a 6 (seis) metros de distância de cada poste de meta haverá um semicírculo perpendicular à linha de meta que se estenderá ao interior da quadra com um raio de 6 (seis) metros. A parte superior deste semicírculo será uma linha reta de 3,16 (três metros e dezesseis centímetros), paralela a linha de meta, entre os postes. A superfície dentro deste semicírculo denomina-se área de meta. As linhas demarcatórias fazem parte da área de meta (CBFS, 2017). Segundo (CBFS, 2017) quanto a penalidade máxima: A distância de 6 (seis) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária em ângulo reto com a linha de meta e assinalada por um pequeno círculo de 10 (dez) centímetros de raio, serão marcados os respectivos sinais de penalidade máxima (CBFS, 2017). Segundo (CBFS, 2017) quanto ao tiro livre sem barreira: A distância de 10 (dez) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária em ângulo reto com a linha de meta, serão marcados o respectivos sinais, de onde serão cobrados os tiros livres sem barreira, nas hipóteses previstas nestas regras. A distância de 5 (cinco) metros do ponto central da meta em ângulo reto com a linha de meta, deverá ser marcado com uma linha tracejada de 60 (sessenta) centímetros, paralela a linha de meta, para demarcar a distância mínima em que o goleiro poderá ficar na cobrança dos tiros livres sem barreira (CBFS, 2017). Segundo (CBFS, 2017) quanto a zona de substituição: É o espaço determinado na linha lateral, do lado onde se encontra a mesa de anotações e cronometragem, iniciando-se a uma distância de 5 (cinco) metros para cada lado partindo da linha divisória do meio da quadra. Para cada zona haverá um espaço de 5 (cinco) metros identificados com linhas de 80 (oitenta) centímetros, ficando 40 (quarenta) centímetros no interior da quadra e 40 (quarenta) centímetros para fora da quadra. Por entre estas linhas de 80 (oitenta) centímetros os atletas deverão entrar e sair da quadra por ocasião das substituições. O espaço a frente da mesa do anotador e cronometrista com 5 (cinco) metros de cada lado da linha divisória do meio da quadra deverá permanecer livre (CBFS, 2017). �7 Segundo (CBFS, 2017) quanto as metas: No meio de cada área e sobre a linha de meta serão colocadas as metas, formadas por dois postes verticais separados em 3 (três) metros entre eles (medida interior) e ligados por um travessão horizontal cuja medida livre interior estará a 2 (dois) metros do solo. A largura e espessura dos postes e do travessão serão de 8 (oito) centímetros e quando roliços terão o diâmetro de 8 (oito) centímetros. Os postes e travessão, poderão ser confeccionados em madeira, plástico, ferro ou material similar e pintados de cor contrastante com o fundo da quadra, de preferência que sejam fixados ao solo. Os postes e travessão deverão ter a mesma largura e espessura. Serão colocadas redes por trás das metas e obrigatoriamente presas aos postes, travessão e ao solo. Deverão estar convenientemente sustentadas e colocadas de modo a não perturbar ou dificultar a ação do goleiro. As redes serão de corda, em material resistente e malhas de pequena abertura para não permitir a passagem da bola. As metas não devem possuir ferro ligando o travessão ao suporte de sustentação (CBFS, 2017). 2.1 Fundamentos Técnicos do futsal De acordo Hermans e Rainer (2011) com o objectivo é no ensino das técnicas básicas do futsal é que o jogador possa adquirir a capacidade geral de realizar uma ação técnica específica. Segundo Voser (2003) independente do método adotado para o ensino dos fundamentos técnicos todos podem ser eficazes, entretanto, o método adotado depende da “idade, do objetivo proposto, do nível técnico, do momento da aula”. Segundo Santini e Voser (2008) os principais fundamentos do futsal são: domínio, passe, chute, condução, drible, finta, marcação, e cabeceio. 2.1.1Passe De acordo com Costa (2007) o passe pode ser definido como o movimento da bola entre companheiros de equipe, possuindo o objetivo de continuar uma jogada. De acordo com Hermans e Rainer (2011) o passe é importante para acelerar o ritmo do jogo e iniciar uma jogada de ataque. Eles podem ser classificados de acordo com a distância (curta - até 4 m, média - 4 a 10 m e longa acima de 10m), de acordo com a trajetória (rasteiros, a meia altura, bolas altas), de com as partes do pé (bico, interna, externa, solado, dorso), e de acordo com a direção (para os lados, para paralela,em diagonal), �8 2.1.2Controle de Bola Diz respeito ao manter a bola sob controle sem deixar a mesma cair. Em algumas regiões é conhecida com “embaixada". 2.1.3Recepção ou Domínio de Bola Técnica utilizada para recepcionar ou amortecer a bola. De acordo com Hermans e Rainer (2011) existem tipos de recepção de bola, a parada da bola com a sola do pé; com a parte externa dos pés, com a coxa, com a cabeça, com o peito, etc. É importante considerar que a recepção é uma habilidade importante para que o jogador possa dar prosseguimento nas jogadas como passe, chute ou condução de bola. Segundo Voser (2003) em relação a trajetória da bola a recepção pode ser classifica em rasteira, meia-altura, parabólica e alta. 2.1.4Condução de bola Costa (2007) diz que a condução de bola é ação de de transportar a bola com o pés pela quadra de jogo. Sendo assim, o jogador não pode deixar que a bola escape de seu controle, este deve manter a visão de jogo, dos adversários e dos companheiros de equipe. A condução pode ser realizada utilizando a parte interna, peito, ponta e sola dos pés. 2.1.5Drible De acordo com Hermans e Rainer (2011) o drible é considerada uma técnica que permite que o jogador mover-se com a bola em uma determinada direção sem a bola sendo tirada dele por um adversário. Segundo os autores, as qualidades necessárias para o sucesso da ação são: criatividade, imaginação, mobilidade, coordenação mente-corpo, capacidade de mudar de ritmo. 2.1.6 Finta Segundo Costa (2007) a finta é ação de se movimentar sem a bola com o objetivo de persuadir ou enganar seu adversário, com o balanço do corpo sem a bola. 2.1.7Chute De acordo com Hermans e Rainer (2011) é o ato de bater na bola após uma jogada de ataque. Segundo Costa (2007) é movimento de finalizar a bola em direção a meta, este tem o maior poder de decidir uma partida. Pode ser realizada com os pés, mas também �9 com outras partes do corpo. Os tipos de chute mais comuns podem ser feitos com o dorso, partes internas ou externas do pé, com a ponta dos pés, ou ainda de calcanhar. Os chutes podem ser rasteiros ou fora do chão, meia altura ou altas. 2.1.8Cabeceio É a ação de movimentar a bola utilizando a parte frontal da cabeça para realizar um passe, uma ação defensiva, ou mesmo um ataque ao gol adversário. Relacionado à direção, o cabeceio pode ser feito cima, para os lados, para a diagonal e para o alto. 2.1.9 Marcação Segundo Voser (2003) a marcação é o ato de impedir que seu adversário receba a bola, ou que o mesmo possa realizar a progressão na quadra de jogo. Voser (2003) afirma que para aprimorar a técnica no futsal, na iniciação por exemplo, deve-se utilizar métodos que trabalhem o lúdico, com situações de jogo, atividades de ataque e defesa, com pouca intervenção do professor, para que as crianças possam ser estimuladas a autonomia, tomadas de decisão e a criatividade. 2.2 Ações Técnicas, Táticas e Sistemas Táticos (Ataque e Marcação) É importante destacar a importância das ações técnicas e táticas relacionadas ao futsal, para que possa ser incluído no planejamento de ensino. De acordo com Miguel e Campos (2013), as ações técnicas do futsal podem ser classificadas em deslocamentos (frente, costas, lateral, sprints, velocidades variadas), passes (curto, médio, longo), chute (curto, médio, longo e de voleio), domínio (aéreo, solo), condução (curta, média e longa distância), cabeceio, drible e finta. Segundo os mesmos autores as ações táticas podem ser: ações defensivas, ações ofensivas, ações de bola parada (escanteio, lateral, tiro livre, saída de bola). Ações de superioridade e inferioridade numérica. Ações com o goleiro linha, trabalhos teóricos, coletivos e jogos. Voser (2003) relata que o futsal pode ser dividido em dois grandes momentos ou fases, tais como ataque e defesa. Segundo o autor, a fase de ataque se caracteriza quando a equipe está em posse da bola, tentará realizar ações para finalizar e marcar gol, já a fase de defesa se caracteriza quando a equipe não está em posse da bola, realiza ações defensivas para evitar a finalização/marcação de gol pelo adversário, e para recuperar a posse de bola. Segundo o mesmo autor, o princípio de ataque e defesa tem como objetivo �10 evitar a inferioridade numérica e criar a superioridade numérica. As posições dos jogadores podem ser divididas em goleiro, que tem a função de defender a meta; ala esquerdo e ala direito, que jogam nas laterais da quadra, possuem as funções de defender e construir as jogadas de ataque; fixo que exerce a função básica de marcação defensiva; e pivô que é o responsável pela distribuição e armação das jogadas de ataque e finalização em gol, exerce suas funções ficando próxima a zona central da quadra adversária. As movimentações básicas dos jogadores serão sempre a paralela (descolamento no sentido paralelo a linha lateral da quadra de jogo) e a diagonal (deslocamento no sentido diagonal a lateral da quadra de jogo). Segundo Santos et al., (2013) A tática pode ser entendida como procedimentos e ações tanto ofensivas quanto defensivas, que agregam eficiência na utilização dos fundamentos técnicos, com o objetivo de um melhor rendimento individual e coletivo, frente a um adversário, SANTOS ET AL., (2013, PG. 45). Segundo Voser (2003) Um sistema pode ser definido como maneira como distribuir os jogadores pela quadra, e a tática são as movimentações dos jogadores dentro de um determinado sistema, VOSER (2003, PG. 107). Sistemas de Ataque Os tipos de sistemas de ataque de acordo com Freitas, Henrique e Nolasco (2008) e Voser (2003) são: sistema 2:2, 1:2:1, 2 x1x1, 1:3, 3:1, 4:0. O sistema 2x2 é considerado o mais simples entre todos os sistemas, utiliza dois jogadores na defesa e dois jogadores no ataque. Pode ser utilizado quando a equipe adversária realiza marcação pressão. é um sistema que pode ser utilizado na escola por ser de fácil assimilação, apresenta um certo equilíbrio ofensivo e defensivo. (VOSER, 2003). Segundo Voser (2003) O sistema 1x2x1, possui uma disposição parecida com o sistema 3x1. Se caracteriza pela pouca possibilidade de movimentação é constituído de dois alas na defesa, sendo um de cada lado da quadra, um jogador no meio da quadra e um quarto jogador localizado perto da área do adversário, denominado pivô, que se localiza avançado perto da área adversária. �11 Segundo Freitas, Henrique e Nolasco (2008) o sistema 2x1x1 "é constituído de dois jogadores na defesa, sendo um de cada lado da quadra denominados de alas, um jogador no meio da quadra e um quarto jogador denominado pivô”. Segundo Voser (2003) o sistema 3 x 1 é um dos mais utilizados no futsal pois possibilita inúmeras movimentações ofensivas e jogadas ensaiadas, apresenta um bom balanço ofensivo. Freitas, Henrique e Nolasco (2008) definem sistema 3x1, com um jogador fixo na frente de sua área defensiva, dois jogadores abertos pelas alas, e um pivô. Segundo Freitas, Henrique e Nolasco (2008) o sistema 1X3, considerado excessivamente ofensivo, a formação da equipe apresenta um jogador fixo na defesa e três jogadores posicionados no ataque. O sistema 4x0 caracterizado pela colocação dos quatro jogadores na parte defensiva da quadra de jogo, é um sistema inovador, apresenta necessidade de grande movimentação e jogadores com excelente qualidade técnica (Voser, 2003). O sistema 3 x 2 é uma variação do sistema 2 x 2, quando o goleiro junta-se aos seus jogadores para realizar o ataque à equipe adversária. Este pode ser posicionado no centro da quadra para a troca de passes, ou na lateral da quadra. Utilizado principalmente quandoa equipe está em desvantagem numérica no placar (VOSER, 2003, PG. 122). Tipos de marcação Segundo Voser (2003, pg. 144) a marcação significa "não deixar o oponente jogar, isto é combatê-lo de forma legal, impedindo o mesmo de levar vantagem na disputas de bola e consequentemente defender o seu gol contra as investidas da equipe contrária". Segundo Voser (2003) existem três tipos de marcação, a marcação Individual, por zona e mista. A marcação individual ou homem a homem é caracterizada por uma marcação de forma direta ao oponente pré-determinado, pode ser parcial ou total. Na parcial mas marca-se pressão apenas o oponente que está com a posse da bola, e a uma certa distância quando o adversário não está em posse da bola. Na total marca-se de forma bem próxima todos os oponentes, mesmo os que não estão em posse da bola.A �12 marcação por zona se caracteriza pela ação de marcar um setor da quadra, pode ser configurada em forma de losango ou quadrado. Santana (2008, pg. 37) ressalta uma novo paradigma para o ensino do futsal a “versatilidade” que consiste em uma nova forma de entender e praticar o futsal, considerando capacitar os jogadores para estarem aptos a jogar em diversas posições na quadra, aperfeiçoando as ações do jogo como: "manutenção da posse de bola, progressão no espaço de jogo, ataque seletivo, marcação equilibrada, variação de manobras, rapidez nos contra-ataques”. 2. 1 Metodologias para Ensino do Futsal no contexto escolar A educado física é importante para a promoção da saúde e da educação, valorizando as questões de aprendizagem social, psicológica e física. É importante que os professores de educação física tenham conhecimento dos métodos de ensino e do processo de aprendizagem, valorizando-o para que não haja apenas a transmissão de conhecimento VOSER E GIUSTI (2015). Compreender uma metodologia ou método de ensino é pensar em caminhos e perceber que os significados mais comuns estão relacionados à maneira de ordenar ou organizar uma ação em busca de um objetivo. […] Em se tratando de esporte, o método de ensino trata do caminho que se percorre para ensinar e inserir os alunos em suas práticas. (VOSER E GIUSTI, 2015). Segundo Balbino (2014) […] Ensinar tanto na educação física com em um esporte específico não deve caracterizar-se por uma simples intervenção de transmissão de conhecimento ou imitação de gestos, em que o aluno seja apenas um receptor passivo, acrítico, inocente e indefeso[…] BALBINO (2014). De acordo com Voser e Giusti (2015) “o educador deve transmitir o gosto de aprender e aperfeiçoar-se principalmente para despertar o interesse da criança pela prática esportiva”. Segundo Balbino (2014) diz que: “[…]Ensinar esportes deve ser entendida como uma prática pedagógica num processo de ensino e aprendizagem que leve em conta o sujeito-aluno e seu contexto, além de seus vários ambientes relacionáveis […] fazendo interagir o conhecimento prévio com o �13 novo, ampliando assim sua bagagem cultural-esportiva e sua prática corporal, BALBINO (2014). Santana (2001) relata a importância de uma aprendizagem com o uso dos jogos, para que o aluno ao praticar o futsal na escola possa vivenciar a ação motora, o lúdico dos jogos, os jogos reduzidos e os adaptados. Estes devem ser utilizados como forma de motivação nas aulas despertando nos alunos atitudes como oposição, cooperação, finalização e diversidades. De acordo com Coutinho e Silva (2009, pg. 121) “o princípio fundamental é que os jogos devem ser desenvolvidos sempre dos mais simples para os mais complexos e garantir uma intensidade máxima de prazer e participação”. “[...] os conteúdos constituem referências que vão se ampliando no pensamento do aluno de forma espiralada, desde o momento da constatação dos dados da realidade, até sua interpretação, compreensão e explicação” (COUTINHO E SILVA, 2009, PG. 123). Os métodos eram denominados como método global, parcial e misto. Entretanto, novas abordagens surgiram tais como "global em forma de jogo, confrontação, série de jogos, método refere-se ao caminho a ser percorrido para alcançar os objetivos propostos” VOSER E GIUSTI (2015). Abordagens pedagógicas de ensino Coutinho e Silva (2009) indicam e refletem as metodologias de ensino de esportes coletivos na escola. A seguir as metodologias são apresentados de acordo com os estudos destes autores. A escola da bola e o aprender jogando A escola da bola possui três pilares que buscam estruturar e sistematizar o processo ensino-aprendizagem das modalidades coletivas. São eles: jogos orientados para situação, desenvolvimento de capacidades coordenativas e desenvolvimento das habilidades. Tais abordagens indicam que a criança deve aprender jogando, numa sequencia teórica para atingir a tática, ou seja, de forma progressista, de forma geral desenvolvendo habilidades motoras básicas e específicas (COUTINHO E SILVA, 2009). �14 A abordagem tradicional tecnicista Esta abordagem prioriza o ensino de técnicas individuais, é fragmentada, analítica e sintética, enfatiza a união das partes até chegar ao jogo. Marca a tradição das práticas de ensino nas principais Instituições de ensino superior e básico (COUTINHO E SILVA, 2009). Série de jogos De acordo com Coutinho e Silva (2009) a série dos jogos foi proposta por Heinz Alberti e Ludwig Rothenberg, enfatiza o aperfeiçoamento da técnica motora, o domínio do material de jogo e o ensino do comportamento tático. Baseado em três modelos básicos: (i) aquisição de experiência do jogo, (ii) aprendizado e condicionamento físico através do jogo (força, velocidade, agilidade, tática e técnica), e (iii) introdução de um novo jogo ou de uma série de jogos. De acordo com Coutinho e Silva (2009, pg. 121) “o princípio fundamental é que os jogos devem ser desenvolvidos sempre dos mais simples para os mais complexos e garantir uma intensidade máxima de prazer e participação”. Segundo Santos et al (2013): Podemos escolher qualquer método de ensino para a técnica do jogo, o importante é que durante o ensino da técnica o professor crie situações para estimular cognitivamente o seu aluno. A técnica deve ser aprendida e não mecanizada. Estímulos visuais, sonoros e táteis podem e devem ser inseridos no ensino da técnica para enriquecer o repertório motor e cognitivo do aprendiz, SANTOS ET AL (2013). Jogos esportivos modificados Abordagem proposta por Bunker e Thorpe, segundo Coutinho e Silva (2009) na qual a ideia é permitir o compartilhamento de ideias de maneira cooperativa, de forma que os alunos possam compreender o jogo participando do mesmo e tomando decisões. O ensino progride por meio da tática do jogo ao invés de considerar apenas habilidades técnicas. Nesta abordagem ainda é considerada que em qualquer escolaridade a criança pode desenvolver seus próprios jogos, desta forma, desenvolvendo suas próprias habilidades e seu conhecimento. Pode ser cooperativo ou competitivo. �15 Abordagem do professor Claude Bayer Esta abordagem, segundo Coutinho e Silva (2009), foi desenvolvida por Claude Bayer, e consiste na valorização espontânea dos jogos praticados pelas crianças, e nas quais estas podem modificá-los. Ainda, consiste em atividades de desenvolvimento da criança na qual esta pode atuar por si mesma, criando sua própria autonomia. Valoriza também os aspectos da conduta e reflexão tática, devendo-se desconsiderar a execução repetitiva dos movimentos. Abordagem situacional De acordo com Coutinho e Silva (2009) este método pode ser encontrado no trabalho de Greco (2000) que sugere o ensino através do método situacional, valoriza e otimiza a capacidade motora, de acordocom a situação do jogo, os alunos podem aprimorar suas habilidades técnicas e motoras. De tal forma, as situações de jogo 1x0-1x1-2x1, são trabalhadas de forma isoladas dos jogos, pois são aprendidas com números reduzidos de praticantes. Nesta abordagem destaca-se que a técnica desportiva é praticada na iniciação aos conceitos da tática, ou seja, aliando o "como fazer" a "razão de fazer". Este método pode ser interessante à medida que faz simulação de situações reais do jogo, exigindo do aluno, autocontrole emocional, capacidade motora e capacidade de raciocínio frente ao desafio proposto. Crítico-Superadora De acordo com Coutinho e Silva (2009), esta metodologia foi elaborada por um Coletivo de Autores em 1992, na qual considera que o ensino dos esportes deve possuir princípios metodológicos da lógica dialética, que consiste em apresentar ideias e discuti-las de forma que possa se chegar a algum resultado, no entanto, devem ser apresentados de forma organizada e sistematizados. Crítico emancipatória Nesta concepção o esporte não deve ser ensinado como simples tática e técnica e execução, mas sim ser debatido e discutido. Considera aspecto da criticidade e da emancipação, alunos com condições de refletir e ao mesmo tempo em que o professor deve se pautar em um ambiente colaborativo de aprendizagem. O ensino deve fomentar a capacitação dos alunos para um agir solidário, segundo os princípios da co-determinação, autodeterminação e da autorreflexão, através �16 da interação aluno-aluno, aluno-professor e professor-aluno. [...] a constituição de ensino pelas categorias: trabalho, interação e linguagem devem conduzir ao desenvolvimento da competência objetiva, social e comunicativa ” (COUTINHO E SILVA, 2009, PG. 123). Segundo Voser e Giusti (2015) o professor deve conhecer e desenvolver o seu próprio método buscando sempre aquele que é o mais adequado a realidade do seu aluno, com respeito às suas características individuais. Segundo os autores cada método tem suas particularidades, vantagens e desvantagens, no entanto, sugerem que nenhum seja desprezado, sugerindo ainda algumas recomendações importantes aos professores para o sucesso docente, a saber: "estabelecer vinculo afetivo com alunos; transmitir apoio e segurança; usar reforço positivo; manter a motivação” VOSER E GIUSTI (2015). Os autores apresentam os métodos tradicionais, as estruturas técnicas e como fazer, conforme Quadro 1. �17 Quadro 1 - Métodos tradicionais MÉTODOS TRADICIONAIS —> ESTRUTURAS TÉCNICAS —> COMO FAZER Método parcial/analítico- sintético Método global/global-funcional Método misto A ênfase está nos aspectos técnicos e na execução de elementos fundamentais próprios da modalidade, como, por exemplo, a condução, o drible, o passe e o chute. É orientado exclusivamente para o jogo. Os autores caracterizam essa metodologia como “método de confrontação”. No primeiro, o processo de iniciação esportiva privilegia a aquisição de "formas simplificadas da técnica do jogo”; no segundo, os alunos devem ser inseridos, desde o principio, na “ideia simplificada de jogo”. No sentido de aproveitarem as vantagens minimizando as desvantagens, há aqueles que aplicam o que se denomina “metodologia mista”, caracterizada pela utilização simultânea de princípios pedagógicos de ambas as propostas. Vantagens: 1.facilidade com que pode ser implantada; 2. não implica necessariamente a utilização de materiais e espaços específicos; 3. o professor precisa apenas ter conhecimento específico sobre “o que fazer”(técnica”); 4. os alunos têm chance de iniciarem a partir da execução de elementos mais simples e menos complexos do jogo; 5. devido ao fato e o processo de aprendizagem ser divididos em etapas, há considerável possibilidade de êxito na execução dos elementos técnicos. Vantagens 1.o desejo dos alunos de jogar é atendido; 2.os elementos do jogo são desenvolvidos em condições reais e não necessita ser decomposto em elementos tão básicos; 3.a relação entre alunos é mais efetiva, as destreza motoras e o conhecimento tático do jogo podem ser desenvolvidos simultaneamente; 4. os jogadores podem vivenciar diversas experiências de jogo; 5. organização e desenvolvimento das atividades são considerados simples. �18 Fonte: VOSER E GIUSTI (2015). Os autores apresentam também apresentam as características dos métodos modernos recreativos e situacional, bem como as vantagens destes métodos, o Quadro 2 representa tais informações. Desvantagens: 1. não possibilita, pelo menos a principio, a satisfação que o jogo proporciona; 2. a aula pode acontecer de maneira monótona, especialmente para os mais habilidosos; 3. aqueles que apresentam mais facilidade na educação dos movimentos sentem “amarrados”, “presos”, às sequências predeterminadas que, embora tenham uma relação mínima com o jogo, estão muito além dele; 4. o aluno dificilmente consegue visualizar a relação do exercício com o jogo, o que pode dificultar a tomada de decisão e, consequentemente, a execução do movimento e o entendimento do jogo e sua relações; 5. a metodologia decorre alheia ao jogo. Desvantagens: 1. a confrontação pode representar uma sobrecarga; 2. a possibilidade de sucesso não é tão frequente e comum como na metodologia parcial; 3. o aluno menos habilidoso pode ser excluido e a aprendizagem pode ser retardada; 4. a execução inadequada de movimentos e comportamentos táticos incorretos são mais frequentes e descontrolados, pois o professor dificilmente consegue corrigir ou mesmo visualizar todos o erros de tomada de decisão, execução de movimentos e de posicionamento. É comum a seguinte divisão: 1. parte - aquecimento com ou sem bola (habitualmente sem bola); 2. parte - corpo principal da aula, em que são abordados os gestos específicos da atividade considerada, por meio de situações simplificadas, com ou sem oposição; 3. parte - em função do tempo disponível utiliza-se formas jogadas (jogos reduzidos ou jogo forma). Consequências Ações do jogo mecanizadas, pouco criativas, comportamentos estereotipados. Problemas na compreensão do jogo (leitura deficiente, soluções pobres) Consequências Jogo criativo, mas com base no individualismo, virtuosismo técnico contrastando com anarquia tática. Soluções motoras variadas, mas com inúmeras lacunas táticas e falta de coordenação das ações coletivas. Ex: Aula contempla a técnica e o jogo. Ex: Aulas centradas apenas em exercícios . Ex: Aulas centrada apenas no jogo. �19 Quadro 2 - Métodos modernos MÉTODOS MODERNOS —> ESTRUTURAS TÁTICAS —> O QUE, QUANDO, E POR QUE FAZER Método recreativo Método situacional/condicionado O conceito recreativo de jogo se apoia na "ideia simplificada de jogo”. Quando os autores tratam a “ideia simplificada de jogo”, eles se referem ao que denominaram de “pequenos jogos”, que têm sua importância nas semelhanças aos “grandes jogos”. Diferentemente dos métodos analítico-sintético, global- funcional, misto e do conceito recreativo do jogo, é caracterizado por não se trabalhar, em nenhum momento, aspectos técnicos e táticos separadamente. Neste método, a aprendizagem é determinada pelo princípios do jogo, na qual a técnica é aprimorada por meio da complexidade tática. É "conveniente que a técnica responda às situações de jogo”. O jogo como recurso pedagógico • Jogar se aprende jogando • Inteligência tática se aprende jogando • O jogo formal não atende a todos os alunos • O “pulo" da técnica isolada para o jogo formal é “grande demais” para muitos alunos Necessidade de “adequar” o jogo aos alunos •Mudança no formato, regras, condições, entre outros. - Aumentar ou diminuir o campo de jogo - Diminuir o número de jogadores - Condições técnicas definidas (tipo de passe, arremesso, etc) - Criar ou subtrair regras para atender aos objetivos da aula. Vantagens 1. os participantes praticam, desde o inicio, o jogo sem que pretendam aprender; 2. a aprendizagem progride de maneira gradual; 3. devido à intervenção ativa e à possibilidade de encontrar soluções para os problemas que surgem durante a prática, sentem-se altamente motivados; 4. os alunos, desde o inicio, vivenciam a complexidade do jogo adaptado às características e às necessidades de cada idade, fazendo com que se adaptem à estrutura social do jogo e se comportem de maneira adequada frente às dificuldades; 5. as atividades não são monótonas; 6. os problemas e as dificuldades são vivenciados a um nível adequado de solubilidade, o que minimiza a sensação e a vivência de fracassos; 7. as imperfeições podem ser corrigidas facilmente. Vantagens: 1. a aprendizagem ocorre de maneira gradativa; 2. o próprio aluno participa do processo de tomada de decisão, o que o torna “agente ativo no seu processo de aprendizagem”; 3. os alunos com baixo nível de desempenho conseguem participar e aprimorar adequadamente aspectos técnicos e táticos; 4. o conhecimento das estruturas do jogo, facilita a aprendizagem de outras modalidades. Consequências: As técnicas surgem em função da tática, de forma orientada e provocada. Inteligência tática: conecta interpretação e aplicação dos princípios do jogo; viabilização da técnica e criatividade nas ações do jogo. Ex: Aulas centradas em atividades lúdicas recreativas, brincadeiras populares, série de jogos e mini-jogos. Ex: Jogos reduzidos (1x1)-(2x2)-(3x3), jogos situacionais, jogos de apoio e jogos condicionados e adaptados. �20 Sugestões de atividades e procedimentos pedagógicos aplicados ao ensino do futsal escolar - Nivel Fundamental e Médio Considerando a importância atividades e procedimentos pedagógicos aplicados ao ensino do futsal escolar, apresentamos duas propostas , a de Kawashima e Branco (2008) e Brito e Canan (2013), que foram desenvolvidos e destinados aos níveis de ensino fundamental e médio, respectivamente. Kawashima e Branco (2008) propõe que os professores devem conhecer os procedimentos de ensino e realizar a escolha de acordo com a realidade dos alunos. Os autores apresentam um conjunto de atividades de esportes coletivos e futsal para serem desenvolvidos no ensino fundamental. Consideram importante o bom relacionamento do aluno com o professor para que estes possam estabelecer vínculos, resultando na aprendizagem dos conteúdos propostos, na aprendizagem social e reflexiva dos alunos, possam ser valorizadas. Enfatizam os aspectos do jogo para o desenvolvimento do futsal. O Quadro 1 apresenta uma sequencia de conteúdos didáticos do futsal propostos por estes autores: Quadro 1 - Conteúdos para Ensino Fundamental Série Conteúdos Orientações 1 Domínio do corpo Habilidades básicas Jogos de regras da própria cultura infantil. Jogos desportivos. pré- Jogos reduz idos . Jogos adaptados. Jogos com ou sem unidade de jogo. Brincadeiras. 2 Manipulação de bola Habilidades básicas 3 Passe, Recepção, Drible 4 Sistemas de ataque e defesa comuns aos esportes coletivos Início ao futsal: Prévia dos fundamentos específicos do futsal. �21 5 Habilidades específicas (domínio, controle e condução de bola) Sistemas: ofensivos (situações 1X1, 2X1,..., diversidade) defensivos (1X1, 2X2, 1X2,..., diversidade) – habilidade: marcação. Incentivar os alunos a construírem seus próprios jogos a partir de materiais ou objetivos sugeridos pelo professor. Ta r e f a s ( C i r c u i t o s d e atividades). Brincadeiras. Jogos reduzidos. Jogos adaptados. Jogos com unidade de jogo. Jogos sem unidade de jogo. Utilização de vídeos e textos sobre o assunto. Observação de jogos ao vivo ou pela televisão. 6 Habilidades específicas (passe, recepção e chute- finalização) Sistemas: ofensivos: 2.1.1 (primeira bola perdida – no ataque) defensivos: individual (habilidade: marcação) contra-ataque. 7 Habilidades específicas (drible, finta e cabeceio) Sistemas: ofensivos: 1.2.1 defensivos: zona (habilidade: marcação) contra-ataque. Série Conteúdos Orientações �22 Fonte: Kawashima e Branco (2008). Brito e Canan (2013) apresentam uma proposta didática para ensino do futsal visando melhorar a participação dos alunos do primeiro ano do ensino médio paranaense a as aulas de educação física e direcionar os professores no trabalho com conteúdo futsal. A proposta didática destes autores, foram feitas em 26 aulas e foram compostas por atividades diferenciadas contemplando a abordagem de situações de jogo, distribuídos em blocos, ou seja, em módulos. O Quadro 2 apresenta tais atividades de forma resumida. 8 Habilidades específicas (antecipação e proteção de bola) Funções específicas de cada jogador (incluir habilidades do goleiro) Sistemas: ofensivos: 2.2 defensivos: zona e individual contra-ataque. Elaboração de painéis de exposição na escola, sobre diversos temas acerca dos conteúdos trabalhados no futsal. Série Conteúdos Orientações �23 Quadro 2 - Proposta de atividades para o ensino médio Fonte: Brito e Canan (2013) Desenvolvimento das Capacidades Motoras e Habilidades Cognitivas relacionadas ao Futsal No futsal considerando as necessidades do jogo é possível citar as capacidades motoras condicionais, e capacidades motoras coordenativas como primordiais. É importante que o professor de educação física conheça os princípios básicos do desenvolvimento motor do e as contribuições que o futsal pode ocasionar no desenvolvimento motor do estudante. É importante destacar também que conhecer as fases do desenvolvimento motor pode evitar uma especialização precoce em qualquer modalidade esportiva. Ressalta-se que os alunos a partir dos 16 anos, estão em uma fase do desenvolvimento motor propicio para movimentos relacionados às habilidades esportivas, consequentemente em um estágio de especialização do desenvolvimento motor (VOSER E GIUSTI, 2015). Segundo Bastos (2016): A aprendizagem motora é o processo de captação de movimentos coordenados para realizar um ação esportiva com competência, baseando-se no processamento e na armazenagem de informações recebidas, o que inclui um interação reciproca entre o ensino e aprendizagem. Alguns requisitos são fundamentais para a aprendizagem motora tais como: conjunto de capacidades individuais, o meio ambiente social, a linguagem empregada pelo treinador, o domínio dos conteúdos, o conhecimento e a estruturação das tarefas do processo pedagógico (BASTOS, 2016). Módulos Quantidade de Aulas Quantidade de Atividades Orientações Resultados 1 7 15 Atividades Técnicas, Jogos pré-desportivos, jogos de rua Imita os objetivos de diferentes movimentos pedidos no Futsal. 2 7 13 Situações de jogos, jogos reduzidos e jogos de rua Simulam os movimentos técnica solicitados no Futsal. 3 9 17 Jogos modificados, lógica tática e jogo formal Evolução dos Exercícios em termos de dificuldade, área motriz e situação de jogo envolvida. Torneio para a participação de todos. �24 Bastos (2016) define as capacidades coordenativas como: orientação espacial, diferenciação cinestésica, reação, ritmo, e equilíbrio. Já as capacidades condicionais condicionais estão relacionadasao aspectos físico, como a velocidade, agilidade, força, resistência, flexibilidade, metabolismo energético, coordenação intra e intermuscular, massa muscular em relação ao peso corporal, entre outros. O mesmo autor procura diferenciar capacidades de habilidades, define que capacidades são inatas e habilidades é possível melhorar. Divide as habilidades em habilidade cognitiva e habilidade motora. Segundo Habilidade cognitiva é a determinante principal do sucesso, é qualidade da decisão do executante em relação ao que fazer, saber o que fazer e quando fazer. Habilidade motora fazer a execução correta com qualidade. É a capacidade de coordenar os movimentos para se adaptar e se relacionar com as características do meio. Para tanto é necessário motivação e vontade, prática e experiência, e lembrar sempre que a aprendizagem motora não é diretamente observável BASTOS (2016). 3. Metodologia A metodologia de desenvolvimento deste trabalho quanto à natureza é caracterizada como pesquisa básica, de caráter exploratória com fundamentação em pesquisa bibliográfica, se amparando em abordagens predominantemente qualitativas, e com sustentação em pesquisa de campo. A pesquisa de campo segundo Prodanov e Freitas (2013, p. 60): “Consiste em coletar e analisar informações sobre determinado indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade, a fim de estudar aspectos variados de sua vida, de acordo com o assunto da pesquisa” (PRODANOV E FREITAS, 2013, PG. 60). Para coleta dos materiais para a revisão bibliográfica deverão ser utilizados livros e artigos publicados em revistas científicas disponíveis na forma impressa e na internet. Quanto aos procedimentos de coleta da revisão bibliográfica prevê-se inicialmente uma leitura exploratória para conhecer e se aprofundar no tema; em seguida uma leitura seletiva, que irá dar subsídios de selecionar os materiais adequados e coerentes ao tema; em seguida uma leitura analítica, que proporcionará reflexões e análise para a interpretação dos dados e informações coletados. �25 Para a coleta de dados da pesquisa de campo, utilizar-se-a de questionário investigativo a ser aplicado junto a professores de educação física do ensino médio de escolas estaduais do ensino médio. Após coletar os dados, estes serão tabulados e expostos em tabelas, quadros ou gráficos. Por fim, será feita a análise e interpretação dos dados coletados. Cronograma Ano/Mês 2017 Atividades 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 Escolha do tema X 02 Formulação da questão problema X 03 Definição dos objetivos e justificativa X 04 Levantamento de literatura X X 05 Referencial teórico X X 06 Definição da metodologia e coleta de dados X 07 Redação do projeto de pesquisa X X 08 Apresentação do projeto de pesquisa X 09 Coleta de dados questionário 10 Tratamento dos dados coletados 11 Redação do artigo 12 Revisão do artigo 13 Apresentação do artigo final �26 5. Considerações finais �27 Referências Armbrust M.; Silva A. L. A., Navarro A. C. Comparação entre o Método Global e Método Parcial na Modalidade Futsal com Relação ao Fundamento Passe. Revista Brasileira de Futsal e Futebol. São Paulo. Vol. 2. Num.5. p. 77-81. Maio/Jun/Jul/Ago. 2010. Balbino, H. F. Inteligências Múltiplas - Uma Experiência Em Pedagogia do Esporte da Atividade Física No Sesc São Paulo / Organização Hermes Ferreira Balbino - São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2014. BASTOS, A. L. Futsal: Técnicas de administração para ser um vencedor. Ed.e-galáxia, 2016. BRITO, Daniel Bernardes. CANAN, Felipe. O Futsal no Ensino Médio: Atendendo as Necessidades dos Alunos Mediante suas Diferentes Habilidades. Cadernos PDE, 2013. Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/ producoes_pde/2013/2013_unioeste_edfis_artigo_daniel_bernardes_de_brito.pdf. Acesso em 25 de abril de 2017. CBFS. Conheça as dimensões da quadra de futsal. Página da Confederação Brasileira de Futebol de Salão, 2017. Disponível em http://www.cbfs.com.br/2015/futsal/quadra/ index.html. Acesso em 30 de abril de 2017. COSTA, C. Futsal: Aprenda a ensinar. Florianópolis, SC. Visual Books, 2007 COUTINHO, N.; SILVA, S. Conhecimento e Aplicação de Métodos de Ensino para os Jogos Esportivos Coletivos na Formação Profissional em Educação Física. Movimento, Porto Alegre, v. 15, n. 01, p. 117-144, janeiro/março de 2009. 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Canoas: Ed ULBRA, 2003. �30 APÊNDICE A - INSTRUMENTO DE PESQUISA UTILIZADO NA COLETA DE DADOS Você está sendo convidado (a) a responder um questionário sobre o uso de métodos de ensino do futsal nas aulas de educação de física. Essa pesquisa é parte integrante de um projeto, que se fará fundamental e indispensável para a conclusão da curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Norte do Paraná. Por esta razão, solicita-se que todas as questões sejam respondidas em concordância com a realidade. *Obrigatório 1. Qual o seu nome? 2. Qual a sua idade? * ( ) 20 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 a 50 anos ( ) acima de 50 anos Outro: 3. Qual a sua escola de atuação? * 4. Qual a sua formação acadêmica? * ( ) Licenciatura em Educação Física ( ) Graduação em Educação Física (Bacharelado e Licenciatura) ( )Bacharelado em Educação Física Outro: �31 5. Qual a Instituição de Ensino de sua graduação? * 6. Qual o ano de sua formação? * 7. Quais abordagens pedagógicas de ensino do esportes coletivos - futsal você estudou na graduação? * ( ) Método Parcial/Analítico-sintético ( ) Método Global ( ) Método Misto ( ) Método Situacional/condicionado ( )Método Série de jogos/recreativo Outro: 8. Quais métodos de ensino do futsal você tem domínio e conhecimento para utilizar nas aulas? * ( ) Método Parcial/Analítico-sintético ( ) Método Global ( ) Método Misto ( ) Método Situacional/condicionado ( ) Método Série de jogos/recreativo Outro: �32 9. Quais métodos de ensino você já utilizou nas aulas de educação física para ensino do futsal ? * ( ) Método Parcial/Analítico-sintético ( ) Método Global ( ) Método Misto ( ) Método Situacional/condicionado ( )Método Série de jogos/recreativo Outro: 10. Qual método você acredita ser o mais indicado para desenvolvimento da aprendizagem motora, inteligência das ações do jogo e participação efetiva dos alunos de ensino médio nas aulas de futsal? * ( ) Método Parcial/Analítico-sintético ( ) Método Global ( ) Método Misto ( ) Método Situacional/condicionado ( ) Método Série de jogos/recreativo Outro:
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