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Cartografia Cartografia – ciência, arte e técnica. Aula 1 Localização e identificação de lugares. Desenhos, cartas, portulanos, astrolábios, bússolas. Os conceitos levam em conta três dimensões: artística, técnica e científica. Perpassa a cultura de cada povo. A cartografia Encontrado na Mesopotâmia: placa de barro que cabe na palma da mão. Figura 1: Mapa de Ga-Sur. Fonte: Duarte (2008) apud Ferreira (2015). Há mitos e preceitos que envolvem mapas e religiosidade: Registros de montanhas: o Sumure dos budistas e o monte Meru dos hinduístas. Registros de cidades sagradas como Meca e Jerusalém. São mapas que retratam a viagem espiritual. Ao centro do mapa vê-se o Monte Meru: o eixo do mundo para os hindus. Figura 2: Mapa Janaísta do século XVII. Fonte: Correio da UNESCO (1991) apud Ferreira (2015). Mapa cristão e a alegoria bíblica: os continentes conhecidos e os filhos de Noé. Figura 3: Mapa cristão do século XV. Fonte: Commons Wikimedia apud Ferreira (2015). Indícios de produção cartográfica anterior à produção europeia. Demarcação de fronteiras. Finalidades cadastrais. Testemunho cultural. Estratégia militar. Fixação de impostos. Ritualidade. A produção cartográfica chinesa Registra o itinerário desde o porto de Nanquim, passando pelo estreito de Ortnuz. Figura 4: Portulano de Zheng He. Fonte: Correio da UNESCO (1991) apud Ferreira (2015). Fundamentos científicos da cartografia moderna. Discussão sobre a forma esférica da Terra. Delimitação das linhas da rede geográfica. Cálculo da circunferência da Terra. Mapa do mundo com áreas habitadas. A influência grega na cartografia O mapa múndi de Ptolomeu indica aspectos referentes às projeções. As ideias de Ptolomeu influenciaram o mundo ocidental por séculos. Figura 5: Planisfério de Ptolomeu. Fonte: Almeida (2013) apud Ferreira (2015). Não é possível exibir esta imagem no momento. Os mapas também estavam presentes. Finalidade: conhecer, organizar e administrar o espaço existente. Mapas de caráter científico e utilitário. As cartas-portulanos eram produzidas por genoveses, pisanos e venezianos. A cartografia na Idade Média A Terra circular dividida em três, como a trindade, com dois braços de mar em T. Figura 6: Mapa Múndi T em O. Fonte: Commons Wikimedia apud Ferreira (2015). Continuando Aula 01: Cartografia – ciência, arte e técnica. Deu-se na Idade Média quando a obra de Ptolomeu foi proibida na Europa. Sua obra foi estudada pelos árabes. Al Battani discordou de Ptolomeu e refez algumas formulações. Al-Idrisi auxiliou os portugueses na busca por novas terras. A influência árabe na cartografia Reformulou as concepções de Ptolomeu. Deu origem aos trabalhos de projeção cartográfica. Meridianos e paralelos retos e equidistantes. A criação da palavra Atlas. Reduziu áreas já elaboradas. A contribuição de Mercator Matemático e geógrafo, responsável por inúmeros estudos cartográficos. Figura 7: Gerardi Mercatoris. Fonte: Commons Wikimedia apud Ferreira (2015). Medição do meridiano de Paris e do arco do Meridiano de Quito, operações fundamentais para o desenvolvimento da geodésia. Mapas de Nicolau Sanson com influência cartográfica dos Países Baixos e de Mercator. Mapas e atlas das terras conquistadas. A produção cartográfica francesa A Escola de Sagres e as produções da expansão ultramarina: configuração das costas, delineamento de continentes e ilhas. Cartografia terrestre. Chegada da Família Real: criação da Academia da Marinha, do Arquivo Militar, da tipografia régia. A produção cartográfica portuguesa Ampla produção cartográfica, com importantes informações geográficas. Os mapas dos povos maias e astecas Figura 8: Mapa maia e asteca. Fonte: Correio da UNESCO (1991) apud Ferreira (2015). Horizontes ampliados pelo avanço dos meios de transportes e comunicações. Avanços facilitaram a orientação e a localização. Astronomia, bússola, mapa, coordenadas geográficas e GPS. Técnica e tecnologia nos contextos geográficos. Conhecimentos da ciência chinesa. Campo magnético do planeta. Polos Norte e Sul do magneto. O Norte Geográfico (NG) e o Norte Magnético (NM). A diferença entre NM e NG: declinação magnética. A bússola e a declinação magnética A declinação magnética varia com o tempo e com a posição geográfica. É ocidental quando o polo magnético estiver a oeste do geográfico e oriental em caso contrário. Polo Norte Geográfico Polo Sul Geográfico Polo Norte Magnético Polo Sul Magnético Declinação Magnética Ocidental Figura 9: A Declinação Magnética. (Elaborado pelo autor) O valor da declinação magnética de um local pode ser encontrado em cartas topográficas nas quais é dada a declinação do ano em que a carta foi confeccionada e o valor de sua variação anual. Como exemplo pode ser usada a declinação magnética de Brasília que em 2014 era de 20º57’ W, com variação anual de 5’ W. Bússola geológica de Brunton: importante instrumento para os geólogos. Combinação de bússola com nível de bolha e clinômetro. Permite determinar medidas rápidas de altitudes e coordenadas. É constituída de uma caixa metálica revestida com espelho. Figura 10: Representação da bússola geológica Brunton. Fonte: Fujimori; Ferreira; Batista (1983) apud Ferreira (2015). Agora é sua vez Aula 01: Cartografia – ciência, arte e técnica. Atividade Sobre a Cartografia – ciência, arte e técnica, responda as questões que seguem. 1. Como a cartografia evoluiu desde os primórdios de sua utilização? A utilização das representações cartográficas se deu em diferentes épocas e lugares do mundo por diferentes povos que conforme sua evolução aperfeiçoaram a cartografia. Atividade 2. Sabendo-se que a declinação magnética de Brasília varia anualmente 0º05’ W e que em 2014 sua declinação magnética era de 20º57’ W, pergunta-se: a. Qual era a declinação magnética no ano de 2007? Em 2014: 20º57’ W. Em 2007? Variação anual 5’ W. 2014 – 2007 = 7 anos. Variou 7 x 5’ = 35’ W. 20º57’ W – 35’ W = 20º22’ W. Atividade b. Qual será a declinação magnética de Brasília em 2020? Em 2014: 20º57’ W. Em 2020? Variação anual 5’ W. 2020 - 2014 = 6 anos. Variou 6 x 5’ = 30’ W. 20º57’ W + 30’ W = 20º e 87’ W. Como os minutos vão até 60’, é preciso diminuir 60’ e acrescentar 1º. Logo a resposta correta é: 21º27’ W. Atividade 3. Sabendo-se que a declinação magnética de Recife varia anualmente 0º02’ E e que em 2007 sua declinação magnética era de 22º22’ W, pergunta- se: a. Qual era a declinação magnética no ano de 1999? Em 2007: 22º22’ W. Em 1999? Variação anual 2’ E. 2007 – 1999 = 8 anos. Variou 8 x 2’ = 16’ E. 22º22’ W – 16’ E = 22º38’ W. Atividade b. Qual será a declinação magnética de Recife em 2020? Em 2007: 22º22’ W. Em 2020? Variação anual 2’ E. 2020 - 2007 = 13 anos. Variou 13 x 2’ = 26’ E. 22º22’ W + 26’ E = 22º e - 04’ W Como não existem minutos negativos é preciso somar 60’ e diminuir 1º. Logo a resposta correta é: 21º56’ W. Atividade 4. Qual foi a civilização que mais contribuiu com o desenvolvimento da cartografia durante a Idade Antiga? A civilização grega, pela aplicação prática do seu legado no mundo ocidental: conhecimentos básicos como a concepção da forma esférica da Terra, a noção de polos, a ideia de latitude e longitude e as primeiras projeções. Atividade 5. O que ocorre com a cartografia durante a Idade Média? Assim como ocorre com o conhecimento científico, a cartografiavai viver no ostracismo na Europa durante a Idade das Trevas. A obra de Ptolomeu será proibida. Haverá destaque para o mapa “T em O”. Os árabes vão estudar a cartografia no período. Atividade 6. Qual o grande nome da cartografia na época do Renascimento? Por quê? Foi Mercator. Porque elaborou mapas de grande valor e uso prático. Traçou um mapa onde as linhas de meridianos e de paralelos formavam ângulos retos, o que facilitou a navegação marítima. Isso popularizou a projeção cilíndrica no mundo. Finalizando Aula 01: Cartografia – ciência, arte e técnica. Localização e identificação de lugares. Desenhos, cartas, portulanos, astrolábios, bússolas. Perpassa a cultura de cada povo. Há mitos e preceitos que envolvem mapas e religiosidade. A cartografia Indícios de produção cartográfica anterior à produção europeia. Demarcação de fronteiras. Finalidades cadastrais. Testemunho cultural. Estratégia militar. Fixação de impostos. Ritualidade. A produção cartográfica chinesa Fundamentos científicos da cartografia moderna. Discussão sobre a forma esférica da Terra. Delimitação das linhas da rede geográfica. Cálculo da circunferência da Terra. Mapa do mundo com áreas habitadas. A influência grega na cartografia Os mapas também estavam presentes. Finalidade de conhecer, organizar e administrar o espaço existente. Mapas de caráter científico e utilitário. As cartas-portulanos eram produzidas por genoveses, pisanos e venezianos. A cartografia na Idade Média Deu-se na Idade Média quando a obra de Ptolomeu foi proibida na Europa. Sua obra foi estudada pelos árabes. Al Battani discordou de Ptolomeu e refez algumas formulações. Al-Idrisi auxiliou os portugueses na busca por novas terras. A influência árabe na cartografia Reformulou as concepções de Ptolomeu. Deu origem aos trabalhos de projeção cartográfica. Meridianos e paralelos retos e equidistantes. A criação da palavra Atlas. Reduziu áreas já elaboradas. A Contribuição de Mercator Medição do meridiano de Paris e do arco do Meridiano de Quito. Mapas e atlas das terras conquistadas. A Escola de Sagres e as produções da expansão ultramarina: configuração das costas, delineamento de continentes e ilhas. A produção cartográfica francesa e portuguesa Horizontes ampliados pelo avanço dos meios de transportes e comunicações. Avanços facilitaram a orientação e a localização. Astronomia, bússola, mapa, coordenadas geográficas e GPS. Técnica e tecnologia nos contextos geográficos VENTURI, Luis Antonio Bittar (Org.). Geografia: práticas de campo, laboratório e sala de aula. São Paulo: Editora Sarandi, 2011. FERREIRA, Gustavo Henrique Cepolini. Cartografia: Cartografia – ciência, arte e técnica. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. MENEZES, Paulo Márcio Leal de. O Brasil na Cartografia Pré-Lusitana. 1º Simpósio Brasileiro de Cartografia Histórica. IGEO - Departamento de Geografia - Laboratório de Cartografia – UFRJ. Parati, 10-13 mai. 2011. Disponível em <https://www.ufmg.br/ rededemuseus/crch/simposio/ MENEZES_PAULO_MARCIO_LEAL.pdf> Acesso em 15 mar. 2015. Referências LONGO, Valéria Aparecida Anti. A História da Cartografia e suas contribuições para a linguagem cartográfica nas séries do Ensino Fundamental. Trabalho de Conclusão de Curso. UNESP. Especiali- zação em Geografia. Presidente Prudente, 2011. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/84/docs/tcc/RED EFOR_1ed_TCC_Val%C3%A9ria%20Aparecida%20Anti%20Longo.p df> Acesso em 15 abr. 2015. Referências