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SOBRE O CADERNO DE ORIENTAÇÕES DE EMPREENDIMENTO – COE: O Caderno de Orientações de Empreendimento contempla todos os procedimentos da CAIXA para concessão de financiamento ao Setor Privado, sendo constituído pelos seguintes Manuais: • Manual Técnico de Engenharia; • Manual Técnico de Trabalho Social; • Manual Operacional; • Manual Jurídico; • Manual de Risco de Crédito. Os Manuais têm por princípios: • Uniformizar os documentos a serem apresentados; • Orientar o preenchimento dos documentos; • Tornar transparentes os aspectos relevantes das análises da CAIXA; • Agilizar o trâmite do processo na CAIXA. SOBRE O MANUAL TÉCNICO DE ENGENHARIA – MTE – E O MANUAL TÉCNICO DE TRABALHO SOCIAL – MTTS: Aplicabilidade Os manuais aplicam-se aos empreendimentos passíveis de enquadramento nos programas de financiamento do setor privado. Mesmo obedecendo a uma estruturação de assuntos padronizada nacionalmente, predominantemente são respeitadas as peculiaridades estaduais, assim, o presente documento tem aplicabilidade apenas no Estado de Santa Catarina. Síntese do Conteúdo O presente documento está dividido em duas partes: o Manual Técnico de Engenharia, e o Manual Técnico de Trabalho Social. O Manual Técnico de Engenharia inicialmente apresenta a documentação específica exigida para concessão de financiamento, informando quando prescindíveis e instruindo como elaborar os documentos. São ainda apresentados os aspectos relevantes das análises técnicas da CAIXA, tornando transparentes e uniformes os critérios adotados pelo corpo de Engenheiros e Arquitetos, além dos principais pontos observados durante o acompanhamento de obras e conseqüente liberação de recursos. Posteriormente, a título informativo, são abordados assuntos que tendem a interferir em todo o macrosetor da construção civil, tais como programas de qualidade, evolução tecnológica, impacto ambiental e outros. Discorre-se ainda sobre diversos sistemas construtivos, inclusive orientando as empresas que desejam apresentar propostas alternativas de construção. Esta parte é concluída com uma série de anexos que apresentam todos os modelos de engenharia padronizados pela CAIXA, auxiliares na montagem das peças técnicas pelos Proponentes. O Manual Técnico de Trabalho Social traz orientações para auxiliar as Construtoras na implantação do projeto, no financiamento dos programas Imóvel na Planta e/ou em Construção, estabelecendo diretrizes e fornecendo instrumental técnico-operativo capaz de ajudar o profissional responsável por sua execução na elaboração, registro, monitoramento e avaliação do referido trabalho. Visa ainda nortear as ações do projeto a ser apresentado pelo proponente, embora tal projeto possa ser alterado em sua forma, conteúdo e/ou grau de exigência, com a devida análise e anuência da CAIXA, considerando o porte do empreendimento, suas características ambientais, a capacidade técnica do proponente e as características sócio- econômicas e culturais das populações envolvidas. Vigência O COE-SC, versão 2, entra em vigor a partir de 12.12.02, contudo haverá um período de transição, entre 12.12.02 e 28.02.03, de forma a não prejudicar as empresas que já iniciaram aprovação de projetos junto às Prefeituras (mediante comprovação), projetos estes, eventualmente elaborados seguindo regras da versão inicial do COE. Críticas e sugestões Este manual foi submetido à apreciação dos representantes da cadeia produtiva (SINDUSCON’s e CEIC) do Estado de Santa Catarina para que os mesmos fizessem sugestões acerca de seu conteúdo. Sabedores da complexidade do tema, e reconhecendo que o assunto não se esgota nesta edição, deixamos o Manual permanentemente aberto a críticas e sugestões que venham enriquecê-lo. Eventuais críticas ou sugestões poderão ser encaminhadas para: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – GIDUR/FL Endereço eletrônico: gidurfl@caixa.gov.br APRESENTAÇÃO ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ INDICE 3 PARTE I – MANUAL TÉCNICO DE ENGENHARIA 1 DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA .................................................................................................. 5 1.1 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS ...............................................................................................................................................7 1.2 INSTRUÇÕES DE ELABORAÇÃO...........................................................................................................................................8 2 PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA............................................ 11 2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE.................................................................................................................................... 13 2.2 LOCAL DO EMPREENDIMENTO E INFRA-ESTRUTURA EXTERNA........................................................................................... 14 2.3 PROJETO......................................................................................................................................................................... 15 2.4 CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS DA CAIXA PARA SC ................................................................................................... 16 2.5 MEMORIAL DESCRITIVO .................................................................................................................................................. 31 2.6 ORÇAMENTO ................................................................................................................................................................... 32 2.7 CRONOGRAMA................................................................................................................................................................. 33 2.8 QUADROS DA NBR 12721 ................................................................................................................................................. 34 2.9 FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE.................................................................................................................... 38 2.10 MANIFESTAÇÃO DOS ÓRGÃOS DO MEIO AMBIENTE.........................................................................................................40 2.11 CONCLUSÃO DA ANÁLISE: VIABILIDADE TÉCNICA E VIABILIDADE MERCADOLÓGICA ........................................................ 41 2.12 EMPREENDIMENTO EM MÓDULOS ................................................................................................................................ 42 3 PARÂMETROS CAIXA PARA ACOMPANHAMENTO DE OBRA................................................................ 45 3.1 INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE ACOMPANHAMENTO DE OBRAS.......................................................................................... 47 3.2 PLACA DE OBRA............................................................................................................................................................... 48 3.3 CRITÉRIOS CAIXA PARA MENSURAÇÃO DE OBRA............................................................................................................... 49 3.4 PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS ........................................................................................................... 51 4 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ................................................................................................ 53 4.1 PBQP-H – PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE NO HABITAT ............................................................................ 55 4.2 CONCEPÇÃO DE PROJETO ................................................................................................................................................58 4.3 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL ........................................................................................................................................... 60 4.4 ACESSIBILIDADE ............................................................................................................................................................. 64 4.5 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO................................................................................................................................ 66 5 OBSERVAÇÕES SOBRE SISTEMAS CONSTRUTIVOS ALTERNATIVOS .................................................. 69 5.1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................. 71 5.2 ALVENARIA ESTRUTURAL................................................................................................................................................. 71 5.3 GESSO ACARTONADO ...................................................................................................................................................... 73 5.4 SISTEMAS CONSTRUTIVOS ALTERNATIVOS ...................................................................................................................... 73 6 ANEXOS ....................................................................................................................................... 81 ANEXO A: CARTA PROPOSTA ......................................................................................................................................................... 83 ANEXO B: FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO - FRE................................................................................................................. 84 ANEXO C: MEMORIAL DESCRITIVO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO ............................................................................ 86 ANEXO D: MEMORIAL DESCRITIVO - INFRA-ESTRUTURA................................................................................................................ 97 ANEXO E: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO - HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO.................................... 110 ANEXO F: ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E ORÇAMENTO RESUMO – INFRA-ESTRUTURA .............................................................. 112 ANEXO G: CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – HABITAÇÃO/EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO........................................................ 114 ANEXO H: CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO – INFRA-ESTRUTURA ............................................................................................ 115 ANEXO I: CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO - GLOBAL .............................................................................................................. 116 ANEXO J: DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA................................ 117 ANEXO K: DECLARAÇÃO DE VIABILIDADE DE ATENDIMENTO PELA CONCESSIONÁRIA DE ÁGUA E ESGOTO.................................... 118 ANEXO L: PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS - PLS - HABITAÇÃO.................................................................................. 119 ANEXO M: PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS - PLS - EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO..................................................... 120 ANEXO N: PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS - PLS - INFRA-ESTRUTURA ...................................................................... 121 ANEXO O: QUADRO COMPLEMENTAR PARA CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS.................................................................................... 122 ANEXO P: PADRÃO DE ACABAMENTOS – CRITÉRIO SINAPI........................................................................................................... 123 ÍNDICE ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ÍNDICE 4 PARTE II – MANUAL TÉCNICO DE TRABALHO SOCIAL 1 ORIENTAÇÃO TÉCNICO-SOCIAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE TRABALHO SOCIAL............. 125 1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................................. 127 1.2 CONCEITO .................................................................................................................................................................... 127 1.3 OBJETIVOS ................................................................................................................................................................... 127 1.4 OPERACIONALIZAÇÃO ................................................................................................................................................... 127 1.5 1ª ETAPA – PREPARAÇÃO PARA A CONTRATAÇÃO ........................................................................................................... 128 1.6 2ª ETAPA – PRODUÇÃO DO EMPREENDIMENTO............................................................................................................... 130 1.7 3ª ETAPA – ENTREGA E OCUPAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................................................. 131 1.8 REUNIÕES..................................................................................................................................................................... 132 1.9 CANAIS DE COMUNICAÇÃO ............................................................................................................................................ 132 1.10 COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DE OBRA - C.A.O. ................................................................................................... 133 1.11 COMISSÃO DE DEMANDAS AO PODER PÚBLICO - C.D.P. ................................................................................................ 133 1.12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................................................. 134 2 ANEXOS...................................................................................................................................... 135 ANEXO A: CHECK LIST 1ª ETAPA ................................................................................................................................................. 137 ANEXO B: CHECK LIST 2ª ETAPA ................................................................................................................................................. 138 ANEXO C: CHECK LIST 3ª ETAPA ................................................................................................................................................. 139 ANEXO D: MODELO DE PROJETO TÉCNICO-SOCIAL...................................................................................................................... 140 ANEXO E: MODELO DE RELATÓRIO PARCIAL DO TRABALHO SOCIAL ............................................................................................ 143 ANEXO F: MODELO DE RELATÓRIO FINAL DO TRABALHO SOCIAL................................................................................................. 145 ANEXO G: KIT DE CONTRATAÇÃO................................................................................................................................................ 148 ANEXO H: CARTILHA DE CONTRATAÇÃO...................................................................................................................................... 149 ANEXO I: MANUAL DO PROPRIETÁRIO......................................................................................................................................... 151ANEXO J: PESQUISA DE PÓS-OCUPAÇÃO ..................................................................................................................................... 153 ANEXO L: PESQUISA DE PÓS-OCUPAÇÃO ..................................................................................................................................... 155 ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5 1 DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA Manual Técnico de Engenharia 1 ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 7 1.1 RELAÇÃO DE DOCUMENTOS FASE DOCUMENTO NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO MODELO VIDE ANEXO ELABORAÇÃO VIDE ITENS 1 CARTA PROPOSTA IMPRESCINDÍVEL A - 2 FICHA RESUMO DO EMPREENDIMENTO – FRE IMPRESCINDÍVEL B 2.9 3 MAPA DA CIDADE RESTRITO A REGIÃO DO EMPREENDIMENTO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.1 e 2.2 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO VIDE I - 1.2.2 LOTEAMENTO VIDE II - 1.2.3 ARQUITETÔNICO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.4, 2.3, 2.4 e 4.2 a 4.4 PLANTA COM MOBILIÁRIO DE CADA TIPO DE UNIDADE (leiaute) IMPRESCINDÍVEL - 1.2.5 COMPLEMENTARES (fundação, estrutura, inst. hidr./elétrica, etc) VIDE III - 1.2.6 INFRA-ESTRUTURA (água, esgoto, drenagem, paviment., etc) VIDE IV - 1.2.8 4 PROJETOS TERRAPLENAGEM VIDE I - 1.2.9 HABITAÇÃO IMPRESCINDÍVEL C 2.5 EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO VIDE V C 2.5 5 MEMORIAL DESCRITIVO INFRA-ESTRUTURA VIDE IV D 2.5 HABITAÇÃO IMPRESCINDÍVEL E 2.6 EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO VIDE V E 2.6 6 ORÇAMENTO DISCRIMINATIVO E FOLHA RESUMO INFRA-ESTRUTURA VIDE IV F 2.6 HABITAÇÃO IMPRESCINDÍVEL G 2.7 EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO VIDE V G 2.7 INFRA-ESTRUTURA VIDE IV H 2.7 7 CRONOGRAMA FÍSICO- FINANCEIRO GLOBAL VIDE VI I 2.7 MINUTA DO MEMORIAL DE INCORPORAÇÃO OU DA INSTITUIÇÃO DE CONDOMÍNIO VIDE VII - 1.2.10 e 2.8 MINUTA DA CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO VIDE VII - 1.2.10 e 2.8 8 INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA QUADROS DE I A VIII DA NBR 12721 VIDE VII - 1.2.10 e 2.8 CERTIDÃO DE INTEIRO TEOR DA MATRÍCULA DO IMÓVEL IMPRESCINDÍVEL - 1.2.11 9 DOCUMENTAÇÃO DO TERRENO TERMO DE OPÇÃO DE COMPRA E VENDA DO TERRENO VIDE VIII - 1.2.12 VIABILIDADE DE ATENDIMENTO DA CONCES. DE ENERGIA IMPRESCINDÍVEL J - VIABILIDADE DE ATENDIMENTO DA CONCES. DE ÁGUA/ESGOTO IMRESCINDÍVEL K - A N Á LI SE 10 DECLARAÇÕES E MANIFESTAÇÕES MANIFESTAÇÃO DOS ÓRGÃOS DO MEIO AMBIENTE VIDE IX - 2.10 11 ATESTADO DE QUALIFICAÇÃO DA CONSTRUTORA IMPRESCINDÍVEL - 4.1 12 PROJETOS APROVADOS (arquitetura e infra-estrutura) IMPRESCINDÍVEL - - 13 ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO OU DOCUMENTO EQUIVALENTE IMPRESCINDÍVEL - 1.2.13 14 REGISTRO DA INCORPORAÇÃO OU DA INSTITUIÇÃO DE CONDOMÍNIO VIDE VII - - 15 CERTIDÃO DE REGISTRO DE PESSOA JURÍDICA NO CREA (Construtor) IMPRESCINDÍVEL - 1.2.14 16 A.R.T. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA CONSTRUÇÃO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.16 A TÉ C O N TR A TA Ç Ã O 17 A.R.T. DOS PROJETISTAS (arquitetura. e infra-estrutura) IMPRESCINDÍVEL - 1.2.15 18 A.R.T. DOS PROJETISTAS (projetos complementares) IMPRESCINDÍVEL - 1.2.15 19 PROJETOS DE DETALHES CONSTRUTIVOS (impermeabilização, alvenaria, esquadria, etc.) VIDE III - 1.2.7 20 A.R.T. DE FISCALIZAÇÃO PELO PROPONENTE VIDE X - - 1 º D ES EM B O LS O 21 PLANILHA DE LEVANTAMENTO DE SERVIÇOS – PLS IMPRESCINDÍVEL L, M, N e O 3.1.9 e 3.4 22 HABITE-SE IMPRESCINDÍVEL - - 23 TERMO DE RECEBIMENTO DA INFRA PELAS CONCESSIONÁRIAS E/OU PREFEITURA VIDE XI - 1.2.17 FI N A L C O N ST R U Ç Ã O 24 MANUAL DO PROPRIETÁRIO IMPRESCINDÍVEL - 1.2.18 OBSERVAÇÃO SOBRE NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO I Exigível a critério da engenharia. VII Exigível para empreendimento em condomínio (vertical ou horizontal). II Exigível nos casos de parcelamento de solo (lei 6766 e lei 9785/99). VIII Exigível quando o terreno não for do Proponente ou da Construtora. III Exigível a critério da engenharia, contudo é obrigatório o arquivo dos mesmos em canteiro de obra. IX Os casos exigíveis são citados no item 2.10. IV Exigível apenas para empreendimento que contemple ruas redes internas e com solicitação da eng. X Dispensável quando o Proponente for a Construtora. V Exigível apenas para empreendimento que contemple equip. com. (creche, escola, posto de saúde). XI Dispensável quando as redes e ruas não forem sujeitas à manutenção VI Exigível quando existir obra de infra-estrutura e/ou equipamento comunitário. pela Concessionária/Prefeitura. ATENÇÃO: para EMPREENDIMENTO EM MÓDULOS vide relação de documentos no subitem 2.12.5. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 8 1.2 INSTRUÇÕES DE ELABORAÇÃO 1.2.1 CÓPIA DO MAPA DA CIDADE RESTRITO À REGIÃO DO EMPREENDIMENTO • preferencialmente, apresentar em papel tamanho A4; • o mapa deve estar em escala; • desenhar circunferências centradas no empreendimento com raios múltiplos de 500 m; • indicar em planta, através de numeração, as ocorrências: supermercado, hospital, escola, creche, área de lazer, indústria, aeroporto, favela e outros. • informar os seguintes serviços junto ao empreendimento: rede de água, esgoto, drenagem, energia e telefone, iluminação pública, guias, pavimentação e gás, trajeto da coleta de lixo e transporte coletivo; • realçar as principais vias de acesso. 1.2.2 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO Em terrenos planos é dispensável a altimetria, contudo, os níveis de projeto e as cotas do terreno natural devem ser indicados no projeto de implantação. 1.2.3 PROJETO DE LOTEAMENTO Devem ser "iluminados" (identificados) os lotes objetos de financiamento, e também demonstrada a implantação das unidades nesses lotes. 1.2.4 PROJETO ARQUITETÔNICO O projeto de arquitetura deve conter, no mínimo: • planta de situação do terreno, cotando as distâncias em relação às esquinas (amarrações) e contendo a orientação magnética; • implantação das edificações no terreno demonstrando os afastamentos e orientação magnética; • plantas baixas dos pavimentos; • planta de previsão de ampliação para residências térreas; • cortes transversais e longitudinais; • fachadas; • planta da garagem em escala e com locação de pilares, demonstrando comportar a quantidade de veículos e condições de manobra; • planta da cobertura. IMPORTANTE: • O Projeto Arquitetônico deve contemplar os complementos externos, tais como piscina, guarita, play-ground, quadras, quiosques, salão de festas, passeio para pedestres, bancos, rampas, jardins, etc., indicados em uma das seguintes pranchas: habitação, implantação, urbanização ou paisagismo. • Equipamentos Comunitários internos ao empreendimento, entendidos como escolas, creches, centros de saúde ou outros, devem ser objeto de projeto específico. • O projeto de implantação de condomínios verticais deve considerar as distâncias mínimas de 6 m entre paredes de edifícios contíguos, caso elas tenham aberturas, ou 4 m caso elas não tenham aberturas. • Todos os projetos (urbanístico, arquitetônico, infra e complementares) podem ser apresentados para análise sem aprovação dos Órgãos Públicos, contudo devem estar aprovados, até a contratação. Alterações de projeto que porventura venham a ocorrer durante a aprovação devem sercomunicadas tempestivamente à CAIXA, e podem ensejar nova análise ou parecer complementar. • Apesar da CAIXA não exigir Certidão de Diretrizes da Prefeitura, sugere-se que toda elaboração de projeto seja precedida de consulta sobre: parcelamento, ocupação e outros. Para Equipamento Comunitário, verificar condições de dimensionamento, operação e manutenção pela Prefeitura. • Sobre projetos, veja também os demais itens e anexos pertinentes. 1.2.5 PLANTA COM MOBILIÁRIO DE CADA TIPO DE UNIDADE (Leiaute) Apresentar a disposição do mobiliário (sugestão), louças, bancadas, armários e sentido de abertura de folhas de portas/janelas/armários, etc., na mesma escala da planta baixa. 1.2.6 PROJETOS COMPLEMENTARES O conjunto de projetos complementares inclui projetos de: • fundações, inclusive contenções, se for o caso; • estrutura; • instalações elétricas e telefônicas prediais; • instalações hidro-sanitárias prediais, inclusive de águas pluviais; • instalações de gás; e • prevenção e combate a incêndios. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 9 1.2.7 PROJETOS DE DETALHES CONSTRUTIVOS O conjunto de projetos de detalhes construtivos inclui, dentre outros, projetos de: • impermeabilização; • alvenaria; • esquadrias. 1.2.8 PROJETOS DE INFRA-ESTRUTURA O conjunto de projetos de infra-estrutura inclui projetos de: • abastecimento de água; • esgotamento sanitário (inclusive elevatórias e ETE); • pavimentação; • drenagem de águas pluviais; • energia elétrica; • iluminação pública; e • obras especiais (muros de arrimo, muros divisórios e outros). Os projetos de rede de drenagem e esgotamento sanitário devem conter: curvas de nível, cotas de caixa, bitolas e comprimento de tubos, perfis longitudinais, detalhes de assentamento, de poços de visita, de caixas e de bocas-de-lobo. Quando previstas fossas e sumidouros devem ser apresentados os testes de permeabilidade do solo, comprovando a adequação da solução proposta. Para os casos de abastecimento de água através de poços artesianos, deve ser comprovada a existência de água potável, com vazão suficiente para abastecimento do empreendimento projetado e estimativa de vida útil do poço. É obrigatória a previsão de tratamento da água, que conte no mínimo com desinfecção (cloração). Na fase de análise, a critério da CAIXA, pode ser apresentado o anteprojeto das obras de infra-estrutura desde que contenha: • largura das vias; • traçado das redes com diâmetros e declividades, e • curvas de nível. Neste caso, na primeira mensuração devem ser apresentados os projetos definitivos ou executivos, devidamente aprovados pela Prefeitura ou Concessionária, quando for o caso. 1.2.9 PROJETO DE TERRAPLENAGEM O projeto de terraplenagem compõe-se dos seguintes elementos gráficos: • perfis dos trechos naturais de cada seção; • indicação do greide das ruas e cotas das estacas nas esquinas; • planta de terraceamento ou patamarização dos lotes com indicação das respectivas seções transversais, áreas e volumes de corte e aterro. Na fase de análise é facultada a apresentação de anteprojeto contendo: • curvas de nível; • cotas de implantação de ruas e lotes, quando empreendimento horizontal; • cotas de implantação de ruas e platô de prédios, quando empreendimento vertical. 1.2.10 INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA E QUADROS DA NBR 12721 Caso a incorporação já esteja registrada, apresentar Certidão do Registro da Incorporação ou Instituição de Condomínio. Caso contrário, pode ser apresentada minuta do Memorial de Incorporação ou minuta da Instituição de Condomínio. No documento apresentado deve constar a discriminação das partes de propriedade exclusiva e das partes de condomínio, com especificação das áreas, frações ideais e confrontações. O Registro da Incorporação deve preceder o início das vendas. Os quadros de I a VIII da NBR 12721 podem ser apresentados em forma de minuta. Ainda sobre os quadros da NBR 12721 vide demais subitens relacionados. 1.2.11 CERTIDÃO DE INTEIRO TEOR DA MATRÍCULA DO IMÓVEL NO REGISTRO DE IMÓVEIS Havendo averbação de restrição de uso (servidões, área “non aedificandi”), tais locais devem estar perfeitamente demarcados nos projetos. 1.2.12 TERMO DE OPÇÃO DE COMPRA E VENDA DO TERRENO Deve conter: identificação das partes, caracterização do objeto, definição de valor, forma de pagamento e prazo de validade. 1.2.13 ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO OU DOCUMENTO EQUIVALENTE Emitido em nome da Construtora, caso contrário, deve ser providenciada alteração junto à Prefeitura. 1.2.14 CERTIDÃO DE REGISTRO DE PESSOA JURÍDICA DO CREA Define responsáveis técnicos da Construtora (citados no Alvará e A.R.T. de execução). ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ DOCUMENTAÇÃO DE ENGENHARIA 10 1.2.15 A.R.T.'s DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELOS PROJETOS Todos os projetos e demais atividades técnicas elaboradas para o planejamento do empreendimento devem constar em ART's emitidas por seus autores. 1.2.16 A.R.T. DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA CONSTRUÇÃO Emitida em nome da Construtora, citando também o nome do Responsável Técnico pela obra. Este Responsável Técnico pela Obra deve constar na Certidão do CREA citada no item anterior. A atividade que define a responsabilidade técnica perante o CREA é a atividade de DIREÇÃO TÉCNICA. Com base nas definições acima, devem ser apresentadas à CAIXA as ART's de execução (código 53) e direção (código 02) do empreendimento. 1.2.17 TERMO DE RECEBIMENTO DA INFRA-ESTRUTURA PELAS CONCESSIONÁRIAS E PREFEITURA Emitido pelas Concessionárias (água, esgoto, energia) e Prefeitura (arruamento, drenagem e iluminação pública), assumindo responsabilidade pela manutenção e operação do sistema. 1.2.18 MANUAL DO PROPRIETÁRIO Este documento deve ser entregue aos usuários ao final da construção, com uma cópia para arquivo na CAIXA. O assunto é regido pela Norma Brasileira – NBR 14037/98. Quando condomínio, além do Manual do Proprietário, devem ser fornecidos ao Síndico os seguintes documentos: • cópia de todos os projetos de aprovação (prefeitura, bombeiros e demais); • cópia dos projetos como construído (“as built”); • alvará e licenças; • termos de garantia de materiais, máquinas e equipamentos; • manual de uso e manutenção das máquinas e equipamentos. IMPORTANTE: • Todos os documentos devem estar coerentes entre si, datados e assinados sob identificação, tanto pelo representante legal do Proponente, como pela Construtora. • Havendo divergência entre documentos são adotados os seguintes procedimentos: ¾ Na fase de análise: refazer os documentos divergentes; ¾ Na fase de construção: prevalece o arbítrio do adquirente, desde que não comprometa a garantia da CAIXA. • Uma cópia dos projetos como construído (“as built”) deve ser destinada à CAIXA no final do empreendimento. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 11 2 PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA Manual Técnico de Engenharia 2 ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12 ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 13 2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE A análise da CAIXA abrange desde a concepção do produto até sua viabilidade mercadológica, sem perder de vista os princípios básicos norteadores, como : • A SATISFAÇÃO DO CLIENTE O produto ofertado deve atender aos anseios do cliente (adquirente final), suprindo suas necessidades de moradia, com qualidade e preço justo. • RESPEITO AO MEIO-AMBIENTE Toda construção interfere no meio ambiente. São valorizadas pela CAIXA as concepções que preservem o meio ambiente, que promovam melhoria aos bairros e, conseqüentemente, que elevem as condições de vida da população. • A GARANTIA DO FINANCIAMENTO O empreendimento é garantia financeira da operação. Assim, deve representar um produto final de qualidade compatível com o valor financiado, ao longo do prazo de retorno previsto. • MANUTENÇÃO DO EMPREENDIMENTO Concepção de projetos, bem como utilização de materiais, que conduzam a um baixo custo de manutenção durante a vida do empreendimento. IMPORTANTE: • São analisados também: o potencial do município, o déficit e a demanda habitacionais, a existência de empreendimentos concorrentes ou empreendimentos problemas, visando a perfeita adequação do porte do empreendimento. • Normalmente, empreendimentos menores oferecem simplificação operacional e redução do risco. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 14 2.2 LOCAL DO EMPREENDIMENTO E INFRA-ESTRUTURA EXTERNA 2.2.1 ANÁLISE DA CAIXA Verifica se o empreendimento está em harmonia com a região. Verifica a existência de infra-estrutura básica no entorno (água, esgoto, energia elétrica, coleta de lixo, transporte coletivo, telefone, iluminação pública, drenagem pluvial, guias e sarjetas, pavimentação e gás). São considerados imprescindíveis: água, esgoto, energia elétrica e pavimentação. Os demais são ponderados caso a caso. Verifica se a Prefeitura e as Concessionárias têm condições de atender a demanda gerada pelo empreendimento, nos serviços de água, esgoto e energia elétrica. Em decorrência, é obrigatória a apresentação de Declaração de Viabilidade de Atendimento, conforme sugestão de modelos apresentada em anexo: • Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Energia; • Declaração de Viabilidade de Atendimento pela Concessionária de Água e Esgoto. Verifica a existência dos equipamentos públicos comunitários: escolas, hospitais, creches, lazer e outros. Para empreendimentos de maior impacto (acima de 100 unidades em municípios até 100.000 habitantes, ou acima de 200 unidades para municípios acima de 100.000 habitantes) cabe uma análise mais detalhada sobre a capacidade de atendimento à nova demanda. Verifica a existência ou probabilidade de instalação futura dos equipamentos comerciais: padaria, açougue, farmácia, mercearia, etc. Verifica a existência e nível de influência de fatores desvalorizantes, tais como: • Topografia excessivamente acidentada, ou implantação inadequada (com risco de erosão ou desmoronamento); • Proximidade de assentamentos subnormais ou sub-habitações; • Precariedade de transporte coletivo; • Limítrofe a córrego sem curso definido; • Proximidade de locais como: lixão, lagoa de tratamento, matadouro, fábrica poluente, penitenciária, etc.; • Pólos pioneiros de urbanização (ilhas urbanas descontínuas da malha urbana). Não são aceitos locais com as seguintes características: • Alagadiços ou sujeitos a inundação; • Aterrados com material nocivo à saúde pública; • Onde as condições geológicas não aconselhem edificações; • Área de preservação ambiental; • Em áreas sob a influência de conjunto considerado “problema” pela CAIXA. IMPORTANTE: • A prioridade da CAIXA é para locais dotados de infra-estrutura. Nos locais que necessitem de ampliação ou execução de obras de infra-estrutura externa, essas deverão ser executadas até a contratação do financiamento. • No caso de condomínios e loteamentos não implantados, entende-se por infra-estrutura externa as obras fora do limite da área do terreno que permitirá a formação do condomínio ou da gleba a ser transformada em loteamento. • Nos loteamentos já implantados, ou seja, dotados de redes, entende-se por infra-estrutura externa as obras fora do limite de cada um dos lotes. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 15 2.3 PROJETO 2.3.1 OBJETIVO O objetivo do PROJETO é permitir a execução do empreendimento, partindo de uma concepção que otimize o seu DESEMPENHO e, portanto o seu VALOR. Em outras palavras, o projeto é a representação gráfica dos estudos e soluções arquitetônicas e urbanísticas que busca traduzir em espaços as necessidades vivenciais do homem que ali habitará, propiciando-lhe um abrigo seguro, saudável, duradouro, e ainda, compatível com sua condição social, econômica e cultural. A elaboração do projeto é a forma mais eficaz e barata de identificar problemas, antecipar e aperfeiçoar as soluções a serem adotadas, ou seja, é a forma mais econômica de prevenir patologias ou situações inadequadas às condições e necessidades do futuro morador. 2.3.2 CONCEPÇÃO DE PROJETO Ainda que não caracterizando exigências, apresentamos no capítulo 4 alguns temas que enriquecem a elaboração de projetos, sob os seguintes títulos: • Concepção de Projeto; • Construção Sustentável; • Acessibilidade. 2.3.3 ANÁLISE DA CAIXA A análise da CAIXA tende a valorizar as soluções arquitetônicas e urbanísticas que não visem somente atender às condições mínimas dos órgãos públicos. Convém esclarecer que tais condições mínimas existem para oferecer o menor parâmetro para determinado aspecto, sem compromisso quanto ao conjunto de itens que formam a solução final de um projeto. A análise do projeto verifica: • o atendimento às condições estabelecidas pela CAIXA; • o atendimento às exigências dos órgãos públicos (aprovação); IMPORTANTE: • Havendo divergências entre as condições mínimas da CAIXA e da Legislação Local, deve ser atendida a mais restritiva. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 16 2.4 CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS DA CAIXA PARA SC • O conceito de condição mínima adotada pela CAIXA não deve ser confundido com o conceito de habitabilidade mínima. A condição da CAIXA almeja atingir um padrão de qualidade adequado às características regionais, de ordem cultural, econômica e social, enquanto que o conceito de habitabilidade mínima é único em qualquer situação. Em outras palavras, as condições mínimas da CAIXA são diretrizes de cunho ora técnico, ora negocial, enquanto que a habitabilidade mínima é uma diretriz exclusivamente técnica. • O conceito de condição mínima adotado pela CAIXA, também, não deve ser confundido com outros conceitos que classificam padrões de acabamento, sendo os mais conhecidos: ¾ padrões alto, normal e baixo, definidos pela NBR 12721, utilizados para cálculo do CUB- SINDUSCON; ¾ padrões alto, normal, baixo e mínimo, definidos pelo SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custose Índices da Construção Civil), utilizado pela CAIXA; ¾ padrões alto, normal e baixo, definidos pela Editora PINI. Portanto, empreendimentos que adotem as condições mínimas deste MTE não estarão enquadrados necessariamente como padrão de acabamento mínimo do SINAPI. • As Condições Mínimas da CAIXA variam em função: ¾ da região: as exigências para as cidades do interior podem ser diferentes das exigências para a região metropolitana da Capital; ¾ do público alvo; ¾ do programa habitacional da CAIXA. • Nos itens seguintes são apresentadas as CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS da CAIXA, agrupadas da seguinte forma: ¾ item 2.4.1 - CASAS – Condições Mínimas e Exigências ¾ item 2.4.2 - APARTAMENTOS – Condições Mínimas e Exigências ¾ item 2.4.3 - Quadro de Dimensões Mínimas de Mobiliário e Circulação – Casas e Apartamentos ¾ item 2.4.4 - Flexibilização para Unidades com Valor de Compra e Venda abaixo de R$ 25.000,00 IMPORTANTE: • Recomenda-se a adoção dos ”mínimos” em situações excepcionais, e de forma parcial. • A flexibilização nas especificações pode ser adotada para casas e apartamentos, quando o projeto proposto for destinado a habitações populares e a redução nos custos proveniente desta flexibilização for repassada aos compradores. • Para a definição do valor de R$ 25.000,00 abaixo do qual são possíveis flexibilizações nas especificações, o parâmetro adotado foi o de unidades com 37 m² de área útil (área de varredura). Para unidades com área menor, o valor limite também deverá ser reduzido, baseando-se em critérios técnicos. • Projetos que contemplem reduções de especificação ou casas geminadas devem ser apresentados à CAIXA com antecedência, buscando contemplar soluções criativas de arquitetura, de forma a valorizar o empreendimento. DESAFIO: • O grande desafio sempre é atender às camadas mais carentes da população mantendo a boa qualidade na construção, mesmo que com redução em algumas especificações. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 17 2.4.1 CASAS - CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em loteamentos e condomínios horizontais Água Esgoto Redes Energia elétrica Estas redes devem tangenciar, em algum ponto, o perímetro do empreendimento, e devem oferecer vazão, dimensionamento e capacidade para atender às unidades projetadas, além das já existentes. Iluminação pública No acesso principal do empreendimento. Pavimentação, guias e sarjetas No acesso principal do empreendimento. Transporte coletivo, coleta de lixo, escola, creche e posto de saúde No entorno do empreendimento. In fr a Ex te rn a As obras de infra externa devem estar concluídas até a contratação do financiamento. 12,00 m. 10,0 m, em condições excepcionais, para loteamentos antigos onde o projeto das casas agregue valorização ao produto. Para loteamentos 8,00 m, em condições excepcionais, para loteamentos com finalidade popular e desde que o projeto das casas e da infra-estrutura sejam adequados. Lo te Testada mínima Para condomínios Horizontais acata-se a Legislação Municipal. Compactação Em camadas com espessura máxima de 20 cm, com grau de compactação mínimo de 95% do Proctor Normal. Lotes em aclive: 15 cm acima do greide da rua, com declividade de 0,5% para a rua frontal; Cota de nível dos lotes Lotes em declive (perfil natural do terreno): a cota de soleira deve ficar 15 cm acima do ponto mais desfavorável do terreno, e deve-se executar rede de drenagem e esgotamento subterrâneos com captação no fundo do lote, sem deitar águas superficialmente em terreno vizinho. Controle tecnológico Executar em conformidade com a Norma Brasileira. Inclinação máxima de 45o em relação à horizontal; A linha de divisa lateral dos lotes deve coincidir com o centro do talude; A linha de divisa do fundo dos lotes deve coincidir com o topo do talude; Terraplenagem Taludes Somente é permitido deitar saia (ponto mais baixo) do talude em terreno externo ao empreendimento com autorização escrita do vizinho. Desnível máximo de 1,5 m; Desnível até 1,0 m: talude com proteção vegetal; Nas divisas laterais do lote Desnível de 1,0 m a 1,5 m: muro de arrimo com altura do desnível, em toda a divisa lateral. Desnível máximo de 6,0 m; Desnível entre até 1,5 m: talude protegido do pé ao topo com grama em placas; Desnível de 1,5 m a 6,0 m: muro de arrimo com altura correspondente ao desnível; Na divisa de fundo do lote Guarda corpo no topo do arrimo para desníveis a partir de 2,0 m. In fr a In te rn a Contenções Nas áreas públicas ou de uso comum Talude com proteção vegetal para qualquer desnível. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 18 CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em loteamentos e condomínios horizontais Acessos distintos para pedestres e veículos; Acesso ao empreendimento (somente para condomínios) Preferencialmente, prever apenas uma entrada para veículos. Desnível até 1,0 m (da guia à soleira): rampa com declividade máxima de 20% ou escada; Quando forem previstas unidades habitacionais para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida o desnível, porventura existente, deve ser por rampa com largura mínima de 80cm e declividade máxima de 8%; Acesso às casas Desnível acima de 1,0 m: somente escada. Água Esgoto Energia Elétrica Iluminação Interna Devem atender todos os lotes a financiar; Devem obedecer às regras das Concessionárias. Deve contemplar a área de contribuição do empreendimento e as contribuições à montante; Redes Drenagem Prever rede subterrânea para escoamento dos lotes em declive. Devem ser pavimentadas todas as ruas do empreendimento, de forma que todos os lotes financiados tenham acesso através de ruas pavimentadas; No caso de empreendimento em módulo, além das ruas internas ao módulo, devem ser pavimentadas as ruas onde houver rede subterrânea de drenagem ou que servirem de acesso aos lotes com solicitação de financiamento; A especificação para a pavimentação deve ser asfalto, paralelepípedo ou blocos de concreto, executado com controle tecnológico em conformidade com a Norma Brasileira; Ruas O dimensionamento deve ocorrer em função do tráfego e obedecer às normas pertinentes. No caso de pavimentação em lajotas de concreto, devem ser utilizadas unidades com fck ≥ 25 MPa, com espessura mínima de 8 cm para tráfego de automóveis e 10 cm quando houver tráfego de caminhões. Pavimentação Estacionamento (somente para condomínios) As vagas de garagem podem receber tratamento diferente daquele dado às circulações, desde que previamente aprovado pela CAIXA. Guias e Sarjetas Devem ser previstas em todas as ruas pavimentadas, inclusive em estacionamento, além de atender às normas da Prefeitura. Prever a instalação de portão de pedestres com fechadura elétrica; Prever a instalação de portão de veículos com acionamento elétrico (tubulação, fiação e, preferencialmente, equipamento); Quando houver portaria: instalar interfones (tubulação, fiação e aparelhos); Quando não houver portaria: instalar porteiro eletrônico (tubulação, fiação e aparelhos) Instalar antena coletiva (tubulação, fiação e antena);In fr a In te rn a Instalações Elétricas e Equipamentos em Áreas de Uso Comum (portões elétricos, interfone, porteiro eletrônico e antena) (somente para condomínios) Prever instalação de luminárias nas áreas de uso comum, utilizando equipamentos de alta eficiência energética, como por exemplo luminárias com alto fator de reflexão e lâmpadas tipo vapor de sódio alta pressão. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 19 CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em loteamentos e condomínios horizontais Apenas em uma das divisas laterais, no caso de casas térreas; Para Loteamentos Nas duas divisas laterais, no caso de sobrados. Geminação Para Condomínios Horizontais adota-se a Legislação Municipal. Espessura mínima de 20 cm, revestidas; Paredes Divisórias entre Casas Geminadas Prolongamento da parede até o nível do telhado. Casa tipo embrião 22,00 m². Compartimentada em banheiro, cozinha e cômodo múltiplo uso, devidamente isolados entre si; Área Mínima de Construção e Compartimentação Casa de 1 dormitório 30,00 m². Compartimentada em sala, quarto, banheiro e cozinha, devidamente isolados entre si. Seguindo a Legislação Municipal, dando preferência por implantações diferenciadas que valorizem o empreendimento; Devem ser considerados os aspectos de circulação, acessibilidade e infra-estrutura urbana, prevendo postes, passeios com rampas, etc.; Implantação Deve ser previsto acesso adequado às unidades, utilizando-se gramado com placas de concreto, pisos cimentados e outros. Pé direito Mínimo de 2,60 m. Dimensões dos Ambientes Vide quadro: DIMENSÕES MÍNIMAS DE MOBILIÁRIO E CIRCULAÇÃO – CASAS E APARTAMENTOS. Ventilação e Iluminação Ventilação e iluminação naturais (direta ou indireta) nos banheiros. Admite-se ventilação mecânica e iluminação artificial apenas em lavabo, mas sempre se deve dar preferência para ventilação e insolação direta em todos os cômodos. Mínimo de 2,40m x 5,00m, quando no recuo frontal; Dimensões Mínimo de 2,80m x 5,00m, quando houver parede contínua nas duas laterais. Quantidade Mínimo de uma vaga por casa, preferencialmente no recuo lateral. Vagas de garagem Bolsões e enclausuramento Apenas para Condomínios Horizontais são permitidos bolsões de estacionamento, com enclausuramento máximo de duas vagas, desde que pertençam à mesma casa. Executadas de acordo com projeto específico, atentando para o tipo mais adequado para o terreno em questão (sapatas corridas ou isoladas, radier ou estaqueamento); Atentar para todas as disposições normativas específicas, em especial para os cobrimentos mínimos previstos para as armaduras das peças em concreto armado; No caso de utilizar-se radier, adotar a seguinte especificação mínima: lastro de 5cm de brita compactada, lona plástica (1,50 micra), concreto estrutural com 8cm de espessura, rebaixo no box, área de serviço e na calçada perimetral, armada em tela Q-61 com reforço de armadura em uma faixa de 60 cm de largura sob as paredes e cobrimento conforme a norma, e reforço de espessura nas bordas; Fundações Optando por radier, prever ampliação para que a casa possa ser ampliada para 2 dormitórios, no caso de embrião ou casa de 1 dormitório. Dependendo do público alvo e da tipologia das obras, a estrutura deverá ser projetada e executada prevendo futuras ampliações verticais, especialmente nos casos de forro em laje; Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro dos elementos estruturais com a alvenaria; Cinta de amarração no respaldo da alvenaria; Vergas e contravergas nos vãos com transpasse mínimo de 20 cm; Somente para paredes com espessura a partir de 12 cm, é permitida fôrma em canaletas para vergas e cintas; Não é permitido substituir a verga por ferragem embutida na argamassa de assentamento de fiadas; U ni da de H ab ita ci on al Es pe ci fic aç õe s Estrutura Executar pilares nos encontros entre paredes, quando utilizar alvenaria com espessura de 9 cm (sem revestimento) executada com tijolo cerâmico ou bloco de concreto, não estruturais. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 20 CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em loteamentos e condomínios horizontais Em casa térrea com paredes executadas em bloco estrutural cerâmico: espessura mínima de 10 cm (sem revestimento); Em casa térrea com paredes executadas em bloco estrutural de concreto: espessura mínima de 14 cm (sem revestimento); Em casa térrea com paredes executadas em tijolo cerâmico maciço, blocos cerâmicos ou de concreto, não estruturais: espessura mínima de 11 cm (sem revestimento); Em sobrado com paredes executadas em bloco Estrutural cerâmico ou de concreto: espessura mínima de 14 cm (sem revestimento) para paredes estruturais. Esta definição poderá ser reduzida para 12 cm conforme a qualidade dos blocos; No encontro entre paredes efetuar amarração das fiadas ou executar pilar; Utilizar grampos ou telas somente quando a modulação de tijolos o exigir, e neste caso, efetuar amarração a cada duas fiadas; Alvenaria Paredes em contato com o solo: - solução de projeto através de parede dupla, impermeabilizada na face em contato com o solo e com espaçamento mínimo de 5cm entre as paredes, dotadas de dispositivo de drenagem; ou solução em caixão perdido com parede impermeabilizada na face voltada para o solo e dispositivo de drenagem; - evitar em ambientes de permanência prolongada; - aceitável o uso em no máximo 10% das unidades do empreendimento. Janelas em dormitório com veneziana e vidro, sendo desejável a adoção de veneziana vertical, de forma a aumentar a área envidraçada; Portas externas com folha de 80 cm de largura; Ou alçapão, ou portinhola ventilada, para acesso ao forro; Quando utilizar esquadrias de alumínio: Perfis adequados aos vãos, atendendo aos requisitos quanto a não vibração, rigidez, vedação e durabilidade; Proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do revestimento de paredes. Quando utilizar esquadrias de aço: Tratamento antiferruginoso de fábrica; Proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do revestimento de paredes. Esquadrias Quando utilizar madeira: Que a mesma seja selecionada, evitando-se madeiras verdes, empenadas ou com existência de nós, brocas ou cupins; Que as folhas de porta externa e janelas sejam maciças e tenham espessura mínima de 3,0 cm; Que as folhas de porta em chapa compensada sejam encabeçadas e tenham espessura mínima de 3,5 cm. Utilizar, preferencialmente, telhas em cerâmica. Nos demais casos, observar as ações necessárias para garantir o conforto térmico dos ocupantes; No caso de telhas de fibrocimento, adotar espessura mínima de 6 mm; Estrutura em madeira de lei imunizada e isenta de defeitos que possam comprometer sua durabilidade ou desempenho estrutural; Frechais com seção contínua sobre as paredes e no beiral; Projetar beirais forrados, com largura mínima de 60 cm; Beiral com madeiramento aparente: execução com ripamento dobrado, colocação de tabeiras e testeiras e acabamento com pintura; Emboçamento de beirais (quando o tipo de telha permitir) e cumeeiras com argamassa de cimento, cal e areia; Os rufos podem ser de fibra de vidro ou metálicos, com largura acima de 25 cm; Cobertura Prever solução para extensão da cobertura na áreade serviço sobre o tanque, inclusive sobre o usuário, com projeção mínima de 1,20 m. Impermeabilização nos seguintes locais: Fundações (baldrame ou alvenaria de embasamento); Pisos ou lastros em contato com o solo (principalmente radier); Áreas molhadas construídas sobre áreas habitáveis. Assentamento das 3 primeiras fiadas com aditivo impermeabilizante; U ni da de H ab ita ci on al Es pe ci fic aç õe s Impermeabilização Barra impermeável no perímetro da parede externa, altura de 50 cm. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 21 CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em loteamentos e condomínios horizontais Azulejo até o teto no box e até 1,50 m nas paredes do banheiro; Azulejo até o teto apenas na parede hidráulica ou até 1,50m em todas as paredes, na cozinha; Azulejo até 1,50m na parede do tanque; Chapisco, massa única ou emboço paulista, e pintura látex nas paredes e tetos; Nas superfícies internas das paredes externas voltadas para o sul, a tinta deverá receber adição de produto antimofo com efeito microbicida; Excepcionalmente, é permitido revestimento em gesso para casas em condomínio que não utilizem janelas e batentes de ferro, não possuam paredes em contato com o solo, tenham valor de venda acima de R$ 40.000,00, e ainda apresentem projeto detalhado de impermeabilização de fundação; No caso de lajes maciças com acabamento liso, pode haver apenas regularização da superfície e posterior pintura; Para esquadrias de madeira: tratamento e pintura a óleo; Revestimento interno e pintura Para esquadrias metálicas: tratamento prévio, pintura antiferruginosa de fábrica e pintura final em esmalte. No caso da proteção à corrosão efetuada pela fábrica ter sua integridade prejudicada, ou no caso da fábrica recomendar reforço sobre sua proteção, a construtora deverá efetuar nova pintura protetora, de acordo com a boa técnica, antes do acabamento final. Chapisco, massa única ou emboço paulista, de acordo com as recomendações da NBR 13749, e pintura látex acrílica; Nas paredes voltadas para o sul, a tinta deverá receber adição de produto antimofo com efeito microbicida; Revestimento externo e pintura Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro da laje com a alvenaria. Calçada externa no perímetro da edificação com largura mínima de 60 cm, devendo superar em 10 cm a projeção do beiral e possuir caimento mínimo de 2% para o exterior; As calçadas devem ser preferencialmente construídas com peças adequadas à deficientes visuais (cor diferenciada e alto relevo nas bordas); Calçada ao redor do local do tanque, com dimensão mínima de 1,50 m; Cerâmica no banheiro e na cozinha e cimentado áspero nos demais compartimentos; Onde houver revestimento do piso deve ser executado rodapé; Cota do piso interno no mínimo 5 cm acima da cota da calçada externa e 15 cm acima do ponto mais desfavorável do terreno; Piso de sacadas e da área de serviço (caso não integrada à cozinha) rebaixado em 2 cm, com caimento exclusivo para o ralo; Pisos e calçadas Pisos do box com divisão física ou rebaixados em 2 cm, com caimento exclusivo para o ralo. Soleira das portas externas com desnível mínimo de 5 cm; Soleira e peitoril Peitoril das janelas com caimento para o exterior. Obedecer as normas da Concessionária quanto à entrada de energia (monofásico, bifásico ou trifásico) em função da carga instalada; Tanto a entrada de energia quanto o quadro de distribuição já devem prever possíveis ampliações das residências; As instalações devem ser embutidas na alvenaria; Prever circuito específico para aparelhos com consumo superior a 2.500W; Prever circuitos independentes para tomadas da cozinha e área de serviço; Adotar codificação por cores para a fiação; Utilizar fiação mínima de 6 mm² e disjuntor de 30 A para ponto de chuveiro, 4 mm² para tomadas da área de serviço e 2,5 mm² para demais tomadas; As tomadas destinadas ao chuveiro, a computadores, aquelas da cozinha e área de serviço devem ser do tipo 2P+T e as destinadas a ar condicionado do tipo 3P, sendo o fio terra de bitola igual à do condutor; Não especificar “mangueira preta”, nem executar emendas de fios dentro de eletrodutos; Utilizar pontos de luz no teto. Pontos na parede são auxiliares; Prever arandelas externas na porta de entrada e área de serviço; U ni da de H ab ita ci on al Es pe ci fic aç õe s Instalações elétricas e telefonia Os pontos elétricos devem obedecer às quantidades previstas na NBR 5410 ou, no mínimo 1 ponto de telefone, 1 de antena/TV a cabo, 1 para interfone (no caso de condomínios) e, as seguintes quantidades de pontos de tomada elétrica: 4 na sala (1 para computador e 1 para ar condicionado), 4 na cozinha, 2 na área de serviço, 3 em cada dormitório (sendo uma baixa e uma para ar condicionado) e 2 no banheiro ( 1 para chuveiro elétrico). ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 22 CASAS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em loteamentos e condomínios horizontais As instalações devem ser embutidas na alvenaria ou, preferencialmente, em muchetas ou shafts, de forma a facilitar a manutenção posterior. Excepcionalmente, pode ser adotada tubulação aparente com carenagem sob bancadas, lavatórios, tanques e atrás de fogão e geladeira, desde que não haja comprometimento visual ou estético; Prever pontos de água para filtro na cozinha e para máquina de lavar na área de serviço; Caixa d’água com capacidade mínima de 500 litros, provida de extravasor e dreno para limpeza; Para condomínios pode haver reservatório comum, preferencialmente já prevendo a futura instalação de medidores individuais; Prever instalação de registros de gaveta internos à unidade em cada ramal de distribuição de água, evitando registros no forro; Tanque de concreto ou PVC; Vaso sanitário com caixa de louça acoplada (conjunto de baixo consumo); Metais cromados com canoplas; Sifões de plástico flexível (corrugado). Não utilizar sifão de borracha (tipo “maria-mole”); Prever instalação de papeleira e saboneteira no banheiro quando não houver revestimento de azulejos até o teto no banheiro; Havendo “divisão física” do box, é necessário ralo no banheiro, além do ralo do box; Prever ralo sifonado na área de serviço; Evitar passagem de tubulação de esgoto sob pisos de salas e dormitórios, exceto em condomínios com sobrados geminados nas duas divisas laterais; Prever caixa de gordura, mesmo que a concessionária não exija; Instalações hidro- sanitárias Prever pontos de inspeção nos pontos de mudança de direção da tubulação de esgoto e na divisa do lote, para lançamento em rede externa, mesmo que haja fossa e sumidouro. No caso de gás central, executar as instalações de acordo com as normas pertinentes e as exigências do corpo de bombeiros, prevendo medição individual. Deve ser prevista a entrega do condomínio com 1/2 carga de gás, e possíveis comodatos firmados com distribuidoras devem ser somente relativas aos botijões; Instalações de gás No caso de solução individual, prever local no exterior da casa para os botijões, com tubulação interligada ao local do fogão. Projetar depósito fechado ou instalar argolas com grapas para fixação de corrente. Placas para identificação das ruas e unidades habitacionais; Marcação dos lotes com piquetes de concreto ou ferro nos vértices;Para condomínios, o fechamento nas divisas deve ter altura mínima de 1,80 m, podendo ser em tela ou em alvenaria; Plantio de 1 muda de árvore, com altura de 1,0 m, por lote; Para condomínios, prever o plantio de grama em placas no recuo frontal dos lotes, bem como tratamento estético das fachadas das unidades habitacionais; Para condomínios, prever a instalação de caixa de correio quando não houver guarita; O salão de festas (no caso de condomínios) deve ter sua área dimensionada à razão de 1 m² por unidade, sendo no mínimo 45 m². Sugere-se ainda locais separados, como um salão menor para cada 100 unidades ou uma churrasqueira (quiosque) coberta para cada 50 unidades; Deve ser efetuada limpeza final antes da entrega das unidades e dos Equipamentos Comunitários; U ni da de H ab ita ci on al Es pe ci fic aç õe s Complementos Ao final das obras as instalações internas das edificações e das redes de condomínio devem estar interligadas às redes públicas, testadas e em perfeito estado de funcionamento. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 23 2.4.2 APARTAMENTOS - CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em condomínios verticais Água Esgoto Redes Energia elétrica Estas redes devem tangenciar em algum ponto o perímetro do empreendimento; Devem oferecer vazão, dimensionamento e capacidade para atender ao Empreendimento. Iluminação pública No acesso principal do empreendimento. Pavimentação, guias e sarjetas No acesso principal do empreendimento. Transporte coletivo, coleta de lixo, escola, creche, posto de saúde No entorno do empreendimento. In fr a Ex te rn a As obras de infra externa devem estar concluídas até a contratação do financiamento. Em camadas com espessura máxima de 20 cm; Compactação Grau de compactação mínimo de 95% do Proctor Normal. Em terreno em aclive: cota de soleira do hall térreo no mínimo com 30 cm acima do greide da rua interna mais próxima, quando existir, ou da rua externa (na ausência da rua interna); Em terreno em declive: cota de soleira do hall térreo no mínimo com 15 cm acima da calçada ou jardim que circunda o edifício; Cota de nível do prédio No caso de apartamentos térreos, a cota de seu piso deve estar a, no mínimo, 70 cm acima da cota da calçada perimétrica, de forma a permitir privacidade aos moradores. Controle tecnológico Executar em conformidade com as Normas Brasileiras. Inclinação máxima de 45o em relação à horizontal; Somente é permitido deitar saia de talude em terreno externo ao empreendimento com autorização escrita do vizinho; Talude com proteção vegetal para qualquer desnível; Terraplenagem Taludes e contenções Nos desníveis a partir de 3,00m prever a execução de bermas providas de canaleta. Preferencialmente, por rampa com declividade máxima de 8%; Pedestres Prever acessos distintos para pedestres e veículos. Acesso ao Empreendi- mento Veículos Preferencialmente, prever apenas um acesso para entrada e saída de veículos. Água Esgoto Energia elétrica Iluminação interna Devem ser dimensionadas para atender todo o empreendimento; Devem ser obedecidas as normas das Concessionárias, mesmo quando se tratar de sistemas internos específicos para o Condomínio. Redes Drenagem As águas pluviais coletadas por calhas e condutores devem ser conduzidas por sistema de drenagem superficial ou subterrânea. Devem ser pavimentadas as ruas de acesso aos prédios financiados; Devem, também, ser pavimentadas todas as ruas onde houver rede subterrânea de drenagem; A especificação para a pavimentação deve ser asfalto, paralelepípedo ou blocos de concreto, executado com controle tecnológico em conformidade com a Norma Brasileira; Ruas O dimensionamento deve ocorrer em função do tráfego e obedecer às normas pertinentes. No caso de pavimentação em lajotas de concreto, devem ser utilizadas unidades com fck ≥ 25 MPa, com espessura mínima de 8 cm para tráfego de automóveis e 10 cm quando houver tráfego de caminhões. Pavimentação Estacionamento As vagas de garagem podem receber tratamento diferente daquele dado às circulações, desde que previamente aprovado pela CAIXA. In fr a In te rn a Guias e Sarjetas Devem acompanhar todas as ruas pavimentadas, inclusive estacionamento. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 24 APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em condomínios verticais Quando houver portaria: instalar interfones (tubulação, fiação e aparelhos); Quando não houver portaria: instalar porteiro eletrônico (tubulação, fiação e aparelhos); Instalar antena coletiva (tubulação, fiação e antena); Prever tubulação para TV e internet a cabo; Prever instalação de luminárias nas áreas de uso comum, controladas por minuteria ou outro tipo de equipamento que possibilite baixos consumo e custo de manutenção; In fr a In te rn a Instalações elétricas e equipamentos (interfone, porteiro eletrônico e antena coletiva) e número mínimo de pontos em áreas de uso comum Número mínimo de pontos: Tomadas - 1 para porteiro eletrônico, 1 na guarita e 2 no hall térreo; Campainha - 1 de campainha no hall para cada apartamento; De luz - 2 no hall (1 para luz de emergência), 2 no hall térreo (1 para luz externa); Interfone – 1 de interfone no hall térreo. Dimensões dos ambientes Vide quadro: DIMENSÕES MÍNIMAS DE MOBILIÁRIO E CIRCULAÇÃO – CASAS E APARTAMENTOS. Dar absoluta prioridade para a insolação em todas as dependências. Não projetar cozinhas e áreas de serviço com janelas voltadas para poços de luz e ventilação; Ventilação e iluminação naturais (direta ou indireta) no banheiro principal. Nos demais banheiros admite-se ventilação/exaustão mecânica e iluminação artificial; Ventilação e iluminação A implantação deve prever distância mínima entre blocos de 6 m (paredes com aberturas) e 4 m (paredes sem aberturas). Pé direito Mínimo de 2,40 m nos banheiros e 2,60 m no restante. Sem elevador: até 4 pavimentos (térreo mais 3); Um elevador: até 8 pavimentos (térreo + 7) e até 4 apartamentos por pavimento. Os pavimentos de subsolo, para garagens, não devem ser computados nesta contagem; Tipologia e número de elevadores Dois elevadores: acima de 8 pavimentos ou acima de 4 apartamentos por andar; Quantidade Mínimo de uma vaga por apartamento. Largura de 2,40 m; Largura de 2,80 m quando houver parede contínua nas duas laterais; Dimensões Profundidade das vagas e circulação de veículos conforme legislação municipal, mas preferencialmente ≥ 5,00 m. Implantação As vagas devem estar em local plano. Evitar locação ao longo de rampas. U ni da de H ab ita ci on al Vagas de Garagem ou estacionamento Enclausuramento Enclausuramento máximo de uma vaga, desde que do mesmo apartamento. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 25 APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em condomínios verticais Fundações Conforme projeto específico. Conforme projeto específico; Estruturareticulada de concreto Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro das peças estruturais com a alvenaria. Estrutura em alvenaria estrutural Conforme projeto específico, seguindo as recomendações contidas neste manual e no documento "ALVENARIA ESTRUTURAL – Materiais, execução da estrutura e controle tecnológico”, que contém orientações nacionais e pode ser obtido no site da CAIXA (www.caixa.gov.br) na área de desenvolvimento urbano - inovações tecnológicas. Gesso acartonado Seguir orientações do documento "PAREDES DE GESSO ACARTONADO – Requisitos para financiamento pela CAIXA" que contém orientações nacionais e pode ser obtido no site da CAIXA (www.caixa.gov.br) na área de desenvolvimento urbano - inovações tecnológicas. No encontro entre paredes efetuar amarração das fiadas ou executar pilar; Alvenaria de vedação Utilizar grampos ou telas somente quando a modulação de tijolos o exigir, e neste caso, efetuar amarração a cada duas fiadas. Alvenaria em contato com solo Paredes em contato com o solo: - solução de projeto através de parede dupla, impermeabilizada na face em contato com o solo e com espaçamento mínimo de 5cm entre as paredes, dotadas de dispositivo de drenagem; ou solução em caixão perdido com parede impermeabilizada na face voltada para o solo e dispositivo de drenagem. - evitar em ambientes de permanência prolongada. Janelas em dormitório com veneziana e vidro, sendo desejável a adoção de veneziana vertical, de forma a aumentar a área envidraçada; Portas externas com folha de 80 cm de largura; Quando utilizar esquadrias de alumínio: - perfis adequados aos vãos, atendendo aos requisitos quanto a não vibração, rigidez, vedação e durabilidade; - proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do revestimento de paredes. Quando utilizar esquadrias de aço: - tratamento antiferruginoso de fábrica; - proteção de fábrica (com plástico ou madeirite) até conclusão do revestimento de paredes. U ni da de H ab ita ci on al Es pe ci fic aç õe s Esquadrias Quando utilizar madeira: - que a mesma seja selecionada, não sendo admitidas madeiras verdes, empenadas ou com existência de nós, brocas e cupins; - que as folhas de porta externa e janelas sejam maciças e tenham espessura mínima de 3,0 cm; - que as folhas de porta em chapa compensada sejam encabeçadas e tenham espessura mínima de 3,5 cm. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 26 APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em condomínios verticais Prever laje no teto do último pavimento; Telhas de fibrocimento com espessura mínima de 6 mm, encoberta por platibanda; Estrutura do telhado em madeira de lei imunizada; Calhas com declividade mínima de 2%; Rufos com largura acima de 25 cm; Ralos com grelha hemisférica nas entradas dos condutores; Para telhado com telhas de barro e beiral aparente: - Beiras com largura mínima de 80 cm; - Emboçamento de beirais e cumeeiras com argamassa de cimento, cal e areia; - Revestimento do beiral preferencialmente com laje, ou utilizando tabeira, testeira, ripamento final dobrado, e pintura do madeiramento; - Calhas e rufos em chapa de zinco galvanizada com pintura anticorrosiva ou fibra de vidro, para prédios acima de 5 pavimentos. Barrilete concentrado, de fácil acesso, com identificação e iluminação, preferencialmente prevendo futura instalação de medidores individuais; Cobertura Evitar passagem sobre telhas para acessar calhas, antenas e outros. Impermeabilização nos seguintes locais: - Áreas molhadas; - Fundações (baldrame ou alvenaria de embasamento); - Pisos ou lastros em contato com o solo (principalmente piso de apartamento térreo); - Alvenarias em contato com o solo (parede dupla); - Reservatórios; - Lajes expostas (coberturas de subsolo e outras). Não é permitido o uso de lajes descobertas, exceto: cobertura de casa de máquinas e barrilete, terraços e pisos de áreas molháveis. Assentamento das 3 primeiras fiadas com aditivo impermeabilizante; Impermeabilização Barra impermeável no perímetro da parede externa dos prédios, com altura de 50cm. Azulejo até o teto no box e 1,50m nas paredes do banheiro; Azulejo até o teto apenas na parede hidráulica ou até 1,50m em todas as paredes da cozinha, e até 1,50 m na parede do tanque; Paredes e tetos devem ser chapiscados e rebocados com argamassa de cimento, cal e areia, ou em revestimento alternativo previamente aprovado pela CAIXA; Pode-se ainda adotar gesso nas paredes e tetos, com exceção das paredes das áreas molháveis (box) e áreas úmidas (cozinha, banheiro, área de serviço); Optando por gesso nas paredes do térreo, executar: - baldrames ou radier impermeabilizados; - camada drenante de brita sob o piso de no mínimo 5 cm; - piso acabado interno com no mínimo 15 cm acima da calçada perimetral externa (apenas no hall de acesso este desnível pode ser de 5 cm); - argamassa de assentamento dos blocos com aditivo impermeabilizante até a 3a fiada; - revestimento externo impermeável em faixa com no mínimo 50 cm de altura. Para prédios sem elevador não é permitido o revestimento da caixa de escada e do hall com gesso, necessitando chapisco e emboço paulista; Para prédios com elevador, optando por revestimento de gesso nas áreas comuns, há necessidade de aplicar rodapé impermeável (cerâmica, ardósia, etc.); Pintura látex nas paredes e tetos. Nas superfícies internas das paredes externas voltadas para o sul, a tinta deverá receber adição de produto antimofo com efeito microbicida; No caso de lajes maciças com acabamento liso, pode haver apenas regularização da superfície e posterior pintura; Pintura à cal nos áticos e subsolos; Pintura impermeável nos hall de elevadores, hall do térreo, salão de festas/jogos e guarita. Para prédios sem elevador acrescentar pintura impermeável na escadaria; Para esquadrias de madeira: tratamento e pintura a óleo; U ni da de H ab ita ci on al Es pe ci fic aç õe s Revestimento interno e pintura Para esquadrias metálicas: tratamento prévio, pintura antiferruginosa de fábrica e pintura final em esmalte. No caso da proteção à corrosão efetuada pela fábrica ter sua integridade prejudicada, ou no caso da fábrica recomendar reforço sobre sua proteção, a construtora deverá efetuar nova pintura protetora, de acordo com a boa técnica, antes do acabamento final. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ PARÂMETROS CAIXA PARA ANÁLISE DE VIABILIDADE DE ENGENHARIA 27 APARTAMENTOS: CONDIÇÕES MÍNIMAS E EXIGÊNCIAS em condomínios verticais Chapisco, massa única ou emboço paulista, de acordo com as recomendações da NBR 13749, e pintura látex acrílica; Nas paredes voltadas para o sul, a tinta deverá receber adição de produto antimofo com efeito microbicida ou de outro tipo, desde que previamente aprovado pela CAIXA; Excepcionalmente, revestimentos sem execução prévia de chapisco podem ser aceitos, mediante comprovação de desempenho do produto através de ensaios, e com garantia de 10 a 15 anos do Fabricante e Construtor; Revestimento externo Adotar ações preventivas para evitar fissuras no encontro das lajes com a alvenaria. Projetos com contrapiso zero devem apresentar estudo sobre o atendimento às exigências de deformações, vibração, isolamento térmico e acústico. Sugere-se adotar esta especificação somente em vãos pequenos transpostos por