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Ética e Legislação Trabalhista e Empresarial - Slide da Video Aula Completo

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Unidade I
ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL
Prof. Luís Gustavo
Ética
 Ética é um conjunto de valores morais e princípios que 
norteiam a conduta humana na sociedade.
I. Valores históricos e culturais;
II. Códigos de ética temporais (devem ser atualizados); 
III. O antiético. 
 Em um mundo cada vez mais globalizado e com migrações 
acentuadas de pessoas, a “Ética” ganha um destaque 
relevante na sociedade atual e no campo 
empresarial/profissional.
Ética e moral
 Para Aristóteles (384 A.C. - 322 A.C.), um dos maiores 
pensadores e filósofos da Antiguidade (Grécia), 
a “Ética” é a observação do mundo, o questionamento e a 
aceitação das condutas humanas e das organizações sociais, 
atingindo, no mundo moderno, também as empresas e demais 
corporações empresariais.
 “Ética” vem do grego “Ethos” que significa modo de ser.
 Por sua vez, “Moral” vem do latim “Mores” que significa 
costumes de um povo ou de uma sociedade.
Ética e moral
 Como vimos, a Moral e a Ética, dentro dos conceitos 
filosóficos, possuem diferentes significados. 
 Assim, a moral está associada aos costumes, regras, 
convenções estabelecidas pela sociedade e tabus. 
 Já a ética está associada aos valores morais que dão 
orientação ao comportamento humano na sociedade
Princípios e normas éticas
 Regras, leis, códigos.
 Ditados (de geração em geração) que estabelecem 
normas ou regras.
 Lei elementar e fundamental que serve de base para uma 
ordem de conhecimentos.
 Atitude lógica fundamental sobre a qual se apoia o raciocínio.
Princípios clássicos da ética social
 Dignidade humana, que independe de posses, 
dos cargos e dos títulos.
 Direito de possuir algo: direito das pessoas de possuírem 
bens visando ao atendimento de suas necessidades.
 Acesso ao emprego/trabalho: atividade para sua subsistência 
e seu crescimento como pessoa.
Princípios clássicos da ética social
 Bem comum: conjunto de condições sociais que permite e 
favorece o desenvolvimento pessoal e integral dos membros 
da sociedade.
 Solidariedade: desenvolve a inclusão social.
 Subsidiariedade: o subsídio corresponde ao auxílio dado, 
que estimula a participação ativa de todas as pessoas e de 
todos os grupos sociais nas esferas superiores, econômicas, 
políticas e sociais de cada país.
Princípios clássicos da ética social
 As normas escritas, como os códigos de ética, são de grande 
importância, notadamente no aspecto educativo, porém, não 
devem ser substituídas pelas normas naturais, estabelecidas 
pelas famílias para a formação das pessoas.
 Por exemplo, houve o “Código de Hamurabi” na Antiguidade, 
um conjunto de leis escritas, composto por cerca de 280 
artigos. Essas normas jurídicas tiveram grande importância na 
organização do Estado Babilônico. 
 Para formular esta lei, Hamurabi se baseou no princípio de 
uma lei mais antiga, conhecida como “Lei Talião”.
Ética social, família, empresa, nação e globalização
Órgãos do sistema das Nações Unidas voltados para 
os temas da ética:
 Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
 Comissão de Direitos Humanos.
 Comissão de Desenvolvimento Sustentável.
 Comissão para o Desenvolvimento Social.
Códigos de ética profissional e empresarial
 Códigos de ética: definidos por meio de padrões ou códigos 
de conduta estabelecidos, formal ou informalmente, por 
grupos sociais, profissionais ou organizacionais; definem 
o que é permitido, aceito e válido em ocasiões distintas. 
 São conhecidos como códigos de regulação ou regimentos.
 Atualmente, muitas empresas em todo o mundo adotam 
Códigos de Ética e de Conduta para orientar e disciplinar 
a atuação e a conduta de seus funcionários.
Códigos de ética profissional e empresarial
Segundo o IBC (Instituto Brasileiro de Coaching), a ética na 
empresa é composta por:
 Tanto os padrões éticos da sociedade quanto as normas 
e regimentos internos das organizações. 
 A ética no emprego colabora com o funcionário no exercício 
diário e prazeroso da honestidade, do comprometimento, da 
confiabilidade, entre tantos outros, que conduzem o seu 
comportamento e tomada de decisões em suas atividades. 
 Por fim, a recompensa é ser reconhecido, não só pelas suas 
tarefas no dia a dia, mas também por sua conduta exemplar.
Interatividade
Assinale a alternativa verdadeira.
a) A Moral sofre a influência dos fatores culturais, tais como: 
costumes, hábitos alimentares, religião, entre outros. 
b) Moral refere-se às normas de comportamentos universais.
c) O conceito de moral equivale ao conceito de ética.
d) Moral é um conjunto de normas individuais.
e) Moral é a ciência da conduta humana, segundo o bem 
e o mal, com vistas à felicidade.
O código de ética empresarial
 Os Códigos de Ética empresarial, além de formalizar 
compromissos, também são instrumentos de comunicação 
de valores e práticas para todos aqueles que, direta 
ou indiretamente, relacionam-se com a empresa.
 É importante ressaltar que toda empresa tem o dever 
ético de cumprir a lei e os costumes.
Exemplos de posturas éticas para todos 
os ambientes de trabalho
 Educação e respeito.
 Cooperação e atitudes.
 Divulgação de conhecimentos que possam melhorar 
o desempenho das atividades realizadas na empresa.
 Hierarquia dentro da empresa.
 Desenvolvimento do empregado sem prejudicar outros 
colegas de trabalho.
 Clima agradável e positivo.
 Realização de tarefas relacionadas ao dia a dia na empresa.
 Respeito às regras e às normas da empresa.
Exemplos de posturas éticas para todos 
os ambientes de trabalho
Educação e respeito
I. Falar e agir com colega da mesma forma como gostaria que 
fosse com você mesmo.
II. Extensão do lar.
Cooperação e atitudes
I. União para o desenvolvimento conjunto.
II. Buscar a ascensão na empresa sem prejudicar outros 
colegas na empresa/trabalho.
III. Desenvolver-se “sem derrubar o colega”.
Exemplos de posturas éticas para todos 
os ambientes de trabalho
 Ações e comportamentos que visam a desenvolver um clima 
agradável e positivo dentro da empresa.
Realização, no ambiente da empresa, apenas de tarefas 
relacionadas ao dia a dia (do trabalho):
 Redes sociais (evitar);
 Seguir o Código de Ética da empresa.
Respeito às regras e às normas da empresa:
 Falar abertamente com o seu líder/chefe em caso de dúvidas;
 Buscar (sempre) informações.
A pessoa ética e o profissional ético
Há inúmeras vantagens em uma empresa ser ética, entre elas:
 ter responsabilidade econômica e financeira com os 
fornecedores e clientes;
 cumprir normas éticas nas negociações comerciais;
 exigir que todos os colaboradores (funcionários, prestadores 
de serviços e acionistas) da empresa sigam o Código de Ética 
adotado; 
 desenvolver ações de sustentabilidade e respeito 
ao meio ambiente.
A pessoa ética e o profissional ético
 Assim, pode-se dizer que adotar a ética dentro de uma 
empresa é gerir o alinhamento do comportamento dos 
seus colaboradores com um conjunto de normas que 
consideramos indispensáveis e que formam a base 
da cultura desejada para a corporação. 
 O que se procura com essa “Era Ética”, assim denominada 
por vários autores, é estabelecer de forma constante que 
todos os negócios e atitudes comerciais devem ser honestos, 
o que será ostentado por empresários, acionistas, executivos, 
empregados, parceiros e agentes das 
organizações empresariais. 
A responsabilidade social
 Podemos conceituar a responsabilidade social como um 
processo constante e evolutivo, envolvendo ações de 
cidadãos comuns, empresas governamentais e não 
governamentais pelos direitosfundamentais para a vida, 
as relações sociais e o equilíbrio ambiental. 
 Essas manifestações, além de regras de ordem moral, estão 
disciplinadas em códigos e leis, como o Código de Defesa do 
consumidor, O Estatuto da Criança e do Adolescentes, A Lei 
Maria da Penha e o Estatuo do Idoso; no âmbito internacional, 
temos a Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
a Declaração Universal dos Direitos da Criança 
e outros similares.
Princípio da responsabilidade social
 O princípio da responsabilidade social está apoiado 
na concepção de que as empresas, criadas por membros 
da sociedade, utilizam os recursos dessa mesma sociedade, 
afetando, positiva ou negativamente, a qualidade de vida 
das demais pessoas.
Dificuldades que podem surgir: 
 a poluição ambiental;
 o uso exagerado de recursos não renováveis 
(água, por exemplo).
Princípio da responsabilidade social
 No ano de 1998, o Conselho Empresarial Mundial, em 
convenção na Holanda, institui as bases para o conceito 
de Responsabilidade Social Corporativa (empresarial), 
estabelecendo o comprometimento permanente dos 
empresários com comportamentos eticamente orientados e 
com o desenvolvimento econômico no intuito de melhorar a 
qualidade de vida dos empregados e de suas famílias, bem 
como da comunidade local e da sociedade como um todo.
 O Instituto Ethos e o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança 
Corporativa) defendem e divulgam estes mesmos princípios 
em toda a sociedade brasileira. 
Princípio da responsabilidade social
As consequências geradas para as empresas que adotam entre 
as suas metas a responsabilidade social podem ser resumidas 
da seguinte forma:
 colaboração decisiva para a perenidade das empresas, uma 
vez que diminui sua vulnerabilidade ao reduzir desvios de 
conduta, ações/processos judiciais e possíveis retaliações 
por parte dos consumidores e fornecedores;
 aumento da reputação das empresas, sobretudo junto aos 
clientes e às comunidades locais em que suas sedes 
estão implantadas;
 conciliação da eficácia econômica com responsabilidades 
e necessidades sociais.
Princípio da responsabilidade social
 Fortalecimento interno da empresa, conquistando e retendo 
talentos, além de cultivar um relacionamento duradouro com 
clientes e fornecedores.
 Faz com que os projetos sociais sejam agregados como valor 
aos bens e/ou serviços ofertados pelas empresas.
 Operar como fator inovador para alcançar 
o sucesso empresarial.
Interatividade
O que significa ser profissional para a dinâmica de trabalho 
de nosso tempo?
a) Conquistar os melhores resultados para a empresa, 
independentemente dos modelos éticos e morais 
empregados.
b) Estar sempre ligado às novas tendências e tecnologias.
c) Dominar as técnicas necessárias para colaborar, 
desenvolver determinado serviço e agir eticamente.
d) Agir com educação e respeito por seus pares, sem pensar 
nos resultados.
e) Ser educado e leal à empresa.
O que é Direito
 Quando o homem decidiu viver em sociedade, foi necessária 
a elaboração de regras de conduta e de convivência. 
A partir desse marco, surge a figura do Direito. 
 O Direito é um fenômeno da rotina diária que encontramos 
a todo o momento e em toda parte. 
 Desde o momento em que acordamos até o momento em que 
dormimos estamos assegurados e disciplinados pelas regras 
de direito; ele resguarda, defende, ampara, protege e serve 
o indivíduo em todos os momentos. 
O que é Direito
 Consequentemente, por querer e viver em sociedade, a ação 
de um ser humano interfere na vida de outros, provocando a 
reação dos seus semelhantes, ou seja, uma conduta interfere 
direta ou indiretamente na outra.
 Para que essa interferência de condutas tivesse um sentido 
construtivo, como apontado, foi necessária a criação de 
regras capazes de preservar a paz no convívio social. 
O que é Direito
 Dessa forma, nasceu o Direito, ou seja, a necessidade de 
se estabelecer um conjunto de regras com certa ordem, no 
sentido de organizar a vida em sociedade.
A humanidade sempre procurou se organizar em leis e códigos:
 Lei de Talião;
 Leis romanas;
 Código de Hamurabi;
 Código Civil Napoleônico. 
Distinção entre Moral e Direito
 Durante o processo de formação e crescimento do homem 
são agregados vários ensinamentos que formam o caráter 
e a sua moral. Essas experiências irão ditar sua consciência 
e, muitas vezes, determinar seu futuro profissional e social. 
 O processo de formação da “moral” dita diretamente ao 
sujeito uma escolha entre as ações que pode praticar, mas diz 
respeito apenas ao sujeito, levando em consideração seus 
aprendizados culturais e familiares. Enfim, em regra, somos 
todos frutos do meio.
Distinção entre Moral e Direito
 A moral indica um dever/poder, mas não impõe regras, 
não há imperatividade de uma ordem superior, 
que lhe impõe repressão. 
 A sanção pelo descumprimento da regra moral é apenas 
de consciência. 
 Alguns comportamentos podem ser somente legais (baseados 
em lei), mas não éticos; outros podem ser éticos, mas não 
possuírem o respaldo legal (comerciante trocar um produto 
fora do prazo de garantia legal). 
Distinção entre Moral e Direito
 No entanto, o Direito leva a confronto os vários atos diversos 
de vários sujeitos que agem de acordo com o que acham 
correto dentro de sua formação. 
 A moral é unilateral porque emana do próprio sujeito. 
 Direito é bilateral porque assiste a um ou mais indivíduos. 
Principais Fontes de Direito – Lei
 Lei – É a norma escrita ou não, vigente em um país, elaborada 
pelo Poder Legislativo; podemos definir a lei como uma 
norma aprovada pelo povo de um país por meio 
de seus representantes.
 Em outras palavras, lei é a regra escrita, feita pelo legislador 
com a finalidade de tornar expresso o comportamento 
considerado desejável ou indesejável (âmbito penal) 
para a coletividade.
 Quando a Lei entra em vigor?
Principais Fontes de Direito – Costume
 Costume – é o conjunto de normas de comportamento que a 
sociedade pratica ao longo dos tempos e obedece de maneira 
uniforme e constante pela convicção de sua obrigatoriedade, 
mas que não estão escritas em códigos ou qualquer 
legislação. É criado espontaneamente pela sociedade, sendo 
produzido por uma prática geral, constante e reiterada. 
 Exemplo: a caderneta de anotações utilizadas por alguns 
comerciantes na venda de produtos a prazo (fiado) ou a fila; 
não há uma lei determinando a obediência à fila em locais de 
atendimento, mas as pessoas, por costume, a respeitam por 
ordem de chegada.
Principais Fontes de Direito – Princípios Gerais
 Princípios Gerais de Direito – é o que inspira e dá alicerce ao 
sistema jurídico na elaboração das leis ou na decisão que 
deverá ser tomada em um conflito de interesses. Exemplo: 
Princípio da Boa-Fé, que deve estar presente em todas 
as relações de negócios
 Exemplo: ele significa que a honestidade e a lisura devem 
fazer parte de todo o relacionamento entre os indivíduos, 
principalmente nas relações contratuais. A partir desses 
princípios, os legisladores criam e aprovam as leis que irão 
reger toda a sociedade.
Principais Fontes de Direito
 Jurisprudência – é o conjunto de decisões judiciais 
(sentenças, acórdãos – decisão de tribunais etc.) reiteradas 
(repetidas) sobre determinadas questões idênticas. 
A jurisprudência vai se formando a partir das soluções 
adotadas pelos órgãos judiciais ao julgar casos jurídicos. 
 Textos/Doutrina Jurídica – o parecer sobre determinados 
assuntos, que pode ser manifestado através de livros, artigos, 
notas, entre outras manifestações escritasde diversos 
especialistas de notório saber jurídico; constitui verdadeiras 
normas que orientam legisladores, juízes e advogados.
Ramos do Direito
 O direito, primeiramente, pode ser dividido em dois ramos ou 
duas classes fundamentais: Direito Público e Direito Privado.
 Direito Público: regula as relações em que rezam os 
interesses gerais da sociedade.
 Direito Privado: regula as relações em que rezam os 
interesses dos particulares.
Interatividade
Assinale a alternativa errada.
a) A lei é elaborada pelos representantes do povo.
b) A lei é elaborada pelos juízes.
c) Os costumes fazem parte das fontes do Direito.
d) Os princípios gerais do Direito fazem parte 
das fontes do Direito.
e) O Direito Penal faz parte do ramo do Direito Público.
Divisão do Direito
Como já visto anteriormente, o direito é dividido em:
 Direito Público e Direito Privado.
 Direito Público: regula as relações em que aparecem 
os interesses gerais da sociedade.
 Direito Privado: regula as relações em que aparecem 
os interesses dos particulares.
O Direito Público é dividido em
 Direito Constitucional: regulamenta a lei suprema da Nação.
 Direito Administrativo: regulamenta a organização e o 
funcionamento dos Órgãos Públicos que executam 
serviços públicos.
O Direito Público é dividido em
 Direito Penal: regulamenta os ilícitos penais (crimes) 
e as contravenções, determinando as penas e medidas 
de segurança.
 Direito Processual: regulamenta as atividades do Poder 
Judiciário e das partes em conflito dentro de um 
processo judicial.
O Direito Público é dividido em
 Direito Civil: regulamenta a vida civil do indivíduo, com 
exercício de direitos e obrigações, ou seja, nascimento, 
aquisição de capacidade, casamento, morte, bens etc.
 Direito Internacional Público: regulamenta as relações entre 
Estados, por meio de normas aceitas como obrigatórias pela 
comunidade internacional.
O Direito Privado é dividido em
 Direito Empresarial: regula as práticas de atos mercantis pelo 
empresário e pelas sociedades empresariais.
 Direito do Trabalho: regula as relações de emprego entre 
empregado e empregador, bem como as condições 
em que o mesmo é exercido.
O Direito Privado é dividido em
 Direito do Consumidor: regula as relações de consumo 
de bens ou serviços entre fornecedor e consumidor.
 Direito Internacional Privado: regula os problemas 
particulares ocasionados pelo conflito de leis 
de diferentes países.
Direito Constitucional e a Constituição
 Direito Constitucional é o ramo do Direito Público composto 
por regras ligadas à forma do Estado, forma de Governo, 
modo de aquisição e exercício do poder, estabelecimento 
dos órgãos do poder e aos direitos e garantias fundamentais. 
 A última e atual Constituição promulgada (divulgada, 
publicada, proclamada) no ano de 1988 vem sofrendo diversas 
alterações conferidas por Emendas Constitucionais ao longo 
dos anos.
Mas como nasceu a Constituição?
 Foi em 1215, na Inglaterra, com o Rei “João Sem Terra”.
 Havia muitas guerras e o Rei aumentava os impostos sobre 
toda a população, principalmente os barões.
 Assim foi assinada a Magna Carta e surge a figura do 
parlamento inglês (ou poder legislativo).
 A Magna Carta ou Constituição teve por finalidade principal 
limitar os poderes do Rei e garantir a sua “não interferência” 
nos diversos feudos que compunham a Inglaterra. 
Direito Constitucional e a Constituição
 A Constituição é a lei máxima do país e nenhum ordenamento 
pode ser superior a ela: não pode existir nenhuma lei ou 
ordem que passe por cima das regras constitucionais.
 A Constituição é conhecida por diversos sinônimos, sempre 
realçando o caráter de superioridade das normas 
constitucionais em relação às demais normas jurídicas. 
 Destacamos os mais frequentes, como Carta Magna, Lei 
Fundamental, Código Supremo, Lei Máxima, Lei Maior 
e Carta Política.
Direito Constitucional e a Constituição
 Pode-se concluir que a Constituição da República Federativa 
do Brasil é a lei fundamental de organização do Estado ao 
estruturar e delimitar os seus poderes políticos.
 No topo da pirâmide estão as normas constitucionais, logo, 
todas as demais normas do ordenamento jurídico devem 
buscar seu fundamento de validade no texto constitucional, 
sob pena de inconstitucionalidade, ou seja, a regra ou lei que 
for contrária ao que está escrito na Constituição não é válida.
Interatividade
Assinale a alternativa correta sobre a Constituição. 
a) Faz parte do Direito Constitucional e é um ramo 
do Direito Privado.
b) Faz parte do Direito Constitucional e é um ramo 
do Direito Público.
c) A Constituição nasceu nos EUA.
d) A Constituição não é a Lei Maior de um país.
e) No Brasil, a atual constituição é de 1990.
ATÉ PRÓXIMA
Unidade II
ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL
Prof. Luís Gustavo
Direito Empresarial
 Direito Empresarial é o ramo do direito privado que disciplina 
a atividade econômica organizada para a elaboração ou a 
circulação de bens ou de serviços, para suprir e atender o 
mercado consumidor e as relações bilaterais entre empresas 
(fornecedores de matérias-primas por exemplo). 
 Antigamente, esse ramo era conhecido como Direito 
Comercial, mas essa denominação foi modificada, pois ele 
não cuida apenas das relações de comércio, abrangendo 
todas as atividades de uma empresa.
Teoria da Empresa
 Antigamente, havia a divisão entre atos mercantis e civis.
 Com o novo Código Civil de 2002, as práticas dos 
comerciantes e dos consumidores (e disciplinadas no antigo 
Código Comercial de 1850) foram revogadas. 
 Surge a “Teoria da Empresa”, para a qual o que realmente 
importa é a forma ou o modo pelos quais a atividade 
econômica da empresa é exercida. 
Empresa e empresário
 Qual o conceito de empresa?
 É toda a atividade econômica organizada para a elaboração, a 
confecção ou a circulação de bens (produtos) ou de serviços. 
 A empresa é o resultado da atividade do empresário. Sendo 
assim, é sinônimo de atividade empresarial. Contudo, a 
organização da atividade empresarial é feita pelo empresário.
empresa = atividade empresarial
Elementos que compõem o conceito de empresa
 Atividade empresarial – o empresário exerce uma atividade 
que é a própria empresa. Como dito no slide anterior, empresa 
e atividade empresarial são sinônimos. 
 Atividade econômica – porque está voltada à obtenção de 
lucro, no sentido de que busca gerar lucro para quem 
a explora. 
 Atividade organizada – no sentido de que nela se encontram 
articulados os fatores de produção, que no sistema capitalista 
são quatro: 
Elementos que compõem o conceito de empresa
 capital – montante dos recursos financeiros (dinheiro) 
necessários ao desenvolvimento da atividade; 
 mão de obra – envolve o auxílio de funcionários/prepostos do 
empresário para a consecução de sua atividade; 
 insumos – correspondem aos bens articulados pela empresa; 
 tecnologia – não quer dizer, necessariamente, tecnologia de 
ponta ou aplicação de altos investimentos em pesquisas de 
novas fontes e formas de produção, mas sim que o 
empresário detém as informações necessárias ao 
desenvolvimento da atividade a que se propôs explorar.
Empresário individual
 Representado por uma pessoa natural, por meio de seu nome 
civil, completo ou abreviado, que explora profissionalmente 
uma atividade empresarial. 
 Em empresas individuais, a responsabilidade por obrigações 
contraídas recai sobre os patrimônios individuais dos 
respectivos titulares, não sendo possível dissociar sua firma 
de sua pessoa civil, consequentemente,há um só patrimônio. 
 Os bens/patrimônio do empresário estão associados a todas 
as obrigações assumidas, pouco importando se a dívida é 
civil ou comercial, não há distinção entre a firma individual e a 
pessoa física do empresário.
Sociedade empresária 
Pessoa jurídica, composta pela sociedade de pessoas naturais 
e/ou jurídicas. Os sócios da sociedade empresária são 
classificados de acordo com a colaboração dada à sociedade:
 sócios empreendedores – os empreendedores, além do 
capital, costumam devotar também tempo/trabalho à pessoa 
jurídica, trabalham na empresa na condição de seus 
administradores; 
 sócios investidores – os investidores se limitam a participar 
apenas com o capital social.
Empresário individual com responsabilidade limitada 
(art. 980 – A, do CC/2002)
 Pessoa natural que explora atividade empresarial.
 Porém, ao contrário do empresário individual, tem 
personalidade jurídica, conforme artigo 44, VI, do CC/2002, e 
limitações de responsabilidade, sempre atreladas ao valor do 
capital social, que não poderá ser inferior a 100 vezes o maior 
salário mínimo no País.
Condições para ser empresário individual ou 
administrador de sociedade empresária 
A lei brasileira define quem pode ser empresário individual ou 
gerente/administrador de sociedade empresária. Basicamente 
poderão exercer essas atividades aqueles que:
1. Capacidade civil para o exercício da profissão:
 Capacidade plena (absolutamente capazes) tem os maiores 
de 18 anos; 
 e os emancipados (maiores de 16 anos e menores de 18 anos, 
desde que emancipados por outorga dos pais, casamento, 
nomeação para emprego público efetivo, estabelecimento por 
economia própria, obtenção de grau em curso superior).
Condições para ser empresário individual ou 
administrador de sociedade empresária 
2. Não estar legalmente impedido de exercer 
sua atividade empresarial:
 São aqueles que, muito embora sejam capazes nos termos já 
descritos, encontram vedação total ou parcial em lei, para o 
desenvolvimento da atividade empresarial. 
Por exemplo: deputados e senadores, militares da ativa das 
Forças Armadas e da Polícia Militar, funcionários públicos civis, 
magistrados – juízes e membros do Ministério Público, médicos, 
para o exercício simultâneo da medicina e farmácia, entre outros.
Interatividade
Assinale a alternativa verdadeira.
a) O conceito de empresa é toda a atividade econômica 
organizada para a elaboração, a confecção ou a circulação 
de bens (produtos) ou de serviços. 
b) O Código Comercial de 1850 ainda está em vigor.
c) Os elementos que compõem o conceito de empresa são: 
atividade marítima e aeronáutica.
d) O empresário individual pode ter vários sócios.
e) Os emancipados (maiores de 16 anos e menores de 18 anos) 
não podem ser empresários individuais.
Passos iniciais para abrir uma empresa
Definir o tipo de empresa:
Empresário (individual)
 Empresário é a pessoa que trabalha no comércio ou com 
serviços não intelectuais, ou seja, que não dependam de 
graduação superior para seu desempenho. É a antiga Firma 
Individual e o seu registro é realizado na Junta Comercial.
Sociedade empresária limitada
 Sociedade empresária Ltda. é a sociedade que possui dois ou 
mais sócios e que trabalha no comércio ou com serviços 
não intelectuais.
Passos iniciais para abrir uma empresa
Definir o tipo de empresa:
Sociedade simples limitada
 Sociedade simples Ltda. é a sociedade que possui dois ou 
mais sócios e que exerce/trabalha com atividades intelectuais, 
ou seja, de natureza científica, literária ou artística.
Exemplos: advogados, contadores, médicos, artistas etc.
Tipos de participação
Sócio-administrador:
 O sócio-administrador é aquele que exerce a função de 
gerência na empresa. Recebe por isso, assina e responde 
legalmente pela pessoa jurídica (empresa). 
 No caso de nenhum dos sócios desempenhar essa função, um 
terceiro deverá ser nomeado como gerente/administrador, 
sendo que o contrato social deverá prever essa situação.
Tipos de participação
Sócio-quotista:
 Esse tipo de sócio não trabalha na empresa, não retira 
“pró-labore”;
 mas participa de lucros e prejuízos do negócio e responde 
pelos atos da pessoa jurídica, em solidariedade com os outros 
sócios.
Situação do titular ou do(s) sócio(s)
Funcionário público
 Na maioria dos casos, o funcionário público está impedido 
pelo seu Estatuto de Servidor de ser sócio-gerente 
(administrador) ou titular de firma do tipo empresário. 
Geralmente, ele poderá ser somente sócio-quotista. 
Aposentado por invalidez
 O aposentado por invalidez não pode ser sócio-gerente 
(administrador) de uma empresa ou titular de empresa 
individual (empresário), apenas sócio-quotista.
Situação do titular ou do(s) sócio(s)
Participação em outra empresa
 Não é vedada a participação de uma pessoa em mais de uma 
empresa, mas existem implicações para fins fiscais/tributários 
(Simples Nacional). 
 O que é vedado é uma pessoa ter duas empresas do tipo 
empresário em seu nome.
Nomes que podemos usar na empresa
Nome fantasia
 Esse nome é o nome inventado pela empresa e é por ele que a 
empresa será conhecida no mercado. O nome fantasia serve 
também para identificar e distinguir seus bens/produtos e 
serviços de outros já existentes no mercado. Pode ser 
também uma marca devidamente registrada e protegida no 
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). 
 Para verificar se o nome que você quer utilizar não está sendo 
utilizado por outra empresa, pesquise a base de marcas no 
site do INPI: <www.inpi.gov.br>.
Nomes que podemos usar na empresa
Nome empresarial
 No caso de empresário individual, será adotado o nome civil 
do titular. Esse nome pode ser por extenso ou abreviado, não 
podendo abreviar o último sobrenome, nem excluir qualquer 
dos componentes do nome. 
 Não constituem sobrenome: Filho, Júnior, Neto, Sobrinho etc. 
Caso o empresário possua um nome bastante comum, poderá 
utilizar uma partícula que o diferencie, como um apelido ou a 
definição da atividade. Ex.: José Carlos do Nascimento; J. C. 
do Nascimento; José Carlos do Nascimento – Bar.
Variações nos nomes das empresas
No caso de uma sociedade empresária Ltda.:
 O nome empresarial é constituído por uma razão social ou por 
uma denominação social. A razão social é o nome civil 
completo ou abreviado de um dos sócios, acrescido de “& 
companhia”, ou “& CIA”, para indicar a existência de outros 
sócios, além da palavra “limitada”, por extenso ou abreviada. 
 Pode também ser composta pelo sobrenome de mais de um 
dos sócios. Ex.: Antonio Ribas de Oliveira & Cia. Ltda.; 
Oliveira & Cia. Ltda.; Oliveira & Irmãos Ltda.; 
Oliveira, Murici & Santos Ltda.
Variações nos nomes das empresas
 Denominação social é composta por uma expressão de 
fantasia ou termo criado pelos sócios, pelo objetivo social da 
empresa (atividade) acrescido ao final a palavra “limitada”, 
abreviada ou por extenso. Ex.: Beta Mercearia Ltda.; 
Lanchonete Alfa Ltda.; Antonio Oliveira Padaria Ltda. 
 O nome da empresa não pode incluir ou reproduzir sigla ou 
denominação de órgão público da administração direta, 
federal, estadual ou municipal, bem como 
de organismos internacionais.
O que é capital social?
 O capital social é a primeira fonte de recursos da empresa em 
moeda corrente. 
 É o valor que a empresa utilizou para iniciar suas atividades 
e enfrentar suas primeiras despesas, como compra de 
equipamentos, matéria-prima, instalações, divulgação etc.
 O valor é aportado ou colocado na empresa pelos sócios 
ou investidores.
Tipos de responsabilidade dos sócios Ilimitada: todos os sócios respondem ilimitadamente, mas de 
forma subsidiária, pelas obrigações sociais com o seu 
patrimônio. O direito contempla um só tipo societário dessa 
categoria: Sociedade em Nome Coletivo (N/C).
 Limitada: os sócios respondem com o seu patrimônio pessoal 
de forma subsidiária e limitada pelas obrigações sociais. O 
limite será o capital subscrito e não integralizado e o montante 
da limitação e da responsabilidade dependerá do tipo 
societário. São sociedades cujos sócios respondem 
limitadamente às Sociedades Limitadas (Ltda.) e às 
Sociedades Anônimas (S/A).
Subscrição de capital
 Quando ingressa em uma sociedade, o sócio subscreve uma 
parcela do capital social (que está dividido em cotas ou 
ações), comprometendo-se a contribuir como valor do capital 
subscrito, ou seja, ele assume o compromisso de pagar o 
valor correspondente ao número de ações ou cotas que 
subscreveu (integralizar). 
 O ingresso de um sócio em uma sociedade empresária está 
condicionado à subscrição do capital.
Integralizar o capital
 Integralização do capital: ao ingressar em uma sociedade, o 
sócio subscreve determinado número de cotas ou ações, 
comprometendo-se a integralizá-las, ou seja, a pagar o seu 
valor total. 
 A partir do momento em que integraliza (paga/quita) todo o 
valor de suas cotas ou ações, cumpre sua obrigação social, 
contribuindo para o capital da sociedade, estando quite 
com ela. 
 A integralização pode ser feita de uma só vez (à vista) ou em 
parcelas (a prazo). 
E se houver fraude?
 A partir do momento em que a pessoa jurídica se utiliza de 
métodos ilícitos para desvios de recursos (fraude) ou 
“falência forçada” com desvio de finalidade e confusão 
patrimonial, será aplicada a Teoria da Desconsideração 
da Personalidade Jurídica. 
 O patrimônio pessoal dos sócios será, sim, atingido 
ilimitadamente (artigo 50, do Código Civil), 
independentemente do tipo societário escolhido.
Interatividade
Assinale a alternativa correta: 
a) Sócio-quotista é aquele que gerencia a empresa. 
b) Sócio-quotista participa dos lucros e dos prejuízos 
da empresa.
c) Funcionário público nunca está impedido de participar de 
empresas ou sociedades empresariais.
d) Funcionário público pode ter empresa e vender para 
o governo.
e) Sociedades Ltda. são iguais a sociedades anônimas.
Direito Industrial
 Direito Industrial é a divisão do Direito Comercial que 
defende/protege os interesses de inventores, designers e 
empresários em relação às invenções, ao modelo de utilidade, 
ao desenho industrial e às marcas.
 Qualquer tipo de inovação, desde que a legislação defina 
como algo que possa ser patenteado, deve ter seu autor 
e sua respectiva invenção defendida da pirataria 
ou de cópias ilegais.
Marcas e patentes
 Por meio de leis, as marcas e as patentes asseguram os 
interesses de inventores, designers e empresários em relação 
às invenções, ao modelo de utilidade, ao desenho industrial e 
às marcas.
 No Brasil, o INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, 
que é uma autarquia federal, é o órgão competente para emitir 
a concessão da patente ou do registro competente.
 Mas quais são as diferenças entre as invenções, o 
modelo de utilidade, o desenho industrial e as marcas?
Invenção
 A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para 
um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou 
óbvia do estado da técnica. É algo novo, decorrente do 
intelecto humano, passível de aplicação industrial, no entanto 
sem definição na lei.
 Dos bens considerados industriais, a invenção é a única ainda 
não definida pela lei. Essa ausência de definição é proposital, 
não só no âmbito nacional, mas principalmente internacional e 
é justificável pela extrema dificuldade de se conceituar o que é 
a invenção.
Não são invenções 
 As descobertas e as teorias científicas (Ex.: Teoria da 
Relatividade, de Einstein);
 Métodos matemáticos (Ex.: cálculo infinitesimal, 
de Isaac Newton);
 Esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, 
contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e 
de fiscalização (“A Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire, 
é exemplo de método educativo);
Não são invenções 
 Obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou 
qualquer criação estética e programas de computador 
(tutelados pelo direito autoral);
 Apresentação de informações, regras de jogos, técnicas e 
métodos operatórios ou cirúrgicos, terapêuticos ou de 
diagnóstico, e os seres vivos naturais.
Modelo de utilidade 
 Sempre que for inventado um aperfeiçoamento de algo já 
existente (pequena invenção), ele será denominado modelo 
de utilidade.
 A lei define modelo de utilidade como objeto de uso prático, 
ou parte dele, suscetível de aplicação industrial, que 
apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato 
inventivo, que resulte em melhora funcional no seu uso 
ou em sua fabricação.
Modelo de utilidade 
 Os recursos agregados às invenções, para, de um modo não 
evidente a um técnico no assunto, ampliar as possibilidades 
de sua utilização, são modelos de utilidade. As manifestações 
intelectuais excluídas do conceito de invenção também não se 
compreendem no de modelo de utilidade.
 Para ser caracterizado como modelo de utilidade, o 
aperfeiçoamento deve revelar a atividade do seu criador. Deve 
representar um avanço tecnológico que técnicos da área 
reputem engenhoso. Se o aperfeiçoamento é destituído dessa 
característica, sua natureza jurídica é a mera “adição 
de invenção”.
Desenho industrial
 O desenho industrial − design − “é a alteração da forma 
dos objetos”. 
 A característica fundamental entre o desenho industrial 
e os bens industriais patenteáveis é a futilidade, ou seja, 
a alteração que o desenho gera nos objetos e que não amplia 
a sua utilidade, apenas lhe dá um aspecto diferente.
 Exemplos: utensílios domésticos, vestimentas, máquinas, 
ambientes, serviços, marcas e também imagens, como em 
peças gráficas, famílias de letras (tipografia), livros e 
interfaces digitais de softwares ou de páginas 
da internet, entre outros.
Marca
 A marca é definida como o sinal distintivo, suscetível de 
percepção visual, que identifica, direta ou indiretamente, 
bens/produtos ou serviços.
 A identificação da marca é realizada por meio da visualização 
do sinal no produto ou no resultado do serviço, nos 
eletrodomésticos, nas embalagens, nos anúncios, nos 
uniformes dos empregados, nos veículos e nos rótulos dos 
produtos em geral.
 Os juristas costumam classificar as marcas em nominativas, 
figurativas ou mistas.
Marca
 Nominativas − se enquadram as marcas compostas 
exclusivamente por palavras, que não apresentam uma 
particular forma de letras. Exemplo: Revista Pequenas 
Empresas Grandes Negócios.
 Figurativas − as marcas consistentes de desenhos ou 
logotipos. Exemplo: os símbolos das montadoras de veículos.
 Mistas – seriam palavras escritas com letras revestidas de 
uma particular forma ou inseridas em logotipos. Exemplos: 
Coca-Cola, NET etc.
Interatividade
Assinale a alternativa verdadeira.
a) No Brasil, não existem leis que defendem as patentes 
e as marcas. 
b) São consideradas invenções as descobertas e as teorias 
científicas (Ex.: Teoria da Relatividade, de Einstein).
c) Por meio de leis, as marcas e as patentes asseguram os 
interesses de inventores, designers e empresários em 
relação às invenções, ao modelo de utilidade, ao desenho 
industrial e às marcas.
d) Métodos matemáticos (Ex.: cálculo infinitesimal, de Isaac 
Newton) são considerados invenções.
e) Obrasliterárias, arquitetônicas, artísticas e científicas são 
consideradas invenções.
Das invenções e dos modelos de utilidade não 
patenteáveis 
 O que for contrário à moral, aos bons costumes e à 
segurança, à ordem e à saúde públicas.
 Substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos 
de qualquer espécie, bem como a modificação de suas 
propriedades físico-químicas e os respectivos processos 
de obtenção ou modificação, quando resultantes de 
transformação do núcleo atômico.
Segredo de empresa 
 Apesar da frágil legislação e proteção sobre o tema, 
o segredo da empresa não está totalmente desamparado 
no Direito brasileiro. 
 Pelo contrário, a lei define como crime de concorrência 
desleal a exploração, sem autorização de “conhecimentos”, 
informações ou dados confidenciais, utilizáveis na indústria, 
comércio ou prestação de serviços; excluídos aqueles que 
sejam de conhecimento público ou que sejam evidentes para 
um técnico no assunto, se o acesso ao segredo foi 
fraudulento ou derivou de relação contratual ou empregatícia. 
Segredo de empresa 
 A usurpação de segredo de empresa gera responsabilidade 
tanto na área penal como na civil. 
 Sendo certo que apenas não haverá lesão a direito de um 
empresário se o outro que explora economicamente 
o mesmo conhecimento secreto também o obteve 
graças às próprias pesquisas.
Segredo de empresa 
 Nesse exemplo, se nenhum dos dois registrar a patente, não 
haverá concorrência desleal.
 Por outro lado, quando dois ou mais empresários exploram o 
mesmo conhecimento secreto, o primeiro deles que deposite 
o pedido de patente poderá impedir que os demais continuem 
a explorá-lo.
Desconsideração da personalidade jurídica 
 A distinção entre pessoa jurídica e pessoa natural foi criada 
para proteger bens pessoais de empresários e sócios em caso 
da falência da empresa. Isso permitiu mais segurança em 
investimentos de grande monta e é essencial para 
a atividade econômica. 
 Contudo, em muitos casos, os empresários abusam dessa 
proteção para lesar seus credores. A resposta da Justiça a 
esse fato é a desconsideração da personalidade jurídica, que 
permite não mais separar os bens da empresa e dos seus 
sócios para efeito de determinar obrigações e 
responsabilidades de quem age de má-fé.
Desconsideração da personalidade jurídica 
 Essa técnica jurídica surgiu na Inglaterra e chegou ao Brasil 
no final dos anos 1960, especialmente com as pesquisas do 
jurista e professor Rubens Requião. 
 Segundo a Ministra Nancy Andrighi (STJ), “hoje, ela é 
incorporada ao nosso ordenamento jurídico, inicialmente pelo 
Código de Defesa do Consumidor (CDC) e no novo Código 
Civil (CC), e também nas Leis de Infrações à Ordem 
Econômica (8.884/94) e do Meio Ambiente (9.605/98)”.
Desconsideração inversa da personalidade jurídica 
 É fato que pessoas naturais também tentam usar pessoas 
jurídicas para escapar de suas obrigações e 
responsabilidades. Temos como exemplo um julgamento em 
que um devedor se valeu de empresa de sua propriedade para 
evitar execução (STJ, 2011). 
 O STJ já entendeu que, sendo evidente a confusão 
patrimonial, é aplicável a “desconsideração inversa”. 
Desconsideração da personalidade jurídica 
 Também são suscetíveis de aplicação da desconsideração da 
personalidade jurídica da empresa controladora para poder 
penhorar bens de forma a quitar débitos da sua controlada.
 Se o credor não conseguir encontrar bens penhoráveis da 
devedora (a empresa controlada), a empresa controladora, 
tendo bens para quitar o débito, poderá ser responsabilizada. 
Desconsideração da personalidade jurídica 
 Para a Justiça (STJ, 2011), o fato de os bens da empresa 
executada terem sido postos em nome de outra, por si só, 
indicaria malícia ou desvio de finalidade, pois estariam sendo 
desenvolvidas atividades de monta por intermédio de uma 
empresa com parco patrimônio.
 Exemplo: empresa “A”, que está sofrendo uma penhora de 
bens, passa suas máquinas para a empresa “B”, sendo que a 
empresa “A” detém 60% das ações ou quotas da empresa “B”.
Interatividade
Assinale a alternativa verdadeira.
a) A usurpação de segredo de empresa gera responsabilidade 
tanto na área penal como na civil. 
b) São consideradas invenções as descobertas e as teorias 
científicas (Ex.: Teoria da Relatividade, de Einstein).
c) A desconsideração da personalidade jurídica 
iniciou-se nos EUA.
d) No Brasil, ainda não temos o instituto jurídico 
da desconsideração da personalidade jurídica.
e) A Desconsideração Inversa da Personalidade Jurídica 
somente se aplica às empresas familiares.
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade III
ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL
Prof. Me. Luís Gustavo
Direito do Trabalho
 Para o autor e jurista Amauri Mascaro Nascimento (2009), 
“Direito do Trabalho é o ramo da ciência do direito que tem 
por objeto as normas, as instituições jurídicas e os princípios 
que disciplinam as relações de trabalho subordinado, 
determinam os seus sujeitos e as organizações destinadas 
à proteção desse trabalho em sua estrutura e atividade”.
 Sempre houve divergências entre “empregadores (capital) x 
empregados (trabalho)”. 
 A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, da década de 
1940, procurou reunir e normatizar as relações trabalhistas em 
todo o Brasil. 
Direito do Trabalho
 Sendo uma legislação muito antiga e com o surgimento das 
novas tecnologias e a consequente criação de novos 
empregos surgem também as lides judiciais 
(conflitos trabalhistas). 
 Nesse sentido, o Direito do Trabalho está sempre em 
constantes mutações.
 Assim, em 2017, houve uma importante Reforma da CLT 
(Reforma Trabalhista) que não alterou “direitos” já 
conquistados, mas “flexibilizou” alguns direitos 
(Lei 13.467 de 2017). 
Direito do Trabalho
 Portanto, não serão possíveis negociar, alterar ou flexibilizar: 
direitos decorrentes do pagamento de FGTS, o recebimento 
do salário-mínimo e 13o salário, seguro-desemprego, repouso 
semanal remunerado e as normas de saúde, higiene e 
segurança do trabalho previstos em lei ou em normas 
regulamentadoras. 
 Também as regras sobre a aposentadoria, salário-família, 
licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte 
dias e licença-paternidade.
Relação entre o Direito do Trabalho e outros ramos do Direito
 Há vários exemplos bons para o empregado de 
“flexibilização” de direitos na jornada de trabalho. 
 Com a nova reforma da CLT, o funcionário poderá 
“negociar/flexibilizar” o intervalo para descanso (por exemplo, 
o horário de almoço), “negociando” que almoçará em 30 
minutos e os outros 30 minutos (ao todo 1 hora de almoço) 
serão compensados no início ou no término do expediente do 
dia, ou seja, ele poderá entrar 30 minutos mais tarde ou sair 30 
minutos mais cedo. 
Relação entre o Direito do Trabalho e outros ramos do Direito
 O Direito do Trabalho, embora ramo jurídico especializado, 
mantém relações permanentes com outros campos do Direito, 
com destaque para o Direito Constitucional.
 Importante destacar também a relação do Direito 
do Trabalho com os Princípios Gerais de Direito 
e de outros ramos jurídicos.
 Os Princípios Gerais de Direito são valores (standards) que se 
irradiam por todos os segmentos da ordem jurídica, cumprindo 
o relevante papel de assegurar organicidade e coerência 
integradas à totalidade do universo normativo de uma 
sociedade política.
Direito Coletivo do Trabalho
 O Direito Coletivo do Trabalho é o segmento do Direito do 
Trabalho encarregado de tratar da organização sindical, da 
negociação coletiva, dos contratos coletivos, da representaçãodos empregados e da greve.
 O Direito Coletivo do Trabalho nasceu com o reconhecimento 
do direito de associação dos empregados, ocorrido após a 
Revolução Industrial. Assim como o berço da Revolução 
Industrial foi a Inglaterra, ali também tiveram início os 
sindicatos, que consistiam na reunião de trabalhadores na luta 
por melhores salários, jornada de trabalho reduzida 
e melhores condições de trabalho.
Direito Coletivo do Trabalho
 Como sabemos, o berço da Revolução Industrial foi a 
Inglaterra. 
 E com as condições desumanas que existiam nas fábricas 
inglesas, também tiveram início os sindicatos, que consistiam 
na reunião de empregados na luta por melhores salários, 
jornadas de trabalho reduzidas e melhores condições 
de trabalho.
Sindicalização
 Na Inglaterra, a legalização da criação dos sindicatos deu-se 
somente em 1875.
 Na França, apenas em 1884, com a Lei Waldeck-Rousseau.
 Na Alemanha, ainda mais tarde, em 1919, com a 
implementação da Constituição de Weimar. 
 Assim, podemos concluir que a legalização das associações 
de trabalhadores foi um processo que durou, pelo menos, 
dois séculos.
Sindicalização
 Com o passar dos anos, os sindicatos foram espalhando-se 
pelos demais países e, aos poucos, os ordenamentos 
jurídicos foram reconhecendo sua legitimidade – o que, no 
começo, não era uma realidade.
 Temos, atualmente, dois importantes documentos 
internacionais que regulamentam tal assunto: a Declaração 
Universal dos Direitos do Homem, que determina que todo 
homem tem direito a ingressar em um sindicato; bem como a 
Convenção no 87, da OIT, que passou a descrever o direito de 
livre sindicalização.
Interatividade
Assinale a alternativa correta:
a) A CLT foi redigida logo após a Constituição de 1988.
b) Os sindicatos surgiram nos EUA.
c) Em 2017, houve uma importante reforma da CLT que 
não alterou “direitos”, mas flexibilizou direitos 
já conquistados.
d) Os sindicatos não são reconhecidos pela Declaração 
Universal dos Direitos dos Homens.
e) Os sindicatos sofrem certa ingerência do Estado brasileiro.
Relações coletivas de trabalho
 São o fruto da necessidade dos empregados de defenderem, 
em conjunto, suas reivindicações perante o poder econômico 
(proveniente, em regra, dos empregadores). 
 Denomina-se liberdade sindical o direito dos empregados e 
dos empregadores de se organizarem e constituírem 
livremente seus sindicatos, sem qualquer interferência do 
Estado.
 Unicidade sindical x liberdade sindical.
Liberdade e organização sindical no mundo
 A liberdade sindical é o direito que o empregado, ou o 
empregador, tem de se organizar e constituir livremente as 
agremiações que desejarem, no número por eles idealizado, 
visando à promoção de seus interesses ou dos grupos que 
irão representar, sem que sofram qualquer interferência 
do Estado. 
 A liberdade sindical também compreende o direito de ingresso 
e de retirada do sindicato respectivo.
Liberdade e organização sindical, previstas no artigo 
8o, da Constituição Federal de 1988
O inciso II, do artigo 8o, da Constituição Federal de 1988, 
determina que:
 “[...] fica vedada a criação de mais de uma organização 
sindical, em qualquer grau, representativa da categoria 
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que 
será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área 
de um município.” 
 Pelo inciso citado, podemos dizer que não há liberdade total 
para se criar sindicatos.
Sindicatos e a organização sindical
 Os sindicatos têm autonomia no sentido de terem liberdade 
de organização interna, redigindo seus próprios estatutos 
e podendo eleger livremente seus representantes, que devem 
regular apenas temas ligados aos interesses profissionais 
ou econômicos da categoria, não devendo defender/regular 
assuntos políticos.
 Já a organização sindical se refere ao fato de os sindicatos 
serem entidades privadas, formadas por pessoas físicas 
(empregados) ou pessoas jurídicas (empresas) que têm 
atividades profissionais ou econômicas, visando à defesa dos 
interesses coletivos ou individuais de seus membros ou 
da categoria.
Sindicatos e a organização sindical
 Os sindicatos têm funções de representação, negociação, 
arrecadação, assistência e postulação judicial no que se 
refere aos interesses gerais da categoria ou aos interesses 
individuais dos associados, relativas à atividade 
ou profissão exercida.
 Apenas cabem aos interessados a criação e a organização 
dos sindicatos, com o compromisso de respeitar as bases 
territoriais e o registro em órgão competente.
A Convenção no 87 da OIT (Organização Internacional 
do Trabalho)
 Determina que os sindicatos podem ser constituídos 
independentemente de autorização do Poder Público. 
Tal determinação tem por objetivo garantir a autonomia 
dos sindicatos. 
 Com base na convenção descrita, temos o artigo 8o, inciso I, 
da Constituição Federal, reconhecendo que “a lei não poderá 
exigir autorização do Estado para a fundação do sindicato, 
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder 
Público a interferência e a intervenção na organização sindical”.
Entidades sindicais de grau superior
 Federações: de acordo com o artigo 534, da CLT, são 
entidades sindicais de grau superior organizadas nos 
estados-membros da União. As federações têm âmbito 
estadual e, para serem formadas, necessitam congregar, no 
mínimo, cinco sindicatos de categorias idênticas.
 Confederações: de acordo com o artigo 535, da CLT, são 
organizações sindicais de âmbito nacional que, para serem 
formadas, necessitam congregar, pelo menos, mais 
de 2 federações.
Exemplos de entidades sindicais de grau superior
 CUT – Central Única dos Trabalhadores. 
 CGT – Comando Geral dos Trabalhadores. 
 Força sindical.
 Todas essas são entidades sem previsão legal. 
 Podem atuar na sociedade, mas sem poder 
de representação judicial.
Imposto sindical/contribuição sindical
 O imposto sindical, com a nova Reforma da CLT, passou a ser 
facultativo e o funcionário somente pagará se quiser, 
mediante autorização. Se for pago, será devido a favor do 
sindicato representativo da mesma categoria ou profissão. 
 É descontado dos empregados uma vez por ano, no mês de 
março e equivale a 1 dia de salário. Lembrando que, com a 
Reforma da CLT, passou a ser facultativo.
Negociação coletiva
 A negociação coletiva é um procedimento que visa a superar 
as divergências entre as partes. O resultado desse 
procedimento é o “acordo” ou a “convenção” coletiva. Caso 
a negociação não seja concluída, não haverá a elaboração da 
norma coletiva.
 Não havendo o “acordo” ou a “convenção” coletiva, é 
facultado às partes ajuizar o “dissídio coletivo” que dar-se-á no 
âmbito da Justiça do Trabalho. 
 Cabe aos sindicatos realizar a negociação coletiva.
Negociação coletiva
 Entretanto, antes da Reforma da CLT, todos os trabalhadores 
eram obrigatoriamente assistidos pelo respectivo sindicato 
nas negociações. 
 Com a Reforma da CLT (Lei 13.467/2017), funcionários que 
possuem o nível superior e recebem valor acima do dobro do 
teto dos benefícios do INSS (Regime Geral da Previdência 
Social), isto é, R$ 11.062,62 (em dezembro 2017), podem 
negociar individualmente suas relações contratuais, sem a 
necessidade de interveniência do sindicato da categoria. 
Representação dos trabalhadores nas empresas
 A representação dos empregados é um conjunto de meios 
destinados a promover os interesses dos empregados com os 
empregadores sobre as condições de trabalho. 
 A Reforma da CLT especifica que haveráa eleição de uma 
comissão de representantes dos empregados nas empresas 
que possuem mais de 200 empregados, com o objetivo de 
resolver e solucionar conflitos, ter uma boa relação entre 
empregador e empregado e fiscalizar as normas que afetem 
os empregados (por exemplo, segurança, condições 
insalubres, medicina do trabalho etc.).
Representação dos trabalhadores nas empresas
Conforme o artigo 510-D, § 3o, da Reforma da CLT (Lei 13.467/2017), 
o representante tem direito à estabilidade no emprego: 
 “Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do 
mandato, o membro da comissão de representantes dos 
empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, 
entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo 
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.”
Distinção entre o representante dos trabalhadores e o 
representante sindical
 O representante sindical é a pessoa escolhida mediante 
eleição no âmbito do sindicato para representar a categoria e 
ser seu dirigente. Também possui estabilidade no emprego.
 O representante dos empregados é eleito no âmbito de sua 
empresa e irá defender os interesses apenas de seus colegas 
de trabalho, diferentemente do dirigente sindical, que 
representa toda categoria. 
 Além disso, o representante dos empregados não precisa 
ser sindicalizado.
Interatividade
Assinale a alternativa correta:
a) Denomina-se liberdade sindical o direito dos empregados e 
dos empregadores de se organizarem e constituírem 
livremente seus sindicatos, com a interferência do Estado.
b) A liberdade sindical impede o direito de ingresso e de 
retirada do sindicato respectivo.
c) Federações e Confederações de Sindicatos 
são a mesma coisa.
d) O imposto sindical é um pagamento facultativo depois 
da “Reforma da CLT”.
e) O valor do imposto sindical corresponde a 1% do valor 
do salário do funcionário. 
Direito Individual do Trabalho
Relação de trabalho
 É um gênero que engloba todas as relações em que se tem 
prestação de serviço por pessoa física para outro tomador. 
Exemplos: trabalho voluntário, autônomo, eventual, 
doméstico, rural, avulso e empregado.
Relação de emprego
 É uma das espécies da relação de trabalho e forma-se sempre 
que o trabalho for prestado por um empregado para 
um empregador.
Elementos caracterizadores da relação de emprego e 
de empregado
 Os elementos constam no artigo 3o, da CLT: “considera-se 
empregado toda pessoa física que prestar serviços de 
natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e 
mediante salário” (Princípio da Primazia da Realidade).
a) Subordinação hierárquica (dependência dele); 
b) Dependência econômica (mediante salário).
Elementos caracterizadores da relação de emprego e 
de empregado
 pessoa física (pessoa natural): o trabalho deve ser prestado 
sempre por uma pessoa física;
 continuidade: o empregado presta serviços com regularidade, 
constantemente, de forma não eventual. Há uma relação 
sucessiva entre as partes, que perdura no tempo;
Elementos caracterizadores da relação de emprego e 
de empregado
 pessoalidade: o contrato de trabalho é celebrado intuitu
personae, nos casos em que o serviço seja executado sempre 
por uma mesma pessoa;
 onerosidade: o empregado recebe salário por seu labor 
(trabalho) prestado ao empregador. O empregado tem o dever 
de prestar serviços e o empregador, por sua vez, deve pagar 
salários ao serviço realizado;
Elementos caracterizadores da relação de emprego e 
de empregado
 subordinação: é uma situação em que se encontra o 
trabalhador decorrente da limitação da autonomia de sua 
vontade. Assim, o empregado exerce sua atividade com 
dependência ao empregador, sendo dirigido por ele;
 alteridade: significa que o empregado presta serviços por 
conta alheia. É requisito do contrato do trabalho o empregado 
prestar serviços por conta alheia e não por sua conta.
Alterações no contrato de trabalho
Contratos são ajustes de vontades e podem ser alterados, 
conforme o artigo 468, da CLT: 
“[...] nos contratos individuais só é lícita a alteração das 
respectivas condições por mútuo consentimento e, ainda assim, 
desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos aos 
empregados, sob pena de nulidade da cláusula infringente 
desta garantia.”
São requisitos de validade para alteração contratual:
 o consentimento do empregado;
 a garantia de que não resultará em prejuízo ao empregado.
Suspensão e interrupção do contrato de trabalho
 Suspensão: é o fenômeno passageiro pelo qual o contrato de 
trabalho e seus principais efeitos ficam totalmente 
paralisados. Durante a suspensão do contrato, o empregado 
não presta serviços, o empregador não está obrigado a pagar 
os salários e não se conta o tempo de afastamento como 
tempo de serviço. Há a cessação passageira e total dos 
efeitos do contrato.
Exemplos: aborto criminoso, auxílio-doença, aposentadoria por 
invalidez, empregado eleito para cargo de diretor etc.
Suspensão e interrupção do contrato de trabalho
 Interrupção: haverá interrupção quando o empregado, embora 
não preste serviço, for remunerado normalmente, contando-se 
também tempo de serviço. Essa é, portanto, uma cessação 
passageira e parcial dos efeitos do contrato. 
Exemplos: afastamento do funcionário por motivo de doença 
durante os 15 primeiros dias (auxílio-doença), licença à 
gestante, aborto não criminoso, falecimento em família, 
casamento, doação de sangue etc.
Intervalo/descanso
 O artigo 71, da CLT, determina que o trabalho cuja jornada 
exceda 6 horas diárias deverá ter um intervalo para 
alimentação de, no mínimo, 1 hora, salvo acordo ou 
convenção coletiva, não podendo exceder a 2 horas.
 O parágrafo 1o desse artigo regula que, nos casos em que a 
jornada não exceder 6 horas diárias, o intervalo obrigatório 
será de 15 minutos para jornada não inferior a 4 horas diárias.
Intervalo/descanso
 Com a nova “Reforma da CLT”, o funcionário poderá 
“negociar/flexibilizar” o intervalo para descanso (por exemplo, 
o horário de almoço), “negociando” que almoçará em 30 
minutos e, os outros 30 minutos (ao todo 1 hora de almoço), 
serão compensados no início ou no término do expediente do 
dia, ou seja, ele poderá entrar 30 minutos mais tarde ou sair 30 
minutos mais cedo. 
 Por outro lado, com essa reforma, o tempo dispendido pelo 
funcionário no caminho para se chegar ao local do serviço 
(ou no retorno para casa) não é considerado como parte 
da jornada de trabalho, independentemente do meio de 
locomoção usado, mesmo o local de trabalho sendo 
de difícil acesso.
Férias
 A Inglaterra foi a primeira a promulgar uma lei concedendo 
férias aos empregados industriais. O segundo país foi o Brasil, 
em que esse direito foi primeiramente concedido somente a 
algumas profissões e, em 1925, estendido a todas 
as categorias.
 Com a “Reforma da CLT”, que entrou em vigor em 11/11/2017, 
as férias foram “flexibilizadas”, mas o direito a elas não foi 
alterado porque as férias continuam sendo de 30 dias anuais, 
com a possibilidade de um acordo entre empregados e 
empregadores para que sejam divididas em até três vezes, 
desde que um dos períodos seja de 14 dias corridos e, 
os demais, cinco dias corridos. 
Aquisição do direito de férias
Período aquisitivo, que vai do início do contrato de trabalho até 
que esse complete 12 meses de vigência. Após cada período de 
12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá 
direito a férias, na seguinte proporção:
 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais 
de 5 vezes;
 24 dias, quando houver tido entre 6 e 14 faltas;
 18 dias, quandohouver tido entre 15 e 23 faltas;
 12 dias, quando houver tido entre 24 e 32 faltas.
Interatividade
Assinale a alternativa verdadeira.
a) A “pessoalidade” não é um dos elementos caracterizadores 
da relação de emprego e de empregado. 
b) A “dependência econômica” e a “subordinação hierárquica” 
não os 2 elementos do Princípio da Primazia da Realidade.
c) É possível “flexibilizar” intervalo obrigatório para descanso, 
almoçando em ½ hora e saindo também ½ mais cedo.
d) Podemos dizer que as férias não se constituem no repouso 
anual remunerado.
e) O empregado terá direito às férias a cada 18 meses.
Remuneração de férias
 O empregado, conforme visto no artigo 142, da CLT, receberá 
no período de férias a remuneração que lhe for devida na data 
da concessão e acrescida de 1/3 constitucional, segundo o 
artigo 7o, XVII, da Constituição Federal. 
 A CLT determina que sempre que as férias forem concedidas 
após o prazo concessivo, o empregador pagará em dobro a 
respectiva remuneração. 
 Note que somente a remuneração será paga em dobro. 
Férias coletivas
Abono de férias
 Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os 
empregados de uma empresa ou de determinado setor da 
empresa, permitindo o fracionamento em até dois períodos no 
ano, desde que nenhum seja inferior a 10 dias. 
 É a faculdade que o empregado tem de converter 1/3 do 
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.
Férias coletivas
Abono de férias
 Assim, aquele empregado que tem direito ao gozo de 30 dias 
de férias poderá vender 10 desses dias para o empregador.
 A Reforma da CLT (Lei 13.467/2017), também conhecida como 
a Lei da Reforma Trabalhista, não alterou os dispositivos que 
dispõem sobre as férias coletivas (artigos 139 a 141, da CLT).
Conceitos de salário e de remuneração
 Salário é a contraprestação devida ao empregado, pela 
oferta/prestação de seus serviços ao empregador, em 
decorrência do contrato de trabalho existente entre as partes.
 O autor e jurista Nascimento (2007) conceitua salário como o 
conjunto de percepções econômicas devidas pelo empregador 
ao empregado não só como contraprestação do trabalho, mas 
também pelos períodos em que estiver à disposição daquele 
aguardando ordens, pelos descansos remunerados, pelas 
interrupções do contrato de trabalho ou por força de lei.
13o salário
 O décimo terceiro salário, também chamado de gratificação 
natalina, é uma gratificação compulsória por força de lei, com 
natureza salarial. Previsto na Lei 4.090 de 1962, consiste em 
uma gratificação natalina e é devido a todos os empregados, 
devendo ser pago até o dia 20 de dezembro.
 A lei obriga que a primeira metade deve ser paga entre os 
meses de fevereiro e novembro de cada ano (costuma-se 
pagar 50% em novembro), e a segunda metade até o dia 20 
de dezembro.
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
 Criado por lei em 1966, o Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço é formado por depósitos mensais, feitos pelos 
empregadores em nome de seus empregados.
 Todo empregador é obrigado a efetuar mensalmente um 
depósito: para menor aprendiz é de 2% sobre a remuneração e 
para os demais empregados 8% sobre a remuneração. 
 Esses depósitos são feitos na Caixa Econômica Federal e 
integram um fundo unificado de reservas, com contas 
individualizadas em nome dos trabalhadores.
Situações que permitem levantar o FGTS
 demissão sem justa causa, incluindo a rescisão indireta e 
casos de culpa recíproca e força maior;
 demissão em comum acordo (nesse caso, o funcionário pode 
retirar 80% do FGTS) – Reforma da CLT de 2017; 
 extinção (fechamento) da empresa;
 aquisição de casa própria;
 falecimento do trabalhador (nesse caso, os dependentes 
poderão levantar o fundo);
 tratamento de doenças como câncer ou Aids;
 aposentadoria concedida pela Previdência Social; 
 empregado com mais de 70 anos.
Rescisão por demissão – pedido de demissão
Trata-se de ato unilateral, pelo qual o empregado comunica ao 
empregador que resolveu extinguir a relação de emprego, não 
podendo o empregador indeferir ou rejeitar o pedido. A praxe é 
que o pedido de demissão seja feito por escrito.
Verbas rescisórias que se têm direito a receber:
 saldo salarial (é número de dias trabalhados no mês 
de demissão);
 13o salário proporcional;
 férias vencidas (se houver) e 1/3 constitucional;
 férias proporcionais: aspecto já consolidado pela 
jurisprudência no caso do trabalhador ter menos 
de 12 meses no emprego. 
Rescisão por despedida sem justa causa
É o término da relação de trabalho, por iniciativa do 
empregador, sem que tenha sido cometida falta grave pelo 
empregado. Verbas rescisórias:
 saldo salarial;
 férias vencidas e proporcionais;
 1/3 constitucional de férias;
 13o salário proporcional;
 levantar os depósitos do FGTS e receber a indenização 
compensatória de 40% sobre o valor depositado;
 aviso prévio indenizado.
Demissão em comum acordo
 A “Reforma da CLT” (Lei 13.467) legalizou uma importante 
inovação que já era praticada no mercado entre empregador 
e empregado. 
 Quando o funcionário queria se desligar da empresa por 
qualquer motivo (novo emprego, dedicar-se apenas aos 
estudos, cuidar de algum parente doente), ele não queria 
perder alguns “direitos” por pedir demissão. Em alguns 
casos, a empresa dispensava o empregado como se fosse 
uma demissão simples de iniciativa da empresa. 
Demissão em comum acordo
 Agora, com a Reforma da CLT, há uma nova figura: a 
“demissão em comum acordo”. 
 Assim, empresas e funcionários poderão optar por essa nova 
modalidade de demissão, em que a multa (da empresa) de 
40% do FGTS será reduzida para 20% e o aviso prévio ficará 
restrito a 15 dias. 
 Além disso, o trabalhador poderá sacar somente 80% do 
Fundo de Garantia, mas perderá o direito de receber 
o seguro-desemprego porque ele também tinha vontade 
de se desligar da empresa.
Demissão por justa causa
 Ocorre quando o empregador promove a rescisão do contrato 
de trabalho diante de uma falta grave. 
 Presente a justa causa, o trabalhador deixará de receber a 
parcela proporcional dos direitos ainda não adquiridos e de 
levantar os depósitos realizados pelo empregador em sua 
conta vinculada do FGTS. 
Quais são os motivos para justa causa?
Motivos da dispensa por justa causa
 ato de improbidade (ex.: desonestidade ou lesão ao patrimônio 
da empresa);
 incontinência de conduta (ex.: práticas de caráter sexual, ato 
obsceno, pornografia virtual etc.);
 negociação habitual por conta própria ou alheia, sem permissão 
do empregador, e quando constituir ato de concorrência à 
empresa para qual trabalha o empregado, ou for prejudicial 
ao serviço; 
 condenação criminal do empregado, transitado em julgado, 
caso não tenha havido suspensão da pena; 
 desídia no desempenho das respectivas funções (ex.: dormir 
no serviço, “corpo mole” para forçar demissão); 
Motivos da dispensa por justa causa
 embriaguez habitual ou em serviço (ex.: beber, chegar 
alcoolizado ou ficar alcoolizado no horário em que está à 
disposição da empresa);
 violação de segredo da empresa; 
 ato de indisciplina ou de insubordinação (ex.: não respeitar 
ordens legais de superior hierárquico); 
 abandono de emprego (ex.: superior a 30 dias ou não 
comparecer depois de notificado dentro do prazo fixado); 
 ato lesivo da honra ou boa fama, ou ofensas físicas praticados 
em serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas 
mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria 
ou de outrem;
 prática constante de jogos de azar.
CIPA – Comissão Interna de Prevenção deAcidentes
 A CIPA é obrigatória em todas as empresas que possuam mais 
de 20 empregados. 
 Será composta por representantes dos empregados e do 
empregador. Conforme a CLT, o objetivo é tomar todas as 
precauções para evitar acidentes de trabalho.
 Estabilidade dos membros da CIPA: o item 5.8, da NR-05, 
dispõe que: “É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa 
causa do empregado eleito para cargo de direção de 
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde 
o registro de sua candidatura até um ano após o final 
de seu mandato”.
Interatividade
Assinale a alternativa correta:
a) As férias do empregado são concedidas com um valor 
adicional chamado de 1/3 constitucional.
b) O empregado não pode converter 1/3 do período de férias a 
que tiver direito em abono pecuniário.
c) O 13o salário é pago em parcela única no mês de dezembro.
d) O valor do FGTS depositado pelo empregador na conta do 
empregado mantida na CEF é de 9%.
e) A CIPA é obrigatória em todas as empresas que possuam 
mais de 5 empregados. 
ATÉ A PRÓXIMA!
Unidade IV
ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL
Prof. Me. Luís Gustavo
Código de Defesa do Consumidor (CDC) –
Lei 8.078/1990
 O Código de Defesa do Consumidor (CDC), Lei 8.078/90, 
estabelece bases para defender a parte mais frágil nas 
relações de consumo, ou seja, o consumidor. 
 Mesmo assim, no dia a dia surgem situações não previstas 
em lei e cabe aos órgãos de defesa (proteção) ao consumidor 
(cidadão) e, principalmente, à justiça, a interpretação do que 
a lei descreve.
Código de Defesa do Consumidor (CDC) –
Lei 8.078/1990
 O consumidor no Brasil, cada vez mais atento aos seus 
direitos, deve sempre recorrer ao judiciário para defesa 
(proteção) de seus interesses. Mas é sempre recomendável 
que, em primeiro lugar, procure o serviço de atendimento ao 
consumidor e tente fazer uma composição antes de ingressar 
com uma ação na justiça. 
 Quando existe o fato indiscutível da lesão, o consumidor 
tem o direito de ser ressarcido. No caso de existir eventual 
negativa do fornecedor ou do fabricante em compensar aquele 
dano verificado pelo consumidor, este deve procurar um 
advogado e fazer valer seus direitos. 
Relação de consumo
 Será considerada relação de consumo, para os efeitos da lei, 
quando ao lado dos interesses figurarem um consumidor 
e um fornecedor/vendedor. 
 Essa relação jurídica de consumo envolve duas partes bem 
definidas: de um lado, o adquirente de um bem (produto) ou 
serviço, chamado de consumidor, enquanto, de outro lado, há 
o fornecedor ou vendedor de um bem (produto) ou serviço. 
Relação de consumo
 A relação de consumo destina-se à satisfação de uma 
necessidade do consumidor, interesse particular que, não 
dispondo de influência (gerenciamento) na elaboração de bens 
ou de serviços que lhe são destinados, submete-se ao poder e 
condições dos fabricantes e fornecedores dos bens e serviços, 
sendo chamada hipossuficiência ou vulnerabilidade 
do consumidor. 
 Em outras palavras, como o consumidor não detém todo o 
conhecimento e nem acompanha toda a elaboração do bem ou 
execução do serviço, será considerado sempre como a parte 
mais fraca da relação.
Conceito de consumidor
 O CDC define consumidor como toda pessoa natural (ser 
humano) ou jurídica (empresa, por exemplo) que adquire 
(oneroso ou gratuito) ou utiliza (consome) o bem (produto) 
ou serviço como destinatário final.
 O consumidor pode ser efetivo, ou seja, aquele que realmente 
adquire o bem (produto) ou serviço, ou pode ser consumidor 
potencial, ou seja, aqueles que são alvos da oferta e/ou 
publicidade dos bens (produtos) e serviços colocados no 
mercado à disposição para compra.
Conceito de consumidor
 Equipara-se consumidor à coletividade de pessoas (grupo de 
pessoas), ainda que indetermináveis. Por exemplo, os doentes 
de hospital ou alunos de escolas, que adquirem ou utilizam 
bens e serviços ou ainda os associados a planos de saúde. 
 As pessoas jurídicas também estão incluídas na lei como 
consumidoras, mas apenas aquelas que são as destinatárias 
finais do bem (produto) e não aquelas que adquirem bens ou 
serviços como insumo (matéria-prima) necessário ao 
desempenho de sua atividade comercial.
Conceito de fornecedor 
 O Código de Defesa do Consumidor define fornecedor, 
no artigo 3º, como toda pessoa física ou jurídica, pública 
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados que desenvolvem atividades de 
elaboração, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização de 
bens (produtos) ou execução (prestação) de serviços.
 É aquele responsável pela colocação de bens (produtos) 
e serviços à disposição do consumidor, com a característica 
da habitualidade. 
Conceito de fornecedor 
 Desta forma, são fornecedores: o supermercado, a grande 
loja de departamentos; mas também o feirante, o pequeno 
merceeiro e outros, no que toca a bens (produtos). Também 
é fornecedora de serviços a companhia aérea, a agência ou 
a operadora de viagens, como também o marceneiro, 
o encanador, pequenos empresários etc.
 O fornecedor pode ser o Poder Público por si ou por suas 
empresas autorizadas que desenvolvam atividades de 
serviços públicos. Os serviços públicos também estão 
abrangidos pelo Código de Defesa do Consumidor.
Espécies de fornecedores (Responsáveis)
 Fornecedor real (fabricante, produtor e construtor): fabricante 
é quem fabrica e coloca o bem (produto) no mercado. Incluem-
se também o montador e o fabricante de peça ou componente. 
Produtor é quem coloca no mercado bens não industrializados 
de origem animal ou vegetal. Construtor é quem introduz 
produtos imobiliários no mercado de consumo, respondendo 
pela construção, bem como pelo material empregado na obra.
 Fornecedor esperado (presumido): é importador do bem 
(produto) fabricado ou in natura porque os verdadeiros 
fabricantes não podem, em razão da distância, 
ser alcançados pelos consumidores.
Espécies de fornecedores (Responsáveis)
 Fornecedor aparente: também chamado de “quase 
fornecedor”, é quem apõe seu nome ou marca no 
bem/produto final, aquele que se apresenta como fornecedor. 
Exemplo: franquia = o franqueador (titular da marca) é o 
fornecedor aparente. O concessionário franqueado tem 
responsabilidade solidária.
Mudança importante no CDC em 2017
Em outubro de 2017, houve uma importante mudança no Código 
de Defesa do Consumidor. Vejamos:
 O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios 
utilizados no fornecimento de produtos ou serviços, ou 
colocados à disposição do consumidor, e informar, de 
maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o 
risco de contaminação. (Parágrafo 2ª do artigo 8º do CDC).
Interatividade
Assinale a alternativa verdadeira.
a) O Código de Defesa do Consumidor estabelece bases 
para defender a parte mais frágil nas relações de consumo, 
ou seja, o consumidor. 
b) Não é considerada relação de consumo quando ao 
lado dos interesses figurarem um consumidor e um 
fornecedor/vendedor. 
c) Não equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas 
(grupo de pessoas), ainda que indetermináveis, como os 
doentes de hospital ou alunos de escolas.
d) O fornecedor de serviços jamais pode ser o Poder Público.
e) O Código de Defesa do Consumidor foi elaborado 
por ocasião da Constituição de 1946. 
Conceito de bem (Produto)
 É qualquer objeto de interesse em dada relação de consumo 
e destinado a satisfazer uma necessidade do adquirente, 
como destinatário final.
 Os bens materiais são aqueles tangíveis,

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