Parasitologia Trichuris/ Parasitologia/ Veterinária/ UFPEL/ 2021.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
INSTITUTO DE BIOLOGIA
DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA
 Termo Trichuris (1761, Roederer) cauda em 
forma de cabelo;
 Trichocephalus (1788, Schrank) cabeça em 
forma de cabelo; 
Introdução
Filo Nematoda
Classe Adenophorea
Ordem Trichocephalida
Superfamília Trichuroidea
Família Trichuridae
Gênero Trichuris Roederer, 1761
Taxonomia
 Existem várias espécies no gênero Trichuris encontradas no 
ceco e cólon de mamíferos domésticos e silvestres:
T. vulpis - cão
T. discolor - bovino
T. suis - suíno
T. trichiura - homem e macaco 
T. campanula - gato
T. globulosa – bovinos
T. skarjabini – ovinos caprinos e camelos
Equídeos não são parasitados por Trichuris.
- Trichuríase;
- Ceco: bovinos, ovinos, caprinos, suínos, cães e gatos;
- Quadro clínico varia conforme a espécie e nº;
* Ruminantes: assintomática;
* Suínos e cães: anemia (hematófago) e diarréia;
* Forma de infecção: ingestão de ovos com a larva L1;
Considerações gerais:
MORFOLOGIA
 Região anterior:
- longa e afilada, equivale a 2/3 do corpo
- RA(com um estilete) 
- esôfago (tricuriforme) ocupa 2/3 do corpo
 Região posterior: 
- mais espessa, equivale a 1/3 do corpo
- Há nítido dimorfismo sexual
 Fêmea
- 4 a 8 cm
- vulva na junção das duas porções - logo 
após o esôfago
- extremidade posterior reta ou levemente 
curvada
- cauda arredondada
 Macho - 3 a 5 cm
- 1 espículo coberto por bainha 
- extremidade posterior curvada ou em espiral
 Ovo 50µm (0.05 mm)x 22µm (0.02mm);
oval ; 
1 célula no interior;
bioperculado, tipo bandeja;
pólos salientes nas extremidades
 Órgão de eleição - intestino grosso (ceco)
Altas infecções - (apêndice, cólon)
BIOLOGIA
 CICLO - Monoxênico 
PPP: 4 a 5 semanas
PP (Longevidade) dos adultos: 2 a 5 anos
Forma infectante: 
ovo c/L 1
Alimentos, água
Ovos não 
embrionados 
nas fezes
Adultos no IG ceco- cópula-
fêmeas postura- ovos fezes
Ovos embrionados 
no ambiente 
com L1 - infectante 
Ovos 
permanecem 
viáveis no 
ambiente 
por anos 
Ovos ingeridos eclodem 
ID passam ceco mudas 
L2-L3-L4-L5 adultos 
 Ingestão de alimentos, água contaminados com 
ovos infectantes (ovo c/ L1).
TRANSMISSÃO/ MODO DE INFECÇÃO
 Baixo parasitismo - assintomática
 Alto parasitismo
 Fixação dos parasitos - lesões traumáticas (sem fenômenos 
inflamatórios importantes);
 Irritação das terminações nervosas da parede do intestino 
gerando alteração nas funções do IG;
 Prolapso retal e Anemia – infecções maciças
Prolapso: exposição de parte do intestino (reto) para fora do ânus.
Fonte: Google images
 Clínico - difícil / prolapso retal
(OPG – rotina)
 Laboratorial - exame de fezes 
(ovos típicos – bandeja)
DIAGNÓSTICO
 Cosmopolita.
 Em humanos, maior incidência em crianças– falta de 
higiene.
 Prevalência maior em lugares quentes e úmidos 
(longevidade dos ovos) (Brasil - região Norte).
EPIDEMIOLOGIA
 Educação sanitária e saneamento básico; 
 Proteção de alimentos contra poeira e insetos;
 Higiene das instalações (animais estabulados);
 Limpeza de comedouros e bebedouros;
 Limpeza de canis;
 Tratamento dos animais parasitados; 
 Ambiente com incidência solar.
PROFILAXIA
Trichuris vulpis (Froelich, 1789) Infection in a Child: A Case Report
Abstract: We present a human infection with the canine whipworm, Trichuris
vulpis, in a child suffering from rhinitis with a diagnosis of rhinitis. T. vulpis
eggs resemble those of T. trichiura but they can be differentiated based on
their morphological features and egg size, using micrometry with an ocular
micrometer. T. vulpis eggs measured an average of 90 μm by 44 μm (range
86-99 μm by 38-47 μm). Prevalence of hookworms (28.1%), Toxocara canis
(11.8%), and Trichuris vulpis (3.5%) was found in 292 fecal samples of dogs
collected at the peri-domicile, which showed that the risk of infection was not
only fortuitous. The treatment of canine whipworm infections is similar to
that of T. trichiura infection. We recommend differentiation of the 2 species
for their epidemiological and prevention implications.
Márquez-Navarro et al.
Korean J Parasitol Vol. 50, No. 1: 69-71, March 2012