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4 Técnicas de Necrópsia

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Técnicas de necrópsia 
 
Comentando historicamente e tecnicamente as quatro técnicas de necropsia 
usadas; 
Técnicas: 
 
Cada serviço de Patologia tem sua própria técnica de necropsia, que na verdade é 
variante de uma das quatro técnicas básicas - de Virchow, Ghon, M. Letulle e de 
Rokitansky. 
 
• Virchow os órgãos são retirados um a um e examinados posteriormente. 
• Ghon, , a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatômicamente/ou 
funcionalmente relacionados. 
• M. Letulle o conteúdo das cavidades torácica e abdominal é retirado em um só 
monobloco. 
• Rokitansky os órgãos são retirados isoladamente após terem sido abertos e 
examinados "in situ". 
 
Nos IMLs as tecnicas mais usadas são as de Virchow e Letulle. Estas tecnicas foram 
desenvolvidas por medicos brilhantes. 
 
A tecnica de Rokitansky é muito pratica em exames no IML e SVO, devido sua 
praticidade. Quando em morte natural, o medico vai examinar a fundo o ponto de 
obito ou seja; vai direto na causa da morte. 
 
Na tecnica de Letulle. A retirada completa serve para exames detalhados de 
visceras e muito util tambem em SVO. 
 
 A tecnica de Virchow é mais usada em IML para casos de morte natural, onde se 
examina por dentro, mas pra retirar vai direto na causa da morte. 
 
A tecnica de Ghon é mais usada em SVO, principalmente nos Hospitais escola. 
 
Técnica de Virchow 
Em 1874, o Dr Rudolf Virchow, médico polonês, padronizou a técnica de 
necrópsia, cuja base é utilizada até os dias atuais. Ele fundou as disciplinas de 
patologia celular e patogia. Na técnica de Virchow os órgãos são retirados um a um, 
são pesados e examinados separadamente. A abertura do tórax e abdome é a 
 
padrão (biacrômio esterno pubiana) e a do crânio, também (bimastóidea vertical). 
Após o exame dos órgãos, eles são colocados novamente dentro do cadáver. 
É considerado o pai da patologia moderna e da medicina social, além de 
antropólogo e político liberal (Partido Progressista Alemão e Partido Livre-
Pensador Alemão). 
Filho do açougueiro Carl Virchow e de Johanna Hesse Virchow, graduou-se em 
1843 em medicina em Berlim, pela Academia Militar da Prússia. Tornou-se 
professor em 1847. Por participação ativa na Revolução de Março (1848-1849), 
mudou-se para Würzburg, onde trabalhou como anatomista. Casou em 1850 com 
Rose Mayer, com quem teve 3 filhos e 3 filhas. Em 1856 retornou a Berlim, para 
assumir a cátedra de anatomia patológica da Universidade de Berlim. 
 
Durante a Guerra Franco-Prussiana, liderou pessoalmente o primeiro hospital 
móvel para atender os soldados no front. Também envolveu-se em atividades 
sociais, como saneamento básico, arquitetura de construção hospitalar, 
melhoramento de técnicas de inspeção de carne e higiene escolar. 
 
A ele são creditadas várias descobertas significativas. Foi ele quem elucidou o 
mecanismo do tromboembolismo, cujos fatores são conhecidos até hoje como 
tríade de Virchow. Foi o primeiro a publicar um trabalho científico sobre leucemia, 
pelo qual todas as formas de lesão orgânica começam com alterações moleculares 
ou estruturais das células. 
Foi membro ativo na vida política do II Reich alemão, como ferrenho opositor ao 
Chanceler Otto von Bismarck. 
 
Sua sepultura está localizada no Alter St.-Matthäus-Kirchhof Berlin, no endereço 
Feld H, H-S-012/013, G2. 
 
Técnica de Rokitansky 
 
Carl Rokitansky (1804-1878) estabeleceu as bases estruturais das doenças e a 
técnica de necropsia com o estudo sistemático de cada órgão. Em 1866, já 
tinhafeito mais de 30 mil necropsias. Na sua técnica, os órgãos são examinados “in 
situ”ou seja, dentro do cadáver, um a um. Desta forma, nesta técnica são realizados 
vários cortes em todos os órgãos internos, para depois eles serem retirados, um 
por um. Observe que esta técnica possui uma grande semelhança com técnica de 
Virchow, com a diferença de que na de Virchow os órgãos são retirados um a um 
para depois serem examinados, enquanto na de Rokitansky os órgãos são 
examinados ainda dentro do cadáver, para depois serem retirados , também um 
por um. 
 
 
Rokitansky lançou uma verdadeira "revolução científica". Com a criação da 
segunda escola de Viena, uma mudança de paradigma entrou em vigor, liderada 
por Rokitansky, Josef Skoda e Ferdinand von Hebra , a partir da noção de medicina 
como um tema filosófico-natureza, a mais moderna medicina cientificamente 
orientada. Desta forma, associada à especialização da medicina e com o 
desenvolvimento de novas disciplinas, a Escola de Viena alcançado renome 
mundial. 
 
O nome Rokitansky está associada com as seguintes doenças características 
morfológicas 
Técnica de M. Letulle 
 
Maurice Letulle praticado duas profissões: ele era um médico especialista da 
patologia e um professor. Não surpreendentemente, ele considerou seriamente a 
escolha do material que ele poderia usar para apoiar suas palestras e com o qual 
ele forma um "Bibliothèque de patologias [biblioteca" de patologias] para si e para 
seus colegas. 
 Embora tivesse inicialmente formado uma coleção de inclusões (peças cirúrgicas 
conservadas em solução de formaldeído), era pesado e pesado. Cerca de 1911, 
quando os irmãos Lumière foram popularizar a técnica Autochrome, Letulle 
usaram para tirar fotos de macro e microscópicas patologias. O Autochrome 
oferecidas duas vantagens: eles forneceram uma amostra real de a doença em 
questão e, além disso, eram de fácil transporte e exibição. Corantes, que agia como 
uma sonda de exploração de tecidos, foram essenciais do século 19 e 20 imagens 
médicas de patologia. This was especially the case when the application of a 
colourant to a tissue engendered a visible chromatic reaction. Este foi 
especialmente o caso quando da aplicação de um corante de um tecido provocou 
uma reação visível cromática. Maurice Letulle preparados os cortes histológicos 
que ele fotografou a si mesmo através de um microscópio. Para estas fotografias da 
anatomia patológica microscópica, acrescentou imagens macroscópicas de órgãos 
saudáveis e retratos dos pacientes. Sua coleção inclui também fotografias da praga 
na Manchúria e demonstrações de exame médico, como uma auscultação e um 
exame metódico de um coração. Eugène Normand, bem como o técnico Mrs. Clark 
Blondeau-lo ajudado neste trabalho, mas Maurice Letulle se decidiu a Autocromos 
'classificações por órgão e lesão. Esta classificação original foi mantido junto com 
as lendas que ele inscrito em cada uma das placas de vidro. 
 
Na técnica de M.Letulle, é feita a evisceração (retirada das vísceras do cadáver) 
através de um único bloco. Esta retirada se dá, na parte torácica e abdominal da 
 
seguinte forma: a pele abaixo da região mentoniana é rebatida, juntamente com os 
planos musculares, e é feito um corte nos músculos localizados abaixo da língua. A 
língua então, será tracionada em sentindo antero-inferior, e o técnico também irá 
começar a dissecar os músculos da região cervical, liberando a traquéia e o 
esôfago, que virão juntamente com a língua. A dissecação deste conjunto 
continuará a ser feita, sendo que o mediastino posterior será descolado da coluna 
vertebral, e os pulmões, liberados. O diafragma então será cortado na sua porção 
mais posterior, e o fígado será liberado juntamente com o pâncreas e o estômago. 
O intestino delgado e o grosso é então descolado da parece abdominal, através da 
secção do mesentério. No final do intestino grosso, é feito um nó-duplo, para evitar 
o vazamento do conteúdo intestinal quando o corte final for feito. Os rins também 
são retirados quando o intestino está sendo descolado. 
 
Técnica de Ghon 
 
Um austríacopatologista , que era um nativo de Villach . Em 1890 ele ganhou seu 
grau médico em Graz , e depois passou vários anos no instituto patológico em 
Viena , onde trabalhou com Anton Weichselbaum (1845-1920). Em 1910 ele se 
tornou um professor de patológico anatomia na Universidade Alemã de Praga . 
 
Ghon era um especialista no campo da bacteriologia , e é lembrado por seu 
trabalho com meningite e tuberculose . Seu nome emprestado a sua Ghon foco , 
que é um primário de infecção associada com a tuberculose, bem como do 
complexo Ghon , quando a infecção acima envolve em torno dos gânglios linfáticos 
. Sua obra mais conhecida escrita é um tratado de 1912 de tuberculose na infância 
chamado Der Primare Lungenherd bei der Tuberkulose der Kinder. 
 
ABERTURA DAS CAVIDADES TORÁCICA E ABDOMINAL: 
 
Incisão da pele: Inicia-se com uma incisão em Y partindo do ombro esquerdo, 
descendo, passando sob os mamilos e ascendendo até o ombro direito. Aprofunda-
se a incisão até se encontrar o gradil costal, iniciando-se a dissecção por baixo dos 
planos musculares, em direção ao pescoço. Deve-se tracionar o retalho cutâneo 
para cima e para trás. Alcançada a clavícula, a dissecção passa a ser subcutânea, 
devendo-se alcançar a mandíbula e os acrômios. Deve-se ter cuidado para não 
lesar a pele, mantendo o bisturi o mais vertical possível. Exposto o gradil costal, 
faz-se uma incisão mediana desde a margem do corte anterior até o púbis, 
desviando da cicatriz umbilical, profunda o bastante para cortar o peritôneo, mas 
sem lesar os órgãos subjacentes. Disseca-se a pele e secciona-se os músculos da 
 
parede abdominal rente ao rebordo inferior do gradil costal de ambos os lados, 
expondo-se toda a cavidade abdominal. 
 
Primeiro monobloco: Formado pelos órgaos torácicos e cervicais - pulmões, 
coração, laringe, traquéia, esôfago, grandes vasos e estruturas mediastinais. 
Primeiramente, todas as aderências pleurais devem ser desfeitas com o auxílio dos 
dedos ou do bisturi. Solta-se a extremidade superior do monobloco seccionando-
se, sob a mandíbula, a base da língua e a parte inferior da orofaringe. Traciona-se 
anteriormente e solta-se o esôfago da coluna vertebral e secciona-se os feixes 
vásculo-nervosos braquiais. 
 
Segundo monobloco: Representado pelo fígado, sistema biliar, estômago, 
segmentos de esôfago e duodeno, baço e pâncreas. Secciona-se ambas as cúpulas 
diafragmáticas na região central, ântero-posteriormente (permitindo que o fígado 
seja rechaçado, facilitando os passos seguintes). Depois libera-se o baço, pâncreas 
e segmento de duodeno até a coluna vertebral, cortando-se a veia cava e artéria 
celíaca, deixando a aorta intacta. Solta-se o fígado do diafragma dissecando-se os 
ligamentos e aderências com o bisturi e os dedos. Deve-se ter muito cuidado para 
não lesar as supra-renais, que são retiradas com o terceiro monobloco. 
 
Terceiro monobloco: Composto pelo sistema uro-genital (rins, ureteres, bexiga, 
próstata e vesículas seminais / útero, trompas e ovários), reto e supra-renais. 
Começa-se soltando o rim e a supra-renal esquerda, cortando-se o peritôneo e 
dissecando-os dos músculos subjacentes, até a coluna vertebral. Continua-se a 
dissecção para baixo, em direção à pelve, tendo-se cuidado para não lesar o ureter. 
A dissecção deve chegar até a coluna vertebral lombar, por baixo da aorta. Faz-se o 
mesmo do lado direito. Passa-se então para a liberação dos órgãos pélvicos, que é 
feita por dissecção às cegas com os dedos. Primeiro solta-se a bexiga da sínfise 
púbica e depois passa-se os dedos ao redor e por trás dos órgãos genitais e reto, 
até chegar à linha média. Agora o conteúdo pélvico pode ser solto da parede 
posterior por continuação da dissecção anterior. O monobloco está praticamente 
solto, só faltando cortar as ligações remanescentes no assoalho pélvico (uretra, 
vagina / próstata e reto) e os vasos ilíacos. Nos homens deve-se também retirar os 
testículos (ver adiante). 
 
Quarto monobloco: Constituído pelo segmento terminal do duodeno, jejuno, íleo e 
cólon. Deve ser o primeiro monobloco a ser retirado e examinado após a abertura 
das cavidades abdominal e torácica, uma vez que o trato gastro-intestinal autolisa 
muito rapidamente. Rebate-se todo o intestino delgado para a direita, 
identificando-se a alça fixa do duodeno (área de passagem do duodeno do 
 
retroperitôneo para a cavidade peritoneal), colocando-se duas ligaduras com 10 
cm de intervalo entre si e seccionando-se o segmento entre elas. Identifica-se o 
sigmóide, que também deve ser amarrado e seccionado de maneira semelhante. 
Libera-se o intestino grosso, tendo-se o cuidado de retirá-lo com o mesocólon, sem 
lesar as estruturas subjacentes, seguindo-se para a liberação do intestino delgado 
por secção da raiz do mesentério o mais próximo possível da aorta.

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