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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE FÍSICA FÍSICA EXPERIMENTAL III - TURMA BD – 17/08/2018 LABORATÓRIO I: TEORIA DE ERROS E GRÁFICOS DAVID TOLEDO LANNES IVAN MIRANDA DE ALMEIDA ANA CAROLINA DO S. LEITE 2 RESUMO: O presente experimento tem como objetivo revisar os conteúdos de teoria de erros e confecção de gráficos a partir das medições indicadas no experimento realizado em sala de aula. RESULTADOS EXPERIMENTAIS: Para a obtenção dos dados abaixo, o grupo utilizou de materiais como régua, paquímetro, um objeto cilíndrico, balança e papel milimetrado. A primeira parte do experimento consiste em medir a altura e o diâmetro do objeto cilíndrico (que possui massa (m) de 249,80 ± 0,10 g), utilizando régua e paquímetro para o registro dos dados na tabela 1 abaixo. Medidas Paquímetro Régua Altura (h) 45,00 ± 0,05 mm 44,0 ± 0,5 mm Diâmetro (d) 50,90 ± 0,05 mm 50,0 ± 0,5 mm Área (A) 2034 ± 4 mm2 1962 ± 39 mm2 Volume (V) 91530 ± 282 mm³ 86328 ± 2697 mm³ Densidade (𝜌) 2700 ± 1,1 × 10−6 g/mm³ 290 ± 1,2 × 10−5 g/mm³ Tabela 1 – Registro de dados O cálculo da área da seção transversal do cilindro é dado por: 𝐴 = 𝜋 × 𝑑² 4 (1) Como exemplo da aplicação da fórmula (1) tem se o resultado abaixo para a régua: 𝐴 = 𝜋 × 50,0² 4 = 1962 𝑚𝑚² O cálculo do erro dessa medida foi feito a partir da fórmula de propagação de erros. ∆𝐴 = 𝜕𝐴 𝜕𝑑 × ∆𝑑 (2) → ∆𝐴 = 2𝜋𝑑 4 × 0,5 = 39 𝑚𝑚² O cálculo do volume é dado por: 𝑉 = 𝐴 × ℎ (3) → 2034 × 50,90 = 91530 𝑚𝑚3 O erro do volume é calculado de maneira análoga a fórmula (2): ∆𝑉 = 𝜕𝑉 𝜕𝐴 × ∆𝐴 + 𝜕𝑉 𝜕ℎ × ∆ℎ (4) → ∆𝑉 = ℎ × ∆𝐴 + 𝐴 × ∆ℎ ∆𝑉 = 45 × 4 + 2034 × 0,05 = 282 𝑚𝑚³ 3 Agora a última parte desta etapa do experimento consiste no cálculo da densidade do objeto cilíndrico. 𝜌 = 𝑚 𝑉 (5) → 𝜌 = 249,80 91530 = 2,7 × 10−3 𝑔 𝑚𝑚³ O erro da densidade é calculado de maneira análoga a fórmula (2): ∆𝜌 = 𝜕𝜌 𝜕𝑚 × ∆𝑚 + 𝜕𝜌 𝜕𝑉 × ∆𝑉 (6) → ∆𝜌 = 1 𝑉 × ∆𝑚 + 𝑚 𝑉² × ∆ℎ ∆𝜌 = 1 91530 × 0,10 + 249,80 91530² × 0,05 = 1,1 × 10−6 𝑔 𝑚𝑚³ A segunda parte do experimento consiste na utilização dos métodos dos mínimos quadrados (MMQ) a partir dos dados da tabela 2 abaixo para a confecção do gráfico em anexo. Tabela 2 – Volume V versus massa m Lembrando do método de regressão linear temos que: 𝑎 = �̅� − 𝑏�̅� (7) 𝑏 = 𝑛 ∑ 𝑋𝑖𝑌𝑖− ∑ 𝑋𝑖 ∑ 𝑌𝑖 𝑛 ∑ 𝑋𝑖2−(∑ 𝑋𝑖)² (8) 4 Substituindo os dados em (7) e (8), se tem: 𝑏 = 5 × 50980,5 − 93,7 × 2845 5 × 1782,91 − (93,7)² = −87 𝑐𝑚³ 𝑔 �̅� = ∑ 𝑌𝑖 𝑛 (9) �̅� = ∑ 𝑋𝑖 𝑛 (10) �̅� = 2845 5 = 569 �̅� = 93,7 5 = 18,74 Aplicando os resultados de (9) e (10) em (7): 𝑎 = 569 + 87 × 18,74 = 2190 𝑐𝑚³ Ao fim tem se a reta: 𝑦 = 2190 − 87𝑥 (11) Os cálculos das incertezas nos coeficientes angular e linear podem ser obtidos usando as fórmulas abaixo: 𝜎2(𝑎) = 𝜎² ∑ 𝑋𝑖² ∆ (12) e 𝜎2(𝑏) = 𝜎²𝑛 ∆ (13) Com ∆ = 𝑛 ∑ 𝑋𝑖2 − (∑ 𝑋𝑖)² (14) e 𝜎2 = ∑ 𝑋𝑖² 𝑛 − �̅�² (15) 𝜎2(𝑎) = 140 𝑐𝑚3𝑒 𝜎2(𝑏) = 7 𝑐𝑚3/𝑔 Ao fim tem se que: 𝑎 = 2190 ± 140 𝑐𝑚3 𝑏 = −87 ± 7 𝑐𝑚3/𝑔 5 PERGUNTAS: Parte I • É preciso realizar a propagação dos erros presentes nas medidas feitas quando calculamos medidas indiretas utilizando a fórmula (2). • Nem sempre o erro da medida é igual ao erro do equipamento utilizado na medida, o operador do instrumento de medição, bem como as condições do ambiente em que é feita a medida, introduzem erros adicionais no resultado da medição. Parte II • O gráfico da curva y = bx + a corta o eixo y em y = a. Logo, obviamente, nem todo gráfico deve passar pelo ponto (0,0). • Uma escala uniforme garante que a visualização do gráfico permitirá a identificação de comportamentos, ou melhor, da dependência entre as variáveis envolvidas (ex: dependência linear). • Não é correto colocar os valores dos pontos experimentais nos eixos dos gráficos, pois isso pode causar uma poluição visual desnecessária. • Um maior número de pontos garante uma maior confiança na conclusão obtida pelo experimento.
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