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(ESSE É PRO ARTIGO) NÍVEIS DE ESTRESSE E ANSIEDADE EM PROFISSIONAIS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO DA ESCOLA DOM JOSÉ TUMINAMBÁ DA FROTA%252c SOBRAL CE

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Faculdade Luciano Feijão, 2018
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NÍVEIS DE ESTRESSE E ANSIEDADE EM EDUCADORES
Bianca Rodrigues de Melo; Nádia Andreza Brandão Arcanjo
Resumo: Profissionais da educação são expostos constantemente à agentes estressores por conta, como é de conhecimento comum, da carga horária abundante de trabalho, a qual é estendida com frequência ao lar, ocupando assim quase todas as horas do dia destes profissionais, desencadeando, por conseguinte, distúrbios mentais específicos, como é o caso do aparecimento de variados índices de estresse e ansiedade. Considerando tal afirmação, o principal objetivo do presente artigo é identificar tais níveis em profissionais da educação, não somente docentes, bem como da equipe atuante em uma instituição de ensino (direção, coordenação e auxiliares administrativos). Nos procedimentos que possibilitaram este, foram utilizados uma pesquisa bibliográfica, unicamente para um melhor entendimento das psicopatologias abordadas e, como instrumento de coleta de dados, um questionário sócio demográfico, assim como a aplicação dos testes EVENT (Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho) que avalia a influência de eventos estressantes ocorridos no trabalho para a vida de um sujeito e o inventário de ansiedade, pertencente às Escalas Beck, o BAI em 20 (vinte) educadores da instituição de ensino Colégio Estadual Dom José Tupinambá da Frota no município de Sobral, localizado na região norte do Ceará. Ao concluirmos as análises constatamos que em mais da metade dos educadores a ansiedade está presente em níveis leves a moderados, quanto ao estresse, na maior parte das causas analisadas foram encontradas de maneira pouco satisfatória, apontadas como situações frequentes ou que ocorrem pelo menos as vezes.
Palavras-chave: estresse; ansiedade; educadores
Abstract: Educators are constantly exposed to stressful agents because, as is common knowledge, the abundant working hours, which is often extended to the home, occupy almost all hours of the day of these professionals, thus triggering mental disorders specific, such as the appearance of varying levels of stress and anxiety. Considering this statement, the main objective of this article is to identify such levels in education professionals, not only teachers, as well as the staff working in an educational institution (direction, coordination and administrative assistants). In the procedures that enabled this, a bibliographical research was used, only for a better understanding of the psychopathologies addressed and, as a data collection instrument, a socio-demographic questionnaire, as well as the application of the EVENT (Occupational Stress Vulnerability Scale) which evaluates the influence of stressful events in the work for the life of a subject and the inventory of anxiety belonging to the Beck Scales, the BAI in 20 (twenty) educators of the teaching institution Dom José Tupinambá da Frota State College in the municipality of Sobral , located in the northern region of Ceará. When we conclude the analyzes we found that in more than half of the educators, anxiety is present in mild to moderate levels of stress, in most of the analyzed causes were found in an unsatisfactory way, indicated as frequent situations or occurring at least sometimes.
key words: stress; anxiety; educators 
Introdução
                  O profissional da educação é a figura mais importante no processo educativo, por ser na maioria das vezes responsável na formação de cidadãos, ensinando sobre conhecimento humano, sociedade e até mesmo sobre a vida, gerando dês de cedo a dúvida, a reflexão, concentração, responsabilidades, o poder do questionamento e entre outros. Sendo assim, o ponto fundamental do aprendizado.
Apesar de tal profissão ser importante e gratificante, vem apresenta uma crescente dificuldade, envolvendo diversas fontes geradoras de tensão, como a falta de valorização do profissional, elevado números de alunos em sala de aula, condições precárias de trabalho vistas especialmente em instituições públicas de ensino, salários descabidos, a elevada carga horária de trabalho com uma junção de atividades extraclasse (preparação de aula, formulação e correção de provas, tarefas e etc.), diminuindo as horas destinadas ao lazer na maioria das vezes acarretando uma queda brusca da qualidade de vida. 
Para Nunes Sobrinho (p. 82), o estresse ocupacional constitui-se em uma: 
[...] experiência extremamente desagradável, associada a sentimentos de hostilidade, tensão, ansiedade, frustração e depressão, desencadeados por estressores localizados no ambiente de trabalho. Os fatores contribuintes para o estresse ocupacional vão desde as características individuais de cada trabalhador, passando pelo estilo de relacionamento social no ambiente de trabalho e pelo clima organizacional, até as condições gerais nas quais o trabalho é executado.
Segundo Sadir, Bignoto e Lipp (2010), o estresse tem sido estudado como fator que pode afetar significativamente a saúde ocupacional, trazendo consequências importantes para a qualidade de vida e para a sensação de bem-estar do ser humano.
Estresse vem do latim “stringere” que quer dizer tensão, causada por agentes externos, faz com que o sujeito consiga superar tamanhas exigências impostas a ele no dia-a-dia, porém trazendo desgaste tanto físico quanto psicológico ao mesmo. Para Lipp (1984), estresse é uma reação psicológica, com componentes emocionais físicos, mentais e químicos, frente a determinados estímulos que irritam, amedrontam, excitam e/ou confundem a pessoa. Segundo Baião e Cunha (2013), as doenças e disfunções ocupacionais mais comuns no meio docente é a exaustão emocional e de estresse, distúrbios de voz e disfunções musculoesqueléticas.
O estresse atualmente vem sendo um grande problema de saúde, sendo comum tanto no âmbito pessoal quanto no profissional, afetando não só na saúde física, como também prejudicando a qualidade de vida e a produtividade do ser humano. 
A ansiedade pode ser definida como uma condição orientada para o futuro, caracterizada pela apreensão relativa à percepção de não poder controlar ou prever eventos potencialmente aversivos; a existência de sintomas corporais de tensão física; e o desvio do foco de atenção para esses eventos potencialmente aversivos ou às respostas afetivas eliciadas por eles (BARLOW; DURAND, 2008). A ansiedade e suas consequências representam algumas das fontes mais comuns de sofrimentos relativos ao campo da saúde mental (WOLPE, 1984).
Em 1952 Hans Selye propões o modelo trifásico do estresse, Inicialmente o estresse apresentava três fases: o alerta, a resistência, a exaustão. Porém, Lipp (2000) identifica uma quarta fase, a quase-exaustão, localizada entre a resistência e exaustão: 
A fase de alarme, quando a pessoa se confronta inicialmente com um estressor, uma reação de alerta se instala e o organismo se prepara para “luta da fuga” (Cannon, 1939), ou seja, uma libertação de adrenalina. Segundo Martins (2007, p.04) Ocorre um aumentando a frequência respiratória, dilatação dos brônquios e da pupila, além de contração do baço e aumento do número de linfócitos na corrente sanguínea, para reparar possíveis danos ao organismo. Com as reações de mãos frias e suadas, sensação de nó no estomago e aumento de transpiração. 
A fase da resistência, ocorre quando a presença do estimulo estressor prolonga-se, fazendo com que o organismo passe a se adaptar as alterações mantendo sua homeostase, assim, a glicemia volta ao normal e há, novamente, o aumento da rarefação sanguínea.
A fase da quase exaustão: ocorre quando a tensão excede o limite do gerenciável e a resistência física e emocional começa a se quebrar. Nesse momento a pessoa consegue pensar lucidamente, tomar decisões, trabalhar e etc. porém, tudo isso sendo realizado com esforço. É uma fase marcada por muita ansiedade. 
Segundo Martins (2007, p. 05):
E por fim a exaustão: É a fase considerada por diversos autores constantes desta investigação como a mais negativa do stress. É patológica e ocorrequando o estressor perdura por mais tempo ou quando outros estressores ocorrem, simultaneamente, evoluindo o processo de stress. Nesse percurso, instala-se a exaustão psicológica, em forma de depressão. A exaustão física se manifesta e as doenças aumentam, inclusive doenças graves. É caracterizada pelo aparecimento dos sintomas de primeira fase, além de outros tais como: insônia, problema dermatológicos, estomacais, cardiovasculares, instabilidade emocional, apatia sexual, ansiedade aguda, inabilidade de tomar decisões, vontade de fugir de tudo, autodúvida, irritabilidade. Na área física, caracteriza-se com a presença de hipertensão arterial, úlceras gástricas, retração de gengivas, psoríase, vitiligo e até diabetes. Em alguns casos, poderá ocorrer, inclusive, a morte. 
As implicações trazidas pelo estresse e a ansiedade para a saúde e bem-estar biopsicossocial do sujeito nos apresenta a importância de estudos mais aprofundados e específicos sobre tais patologias. É de substancial importância a análise de profissionais atuantes no contexto educacional devido, como é de conhecimento geral, as especificidades da atuação que acarretam rotina desgastante além do excesso de carga horária a qual inevitavelmente se estende ao lar por conta, por exemplo, da correção de provas, trabalhos e da necessidade de traçar planos de atuação.
Segundo Araújo (2001, p.18) as relações entre estress e a saúde mental do trabalhador apontam para índices de incapacidade temporária ao trabalho, licenças de trabalho, aposentadoria precoce e riscos à saúde decorrentes dessa relação. 
Dados da Gerência de Saúde do Servidor e Perícia Médica (GSPM) em estudos em Belo Horizonte nos fazem refletir sobre a realidade de um grande número de afastamentos de professores dos cargos por conta de adoecimentos que muitas vezes podem estar associados a características das próprias instituições de ensino e condições de trabalho. (Assunção; Barreto; Gasparini, 2005). Observamos a necessidade de maior compreensão sobre agentes externos que irrompem tais disfunções psíquicas e o porquê da presença frequentemente imposta aos profissionais da educação.
Como objetivo e justificando fins da mesma, identificar níveis de estresse e ansiedade em profissionais da educação, não somente docentes, como também os atuantes na direção, coordenação e auxiliares administrativos.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa quantitativa a qual foi acompanhada de breve pesquisa bibliográfica, que nos serviu unicamente para que houvesse uma melhor compreensão a respeito dos distúrbios psicológicos aqui abordados.
A amostra desse estudo foi composta por 20 profissionais da área da educação escolhidos de forma aleatória, entre eles, diretor, coordenadores e professores do ensino médio, que exercem suas funções atualmente na Escola Dom José Tupinambá da Frota, localizada no município de Sobral-CE.
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário sócio demográfico, com aspectos pessoais (idade, estado civil, número de filhos, formação) e aspectos do trabalho (Tempo de atuação na escola, carga horaria, função dentro da escola e se possui outra atividade profissional).
Utilizamos também a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT), a fim de avaliar a presença ou não de situações cotidianas estressantes que ocorrem no âmbito do trabalho e a influência de tais eventos na vida dos sujeitos averiguados, nós destacamos algumas das situações analisadas e às interpretamos a partir do número de respostas em cada um dos três itens que as compõem, e, como segundo instrumento, o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), analisando níveis de ansiedade presentes no indivíduo, considerando situações-sintomas ocorridas na semana antecedente à aplicação do teste, incluindo a data de aplicação, sua correção foi feita de acordo com o manual de aplicação e interpretação.
Resultados
Após a avaliação dos resultados constatamos que, dos 20 participantes da amostra estudada (coordenação, auxiliares administrativos, direção e professores), a maioria é do sexo feminino (N=12), entre 29 a 55 anos, consequentemente, o sexo masculino em número inferior (N=8), com idades entre 23 a 35 anos. Grande parte com tempo de serviço superior a 20 anos. Como pode ser visto na tabela 1:
Tabela 1- Dados do Questionário Sociodemográfico
	 	
	 CARACTERÍSTICAS
	 Feminino Masculino
 (N = 12) (N = 08) 
	
Idade
	 
	23 – 33 
34 - 44
45 - 55 
	 04 04
 02 03 
 06 01
	
Filhos
	 
	
Sim
Não
	 07 06
 05 02 
	
Formação
	
	Superior Completo
Superior Incompleto
Pós-graduado
Mestre
	 02 04 
 01 02
 01 08 
 01 01
	
Função
	
	Professores
Coordenação
Direção
	 07 07
 05 -
 - 01
	
Carga Horária
	
	60 horas
40 horas
20 horas
08 horas
	 - 02
 10 04
 01 02
 01 - 
No que se refere a análise dos dados de Estresse e ansiedade identificamos com a aplicação do teste BAI (Inventário de Ansiedade das escalas Beck), os seguintes resultados: 
	NÍVEIS DE ANSIEDADE
	PERCENTUAL DE EDUCADORES
	MÍNIMO
	40%
	LEVE
	40%
	MODERADO
	20%
	GRAVE
	0%
Tabela 2 - Nível de ansiedade, teste BAI (Inventario de Ansiedade)
Do total da amostra, todos os participantes apresentaram algum grau de ansiedade, sendo que destes, oito profissionais apresentaram grau mínimo de ansiedade, oito apresentaram grau leve, enquanto apenas quatro apresentaram um nível moderado, em nenhum dos sujeitos inclusos na amostra foram manifestados níveis graves. Considerando o período do ano letivo da aplicação dos testes, em 15, 16 e 17 de maio de 2017, uma data aproximada do período de férias, onde os profissionais comumente têm funções acumuladas, os resultados, estão fora do que habitualmente é esperado.
Conforme pode ser visto na Tabela 3 o resultado do EVENT (Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho), que foram cuidadosamente contabilizados em forma de porcentagem.
	SITUAÇÕES
	0-NUNCA
	1-ÀS VEZES
	2-FREQUENTEMENTE
	Autoridade rejeitada
	65%
	30%
	5%
	Acúmulo de funções
	40%
	30%
	30%
	Dobrar jornadas
	50%
	35%
	15%
	Expectativa excessiva do chefe
	60%
	35%
	5%
	Fazer trabalho fora da função
	50%
	35%
	15%
	Falta de perspectiva profissional
	70%
	15%
	15%
	Muita responsabilidade no trabalho diário
	15%
	30%
	55%
	Não saber como são avaliados
	40%
	50%
	10%
	Não são valorizados
	40%
	40%
	20%
	Tom autoritário de superiores
	75%
	15%
	10%
	Salários inadequados
	45%
	20%
	35%
	Ritmo acelerado de trabalho
	15%
	55%
	30%
Tabela 3 - Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT)
        
Alguns seguimentos, como em autoridade rejeitada, a queixa foi apresentada por 35% dos analisados, expectativa excessiva da chefia por 40 %, falta de perspectiva profissional por apenas 30 % e tom autoritário de superiores, 25 %, uma maioria relatou a não ocorrência de tais situações. Os resultados ficaram bem divididos nos episódios que se referiam a dobrar jornadas e fazer trabalho fora da função com 50% da amostra evidenciando a ocorrência dos mesmos e 50% afirmando o contrário.  Já, nas demais situações, das selecionadas do quadro de questionamentosdo teste, houveram objeções, em acúmulo de funções, por 60% do total da amostra, muita responsabilidade no trabalho diário 85%, não saber como são avaliados 60%, não são valorizados também 60%, salários inadequados 55% e, por fim, houveram queixas em ritmo acelerado de trabalho por parte de 85% dos educadores avaliados.
Discussão
	O trabalho é inerente a vida humana em sociedade, de importante influencia na formação da subjetividade do sujeito. Grande parte de nossas vidas objetiva a escolha e realização profissional. Faz parte da identidade pessoal e constituição psíquica do indivíduo, definindo assim muitos trajetos traçados ao longo de nossas vidas, porém, o trabalho nem sempre significa crescimento e satisfação, muitas vezes ele é visto como um real instrumento de tortura, como supõe o próprio significado da palavra. Ainda hoje existem traços de um pensamento herdado dos tempos de Pinel, quando a saúde mental não era levada em consideração diferentemente da saúde física, onde havia uma “hierarquia de deficiências”, assim sendo, por muito não eram reportadas ou levadas em consideração qualquer mal-estar pertencente ao campo da saúde mental.
	Parte considerável dos professores que participaram da amostra eram responsáveis por mais de uma turma dentro da escola, além das demais partes da equipe profissional, como o diretor e auxiliares administrativo que lidam com toda a instituição nos leva a refletir sobre a razão de 85% do resultado amostral apontar excessiva responsabilidade no trabalho diário se dar a quantidade de pessoas envolvidas no mesmo, e tratando-se de educação, podem então de certa forma sentirem-se responsáveis por notável parcela do futuro dos implicados. 
O estresse no âmbito do trabalho vem sendo marcado como desencadeador do surgimento das demais perturbações mentais, o transtorno é tido como estratégia de enfrentamento às questões que aparecem diariamente no campo profissional. Relacionado a tabela referente ao estresse, dos seis agentes estressores ligados ao trabalho citados em Petroski (Petroski,2005), que são pobres condições de trabalho, trabalho em turnos, sobrecarga de trabalho, perigo físico, combinação indivíduo/ambiente e satisfação do trabalho encontramos queixas, em pelo menos metade das mesmas, de mais de 50% dos sujeitos avaliados, o que torna necessário maiores cuidados e atenção à situação.
Dois fatores dos questionados aos educadores nos chamaram atenção pelo fato da excessiva apuração de reivindicações, são eles o ritmo acelerado de trabalho e muita responsabilidade no trabalho diário. As hipóteses levantadas para tais resultados são o fato de os educadores lidarem constantemente com grande número de sujeitos e seu trabalho estar diretamente ligado ao mesmo, uma educação sem qualidade afeta profundamente as vidas os sujeitos ligados a esses profissionais, por conseguinte, a grande responsabilidade considerada pelos mesmos. Em ritmo acelerado consideramos o mesmo fato das funções estarem sempre relacionadas a grande quantidade de indivíduos (salas de aula ou a própria equipe de profissionais) e o fato das funções, especialmente nesta área, serem estendidas ao lar.
Os resultados obtidos pelo Inventario de Ansiedade, entram em acordo com outras pesquisas, como em Picado, que considera a ansiedade como uma das emoções presentes em situações estressantes, em seus estudos, encontrou níveis elevados de ansiedade em educadores (Picado, 2009), a partir da metodologia por nós utilizada, analisando detalhadamente os dados, obtivemos como resultado o aparecimento de níveis em sua maioria (N=60%) leve e moderado. Portanto é necessária maior atenção em tais resultados amostrais que acabam levantando questionamentos sobre o porquê de tamanho surgimento de ansiedade em educadores ou até mesmo se tal transtorno é causado devido as especificidades da área.
Conclusões
         Inicialmente é de suma importância ressaltar as dificuldades encontradas durante a realização deste. No período em que foi realizada a pesquisa, os professores encontravam-se em planejamento, acreditávamos que eles poderiam estar menos atarefados, porém encontramos uma falta de disponibilidade tanto dos professores em se locomoverem para um local mais calmo e silencioso, como conseguir se encaixar em meios de correções de trabalhos, provas e lançamentos de frequência no sistema. Ao aplicar o teste em coordenadores e auxiliares administrativos encontramos mais dificuldades ainda, por assumirem funções que os atarefam mais dentro da instituição, além do acompanhamento junto aos professores, atendem também pais de alunos, alunos e a comunidade. Entretanto salientamos que fomos muito bem recebidas e devidamente apresentadas pela direção.
Acentuamos aqui a relevância de uma avaliação mais detalhada de níveis de estresse e ansiedade junto à educadores pois, especificamente tal atuação traz consigo um excesso de jornada de trabalho com carga horária exorbitante, considerando as funções acumulados que devem ser estendidas aos horários de lazer e como segundo fator que não passou despercebido, o trabalho e grande responsabilidade em cada uma das funções exercidas pelos educadores que afetam um grande número de pessoas. 
Referências
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