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psicopatologia infantil

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TEXTO: O DISCURSO DAS NEUROCIÊNCIAS E O SABER DOS PAIS DE CRIANÇAS PORTADORAS DE DISTÚRBIOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO
Autor: Rogério Lerner
Aluna: Bianca Rodrigues de Melo
Inicialmente é importante entendermos o período que a loucura passou a ser considerada uma doença pela civilização europeia. Alguns autores determinam que no final do século 18 a internação dos desviantes já estava conhecida na Europa, entretanto ao longo desse século que foi imposto uma diferença entre o “Enclausuramento dos desviantes e dos loucos”. Onde, a internação dos desviantes era considerada um castigo e a internação da loucura passou a ser considerado um tratamento (Momento que a loucura passou a ser vista como doença). 
 No século XVII foram inaugurados os primeiros grandes hospitais, com sua função primordial de julgar e internar os desviantes. E ai é onde entra a medicina, com o papel de destaque, os médicos vêm com a função de proceder às ações consideradas necessárias para a coerção do excesso de liberdade psicológica tido como causa da loucura. Essas intervenções eram estritamente médicas, ela ganhou força pela eficácia que a pratica higiênica demonstrou em conter os episódios nos grandes centros urbanos que estavam se consagrando após a revolução industrial. Essa pratica higienista denominada por Medicina Higienista introduziu um modelo de relações e de condutas no seio da família, na qual passou a ser caracterizado por burguesa, pelo fato de funcionar de acordo com a programação higienista das condutas.
Os pais vão colhendo termos que antes não entendiam, nomes que vão associando ao filho, hoje em dia, profissionais que trabalham com crianças portadoras de distúrbios de desenvolvimento vêm se espantando com uma questão, o fato de que os pais já chegam com o diagnóstico pronto dos filhos e ainda resistem a abrir mão desses diagnostico, muitas vezes se adaptando a esse diagnostico. Hoje, os especialistas procuram ensinar esses nomes complicados para os pais, assim como, de usar técnicas para assim darem conta do comportamento dos filhos. Na maioria das vezes esses especialistas acham que a “angustia” dos pais é consequência do quadro que os filhos apresentam, sem ao menos se tocar que está angústia pode ter um grande impacto, uma grande importância na própria caracterização do quadro da criança. 
O texto trás a historia de Marcos como exemplo, um menino de oito anos filho mais velho de mais dois irmãos, que está em inicio de tratamento, pois não fala, não escreve e não lê. Apresenta estereotipias como bater o lápis e facas sobre superfícies, para extrair sons aos quais acrescenta um grito ou uma gargalhada. Na qual, já passou por vários médicos que pediram vários exames, porém todos os exames não apresentaram nenhuma alteração. Pai de Marcos relata que não consegue lhe dar um voto de confiança, mesmo sabendo que o filho pode aprender alguma coisa e apesar de saber que tem que educar o filho e mesmo dando esse mesmo voto de confiança para os irmãos mais novos de Marcos. 
Pai de marcos fica angustiado, atrás de um diagnostico, fica em busca de uma falha orgânica e consequente expectativa de que os médicos “concertariam” seu filho. 
Muitas vezes a atividade clinica vem mostrado que as crianças que aparentam uma significativa melhora são aquelas que os pais aceitam o quadro clinico, com isso a angustia some. 
Voltando ao exemplo do texto em relação a angustia dos pais de Marcos, o erro que se deu conta foi o de sucumbir a redução, essa percepção é fundamental para que os aspectos psíquicos comecem a ser levados em consideração no quadro clinico. 
Por fim, é bom resaltar e levar em conta que a destituição deste dispositivo sofre tanto a pressão resistencial esperada dos pacientes, quanto à pressão da sua adesão ao discurso higienista. É fundamental que as intervenções comecem quando os primeiros sinais clínicos de distúrbio de desenvolvimento surgirem na criança.

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