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Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade (TDAH) Profa. Ma. Ana Ramyres Andrade de Araújo DIFERENCIANDO Distúrbio: alteração das condições do indivíduo que afeta o funcionamento e sua rotina e permite uma fácil identificação de sua origem. Transtorno: liga-se mais às questões psiquiátricas, refere-se a uma perturbação da ordem na condução de suas atividades cotidianas. Síndrome: diversos sintomas, ligados a diferentes causas, que se manifestam ao mesmo tempo em um quadro clínico. PRINCIPAIS SINTOMAS DO TDAH Dificuldade de concentrar a atenção; Agitação psicomotora; Impulsividade. Principal medicação: metilfenidato – estimulante do SNC. 1937 – Bradley administra calmantes e anfetaminas para crianças e adolescentes de abrigos e orfanatos que apresentavam problemas de comportamento e aprendizagem. Obs.: Bradley observa que os calmantes pioravam os sintomas e as anfetaminas melhoravam. As anfetaminas atuam na ativação de áreas cerebrais responsáveis pela inibição de estímulos ajudando a focar a atenção e diminuir a movimentação. Na década de 60, um novo entendimento passa a existir: as lesões cerebrais não foram identificadas, o que leva a crer que os casos descritos apresentariam uma disfunção que foi chamada de Disfunção Cerebral Mínima (DCM); Os nomes mudaram ao longo da história, mas a descrição aparece desde o DSM – II; Em 1990, no DSM – IV, surge o termo TDAH. O que seria o TDAH “O TDAH é um diagnóstico psiquiátrico, baseado em respostas a itens que constam de um questionário do DSM, que descreve nove comportamentos ligados à falta de atenção, seis à hiperatividade e três referentes à impulsividade. Ele é feito quando seis ou mais dos sintomas enumerados persistiram por, no mínimo, seis meses com evidente prejuízo funcional.” O que seria o TDAH Os sintomas devem se apresentar em pelo menos dois contextos: ambiente escolar e ambiente familiar; A hiperatividade ou a desatenção podem predominar ou os quadros podem ser considerados mistos; Podem ou não estar associados a outros transtornos mentais; Os sintomas podem aparecer até antes dos sete anos de idade. Discutindo o diagnóstico e o TDAH Como os itens avaliados são muito abrangentes, é muito fácil que nos identifiquemos com o transtorno – necessidade de cuidado ao realizar o diagnóstico; Há informações de que o transtorno seria mais frequente em meninos – como podemos questionar isso? Haveria uma herança genética ou questões sociais e culturais ligadas ao sexo masculino? Discutindo o diagnóstico e o TDAH A prevalência é de 3 a 7% entre crianças de idade escolar e aumentou do DSM III para o DSM IV devido a inserção de novos critérios diagnósticos; Nas questões ligadas à hiperatividade, destaca-se que não se relaciona unicamente a uma intensidade maior de atividades, mas sim que os sujeitos podem apresentar brincadeiras inoportunas e agir por impulso, muitas vezes se colocando em situações de risco. Discutindo o diagnóstico e o TDAH Não há exames clínicos laboratoriais e nem sinais ao exame físico que possam contribuir para que o diagnóstico seja estabelecido; As influências dos pares, da família e da escola são consideradas importantes na determinação do grau de comprometimento. O Tratamento para TDAH Diagnóstico baseado na clínica; Abordagem múltipla: intervenções psicossociais no âmbito familiar e escolar e psicoterapia; Tratamento farmacológico: metilfenidato; Medicalização da infância; Discutir até que ponto a patologia acaba apagando a subjetividade; Atenção para o risco da medicalização silenciar o que o sintoma da criança estaria apontando. O metilfenidato Estimulante leve do sistema nervoso central; Efeitos fortes se administrado de maneira imprudente; O efeito rebote da suspensão inadequada pode desencadear insônia, depressão e exaustão. O Tratamento para TDAH A dor, o sofrimento e a tristeza precisam abrir lugar para o prazer; As crianças “turbinadas”- questão adultomorfa; O uso recreativo do metilfenidato; Casos clínicos e discussão.
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