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Avaliação psiquiatrica e vertentes da psicopatologia

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psicopatologia infantil 
Sannara Freitas | https://www.passeidireto.com/perfil/sannarafreitas/
Roteiro de estudos para a prova de NP2
- Psicopatologias - conceitos e distinções: Dalgalarondo;
- Diagnóstico na psiquiatria: GUIMARÃES, F. M.; SAWADA, J. R.; BOARATI, M. A. Avaliação psiquiátrica. In: BOARATI, M. A.; PANTANO, T.; SCIVOLETTO, S. (Ed). Psiquiatria da infância e adolescência: cuidado multidisciplinar. Barueri, SP: Manole, 2016. (Minha Biblioteca)
- TOD - critérios diagnósticos e diferenças entre DSM IV e V: https://iacapap.org/content/uploads/D.2-Oppositional-Defiant-Portuguese-2018.pdf 
- Depressão em crianças e adolescentes - características: https://iacapap.org/content/uploads/E.1-Depress%C3%A3o-Portuguese-2018.pdf
- Transtornos ansiosos - conceitos, tipos e critérios diagnósticos: https://iacapap.org/_Resources/Persistent/eea5f6cc3195ddeb3569926743288899f3296798/F.3-OCD-PORTUGUESE-2019.pdf
- TEA - conceito e critérios diagnósticos: https://iacapap.org/_Resources/Persistent/31cc544af25bd01b2737af4ae89e2f3989ddf4c2/C.2-ASD-2014-v1.1-portuguese.pdf
- TDAH - sintomas nos diferentes níveis escolares: https://iacapap.org/_Resources/Persistent/69b849d851e040c48cc0036bf888874a4716afa3/D.1-ADHD-Portuguese-2020.pdf
- Transtornos de aprendizagem - sintomas e critérios diagnósticos: https://iacapap.org/content/uploads/A.9-DSM-5-PORTUGUESE-2015.pdf
- Transtorno do desenvolvimento intelectual e sua relação com o QI: https://iacapap.org/content/uploads/C.1-Intelectual-disabilities-PORTUGUESE-2015.pdf 
Dalgalarrondo
Ele vai falar sobre a diferença entre as psicopatologias.
Para a psiquiatria descritiva, interessa fundamentalmente a descrição das formas de alterações psíquicas, as estruturas dos sintomas, aquilo que caracteriza e descreve a vivência patológica como sintoma mais ou menos típico. Já para a psiquiatria dinâmica interessa o conteúdo das vivências, os movimentos internos de afetos, desejos e temores do indivíduo, sua experiência particular, pessoal, singular, não necessariamente classificável em sintomas previamente escritos.
	Em uma vai só descrever o que está acontecendo dã! Na outra vai se importar com a experiência da pessoa no que está acontecendo.
A perspectiva médico-naturalista trabalha com uma noção de ser humano centrada no corpo, no ser biológico como espécie natural e universal. Assim, o adoecimento mental é visto como um mau funcionamento do cérebro, uma desregulação, uma disfunção de alguma parte ou sistema do “aparelho biológico”.
Já na perspectiva existencial, o paciente é visto principalmente como “existência singular”, como ser lançado a um mundo que é apenas natural e biológico na sua dimensão elementar, mas que é fundamentalmente histórico e humano. O ser é construído por meio da experiência particular de cada sujeito, na sua relação com os outros, na abertura para a construção de cada destino pessoal. O transtorno mental, nessa perspectiva, não é visto tanto como disfunção biológica ou psicológica, mas, sobretudo, como um modo particular de existência, uma forma, muitas vezes trágica, de ser no mundo, de construir um destino, um modo particularmente doloroso de ser com os outros.
	Na visão médico-naturalista o foco é o corpo, o biológico, sabe? O profissional que tem essa perspectiva está pouco se importando com o contexto, sabe? É como se a disfunção fosse só do corpo, dos neurônios. Agora, na perspectiva existencial a coisa é diferente meu bem, é quase o polo oposto da perspectiva médico-naturalista. Nesta vê-se o ser humano em sofrimento, que é um espécie de jeitinho da pessoa, o modo particular daquele indivíduo de viver.
Não acho que tenha alguma errada, sabe? Só que se deter em apenas um aspectos é ignorar todas as nuances componentes do ser humano, esse bicho social que nós somos.
Ô povinho difícil de entender.
Na visão comportamental, o ser humano é visto como um conjunto de comportamentos observáveis, verificáveis, que são regulados por estímulos específicos e gerais, bem como por suas respostas (estímulos antecedentes e consequências; contingências). Em suma, o comportamento se baseia em certas leis e determinantes do aprendizado. Associada a essa visão, a perspectiva cognitivista centra seu foco sobre as representações cognitivas (cognições) de cada indivíduo. As cognições seriam vistas como essenciais ao funcionamento mental, tanto normal como patológico. Os sintomas resultam de comportamentos e representações cognitivas disfuncionais, aprendidas e reforçadas pela experiência familiar e social. 
Em contraposição, na visão psicanalítica, o ser humano é visto como ser “sobredeterminado”, dominado por forças, desejos e conflitos inconscientes. A psicanálise dá grande importância aos afetos, que, segundo ela, dominam o psiquismo. O ser humano racional, autocontrolado, senhor de si e de seus desejos, é, para ela, uma enorme ilusão. Na visão psicanalítica, os sintomas e síndromes mentais são considerados formas de expressão de conflitos, predominantemente inconscientes, de desejos que não podem ser realizados, de temores aos quais o indivíduo não tem acesso.
	Aqui nesse trecho tem três perspectivas, a comportamental e a cognitiva que vão prezar pelo comportamento e as representações cognitivas respectivamente, tá? E a outra, a que é blééé, a visão psicanalítica, na qual o ser humano é visto como sobredeterminado pelas forças do inconsciente.
As entidades nosológicas ou doenças mentais específicas podem ser compreendidas como entidades completamente individualizadas, com contornos e fronteiras bem demarcadas. 
As categorias diagnósticas seriam “espécies únicas”, tal qual espécies biológicas, cuja identificação precisa constituiria uma das tarefas da psicopatologia. Assim, entre a esquizofrenia e os transtornos bipolares e os delirantes, haveria, por exemplo, uma fronteira nítida, configurando-os como entidades ou categorias diagnósticas diferentes e discerníveis em sua natureza básica. 
Em contraposição a essa visão “categorial”, alguns autores propõem uma perspectiva “dimensional” em psicopatologia, que seria hipoteticamente mais adequada à realidade clínica. Haveria, então, dimensões como, por exemplo, o espectro esquizofrênico, que incluiria desde formas muito graves, tipo “demência precoce” (com grave deterioração da personalidade, embotamento afetivo, muitos sintomas negativos residuais), formas menos deteriorantes de esquizofrenia, formas com sintomas afetivos, chegando até um outro polo, de transtornos afetivos, incluindo formas de transtorno afetivo com sintomas psicóticos até formas puras de depressão e mania (hipótese esta que se relaciona à antiga noção de psicose unitária).
	Temos aqui a nosologia psicopatológica vista a partir de dois prismas. O primeiro categorial, nos fala de uma linha entre os transtornos. Isso aqui é isso e aquilo é aquilo, sabe? Como se fosse fácil fazer essa distinção, aliás, ela realmente existe? Enfim…A segunda visão é uma perspectiva dimensional, há o reconhecimento de todo um espectro de um transtorno.
A psicopatologia biológica enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquímicos ou neurofisiológicos das doenças e dos sintomas mentais. A base de todo transtorno mental consiste em alterações de mecanismos neurais e de determinadas áreas e circuitos cerebrais. Nesse sentido, o aforismo do psiquiatra alemão Wilhelm Griesinger (1817-1868) resume bem essa perspectiva: “doenças mentais devem ser vistas como afecções do cérebro” (Griesinger, 1997, p. 7). 
Em contraposição, a perspectiva sociocultural visa estudar os transtornos mentais como comportamentos desviantes que surgem a partir de certos fatores socioculturais, como discriminação, pobreza, migração, estresse ocupacional, desmoralização sociofamiliar, etc. Os sintomas e os transtornos devem ser estudados, segundo essa visão, no seu contexto eminentemente sociocultural, simbólico e histórico.
	Essas perspectivas aí de cima, alinham-se muito bem com duas que já abordamos: a médico-naturalista e a dinâmica e para ser sincera, não to vendo diferença entreas coisas não kkkk (cada k uma lágrima).
A visão biológica vai para o cérebro e a médico-naturalista vai para o corpo.
A sociocultural vai para a sociedade e bla bla bla e a dinâmica vai para as vivências da pessoa, uma vibe bem individual e afins.
Na visão operacional-pragmática, as definições básicas de transtornos mentais e sintomas são formuladas e tomadas de modo arbitrário, em função de sua utilidade pragmática, clínica ou orientada à pesquisa. Não se questiona a natureza da doença ou do sintoma, tampouco os fundamentos filosóficos ou antropológicos de determinada definição. Trata-se do modelo adotado pelas modernas classificações de transtornos mentais: o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-5), norte-americano, e a Classificação internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-11), da Organização Mundial da Saúde (OMS). 
Por sua vez, o projeto de psicopatologia fundamental, proposto pelo psicanalista francês Pierre Fedida, visa centrar a atenção da pesquisa psicopatológica sobre os fundamentos históricos e conceituais de cada conceito psicopatológico, os quais incluem não apenas a tradição médica da psicopatologia, mas também as tradições literárias, artísticas e de outras áreas das humanidades.
	Na visão operacional pragmática é tipo, manualzinho mesmo, sabe? As características e os sintomas desse transtorno é essa e bla bla bla. Na visão da psicologia fundamental proposta pelo Fedida (Fedida kkk) enfim, ele vai observar não só a velha tradição médica da psicopatologia mas também outros aspectos das áreas da humanidade.
Avaliação psiquiátrica
A avaliação psiquiátrica inicial tem como objetivo formular hipóteses diagnósticas sobre o que está acontecendo com a criança ou o adolescente em questão e averiguar quais fatores estão influenciando seu bem-estar, levando em consideração seu desenvolvimento cognitivo e emocional e seu funcionamento psíquico.
Na grande maioria das vezes, a criança ou o adolescente não vem espontaneamente a uma consulta psiquiátrica. Geralmente, o encaminhamento é requisitado por terceiros, podendo vir da família, da escola ou de outros profissionais.
As crianças podem se sentir amedrontadas ou ansiosas em relação à entre-vista psiquiátrica. Podem ter a fantasia de que estão sendo avaliadas porque fizeram algo de errado e que por isso seriam punidas.
Na avaliação psiquiátrica, deve-se buscar um entendimento das queixas apresentadas e suas possíveis causas, determinar se esse comportamento está fora do desenvolvimento normal para aquela faixa etária e se o quadro manifestado se trata de um transtorno mental.
A avaliação psiquiátrica de crianças e adolescentes consiste em pelo menos três fases: entrevista e avaliação básica da família ou dos guardiões legais, entrevista e avaliação da criança ou do adolescente e coleta de informações de outras fontes, como escola, pediatra e outros profissionais ligados ao cuidado do paciente.
O primeiro passo da entrevista com os pais ou responsáveis é deixar a criança e os pais confortáveis. Deixar os pais começarem a entrevista e utilizar perguntas para esclarecer melhor os tópicos relatados, tentando não interromper o discurso dos pais, é importante para uma coleta de informações mais fidedigna.
Entrevistas com crianças e adolescentes
Diferentes métodos de coleta de dados devem ser utilizados, variando conforme a idade do paciente. As técnicas podem incluir a observação da relação mãe-bebê em lactentes, a observação lúdica em pré-escolares e crianças mais jovens e a entrevista direta com adolescentes. A observação da criança brincando em diversos contextos (sozinha, com os pais, com outras crianças) revela o estágio do desenvolvimento em que ela se encontra e também é uma excelente maneira de observar seu estado emocional e suas preocupações. As crianças podem ser observadas em uma brinquedoteca ou no consultório. Crianças acima de 2 anos de idade podem começar a demonstrar jogo simbólico com os brinquedos, e o uso de bonecos pode revelar informações importantes por intermédio de assuntos trazidos durante a brincadeira.
Crianças maiores e adolescentes podem ser entrevistados primeiro, a fim de se estabelecer um vínculo de confidencialidade, e pré-adolescentes e adolescentes têm direito à privacidade. O grau de confidencialidade das informações obtidas durante a avaliação está relacionado com a idade do entrevistado. Na maioria das vezes, quase todas as informações específicas relativas a uma criança pequena podem ser compartilhadas com seus pais. Já no caso de crianças a partir da idade escolar e adolescentes, são eles que devem dar permissão para a divulgação de suas informações, salvo em situações em que o entrevistador julgar que possa existir algum risco para eles ou para terceiros. Nesse caso, o paciente será informado que o assunto será compartilhado com adultos e o motivo de tal atitude.
Avaliação dos sintomas
grande parte dos transtornos mentais em crianças e adolescentes envolve uma combinação de sintomas que dizem respeito a quatro áreas principais: 
■ sintomas emocionais.
■ problemas de comportamento.
■ alterações de desenvolvimento.
■ problemas de relacionamento
Os sintomas emocionais são os que se expressam em relação ao próprio indivíduo. Podem ser expressos como tristeza, retraimento, queixas somáticas, medo e ansiedade. Os pacientes costumam ser os melhores informantes acerca de sintomas relacionados ao humor e a experiências pessoais, como sintomas psicóticos, tristeza, medo e ansiedade. Todavia, vale lembrar que crianças pequenas podem não conseguir expressar verbalmente seus sintomas de maneira clara, sendo que muitas vezes eles se manifestam por meio de alterações comportamentais e queixas somáticas.
Os problemas de comportamento (também conhecidos como sintomas externalizantes ou de conduta) são aqueles que se expressam em relação a outras pessoas. Referem-se a comportamentos como dificuldade em controlar impulsos, hiperatividade, agressividade, baixa tolerância à frustração e irritabilidade. São mais bem avaliados pelos pais e pela escola, visto que as crianças tendem a minimizar os relatos e os impactos de tais comportamentos em sua vida.
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