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ATIVIDADE 4 A WEB SEMÂNTICA E DADOS LIGADOS ABERTOS

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Diante da leitura do texto “Linked data – dados interligados - e interoperabilidade entre arquivos, bibliotecas e museus na web” pretende-se explicitar o entendimento sobre o termo web semântica, citar as linguagens padrão da web semântica para estruturação de conteúdos e destacar como o RDF pode contribuir para a criação de links inteligentes.
WEB SEMÂNTICA
A web que usamos atualmente é chamada de web sintática, isto é, a busca é feita através de padrões de dados de acordo com o texto fornecido por quem realiza a pesquisa.
Como é afirmado por Pickler:
A web atual é denominada por Breitman (2005) da web sintática, na qual os computadores fazem apenas a apresentação da informação, enquanto o processo de interpretação fica a cargo dos seres humanos, já que isso exige um grande esforço para avaliar, classificar e selecionar informações e conhecimentos de interesse (BREITMAN, 2005, apud PICKLER. 2007, p. 68).
A web semântica se opõe a web sintática na qual há a proposição de uma leitura semântica das tecnologias, ou seja, uma extensão da web atual em que o sistema seja capa de compreender os dados, não só representar padrões descritos pelo responsável por indexar a informação e quem a busca. Como apresenta Marcondes:
A proposta da Web Semântica descreve uma Web qualitativamente diferente da atual, na qual, ao invés dos conteúdos serem estruturados para serem exibidos e lidos por pessoas, terão uma semântica “inteligível” por programas, os chamados “agentes de software”; ou seja, programas que não sejam criados especificamente para processarem somente um tipo determinado de dado. As tecnologias da Web Semântica são a evolução da Web atual, em direção a mais amplas possibilidades de interação e de recuperação semântica da informação (MARCONDES,2012, não paginado).
Dessa forma, é possível concluir que a web semântica prevê uma ampliação da web como conhecemos e utilizamos atualmente. Em que a proposta é que os dados se tornem inteligíveis ao sistema e possam ser reconhecidos em diferentes formatos, não só como uma representação de padrões de bits.
AS LINGUAGENS PADRÃO DA WEB SEMÂNTICA PARA ESTRUTURAÇÃO DE CONTEÚDOS
Marcondes (2012) cita como linguagens padrão para estruturação de conteúdos XLM, RDF e OWL.
Essas linguagens são citadas segundo sua “expressividade semântica”, como diz o autor.
-XML - sintaxe para estruturar documentos. Não impõe restrições semânticas. 
- XML Schema - restringe a estrutura de documentos XML 
- RDF - modelo de dados para objetos e relacionamentos. Semântica simplificada 
- RDF Schema - vocabulário para descrever propriedades e classes expressas em RDF; semântica para generalização. 
- OWL - maior vocabulário para descrever classes e propriedades: relacionamentos (p. ex: disjunção), cardinalidade (p. ex: exatamente um), igualdade, tipos mais expressivos de propriedades, características de propriedades (p. ex: simetria) e enumeração dos elementos de uma classe (MARCONDES,2012, não paginado).
COMO O RDF PODE CONTRIBUIR PARA A CRIAÇÃO DE LINKS INTELIGENTES
Sobre o RDF é destacado no texto:
O padrão RDF seria fundamental e marcaria um ponto de inflexão na sequência de linguagens apresentada, pois ali estaria o primeiro “lampejo” do que seria uma “semântica” inteligível por programas (BIZER et al., 2007, apud MARCONDES, 2012, não paginado).
O RDF permite que nomes posicionados em campos destinados a vocabulários específicos. Os enunciados propostos no modelo RDF tornam facilmente identificáveis pelo sistema o papel que o termo possui na busca.
Na web, o URL, tradicionalmente usado, representam objetos específicos, isto é, são o caminho para um recurso específico pré-definido. Os recursos padronizados por RDF são compartilhados através de URI.
Os URIs permitem a criação de links estáveis e permanentes para os recursos. Enquanto os URLs representam um endereço, os objetos abrigados nesses endereços podem ser realocados e por isso mudarem de endereço, logo são instáveis e não possuem um endereço permanente. 
Na criação de links, o RDF permite além da estabilidade e links fixos, permitem a representação de recursos disponíveis ou não na web, além disso, diferentes servidores podem manter um mesmo endereço URI para determinado tema com diferentes objetos. 
Dessa forma, o uso do RDF na criação de links oferece inúmeras possibilidades além das que são tradicionalmente ofertadas pelos URLs. No âmbito das unidades de informação, como bibliotecas e museus digitais, são múltiplas as opções na representação das informações e também na busca. Diante disso, é possível destacar que o uso do RDF permite grande avanço na relação entre o sistema e as informações e entre o usuário e sua busca.
REFERÊNCIAS
Marcondes, Carlos Henrique. "LINKED DATA" – DADOS INTERLIGADOS - E INTEROPERABILIDADE ENTRE ARQUIVOS, BIBLIOTECAS E MUSEUS NA WEB. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, vol. 17,núm. 34, pp. 171-192, maio/agosto. 2012.
PICKLER, Maria Elisa Valentim. Web Semântica: ontologias como ferramentas de representação do conhecimento. Perspect. ciênc. inf.[online]. 2007, vol.12, n.1, pp.65-83. ISSN 1981-5344.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-99362007000100006.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE ARTES E COMUNICAÇÃO SOCIAL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO
ATIVIDADE 4
 A WEB SEMÂNTICA E DADOS LIGADOS ABERTOS
Disciplina: Laboratório de Tratamento e Recuperação da Informação
Docente: Nilson Theobald Barbosa
Discente: Paula Ribeiro da Igreja
Niterói,
2018

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