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PAPER VI.1 (1)

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2
PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Caroline Barcellos Migliavaca
Maikel Guimarães Colar
Morgana Ribeiro Feijó
Nathalia Von Saltiel Vicente
Prof. Tutor Adelir Analice Natalli Greff
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em Educação Física (LEF0042) – Seminário da Prática VI
25/09/2017
RESUMO
Este trabalho aborda o tema “Pedagogia da educação física: aspectos pedagógicos, cidadania e inclusão, elaborado a partir do livro Educação Física em Foco”. de Rafaela Liberali e Meike Schubert apresentado ao curso de Licenciatura em Eduação Física da Universidade Uniasselvi e tem como objetivo. refletir sobre aspectos que envolvem a prática pedagógica em educação física. Através de pesquisa teórica, compreendeu-se que o professor de educação física, assim como outros educadores, precisa realizar adaptações curriculares para que todos os alunos possam participar, desenvolver suas habilidades indiferente de deficiências ou qualquer outra característica que venha a impedir que o aluno participe de alguma atividade. É preciso conhecer a realidade dos alunos dificuldade e buscar alternativas para consolidar a inclusão.
Palavras-chave: Diversidade. Inclusão. Educação Física. 
1 INTRODUÇÃO
Este texto tem como tema “pedagogia da educação física: aspectos pedagógicos, cidadania e inclusão, elaborado a partir do tópico 1, Formação e pedagogia da educação física, da primeira unidade, “Formação profissional, pedagógica, curricular e política educacional da educação física”, do livro “Educação Física em Foco”, de Rafaela Liberali e Meike Schubert apresentado ao curso de Licenciatura em Eduação Física da Universidade Uniasselvi.
O presente estudo procura refletir sobre aspectos que envolvem a prática pedagógica em educação física, tendo como objetivos: resumir o primeiro tópico da unidade Formação profissional, pedagógica, curricular e política educacional da educação física; realizar apontamentos sobre diversidade e inclusão em educação física como promotoras de cidadania; e pensar sobre o papel do professor diante desse desafio. O estudo realizado a partir de pesquisa teoria (prática documental), está dividido em: Pedagogia da educação física: aspectos pedagógicos, cidadania e inclusão; e Considerações Finais.
2 PEDAGOGIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA: ASPECTOS PEDAGÓGICOS, CIDADANIA E INCLUSÃO
	Conforme Ramos, Graça e Nascimento (2008, p.163), o conteúdo pedagógico da educação física refere-se ao: 
- conhecimento curricular do conteúdo: representa o conjunto de programas elaborados pelo professor sob um tema particular, considerando o nível dos alunos, bem como os meios disponíveis ao professor para o ensino da matéria; e 
- conhecimento pedagógico do conteúdo: como a forma de representação e transformação da matéria de ensino que torna esta mesma matéria compreensível ao aluno, em outras palavras, é o conhecimento sobre como ensinar um conteúdo ou tópico a um grupo específico de estudantes em um específico contexto.
Os objetivos da educação física, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são:
a) participar de atividades corporais, reconhecendo e respeitando algumas de suas características físicas e de desempenho motor, bem como as de seus colegas, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais;
b) adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade em situações lúdicas e esportivas, buscando solucionar os conflitos de forma nãoviolenta;
c) conhecer os limites e as possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas atividades corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso para manutenção de sua própria saúde;
d) conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações da cultura corporal, adotando uma postura não-preconceituosa ou discriminatória por razões sociais, sexuais ou culturais organizar jogos, brincadeiras ou outras atividades corporais, valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível; 
e) analisar alguns dos padrões de estética, beleza e saúde presentes no cotidiano, buscando compreender sua inserção no contexto em que são produzidos e criticando aqueles que incentivam o consumismo (BRASIL, 1997, p.52). 
Os conteúdos de educação física dividem-se em esportes, jogos, lutas, ginásticas; atividades rítmicas e expressivas; e conhecimentos sobre o corpo (LIBERALI, SCHUBERT, 2016). Todavia, atualmente, os educadores de educação física, assim como outros, têm se deparado com diferentes situações no ambiente escolar, que vão além do desenvolvimento e compreensão de conteúdos. 
A realidade cotidiana das escolas evidencia a diversidade escolar (pais, alunos, professores, funcionários). Esses envolvidos reproduzem suas características e diferenças. Desta forma, a escola passa a ser um espaço privilegiado capaz de promover discussões e estudos acerca da diversidade, fomentando propostas de inclusão e de respeito às diferenças. É muito importante ensinar e estimular o respeito, a diversidade, seja ela cultural, social, de gênero ou étnica (LIBERALI, SCHUBERT, 2016).
Assim, a escola pode ajudar a formar cidadãos mais educados e respeitosos, pois é a partir das diferenças que esses conceitos precisam ser aprimorados para que todos convivam com harmonia no ambiente escolar. É fundamental destacar que não somos todos iguais, muito pelo contrário, todos somos diferentes e as diferenças precisam ser respeitadas (LIBERALI, SCHUBERT, 2016).
Conforme Darido et al. (2001), com os PCN abriu-se “espaços para a construção de uma escola comprometida com a cidadania e com a rejeição à exclusão, ao abordar na lei os princípios da educação, a garantia aos direitos e deveres da cidadania, a política da igualdade, a solidariedade e a ética da identidade”.
É válido explicar que os PCN possuem a função de orientar e garantir a coerência das políticas de melhoria da qualidade de ensino, socializando discussões, pesquisas e recomendações, além de nortear a prática pedagógica do professor de Educação Física com um planejamento direcionado no Projeto Político-Pedagógico da escola, de maneira dinâmica e concreta (SOUSA; FÁVERO, 2010).
“Os PCN abordaram na lei os princípios da educação, a garantia aos direitos e deveres da cidadania, a política da igualdade, a solidariedade e a ética da identidade” (LIBERALI, SCHUBERT, 2016, p14). E é importante proporcionar aos alunos o estudo e debate sobre a diversidade. Essa questão deve ser trabalhada desde os primeiros anos de escolaridade para que os alunos aprendem que a partir da diversidade é possível construir um ambiente em que se conviva respeitosamente com as diferenças, melhorando pensamentos e atitudes que promovam à exclusão. Considerando tal situação, é papel da escola e dos educadores contemplar a realidade dos alunos, eliminando preconceitos, discriminações ou racismo.
A escola não pode ser reprodutora de tais conceitos, por isso a necessidade do educador trabalhar estas questões em sala de aula. Entretanto, embora hajam escolas que abordam no ambiente escolar o assunto, precisa-se admitir que o preconceito ainda se faz presente no ambiente escolar. Educadores e alunos necessitam interiorizar novos pensamentos, conceitos e mudar suas atitudes, evidenciando valores e, o destaque à raça humana com sua complexibilidade e características próprias (LIBERALI, SCHUBERT, 2016).
Deste modo, as aulas de educação física devem ser inclusivas e trabalhar a diversidade da educação. Até mesmo porque, 
Os PCN trazem avanço nas dimensões do conteúdo para a profissão educação física, pois ultrapassam o ensinar esporte, ginástica, dança, jogos, atividades rítmicas, expressivas e conhecimento sobre o próprio corpo para todos, em seus fundamentos e técnicas (dimensão procedimental), mas inclui também os seus valores subjacentes, ou seja, quais atitudes os alunos devem ter nas e para as atividades corporais (dimensão atitudinal) (DARIDO et al., 2001, p.21).
Além disso, é preciso possibilitar aos alunos, o estudode sua identidade e seu pertencimento ao território, neste caso, a escola, utilizando-se de métodos adequados para que realmente haja aprendizagem e possam conviver com as diferentes realidades (LIBERALI, SCHUBERT, 2016).
Cabe à escola trabalhar com o repertório cultural local, partindo de experiências vividas, mas também garantir o acesso a experiências que não teriam fora da escola. Essa diversidade de experiências precisa ser considerada pelo professor quando organiza atividades, toma decisões sobre encaminhamentos individuais e coletivos e avalia procurando ajustar sua prática às reais necessidades de aprendizagem dos alunos (BRASIL, 1997, p.25).
A ação pedagógica da escola deve estar voltada à diversidade e sobretudo contemplar a inclusão nos diferentes espaços da escola, sociedade, promovendo a igualdade racial e de oportunidades. Daí, a importância da atenção à diversidade no cotidiano escolar para que o aluno se identifique e se reconheça como ser humano capaz de conviver respeitando o outro na coletividade (LIBERALI, SCHUBERT, 2016).
Ademais, conforme os PCNs de Educação Física, a educação física parte de:
Uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos. O trabalho de Educação Física abre espaço para que se aprofundem discussões importantes sobre aspectos éticos e sociais, alguns dos quais merecem destaque (BRASIL, 1997, p.24). 
Sendo assim, é de suma importância utilizar materiais, artefatos e estratégias para combater a exclusão, proporcionando momentos de transformação, colocando novas ideias, as quais ressaltarão às diferenças, dando a elas visibilidade para que sejam tratadas com naturalidade e respeito no âmbito escolar. Diante desse contexto, a escola precisa se organizar, fazendo enfrentamento a problemática da exclusão, advinda da visibilidade das diferenças, pois é a partir da diversidade que surgem os preconceitos (LIBERALI, SCHUBERT, 2016).
Acredita-se, portanto, que é necessário uma boa formação dos educadores para que possam no cotidiano escolar, construir junto aos alunos, o respeito às diferenças, construindo conceitos, e descontruindo pré-conceitos e culturas discriminatórias presentes nesse cotidiano repleto de pluralidades, capazes de transformar atitudes e ações, antes excelentes em atos de integração, socialização, interação e, principalmente, de humanização. O educador é fundamental para intervir positivamente na busca de ações que melhorem as relações interpessoais no ambiente escolar (LIBERALI, SCHUBERT, 2016). 
	Ademais, como visto, a educação física deve compreender a pluralidade cultural e incluir os alunos no processo de ensino e aprendizagem. E, nesse sentido, inclusão não refere-se apenas às diferenças de etnias, classes sociais ou crenças, mas também refere-se às deficiências (LIBERALI, SCHUBERT, 2016). 
	Além de que, conforme os PCNs:
A Educação Física permite que se vivenciem diferentes práticas corporais advindas das mais diversas manifestações culturais e se enxergue como essa variada combinação de influências está presente na vida cotidiana. As danças, esportes, lutas, jogos e ginásticas compõem um vasto patrimônio cultural que deve ser valorizado, conhecido e desfrutado. Além disso, esse conhecimento contribui para a adoção de uma postura não-preconceituosa e discriminatória diante das manifestações e expressões dos diferentes grupos étnicos e sociais e às pessoas que dele fazem parte (BRASIL, 1997, p.24).
É válido também refletir que na área de educação física prepara-se aulas pensando no movimentar-se, geralmente, sem pensar que há aqueles que possuem suas limitações, tanto para realizar um exercício como para compreender uma atividade, o que faz necessário, como professores de educação física, repensarmos as práticas inclusivas nesta área, para que todos nossos alunos possam construir conhecimento e ter suas habilidades e competências desenvolvidas (LIBERALI, SCHUBERT, 2016).
	Para que haja a inclusão, faz-se necessário preparar o ambiente educacional, fazendo algumas adaptações de conteúdos, métodos de ensino, objetivos, avaliação, disponibilidade de tempo, e ambiente físico. O professor terá de tomar estas atitudes junto com a comunidade escolar, para que haja a inclusão e não a exclusão da criança na rede regular de ensino, como muito acontece (LIBERALI, SCHUBERT, 2016).
	As adaptações indiferentes dos níveis em que ocorrerem, são a forma de consolidação da inclusão escolar. Adaptar é permitir a inclusão oportunizando acesso igualitário à educação. A educação física é para todos, basta que o professor pense em atividades adaptadas a cada grupo, a cada especificidade. Até mesmo porque a educação física na escola deverá “favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações e sabendo distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais” (BRASIL, 1997, p.24).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola é um espaço onde as diferenças convivem em grande quantidade. A pluralidade faz com que a escola se torne um dos cenários mais privilegiados para a manifestação de conflitos entre as pessoas que, nela, convivem. 
O professor de educação física, assim como outros educadores, precisa realizar adaptações curriculares para que todos os alunos possam participar, desenvolver suas habilidades indiferente de deficiências ou qualquer outra característica que venha a impedir que o aluno participe de alguma atividade. É preciso conhecer a realidade dos alunos dificuldade e buscar alternativas para consolidar a inclusão.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação física. Brasília: MEC/SEF, 1997.
DARIDO, S. C. et al. A Educação Física, a formação do cidadão e os Parâmetros Curriculares Nacionais. Revista Paulista de Educação Física, v. 15, n. 1, p. 17- 32, 2001. Disponível em: <https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/SEMEX/article/view/488>. Acesso em: 14 out. 2017.
LIBERALI, Rafaela; SCHUBERT, Meike. Educação física em foco. 1. ed. Indaial: Uniasselvi, 2016.
RAMOS, V.; GRAÇA, A. B. S.; NASCIMENTO, J. V. O conhecimento pedagógico do conteúdo: estrutura e implicações à formação em Educação Física. Rev.bras. Educ. Fís. Esp., v. 22, n. 2, p. 161-171, 2008. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rbefe/article/download/16691/18404>. Acesso em: 14 out. 2017.
SOUSA, D. P.; FÁVERO, M. T. M. Educação Física na perspectiva dos parâmetros curriculares nacionais para o Ensino Fundamental. Revista Digital efdeportes.com, ano 15, n. 147, 2010. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd147/educacao-fisica-na-perspectiva-dos-parametros-curricularesnacionais.htm>. Acesso em: 14 out. 2017.

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