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TRABALHO DE FILOLOGIA TIAGO 3 NOTA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAPECURU MIRIM- CESITA
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS
PAULO VITOR COSTA BEZERRA
ODISSÉIA, ILÍADA (HOMERO) E ENÉIDA (VIRGÍLIO): uma análise crítica dos clássicos épicos.
Itapecuru Mirim/MA
2018
PAULO VITOR COSTA BEZERRA
ODISSÉIA, ILÍADA (HOMERO) E ENÉIDA (VIRGÍLIO): uma análise crítica dos clássicos épicos.
Trabalho entregue à Unidade de Estudo em Filologia Românica, do 5º período do curso de Licenciatura em Letras, da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, como requisito para obtenção de nota referente ao 3ª bimestre.
Orientador: Prof.º Esp. Tiago de Oliveira Ferreira.
Itapecuru Mirim/MA
2018
Na cultura ocidental existem grandes poemas que estão na base do conhecimento cientifico, literário e filosófico: a Ilíada, a Odisseia e Eneida, os dois primeiros de Homero e a última de Virgílio. Obras como a Ilíada, a Odisseia e a Eneida são poemas épicos, também chamados de epopeias, isto é, narrativas em verso que têm por assunto feitos heroicos passados, relevantes para um povo. Ou ainda, segundo Junior e Maia (2015, p.6), “um texto com um herói, envolvendo um grande acontecimento, sendo uma narrativa do vencer e da paz”.
Tudo começou quando o filho do rei de Troia, chamado Páris, raptou Helena e a levou para sua cidade. Menelau, marido de Helena, não gostou nada disso e chamou guerreiros de várias cidades para atacar Troia e recuperar sua esposa. O ataque foi comandado por Agamenon, irmão de Menelau. Embora eles contassem com grandes combatentes, o cerco à cidade durou 10 anos. Parte da complicação vinha do fato de os deuses terem se envolvido no conflito, alguns apoiando os troianos e outros contra eles. O poema narra os acontecimentos do décimo ano da Guerra de Troia, mostrando as batalhas, os desentendimentos entre os guerreiros e as ações dos deuses, que não apenas interferiam no curso dos acontecimentos humanos como também lutavam entre si. A narrativa termina quando Aquiles, enfurecido com a morte de seu amigo Pátroclo, ataca os troianos. Ele era o maior guerreiro entre todos e, com sua fúria, foi capaz de matar centenas de troianos, inclusive Heitor, outro filho do rei de Troia. O rei decidiu pagar um resgate pelo corpo do filho, que havia ficado sem sepultar, e preparou um grande funeral. O poema encerra-se com a descrição do funeral e com o lamento das mulheres troianas.
Entretanto, temos como sequência dessa história outra epopeia de Homero, a Odisseia. Quando a história começa, os gregos já tinham vencido Troia e a saqueado. Os deuses ficaram aborrecidos, pois alguns guerreiros foram desrespeitosos com as vítimas, por isso resolveram complicar o regresso dos combatentes para casa, especialmente o de um deles, chamado Ulisses, constantemente atrapalhado em suas tentativas de voltar para sua cidade, Ítaca. Sua fiel esposa Penélope encontrava dificuldades para afastar diversos pretendentes, que desejavam se casar com ela e tomar posse de tudo o que era de Ulisses. Na viagem de volta para casa, ele enfrentou diversos problemas, entre os quais um naufrágio. Sozinho e ferido, conseguiu chegar à terra dos feácios, onde foi recebido pelo rei local, que preparou um grande banquete para recepcioná-lo. Durante a festa, um aedo contou histórias sobre a Guerra de Troia, com destaque para as ações de Ulisses. Ele ainda não havia revelado sua identidade, mas, depois de algum tempo, decidiu dizer quem era e contar tudo o que ocorreu a partir da saída de Troia. O rei, depois de ouvir sua narrativa, o encheu de presentes e o enviou para Ítaca. Lá ele encontrou seu filho Telêmaco e, juntos, enfrentaram e mataram os pretendentes. No final, Ulisses e Penélope se reencontraram e contaram um para o outro o que havia acontecido enquanto estavam afastados. As famílias dos pretendentes mortos planejaram uma vingança, mas a deusa Atena obrigou todos a aceitarem uma paz duradoura.
Esses poemas foram essenciais para os gregos, pois forneceram a eles uma história e deuses comuns: por meio das narrativas criava-se, poeticamente, a origem histórica e lendária daquele povo. A destruição de Troia é considerada, por muitos, como o marco inicial da história dos gregos. Antes, os diferentes povos não tinham fortes vínculos uns com os outros e possuíam líderes e crenças próprios, distintos dos demais. Quando esses povos se reuniram para, juntos, combaterem os troianos, eles começaram a ter algo em comum.
Muito tempo e muitas guerras depois, os gregos foram submetidos ao poder dos romanos. Embora a Grécia tivesse se tornado uma espécie de colônia dos romanos, a Ilíada e a Odisseia continuavam sendo considerados poemas de qualidade superior, os quais deviam ser copiados, traduzidos e conhecidos por todos. Além disso, os romanos admiravam a cultura e o modo de vida dos gregos, considerando-os como uma das fontes antigas da sua própria cultura. 
Por mais que admirassem os gregos e suas narrativas, os romanos precisavam de um poema que narrasse sua própria história. O Imperador Augusto, que viveu na época do nascimento de Cristo, encomendou a Virgílio, um dos grandes poetas de seu tempo, um poema semelhante aos dois de Homero para glorificar a história romana e registrar para sempre o nome de seu herói. Virgílio decidiu enfrentar o desafio e escreveu a Eneida.
Eneias, um dos participantes da Guerra de Troia, abandonou a cidade depois da vitória dos gregos e foi para o Lácio - região onde hoje está Roma. Ele contava com a proteção de Vênus, mas foi perseguido por Juno. No caminho, seu navio enfrentou uma tempestade e foi conduzido às praias do norte da África onde os tripulantes foram recebidos por Dido, rainha de Cartago. Ela lhes ofereceu um banquete, durante o qual Enéias relatou a história da guerra de Troia, enfatizando os episódios finais, entre os quais se destacava a introdução de um cavalo de madeira na cidade, dentro do qual estavam escondidos soldados gregos. Dido se apaixonou por Eneias e se entregou a ele, mas o relacionamento durou pouco, pois o deus Mercúrio o obrigou a prosseguir viagem para o Lácio. Desiludida com o abandono daquele que ela considerava seu esposo, Dido se suicidou.
No caminho, Eneias consultou uma sacerdotisa para saber qual seria seu futuro e também para obter permissão para ir ao reino dos mortos. Lá ele se encontrou com Anquises, seu falecido pai, que lhe deu informações sobre o futuro de Roma. Chegando ao Lácio, Eneias tentou aliar-se ao rei Latino, que governava o local, mas não foi bem sucedido devido à intervenção da rainha Amata e seu sobrinho Turno. Por isso, principiou a guerra entre latinos e troianos. O conflito terminou quando Eneias venceu Turno em combate e o sacrificou.
Como pode-se observar nas narrativas acima, elas são vividas por seres humanos especiais, em cuja trajetória interferem os deuses. A partir de algumas características desses poemas, certos elementos passaram a ser constantes nas epopeias: elas devem conter fatos históricos, ao lado de lendas e mitos, assim como devem conter viagens.
Por tratar de tema heroico, em linguagem elevada, e por ter tamanha expressão política e cultural, os poemas épicos eram considerados, desde a Antiguidade, a mais alta forma de expressão poética. 
REFERÊNCIAS
HOMERO. Odisseia. Rio de Janeiro: Ediouro.
Ilíada: análise e resenha. Acesso em: 19 de maio de 2018. Disponível em: https://www.livrosbiografiasefrases.com.br/livros/resumos/resumo-de-a-iliada-de-homero/
JÚNIOR, Paulo Souto Maior; MAIA, Janaína dos Santos. Nas sombras da Odisseia e Eneida: os mitos como construtores de identidades no mundo antigo. Alétheia Revista de Estudos sobre Antiguidade e Medievo – Volume 10/1, 2015
VIRGÍLIO. Eneida. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

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