Buscar

Romantismo em Portugal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Escola Educação Básica Prof. Maria Barbosa Vieira 2 ª Série 
Nome: João André Bernardes Jordão
 
Uso Exclusivo do Professor Nota 
Turma: 2.4
Data: 23.04.2020
Professor(a): Elizabet Alda Pereira Lopes
 
CONTEÚDO: ROMANTISMO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
As questões 1 e 2 tomam por base o fragmento seguinte:
Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião te vou explicar como nós hoje em dia fazemos a nossa literatura. Já me não importa guardar segredo; depois desta desgraça, não me importa já nada. Saberás, pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te fazemos ler”.
Trata-se de um romance, de um drama. Cuidas que vamos estudar a História, a natureza, os monumentos, as pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da época? Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos. Desenhar caracteres e situações do vivo da natureza − colori-los das cores verdadeiras da História… Isso é trabalho difícil − longo − delicado; exige um estudo, um talento, e sobretudo um tacto!… Não, senhor, a coisa faz-se muito mais facilmente. Eu lhe explico.
Todo o drama e todo o romance precisa de: 
Uma ou duas damas, 
Um pai, 
Dois ou três filhos de dezanove a trinta anos, 
Um criado velho, 
Um monstro, encarregado de fazer as maldades, 
Vários tratantes, e algumas pessoas capazes para intermédios.
Ora bem; vai-se aos figurinos franceses de Dumas, de Eugénio Sue, de Vítor Hugo, e recorta a gente, de cada um deles, as figuras que precisa, gruda-as sobre uma folha de papel da cor da moda, verde, pardo, azul – como fazem as raparigas inglesas aos seus álbuns e scrap-books; forma com elas os grupos e situações que lhe parece; não importa que sejam mais ou menos disparatados. Depois vai-se às crônicas, tiram-se uns poucos de nomes e palavrões velhos; com os nomes crismam-se os figurões; com os palavrões iluminam-se… (estilo de pintor pinta-monos). – E aqui está como nós fazemos a nossa literatura original. “
(Capítulo. V – fragmento) in Garrett, Almeida. “Obra Completa – I”, Porto, Lello & Irmão, 1963, pp. 27-28.
1. Almeida Garrett (1799-1854), que pertenceu à primeira fase do romantismo português, é poeta, prosador e dramaturgo dos mais importantes da Literatura Portuguesa. Em Viagens na Minha Terra (1846), mistura, em prosa rica, variada e espirituosa, o relato jornalístico, a literatura de viagens, as divagações sobre temas da época e os comentários críticos, muitas vezes mordazes, sobre a literatura em voga, no período. Releia o texto que lhe apresentamos e, a seguir, responda:
a) A que gêneros literários se refere Almeida Garrett?
Resposta: Se refere ao gênero dramático, romântico, teatro e Épico.
b) Quais os principais defeitos, segundo Garrett, dos escritores que elaboravam obras de tais gêneros?
Resposta: O principal defeito era a imitação por parte dos escritores portuguêses aos escritores franceses, usavam de artificialismo na criação literária.
2. No texto apresentado, Garrett dirige-se mais de uma vez ao leitor, de maneira informal e descontraída, como se estivesse dialogando com ele. Baseando-se nessa informação, mostre de que modo o tom de informalidade se revela também nas formas de tratamento gramatical que o escritor usa para dirigir-se ao leitor, ou seja, que pronomes o autor utiliza em sua obra.
Resposta: O Escritor usa a segunda pessoa do singular como pronome de tratamento (tu).
3. (Unicamp) No prefácio da quinta edição portuguesa do romance AMOR DE PERDIÇÃO, Camilo Castelo Branco afirmava ironicamente:
“Eu não cessarei de dizer mal desta novela que tem a boçal inocência de não devassar alcovas, a fim de que as senhoras a possam ler nas salas, em presença de suas filhas ou de suas mães, e não precisem de esconder-se com o livro no seu quarto de banho. Dizem, porém, que o Amor de Perdição fez chorar. Mau foi isso. Mas agora, como indenização, faz rir: tornou-se cômico pela seriedade antiga (…). E por isso mesmo se reimprime. O bom senso público relê isto, compara com aquilo, e vinga-se barrufando(*) com frouxos de riso realista as páginas que há dez anos aljofarava(**) com lágrimas românticas.
*Barrufando: variante de borrifando
**Aljofarava: orvalhava
Como você pode notar, o autor faz referência a duas escolas literárias para explicar como AMOR DE PERDIÇÃO produziria no público leitor, por ocasião de sua reimpressão, uma reação completamente diferente daquela produzida ao ser publicado pela primeira vez. Considerando tal afirmação:
a) Cite um episódio do romance, segundo Camilo Castelo Branco, que poderia provocar lágrimas nos leitores da primeira edição e ataques de “riso realista” nos leitores da quinta edição.
 Resposta: A idealização intensificada do amor na morte de Teresa.

Outros materiais