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17/11/18 1 UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE Profa. Ma.Tamires Amabile Valim Brigante tamiresbrigante@gmail.com.br Slides: Profa. Tamires A.V. Brigante e Camila Marchioni » A toxicologia clínica é a área que se dedica ao estudo e à prática do conhecimento sobre a toxicidade das substâncias químicas, com o propósito da manutenção e recuperação da saúde. Constitui um dos pilares da urgência, tendo como objetivo oferecer assistência especializada ao paciente intoxicado. “O Sistema Nacional de Informações Tóxico- Farmacológicas (Sinitox) tem como principal atribuição coordenar a coleta, a compilação, a análise e a divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento notificados no país. Os registros são realizados pela Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat), composta por diversas unidades presentes em todas as regiões do Brasil. Os resultados do trabalho são divulgados anualmente.” q Assistir as intoxicações ü Diagnóstico clínico; ü Diagnóstico laboratorial; ü Tratamento. q Programas de prevenção; q Informação toxicológica; q Geração de dados para estudo; q Pesquisa e desenvolvimento. 17/11/18 2 » “Os Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciats) são unidades que orientam a população e os profissionais de saúde sobre os procedimentos a serem seguidos nos casos de intoxicação. Existem Ciats em todas as regiões brasileiras. Os Ciats que integram a Rede Nacional de Centros de Informação Toxicológica (Renaciat) atendem pelo número: 0800 722 6001.” » A Renaciat é uma rede coordenada pela Anvisa, criada em 2005 pela resolução RDC nº 19. É composta por 36 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciats), espalhados em 19 estados brasileiros. Os Ciats funcionam em hospitais universitários, Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e fundações. » Estado de São Paulo: 11 centros » Centro de Controle de Intoxicações – CCI de Campinas ˃ 3521-7555 (emergência) ˃ Faculdade de Ciências Médicas – Cidade universitária – Zeferino Vaz – Hospital das Clínicas – UNICAMP – Campinas – SP CEP 13 083-970 ˃ Telefones: (19) 3521-7555 / (19) 3521-7573 ˃ E-mail: cci@fcm.unicamp.br / sms@prefeitura.sp.gov.br Atendimento 24 horas » Intencionais: ˃ Homicídios ˃ Suicídios ˃ Alteração do humor ˃ Alteração do rendimento físico » Acidentais: ˃ Acidentes domésticos ˃ Acidentes trabalhistas ˃ Plantas tóxicas ˃ Animais peçonhentos ˃ Iatrogenia ˃ Idiossincrasia 17/11/18 3 » Anamnese » Avaliação clínica inicial; reconhecimento da síndrome tóxica » Tratamento sintomático e estabilização » Identificação do agente tóxico causal » Descontaminação e aumento da eliminação do agente tóxico absorvido » Administração de antídotos. ü Diagnóstico das intoxicações; ü Diagnóstico diferencial; ü Auxílio no tratamento; ü Avaliação da gravidade e do prognóstico; ü Análise de fármacos em protocolos de verificação de morte encefálica; ü Estudos de toxicocinética; ü Forense; ü Documentação: laudos e artigos científicos. Objetivos da Análises de Emergência Auxílio no tratamento An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia Manejo das intoxicações Hospitalização / Observação / UTI Auxílio no tratamento An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia Manejo das intoxicações Intervenções / eliminação forçada Auxílio no tratamento An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia Manejo das intoxicações Uso de antídoto Benefícios adicionais An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia ü Tranquilizar o paciente/ familiar ou cuidador; ü Tranquilizar o médico; ü Obter retorno sobre a precisão da decisão clínica; ü Facilitar o estudo de casos, documentação de dados; ü Determinar os padrões de exposição. 17/11/18 4 An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia Sangue Urina Conteúdo Gástrico Substâncias suspeitas An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia O que analisar? Toxicante ou produto de biotransformação Avaliação de alterações biológicas Como analisar? Análise QUALITATIVA (identificação) Análise QUANTITATIVA ü Detectado ou não; ü Indica exposição. ü Concentração na amostra; ü Possibilidade de correlação efeito/gravidade; ü Tratamento depende das concentrações (Ex: Paraquat); ü Intoxicação por mais de um agente (Ex: Metanol e Etanol); ü Estudos de toxicocinética e pesquisa. An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia Casos com histórico Casos sem histórico Análises direcionadas. Testes de triagem; Testes confirmatórios; Análises toxicológicas sistemáticas. An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia Métodos analíticos CCD Imunoensaios Teste Colorimétricos CG CLAE Espectrofotômetro An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia Neonato, 20 dias, masculino, deu entrada na UER hepatite aguda / ictérico, após uso de paracetamol ( 4 g t s - 4 / 4 h - 3 d i a s ) , administrado pela mãe. 17/11/18 5 An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia § Amostra: sangue; § Método: espectrofotométrico; § Análise Quantitativa: 82 μg/ mL; § Antídoto: N-acetilcisteína. An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia § Síndrome depressiva: sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes, antidepressivos, etanol. § Análises Qualitativas: tentar identificar o agente tóxico (triagem). § Análises Quantitativas: concentração plasmática x efeito. An ál is e to xi co ló gi ca d e em er gê nc ia Análises Qualitativas § Detectado: fenobarbital e fenitoína. Análises Quantitativas § Fenobarbital: 57 μg/mL. § Fenitoína: 12 μg/mL. » Quais sinais e sintomas o paciente apresenta? » É necessário estabilizar o paciente? » Quais exames laboratoriais podem ser solicitados para investigar o composto? » Qual é o composto que causou a intoxicação? » Qual é o mecanismo de ação deste composto? » Qual é o tratamento mais adequado para esta intoxicação? S.B., sexo masculino, 70 anos, apresenta problemas para dormir. Lembra que a sua irmã está tomando fenobarbital sob prescrição médica, um barbitúrico para controlar suas crises epilépticas, e que os barbitúricos também são algumas vezes prescritos como soníferos. Decide tomar apenas “alguns comprimidos” com uma pequena quantidade de álcool para ajudá-lo a dormir. Pouco depois, o Sr. B. é levado às pressas ao departamento de emergência quando a irmã percebe que ele praticamente não apresenta nenhuma reação. Ao ser examinado, observa-se uma dificuldade em despertar o paciente, que também apresenta disartria, com marcha instável e redução da atenção e da memória. A frequência respiratória é de cerca de 6 respirações superficiais por minuto. O paciente é subsequentemente intubado para protegê-lo de uma aspiração do conteúdo gástrico. 17/11/18 6 1) Os médicos devem solicitar análises toxicológicasde emergência? Explique. 2) Qual a interação dos barbitúricos com o etanol? 3) Qual o tratamento indicado? 4) Quais sintomas observados no paciente indicam a intoxicação por barbitúricos? 5) A idade avançada do paciente facilita o processo de intoxicação? Se sim, como? 17/11/18 7 tamiresbrigante@gmail.com
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