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Sexualidade - Menopausa e Andropausa

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SEXUALIDADE: MENOPAUSA E ANDROPAUSA1 
Heloisa J. Fleury 
 
RESUMO 
O texto apresenta a evolução do modelo teórico proposto por MASTERS; JOHNSON, complementado 
posteriormente por KAPLAN e revisto recentemente por BASSON para a compreensão da função 
sexual. O modelo alternativo apresentado considera a sexualidade feminina um fenômeno complexo, 
em que a adequação tanto do estímulo sexual como do contexto é valorizada, atribuindo à intimidade 
emocional o papel de uma das principais forças motivacionais para a atividade sexual. Ao considerar a 
dimensão relacional do desejo sexual, este paradigma aproxima-se da visão de Homem proposta por 
J.L.MORENO. Características da transição menopáusica e da andropausa são apresentadas e 
discutidas, contextualizando possíveis desencadeantes das principais disfunções sexuais nesta etapa da 
vida. Algumas limitações e possibilidades terapêuticas para a promoção da saúde sexual na menopausa 
e na andropausa são discutidas, indicando a metodologia socio-psicodramática como a modalidade de 
escolha na abordagem das dimensões mais subjetivas da sexualidade, com destaque para os seus 
aspectos relacionais. 
 
Introdução 
 
A sexualidade envolve um processo fisiológico e outras dimensões mais subjetivas do ser 
humano, tais como a capacidade de manter um relacionamento íntimo com o parceiro, expressar 
sentimentos e pensamentos, aproximar-se e separar-se sem ansiedade excessiva, manter um padrão de 
relacionamento diferente de uma relação filial-parental e até mesmo vivenciar a própria agressividade 
sem muita ansiedade. 
Na clínica, observamos que o comprometimento em qualquer uma destas dimensões pode 
provocar uma atenção excessiva aos aspectos fisiológicos da resposta sexual, empobrecendo a vivência 
natural de uma sexualidade integrada. 
A responsividade sexual biológica é mantida, com algumas alterações, pelos dois sexos, 
durante toda a vida. MASTERS; JOHNSON (1985; 1979) observaram, entre outras alterações 
decorrentes do envelhecimento, o aumento no tempo necessário para as reações físicas. Homens acima 
de 50 anos podem apresentar um aumento no controle ejaculatório, redução na exigência ejaculatória e 
manutenção da capacidade eretiva, embora muitas vezes mais lenta. Mulheres, nesta mesma faixa 
 
1 Esse artigo está publicado na Revista Brasileira de Psicodrama, 2004;12(2):85-98 (www.febrap.org.br) 
etária, podem apresentar maior lentidão na lubrificação, redução da fase orgásmica e aumento da fase 
de resolução. As alterações hormonais também podem provocar diminuição na produção e volume do 
fluído responsável pela lubrificação vaginal, fragilização e atrofia das paredes vaginais e redução da 
capacidade expansiva da vagina, principalmente em mulheres abstinentes sexuais. 
O referencial utilizado neste texto para a compreensão do ser humano é o proposto por 
J.L.MORENO (1992), que considera o indivíduo inserido num contexto socio-cultural, com o qual 
mantém uma interação compartilhada em estado co-consciente e co-inconsciente. 
Concomitante a este processo de alterações biológicas, homens e mulheres estão vivendo o 
impacto psicológico e socio-cultural decorrente do envelhecimento e das mudanças próprias desta 
etapa da vida. Neste contexto, o casal poderá desenvolver ou acentuar as dificuldades do 
relacionamento, aumentando a complexidade da vida sexual nesta faixa etária. 
Para compreendermos a sexualidade na menopausa e na andropausa, segundo um paradigma 
biopsicossocial, apresentaremos um modelo de resposta sexual, diferenciando as dimensões biológicas 
e subjetivas do fenômeno. Basearemos neste referencial a discussão de algumas alternativas 
terapêuticas para a promoção da saúde sexual nesta faixa etária. 
 
Modelo de resposta sexual 
 
Na década de 60, foi revolucionária a formulação por MASTERS; JOHNSON (1985) de um 
modelo científico para a compreensão da resposta sexual humana, caracterizada por quatro fases: 
excitação, platô, orgasmo e resolução, comum para homens e mulheres, em seqüência definida e linear. 
Neste modelo, um estímulo sexual, interno ou externo, provoca a excitação fisiológica, representada 
pela ereção no homem ou pela vasocongestão e miotonia na mulher, desencadeando a continuidade da 
resposta sexual. 
Porém, as evidências clínicas apontavam que algumas pessoas, embora fisicamente aptas para 
a resposta sexual, tinham pouca disponibilidade, sugerindo que um aspecto importante, o desejo 
sexual, não estava contemplado neste modelo. LEVINE (2003) descreveu desejo sexual como a soma 
de forças que levam uma pessoa a procurar ou a evitar um comportamento sexual. Para ele, mesmo em 
períodos felizes de estabilidade no relacionamento, pode ocorrer uma intensa variabilidade do desejo 
sexual, indo de níveis altamente positivos, a outros negativos ou neutros. Atribuiu à intimidade 
psicológica, que descreve como um estado de conexão emocional, a manutenção da motivação sexual, 
tanto nos relacionamentos recentes como naqueles já bem estabelecidos, tornando-se mais importante 
com o aumento da idade. 
A inclusão do desejo no ciclo de resposta sexual ocorreu no modelo alternativo proposto por 
KAPLAN (1977) na década de 70, constituído por três fases: desejo, excitação e orgasmo, também em 
seqüência definida e linear, comum a homens e mulheres. 
Os parâmetros diagnósticos atuais para os transtornos sexuais, descritos no Manual 
Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos Mentais – DSM –IV (APA, 2000), estão fundamentados na 
combinação destes dois modelos, que caracteriza a resposta sexual humana por uma seqüência linear 
de quatro fases: desejo, excitação, orgasmo e resolução. 
LEIBLUM (2000) identificou deficiências neste modelo, fundamentadas em evidências 
clínicas como o fato de que muitas mulheres não identificam o desejo espontâneo ou até mesmo, ao 
experimentarem, nem sempre dão continuidade à atividade sexual; outras delegam a iniciativa sexual 
ao parceiro e dão continuidade motivada muitas vezes por fatores não necessariamente sexuais. Para 
muitos homens e mulheres, a identificação da ereção ou de sensações genitais prazerosas desencadeia o 
interesse sexual, sugerindo que a excitação precede o desejo. Para muitos, nem sempre a excitação e o 
orgasmo levam a uma vivência de satisfação sexual. 
Estas observações sugerem que, além da dimensão biológica, a subjetividade de cada um dos 
envolvidos desempenha um papel importante na avaliação da própria sexualidade. Desta forma, 
aspectos subjetivos como a receptividade feminina à estimulação sexual e a disponibilidade masculina 
para lidar com as alterações naturais desta etapa da vida tornam-se especialmente relevantes na 
menopausa e na andropausa. 
Em 1999, a Fundação Americana de Doenças Urológicas promoveu uma conferência 
internacional com um grupo multidisciplinar, composto por 19 especialistas internacionais em 
sexualidade feminina, para o desenvolvimento de conclusões consensuais na área (BASSON et al., 
2000). Definiram disfunção sexual feminina como o comprometimento do desejo e excitação sexual, 
do orgasmo e/ou dor sexual, provocando desconforto pessoal significativo. Concluíram que esta 
condição é um problema com múltiplas causas e dimensões, envolvendo determinantes biológicos, 
psicológicos e interpessoais. Acentua-se com a idade, afeta de 20 a 50% das mulheres e causa um 
impacto considerável na qualidade de vida e nos relacionamentos interpessoais. 
Estas discussões coincidem com a busca de modelos alternativos para o reconhecimento do 
ciclo de resposta sexual feminina. BASSON (2003), uma psiquiatra canadense, pesquisadora do Centro 
de Sexualidade da Universidade British Columbia, observou que uma minoria refere-seao próprio 
desejo sexual como algo fisiológico, sendo muito mais freqüente referirem-se à vontade de estar 
emocionalmente mais próximas do parceiro. Para muitas mulheres, o estímulo e o contexto sexuais têm 
uma função muito importante, tornando condições desfavoráveis, tais como o cansaço, a ausência de 
sensualidade no cotidiano, a pouca atratividade do parceiro sexual, potencialmente adversas para o 
desejo sexual. Nos relatos de mulheres com pouco desejo sexual, freqüentemente é mencionada a 
dificuldade em focalizar no momento, na estimulação sexual ou nas emoções associadas com estar 
próxima de outra pessoa. 
No final da década de 90, esta pesquisadora (BASSON, 2001) propôs um modelo alternativo 
para o ciclo de resposta sexual da mulher, acrescentando ao modelo proposto por MASTERS e 
JOHNSON e complementado por KAPLAN, aspectos relacionados à receptividade da mulher à 
experiência sexual. Este novo modelo valorizou a adequação do estímulo sexual e do contexto, 
atribuindo à intimidade emocional o papel de uma das principais forças motivacionais para a atividade 
sexual. 
Neste modelo circular (BASSON, 2001), o desejo por intimidade, ao invés de um impulso 
biológico, desencadeia em muitas mulheres o ciclo de resposta sexual. Podem iniciar a experiência 
sexual sem motivação suficiente, mas buscando maior proximidade, compromisso, compartilhamento, 
carinho e tolerância, ou demonstrando os sentimentos provocados pela ausência emocional ou física do 
parceiro. Em condições favoráveis, a mulher iniciará uma busca deliberada de estímulos sexuais, como 
o diálogo, música, erotismo escrito ou visual, ou a estimulação física direta, desencadeando a excitação 
e favorecendo sua receptividade, através da aceitação de estímulos até então indesejados, geralmente 
relacionados à genitália e aos seios. Cria desta forma a responsividade necessária para a continuidade 
do ato sexual, que seguirá o ciclo tradicional: desejo e excitação interrelacionados e podendo um 
estimular e fortalecer o outro, seguidos da satisfação emocional e física. 
O resultado emocional e físico da experiência irá desempenhar um papel essencial na sua 
receptividade, podendo provocar até mesmo a evitação da estimulação sexual. Assim, uma mulher com 
raiva ou ressentimento pelo parceiro, mesmo com desejo e excitação, pode rejeitar a continuidade do 
ciclo de resposta sexual, comprometendo a eficácia da estimulação sexual. Caracteriza-se assim um 
modelo circular em que a experiência relacional de cada casal e o grau de satisfação emocional e física 
da sua vida sexual anterior tornam-se fatores determinantes da receptividade feminina no futuro. 
Na menopausa e na andropausa, este paradigma biopsicossocial para a compreensão da 
sexualidade feminina favorece a compreensão da dimensão relacional da sexualidade, conceituando o 
impacto no casal das conseqüências subjetivas decorrentes de disfunções sexuais em um ou nos dois 
parceiros, assim como de dificuldades em outras dimensões do relacionamento. 
 
A transição menopáusica 
 
A menopausa é o marco referencial do climatério, um processo longo e heterogêneo, que 
marca a transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva. É definida como a última menstruação e 
confirmada pela ausência do período menstrual por 12 meses consecutivos. A menopausa espontânea 
ocorre geralmente entre os 48 e 52 anos, com a idade média por volta dos 51 anos. Os primeiros 
indícios de irregularidades menstruais e outros sintomas próprios da mulher menopáusica marcam o 
início da perimenopausa, o período de dois a oito anos anteriores à menopausa, somados aos doze 
meses confirmatórios da interrupção do período menstrual (NAMS, 2000). 
As queixas mais freqüentes na transição menopáusica referem-se à fertilidade diminuída, 
fluxo menstrual irregular, sintomas vasomotores (fogachos e suores noturnos), alterações urogenitais e 
na função sexual, distúrbios do sono e insônia, variações de humor, depressão e ansiedade, 
comprometimento da concentração e memória, ganho de peso, palpitações, dores, enxaqueca, 
mudanças na pele, olhos, cabelo e dentes, osteoporose, doenças cardiovasculares (FRACKIEWICZ; 
CUTLER, 2000). A probabilidade é aumentada para os transtornos de humor, ansiedade e depressão, 
principalmente em mulheres com histórico de desordem psiquiátrica (SOARES; ALMEIDA, 2001). 
Embora o comprometimento da função ovariana, entre os 35 e 45 anos, provoque uma 
intensa variação dos níveis hormonais sexuais e a diminuição na produção do estrógeno (YONKERS et 
al., 2001), queixas com a saúde, durante este período de transição, podem ser desencadeadas tanto 
pelas mudanças biológicas como também pelas mudanças psicossociais, responsáveis muitas vezes por 
quadros de ansiedade, principalmente quando envolvem perdas e/ou distanciamento de pessoas 
próximas e de condições de vida valorizadas. Além disso, a parada das menstruações geralmente é 
vivida pela mulher com intensos significados, muitas vezes contraditórios, influenciados por suas 
condições pessoais. Pode provocar alívio, decorrente da interrupção de preocupações, a maior delas 
com a fertilidade, mas também pode mobilizar apreensões, relacionadas ao envelhecimento e às perdas 
próprias desta etapa da vida (PENTEADO et al., 2000). 
A função sexual pode ser afetada pela diminuição nos níveis do estrógeno. A capacidade 
diminuída de lubrificação frente à estimulação sexual pode causar a dispareunia, caracterizada por dor 
na relação sexual, o que afeta o funcionamento sexual e as condições psicológicas da mulher 
(BERMAN et al., 2001). Apesar da menor intensidade da resposta em todas as fases do ciclo sexual, a 
mulher pós-menopáusica mantém sua capacidade orgástica, desde que esteja preservada a habilidade 
comunicacional entre os parceiros para as adaptações necessárias, sendo que aquela abstinente por 
muito tempo necessitará de uma adaptação gradual do pênis à vagina com capacidade expansiva e de 
lubrificação diminuídas (KINGSBERG, 2002). 
Em estudo com uma população de 1.271 mulheres com mais de 18 anos, ABDO et al. (2002) 
identificaram a falta de desejo sexual como a queixa sexual mais freqüente, atingindo 23,4% das 
mulheres com menos de 25 anos, 25,8% entre 26 e 40 anos, 47,0% entre 41 e 60 anos e 73,0% com 
mais de 61 anos. Estes resultados confirmam o agravamento desta disfunção com o envelhecimento. 
As pesquisas têm indicado que os esteróides sexuais (estrógeno, progesterona e andrógeno) 
provocam alterações leves, porém importantes no funcionamento sexual feminino. No entanto, os 
fatores psicossociais, como o efeito de um novo relacionamento ou de experiências anteriores, tendem 
a afetar muito mais fortemente, exigindo uma avaliação cuidadosa de cada caso (DENNERSTEIN, 
2003). 
A transição menopáusica, como uma etapa do envelhecimento da mulher, é acompanhada de 
importantes mudanças físicas. No entanto, é consenso entre os estudiosos da área a influência da 
subjetividade da mulher na sua vivência pessoal desta etapa da vida. 
Frente a uma sintomatologia exuberante, é necessária a participação médica na avaliação de 
indicação de terapia de reposição hormonal tradicional ou alternativa, com fitoterápicos. Porém, na 
avaliação de disfunção sexual, aspectos psicológicos e sócio-culturais necessariamente devem ser 
considerados. 
 
A andropausa 
 
Geralmente após os 50 anos (DEMERS, 2003), embora às vezes aos 40 (LAMBERTS, 2003), 
inicia-se o processo de envelhecimento do homem, caracterizado pelo comprometimento lento e 
progressivo do funcionamento das gônadas. Esta condição provoca a diminuição na produção do 
andrógeno, responsável pela virilização, pelo funcionamento sexual e pela estimulação e manutenção 
da massa muscular e óssea (YIALAMAS;HAYES, 2003). Associando esta condição à feminina, tem 
sido denominada climatério masculino, andropausa ou identificada pela sigla ADAM, significando 
declínio no andrógeno no homem envelhecendo, em inglês androgen decline in the ageing man 
(MORALES, 2003). 
 Da mesma forma que na menopausa, esta condição bioquímica e fisiológica pode ser tanto 
assintomática como sintomática (TAN; CULBERSON, 2003), com queixas semelhantes às femininas, 
sendo as mais freqüentes a diminuição da libido, a disfunção erétil, o cansaço e a depressão (TAN; PU, 
2004). 
O diagnóstico da andropausa depende da avaliação do impacto do nível baixo de testosterona 
na qualidade de vida. NOVÁK et al. (2002) identificaram sete parâmetros diagnósticos para 
identificação da andropausa: energia, emocional, social, socio-emocional, funcionamento mental, físico 
e sexual. Concluíram que níveis diminuídos de energia e o comprometimento da função sexual 
provocam o impacto mais marcante na qualidade de vida de homens na andropausa. 
Apesar das evidências de que a capacidade eretiva é mantida ao longo da vida, ABDO et al. 
(2002) identificaram, em estudo com população brasileira de 1.296 homens com mais de 18 anos, a 
disfunção erétil como a queixa sexual mais freqüente, atingindo 40,6% dos homens com menos de 40 
anos (severa para 1,1%), 44,2% entre 40 e 49 anos (severa para 1,9%), 54,9% entre 50 e 59 anos 
(severa para 4,9%), 74,3% entre 60 e 69 anos (severa para 10,8%) e 76,5% acima de 70 anos (severa 
para 11,8%). Estes resultados confirmam o aumento da incidência desta disfunção com a idade. 
No entanto, ROSEN (2003) considera rara, inferior a 5%, a relação entre esta disfunção e o 
hipogonadismo, embora reconheça ainda ser controversial o efeito da andropausa na disfunção erétil. 
Atribui uma forte associação com fatores de risco físicos e psicológicos. Os principais são a diabetes, a 
doença cardíaca, a hipertensão e níveis diminuídos de HDL. Observou também indícios de associação 
com outras condições como a hipertrofia prostática, a utilização de medicamentos para diabetes, 
hipertensão e doença cardiovascular e problemas de saúde. Entre os psicológicos, predominam a 
ansiedade, a depressão, estados provocados por raiva ou estresse decorrente de desemprego. Estilo de 
vida, como o hábito do fumo e a falta de exercício, também figuram entre os possíveis fatores de risco. 
Mesmo considerando o aumento progressivo da disfunção erétil com a idade, este autor não considerou 
normal ou inevitável esta condição no processo de envelhecimento. 
A reposição de testosterona tem mostrado resultados favoráveis, melhorando a composição 
corporal e certas áreas do funcionamento cerebral em homens mais velhos, podendo também diminuir 
os riscos cardiovasculares em modelos biológicos (TAN; CULBERSON, 2003). Estes autores 
concluíram que a segurança deste procedimento está comprovada apenas para tratamentos de curta 
duração, pelo aumento no risco de câncer prostático e doenças cardiovasculares, exigindo uma 
avaliação cuidadosa de cada caso. Pareceres favoráveis também foram emitidos por DEMERS (2003) e 
HEATON (2002), na medida em que melhora o desempenho físico, promove uma sensação de bem-
estar e recupera o impulso sexual dependente do andrógeno. MIMOUN (2003) sugere a associação 
com indutores de ereção quando há queixas sexuais concomitantes. 
A liberação do sildenafil revolucionou a terapêutica da disfunção erétil, uma das queixas 
mais freqüentes do homem na andropausa. No entanto, mesmo com resultados altamente eficazes, os 
aspectos psicológicos e relacionais do casal podem exigir uma atenção psicoterapêutica concomitante. 
 
A dimensão relacional da sexualidade: as limitações dos tratamentos medicamentosos 
 
A terapêutica de reposição hormonal para homens e mulheres envelhecendo, com andrógenos 
e estrógenos, respectivamente, apresenta vantagens, apesar dos aspectos controversos decorrentes de 
efeitos desfavoráveis, foi a conclusão de LAMBERTS (2003) em ampla revisão de resultados de 
pesquisas. 
Além da reposição hormonal, o sildenafil facilitou a obtenção de uma ereção satisfatória. No 
entanto, a disfunção erétil crônica tende a provocar uma apatia ou evitação sexual em um ou nos dois 
parceiros, devido ao constrangimento ou medo do fracasso, expectativas irreais, conflitos relacionais e 
inibição do desejo em um ou nos dois (LEIBLUM, 2002), condição que torna necessária uma 
assistência psicoterápica para o casal reiniciar a vida sexual. 
ALTHOF (2002) observou que apenas 50 a 60% dos tratamentos iniciados tiveram 
continuidade, indicando a complexidade dos fatores envolvidos nas disfunções sexuais. Considerou a 
qualidade do relacionamento um dos impedimentos psicossociais mais importantes para uma 
intimidade sexual satisfatória. Este autor levantou alguns pontos relevantes na resistência de homens, 
mulheres e casais a darem continuidade aos tratamentos: o tempo em que o casal se manteve 
abstinente, antes de procurar tratamento; como o homem pretende reiniciar o relacionamento sexual; as 
expectativas do homem em relação à forma como a medicação mudará sua vida; a prontidão emocional 
e física da mulher para reiniciar o relacionamento sexual; o significado (para cada um deles) do uso do 
medicamento, para reiniciar a vida sexual; a qualidade do relacionamento não sexual; a aceitação pelo 
casal de padrões de excitação não convencionais do homem. 
Estas considerações evidenciam que o sucesso medicamentoso expresso na ereção pode ser 
insuficiente, quando os aspectos psicológicos e relacionais do vínculo não foram atendidos. 
Da mesma forma, as evidências de que mulheres com transtorno da excitação sexual não 
apresentam correlação entre a excitação subjetiva mental e a congestão genital objetiva (BERMAN et 
al., 1999) têm levado pesquisadores como BANCROFT (2002) e BERMAN; GOLDSTEIN (2001) a 
sugerirem cautela na indicação de medicamentos, pelas evidências da predominância de dimensões 
subjetivas na experiência sexual. 
 
O Psicodrama no atendimento da mulher menopáusica e do homem na andropausa 
 
Na medida em que o processo de envelhecimento provoca mudanças no funcionamento 
sexual para os dois sexos, concomitante ao processo vivenciado pela mulher, seu parceiro pode estar 
apresentando perdas no interesse sexual ou capacidade diminuída para a atividade sexual. As condições 
próprias da menopausa e da andropausa tendem a provocar com maior freqüência a diminuição da 
libido para os dois sexos, a dispareunia na mulher e a disfunção erétil no homem. 
Estas condições desfavoráveis, somadas às habilidades sexuais insuficientes, podem agravar 
a disfunção sexual do casal, principalmente daqueles em que a intimidade emocional e a capacidade 
comunicacional estejam insuficientes para lidar preventivamente com as adaptações necessárias nesta 
etapa da vida (KINGSBERG, 2002; ABDO et al., 1997), caracterizando-se uma condição em que os 
fatores interpessoais tornam-se mais importantes que os aspectos fisiológicos e hormonais, próprios do 
impulso sexual espontâneo. 
Pesquisadores atuais como WALTON; THORTON (2003) indicam atendimento 
psicoterapêutico voltado para a complexidade da resposta sexual, considerando influências 
multifatoriais. Estes autores sugerem iniciar o tratamento de disfunção sexual com uma ampla 
discussão sobre a importância das terapias não medicamentosas, estabelecendo como objetivo o 
desenvolvimento de experiências satisfatórias e prazerosas. Questões relacionais, situacionais e 
psicológicas devem ser cuidadosamente abordadas, através da pesquisa do transtorno numa perspectiva 
biológica ou física. Consideram interessante, para muitos casais, um atendimento de curta duração, 
para o desenvolvimento de habilidadescomunicacionais, e com um caráter educativo, para a 
abordagem das expectativas relativas à sexualidade. 
Esta proposta assemelha-se a alguns dos pressupostos teóricos da Psicoterapia de Grupo 
Tematizada e de Tempo Limitado para disfunções sexuais (ABDO, 2000), modalidade psicoterapêutica 
que tem apresentado resultados comprovados na abordagem das disfunções sexuais em todas as faixas 
etárias, favorecendo o desenvolvimento das várias dimensões envolvidas na sexualidade humana. 
J.L.Moreno foi um dos precursores da Psicoterapia de Grupo (SILVA FILHO, 2000), 
apresentada, em 1932, em encontro da Associação Americana de Psicologia (APA), na Filadélfia, 
Estados Unidos (MORENO, 1992). Esta metodologia baseia-se numa concepção biopsicossocial do 
Homem e considera o grupo como uma entidade unitária, permitindo a terapêutica do grupo inteiro e 
de todos os seus participantes (MORENO, 1993). Na Psicoterapia de Grupo, compromissado com o 
auxílio mútuo, o grupo amplia a criatividade e a produtividade, utilizando e desenvolvendo as forças de 
saúde social. A aprendizagem e a integração dos conteúdos abordados são facilitadas pela otimização 
das forças de coesão e cooperação nos grupos. 
A Psicoterapia de Grupo Tematizada e de Tempo Limitado, adaptada para o tratamento de 
disfunções sexuais, ocorre em 16 sessões semanais, de 90 minutos de duração. As sessões são 
previamente planejadas, baseadas no programa desenvolvido por ABDO (2000), com pequenas 
adaptações para populações que apresentam características específicas, como mulheres na transição 
menopáusica. Algumas das sessões são abertas para a abordagem de questões ou de temas emergentes 
no grupo. 
Os grupos são geralmente mistos, com 15 a 20 participantes, apresentando diferentes 
transtornos da sexualidade. Caracterizam-se também como grupos fechados (não é permitida a entrada 
de novos componentes), homogêneos (disfunção sexual) e os participantes têm um nível de 
desenvolvimento emocional próximo. 
A Psicoterapia de Grupo Tematizada favorece a manutenção do foco em aspectos 
psicossociais e culturais relevantes à função sexual, favorecendo também a ampliação do conhecimento 
sobre a sexualidade. 
O tema pode ter a função de um iniciador, como idéias, imaginação, imagens corporais, 
sentimentos, e outras associações, ativando a sensibilidade e a busca para novas associações 
(ALMEIDA, 1993). Para PERAZZO (1999), o tema tem uma função de ligação com os iniciadores 
ideacionais pessoais, estimulando novas aproximações aos conteúdos internos. Neste modelo, o tema 
trabalha das duas formas, em algumas sessões como uma técnica estimulando a abordagem de 
conteúdos internos, em outras como parte do processo de aquecimento. Os principais focos temáticos 
são: identificação de parâmetros individuais e grupais para avaliação da saúde sexual; processo de 
comunicação; autonomia e intimidade. 
A Psicoterapia de Grupo de Tempo Limitado deve ter objetivos claros, mantendo 
flexibilidade suficiente para adaptação às particularidades de cada grupo (RUTAN; STONE, 2001). No 
modelo apresentado, o objetivo é o desenvolvimento da função sexual, cabendo à unidade funcional 
favorecer que o grupo estabeleça, em cada sessão, uma correlação entre a função sexual e o conteúdo 
trabalhado pelo grupo. 
A atividade inicial é o aquecimento, que visa a grupalização através da aproximação das 
pacientes para constituírem o contexto grupal, com a intimidade necessária para o propósito 
psicoterapêutico, além de aproximar o grupo para o levantamento e ampliação de conteúdos do tema 
grupal a ser abordado. MORENO (1993) define o aquecimento como uma etapa da sessão que propicia 
“novas formas de organização de conteúdos cognitivos, emocionais, físicos e comportamentais”. 
Favorece a criação do locus e da matriz do grupo, permitindo a focalização no conceito pessoal de cada 
participante sobre a sua sexualidade e promovendo a sintonização do grupo no tema. 
O processo grupal é instalado segundo o princípio moreniano da evolução sociogenética 
(FLEURY, 1999): através da auto-percepção, da percepção do outro e do contexto e da percepção da 
situação proposta para o grupo. Desta forma, os membros do grupo criam o locus e a matriz para a 
etapa seguinte da sessão, através da focalização no conceito pessoal sobre o tema identificado e 
sintonização do grupo no tema, ativando o status nascendi da experiência. 
Segue-se a atividade dramática, visando a ampliação do contexto grupal, abrindo espaço para 
a integração de conteúdos cognitivos, emocionais e psicossociais. Com a atividade dramática, regata-se 
o background cognitivo e socio-cultural dos membros do grupo. 
Algumas sessões visam a construção de conhecimento, através do levantamento de 
conclusões e ampliação do conhecimento proposto (ROMAÑA, 2002). No processo de aprendizagem, 
este método trabalha em 3 níveis de dramatização: nível da realidade, nível simbólico e nível da 
fantasia, significando a análise, a síntese e a generalização do conceito. 
A expressão simbólica (BARBERÁ; KNAPPE, 1999), através dos jogos dramáticos e da 
construção de esculturas, amplia o referencial individual e grupal sobre os temas abordados, podendo 
ter uma função de compartilhamento visual do grupo. Nas imagens construídas, o conteúdo consciente 
pode facilitar a emergência de outros conteúdos ainda não conhecidos, favorecendo que eles sejam 
integrados, geralmente na etapa do compartilhamento. 
A etapa dos comentários possibilita a avaliação dos resultados alcançados, favorecendo a 
elaboração do conteúdo abordado e a criação de novos referenciais sobre o tema. A transformação do 
grupo é avaliada pela aquisição de conhecimentos, tomada de decisões e redirecionamento de posições 
de vida e de relacionamento sexual. 
Este programa de intervenção é desenvolvido em 4 etapas: 1. seleção e preparação dos 
participantes para o processo a ser iniciado; 2. constituição do grupo (oito sessões iniciais); 3. 
finalização do processo grupal e trabalho com as questões emergentes do grupo (oito sessões finais); 4. 
encerramento e encaminhamento, quando necessário. 
Com estas características, este modelo de intervenção socionômica foca tanto o grupo como 
cada participante, favorecendo que a experiência grupal também seja um instrumento de 
desenvolvimento da saúde sexual. 
 
Conclusão 
 
A Psicoterapia de Grupo Tematizada e de Tempo Limitado, adaptada para o tratamento das 
disfunções sexuais, trabalha os conteúdos trazidos pelo grupo, com foco na sociodinâmica grupal e nos 
modelos relacionais do grupo, considerando que esta experiência grupal intensifica a pessoal, 
tornando-se uma oportunidade de aprendizagem relacional e de promoção da saúde sexual. 
Reconhecer as características próprias da transição menopáusica e da andropausa tem 
facilitado a identificação destes conteúdos nas diferentes expressões individuais e grupais no processo 
grupal. 
 
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