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1 
 
Geografia 
Prof. Especª.: Arthur dos Santos 
Rod Augusto Montenegro n°95 (frente ao comando geral da PM) (91) – 
Belém/Pa 98955-1230 / 98049-2711 / 99176-9006 
Geografia 
Profº. Espª.: Arthur dos Santos 
1.1 OS DOMÍNIOS NATURAIS E A RELAÇÃO DO 
SER HUMANO COM O AMBIENTE 
1 - Relação homem-natureza, a apropriação dos 
recursos naturais pelas sociedades ao longo do 
tempo. 
 A sociedade contemporânea tem viven-
ciado uma série de problemas que envolvem o 
seu modo de relacionar-se com a natureza no 
processo de produção e reprodução do espaço 
geográfico, colocando em questão o conceito de 
natureza em vigor, o qual perpassa pelo modo 
de vida dessa sociedade, as sensações, o pensa-
mento e as ações. Portanto, pensar a natureza 
hoje, e a forma como o homem se relaciona com 
ela no contexto do modo de produção capitalis-
ta, nos remete ao passado, na ânsia de compre-
ender as mudanças que se processaram no mo-
do da socie-
dade pensar, 
interagir e 
produzir a 
natureza 
(OLIVEIRA, 
2002). 
 Ainda 
segundo Oli-
veira (2002) 
no princípio 
da humani-
dade, havia uma unicidade orgânica entre o ho-
mem e a natureza, onde o ritmo do trabalho e 
da vida dos homens associava-se ao ritmo da 
natureza. No contexto do modo de produção 
capitalista, este vínculo é rompido, pois a natu-
reza, antes um meio de subsistência do homem, 
passa a integrar o conjunto dos meios de produ-
ção do qual o capital se beneficia. 
 No processo de apropriação e de trans-
formação dos recursos pelo homem, através do 
trabalho, ocorre o processo de socialização da 
natureza. O trabalho torna-se então, o mediador 
universal na relação do homem com a natureza. 
“(...) o trabalho é, um primeiro momento, um 
processo entre a natureza e o homem, processo 
em que este realiza, regula e controla por meio 
da ação, um intercâmbio de materiais com a 
natureza” (OLIVEIRA, 2002). 
2 - Origem e Evolução do conceito de sustenta-
bilidade 
IMPACTOS AMBIENTAIS 
- Alterações no meio ambiente são causadas por 
fatores antrópicos (humanos) e /ou físicos (naturais). 
- As alterações podem ocorrer em áreas rurais e ur-
banas. 
- As alterações podem ser locais (EX: ilha de calor, 
inversão térmica), mas até mesmo globais (Ex: efeito 
estufa). 
- Nem todo impacto ambiental é causado pelo ho-
mem e nem sempre tem consequências negativas. 
- Poluição – Impacto ambiental negativo que se carac-
teriza por uma agressão ao meio ambiente. 
AS PRINCIPAIS CONFERÊNCIAS AMBIENTAIS 
Desde a primeira conferência ambiental em 
Estocolmo, as grandes nações decidiram realizar 
esse encontro novamente a cada dez anos. Nes-
ses encontros mundiais as mudanças ambientais 
são avaliadas e, então, são apresentadas novas 
metas para as décadas seguintes. Acompanhe 
agora as grandes conferências em defesa do 
meio ambiente. 
ESTOCOLMO (SUÉCIA – 1972) 
 Em 1972, em Estocolmo, Suécia, (reu-
nindo representantes de 113 países, 250 organi-
zações não governamentais e dos organismos da 
ONU), realizou-se a 1° Conferência Mundial so-
bre o Meio Ambiente e foi considerada o princi-
pal evento a dar início, em caráter internacional, 
ao movimento ecológico que hoje aí está. Essa 
Conferência chamou a atenção das nações para 
o fato de que a ação humana estava causando 
séria degradação da natureza e criando severos 
riscos para o bem-estar e para a própria sobrevi-
vência da humanidade. Foi marcada por uma 
visão antropocêntrica de mundo, em que o ho-
mem era tido como o centro de toda atividade 
realizada no planeta, desconsiderando o fato de 
a espécie humana ser parte da grande cadeia 
ecológica que rege a vida na terra. 
As conferências sobre o meio ambiente 
reuniram os principais líderes mundiais 
 
 
2 
 
Geografia 
Prof. Especª.: Arthur dos Santos 
Rod Augusto Montenegro n°95 (frente ao comando geral da PM) (91) – 
Belém/Pa 98955-1230 / 98049-2711 / 99176-9006 
A conferência foi marcada pelo confronto entre 
as perspectivas dos países desenvolvidos e dos 
países em desenvolvimento. O conflito entre o 
“Desenvolvimento Zero” x “Desenvolvimento a 
Qualquer Custo”. Os países desenvolvidos esta-
vam preocu-
pados com os 
efeitos da 
devastação 
ambiental 
sobre a Terra, 
propondo um 
programa 
internacional 
voltado para a conservação dos recursos natu-
rais e genéticos do planeta, pregando que medi-
das preventivas teriam que ser encontradas 
imediatamente, para que se evitasse um grande 
desastre. Por outro lado, os países em desenvol-
vimento argumentavam que se encontravam 
assolados pela miséria, com graves problemas 
de moradia, saneamento básico, atacados por 
doenças infecciosas e que necessitavam desen-
volver-se economicamente e rapidamente. 
Questionavam a legitimidade das recomenda-
ções dos países ricos que já haviam atingido o 
poderio industrial com o uso predatório dos 
recursos naturais e que queriam impor a eles 
complexas exigências de controle ambiental, que 
poderiam encarecer e retardar a industrialização 
dos países em desenvolvimento. 
A Conferência produziu a Declaração sobre o 
Meio Ambiente Humano, uma declaração de 
princípios de comportamento e responsabilidade 
que deveriam governar as decisões concernen-
tes as questões ambientais. Outro resultado 
formal foi um Plano de Ação que convoca todos 
os países, os organismos das Nações Unidas, 
bem como todas as organizações internacionais 
a cooperarem na busca de soluções para uma 
série de problemas ambientais. 
RELATÓRIO DE BRUNDTLAND – 1987 
Relatório de Brundtland é o documento intitu-
lado Nosso Futuro Comum 
 No início da década de 1980, a ONU re-
tomou o debate das questões ambientais. Indi-
cada pela entidade, a primeira ministra da Noru-
ega, Gro Harlem Brundtland, chefiou a comissão 
mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento, para estudar o assunto. O documento 
final desses estudos chamou-se Nosso Fu-
turo Comum, também conhecido como 
Relatório de Brundtland. Apresentado em 1987, 
propõe o desenvolvimento sustentável que é 
“aquele que atende ‘as necessidades do pre-
sente sem comprometer a possibilidade de as 
gerações futuras atenderem ‘as suas necessida-
des”. O relatório, elaborado pela Comissão 
Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvol-
vimento, faz parte de uma série de iniciativas, 
anteriores a Agenda 21, as quais reafirmam uma 
visão crítica do modelo de desenvolvimento 
adotado pelos países industrializados e reprodu-
zido pelas nações em desenvolvimento, e que 
ressaltam os riscos do uso exclusivo dos recursos 
naturais sem considerar a capacidade de suporte 
dos ecossistemas. O relatório aponta para a in-
compatibilidade entre desenvolvimento susten-
tável e os padrões de produção e consumo vi-
gentes. 
 Fica muito claro, nessa nova visão das 
relações homem-meio ambiente, que não existe 
apenas um limite mínimo para o bem-estar da 
sociedade; há também um limite máximo para a 
utilização dos recursos naturais, de modo que 
sejam preservados. Os princípios do desenvolvi-
mento sustentável são baseados nas necessida-
des, sobretudo as necessidades essenciais e, 
prioritariamente, aquelas das populações mais 
pobres; e limitações que a tecnologia e a organi-
zação social impõem ao meio ambiente, restrin-
gindo a capacidade de atender às necessidades 
presentes e futuras. (Texto extraído do site Ambiente 
Brasil). 
PROTOCOLO DE MONTREAL (CANADÁ – 
1987/1989) 
 O Protocolo de Montreal sobre substân-
cias que empobrecem a camada de ozônio é um 
tratado interna-
cional em que os 
países signatários 
se comprome-
tem a substituir 
as substâncias 
que demonstra-
rem estar reagindo com o ozônio (O3) na parte 
superior da estratosfera. O tratado esteve aber-
to para adesões a partir de 16 de setembro de 
1987 e entrou em vigor em 1 de janeiro de 1989. 
Ele teve adesão de 150 países e foi revisado em 
1990, 1992, 1995, 1997e 1999. Devido à essa 
grande adesão mundial, Kofi Annan disse sobre 
ele: “Talvez seja o mais bem-sucedido acordo 
internacional de todos os tempos...” Em come-
 
 
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Geografia 
Prof. Especª.: Arthur dos Santos 
Rod Augusto Montenegro n°95 (frente ao comando geral da PM) (91) – 
Belém/Pa 98955-1230 / 98049-2711 / 99176-9006 
moração à ONU declarou a data de 16 de se-
tembro como o Dia Internacional para a Preser-
vação da Camada de Ozônio). 
ECO – 92 (RIO DE JANEIRO – 1992) 
 A 
Conferência 
ficou conhe-
cida como 
“Cúpula da 
Terra” (Earth 
Summit), e 
realizou-se 
no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992, 
contando com a presença de 172 países. 
Dentre os objetivos principais dessa conferência, 
destacam-se os seguintes: 
- Examinar a situação ambiental mundial desde 1972 
e suas relações com o estilo de desenvolvimento 
vigente; 
- Estabelecer mecanismos de transferência de tecno-
logias não poluentes aos países subdesenvolvidos. 
- Examinar estratégias nacionais e internacionais para 
incorporação de critérios ambientais ao processo de 
desenvolvimento; 
- Estabelecer um sistema de cooperação internacional 
para prever as ameaças ambientais e prestar socorro 
em casos emergenciais; 
- Reavaliar o sistema de organismos da ONU, eventu-
almente criando novas instituições para implementar 
as decisões da conferência. 
Resultados 
- Convenção da biodiversidade: estabelece metas 
para preservação da diversidade biológica e para a 
exploração sustentável do patrimônio genético, sem 
prejudicar ou impedir o desenvolvimento de cada 
país. 
- Convenção do clima: estabelece estratégias de 
combate ao efeito estufa. A convenção deu origem ao 
Protocolo de Kyoto, pelo qual as nações ricas devem 
reduzir suas emissões de gases que causam o aque-
cimento anormal da Terra. 
- Declaração de princípios sobre florestas: garante 
aos Estados o direito soberano de aproveitar suas 
florestas de modo sustentável, de acordo com suas 
necessidades de desenvolvimento. 
- Agenda 21: conjunto de 2,500 recomendações so-
bre como atingir o desenvolvimento sustentável, 
incluindo determinações que preveem a ajuda de 
nações ricas a países pobres. 
- Uma Carta ou Declaração da Terra, que estabelece-
ria os princípios de conduta básicos para as nações, 
em suas relações reciprocas e com a Terra. 
 Também ficou definido que, em um pe-
ríodo de dez anos, uma nova conferência 
seria realizada para ampliar as discussões reali-
zadas e avaliar os resultados e o cumprimento 
dos acordos aprovados. Nesse meio tempo, vá-
rias outras conferências ambientais foram reali-
zadas, como a COP-1 (Conferência das Partes) 
em Berlim, em 1995; a COP-2 em Genebra, no 
ano seguinte; a COP-3 em Kyoto, no ano de 
1997; entre outras. 
Rio + 10 
 A Rio+10 – cujo nome oficial foi Cúpula 
Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável– 
ocorreu na cidade de Johanesburgo, na África do 
Sul, em 2002, e contou com a presença de re-
presentantes de 189 países. Os principais pontos 
dessa cúpula foram a afirmação da questão 
do desenvolvimento sustentável com base no 
uso e conservação dos recursos naturais renová-
veis e a reafirmação dos Objetivos de Desenvol-
vimento do Milênio (ODM), proclamados dois 
anos antes pela ONU. 
 Foi nessa conferência, contudo, que se 
avolumaram as críticas sobre a falta de resulta-
dos concretos em prol da preservação ambiental 
e a posição de muitos países no sentido de não 
abandonarem suas ambições políticas em bene-
fício da conservação dos recursos. Nesse senti-
do, a maior parte das acusações por parte de 
ONGs e ativistas ambientais direcionou-se aos 
países desenvolvidos sobre a falta de perspecti-
vas no combate às desigualdades sociais. 
Rio + 20 
 Novamente com realização na cidade do 
Rio de Janeiro, dessa vez no ano de 2012, 
a Rio+20 – ou Conferência da ONU sobre o De-
senvolvimento Sustentável – reuniu um total de 
193 representantes de países e uma das maiores 
coberturas jornalísticas mundiais de toda a his-
tória, sendo acompanhada dia a dia em todo o 
planeta. O resultado foi a avaliação das políticas 
ambientais então adotadas e a produção de um 
documento final intitulado O futuro que quere-
mos, onde foi reafirmada uma série de compro-
missos. 
 No entanto, novamente as críticas apa-
receram, sendo essas principalmente direciona-
das à falta de clareza, objetividade e ao não es-
tabelecimento de metas concretas para que os 
países reduzam a emissão de poluentes e pre-
servem ou reconstituam suas áreas naturais. 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
O tripé da sustentabilidade empresarial 
 
 
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Belém/Pa 98955-1230 / 98049-2711 / 99176-9006 
Degelo das Calotas Polares 
Desenvol-
vimento 
sustentá-
vel é a 
forma de 
desenvolvimento que não agride o meio ambi-
ente de maneira que não prejudica o desenvol-
vimento vindouro, ou seja, é uma forma de de-
senvolver sem criar problemas que possam atra-
palhar e/ou impedir o desenvolvimento futuro. 
O desenvolvimento atual, apesar de trazer me-
lhorias à população, trouxe inúmeros desequilí-
brios ambientais como o aquecimento global, o 
degelo das calotas polares, poluição, extinção de 
espécies da fauna e flora entre tantos outros. A 
partir de tais problemas pensou-se em maneiras 
de produzir o desenvolvimento sem que o ambi-
ente seja degradado. 
Dessa forma, o desenvolvimento sustentável 
atua por meio de alguns aspectos: 
- Atender as necessidades fisiológicas da população; 
- Preservar o meio ambiente para as próximas gera-
ções; 
- Conscientizar a população para que se trabalhe em 
conjunto; 
- Preservar os recursos naturais; 
- Criar um sistema social eficiente que não permite o 
mau envolvimento dos recursos naturais; 
- Criar programas de conhecimento, conscientização 
da real situação e de formas para melhorar o meio 
ambiente. 
PROTOCOLO DE KYOTO (JAPÃO – 1977) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que são créditos de carbono? 
 Entenda 
como funciona 
a compra e 
venda da não 
emissão de po-
luentes. Uma 
medida que 
permite às in-
dústrias e na-
ções reduzirem seus índices de emissão de gases 
do efeito estufa por um sistema de compensa-
ção. Funciona assim: conforme o Protocolo de 
Kyoto, as nações industrializadas devem reduzir 
suas emissões de gases do efeito estufa, durante 
o período de 2008 a 2012, em 5,2% em relação 
ais níveis de 1990. Os governos calculam quanto 
precisam diminuir e repassam essa informação 
às indústrias do país, estabelecendo uma cota 
para cada uma. 
Essas empresas 
podem adotar 
medidas de efi-
ciência energéti-
ca para atingir 
suas metas ou ir 
ao mercado e 
comprar créditos de carbono (um crédito de 
carbono equivale 1 tonelada de dióxido de car-
bono). Daí a compensação: já que a empresa não 
vai conseguir reduzir suas emissões, ela compra 
esse “bônus” de terceiros. Para que uma empre-
sa tenha direito de vender créditos de carbono, 
precisa cumprir dois requisitos: contribuir para o 
desenvolvimento sustentável e adicionar alguma 
vantagem ao ambiente, seja pela absorção de 
dióxido de carbono (por exemplo, com o plantio 
de árvores), seja por evitar o lançamento de 
gases do efeito estufa na atmosfera – a quanti-
dade de CO2 que ela retirar ou deixar de despe-
jar na atmosfera é que pode ser convertida em 
 
 
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COP21: metas para enfrentar o aquecimento global 
créditos disponíveis para venda no mercado, 
15% vem do Brasil. (Revista Vida Simples, 2007). 
DOHA (QATAR -2012) 
 A Con-
ferência do 
clima da ONU, 
em Doha,pror-
rogou Protoco-
lo de Kyoto até 
2020. Cerca de 
200 países 
aprovaram o 
acordo após longa negociação em Doha. Cerca 
de 200 países concordaram na Conferência da 
ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 18), em 
Doha, no Qatar, em estender o Protocolo de 
Kyoto. O acordo assinado em 1997 e que se ex-
piraria no final de 2012, é a única ferramenta 
que compromete os países industrializados a 
reduzir os gases de efeito estufa. O alcance do 
novo acordo, no entanto, é a inda menor do que 
o protocolo de Kyoto era. Japão, Rússia, Canadá 
e Nova Zelândia se recusaram a assiná-lo porque 
queriam que países emergentes como índia, a 
China e o Brasil também tivessem metas a cum-
prir, o que não é previsto pelo documento. Os 
Estados Unidos nunca ratificaram o Protocolo de 
Kyoto. 
 Dessa forma, o grupo comprometido 
com as metas do protocolo se reduz a 36 países: 
Austrália, Noruega, Suíça, Ucrânia e todos os 
integrantes da União Europeia. Juntos, eles res-
pondem por apenas cerca de 15% do total de 
emissões de gases estufa de todo o mundo. 
COP21 E O ACORDO DE PARIS 
 O que foi, resumo, onde foi, objetivos, 
principais resoluções, o Acordo de Paris sobre o 
clima e mudanças climáticas, metas do Brasil. 
 A COP21 (Conferência das Nações Uni-
das sobre as Mudanças Climáticas de 2015) foi 
uma conferência realizada em Paris, entre os 
dias 30 de novembro de 2015 e 12 de dezembro 
do mesmo ano. Teve a participação de chefes 
de estado (ou representantes) de 197 países, 
sendo que o principal tema foi o clima e as mu-
danças climáticas causadas pelo efeito estufa e 
aquecimento global. 
 Objetivo da COP21 e do Acordo de Paris 
 A conferência teve como principal objetivo 
firmar um acordo (ficou conhecido como Acordo de 
Paris) entre as 195 nações, voltado para a re-
dução das emissões dos gases do efeito estufa. 
Este acordo deverá entrar em vigor a partir de 2020. 
O objetivo é reduzir o aquecimento global, para que 
até o ano de 2100 a temperatura média do planeta 
tenha um aumento inferior a 2°C. 
O INDICs 
 É um documento em que todos os países 
devem apresentar medidas práticas e metas 
para reduzir a emissão de carbono, nos próximos 
anos. Estas metas devem ser revistas, a partir de 
2018, a cada cinco anos. 
Financiamento para os países em desenvolvi-
mento 
 Os países do G20 (mais ricos do mundo) 
se comprometeram a ajudar financeiramente as 
nações em desenvolvimento com U$100 bilhões 
por ano a partir de 2020, para que essas possam 
desenvolver sistemas e projetos para redução da 
emissão de gases de efeito estufa. 
Metas do Brasil no Acordo de Paris 
 Como participante da COP21 e do Acor-
do de Paris, o Brasil assumiu compromissos para 
reduzir a emissão de gases do efeito estufa. En-
tre esses compromissos está a redução em 37% 
nas emissões desses gases até 2025, ampliando 
a redução para 43% até 2030. Outro compromis-
so assumido foi de ampliar a participação de 
fontes de energia renováveis (eólica e solar) por 
exemplo na matriz energética. 
Entrada em vigor 
- O Acordo de Paris entrou em vigor no dia 4 de 
novembro de 2016. 
 COP22 
 - A 22ª Conferência da ONU sobre o Clima 
(COP22) foi realizada em Marraquexe (Marro-
cos) entre os dias 7 e 18 de novembro de 2016. 
Ela foi importante, pois deu início à regulamen-
tação do Acordo de Paris. 
 COP23 
 
 
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Geografia 
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Rod Augusto Montenegro n°95 (frente ao comando geral da PM) (91) – 
Belém/Pa 98955-1230 / 98049-2711 / 99176-9006 
 - A 23ª Conferência da ONU sobre o Clima 
(COP23) foi realizada em Bonn (Alemanha) entre 
os dias 6 e 17 de novembro de 2017. O principal 
objetivo foi a implementação do Acordo de Pa-
ris. Os principais embates ocorreram em relação 
ao financiamento para combater o aquecimento 
global e com os prazos para a redução da emis-
são dos gases do efeito estufa. Os questiona-
mentos e obstruções partiram, principalmente, 
dos países industrializados. 
 COP 24 
 - A COP 24 será realizada na Polônia, em de-
zembro de 2018. Nesta conferência os países 
irão analisar a redução na emissão dos gases do 
efeito estufa. 
 Saída dos Estados Unidos 
 - Em 01 de junho de 2017, o presidente dos EUA 
anunciou a saída de seu país do Acordo Climáti-
co de Paris. Os EUA são um dos maiores emisso-
res de gases do efeito estufa do mundo e tal 
decisão afeta significativamente o acordo. A 
decisão de Donald Trump foi muito criticada pela 
comunidade internacional e pelos defensores do 
combate ao aquecimento global. 
 (https://www.suapesquisa.com/meio ambien-
te/cop21.htm) 
3 - As questões ambientais Contemporâneas 
A Relação entre Revolução Industrial e o Meio 
Ambiente 
 O advento da Revolução Industri-
al deixou para trás o modo de produção agrícola 
e manual, utilizando máquinas no auxílio das 
ações humanas e ampliando, dessa forma, a 
produção e os mercados. 
 Porém a atividade humana, principal-
mente a industrial, tem provocado grandes efei-
tos ambientais provenientes do consumo 
de recursos naturais e na geração de resíduos e 
rejeitos industriais. 
 A industrialização originou uma série de 
intensos desdobramentos na economia, com 
modos de produção mais eficientes; no social, 
com as relações entre proletários e burgueses; e 
no ambiental, com impactos ao meio ambiente 
(ex.: poluição atmosférica). 
 A transformação que o ser humano im-
primiu à natureza, com o uso das máquinas e 
com a necessidade cada vez maior de matérias-
primas, fez surgir uma nova relação homem-
natureza, na qual o ser humano domina e explo-
ra os ambientes naturais, principalmente 
em decorrência do consumismo, em espe-
cial nos países ricos. 
 A degradação ambiental foi crescente e 
desenfreada durante os séculos XIX e XX, com 
consequências evidentes no século XX I –
 poluição atmosférica, contaminação da água e 
do solo, retirada de florestas etc., o que tornou 
sombrias as previsões futuras para a vida no 
planeta. 
 Caso importantes mudanças não sejam 
tomadas a fim de se adotar o desenvolvimento 
sustentável (sustentabilidade), estabelecendo 
uma nova relação homem-natureza. As indús-
trias contribuem severamente para o aumento 
das emissões de gases “estufa” na atmosfera, 
contribuindo para o aquecimento glo-
bal antropogênico. 
 A Revolução Industrial levou à urbaniza-
ção, que, por sua vez, também provocou pro-
blemas relacionados à geração de resíduos sóli-
dos (lixo), à ocupação desordenada do solo com 
desmatamento e impermeabilização, 
à contaminação dos cursos fluviais com esgotos 
e resíduos sólidos, ao aparecimento de ilhas de 
calor etc. 
 Nas últimas décadas, vem ocorrendo 
uma importante transformação na administra-
ção industrial de consequências positivas na área 
da sustentabilidade, com adoção de medidas 
amenizadoras de impactos ambientais – 
a reciclagem, o reuso da água etc., modificando 
pensamentos e atitudes do passado em que a 
deterioração ambiental era uma consequência 
inevitável do processo industrial. 
(www.coladaweb.com) 
EFEITO ESTUFA E O AQUECIMENTO GLOBAL 
 Dos raios solares que chegam à terra, 
30% não conseguem atravessar a atmosfera e 
são refletidos de volta para o espaço. 70% deles 
conseguem atravessar a atmosfera e atingir a 
superfície terrestre, sendo então absorvidos. Ao 
ser aquecida por essa radiação, a superfície ter-
A poluição atmosférica está concentrada principalmente em regiões industriais como 
o leste da China, Europa Ocidental, nordeste e sul dos Grandes Lagos, Estados 
Unidos. 
 
 
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Desfoliamento de floresta pela 
chuva ácida/estudopratico.com.br 
 
restre passa a emitir energia na forma de calor. 
Uma parte dessaenergia se perde no espaço; o 
restante é absorvido por certos gases presentes 
a atmosfera. A energia absorvida por esses gases 
na atmosfera é irradiada de volta à superfície 
terrestre. Por muito tempo a presença de gases 
na atmosfera teve seu caráter natural e passou a 
ser chamado de efeito estufa, sendo responsável 
pela manutenção e equilíbrio da temperatura no 
planeta. 
 Porém, a partir do século XVIII, com a 
Revolução Industrial, o homem proporcionou o 
aumento da emissão dos gases do efeito estufa 
para a atmosfera (CO2, metano, etc.). Essa maior 
concentração de gases do efeito estufa (GEE) 
passaram a aprisionar maiores quantidade de 
calor entre a camada de gases estufa e a superfí-
cie da terra, e consequentemente o aumento da 
temperatura global. 
 As consequências do aumento de tem-
peratura global são graves para todos os seres 
vivos, incluindo o homem. O aquecimento global 
tem impactos profundos no planeta: 
a) Extinção de espécies animais e vegetais; 
b) Alteração na frequência e intensidade de chuvas 
(interferindo, por exemplo, na agricultura), 
c) Elevação do nível do mar e intensificação de 
fenômenos meteorológicos (por exemplo: tempesta-
des severas, inundações, vendavais, ondas de calor, 
secas prolongadas), entre outros. 
 
 
 
CHUVAS ÁCIDAS: POLUIÇÃO A DISTÂNCIA 
 Entre os vários problemas ambientais 
consequentes da Revolução Industrial está a 
chuva ácida. 
 Quando falamos em chuva ácida, esta-
mos nos referindo a um problema bastante mo-
derno, causado essencialmente pelo crescimen-
to intenso dos centros urbanos que, atualmente, 
são altamente industrializados. No entanto, a 
partir da Revolução Industrial, esse processo é 
intensificado em virtude do grande lançamento 
de gases na atmosfera. Assim, esse fenômeno 
ocorre prin-
cipalmente 
nas cidades 
industrializa-
das, com 
grande quan-
tidade de 
veículos au-
tomotores e em locais onde estão instaladas 
usinas termoelétricas. Em função das correntes 
atmosféricas, as chuvas acidas podem ser de-
sencadeadas em locais distantes de onde os 
poluentes foram emitidos. Diante disso, temos 
várias fontes de poluentes para as atmosferas, 
sendo que os gasosos são produzidos em grande 
quantidade, como é o caso do óxido de nitrogê-
nio e do dióxido de enxofre. Essa combinação, 
junto ao vapor de água que existe na atmosfera, 
acaba por se acumular nas nuvens, condensando 
junto ao que seria a chuva comum, as substân-
cias tóxicas. Mais quais os gases que contribuem 
para maior acidez das chuvas? 
 Os óxidos de nitrogênio (NOx) e o dióxido de 
enxofre (SO2), liberados na atmosfera pela queima de 
combustíveis fosseis, em reação com as partículas de 
água que formam as nuvens, tem como resultado o 
ácido nítrico (HNO3) e o ácido sulfúrico (H2SO4), que 
depois se precipitam em forma de chuva, neve ou 
neblina, caracterizando as chuvas ácidas. 
 
 
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Corrosão de monumentos históricos pela 
chuva ácida. https://brasilescola.uol.com.br 
 
As chuvas ácidas prejudicam as lavouras, altera 
os ecossistemas aquáticos, contribui para a des-
truição de florestas, danifica edifícios, corroí 
monumentos históricos, contamina água potá-
vel, e sobretudo prejudica a saúde humana. A 
chuva ácida também causa a acidificação do solo 
tornando-o im-
produtivo e mais 
suscetível à ero-
são. A acidez do 
solo, inclusive, é 
um dos principais 
fatores para a 
diminuição da 
cobertura vegetal em diversos países. Estudos 
recentes publicados pelo WWF apontam que a 
chuva ácida já é um dos principais responsáveis 
pelo desmatamento na Mata Atlântica. 
A CAMADA DE OZÔNIO 
 A camada de ozônio, existente nas altas 
regiões da atmosfera “bloqueia” a penetração 
das radiações ultravioletas do sol, protegendo, 
dessa maneira a vida na terra, que seria destruí-
da se essa radiação nos atingisse com toda sua 
intensidade. 
 Em 1985, cientistas anunciaram que 
todos os anos, no início da primavera no Hemis-
fério Sul, um imenso buraco se abria na camada 
de ozônio da atmosfera sobre a Antártica. 
E o pior: ele também estava ficando cada 
vez maior. Responsável por proteger a Terra da 
maior parte dos raios ultravioleta emitidos pelo 
Sol — capazes de provocar mutações genéticas 
que levam ao surgimento do câncer, por exem-
plo — a camada de ozônio é fundamental para a 
manutenção da vida em nosso planeta. Sem ela, 
a Humanidade não conseguiria sobreviver e, 
assim, a notícia de seu desaparecimento, ainda 
que sazonal e sobre uma área em grande parte 
inabitada, caiu como uma bomba na comunida-
de internacional. 
Estes mesmos cientistas, no entanto, também 
sabiam qual era a principal causa por trás do 
sumiço do ozônio: os clorofluorcarbonos (CFCs), 
compostos químicos então muito usados na 
refrigeração, em especial em geladeiras e apare-
lhos de ar-condicionado, que, ativados pela volta 
da luz solar ao Polo Sul com o fim do inverno, 
davam início a uma série de reações que destru-
íam a camada do gás localizada na estratosfera. 
Diante disso, governos ao redor do planeta pela 
primeira vez se uniram num projeto para comba-
ter um problema ambiental criado pela própria 
Humanidade, propondo banir os CFCs. Assinado 
em 1987, o Protocolo de Montreal determinou a 
gradual proibição da fabricação e utilização dos 
compostos e agora, quase 30 anos depois, a 
camada de ozônio sobre a Antártica apresenta 
uma clara tendência de recuperação, relatam 
pesquisadores em artigo publicado na edição 
revista “Science”. 
 De acordo com os cientistas, desconta-
das influências climáticas e da atividade vulcâni-
ca, que também afetam a camada de ozônio, o 
rombo sobre a Antártica encolheu em mais de 
quatro milhões de quilômetros quadrados no 
período, ou pouco menos que metade da área 
de todo território brasileiro. 
O Brasil e o Protocolo de Montreal 
 O Brasil já age a favor da camada de ozônio 
há mais ou menos duas décadas. Na época da criação 
da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), a 
fabricação e a comercialização de produtos de higie-
ne, cosméticos, limpeza e perfumes sob a forma de 
aerossóis que tivessem CFC foi proibida. Apenas dois 
anos depois, em 1990, o Brasil aderiu ao Protocolo de 
Montreal e se comprometeu a acabar totalmente 
com os CFCs até janeiro de 2010. Mas não parou por 
aí. O governo Federal também criou o Grupo de Tra-
balho do Ozônio (GTO), que deu origem ao Programa 
Brasileiro para Eliminação da Produção e do Consumo 
das Substâncias de Destroem a Camada de Ozônio 
(PBCO). Após as experiencias com o PBCO foi possível 
 
 
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Prédios em Vila Velha ficam encobertos por névoa (Foto: Luiz Claudio/TV Gazeta) 
 
aprovar uma resolução do Conselho Nacional do 
Meio Ambiente, o Conama, que tinha como principal 
medida priorizar a conversão tecnológica industrial 
para eliminar CFCs. 
Alguns anos após o acordo do Protocolo de Montreal 
já começaram a aparecer evidencias da queda acen-
tuada no nível de emissões globais das substancias 
prejudiciais para a camada de ozônio. Mas em de-
terminadas épocas essa queda não ocorreu, o que 
deixa claro o uso de CFCs em alguns países mesmo 
depois do acordo. Porém, nos últimos 10 anos a velo-
cidade de destruição vem diminuindo e pesquisas 
preveem que por volta de 2065 ela estará recupera-
da. 
Camada de Ozônio em Recuperação 
 O ser huma-
no está conseguindo 
reverter um proble-
ma que ele mesmo 
causou no meio am-
biente: a camada de 
ozônio sobre a Antár-
tida continua se re-
cuperando, segundoestudo publicado na 
revista Geophysical 
Research Letters 
baseado em imagens 
de satélite. 
 Em meio a 
tantas notícias ambi-
entais ruins, há pelo 
menos uma boa: a camada de ozônio sobre a Antárti-
da continua a se recuperar. Segundo estudo publica-
do na revista Geophysical Research Letters e baseado 
em imagens de satélite, a redução na camada duran-
te o inverno antártico (do início de julho a meados de 
setembro) de 2016 foi 20% inferior à do mesmo perí-
odo em 2005. A mudança está ligada às regulamen-
tações internacionais adotadas em 1987 contra os 
clorofluorcarbonos (CFCs), substâncias antigamente 
usadas como aerossóis e gases para refrigera-
ção. (https://www.revistaplaneta.com.br) 
A INVERSÃO TÉRMICA 
 Ocorre quando há uma mudança abrup-
ta de temperatura devido à inversão das cama-
das de ar frias e quentes. A camada de ar fria, 
por ser mais pesada, acaba descendo e retendo 
poluentes próximos a superfície terrestre. Trata-
se de um fenômeno natural que pode ocorrer 
em qualquer parte do planeta. Costuma aconte-
cer no final da madrugada e início da manhã, 
particularmente nos meses de inverno. 
 No início da madrugada, dá-se o pico de 
perda de calor do solo por irradiação, é quando, 
portanto, registram-se temperaturas mais baixas 
tanto do solo quanto do ar. Quando a tempera-
tura próxima do solo cai de 4°C, o ar frio, impos-
sibilitando de elevar-se, fica retido em baixas 
altitudes. As camadas mais elevadas da atmosfe-
ra são ocupadas com ar relativamente mais 
quente, que não consegue descer. 
 Ocorre assim, uma estabilização mo-
mentânea, a circulação fria fica embaixo, e o ar 
quente fica em cima, fenômeno definido como 
inversão térmica. Logo após nascer o sol, à me-
dida que vai havendo o aquecimento do solo e 
do ar próximo a ele, o fenômeno vai gradativa-
mente desfazendo-se. O ar aquecido sobre o ar 
resfriado desce, voltando a ter circulação atmos-
férica. A inversão térmica se desfaz. 
 
 
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 Com a concentração de ar frio nas ca-
madas mais baixas da atmosfera, o que impede a 
dispersão, ocorrem também a concentração de 
toneladas de poluentes emitidos por várias fon-
tes, o que agrava sobremaneira o problema da 
poluição em baixos extratos da atmosfera, cons-
tituindo um sério problema ambiental apenas 
em centros urbano-industrial. 
ILHA DE CALOR 
 A ilha de calor é um fenômeno climático 
que ocorre a partir da elevação da temperatura 
de uma área urbana se comparada a uma zona 
rural. Também, nas cidades, especialmente nas 
grandes, a temperatura é superior no centro do 
que nas áreas periféricas. 
 Nesse contexto, segundo Bouth (2015) 
os principais contribuidores para a elevação da 
temperatura no interior dos grandes centros 
urbanos são: a verticalização do espaço urbano, 
a concentração de elementos refletidores do 
calor (asfalto, calçadas, vidraças), a circulação de 
automóveis que queimam derivados de combus-
tíveis fosseis e a retirada da cobertura vegetal. 
 A ilha de calor é um fenômeno típico dos 
grandes centros urbanos e pode ser percebida 
em períodos diurnos e noturnos, mas o ápice da 
diferença de temperatura entre áreas urbanas e 
rurais acontece ao anoitecer, pois a área rural 
resfria mais rápido que a urbana, onde muros, 
calçadas, asfaltos e todo tipo de edificação rece-
bem durante o dia luz e calor do sol e esse fica 
retido por mais tempo, proporcionando a dife-
rença de temperatura entre as áreas em ques-
tão. 
 A oscilação de temperatura entre o cen-
tro de uma grande cidade e uma zona rural pode 
variar entre 4°C, 6°C ou até mesmo 11°C; o que 
proporciona muitos inconvenientes à população 
em virtude dos incômodos que o calor excessivo 
provoca, sem contar que ocasiona um significati-
vo incremento no consumo de energia 
elétrica, usada para funcionar refrigerado-
res de ar (ar condicionado), principalmente para 
climatizar residências, escolas, universidades, 
comércios e industrias. 
 Na área rural e florestal a cobertura ve-
getal possibilita o processo de evaporação e 
evapotranspiração, amenizando as temperatu-
ras, o que não acontece nas grandes cidades que 
estão impermeabilizadas e sem cobertura vege-
tal. 
DESMATAMENTO 
 Um dos principais impactos ambientais 
que ocorrem em um ecossistema natural é a 
devastação das florestas, notadamente das tro-
picais, mas mais ricas em biodiversidade. E por 
que ocorre com tanta avidez o desmatamento 
de milhares de quilômetros de florestas tropi-
cais? Essa devastação conforme se pode consta-
tar, ocorre basicamente por fatores econômicos, 
tanto na 
Amazônia 
quanto nas 
florestas 
africanas e 
nas do sul e 
sudeste 
asiático. 
Causas do Desmatamento 
- Extração de madeira para fins comerciais. 
- Instalação de projetos agropecuários. 
- Implantação de projetos de mineração. 
- Construção de usinas hidrelétricas. 
- Abertura de rodovias 
- Agricultura de subsistência. 
- Urbanização – “Floresta Urbanizada”. 
 A exploração madeireira é feita clandes-
tinamente ou, muitas vezes, com conivência de 
governantes corruptos e insensíveis aos graves 
problemas ecológicos decorrentes dela. Aliás, 
muitas vezes, são esses mesmos governantes 
que incentivam, por exemplo, projetos agromi-
nerais, os quais, inevitavelmente, acabam pro-
vocando desequilíbrio no ambiente, os projetos 
de instalação de barragens para a geração de 
energia hidroelétrica. Tais projetos são sempre 
instalados 
com respaldo 
de um dis-
curso desen-
volvimentis-
ta, resultante 
de uma visão 
meramente 
 
 
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economista, que quase sempre não se preocupa 
com os prejuízos sócio ambientais. Não leva em 
conta os interesses das comunidades que habi-
tam os lugares que são instalados, nem os inte-
resses da nação que os abriga porque, com raras 
exceções, esses projetos são comandados por 
grandes grupos internacionais, interessados 
apenas em auferir altos lucros. 
Consequências do Desmatamento 
 Uma das consequências que envolvem o 
desmatamento é a luta entre trabalhadores e 
donos de madeireiras que geralmente acaba em 
morte, como a do seringalista Chico Mendes, 
premiado pela ONU por defender os seringais na 
Amazônia e organizar as reservas extrativistas. 
- Destruição da biodiversidade. 
- Erosão e empobrecimento dos solos. 
- Enchentes e assoreamento dos rios. 
- Diminuição dos índices pluviométricos. 
- Elevação das temperaturas. 
- Desertificação. 
- Proliferação de pragas e doenças. 
 Um efeito muito sério, local e regional 
do desmatamento é o agravamento dos proces-
sos erosivos no solo como por exemplo a lixivia-
ção (consiste na retirada de elementos nutrien-
tes do solo pela ação da água da chuva cuja atu-
ação é favorecida pelo desmatamento). 
 A erosão é um fenômeno natural que é 
absorvido pelos ecossistemas. Em uma floresta, 
as árvores servem de anteparo para as gotas de 
chuva que escorre pelos seus troncos, infiltran-
do-se no subsolo. Além de diminuir a velocidade 
do escoamento superficial, as arvores evitam o 
impacto direto das chuvas com o solo e suas 
raízes ajudam a retê-lo, evitando a sua degrada-
ção. Além desses impactos locais e regionais da 
devastação das florestas, há também um perigo-
so impacto em escala global. É importante lem-
brar que o CO2 é um dos principais responsáveis 
pelo efeito estufa. 
POLUIÇÃO DA ÁGUA. 
 A poluição da água é a introdução de 
partículas estranhas ao ambiente natural; bem 
como induzir condições em um determinado 
curso ou corpo de água, direta ou indiretamen-
te, sendo por isso potencialmentenocivos à 
fauna, flora, bem como populações humanas 
vizinhas a tal local ou que utilizem essa água. 
 Segundo Rodolfo Pena “a população 
hídrica, causada pela atuação indevida das práti-
cas humanas, pode gerar impactos sobre 
as espécies e provocar a escassez desse recurso 
natural”. 
 A poluição hídrica corresponde ao pro-
cesso de poluição, contaminação ou deposição 
de rejeitos na água dos rios, lagos, córregos, 
nascentes, além de mares e oceanos. Trata-se de 
um problema socioambiental de elevada gravi-
dade, pois embora a água seja um recurso natu-
ral renovável ela pode tornar-se cada vez mais 
escassa, haja vista que apenas a água potável é 
própria para o consumo. 
 A 
principal 
causa da 
poluição das 
águas é o 
desenvolvi-
mento de-
senfreado 
das ativida-
des econômicas, sobretudo nas cidades, com o 
aumento da deposição indevida de rejeitos ad-
vindos do sistema de esgoto e saneamento. Ou-
tra causa também apontada é o destino incor-
reto do lixo por parte da população, que atira 
objetos nos cursos d´água por pura falta de 
conscientização ambiental. 
 Há 
de se levar 
em conside-
ração que, 
em uma 
bacia hidro-
gráfica, tudo 
o que é 
gerado em 
sua área de 
abrangência é escoado para o leito do seu rio corres-
pondente. Dessa forma, o aumento da poluição no 
espaço das cidades gera uma maior carga de poluen-
tes para o leito dos rios que cortam essas áreas urba-
nas. No campo, o mesmo procedimento acontece, 
quando o uso indiscriminado de agrotóxicos faz com 
que os recursos hídricos sejam contaminados uma 
vez que essa carga toda de compostos químicos aca-
ba se destinando ao lençol freático ou ao curso 
d´água mais próximo. 
 Com o desenvolvimento das sociedades e a 
intensificação do processo de industrialização, além 
da introdução de novas técnicas de plantio no campo, 
cada vez mais as reservas hídricas encontram-se polu-
ídas, o que gera uma maior escassez de lugares que 
podem ser aproveitados para a utilização da água 
para consumo e outras funções. 
 
 
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 Nos mares e também nos oceanos, também 
há muita poluição, gerada tanto pelo destino indevi-
do do lixo em práticas turísticas e de lazer nos ambi-
entes litorâneos quanto, em alguns casos, pelo der-
ramamento de petróleo que é de difícil controle. 
Como evitar o desperdício de água: 
LIXO URBANO 
 A solução ideal para o lixo seria idêntica 
à que mencionamos para o esgoto: fazer retor-
nar aos solos, nas áreas agrícolas, os elementos 
que dele foram retirados. Isso é possível median-
te os processos de compostagem de modo a 
transformar sua matéria orgânica sólida em um 
material denominado composto, idêntico ao 
húmus natural, que constitui um ótimo condici-
onador de solos. 
 Mas 
talvez o maior 
problema do 
lixo seja real-
mente o 
transporte. 
Não sendo 
liquido, não pode escoar das casas e industrias 
através de tubulações que levem às estações de 
tratamento daí as plantações. O sistema de cole-
ta e transportes por caminhões acarreta uma 
série de problemas de trânsito, entre outros, as 
grandes cida-
des. 
Existem cida-
des na Europa 
onde é feita a 
classificação 
do lixo para 
facilitar sua 
posterior reuti-
lização. Latas, 
vidros, papeis e alimentos, são condicionados 
em ambientes separados. 
 Os alimentos são geralmente consumi-
dos por animais domésticos ou triturados em 
aparelhos especiais adaptados à pia da cozinha, 
seguindo para o esgoto. 
 Nota-se, entretanto, que a quantidade 
de alimentos jogados no lixo em países europeus 
é muito menor que no Brasil, constituindo não 
mais do que 30% dos resíduos sólidos enquanto 
aqui ultrapassa os 70%. 
A reciclagem do Lixo Urbano 
Apesar do significado abrangente do termo, a recicla-
gem vem sendo atualmente considerada, acima de 
tudo, um método de recuperação energética. 
 Dentro deste conceito, pode-se classificar as 
diversas formas de reciclagem de acordo com a maior 
ou menor recuperação de energia de cada processo. 
Assim: 
 Máximo índice de recuperação – Aí se en-
quadra a seleção de materiais que poderão ser no-
vamente utilizados, sem qualquer beneficiamento 
industrial, a não ser lavagem e eventual esterilização. 
 Exemplo: garrafas inteiras de refrigerantes 
ou de cerveja. 
 Médio índice de recuperação – Nesse caso, 
há necessidade de se proceder algum beneficiamento 
industrial ao produto recuperado a fim de transfor-
má-lo novamente em material reutilizável. 
 Exemplo: cacos de vidro, metais e embala-
gens de plástico. 
 Recuperação biológica – Trata-se de uma 
particularização do caso anterior, isto é, médio índice 
de recuperação, só que referente às frações orgânicas 
do lixo. É o caso da produção de adubo orgânico e da 
obtenção de combustível gasoso (metano). 
 Baixo índice de recuperação – Neste caso 
está inserido o aproveitamento do poder calorifico 
dos matérias combustíveis presentes no lixo, median-
te sua incineração. Por exemplo, quando se queima 
um saco plástico, a energia liberada é menor que a 
utilizada no seu processo de fabricação, desde a ma-
téria-prima (petróleo) até o produto acabado (saco 
plástico). 
 No planejamento de um sistema de recicla-
gem, deve-se ter sempre como objetivo principal a 
obtenção do maior balanço energético possível. 
 
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4 IMPACTO AMBIENTAL 
 De forma simplificada pode-se afirmar 
que em termos de avaliação do impacto ambien-
tal das atividades humanas existem três grandes 
problemas no país, inseparáveis, mas inconfun-
diveis, cada um com uma sistematica de análise 
científica distinta: as atividades energético-
mineradoras, as atividades industriais-urbanas e 
as agrossilvopastoris. Em geral, os critérios, in-
strumentos e métodos utilizados para avaliar o 
impacto ambiental são próprios a cada uma des-
sas atividades e não universais. 
O impacto ambiental das atividades energéticas 
e mineradoras é, em geral, intenso, pontual, 
limitado e preciso em termos de localização 
(uma hidroelétrica, uma mineração, por exem-
plo). Empreendimentos dessa natureza en-
volvem parcelas pequenas de população nos 
seus impactos diretos e são bastante de-
pendentes de fatores relativamente con-
troláveis. Ex-
istem metodo-
logias bem es-
tabelecidas para 
avaliar e mon-
itorar o impacto 
ambiental 
desses empreendimentos, onde os aspectos de 
projeto, engenharia e planejamento são pas-
siveis de um alto grau de previsão e controle. 
O impacto ambiental das atividades industriais-
urbanas é, em geral, de intensidade variada, 
podendo ir de pontual (no caso de uma fábrica 
poluidora, por exemplo) a difuso (no caso dos 
poluentes emitidos pela frota de veículos, por 
exemplo). Uma boa parte desses impactos de-
pendem de obras de infraestrutura e de 
saneamento, mais amplas do que a 
abrangência de cada empreendimento. Proces-
sos de planejamento e crescimentos urbanos 
também cumprem um papel determinante em 
muitos casos. As atividades industriais-urbanas 
atingem, direta e indiretamente, grandes 
parcelas da população. Existe uma grande quan-
tidade de normas, leis e regulamentos vigindo 
sobre esse tema, objeto de uma ação fiscalizado-
ra relativamente intensa por parte da população 
e órgãos públicos. 
Já os impactos 
ambientais das 
atividades 
agrícolas são 
em geral 
tênues, bas-
tante de-
pendentes de 
fatores pouco 
controláveis 
(chuvas, tem-
peraturas, ventos, etc). atingem grandes áreas 
de forma pouco precisa, frequentemente crôni-
ca, pouco evidente, intermitentee de difícil 
quantificação (perda de solos, produção de gas-
es, erosão genética, contaminação de águas 
subterrâneas com fertilizantes ou pesticídas 
etc.). Em muitos casos os piores impactos ambi-
entais da agricultura são invisíveis aos olhos da 
população, dos consumidores e dos próprios 
agricultores, ao contrário do que ocorre com 
uma fábrica ou uma mineradora. 
Também a nível sócio-econômico, a liderança 
entre à agricultura e as outras atividades hu-
manas é enorme: empregos gerados, condições 
de trabalho, fatores sazonais, legislação específi-
ca, produção de riqueza, valor agregado etc. 
O mundo urbano situa-se na montante (for-
necimentos de insumos) e na jusante (agro-
industrias e consumidores) da atividade agrícola 
podendo mascarar o repasse de impactos ambi-
entais indiretos, positivos ou negativos. O uso do 
álcool combustivel nas grandes cidades é um 
exemplo típico de uma transferência de impacto 
ambiental positivo do campo para a área urbana. 
Nesse sentido, o impacto ambiental de uma 
atividade agrícola não pode ser tratado como de 
uma atividade industrial-urbana ou, pior ainda, 
como o de uma atividade de exploração ener-
gético-mineradora, como pretendem alguns. Um 
campo cultivado não é uma fábrica, nem uma 
mina. 
 
 
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5 ATMOSFERA 
 A camada de ar que envolve a terra é 
conhecida como atmosfera (atmos=ar; esfe-
ra=esfera terrestre). A atmosfera pode ser divi-
dida em cinco camadas: 
1. A Troposfera é a camada mais próxima da crosta 
terrestre, na qual estão imersos os seres vivos de 
hábito terrestre. Esta camada tem aproximadamente 
oitenta por cento do peso atmosférico, ou seja, é 
onde o ar está mais concentrado. Esse nome, tropos-
fera, significa “esfera turbulenta”, pois é ao longo dos 
seus aproximadamente 12 Km de espessura, que 
ocorrem quase todos os fenômenos meteorológicos. 
Sua temperatura diminui à medida que aumenta a 
altitude: parte daquela no nível do solo e atinge -60°c 
na parte superior. Nesta faixa, concentram-se os 
poluentes e a maioria dos fenômenos climáticos, 
como formação de nuvens e chuvas. 
2. Na Estratosfera, aparece uma grande concentração 
de ozônio, um composto formado por átomos de 
oxigênio (fórmula química do ozônio: O3), a conheci-
da camada de ozônio, que funciona como um filtro 
para os raios solares. Ela absorve a radiação solar 
ultravioleta, deixando passar apenas parte deles e 
protegendo a vida na terra. A estratosfera tem uma 
espessura média de aproximadamente 38 Km. Ao 
contrário das demais camadas, nessa ocorre o au-
mento da temperatura, devido ao aumento da altitu-
de. O que leva a esse aumento é o aquecimento do ar 
na região entre 20 e 35 Km de altitude, onde fica a 
camada de ozônio. 
3. Mesosfera é a camada mais fria da atmosfera fica 
entre 50 e 80 Km de altitude, sua temperatura dimi-
nui conforme se sobe, essa diminuição de temperatu-
ra gira entorno de 5°c até 95°c. essa queda brusca de 
temperatura está vinculada ao afastamento da cama-
da de ozônio e pela inexistência de nuvens ou gases 
capazes de absolver a energia do sol. 
Nessa região ocorre o fenômeno conhecido como 
estrelas cadentes, devido ao choque de rochas ori-
undas do espaço com a cama de ar rarefeito, que 
existe na mesosfera. Ao chegarmos não passamos por 
99% do peso do ar, ou seja, quase todo o ar já ficou 
para trás. Essa camada tem aproximadamente 50Km 
de espessura. 
4. Termosfera ou Ionosfera recebe esse nome por 
possuir uma grande quantidade de íons, átomos 
eletricamente carregados. Essa camada tem uma 
espessura de aproximadamente 470 Km. O ar da 
ionosfera é extremamente rarefeito e ainda as-
sim oferece suficiente resistência aos meteoros, que 
bombardeiam diariamente a Terra. 
5. A Exosfera é a camada mais externa da atmosfera. 
Chega a confundir-se com o espaço cósmico. O ar 
existente nessa camada é tão rarefeito que os 
grupamentos atômicos chegam a atravessar 
distâncias enormes sem se chocarem. O final da exos-
fera é o ponto em que as partículas não interagem 
mais com o campo magnético da Terra. 
Clima e tempo é a 
mesma coisa? 
 Não, clima e 
tempo são coisas 
diferentes, por isso 
não são sinônimos, 
como a maioria das 
pessoas pensam diari-
amente, pois ambos 
apresentam significa-
dos diferentes. Quan-
do falamos que o dia 
está quente estamos nos referindo ao tempo atmos-
férico, ou simplesmente tempo, ou seja, as condições 
meteorológicas de um lugar em um determinado 
momento. Essas condições podem mudar de um dia 
para o outro ou de uma hora para a outra. No entan-
to, quando queremos analisar o clima de uma região, 
é necessário observar e registrar diariamente, por 
pelo menos 25 anos, os vários tempos atmosféricos 
que ocorrem no local. As características predominan-
tes, que se repetem habitualmente, definem o clima 
do lugar. 
1.1 AS MASSAS DE AR 
 As mudanças de tempo em determinado 
lugar estão relacionadas a vários fatores, em 
especial aos movimentos das massas de ar. 
 As massas de ar são extensas “bolsas” de 
ar que realizam deslocamento ao longo da tro-
posfera, possuem características particulares de 
temperatura, pressão e 
umidade relativamente 
uniforme. Tais caracte-
rísticas são adquiridas 
do lugar onde as massas 
se originam, porém, ao 
se deslocarem, interfe-
rem no clima e no tem-
po de distintos lugares 
por onde passam. O que difere uma massa de ar 
de outra massa de ar é a temperatura (quente 
ou fria) a umidade (seca ou úmida). Quanto a 
 
 
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temperatura elas podem ser: tropico-equatorial 
(quentes) ou polares (frias). Já em relação a 
umidade, as massas podem ser, marítimas (úmi-
das) ou continentais (secas), exceto quando se 
formam da floresta equatorial, onde há grande 
umidade devido o processo de evapotranspira-
ção. 
 De acordo com a movimentação, as 
massas de ar passam a destituísse de suas carac-
terísticas originais, principalmente, quando duas 
massas de ar distintas se encontram, esse fato 
acaba por originar o aparecimento de uma fren-
te. 
As massas de ar que atuam no Brasil 
 Massa 
equatorial conti-
nental (mEc): é 
característico do 
verão, com o ar 
parado e úmido. O 
ar é quente, propi-
ciando alta evapo-
ração e conse-
quentemente alto 
índice de chuvas. 
Essa massa expan-
de-se pelo Brasil entre os meses de setembro e mar-
ço. 
 Massa tropical atlântica (mTa): Essa massa 
de ar permanece 
estacionada du-
rante o verão no 
hemisfério sul. Ela 
se expande pelo 
Brasil devido a 
retração da Mec. 
Com a sua proxi-
midade com o 
oceano a mTa 
ganha umidade, e 
ao chegar no 
Nordeste ela se 
choca com a massa de ar polar ocasionando chuvas 
orográficas. 
 Massa polar atlântica (mPa): Tem sua ori-
gem no pólo sul, e penetra na América do sul pela 
Argentina. No Brasil ela ganha força com a retração 
da MEC e, ao encontrar áreas de resfriamento provo-
ca chuvas frontais. 
SAIBA + 
As frentes podem ser quentes ou frias: 
 As frentes frias são originadas a partir do 
contato de uma massa de ar fria com um quente, 
sendo que a massa fria empurra a massa de ar. 
Quando isso ocorre temos a elevação da massa 
de ar quente, que sofre um resfriamento, e a 
água que se encontra nas nuvens se reverte em chu-
vas. E durante esse processo que ocorrem vendavais, 
temporais e chuvas de granizo. 
 As frentes 
quentes aconte-
cem a partir do 
encontro de uma 
massa de ar quente 
com uma fria, de 
maneira que a massa de ar quente empurra a massa 
de ar fria. Esse tipo 
de chuva também 
produz chuvapo-
rem sem ventos 
fortes e chuvas de 
granizo. 
 
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A Globalização e as novas tecnologias de Tele-
comunicações e suas consequências Econômi-
cas, Políticas e Sociais 
1. FORMAÇÃO DAS REGIÕES DO MUNDO. 
 Com o surgimento e o crescimento do 
comércio e dos centros urbanos, desenvolveu-se 
na Europa, a partir do século XII, uma camada 
social de mercadores, tornando possível a acu-
mulação de recursos. Esse fato, somado às ino-
vações nos transportes marítimos, nos arma-
mentos e nas técnicas de navegação, tornou 
possível a expansão comercial do final do século 
XIV e do início do século XV. 
 Começava a surgir um mercado mundial 
que interligava diversas regiões da terra. Era a 
fase do capitalismo comercial ou mercantil. 
Ao mesmo tempo que o comércio expandia, a 
sociedade de consumo e o capitalismo também 
se expandiam, iniciando-se uma redistribuição 
global de recursos. Os produtos originários de 
um continente eram levados para outras partes 
do mundo, passando a ser consumidos em luga-
res distantes. 
 
 
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A difusão de plantas pelo mundo, que ampliou a 
oferta de alimentos nos diversos continentes. 
Divisão Internacional do Trabalho e a produção de 
espaços geográficos desiguais 
 O sistema capitalista, que teve início na Eu-
ropa, expandiu-se para outros continentes ao longo 
dos séculos. Desde que o poder passou a estar cen-
tralizado nas mãos dos reis, constituindo as monar-
quias nacionais, o mercantilismo surgiu como uma 
prática adotada inicialmente pela Inglaterra e pela 
França, no século XV, estendendo-se depois para 
outros Estados-Nações, como Portugal e Espanha. 
 A intensificação do comércio trazia a neces-
sidade de fabricação de mais mercadorias. Por isso 
tornou-se necessário descobrir novas fontes de maté-
rias-primas baratas e novos mercados consumidores, 
nos quais os produtos seriam vendidos por preços 
maiores. No século XVI, vastas regiões da América, da 
Ásia e da África, entre elas o Brasil, foram invadidas, 
conquistadas e incorporadas ao mercado mundial e 
ao sistema capitalista, iniciando-se a exploração de 
seus recursos e de sua mão-de-obra. A busca do lucro 
provocou a desestruturação das relações de produ-
ção existentes e o aparecimento de novas relações de 
trabalho, assim como o restabelecimento da escravi-
dão. 
As áreas coloniais se tornaram periféricas do sistema 
capitalista mundial por meio do estabelecimento de 
uma Divisão Internacional do Trabalho (DIT). Nessa 
época, as nações se especializaram na produção de 
determinadas mercadorias. Aos países ricos cabia a 
produção e a comercialização de produtos industriali-
zados, maquinas e tecnologia, enquanto os países 
periféricos tornaram-se produtores, fornecedores e 
exportadores de produtos primários, como açúcar, 
café, fumo, algodão e minérios. 
 O comércio Intercontinental, antes restrito à 
Europa, à Ásia e a algumas áreas da África, ampliou-
se e mudou de qualidade, passando do comércio de 
artigos de luxo – como seda, perfumes, porcelanas e 
especiarias – para a África - além do comércio de 
escravos da África para a América, que fornecia taba-
co, açúcar e metais para a Europa. 
No século XVI, o Brasil integrou-se a esse sistema 
mundial, tornando-se fornecedor de matérias-primas. 
O espaço brasileiro por muito tempo se organizou 
segundo os interesses do colonizador português. 
 Durante séculos, o colonialismo, isto é, a 
política de ocupação de territórios e de formação de 
colônias, plantações monocultoras voltadas para a 
exportação – e empreender a extração de diversas 
riquezas. Dessa forma, o sistema colonial contribuiu 
para a acumulação de riquezas e capitais nos países 
colonialistas e para a manutenção das condições de 
vida precárias das populações dos países colonizados, 
impedindo inclusive a sua industrialização e manten-
do-os subordinados ao mercado internacional. 
 A origem das grandes desigualdades econô-
micas e sociais existentes entre os países explica-se, 
em boa parte, pelo desenvolvimento do capitalismo 
em escala mundial. 
1.2 ENTENDENDO O CAPITALISMO 
 O capitalismo como sistema econômico 
e social, passou a ser dominante no mundo oci-
dental a partir do século XVI. A transição do feu-
dalismo para o capitalismo, porém, ocorreu de 
forma bastante desigual no tempo e no espaço: 
foi mais rápida na porção ocidental da Europa e 
muito mais lenta na porção central e na oriental. 
O Reino Unido foi, por várias razões, o país no 
qual a transição foi mais acelerada. 
 O capitalismo evoluiu gradativamente e 
foi se transformando à medida que novas difi-
culdades surgiram. O sistema capitalista sempre 
apresentou, ao longo de sua história, grande 
dinamismo. Isso se explica devido ao seu pro-
 
 
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fundo enraizamento histórico e cultural, pois sua 
origem é muito antiga (final da Idade Média) e 
sua evolução se sobrepondo a outras formas de 
produção, até se tornar hegemônico, o que, em 
âmbito mundial, ocorreu nem sua fase industri-
al. 
AS FASES DO CAPITALISMO 
 O capitalismo está voltado para a fabri-
cação de produtos comercializáveis, denomina-
dos mercadorias, com o objetivo de obter lucro. 
Este sistema está baseado na propriedade priva-
da dos meios de produção – todos os elementos 
usados na produção pertencem a alguns indiví-
duos (os capitalistas ou burgueses). 
 Nas sociedades capitalistas, o elemento 
central da economia é o capital – dinheiro inves-
tido no processo produtivo, objetivando lucro. 
Diferencia-se do dinheiro que se destina à satis-
fação das necessidades pessoais das pessoas. 
 Como no capitalismo a produção se des-
tina ao mercado, dizemos que os países capita-
listas adotam a economia de mercado. É em 
função das necessidades do mercado que se 
desenvolvem a produção, circulação e o consu-
mo dos produtos. Empregados – pessoas que 
não sendo donas dos meios de produção, ven-
dem sua força de trabalho (mercadorias) em 
troca de salário. São os proletários. 
 
O Capitalismo Comercial 
 O sistema capitalista nasceu das trans-
formações porque passou a Europa Feudal (séc. 
XIII). O fundamento da riqueza deixou de ser 
paulatinamente de ser a terra, e a economia de 
mercado começou a estruturar-se com base no 
trabalho artesanal. A partir do séc. XV, as rela-
ções mercantis ampliaram-se geograficamente 
com as grandes navegações e a inserção de no-
vas terras no sistema capitalista de produção. 
Desenvolveu-se então a fase do chamado capita-
lismo comercial; o ciclo de reprodução do capital 
estava alicerçado principalmente na circulação e 
distribuição de mercadorias realizadas entre as 
metrópoles e as colônias. Nesse período inaugu-
rou-se a Divisão Internacional do Trabalho, ca-
racterizada pela produção de matérias-primas 
nas colônias em troca de manufaturas das me-
trópoles. O mercantilismo, doutrina econômica e 
política do capitalismo comercial, criou as bases 
de uma nova geografia europeia e mundial. For-
taleceu a unificação territorial a partir de 
um governo centralizado, dando origens 
aos Estados nacionais europeus. Tais Estados 
fortaleceram-se e acumularam riquezas com o 
protecionismo de seus mercados internos e com 
o comércio. Com isso, ampliaram-se as relações 
espaciais, baseadas na escravização e comercia-
lização dos escravos e na exploração colonial. 
Nessa época, a riqueza e o poder de um país 
eram medidos pela quantidade de metais preci-
osos (ouro e prata) que possuíam. Esse princípio 
ficou conhecido como metalismo.Mas o sistema capitalista só iria se con-
solidar no século XVIII, com a substituição da 
manufatura pelas maquinas a vapor, iniciada nas 
indústrias têxteis da Inglaterra. A mecanização 
imprimiu um novo ritmo à produção de merca-
dorias. 
O Capitalismo Industrial 
 A mais profunda transformação espacial 
ocorreu com a introdução da indústria moderna 
na Inglaterra, que marcou o início do capitalismo 
industrial (concorrencial ou liberal). A industriali-
zação não provocou mudanças apenas na forma 
de produção, mas direcionou toda a configura-
ção do espaço atual. Modificou as relações soci-
ais e territoriais, difundiu cultura e técnica, apro-
fundou a competição entre os povos, concen-
trou a população no espaço e provocou o cres-
cimento cada vez maior das cidades.Com a in-
venção da máquina a vapor e sua incorporação à 
produção industrial, os trabalhadores eram obri-
gados a trabalhar conforme o ritmo das maqui-
nas, de maneira padronizada. Outra parte da 
mão-de-obra disponível foi requisitada para 
trabalhar nas minas de carvão (fonte de energia 
dessa primeira fase da Revolução Industrial). 
Nesse período o “lucro” não adivinha mais da 
exploração das colônias, mas sim, da produção 
de mercadorias pelas indústrias, que trazia em-
butido a exploração dos trabalhadores através 
da mais-valia. 
 Nos séculos XVII e XIX, o capitalismo 
florescia na forma de pequenas e numerosas 
empresas, que competiam por uma fatiado mer-
cado, sem que o Estado interferisse na econo-
mia. Nessa fase (liberal), predominava a doutrina 
de uma fatia do mercado, sem que o Estado 
interferisse na economia. Nessa fase (liberal), 
predominava a doutrina de Adam Smith, segun-
do a qual o mercado deve ser regido pela livre 
concorrência, baseada na lei da oferta e da pro-
cura. Dentro das fábricas, mudanças importan-
tes aconteceram: a produtividade e a capacidade 
 
 
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de produzir aumentam velozmente; aprofundou-
se a divisão do trabalho e cresceu a produção 
em série. Nessa época, segunda metade do séc. 
XIX, ocorreu o que se convencionou chamar de 
Segunda Revolução Industrial. Uma das caracte-
rísticas mais importantes desse período foi a 
introdução de novas tecnologias e novas fontes 
de energia no processo produtivo. Pela primeira 
vez, tanto como pioneiros a Alemanha e os Esta-
dos Unidos, a ciência era apropriada pelo capital, 
sendo posta a serviço da técnica, ao contrário da 
primeira revolução industrial onde as tecnologi-
as eram resultadas de pesquisas espontâneas e 
autônomas. Agora empresas eram criadas com o 
fim de descobrirem novas técnicas de produção. 
 Para equipar as unidades produtoras 
com as novas tecnologias, era necessário au-
mentar o espaço de produção, dispendendo 
grandes somas de capital, o que seria impossível 
para as pequenas e médias empresas, que fali-
ram ou se uniram a outras, formando grandes 
empresas, altamente lucrativas. Algumas dessas 
grandes empresas passaram a dominar determi-
nados ramos de produção, dando origem aos 
oligopólios. Com a finalidade de aumentar ainda 
mais os lucros, exterminar pequenas concorren-
tes e impor preços, muitas firmas se fundiram 
em uma só, formando os TRUSTES, que passa-
vam a controlar um produto desde a retirada da 
matéria-prima necessária à sua fabricação até a 
sua distribuição. Os grandes trustes muitas vezes 
se unem e formam um CARTEL, fazendo acordos 
acerca de medidas de interesse comum ou de 
vantagens reciprocas, dividindo mercados, esta-
belecendo preços etc. Alguns países elaboram 
leis antitrustes e de restrição à formação de 
cartéis. 
O capitalismo Financeiro/Monopolista 
 Uma das consequências mais importan-
tes do crescimento acelerado da economia capi-
talista foi o brutal processo de concentração e 
centralização de capitais. Várias empresas surgi-
ram e cresceram rapidamente: Industrias, ban-
cos, corretoras de valores, casas comerciais, etc. 
A acirrada concorrência favoreceu as grandes 
empresas, levando a fusões e incorporações que 
resultaram, a partir de fins do século XIX, na 
monopolização ou oligopolização de muitos se-
tores da economia. 
 O capital entrava, desse modo, em sua 
fase financeira e monopolista. É consenso 
marca como início dessa nova etapa da 
evolução capitalista a virada do século XIX para o 
século XX, coincidindo com o período da expan-
são imperialista (1875 – 1914). No entanto, a 
consolidação só ocorreu efetivamente após a 
primeira guerra mundial, quando empresas se 
tornaram muito mais poderosas e influentes, 
acentuando a internacionalização dos capitais. 
Boa parte dos grandes grupos econômicos da 
atualidade surgiram nesse período. 
 Consolidou-se, particularmente nos Es-
tados Unidos, um vigoroso mercado de capitais: 
as empresas foram abrindo cada vez mais seus 
capitais através da venda de ações em bolsas de 
valores. Isso permitiu a formação das gigantes-
cas corporações da atualidade, cuja ações estão 
pulverizadas entre milhares de acionistas. Em 
geral, essas grandes empresas tem um acionista 
majoritário, que pode ser uma pessoa, uma fa-
mília, uma empresa, um banco ou um holding, e 
o restante, muitas vezes milhões de ações, está 
na mão de pequenos investidores. No Brasil, 
uma empresa de capital aberto leva sua razão 
social o termo S.A. (Sociedade Anônima). 
 Não é mais possível distinguir o capital 
industrial do capital bancário. Fala-se agora em 
capital financeiro. Os bancos passam a ter um 
papel cada vez mais importante, industrias in-
corporam ou constituem bancos para lhes dar 
retaguarda. 
 O liberalismo restringe-se cada vez mais 
ao plano da ideologia, pois o mercado passa a 
ser oligopolizado, do minado por grandes corpo-
rações, substituindo a livre concorrência e livre 
mercado. O Estado, por sua vez, passa a intervir 
na economia, seja como grande planejador ou 
coordenador, seja como agente produtor ou 
empresário. Essa atuação do Estado na econo-
mia intensificou-se após a crise de 1929, que 
viria sepultar definitivamente o liberalismo clás-
sico. 
1.3 A GLOBALIZAÇÃO E SUAS CONSEQUENCIAS 
ECONOMICAS, POLITICAS E SOCIAIS 
O que é Globalização? 
 
 
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 Chama-se globalização, ou mundializa-
ção, o crescimento da interdependência de to-
dos os povos e países da superfície terrestre. 
Alguns falam em “aldeia global”, pois parece que 
o planeta está ficando menor e todos se conhe-
cem (assistem a programas semelhantes na TV, 
ficam sabendo no mesmo dia o que ocorre no 
mundo inteiro). Um exemplo: Você vê hoje uma 
indústria de automóveis que fabrica um mesmo 
modelo de carro em montadoras de 3 países 
diferentes e os vende em outros 5 países. As 
empresas não ficam mais restritas a um país, 
seja como vendedora ou produtora. 
ALDEIA GLOBAL 
Distancias encurtadas pelo progresso 
Tecnológico, interligando ideias, valores 
E linguagens de qualquer parte do mundo. 
A HSITORIA DA GLOBALIZAÇÃO 
 Tendo uma visão apenas da Globalização 
econômica da história, vamos encontra-la já 
muito antes do Império Romano. A Globalização 
aparece na constituição do Império Chinês; na 
civilização Egípcia, que manteve o domínio de 
todo o continente africano; Na Grécia, que ape-
sar das cidades-estados, que mesmo indepen-
dentes viam uma globalização da economia. O 
que os Romanos fizeram foi jurisdicizar a Globa-
lização da economia. Os gregos descobriram o 
Direito. Mas é em Roma que o direito surge co-
mo instrumento de poder, pois só assim os ro-
manos poderiam organizar e controlar o Estado. 
Além disso, com a expansão territorial,os roma-
nos se veem obrigados a construir uma rede de 
estrada, que possibilitou a comercialização e a 
comunicação entre diversos povos. 
Porque os portugueses se lançaram às grandes des-
cobertas? 
 Não só para se proteger dos mouros espa-
nhóis, mas também para procurar novas rotas co-
merciais de globalização. Nesses séculos (XIV e XV), 
ocorreu um descompasso entre a capacidade de 
produção e consumo. O resultado disso era uma 
produtividade baixa e falta de alimento para abaste-
cer os núcleos urbanos, enquanto a produção artesa-
nal não tinha um mercado consumidor, a solução 
para esses problemas estava na exploração de novos 
mercados capazes de fornecer alimentos e metais ao 
mesmo tempo, aptos a consumir os produtos artesa-
nais europeus. 
 Outro exemplo que temos é do século XIX, 
chamado de Imperialismo ou Neocolonialismo. Ocor-
reu quando a economia europeia entrou em crise, 
pois as fabricas estavam produzindo cada vez mais 
mercadorias em menos tempo, assim, com uma su-
perprodução, os preços e os juros despencaram. Na 
tentativa de superar a crise, países europeus, EUA, 
Japão buscaram mercados para escoar o excesso de 
produção e capitais. Cada economia industrializada 
queria mercados cativos, transformando o continente 
Africano e Asiático em centro fornecedor de maté-
rias-primas e consumidores de produtos industriali-
zados, gerando com isso um alto grau de exploração 
e dependência econômica. 
 Podemos comparar essa dependência eco-
nômica e exploração com os dias de hoje, pois é difícil 
de acreditar na possibilidade de os países desenvolvi-
dos serem generosos com os demais, os emergentes 
e subdesenvolvidos. Já no final dos anos 70, os eco-
nomistas começaram a difundir o conceito de globali-
zação, usada para definir um cenário em que as rela-
ções de comercio entre os países fossem mais fre-
quentes e facilitadas. Depois, o termo passou a ser 
usado fora das discussões econômicas. 
 Assim, as barreiras comerciais entre os paí-
ses, começaram a cair, com a diminuição (a elimina-
ção) de impostos sobre importações, o fortalecimen-
to de grupos internacionais (como o Mercosul ou a 
Comunidade Europeia) e o incentivo do governo de 
cada país à instalação de empresas estrangeiras em 
seu território. (Fonte: Claudia Maria Machado). 
O dia-a-dia da Globalização 
 
 
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 Para se ter ideia desse processo, saiba 
que nos anos 60 somente cerca de 25 milhões de 
pessoas viajavam de avião de um país para ou-
tro, por ano, hoje em dia esse número subiu 
para cerca de 400 milhões de ligações telefôni-
cas entre os EUA e a Europa, atualmente essas 
ligações chegam a 1 bilhão por anos. Em 1980 o 
volume dos investimentos de residentes de um 
país nos mercados de capitais (Compra de ações 
de empresas) de outros países atingia a quantia 
de 120 milhões de dólares; em 1990, dez anos 
depois, esse valor já atingia a casa dos 1,4 tri-
lhões de dólares, isso quer dizer que as econo-
mias nacionais estão se desnacionalizando em 
ritmo acelerado, pois os norte-americanos pos-
suem ações ou títulos de propriedades no Japão, 
na Europa e na América Latina, japoneses inves-
tem em empresas norte-americanas ou corea-
nas, alemãs compram ações de firmas russas ou 
tailandesas, etc. 
 A Globalização está associada a uma 
aceleração do tempo. Tudo muda mais rapida-
mente hoje em dia. E os deslocamentos também 
se tornaram muito mais rápidos: O ESPAÇO 
MUNDIAL FICOU MAIS INTEGRADO. 
 Em 1950 era necessárias 18 horas para 
um avião comercial cruzar o oceano atlântico, 
fazendo a rota NY-Londres. Em 1990 essa rota 
era feita em somente 3 horas, por um avião su-
persônico, e até o final do século esse tempo vai 
se reduzir ainda mais. 
 Em 1985, quando o presidente do EUS, 
Abraham Lincon, foi assassinado, a notícia levou 
13 dias para chegar na Europa. Hoje em dia bas-
tam apenas alguns segundos para uma notícia 
qualquer cruzar o planeta, seja por telefone, 
redes sociais ou até mesmo pelas rede de TV. 
Além disso o mundo inteiro acompanha o fato 
de mulheres canadenses conquistando o direito 
de andarem de seios nus em qualquer lugar, ou 
pessoas do mundo inteiro cada vez mais comen-
do nas mesmas cadeias de “fast food”, bebendo 
os mesmos refrigerantes, vestindo jeans, ouvin-
do músicas semelhantes e assistindo aos mesmo 
filmes. 
Vantagens e Desvantagens da Globalização 
 A abertura da economia e a globalização 
são processos irreversíveis, que nos atingem no 
dia-a-dia nas formas mais variadas e temos d 
aprender a conviver com isso, porque existem 
mudanças positivas para o nosso cotidiano 
e mudanças que estão tornando a vida de 
muita 
gente 
mais difí-
cil. Um 
dos efei-
tos nega-
tivos do 
intercam-
bio maior 
entre os diversos países do mundo, é o desem-
prego, que no Brasil, vem batendo um recorde 
atrás do outro. 
 No caso brasileiro, a abertura foi ponto 
fundamental no combate à inflação e para a 
modernização da economia com a entrada de 
produtos importados, mais baratos e de melhor 
qualidade e essa oferta maior ampliou também a 
disponibilidade de produtos nacionais com pre-
ços menores e mais qualidade. É o que vemos 
em vários setores, como eletrodomésticos, car-
ros, roupas, cosméticos e em serviços, como 
lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. A 
opção de escolha que temos hoje é muito maior. 
 Mas a necessidade de modernização e 
de aumento da competitividade das empresas, 
produziu um efeito muito negativo, que foi o 
desemprego. Para reduzir custos e poder baixar 
os preços, as empresas tiveram de aprender a 
produzir mais com menos gente. Incorporavam 
novas tecnologia e máquinas. O trabalhador 
perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios 
que, não só o Brasil, mas algumas das principais 
economias do mundo tem hoje pela frente: cres-
cer o suficiente para absorver a mão-de-obra 
disponível no mercado, além disso, houve o au-
mento da distância e da dependência tecnológi-
ca dos países periféricos em relação aos desen-
volvidos. 
 A questão que se coloca nesses tempos 
é como identificar e aproveitar as oportunidades 
que estão surgindo de uma economia internaci-
onal cada vez mais integrada. 
 
 
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Geografia 
Prof. Especª.: Arthur dos Santos 
Rod Augusto Montenegro n°95 (frente ao comando geral da PM) (91) – 
Belém/Pa 98955-1230 / 98049-2711 / 99176-9006 
Cidadão Globalizado 
 Com todas as mudanças no mercado de 
trabalho, temos que tomar muito cuidado para 
não perder espaço. As mudanças estão aconte-
cendo com muita rapidez. O cidadão para segu-
rar emprego ou conseguir também tem de se 
manter em constante atualização, ser aberto e 
dinâmico. Para sobreviver nesse mundo novo, 
precisamos estar em sintonia com os demais 
países e também aprendendo coisas novas todos 
os dias. 
 Ser especialista em determinada área, 
mas não ficar restrita a uma determinada fun-
ção, porque ela pode ser extinta de uma hora 
pra outra. É preciso atender a requisitos básicos, 
como domínio do computador, de outros idio-
mas e mais do que tudo é preciso não ter pre-
conceito em relação a essas mudanças. Não adi-
anta lutar. As empresas querem empregador 
dispostos a vencer desafios. Apesar de já ter se 
tornado quase um senso comum, a leitura da 
globalização reproduzida acima repousa sobre 
um conjunto de mitos que não resistem a uma 
apreciação mais objetiva e criteriosa. Examino 
topicamente, a seguir, os principais mitos que 
constituem esse conjunto. 
OS FLUXOS DA GLOBALIZAÇÃO (Fluxos de In-
formações) 
A internet aumentou a possibilidade de acesso 
aos serviços (como troca de e-mails, pesquisas 
em bancos de dados e compra de produtos) e às 
informações, mudando até mesmo

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