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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Faculdade de Educação – FACED
EDCB 85- Alfabetização e Letramento
Tathiana Sanches
RESENHA DO TEXTO : TÁ IQUITO AQUI! EVENTOS DE LETRAMENTO E AS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA ANTES DA ALFABETIZAÇÃO
Salvador
2016
Tathiana Sanches
RESENHA DO TEXTO : TÁ IQUITO AQUI! EVENTOS DE LETRAMENTO E AS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA ANTES DA ALFABETIZAÇÃO
Atividade apresentada, como requisito parcial para aprovação na disciplina Educação e Letramento, do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, ministrada pela professora Liane Castro de Araujo
	
Salvador
2016
"TÁ IQUITO AQUI"! EVENTOS DE LETRAMENTO E AS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA ANTES DA ALFABETIZAÇÃO
A presente resenha tem como extrato de suas reflexões o artigo: "Tá iquito aqui"! Eventos de letramento e as práticas de leitura e escrita antes da alfabetização, de Liane Castro de Araujo publicado em: Estudos e passagens do Proinfantil na Bahia- Salvador, EDUFBA, 2012. disponível em http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16766
Nele a autora aborda sobre a participação de crianças pequenas em práticas letradas antes mesmo da sua apropriação do sistema de escrita alfabética.
Ao iniciar o artigo a autora descreve falas de crianças pequenas que demonstram um processo de letramento, e uma aguçada curiosidade sobre o sistema da escrita. A autora alça questionamentos sobre estas práticas e leva o leitor a refletir sobre a participação precoce de crianças em práticas letradas ainda antes da alfabetização, ressaltando que essas ações por muito tempo eram consideradas ignoradas como um processo de apropriação da leitura e da escrita, processo esse que só levava em conta a decodificação e codificação do sistema alfabético adquirido de forma sistematizada e escolarizada. 
Na visão central da autora as apropriações de letramento principiam muito antes de começar de forma convencional o processo de alfabetização, partindo-se daí a compreensão de uma alfabetização sobre novas bases, onde as práticas socioculturais de letramento passam a ser fortalecidas e valorizadas. Para justificar a sua escrita a autora cita diversos autores que problematizaram o termo letramento os quais apesar das compreensões e multiplicidade de metodologias de estudo aderem à concepção de que letramento se refere às práticas sociais de leitura e de escrita para além da alfabetização.
Neste ponto a autora passa a expor as definições de letramento de alguns autores mencionados como: Soares, que apresenta a visão de que o grau de letramento de um sujeito dar-se as oportunidades que teve participando das práticas sociais do meio que encontra-se inserido, já Terzi, segundo a autora apresenta uma definição interessante, pois traz como conceito, o letramento abrangendo também os conhecimentos sobre a escrita e sua valorização ficando o sujeito apto a utilizar em diversas situações, com diferentes funções, para atingir diversos fins, participando, assim, de práticas diversas de leitura e escrita da sociedade.
A análise prolonga-se com a concepção da autora sobre letramento, ela dar a entender que o letramento implica competências e conhecimentos de diversas ordens 
proporcionando o uso da leitura e escrita em múltiplas situações precocemente desde que haja estímulos no contexto social. Neste sentido ela conclui o seu conceito ressaltando a importância da escola para ampliar o grau de letramento dos sujeitos que não tem as oportunidades de letramento no ambiente externo ao escolar. O que me faz concordar com ela, pois em grande maioria, os sujeitos devido a fatores múltiplos são privados de se apoderar de um letramento preciso, e esta falta de oportunidades pode refletir em seu processo de assimilação da linguagem oral e escrita interferindo até mesmo negativamente na sua alfabetização.
No tópico seguinte intitulado de: Práticas letradas e eventos de letramento, a autora inicia a sua abordagem referindo-se que as práticas sociais e eventos de letramento, são essenciais e eficazes para concretizar estas práticas letradas, principalmente para as crianças pequenas antes da alfabetização. A autora traz de forma lacônica a exposições de diversos autores que apontam nas práticas discursivas orais uma forma da escrita ganhar sentido para as crianças pequenas, principalmente nas conversas sobre a escrita e a leitura, sobre seus usos e signos, e nos jogos internacionais e de faz de conta, fundamentais no desenvolvimento do letramento. 
Também é importante considerar quando a autora refere-se que o desenvolvimento da linguagem escrita e do processo de letramento de uma criança tem ligação direta com o grau de letramento da família e dos grupos sociais em que esta inserida, se vive em um contexto letrado só terá benefícios no seu letramento será certamente prazeroso e recompensador e passara a se tornar rotineiro. A autora cita que segundo mostra Mayrink-Sabinson (1998), é o adulto quem atribui um interesse por parte da criança à escrita, ao realçar, ressaltar, enfatizar seus gestos ou falas sobre a escrita e a leitura. Como, por exemplo, ao interpretar como tentativas de escrita e de leitura seus gestos de, respectivamente, grafar garatujas no canto de desenhos, passar o dedo sob palavras e/ou pronunciar sons com entonação diversa da fala diante de um livro. Daí exemplifica para finalizar o tópico com um caso de uma criança de 4 anos que lê um jornal e ao ser que questionado sobre o que lê passa do dedo sobre as letras tentando mostrando o titulo e interpretando os signos a sua maneira tentando associar o som do que lê ao que esta escrito. A autora nos coloca na posição de refletir sobre importância da promoção um ambiente estimulador e de atividades que favoreceram a relação entre letramento e alfabetização, tendo como prioridades a valorização das experiências das crianças em atividades expressivas, onde leitura e escrita apresentam cunho social, pois certamente a criança/sujeito que não se apoderar destas práticas ficara desfavorecido entre os demais que a obtiveram. O letramento esta em toda parte, porém nem sempre existe a concepção sobre isso é preciso que alguém a mostre e diga que o mundo que esta a sua volta é um mundo letrado.
Interações em torno da escrita, neste tópico a autora aborda : Usos e funções da escrita como foco, usando ou não, de fato, a escrita descreve casos e situações sobre como a criança pequena faz os primeiros usos da escrita ou de algum material relacionado à escrita/leitura iniciando esse processo através de imitação das praticas verbais e não verbais do adulto no dia a dia. Daí a autora específica que a criança imita o adulto a usar o telefone, ao imitar o adulto lendo e escrevendo, enfim elas são observadoras, daí as ações observáveis de ler e escrever são adicionadas, ela ira raciocinar sobre a língua escrita e formular hipóteses.
A autora neste ponto passa a descrever exemplos de eventos de letramento do seu acervo pessoal incluindo episódios familiares ou relatados oralmente por outros pesquisadores. Relatos estes bastantes interessantes, podendo-se notar que os relatos são exemplos de crianças que convivem desde muito pequena em um ambiente favorável e envolvidas com os mais diversos eventos de letramento fica claro em seus relatos que crianças que vivem em contextos letrados têm mais facilidade de compreensão do mundo e de entendimento.
Conviver em contextos de letramento é fundamental e faz a diferença em crianças desde cedo estimuladas quando mais nos comunicarmos com esta criança, conversando, cantando, contando histórias, lendo diversos gêneros textuais, brincando, oralizando, mais letrada ela ficará. Nesse ponto a autora ressalta que No caso das crianças pequenas, esse tipo de evento de letramento relativo aos usos e funções da escrita aparece muito em torno das brincadeiras, do faz de conta remetendo-se a situações do dia a dia que incluem a escrita, como tomarnota, preencher fichas, cheques, listar, olhar a lista telefônica, ao brincar de casinha, de hospital, de mercado. As crianças recriam, no brincar, o mundo que vivenciam em casa, na rua, na escola, nos espaços em que transitam, como lojas, clínicas, supermercados, e incorporam, desde que disponibilizados, os adereços e materiais que compõem esses espaços, recriando situações que neles ocorrem.
 Daí a autora inicia sua exposição sobre: Ações de ler e escrever focando os usos e funções da escrita, ela não deixa de envolver ações de ler e escrever das crianças em seus usos rituais da escrita e leitura em contexto de letramento emergente. O letramento se desenvolve em meio a trocas e vivências. Isso significa perceber que a expressão está diretamente ligada com o sócio-cultural ao qual a criança esta inserida. A autora enfatiza que nos eventos de letramento, as ações de ler e escrever podem se dar de modo autônomo, a criança pode gerar as suas hipóteses e a produção escrita ser realizada por intermédio de um outro alfabetizado adulto ou criança maior. Desse modo a criança pequena pode observar esse aproximar da escrita convencional como especifica a autora.
Na sua escrita a autora direciona o leitor a uma observação sistemática ao escritos das crianças, orientando a observar que com frequência as crianças fazem pequenos escritos e garatujas imitando a escrita cursiva que observa no ato de outros. Novos relatos são dados pela autora mostrando a capacidade de crianças em eventos de letramento em interações lúdicas ou cotidianas em casa ou na escola dando-nos a noção de que podemos dizer que a criança lê sem saber ler. 
Outro exemplo que a autora cita muito frequente entre os pequenos é a leitura logográfica, que é o reconhecimento visual de certas atributos da palavra, como cor, forma, entorno e outras pistas contextuais como a leitura de logomarcas, rótulos, etiquetas, títulos estilizados de filmes, Essas ações de leitura e escrita autônomas, exercidas pelas crianças ainda que de modo não convencional são abordadas amplamente pela autora. Nesse sentido, a criança vai se constituindo com o que vai se identificando dentro de seu meio social. Outra forma citada no artigo de ação de leitura e de escrita que aparece em eventos de letramento abordado de crianças pequenas, bem como de adultos não alfabetizados, é a ação de leitura e de escrita com apoio, ou seja na visão da autora, uma pessoas já alfabetizada lê e escreve para a criança ou adulto não alfabetizado fazendo esse papel de leitor e escriba contribuindo assim para o desenvolvimento do sujeito, pois mesmo antes de saber ler e escrever, antes de dominar o sistema de escrita, as crianças são produtoras de textos ainda que de forma oral certamente quando forem alfabetizadas, esse aprendizado de produção oral contribuirá para a produção de textos bem estruturados como frisa a autora. 
Infelizmente essa ainda é uma pratica que muitos educadores não adotam simplesmente ficam nas superadas atividades de pontilhismo e estudo de letras soltas em vez de proporcionar as crianças eventos de letramento concretos e diversificados auxiliando-os de forma eficaz, principalmente para aquelas crianças que não tem ou pouco tem fora do ambiente escolar estes eventos de letramento. É provado através de estudos que o contato com textos principalmente as histórias infantis que as crianças começam a aprender sobre a escrita e seus aspectos discursivos, eventos de letramento com palavras e textos como cartas, relatos, receitas, narrativas etc, como relata a autora estas são práticas bastante importantes no letramento e alfabetização das crianças elas acabam se familiarizando com a escrita e passam a narrar o que já sabem desses escritos.
Complementado seus escritos a autora faz uma excelente abordagem sobre As próprias práticas e ações de leitura e escrita como foco, mas não produzindo, de fato, leitura e escrita: relatos interessantes de situações ocorridas com crianças pequenas são descritos por ela os quais considerei bastante curiosos, inteligentes e divertidos estes relatos dar- se as justificativas dadas pelas crianças em situações inusitadas em envolvem as suas concepções de leitura e escrita.
Complementado a resenha a autora aborda o tópico: Constituição de quaisquer elementos do sistema alfabético como merecedores de atenção e interesse: ela considera o letramento como um processo que conglomera a alfabetização, e caracteriza os eventos de letramento tanto quanto à escrita como sistema notacional. A curiosidade sobre o sistema de escrita e leitura das crianças deve ser estimulado e aguçado. Ela classifica que os eventos relativos à apropriação do sistema de escrita dizem respeito às situações e interações em torno dos signos da escrita, como as letras, palavras, parte de palavras, relações entre segmentos de fala e segmentos de grafia, direção da leitura, à diferença entre letra e não letras (desenhos, números), dentre outros aspectos. Concluindo, percebi que um ambiente letrado no desenvolvimento de crianças contribui para a futura formação leitora desse sujeito, além de auxiliá-la na alfabetização, e visão de mundo. É, sem dúvida, como cita a autora a função da Educação Infantil abordar e ampliar as oportunidades das crianças participarem de práticas letradas e de eventos de letramento diversos, oferecer materiais, suportes, situações, levantar questões, confrontar opiniões.
Deste modo, quanto mais cedo existir para a criança a relação com os livros e esta compreender o prazer que a leitura produz, maior será a possibilidade de ela tornar-se um adulto leitor. Da mesma forma através da leitura a criança adquire uma postura crítico reflexivo, extremamente relevante à sua formação cognitiva e aprenderá de forma tranquila e prazerosa o que tá iquito aqui.