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ENSINO CLINICO CIRURGIA RESUMO AV2

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ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 
 
 
 SLIDES - Pré-operatório e transoperatório. 
FASE PRÉ OPERATÓRIA 
Tem início no momento em que se identifica a necessidade de uma intervenção cirúrgica e 
termina com a transferência do cliente à mesa cirúrgica. É dividido em: 
 Mediato – do momento que se decide pela cirurgia até 01 dia antes da cirurgia; 
 Imediato – 24 hs antes da cirurgia. 
 
PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO 
Tem por objetivo principal disponibilizar fatores positivos para o ato cirúrgico e estabilizar 
condições que podem interferir na recuperação. É a hora de a enfermagem rever todas as 
dúvidas do paciente. 
 
PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO 
 
Consiste na assistência prestada ao cliente imediatamente antes da cirurgia, geralmente 
24hs antes, e termina na hora da cirurgia. 
 
Objetivos do Pré Operatório 
 Proporcionar melhores condições físicas e emocionais ao sujeito; 
 Minimizar os aspectos negativos sentidos pelo cliente, como ansiedade e medo; 
 Promover orientações ao cliente acerca de todo o período perioperatório. 
 Faz parte da avaliação do cliente no pré operatório a entrevista pré operatória e a visita pré 
operatória de enfermagem. 
 
Processo de enfermagem – Entrevista 
 
 História da Doença Atual (o que levou o paciente a internação) 
 História da doença pregressa (se o mesmo é diabético, hipertenso, tabagista, etilista, 
doenças anteriores, DST, cirurgias realizadas 
 História Social –sua profissão 
 História Familia -estado civil, quantos filhos 
 
 Avaliação clinica geral / especifica. 
 
 Anamnese objetiva cuidadosa 
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 Detecção doenças: Cardiovasculares, pulmonares, renais, hepáticas, endócrinas e 
hematológicas 
 Antecedentes patológicos: cirurgia(s) previa(s), alergias, tabagismo, alcoolismo, uso de 
medicamentos : AAS, AINES, IMAO, anticoagulantes, etc. 
 Exame físico minucioso 
 Exames pré-operatórios “seletivos” 
 Exames “de rotina” em situações especiais 
 Operações de grande porte UTI (creatinina, glicose, ECG, RX tórax) 
 
 
Risco Cirúrgico 
 
Avaliação pré operatória que verifica o estado clínico do paciente, gerando recomendações 
sobre a avaliação, manuseio e risco de problemas em todo o período perioperatório (pré-
operatório). 
 E define o risco cirúrgico que o paciente, o anestesista, o assistente e o cirurgião podem 
usar para tomar decisões que beneficiem o paciente a curto e longo prazo. 
 
 
FINALIDADES DA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA 
 
 Diminuir a ansiedade do cliente; 
 Assistência individualizada; 
 Proporcionar maior segurança; 
 Reduzir riscos de infecção pós-operatória; 
 Facilitar a integração cliente X equipe do CC; 
 Visar a continuidade da assistência prestada; 
 Orientar o cliente e a família quanto a recuperação anestésica e os cuidados pós-
operatórios; 
 Aumentar a confiança; 
 Facilitar o autocuidado. 
 
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATORIO 
 Jejum devido ao uso de drogas anestésicas que atingem a área gastrointestinal. O jejum 
pode ser de 6, 8 ou 12 hs dependendo da anestesia a ser usada; 
 Tricotomia da área a ser operada com o uso de bacteriostáticos como o povidine e a 
clorexidine para antissepsia da pele; 
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 Encaminhar o paciente para o banho pré-operatório com substâncias com pH neutro para 
evitar irritação da pele. Os cabelos podem ser lavados, desde que sejam encaminhados 
secos ao CC; 
 Retirar próteses e adornos do cliente; 
 O cliente deve manter as unhas curtas e sem esmaltes para que seja verificada a perfusão 
periférica; 
 Exercícios respiratórios; 
 Estimular deambulação para evitar estagnação de secreções traqueobrônquicas e melhor 
circulação. 
 Administrar medicação pré-anestésica. 
 
COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO 
1. Assegurar-se da existência de toda documentação do cliente, tais como: 
o Consentimento para a cirurgia; (Nas cirurgias eletivas é obrigatória a assinatura do 
termo de consentimento da cirurgia.). 
o Histórico de enfermagem (entrevista); 
o História médica; 
o Resultados de exames complementares; 
o Avaliação pré-operatória -risco cirúrgico ; 
o Prescrição médica; 
o Prescrição de enfermagem; 
 
CERTIFICAR QUE É O PACIENTE CORRETO E O MEMBRO A SER OPERADO, exemplo MIE. 
2. Analisar o resultado do preparo pré-operatório e das prescrições de enfermagem ; 
3. Observar os efeitos da indicação pré-anestésica ( ou sua não administração); 
4. Averiguar como o cliente passou a noite ou dia caso a cirurgia seja tarde ou noite; 
5. Checar remoção de prótese, grampos de cabelo, adornos, lentes de contato, bolas de 
chicletes, esmaltes, roupas de fácil combustão, etc.; 
6. Observar o preparo da área cirúrgica; 
7. Aferir a existência e a funcionalidade dos sistemas de infusão endovenosa e drenagem, o 
horário da última micção e da última ingestão de alimentos líquidos. 
 
 
ASA – CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES FÍSICAS 
 
ASA 1 - Paciente saudável normal; 
ASA 2 - Paciente com discreta doença sistêmica; Ex: diabetes e hipertensão. 
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ASA 3 - Paciente com doença sistêmica severa que limita a atividade, mas não é 
incapacitante; Ex: ins. cardíaca, taquicardia. 
ASA 4 - Paciente com doença sistêmica severa que seja uma constante ameaça à vida; 
Ex; câncer. 
ASA 5 - Paciente sem expectativa de sobrevida nas 24 hs com ou sem cirurgia; Ex: TCE 
grave. 
ASA 6 - Paciente declarado com morte cerebral. 
 
Preparo pré-operatório especial 
 
 Pacientes com H.A.S. 
 PA ideal < 140/90mmHg. 
 PA aceitável: PAS < 180mmHg e PAD < 110mmHg 
 Evitar ajustes nas doses de hipotensores nos dias que antecedem a operação 
 Pacientes assintomáticos: iniciar o tratamento após a operação 
 
 SLIDES - Classificação das cirurgias 
 
Classificação das Cirurgias 
 
 Cirurgia eletiva: Tratamento cirúrgico proposto cuja realização pode aguardar, podendo ser 
programada. 
Ex: cirurgias plásticas (mamoplastia), colelitíase, varizes de MMII. 
 
 Cirurgia de urgência: Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado 
dentro de 24 a 48 horas. 
Ex:apendicectomia. 
 
 Cirurgia de emergência: Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de 
uma situação crítica “salvar a vida”. 
Ex:Ferimento por arma de fogo (hemorragias graves com repercussão hemodinâmica). 
TCE, Trauma de tórax, Trauma de abdome (abdome agudo), apendicite supurada, peritonite, 
fraturas expostas. 
Classificação segundo o potencial de contaminação da cirurgia: relacionado com a 
flora microbiana do tecido e as falhas técnicas. 
 Cirurgia Limpa: Eletiva, com cicatrização de primeira intenção, sem drenos, não 
traumática. 
Cirurgias realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de 
processo infeccioso e inflamatório e sem falhas técnicas grosseiras. 
Cirurgias que não ocorrem penetrações no trato digestivo 
Ex: artroplastia de quadril, mamoplastia, revascularização do miocárdio, herniorrafias. 
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 Cirurgia potencialmente contaminada: Realizada em tecidos colonizados por flora 
microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação; 
o Na ausência de processo infeccioso; 
o Falha técnica discreta no transoperatório; 
o Cirurgias com drenagem aberta; 
o Ocorre penetração nos tratos digestivo, sem contaminação significativa. 
Ex: Gastrectomia, colecistectomia, intestino delgado, amigdalectomia, feridas
traumáticas com ação cirúrgica até 10h. 
 
 Cirurgia contaminada: Realizada em tecidos colonizados por flora bacteriana abundante 
de difícil descontaminação, ou impossível de ser feita; 
o Todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira; 
o Na ausência de supuração local: presença da inflamação aguda na incisão e ou 
grande contaminação do tubo digestivo 
Ex: Cirurgia de cólon, feridas traumáticas com atendimento após 10h. 
 
 Cirurgia infectada: Realizada em qualquer tecido ou órgão em presença de processo 
infeccioso (supuração local) ou tecido necrótico. 
Ex: Nefrectomia com abscesso, cirurgia do reto e ânus com secreção purulenta 
(hemorreidectomia). 
 
 
 SLIDES – Anestesia 
Definição - Privação mais ou menos completa da sensibilidade geral, ou da sensibilidade 
de um órgão em particular, produzida por um agente anestésico – bloqueio do cal de Na+ na 
despoliarização, não há sinapse. 
o Anestesia local – É empregada para procedimentos menores nos quais o local 
cirúrgico é infiltrado um anestésico local. 
Ex. Retirada de processo verrugar no quirodáctilo E. Ex: xilocaína a 2%. 
 
o Anestesia regional – Perda reversível da sensação quando um anestésico local 
é injetado para bloquear ou anestesiar as fibras nervosas que levam a dor até o 
cérebro. Entre elas estão a raquianestesia, anestesia peridural e o bloqueio de 
nervos periféricos. 
Pode ser aplicado em plexo braquial, plexo mandibular, plexo coxo-femural, 
Lidocaína, bupivacaína anestia da medula (meninges) 
Raquianestesia ou peridural - Ex: cesariana, apedicectomia , colecistectomia, 
cirurgias ortopédicas fechadas; Herniorrafia; 
 
o Anestesia geral – É um estado de inconsciência reversível caracterizado por 
amnésia, analgesia, depressão dos reflexos, relaxamento muscular (voluntário ou 
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involuntário) e manutenção dos sistemas e funções fisiológicas com a 
combinação de drogas EV e/ou inalatórias. Ocorre o bloqueio dos canais de 
sódio em todo corpo. Ex: endovenoso – propofol, tiopental. 
 
o Gasosos - halotano, isoflurano, sevoflurano, oxido nitroso. 
 
Analgesia - É a perda da sensibilidade dolorosa com o uso dos opióides no córtex cerebral 
e medula Ex: tramal utilizado para dor lombar. 
Medicação Pré-Operatório. 
O objetivo da medicação é sedar o paciente para diminuir ansiedade. Pode ser: 
 Sedativos e Ansioliticos: Sedam o paciente e reduzir a ansiedade; alprazolam,olcadil, 
clonazepan, diazepam; 
 Tranquilizantes: flurazepam, lorazepam, nitrazepam; 
 Analgésicos ou narcóticos: Morfina, dimorf tramaldol, propofol; 
 Antieméticos: Dramim, Bromoprida, plasil; 
 Inibidores de prótons (omeprazol): Diminuir a produção de ácido gástrico e a acidez 
dos conteúdos estomacais (bloqueadores dos receptores H2). 
 
 
 
MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA. 
 
Cuidados: 
 Antes de administrar a medicação pré anestésica todas as perguntas do paciente 
referentes a cirurgia e a anestesia devem ser respondidas; 
 Checar se o consentimento para a cirurgia foi assinado; 
 Todo o preparo deve ser realizado; 
 Deve ser administrada de 30 à 90 min antes da cirurgia. 
 
 
TIPOS DE ANESTESIAS 
 
Anestesia local – é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é 
infiltrado um anestésico local.Ex: retirada de processo verrugar. 
Anestesia regional – perda reversível da sensação quando um anestésico local é injetado 
para bloquear ou anestesiar as fibras nervosas que levam a dor até o cérebro. Entre elas estão a 
raquianestesia, anestesia peridural e o bloqueio de nervos periféricos. 
Anestesia geral – é um estado de inconsciência reversível caracterizado por amnésia, 
analgesia, depressão dos reflexos, relaxamento muscular(voluntário ou involuntário) e 
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manutenção dos sistemas e funções fisiológicas com a combinação de drogas EV e/ou 
inalatórias. 
 
ANTES DA CIRURGIA 
Será feito: 
 Monitorização cardíaca (C) 
 Oximetria de pulso (C) 
 Pressão-não invasiva 
 Acesso venoso para soroterapia 
 SF 0.9% 500 ml endovenosa 
 Oxigenoterapia com macronebulização 
 O2 a 6 litros/min 
POSIÇÃO PARA RAQUIANESTESIA OU ANESTESIA PERIDURAL 
O paciente pode ficar sentado abraçando os joelhos ou deitado com os joelhos flexionados 
e o queixo encostado no peito, o mais próximo possível dos joelhos. O espaço para punção se 
localiza entre L4 e L5. O anestesia deve realizar a degermação das mãos, seguida de 
paramentação completa, evitando a contaminação do líquor. 
 
ANESTESIA GERAL 
Medicações aplicadas via venosa que provocam inconsciência analgesia e imobilidade. O 
paciente será submetido à entubação orotraqueal e oxigenado por um ventilador mecânico, que 
também administrará gases anestésicos. 
A anestesia geral pode ser dividida em 3 partes: indução, manutenção e emergência. 
 A indução começa com a administração de agentes anestésicos e continua até 
que o paciente esteja pronto para a incisão cirúrgica. 
 A fase de manutenção continua a partir desse ponto e vai até próximo do término 
da cirurgia, podendo ser usadas drogas inalatórias ou EV. 
 A emergência tem início quando o paciente começa a emergir da anestesia e 
termina quando ele encontra-se pronto para deixar a Sala de Operação. 
 
ANESTESIA GERAL 
 
Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte. 
 Cabeça (neurocirugia) 
 Pescoço (tiroidectomia) 
 Abdome superior, entre elas: 
o Gastroplastia 
o Gastrectomia, 
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o Enterectomia, 
o Abdominoplastia, 
o Mamoplastia, hepatectomia no transplante 
 
TIPOS DE ANESTESIA GERAL 
 
Venosa: Anestesia obtida pela injeção de anestésicos numa veia do paciente. Atinge diretamente 
a corrente sangüínea e em seguida alcança o cérebro, onde o anestésico realiza sua ação 
principal. 
Ex: Ketamina, Thiopental, propofol a 1%. 
Inalatória: Anestesia feita pela inalação de gases e vapores anestésicos através das vias aéreas. 
Nos pulmões, o anestésico é absorvido pela corrente sangüínea e daí atinge o cérebro. 
Ex: sevoflurano, halotano, isoflurano, oxido nitroso 
 
 Slides: Recuperação no pós anestésico. 
ESCALA DE ALDRETE E KROULIK 
 ATIVIDADE 
 2: Movimento voluntário de todas as extremidades. 
 1: Movimento voluntário de duas extremidades apenas. 
 0: Incapacidade de se mover. 
 
 RESPIRAÇÃO 
 2 : respiração profunda e tosse. 
 1 : dispnéia, hipoventilação. 
 0 : apnéia. 
 
 CIRCULAÇÃO 
 2 : PA normal ou até 20% menor que no pré-anestésico. 
 1 : PA em 20 a 50 % menor que no pré-anestésico. 
 0 : PA igual ou inferior a 50 % dos valores pré-anestésicos. 
 
 CONSCIÊNCIA 
 2 : Totalmente desperto 
 1 : Desperta quando chamado 
 0 : Não responde 
 SATURAÇÃO 
 2 : capaz de manter em ar ambiente Sat O2> 92 %. 
 1 : necessidade de suplementação de oxigênio para manter Sat O2 > 92 %. 
 0 : Sat O2 < 90 % apesar da suplementação de oxigênio. 
 
O paciente terá alta quando tiver quantitativo igual ou superior a 7 pontos. 
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HIPERTERMIA MALIGNA 
A hipertermia maligna (HM) é uma afecção hereditária e latente, caracterizada 
classicamente por uma síndrome hipermetabólica em resposta à exposição aos anestésicos 
voláteis (halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano e desflurano) e/ou succinilcolina. 
A HM surge a qualquer momento durante ou após a anestesia, tendo sido descrita a sua 
ocorrência até 6 horas após a interrupção da exposição ao agente desencadeante.
Em condições normais, os níveis de Ca++ no mioplasma são controlados pelo receptor 
rianodina do retículo sarcoplasmático, o receptor di-hidropiridina do túbulo transverso e pelo 
sistema Ca++-adenosina trifosfatase (Ca++-ATPase). 
Na crise de HM, o desarranjo da homeostase intracelular do Ca++ desencadeia 
hiperatividade contrátil, hidrólise do ATP, hipertemia, aumento do consumo de O2, produção de 
CO2 e ácido lático, desacoplamento da fosforilação oxidativa, lise celular e extravasamento do 
conteúdo do citoplasma. 
É o aumento de Ca+ nas fibras musculares que provoca contrações musculares, assim 
aumentando a temperatura. 
É uma intoxicação após a cirurgia. 
Tratamento: Ofertar O² e administrar anto-termico sob prescrição médica (Novalgina 10mg 
+ 10 ml de H²O destilada. EV. 
 
 Slide Esterilização e Assepsia 
LEGISLAÇÃO 
 RDC nº 307 de 14/11/02 – ANVISA – Dispõe sobre regulamento técnico, 
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde. 
 
 RDC nº 50 de 21/02/02 – ANVISA Dispõe sobre regulamento técnico, 
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde. 
 
 RDC nº 306 de 07/12/04 – ANVISA Gerenciamento de Resíduos de serviços de 
saúde. 
 
 Portaria nº 482 de 16/04/99 – Dispõe sobre uso e instalação de ETO. 
 
 RDC nº 30 de 15/02/06 – registro, rotulagem e re- processamento de produtos 
médicos, e dá outras providências. 
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 Portaria nº 15 de 23/08/88 – Dispõe de regulamento para registro de produtos 
saneantes domissanitarios e afins, com ação antimicrobiana. 
 
 Resolução SS – nº 374 de 15/12/95 – Dispõe sobre procedimentos em CME. 
 
 Resolução SS – nº 392 de 29/06/94 - Dispõe sobre procedimentos em CME. 
 
 Lei nº 6514 de 22/12/77 – Dispõe sobre segurança no trabalho. 
 
 Portaria nº 3214 de 08/06/78 - Dispõe sobre segurança no trabalho. 
 
 Portaria nº 2616 de 12/05/98 – Dispõe sobre Diretrizes e Normas para prevenção e 
controle das infecções hospitalares. 
 
 Treinamento de todos os profisionais de saúde do hospital pela educação 
continuada; 
 
 RDC nº 48 de 02/06/00 – Roteiro de Inspeção do PCIH – ANVISA 
 
 Roteiro de Inspeção – INAISS - ANVISA 
 
ESTRUTURA FISICA 
Central de Esterilização: quem não trabalha na CME, não imagina quão complexo sejam 
suas atividades. Sua essência consiste em promover materiais livres de contaminação para 
serem utilizados nos diversos procedimentos em pacientes internados no Hospital ou atendidos 
nas Unidades de Saúde. 
Neste serviço os materiais são lavados, preparados, acondicionados, esterilizados e 
distribuídos para todas as unidades. 
A informatização da CME agiliza os controles diários, desde a etiqueta até a informação de 
todos os materiais processados, necessitando de profissionais habilitados. 
O ponto de destaque nesse Serviço, é o trabalho em equipe atuando com qualidade em 
todas as etapas do trabalho. 
LIMPEZA 
É o primeiro passo para o processamento de artigos, e esta intimamente ligada a qualidade 
final do processo, o principal fator que reduz até 4 log de organismos contaminantes. Quanto mais 
limpo estiver o artigo, menores as chances de falhas na esterilização. 
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A limpeza pode ser desenvolvida através de métodos manuais ou mecânicos. 
Equipamentos para limpeza: 
 Lavadora ultra-sônica 
 Lavadora esterilizadora 
 Lavadora desinfectadora 
LIMPEZA MANUAL 
É o procedimento realizado manualmente, onde a sujidade é removida por meio da ação 
física com auxilio de detergente, água e artefatos como esponja e escova. (Manual do MS/94, SS-
374/95, Manual de Instituto de Beleza,Acupuntura, etc estabelecimentos afins, 1994) 
LIMPADORES ENZIMÁTICOS 
São compostos basicamente por enzimas, surfactantes e solubilizantes. A combinação 
balanceada desses elementos faz com produto possa remover a matéria orgânica do material em 
curto período de tempo. Soluções enzimáticas apresentam excelente ação de limpeza, mas não 
possuem atividade bactericida e bacteriostática. Enzimas são substâncias produzidas por células 
vivas e que governam as reações químicas do processo. Uma vez produzidas pelas células, uma 
enzima pode ser isolada e irá manter suas propriedades catalíticas, se determinadas condições 
forem mantidas na sua fabricação. 
As enzimas são classificadas em três maiores grupos funcionais dependendo do tipo de 
substrato que irão afetar: proteases, lípases e amilases que atuam em substratos protéicos, 
gorduras e carboidratos, os quais tendem a solubilizar-se e desprender dos artigos. 
Atualmente recomenda-se a limpeza de artigos de configuração complexa para garantir a 
limpeza. 
DESINFECÇÃO 
É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos artigos, com exceção 
de esporos bacterianos, por meios físicos ou químicos. 
Níveis de desinfecção: 
 Alto nível: Destrói todos os microrganismos com exceção a alto número de esporos 
=> Glutaraldeído 2% - 20 – 30 minutos. Indicação: área hospitalar preferencialmente. 
 
 Médio nível: Elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus, fungos e 
micobactérias =>Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. Indicação: para UBS, creche, 
asilos,casa de repouso. 
 
 Baixo nível: Elimina a maioria das bactérias, algumas vírus e fungos, mas não 
elimina micobactérias =>Hipoclorito de sódio 0,025% Indicação:nutrição. 
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ARTIGOS 
 Compreendem instrumentos de naturezas diversas utilizados na assistência médico 
hospitalar, compreendendo materiais ou instrumentais cirúrgicos, utensílios de refeição, 
acessórios de equipamentos, materiais de assistência respiratória e outros. 
Definição de Artigos: 
 Artigos críticos – São aqueles que penetram através da pele e mucosas, atingindo 
os tecidos sub-epiteliais, sistema vascular, bem como todos os que estejam 
diretamente conectados com este sistema. Ex:equipo de soro, bisturi,agulhas, 
pinças de biopsia. 
 Artigos semi - críticos – São todos aqueles que entram em contato com a pele não 
íntegra ou com mucosas íntegras. Ex: especulo vaginal e otoscopio, alicate (pode 
ser critico), termômetro. 
 Artigos não críticos - São todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra 
do paciente Ex: escovas,lixas, estetoscópio, termômetro. 
 Manual MS 1994 
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS 
TIPO DE MATERIAL TIPO DE LIMPEZA 
Material crítico entra em contato com 
vasos sanguíneos ou tecidos livres de 
microorganismos. Ex: instrumental 
 
Esterilização 
Material semi-crítico entra em contato 
com mucosa ou pele não íntegra. Ex: 
inaladores 
 
Desinfecção 
 
Material não crítico entra em contato 
com pele íntegra. Ex: comadre 
 
Limpeza 
 
 
AUTOCLAVE - Vapor Saturado sob Pressão 
 Vapor saturado sob pressão – 121 à 135 °C 
 Artigos termorresistentes 
 Volume total da câmera não deve exceder em 80% 
 
 
ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 
 
INDICADORES QUÍMICOS 
 Classe 1: Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração 
quando exposto a temperatura. 
 
 
 
 
 Classe 2: Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do sistema de vácuo da 
autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1º ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 min sem 
secagem. 
 
 
 
 
 Classe 3: Controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida. 
 
 
 
 
 Classe 4: Indicador multiparamétrico: controla
a temperatura e o tempo necessários 
para o processo. 
 
 
 
 Classe 5: integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor. 
 
 
 
 Classe 6: Intervalo de confiança maior que classe 5. 
 
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Slide - Cirurgia Bariátrica e Assistência de enfermagem 
 
Indicações para cirurgia Bariátrica 
 Indivíduos que apresentem IMC ≥ 50Kg/m2; 
 
 Indivíduos que apresentem IMC≥40Kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso 
no tratamento clínico longitudinal realizado, na Atenção Básica e/ou na Atenção 
Ambulatorial Especializada, por no mínimo dois anos e que tenham seguido 
protocolos clínicos; 
 
 Indivíduos com IMC>35kg/m2 e com comorbidades, tais como pessoas com alto 
risco cardiovascular, diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil 
controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas, sem sucesso no 
tratamento clínico longitudinal realizado por nomínimo dois anos e que tenham 
seguido protocolos clínicos. 
Os seguintes critérios devem ser observados: 
 Indivíduos que não responderam ao tratamento clínico longitudinal, que inclui 
orientação e apoio para mudança de hábitos, realização de dieta, atenção 
psicológica, prescrição de atividade física e, se necessário, farmacoterapia 
,realizado na Atenção Básica e/ou Atenção Ambulatorial Especializada por no 
mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos; 
 
 Respeitar os limites clínicos de acordo a idade. Nos jovens entre 16 e 18 anos, 
poderá ser indicado o tratamento cirúrgico naqueles que apresentarem o escore z 
maior que + 4 na análise do IMC por idade, porém o tratamento cirúrgico não deve 
ser realizado antes da consolidação das epífises de crescimento. Portanto, a 
avaliação clínica do jovem necessita constarem prontuário e deve incluir: a análise 
da idade óssea e avaliação criteriosa do risco-benefício, realizada por equipe 
multiprofissional com participação de dois profissionais médicos especialistas na 
área. Nos adultos com idade acima de 65anos, deve ser realizada avaliação 
individual por equipe multiprofissional, considerando a avaliação criteriosa do risco-
benefício, risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e 
benefícios do emagrecimento; 
 
 
 O indivíduo e seus responsáveis devem compreender todos os aspectos do 
tratamento e assumirem o compromisso como segmento pós-operatório, que deve 
ser mantido por tempo a ser determinado pela equipe; 
ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 
 
 Compromisso consciente do paciente em participar de todas as etapas da 
programação, com avaliação pré-operatória rigorosa (psicológica, nutricional, clínica, 
cardiológica, endocrinológica, pulmonar, gastroenterológica, anestésica). 
INDICAÇÕES 
IMC > 40 kg/m² 
IMC > 35 e < 40 kg/m² com comorbidades 
 
TIPOS DE CIRURGIAS BARIATRICAS 
 Bypass gástrico 
 Foi considerado o método de eleição por ter apresentado melhores resultados na 
produção de hormônios que ajudam a melhorar o quadro de diabete. Nessa técnica, o estômago é 
grampeado e o intestino é desviado. 
 
 Técnicas Referendadas – Restritivas 
o Mistas 
 Com maior componete restritico (Derivações gástricas) 
Primeiro, por meio de um grampeador, o estômago é dividido em duas partes, limitando a 
quantidade de alimento que pode ser ingerida. O segmento inicial, do tamanho de uma xícara de 
café, é ligado diretamente ao intestino, que também foi seccionado em sua porção inicial. O 
segmento restante, formado pelo estômago, duodeno e início do intestino delgado é unido 
lateralmente ao próprio intestino, formando o Y. Dessa forma, o alimento passa por um pequeno 
segmento de estômago e então vai diretamente para o intestino sem ter sofrido a fase inicial da 
digestão. 
 Derivação gástrica por vídeo-laparostomia 
A maior vantagem da via laparoscópica é a redução da morbidade operatória. Comparada 
à laparotomia, essa via é significativamente menos invasiva, podendo portanto, reduzir a 
morbidade e tempo de recuperação pós-operatória. 
 Com maior componente disabsortivo (Derivações Bilio-pancreaticas) 
Consiste em uma ressecção (retirada) de dois terços do estômago em seu eixo vertical 
transformando-o em um tubo afilado (semelhante ao Sleeve), seguida de um desvio intestinal 
ampliado, deixando uma área aproximada de um terço da área total de absorção de nutrientes. 
 
 
 
ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 
 
 Gastrectomia Vertical ou Sleeve 
 Consiste na retirada de dois terços do estômago em seu eixo vertical transformando-
o em um tubo afilado 
 
Slides - PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM CIRURGIA 
A necessidade de reduzir e controlar as taxas de infecção gera a aplicação de medidas 
preventivas, educacionais e de controle epidemiológico que visam, mediante um processo de 
conscientização coletiva, conter a infecção dentro de limites aceitáveis. 
Em abril de 1999 o CDC (Centers for Disease Control) publicou um consenso em 
prevenção de infecção do sítio cirúrgico no qual são enfatizado os seguintes itens: 
 
1) PRÉ-OPERATÓRIO: 
a) Paciente 
 Quando for possível, identificar e tratar todas as infecções a distância do sítio 
cirúrgico antes de uma cirurgia eletiva e adiar as cirurgias eletivas em pacientes com 
infecções a distância até que a infecção esteja resolvida 
 Evitar tricotomia, quando necessária deve ser feita com aparador de pêlos elétrico 
(tricotomizador) e não com lâmina. A tricotomia deve ser feita imediatamente antes 
da cirurgia. 
 Controlar a taxa de glicose, evitando hiperglicemia no pré-operatório. 
 Encorajar o paciente a parar de fumar ao menos nos 30 dias prévios a cirurgia 
(cigarro, charuto, cachimbo, ou qualquer outra forma de consumo de tabaco . 
 O paciente deve tomar banho com um agente anti-séptico (PVP-I ou Clorexidina 
degermante), ao menos na noite anterior ao dia da cirurgia. 
 Lavar e limpar a pele do sítio cirúrgico, para remover a contaminação grosseira, 
antes de realizar a anti-sepsia propriamente dita. 
 Usar um agente anti-séptico na preparação da pele. 
o Degermação: PVP-I degermante ou clorexidina degermante 2% ou 4%. 
o Anti-sepssia: clorexidina alcoólica 0,5% ou PVP-I alcoólico em círculos, 
começando desde a área proposta da incisão cirúrgica para a periferia. 
o Obs. 
 Utilizar o mesmo princípio ativo da degermação (ex. PVP-I degermante 
seguido de PVP-I alcoólico); 
 Utilizar solução aquosa em mucosas 
 Em caso de colonização por MRSA ou alergia a iodo, utilizar a 
clorexidina; 
ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 
 
 A anti-sepsia da pele deve ser extensa o suficiente para permitir a colocação de 
dreno ou estender a incisão. 
 O tempo de internação pré-operatório deve ser o mínimo necessário. Idealmente o 
paciente deve ser internado na manhã da cirurgia ou no dia anterior. 
b) Equipe cirúrgica: 
 Manter as unhas curtas. Limpar embaixo das unhas, antes da primeira lavagem das 
mãos do dia e não usar unhas artificiais 
 Não usar jóias nas mãos ou antebraços 
 Não utilizar unhas postiças 
 Realizar escovação pré-operatória das mãos até os cotovelos, num mínimo de 2 a 5 
minutos, usando um anti-séptico apropriado (PVP-I ou Clorexidina degermante). 
Após a escovação, manter os cotovelos flexionados com as mãos para cima e 
afastadas do corpo, para que a água escorra dos dedos para o cotovelo. Secar as 
mãos com toalha estéril e vestir o capote e luvas estéreis. 
 Quando apresentar sinais ou sintomas de doenças infecciosas transmissíveis, o 
profissional de saúde deverá se reportar ao serviço de saúde do trabalhador
 Não levar objetos pessoais (pastas, bolsas) para dentro da sala cirúrgica. 
 Quando apresentar lesões exsudativas de pele, o profissional de saúde deverá ser 
afastado, até que infecção seja afastada ou seja resolvida após inicio de terapia 
adequada. 
 Não afastar rotineiramente o pessoal cirúrgico colonizado por S. aureus (nariz, 
mãos, ou outro sítio) ou Streptococcus do grupo A, a não ser que tenha sido 
demonstrada transmissão do microrganismo no hospital. 
c) Profilaxia antimicrobiana: 
 Administrar antibiótico profilático, quando indicado, e baseando-se na eficácia desse 
antimicrobiano contra os patógenos comumente associados com infecção na cirurgia 
específica. 
 Administrar o antimicrobiano via venosa na indução anestésica ou 30 min (nunca 
mais de 2 horas) antes da incisão cirúrgica, de forma tal que atinja concentrações 
bactericidas no soro e tecidos no momento da incisão cirúrgica e mantê-lo por 
algumas horas após o fechamento da incisão. 
 Opcionalmente, antes da cirurgia colon-retal, preparar o cólon com o uso de enemas 
e substâncias catárticas. Administrar antibióticos orais, não absorvíveis (neomicina, 
eritromicina ou cefoxitina), em doses divididas, no dia anterior a cirurgia. 
 Para cesárea de alto risco, administrar antibiótico profilático imediatamente após o 
clampeamento do cordão umbilical. 
 Não usar vancomicina na profilaxia cirúrgica. Se vancomicina for usado (somente 
quando indicado pela CCIH), o período de infusão de 1 hora é requerido. 
 Pacientes obesos podem necessitar de doses mais elevadas de antimicrobianos. 
ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 
 
 Considerar dose intra-operatória de antibióticos se o tempo de cirurgia exceder a 
meia vida sérica do agente, em cirurgias com grande perda sangüínea ou em 
pacientes obesos. 
 
2) INTRA-OPERATÓRIA 
a) Centro Cirúrgico 
 Manter pressão positiva da sala cirúrgica em relação ao corredor e as áreas 
adjacentes (movimento do ar da área limpa para a menos limpa). 
 Manter o mínimo de 15 trocas de ar por hora, do qual pelo menos três devem ser de 
ar fresco (externo). 
 Filtrar o ar recirculado e o ar fresco através de filtros apropriados. 
 Introduzir todo o ar pelo teto e a exaustão próxima ao chão. 
 Manter a umidade do ar da sala cirúrgica entre 30% a 60% e temperatura entre 20°C 
e 23°C. 
 Considerar a realização de cirurgia ortopédica com implantes em sala cirúrgica com 
fluxo laminar e filtros HEPA (eficiência de 99,9% de remoção de partículas >= 0,3 
μm), ar “ultralimpo”. 
 Manter a porta da sala cirúrgica fechada, exceto para passagem de equipamentose 
pessoal. 
 Limpar e desinfetar a sala cirúrgica, entre cirurgias e ao final da última cirurgia do 
dia. 
 Não realizar limpeza especial nem optar pela inativação temporária de salas 
cirúrgicas após cirurgias contaminadas ou infectadas. 
 Esterilizar todos os instrumentais cirúrgicos, conforme recomendações do Ministério 
da Saúde. 
 Limitar o número de pessoas na sala cirúrgica ao mínimo necessário. 
 Limitar os movimentos e conversas desnecessárias durante a cirurgia. 
 Usar máscara cirúrgica que cubra completamente a boca e o nariz ao entrar em sala 
cirúrgica e durante toda a cirurgia. 
 Usar touca que cubra por completo os cabelos da cabeça e face quando da entrada 
na sala cirúrgica 
 Trocar a roupa cirúrgica, quando visivelmente suja ou contaminada com material 
biológico. 
 Usar capote cirúrgico e campos estéreis que sejam barreiras efetiva contra a 
penetração de líquidos. 
 Trocar vestimentas e uniformes cirúrgicos que se apresentarem visivelmente sujos, 
contaminados e/ou manchados por sangue ou outro material potencialmente 
infeccioso. 
b) Técnica Cirúrgica 
ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 
 
 Preparar os equipamentos e soluções estéreis imediatamente antes do uso. 
 Aderir aos princípios da assepsia quando da colocação de cateteres vasculares, 
espinhais ou epidurais, ou quando da administração de drogas intravenosas 
 Manipular os tecidos gentilmente, mantendo hemostasia efetiva e minimizando 
tecidos desvitalizados, corpo estranho (suturas, debris necróticos) e espaço morto. 
 Retardar o fechamento primário da pele ou deixar aberta a incisão, para fechamento 
em segunda intenção, se considerar que o sítio cirúrgico está altamente 
contaminado. 
 Se drenos são necessários, usar os com sistema fechado a vácuo e colocá-los em 
incisão separada, distante da incisão cirúrgica. 
 Retirar os drenos tão logo possível. 
3) PÓS-OPERATÓRIA: 
 Lavar as mãos antes e após qualquer contato com o local cirúrgico ou nas trocas 
do curativo. 
 Usar técnica estéril para trocar os curativos. 
 Quando fechada primariamente, a incisão deve ser coberta com curativo estéril por 
24 a 48 horas. Além deste período não há nenhuma recomendação quanto a deixar 
com ou sem curativo ou quanto ao tempo apropriado de banho com uma incisão não 
coberta. 
 Educar o paciente e os familiares a respeito dos cuidados com a incisão e quanto a 
sintomas de infecção, com recomendação de retorno ao hospital quando da 
ocorrência dos mesmos.

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