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ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 SLIDES - Pré-operatório e transoperatório. FASE PRÉ OPERATÓRIA Tem início no momento em que se identifica a necessidade de uma intervenção cirúrgica e termina com a transferência do cliente à mesa cirúrgica. É dividido em: Mediato – do momento que se decide pela cirurgia até 01 dia antes da cirurgia; Imediato – 24 hs antes da cirurgia. PRÉ-OPERATÓRIO MEDIATO Tem por objetivo principal disponibilizar fatores positivos para o ato cirúrgico e estabilizar condições que podem interferir na recuperação. É a hora de a enfermagem rever todas as dúvidas do paciente. PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO Consiste na assistência prestada ao cliente imediatamente antes da cirurgia, geralmente 24hs antes, e termina na hora da cirurgia. Objetivos do Pré Operatório Proporcionar melhores condições físicas e emocionais ao sujeito; Minimizar os aspectos negativos sentidos pelo cliente, como ansiedade e medo; Promover orientações ao cliente acerca de todo o período perioperatório. Faz parte da avaliação do cliente no pré operatório a entrevista pré operatória e a visita pré operatória de enfermagem. Processo de enfermagem – Entrevista História da Doença Atual (o que levou o paciente a internação) História da doença pregressa (se o mesmo é diabético, hipertenso, tabagista, etilista, doenças anteriores, DST, cirurgias realizadas História Social –sua profissão História Familia -estado civil, quantos filhos Avaliação clinica geral / especifica. Anamnese objetiva cuidadosa ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 Detecção doenças: Cardiovasculares, pulmonares, renais, hepáticas, endócrinas e hematológicas Antecedentes patológicos: cirurgia(s) previa(s), alergias, tabagismo, alcoolismo, uso de medicamentos : AAS, AINES, IMAO, anticoagulantes, etc. Exame físico minucioso Exames pré-operatórios “seletivos” Exames “de rotina” em situações especiais Operações de grande porte UTI (creatinina, glicose, ECG, RX tórax) Risco Cirúrgico Avaliação pré operatória que verifica o estado clínico do paciente, gerando recomendações sobre a avaliação, manuseio e risco de problemas em todo o período perioperatório (pré- operatório). E define o risco cirúrgico que o paciente, o anestesista, o assistente e o cirurgião podem usar para tomar decisões que beneficiem o paciente a curto e longo prazo. FINALIDADES DA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA Diminuir a ansiedade do cliente; Assistência individualizada; Proporcionar maior segurança; Reduzir riscos de infecção pós-operatória; Facilitar a integração cliente X equipe do CC; Visar a continuidade da assistência prestada; Orientar o cliente e a família quanto a recuperação anestésica e os cuidados pós- operatórios; Aumentar a confiança; Facilitar o autocuidado. PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATORIO Jejum devido ao uso de drogas anestésicas que atingem a área gastrointestinal. O jejum pode ser de 6, 8 ou 12 hs dependendo da anestesia a ser usada; Tricotomia da área a ser operada com o uso de bacteriostáticos como o povidine e a clorexidine para antissepsia da pele; ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 Encaminhar o paciente para o banho pré-operatório com substâncias com pH neutro para evitar irritação da pele. Os cabelos podem ser lavados, desde que sejam encaminhados secos ao CC; Retirar próteses e adornos do cliente; O cliente deve manter as unhas curtas e sem esmaltes para que seja verificada a perfusão periférica; Exercícios respiratórios; Estimular deambulação para evitar estagnação de secreções traqueobrônquicas e melhor circulação. Administrar medicação pré-anestésica. COMPETÊNCIAS DO ENFERMEIRO 1. Assegurar-se da existência de toda documentação do cliente, tais como: o Consentimento para a cirurgia; (Nas cirurgias eletivas é obrigatória a assinatura do termo de consentimento da cirurgia.). o Histórico de enfermagem (entrevista); o História médica; o Resultados de exames complementares; o Avaliação pré-operatória -risco cirúrgico ; o Prescrição médica; o Prescrição de enfermagem; CERTIFICAR QUE É O PACIENTE CORRETO E O MEMBRO A SER OPERADO, exemplo MIE. 2. Analisar o resultado do preparo pré-operatório e das prescrições de enfermagem ; 3. Observar os efeitos da indicação pré-anestésica ( ou sua não administração); 4. Averiguar como o cliente passou a noite ou dia caso a cirurgia seja tarde ou noite; 5. Checar remoção de prótese, grampos de cabelo, adornos, lentes de contato, bolas de chicletes, esmaltes, roupas de fácil combustão, etc.; 6. Observar o preparo da área cirúrgica; 7. Aferir a existência e a funcionalidade dos sistemas de infusão endovenosa e drenagem, o horário da última micção e da última ingestão de alimentos líquidos. ASA – CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES FÍSICAS ASA 1 - Paciente saudável normal; ASA 2 - Paciente com discreta doença sistêmica; Ex: diabetes e hipertensão. ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 ASA 3 - Paciente com doença sistêmica severa que limita a atividade, mas não é incapacitante; Ex: ins. cardíaca, taquicardia. ASA 4 - Paciente com doença sistêmica severa que seja uma constante ameaça à vida; Ex; câncer. ASA 5 - Paciente sem expectativa de sobrevida nas 24 hs com ou sem cirurgia; Ex: TCE grave. ASA 6 - Paciente declarado com morte cerebral. Preparo pré-operatório especial Pacientes com H.A.S. PA ideal < 140/90mmHg. PA aceitável: PAS < 180mmHg e PAD < 110mmHg Evitar ajustes nas doses de hipotensores nos dias que antecedem a operação Pacientes assintomáticos: iniciar o tratamento após a operação SLIDES - Classificação das cirurgias Classificação das Cirurgias Cirurgia eletiva: Tratamento cirúrgico proposto cuja realização pode aguardar, podendo ser programada. Ex: cirurgias plásticas (mamoplastia), colelitíase, varizes de MMII. Cirurgia de urgência: Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48 horas. Ex:apendicectomia. Cirurgia de emergência: Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma situação crítica “salvar a vida”. Ex:Ferimento por arma de fogo (hemorragias graves com repercussão hemodinâmica). TCE, Trauma de tórax, Trauma de abdome (abdome agudo), apendicite supurada, peritonite, fraturas expostas. Classificação segundo o potencial de contaminação da cirurgia: relacionado com a flora microbiana do tecido e as falhas técnicas. Cirurgia Limpa: Eletiva, com cicatrização de primeira intenção, sem drenos, não traumática. Cirurgias realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e sem falhas técnicas grosseiras. Cirurgias que não ocorrem penetrações no trato digestivo Ex: artroplastia de quadril, mamoplastia, revascularização do miocárdio, herniorrafias. ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 Cirurgia potencialmente contaminada: Realizada em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação; o Na ausência de processo infeccioso; o Falha técnica discreta no transoperatório; o Cirurgias com drenagem aberta; o Ocorre penetração nos tratos digestivo, sem contaminação significativa. Ex: Gastrectomia, colecistectomia, intestino delgado, amigdalectomia, feridas traumáticas com ação cirúrgica até 10h. Cirurgia contaminada: Realizada em tecidos colonizados por flora bacteriana abundante de difícil descontaminação, ou impossível de ser feita; o Todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica grosseira; o Na ausência de supuração local: presença da inflamação aguda na incisão e ou grande contaminação do tubo digestivo Ex: Cirurgia de cólon, feridas traumáticas com atendimento após 10h. Cirurgia infectada: Realizada em qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local) ou tecido necrótico. Ex: Nefrectomia com abscesso, cirurgia do reto e ânus com secreção purulenta (hemorreidectomia). SLIDES – Anestesia Definição - Privação mais ou menos completa da sensibilidade geral, ou da sensibilidade de um órgão em particular, produzida por um agente anestésico – bloqueio do cal de Na+ na despoliarização, não há sinapse. o Anestesia local – É empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é infiltrado um anestésico local. Ex. Retirada de processo verrugar no quirodáctilo E. Ex: xilocaína a 2%. o Anestesia regional – Perda reversível da sensação quando um anestésico local é injetado para bloquear ou anestesiar as fibras nervosas que levam a dor até o cérebro. Entre elas estão a raquianestesia, anestesia peridural e o bloqueio de nervos periféricos. Pode ser aplicado em plexo braquial, plexo mandibular, plexo coxo-femural, Lidocaína, bupivacaína anestia da medula (meninges) Raquianestesia ou peridural - Ex: cesariana, apedicectomia , colecistectomia, cirurgias ortopédicas fechadas; Herniorrafia; o Anestesia geral – É um estado de inconsciência reversível caracterizado por amnésia, analgesia, depressão dos reflexos, relaxamento muscular (voluntário ou ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 involuntário) e manutenção dos sistemas e funções fisiológicas com a combinação de drogas EV e/ou inalatórias. Ocorre o bloqueio dos canais de sódio em todo corpo. Ex: endovenoso – propofol, tiopental. o Gasosos - halotano, isoflurano, sevoflurano, oxido nitroso. Analgesia - É a perda da sensibilidade dolorosa com o uso dos opióides no córtex cerebral e medula Ex: tramal utilizado para dor lombar. Medicação Pré-Operatório. O objetivo da medicação é sedar o paciente para diminuir ansiedade. Pode ser: Sedativos e Ansioliticos: Sedam o paciente e reduzir a ansiedade; alprazolam,olcadil, clonazepan, diazepam; Tranquilizantes: flurazepam, lorazepam, nitrazepam; Analgésicos ou narcóticos: Morfina, dimorf tramaldol, propofol; Antieméticos: Dramim, Bromoprida, plasil; Inibidores de prótons (omeprazol): Diminuir a produção de ácido gástrico e a acidez dos conteúdos estomacais (bloqueadores dos receptores H2). MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA. Cuidados: Antes de administrar a medicação pré anestésica todas as perguntas do paciente referentes a cirurgia e a anestesia devem ser respondidas; Checar se o consentimento para a cirurgia foi assinado; Todo o preparo deve ser realizado; Deve ser administrada de 30 à 90 min antes da cirurgia. TIPOS DE ANESTESIAS Anestesia local – é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico é infiltrado um anestésico local.Ex: retirada de processo verrugar. Anestesia regional – perda reversível da sensação quando um anestésico local é injetado para bloquear ou anestesiar as fibras nervosas que levam a dor até o cérebro. Entre elas estão a raquianestesia, anestesia peridural e o bloqueio de nervos periféricos. Anestesia geral – é um estado de inconsciência reversível caracterizado por amnésia, analgesia, depressão dos reflexos, relaxamento muscular(voluntário ou involuntário) e ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 manutenção dos sistemas e funções fisiológicas com a combinação de drogas EV e/ou inalatórias. ANTES DA CIRURGIA Será feito: Monitorização cardíaca (C) Oximetria de pulso (C) Pressão-não invasiva Acesso venoso para soroterapia SF 0.9% 500 ml endovenosa Oxigenoterapia com macronebulização O2 a 6 litros/min POSIÇÃO PARA RAQUIANESTESIA OU ANESTESIA PERIDURAL O paciente pode ficar sentado abraçando os joelhos ou deitado com os joelhos flexionados e o queixo encostado no peito, o mais próximo possível dos joelhos. O espaço para punção se localiza entre L4 e L5. O anestesia deve realizar a degermação das mãos, seguida de paramentação completa, evitando a contaminação do líquor. ANESTESIA GERAL Medicações aplicadas via venosa que provocam inconsciência analgesia e imobilidade. O paciente será submetido à entubação orotraqueal e oxigenado por um ventilador mecânico, que também administrará gases anestésicos. A anestesia geral pode ser dividida em 3 partes: indução, manutenção e emergência. A indução começa com a administração de agentes anestésicos e continua até que o paciente esteja pronto para a incisão cirúrgica. A fase de manutenção continua a partir desse ponto e vai até próximo do término da cirurgia, podendo ser usadas drogas inalatórias ou EV. A emergência tem início quando o paciente começa a emergir da anestesia e termina quando ele encontra-se pronto para deixar a Sala de Operação. ANESTESIA GERAL Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte. Cabeça (neurocirugia) Pescoço (tiroidectomia) Abdome superior, entre elas: o Gastroplastia o Gastrectomia, ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 o Enterectomia, o Abdominoplastia, o Mamoplastia, hepatectomia no transplante TIPOS DE ANESTESIA GERAL Venosa: Anestesia obtida pela injeção de anestésicos numa veia do paciente. Atinge diretamente a corrente sangüínea e em seguida alcança o cérebro, onde o anestésico realiza sua ação principal. Ex: Ketamina, Thiopental, propofol a 1%. Inalatória: Anestesia feita pela inalação de gases e vapores anestésicos através das vias aéreas. Nos pulmões, o anestésico é absorvido pela corrente sangüínea e daí atinge o cérebro. Ex: sevoflurano, halotano, isoflurano, oxido nitroso Slides: Recuperação no pós anestésico. ESCALA DE ALDRETE E KROULIK ATIVIDADE 2: Movimento voluntário de todas as extremidades. 1: Movimento voluntário de duas extremidades apenas. 0: Incapacidade de se mover. RESPIRAÇÃO 2 : respiração profunda e tosse. 1 : dispnéia, hipoventilação. 0 : apnéia. CIRCULAÇÃO 2 : PA normal ou até 20% menor que no pré-anestésico. 1 : PA em 20 a 50 % menor que no pré-anestésico. 0 : PA igual ou inferior a 50 % dos valores pré-anestésicos. CONSCIÊNCIA 2 : Totalmente desperto 1 : Desperta quando chamado 0 : Não responde SATURAÇÃO 2 : capaz de manter em ar ambiente Sat O2> 92 %. 1 : necessidade de suplementação de oxigênio para manter Sat O2 > 92 %. 0 : Sat O2 < 90 % apesar da suplementação de oxigênio. O paciente terá alta quando tiver quantitativo igual ou superior a 7 pontos. ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 HIPERTERMIA MALIGNA A hipertermia maligna (HM) é uma afecção hereditária e latente, caracterizada classicamente por uma síndrome hipermetabólica em resposta à exposição aos anestésicos voláteis (halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano e desflurano) e/ou succinilcolina. A HM surge a qualquer momento durante ou após a anestesia, tendo sido descrita a sua ocorrência até 6 horas após a interrupção da exposição ao agente desencadeante. Em condições normais, os níveis de Ca++ no mioplasma são controlados pelo receptor rianodina do retículo sarcoplasmático, o receptor di-hidropiridina do túbulo transverso e pelo sistema Ca++-adenosina trifosfatase (Ca++-ATPase). Na crise de HM, o desarranjo da homeostase intracelular do Ca++ desencadeia hiperatividade contrátil, hidrólise do ATP, hipertemia, aumento do consumo de O2, produção de CO2 e ácido lático, desacoplamento da fosforilação oxidativa, lise celular e extravasamento do conteúdo do citoplasma. É o aumento de Ca+ nas fibras musculares que provoca contrações musculares, assim aumentando a temperatura. É uma intoxicação após a cirurgia. Tratamento: Ofertar O² e administrar anto-termico sob prescrição médica (Novalgina 10mg + 10 ml de H²O destilada. EV. Slide Esterilização e Assepsia LEGISLAÇÃO RDC nº 307 de 14/11/02 – ANVISA – Dispõe sobre regulamento técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC nº 50 de 21/02/02 – ANVISA Dispõe sobre regulamento técnico, planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RDC nº 306 de 07/12/04 – ANVISA Gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde. Portaria nº 482 de 16/04/99 – Dispõe sobre uso e instalação de ETO. RDC nº 30 de 15/02/06 – registro, rotulagem e re- processamento de produtos médicos, e dá outras providências. ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 Portaria nº 15 de 23/08/88 – Dispõe de regulamento para registro de produtos saneantes domissanitarios e afins, com ação antimicrobiana. Resolução SS – nº 374 de 15/12/95 – Dispõe sobre procedimentos em CME. Resolução SS – nº 392 de 29/06/94 - Dispõe sobre procedimentos em CME. Lei nº 6514 de 22/12/77 – Dispõe sobre segurança no trabalho. Portaria nº 3214 de 08/06/78 - Dispõe sobre segurança no trabalho. Portaria nº 2616 de 12/05/98 – Dispõe sobre Diretrizes e Normas para prevenção e controle das infecções hospitalares. Treinamento de todos os profisionais de saúde do hospital pela educação continuada; RDC nº 48 de 02/06/00 – Roteiro de Inspeção do PCIH – ANVISA Roteiro de Inspeção – INAISS - ANVISA ESTRUTURA FISICA Central de Esterilização: quem não trabalha na CME, não imagina quão complexo sejam suas atividades. Sua essência consiste em promover materiais livres de contaminação para serem utilizados nos diversos procedimentos em pacientes internados no Hospital ou atendidos nas Unidades de Saúde. Neste serviço os materiais são lavados, preparados, acondicionados, esterilizados e distribuídos para todas as unidades. A informatização da CME agiliza os controles diários, desde a etiqueta até a informação de todos os materiais processados, necessitando de profissionais habilitados. O ponto de destaque nesse Serviço, é o trabalho em equipe atuando com qualidade em todas as etapas do trabalho. LIMPEZA É o primeiro passo para o processamento de artigos, e esta intimamente ligada a qualidade final do processo, o principal fator que reduz até 4 log de organismos contaminantes. Quanto mais limpo estiver o artigo, menores as chances de falhas na esterilização. ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 A limpeza pode ser desenvolvida através de métodos manuais ou mecânicos. Equipamentos para limpeza: Lavadora ultra-sônica Lavadora esterilizadora Lavadora desinfectadora LIMPEZA MANUAL É o procedimento realizado manualmente, onde a sujidade é removida por meio da ação física com auxilio de detergente, água e artefatos como esponja e escova. (Manual do MS/94, SS- 374/95, Manual de Instituto de Beleza,Acupuntura, etc estabelecimentos afins, 1994) LIMPADORES ENZIMÁTICOS São compostos basicamente por enzimas, surfactantes e solubilizantes. A combinação balanceada desses elementos faz com produto possa remover a matéria orgânica do material em curto período de tempo. Soluções enzimáticas apresentam excelente ação de limpeza, mas não possuem atividade bactericida e bacteriostática. Enzimas são substâncias produzidas por células vivas e que governam as reações químicas do processo. Uma vez produzidas pelas células, uma enzima pode ser isolada e irá manter suas propriedades catalíticas, se determinadas condições forem mantidas na sua fabricação. As enzimas são classificadas em três maiores grupos funcionais dependendo do tipo de substrato que irão afetar: proteases, lípases e amilases que atuam em substratos protéicos, gorduras e carboidratos, os quais tendem a solubilizar-se e desprender dos artigos. Atualmente recomenda-se a limpeza de artigos de configuração complexa para garantir a limpeza. DESINFECÇÃO É um processo que destrói microrganismos, patogênicos ou não, dos artigos, com exceção de esporos bacterianos, por meios físicos ou químicos. Níveis de desinfecção: Alto nível: Destrói todos os microrganismos com exceção a alto número de esporos => Glutaraldeído 2% - 20 – 30 minutos. Indicação: área hospitalar preferencialmente. Médio nível: Elimina bactérias vegetativas, a maioria dos vírus, fungos e micobactérias =>Hipoclorito de sódio 1% - 30 minutos. Indicação: para UBS, creche, asilos,casa de repouso. Baixo nível: Elimina a maioria das bactérias, algumas vírus e fungos, mas não elimina micobactérias =>Hipoclorito de sódio 0,025% Indicação:nutrição. ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 ARTIGOS Compreendem instrumentos de naturezas diversas utilizados na assistência médico hospitalar, compreendendo materiais ou instrumentais cirúrgicos, utensílios de refeição, acessórios de equipamentos, materiais de assistência respiratória e outros. Definição de Artigos: Artigos críticos – São aqueles que penetram através da pele e mucosas, atingindo os tecidos sub-epiteliais, sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema. Ex:equipo de soro, bisturi,agulhas, pinças de biopsia. Artigos semi - críticos – São todos aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras. Ex: especulo vaginal e otoscopio, alicate (pode ser critico), termômetro. Artigos não críticos - São todos aqueles que entram em contato com a pele íntegra do paciente Ex: escovas,lixas, estetoscópio, termômetro. Manual MS 1994 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS TIPO DE MATERIAL TIPO DE LIMPEZA Material crítico entra em contato com vasos sanguíneos ou tecidos livres de microorganismos. Ex: instrumental Esterilização Material semi-crítico entra em contato com mucosa ou pele não íntegra. Ex: inaladores Desinfecção Material não crítico entra em contato com pele íntegra. Ex: comadre Limpeza AUTOCLAVE - Vapor Saturado sob Pressão Vapor saturado sob pressão – 121 à 135 °C Artigos termorresistentes Volume total da câmera não deve exceder em 80% ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 INDICADORES QUÍMICOS Classe 1: Tiras impregnadas com tinta termo-química que muda de coloração quando exposto a temperatura. Classe 2: Teste de BOWIE & DICK - testa a eficácia do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo. Uso diário no 1º ciclo, sem carga, a 134°C por 3,5 a 4 min sem secagem. Classe 3: Controla um único parâmetro: a temperatura pré-estabelecida. Classe 4: Indicador multiparamétrico: controla a temperatura e o tempo necessários para o processo. Classe 5: integrador: controla temperatura, tempo e qualidade do vapor. Classe 6: Intervalo de confiança maior que classe 5. ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 Slide - Cirurgia Bariátrica e Assistência de enfermagem Indicações para cirurgia Bariátrica Indivíduos que apresentem IMC ≥ 50Kg/m2; Indivíduos que apresentem IMC≥40Kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado, na Atenção Básica e/ou na Atenção Ambulatorial Especializada, por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos; Indivíduos com IMC>35kg/m2 e com comorbidades, tais como pessoas com alto risco cardiovascular, diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado por nomínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos. Os seguintes critérios devem ser observados: Indivíduos que não responderam ao tratamento clínico longitudinal, que inclui orientação e apoio para mudança de hábitos, realização de dieta, atenção psicológica, prescrição de atividade física e, se necessário, farmacoterapia ,realizado na Atenção Básica e/ou Atenção Ambulatorial Especializada por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos; Respeitar os limites clínicos de acordo a idade. Nos jovens entre 16 e 18 anos, poderá ser indicado o tratamento cirúrgico naqueles que apresentarem o escore z maior que + 4 na análise do IMC por idade, porém o tratamento cirúrgico não deve ser realizado antes da consolidação das epífises de crescimento. Portanto, a avaliação clínica do jovem necessita constarem prontuário e deve incluir: a análise da idade óssea e avaliação criteriosa do risco-benefício, realizada por equipe multiprofissional com participação de dois profissionais médicos especialistas na área. Nos adultos com idade acima de 65anos, deve ser realizada avaliação individual por equipe multiprofissional, considerando a avaliação criteriosa do risco- benefício, risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento; O indivíduo e seus responsáveis devem compreender todos os aspectos do tratamento e assumirem o compromisso como segmento pós-operatório, que deve ser mantido por tempo a ser determinado pela equipe; ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 Compromisso consciente do paciente em participar de todas as etapas da programação, com avaliação pré-operatória rigorosa (psicológica, nutricional, clínica, cardiológica, endocrinológica, pulmonar, gastroenterológica, anestésica). INDICAÇÕES IMC > 40 kg/m² IMC > 35 e < 40 kg/m² com comorbidades TIPOS DE CIRURGIAS BARIATRICAS Bypass gástrico Foi considerado o método de eleição por ter apresentado melhores resultados na produção de hormônios que ajudam a melhorar o quadro de diabete. Nessa técnica, o estômago é grampeado e o intestino é desviado. Técnicas Referendadas – Restritivas o Mistas Com maior componete restritico (Derivações gástricas) Primeiro, por meio de um grampeador, o estômago é dividido em duas partes, limitando a quantidade de alimento que pode ser ingerida. O segmento inicial, do tamanho de uma xícara de café, é ligado diretamente ao intestino, que também foi seccionado em sua porção inicial. O segmento restante, formado pelo estômago, duodeno e início do intestino delgado é unido lateralmente ao próprio intestino, formando o Y. Dessa forma, o alimento passa por um pequeno segmento de estômago e então vai diretamente para o intestino sem ter sofrido a fase inicial da digestão. Derivação gástrica por vídeo-laparostomia A maior vantagem da via laparoscópica é a redução da morbidade operatória. Comparada à laparotomia, essa via é significativamente menos invasiva, podendo portanto, reduzir a morbidade e tempo de recuperação pós-operatória. Com maior componente disabsortivo (Derivações Bilio-pancreaticas) Consiste em uma ressecção (retirada) de dois terços do estômago em seu eixo vertical transformando-o em um tubo afilado (semelhante ao Sleeve), seguida de um desvio intestinal ampliado, deixando uma área aproximada de um terço da área total de absorção de nutrientes. ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 Gastrectomia Vertical ou Sleeve Consiste na retirada de dois terços do estômago em seu eixo vertical transformando- o em um tubo afilado Slides - PREVENÇÃO DE INFECÇÃO EM CIRURGIA A necessidade de reduzir e controlar as taxas de infecção gera a aplicação de medidas preventivas, educacionais e de controle epidemiológico que visam, mediante um processo de conscientização coletiva, conter a infecção dentro de limites aceitáveis. Em abril de 1999 o CDC (Centers for Disease Control) publicou um consenso em prevenção de infecção do sítio cirúrgico no qual são enfatizado os seguintes itens: 1) PRÉ-OPERATÓRIO: a) Paciente Quando for possível, identificar e tratar todas as infecções a distância do sítio cirúrgico antes de uma cirurgia eletiva e adiar as cirurgias eletivas em pacientes com infecções a distância até que a infecção esteja resolvida Evitar tricotomia, quando necessária deve ser feita com aparador de pêlos elétrico (tricotomizador) e não com lâmina. A tricotomia deve ser feita imediatamente antes da cirurgia. Controlar a taxa de glicose, evitando hiperglicemia no pré-operatório. Encorajar o paciente a parar de fumar ao menos nos 30 dias prévios a cirurgia (cigarro, charuto, cachimbo, ou qualquer outra forma de consumo de tabaco . O paciente deve tomar banho com um agente anti-séptico (PVP-I ou Clorexidina degermante), ao menos na noite anterior ao dia da cirurgia. Lavar e limpar a pele do sítio cirúrgico, para remover a contaminação grosseira, antes de realizar a anti-sepsia propriamente dita. Usar um agente anti-séptico na preparação da pele. o Degermação: PVP-I degermante ou clorexidina degermante 2% ou 4%. o Anti-sepssia: clorexidina alcoólica 0,5% ou PVP-I alcoólico em círculos, começando desde a área proposta da incisão cirúrgica para a periferia. o Obs. Utilizar o mesmo princípio ativo da degermação (ex. PVP-I degermante seguido de PVP-I alcoólico); Utilizar solução aquosa em mucosas Em caso de colonização por MRSA ou alergia a iodo, utilizar a clorexidina; ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 A anti-sepsia da pele deve ser extensa o suficiente para permitir a colocação de dreno ou estender a incisão. O tempo de internação pré-operatório deve ser o mínimo necessário. Idealmente o paciente deve ser internado na manhã da cirurgia ou no dia anterior. b) Equipe cirúrgica: Manter as unhas curtas. Limpar embaixo das unhas, antes da primeira lavagem das mãos do dia e não usar unhas artificiais Não usar jóias nas mãos ou antebraços Não utilizar unhas postiças Realizar escovação pré-operatória das mãos até os cotovelos, num mínimo de 2 a 5 minutos, usando um anti-séptico apropriado (PVP-I ou Clorexidina degermante). Após a escovação, manter os cotovelos flexionados com as mãos para cima e afastadas do corpo, para que a água escorra dos dedos para o cotovelo. Secar as mãos com toalha estéril e vestir o capote e luvas estéreis. Quando apresentar sinais ou sintomas de doenças infecciosas transmissíveis, o profissional de saúde deverá se reportar ao serviço de saúde do trabalhador Não levar objetos pessoais (pastas, bolsas) para dentro da sala cirúrgica. Quando apresentar lesões exsudativas de pele, o profissional de saúde deverá ser afastado, até que infecção seja afastada ou seja resolvida após inicio de terapia adequada. Não afastar rotineiramente o pessoal cirúrgico colonizado por S. aureus (nariz, mãos, ou outro sítio) ou Streptococcus do grupo A, a não ser que tenha sido demonstrada transmissão do microrganismo no hospital. c) Profilaxia antimicrobiana: Administrar antibiótico profilático, quando indicado, e baseando-se na eficácia desse antimicrobiano contra os patógenos comumente associados com infecção na cirurgia específica. Administrar o antimicrobiano via venosa na indução anestésica ou 30 min (nunca mais de 2 horas) antes da incisão cirúrgica, de forma tal que atinja concentrações bactericidas no soro e tecidos no momento da incisão cirúrgica e mantê-lo por algumas horas após o fechamento da incisão. Opcionalmente, antes da cirurgia colon-retal, preparar o cólon com o uso de enemas e substâncias catárticas. Administrar antibióticos orais, não absorvíveis (neomicina, eritromicina ou cefoxitina), em doses divididas, no dia anterior a cirurgia. Para cesárea de alto risco, administrar antibiótico profilático imediatamente após o clampeamento do cordão umbilical. Não usar vancomicina na profilaxia cirúrgica. Se vancomicina for usado (somente quando indicado pela CCIH), o período de infusão de 1 hora é requerido. Pacientes obesos podem necessitar de doses mais elevadas de antimicrobianos. ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 Considerar dose intra-operatória de antibióticos se o tempo de cirurgia exceder a meia vida sérica do agente, em cirurgias com grande perda sangüínea ou em pacientes obesos. 2) INTRA-OPERATÓRIA a) Centro Cirúrgico Manter pressão positiva da sala cirúrgica em relação ao corredor e as áreas adjacentes (movimento do ar da área limpa para a menos limpa). Manter o mínimo de 15 trocas de ar por hora, do qual pelo menos três devem ser de ar fresco (externo). Filtrar o ar recirculado e o ar fresco através de filtros apropriados. Introduzir todo o ar pelo teto e a exaustão próxima ao chão. Manter a umidade do ar da sala cirúrgica entre 30% a 60% e temperatura entre 20°C e 23°C. Considerar a realização de cirurgia ortopédica com implantes em sala cirúrgica com fluxo laminar e filtros HEPA (eficiência de 99,9% de remoção de partículas >= 0,3 μm), ar “ultralimpo”. Manter a porta da sala cirúrgica fechada, exceto para passagem de equipamentose pessoal. Limpar e desinfetar a sala cirúrgica, entre cirurgias e ao final da última cirurgia do dia. Não realizar limpeza especial nem optar pela inativação temporária de salas cirúrgicas após cirurgias contaminadas ou infectadas. Esterilizar todos os instrumentais cirúrgicos, conforme recomendações do Ministério da Saúde. Limitar o número de pessoas na sala cirúrgica ao mínimo necessário. Limitar os movimentos e conversas desnecessárias durante a cirurgia. Usar máscara cirúrgica que cubra completamente a boca e o nariz ao entrar em sala cirúrgica e durante toda a cirurgia. Usar touca que cubra por completo os cabelos da cabeça e face quando da entrada na sala cirúrgica Trocar a roupa cirúrgica, quando visivelmente suja ou contaminada com material biológico. Usar capote cirúrgico e campos estéreis que sejam barreiras efetiva contra a penetração de líquidos. Trocar vestimentas e uniformes cirúrgicos que se apresentarem visivelmente sujos, contaminados e/ou manchados por sangue ou outro material potencialmente infeccioso. b) Técnica Cirúrgica ENSINO CLINICO EM CIRURGIA – TEORICO – RESUMO PARA A AV2 Preparar os equipamentos e soluções estéreis imediatamente antes do uso. Aderir aos princípios da assepsia quando da colocação de cateteres vasculares, espinhais ou epidurais, ou quando da administração de drogas intravenosas Manipular os tecidos gentilmente, mantendo hemostasia efetiva e minimizando tecidos desvitalizados, corpo estranho (suturas, debris necróticos) e espaço morto. Retardar o fechamento primário da pele ou deixar aberta a incisão, para fechamento em segunda intenção, se considerar que o sítio cirúrgico está altamente contaminado. Se drenos são necessários, usar os com sistema fechado a vácuo e colocá-los em incisão separada, distante da incisão cirúrgica. Retirar os drenos tão logo possível. 3) PÓS-OPERATÓRIA: Lavar as mãos antes e após qualquer contato com o local cirúrgico ou nas trocas do curativo. Usar técnica estéril para trocar os curativos. Quando fechada primariamente, a incisão deve ser coberta com curativo estéril por 24 a 48 horas. Além deste período não há nenhuma recomendação quanto a deixar com ou sem curativo ou quanto ao tempo apropriado de banho com uma incisão não coberta. Educar o paciente e os familiares a respeito dos cuidados com a incisão e quanto a sintomas de infecção, com recomendação de retorno ao hospital quando da ocorrência dos mesmos.
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