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Aula 03 Salário de Contribuição

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Direito Previdenciário
INSS
Salário de Contribuição
CASSIUS GARCIA
Bacharel em Direito pela Universidade Federal 
de Pelotas – UFPel. Professor de Direito Previ-
denciário para concursos desde 2013. Auditor-
-Fiscal da Receita Federal do Brasil.
O conteúdo desta aula em pdf é licenciado para LEANDRO DO VALE DA SILVA - 93557825272, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Salário de Contribuição
Prof. Cassius Garcia
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SUMÁRIO
1. Salário de Contribuição ............................................................................5
1.1. Introdução ..........................................................................................5
1.2. Conceito .............................................................................................6
2. Parcelas Integrantes e Não Integrantes ....................................................19
2.1. Introdução ........................................................................................19
2.2. Parcelas Integrantes do Salário de Contribuição .....................................21
2.3 Parcelas Não Integrantes do Salário de Contribuição ................................41
3. Limites Mínimo e Máximo, Proporcionalidade e Reajustamento ....................76
Resumo ...................................................................................................83
Questões Comentadas em Aula ..................................................................88
Questões de Concurso ............................................................................. 100
Gabarito ................................................................................................ 114
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Salário de Contribuição
Prof. Cassius Garcia
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Olá, aluno(a)!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada!
E então, como vão os estudos? Está conseguindo absorver a imensa quantidade 
de informações? Estude com muita calma, revise, revise novamente, resolva todos 
os exercícios, leia os COMENTÁRIOS... Este material foi pensado para evitar que 
você precise recorrer a outros livros – faço uma única ressalva: A LEITURA DA 
LEI SECA É INDISPENSÁVEL – mas não existe mágica... Estude, estude e estude, 
ok?
E não se esqueça do principal: o professor aqui está sempre à disposição, 
para tirar TODAS as dúvidas que surgirem. Pergunte sempre TUDO o que quiser, 
por mais simples que possa parecer. Na preparação para concursos, não existe 
dúvida boba. Qualquer pergunta é importante.
Nesta aula, trataremos do seguinte:
TÓPICO
1. Salário de Contribuição – Introdução
2. Salário de Contribuição – Conceito
3. Parcelas Integrantes e Não Integrantes
3.1. Introdução
3.2. Parcelas Integrantes do SC
3.3. Parcelas Não Integrantes do SC
4. Limites Mínimo e Máximo, Proporcionalidade Reajustamento
5. Resumo da Aula
6. Questões Comentadas em Aula
7. Questões Propostas
8. Gabarito
Agora chega de papo e vamos ao trabalho. Temos tempo de sobra, mas a 
matéria não tem fim.
Um grande abraço. Bons estudos.
Que Deus permaneça conosco!
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Salário de Contribuição
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1. Salário de Contribuição
1.1. Introdução
Você sabia que aquele “maldito” desconto que aparece em nosso contracheque, 
sob o título INSS ou Contribuição Previdenciária não é a única contribuição desti-
nada ao INSS?
Pô, professor! Tá de brincadeira? Claro que sei... já conheço de cor o art. 195 
da Constituição, que diz que toda a sociedade financia a seguridade! Aí entram o 
trabalhador, a empresa, o empregador, o importador...
Caramba! Que orgulho desse meu (minha) aluno(aluna)...
E não é só isso, prof... eu também sei que uma parte dessas contribuições (es-
pecificamente as do art. 195, inciso I, alínea ‘a’ e as do inciso II) só podem ser 
destinadas à Previdência, por força do art. 167, X, também da Constituição.
PARABÉNS, prezado(a)... você já tem, com isso, as sólidas bases que nos per-
mitem ingressar agora no estudo do Salário de Contribuição, ou simplesmente SC.
Já sabemos, portanto, que em uma empresa há ao menos duas contribuições 
diferentes. A da própria empresa, incidente sobre a folha de salários e demais ren-
dimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que 
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício (CF, art. 195, I, ‘a’) e a do 
trabalhador (art. 195, II). A primeira, a Constituição já nos informa, incide sobre 
a remuneração do trabalhador (folha de salários e demais rendimentos); mas a 
Constituição não diz qual a base de cálculo da contribuição dos segurados. Se a 
Constituição não diz, deixa essa tarefa para a Lei.
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E a Lei então criou esse conceito, exclusivo do Direito Previdenciário, chamado 
salário de contribuição. Concluímos, então, que salário de contribuição (SC) é o 
nome dado à base de cálculo da contribuição previdenciária dos segurados.
“É o salário do segurado, professor?”
NÃO!! O salário é um dos componentes do SC. Há outras parcelas remuneratórias 
que integram o SC; também há itens da remuneração que não podem ser conside-
rados SC.
E como saber diferenciá-las? Simples: é só prosseguir a leitura... o professor aqui 
vai deixar tudo beeeeeeeeeeeeeem explicadinho para você.
Cuidado, no entanto, com o seguinte: a contribuição dos segurados não é a 
única apurada com base no SC. O empregador doméstico também contribui com 
8,8% sobre o SC do doméstico a seu serviço.
Merece destaque ainda o fato de que o segurado especial e o produtor rural 
pessoa física também fogem à regra, pois a base de cálculo de sua contribuição não 
é o SC, mas a receita bruta da comercialização de sua produção rural (LOCSS, art. 25).
1.2. Conceito
Acabamos de ver um conceito genérico de SC. No entanto, a legislação previ-
denciária – se você descobrir por que o legislador gosta tanto de complicar a vida 
dos concurseiros, por favor, me explique – não podia ser tão simples. Há regras 
distintas para as diferentes classes de segurado. Encontramos todas no art. 28 da 
LOCSS ou no art. 214 do RPS.
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Então temos, na prática, pelo menos 4 (isso mesmo... QUATRO) conceitos 
diferentes de salário de contribuição... Ou 6, se considerarmos as regras do RPS 
relativas ao SC do dirigente sindical. É ou não é paraenlouquecer os concursei-
ros(as)? Então, prezado(a), deixemos que os despreparados(as) enlouqueçam! 
Você dominará todo o conteúdo, rapidinho.
Entende-se por SC:
• conceito 1 – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida 
em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos 
pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a 
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os 
ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes 
de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo 
tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da 
lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa;
1. (FCC/TRT 6ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013) Exclusivamente para os casos 
do segurado empregado e do segurado trabalhador avulso, o salário de contribui-
ção é a remuneração auferida em:
a) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, 
devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir ape-
nas o trabalho sem vínculo empregatício, qual- quer que seja a sua forma, inclusi-
ve as gorjetas, os ganhos eventuais sob a forma de utilidades e os adiantamentos 
decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer 
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pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei 
ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença 
normativa.
b) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos ou 
creditados a qualquer título, durante a quinzena, destinados a retribuir o trabalho, 
qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos eventuais sob a 
forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos 
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou 
tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou 
acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
c) uma empresa, assim entendida a totalidade dos rendimentos devidos ou credita-
dos a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir apenas o trabalho com 
vínculo empregatício, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de 
utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços 
efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador 
de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo 
coletivo de trabalho ou sentença normativa.
d) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, 
devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o tra-
balho e o capital investido, quaisquer que sejam as suas formas, inclusive as gorje-
tas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes 
de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à 
disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato 
ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
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e) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, 
devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o 
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais 
sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer 
pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do emprega-
dor ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de conven-
ção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
Letra e.
Essa questão GIGANTESCA não exigirá nem a análise de cada assertiva. Basta que 
lembremos da disposição do art. 28, inciso I, da LOCSS:
Art. 28. Entende-se por salário de contribuição:
I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais 
empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou credita-
dos a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que 
seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades 
e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente 
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos 
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa;
Agora, meu(minha) caro(a), veja qual das assertivas corresponde à previsão legal. 
Pode conferir, eu fico aqui, esperando.
Pronto? Já achou a resposta? Fácil, não? E estamos falando de um concurso para 
Juiz do Trabalho. TODO CONCURSO tem questões fáceis, médias e difíceis... O 
que diferencia um certame do outro é a quantidade de questões de cada nível. 
Certamente concursos para cargos de nível médio têm mais questões fáceis; em 
concursos ‘top’, como esse para Juiz do Trabalho, abundam as questões difíceis – e 
algumas quase impossíveis. Mas garimpando bem encontramos algumas um tanto 
simplórias, como essa.
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• conceito 2 – para o empregado doméstico: a remuneração registrada na CTPS;
• conceito 3 – para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma 
ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, du-
rante o mês;
• conceito 4 – para o segurado facultativo: o valor por ele declarado;
• conceito 5 – para o dirigente sindical que for segurado empregado: a remu-
neração paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou 
por ambas;
• conceito 6 e, felizmente, último – para o dirigente sindical que for segurado 
trabalhador avulso: a remuneração paga, devida ou creditada pela entidade 
sindical.
2. (ESAF/RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Sobre o conceito de salário de contribuição, 
analise os itens a seguir, classificando-os como corretos ou incorretos, para, a se-
guir, assinalar a assertiva que corresponda à sua opção.
I – Para os segurados empregado e trabalhador avulso, a remuneração auferida 
em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos 
que lhe são pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, 
destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as 
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos 
decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, 
quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos 
termos da lei ou do contratoou, ainda, de convenção ou de acordo coletivo de 
trabalho ou de sentença normativa, observados os limites mínimo e máximo.
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II – Para o segurado empregado doméstico, a remuneração registrada em sua 
CTPS ou comprovada mediante recibos de pagamento, observados os limites 
mínimo e máximo.
III – Para o segurado contribuinte individual, independentemente da data de filia-
ção ao RGPS, considerando os fatos geradores ocorridos desde 1º de abril de 
2003, a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício 
de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites mí-
nimo e máximo do salário de contribuição.
IV – Para o segurado especial que usar da faculdade de contribuir individualmen-
te, o valor por ele declarado.
Estão corretos apenas os itens:
a) I, III e IV.
b) III e IV.
c) II, III e IV.
d) II e IV.
e) Todos os itens estão corretos.
Letra e.
Questão compriiiiiiiiiiiiiida, que exige apenas a memorização legislativa e a comple-
xa atividade denominada cara-crachá.
I – Correta. A proposição é cópia quase literal do art. 28, I, da LOCSS:
Art. 28. Entende-se por salário de contribuição:
I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais 
empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou credita-
dos a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que 
seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades 
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e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente 
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos 
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa;
E eis que com essa simples constatação já estamos ENTRE DUAS alternativas... “a” 
e “e”.
II – Correta. É QUASE isso que prevê a LOCSS, no art. 28, II:
Art. 28. Entende-se por salário de contribuição: [...]
II – para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para 
comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração;
A menção aos comprovantes de pagamento foi extraída de uma Instrução Norma-
tiva, que normalmente não é cobrada nos concursos. Para comprovar, lá vai. IN n. 
971/2009, da Receita Federal do Brasil:
Art. 55. Entende-se por salário de contribuição: [...]
II – para o segurado empregado doméstico a remuneração registrada em sua CTPS ou 
comprovada mediante recibos de pagamento, observado o disposto no inciso II do § 1º 
e nos §§ 2º e 3º do art. 54;
Na verdade, a viabilidade da aceitação dos recibos decorre de simples lógica. Nem 
todos os empregadores adotam o cuidado de registrar na CTPS as alterações sa-
lariais dos empregados. Se só fosse válido o valor registrado na CTPS, alguns 
domésticos seriam extremamente prejudicados no momento do cálculo de seus 
benefícios, porque seus SC passariam ANOS congelados no mesmo valor.
Pronto. Já temos o gabarito, apenas UMA das alternativas abrange a possibilidade 
de estarem corretas as proposições I e II. Logo, deduzimos que as demais asserti-
vas também estão corretas. Mas não se preocupem, apresentarei a você os funda-
mentos para isso.
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III – Correta. Mais uma vez a banca se vale de um trecho da Instrução Normativa. 
Mais uma vez, isso é irrelevante para a questão. Em momento algum o que está aí 
afirmado contraria a disposição do art. 28, III da LOCSS:
Art. 28. Entende-se por salário de contribuição: [...]
III – para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas 
ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite 
máximo a que se refere o § 5º;
Mas se você gosta de tudo beeeeeeeeem detalhadinho, vamos à IN n. 971:
Art. 55. Entende-se por salário de contribuição: [...]
III – para o segurado contribuinte individual: [...]
d) independentemente da data de filiação, considerando os fatos geradores ocorridos 
desde 1º de abril de 2003, a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo 
exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites mí-
nimo e máximo do salário de contribuição;
Não vou me ater, neste momento, a registrar a evolução histórica das contribuições 
do CI, porque isso não é relevante para nossa prova. Se você não conseguir resistir 
à curiosidade, me pergunte, OK? Ou então acesse a IN n. 971 e leia as alíneas a, 
b, c do inciso III do art. 55.
IV – Correta. A legislação previdenciária dá ao segurado especial a opção de 
contribuir como se CI ou facultativo fosse. Assim, além da contribuição sobre a 
receita bruta da comercialização de sua produção, deveria recolher a contribuição 
previdenciária mensal.
Mas qual seria o SC usado como base para a contribuição? Por uma questão de ló-
gica, é inviável enquadrá-lo na regra de apuração de SC do Contribuinte Individual, 
pois não há, efetivamente, ‘remuneração’ por serviços prestados. Mais razoável é 
equipará-lo ao FACULTATIVO. Ele declara o quanto ganha e recolhe contribuição 
com base nesse valor.
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Essa ideia, bastante razoável, é a aplicada no âmbito administrativo, como se ex-
trai da Instrução Normativa 971. Mais uma vez a banca usou uma IN na prova, 
complicando nossa vida. E dessa vez, reconheço, o simples raciocínio lógico – que 
nos ajudou na solução das assertivas II e III – não é suficiente. Mas por saber que 
estavam corretas as 3 primeiras, só nos restava julgar correta também essa.
Veja a redação do art. 55, V, da IN 971:
Art. 55. Entende-se por salário de contribuição: [...]
V – para o segurado especial que optar por contribuir na forma do § 10 do art. 10, o 
valor por ele declarado, observado o disposto nos §§ 8º e 9º.
Tudo entendido, meu(minha) amigo(a)? Se alguma dúvida restou, pergunte.
Professor... quase todos os conceitos falam em remuneração... devo entender 
que a contribuição das empresas e dos trabalhadores incide sobre a mesma base 
de cálculo?
NÃO, meu(minha) caro(a). Embora eu não possa negar que haja alguma se-
melhança entre remuneração e SC, não há como dizer que são a mesma coisa. A 
principal diferença entre eles está na existência de limites mínimo e máximo, queo SC tem, mas a remuneração, não.
3. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2012) Entende-se por salário de con-
tribuição,
a) para contribuinte individual e segurado facultativo, o valor livremente declarado 
no mês, observados os limites mínimo e máximo.
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b) para o empregado doméstico, a remuneração formalmente registrada na CTPS, 
não incidindo contribuições sobre valores diretamente pagos em dinheiro, desde 
que clara e inequivocamente assim tenha sido ajustado.
c) para empregado e autônomo, o salário auferido em uma ou mais empresas, a 
qualquer título e valor, durante o mês, quer pelos serviços efetivamente prestados, 
quer pelo tempo à disposição da empresa tomadora.
d) para empregado e avulso, a remuneração auferida em uma ou mais empresas, 
a qualquer título, durante o mês, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer 
pelo tempo à disposição da empresa.
e) para empregado e avulso, a remuneração auferida em uma ou mais empresas, a 
qualquer título e valor, durante o mês, exclusivamente pelos serviços efetivamente 
prestados.
Letra d.
a) Errada. De fato, para o segurado facultativo, o SC é o valor por ele declarado, 
observando-se sempre os limites mínimo e máximo. Embora não haja, no conceito 
específico do SC do facultativo (LOCSS, art. 28, IV) a menção ao limite mínimo, 
sabemos que ele existe, por força do §3º do mesmo artigo 28. E se a legislação 
impõe um limite mínimo (o salário mínimo nacional ou o piso salarial da categoria) 
é ÓBVIO que ele deve ser observado pelos segurados.
O erro está, então, no CI. O Contribuinte Individual não pode (não deveria, ao me-
nos... sabe-se que, na prática, MUITOS contribuintes individuais declaram receber 
bem menos que a realidade) declarar como SC o valor que bem entender. Seu SC 
corresponde à remuneração auferida em uma ou mais empresas para as quais 
preste serviços, e a decorrente de sua atividade por conta própria, respeitados 
sempre os limites mínimo e máximo.
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b) Errada. O SC do doméstico é, conforme a previsão legal (art. 28, II da LOCSS), 
a remuneração registrada em sua CTPS. Não interessa de que forma se dá o pa-
gamento. Se a remuneração decorre da prestação de serviço, incide contribuição 
previdenciária. Se incide contribuição previdenciária, é salário de contribuição. A 
criatividade do examinador nos surpreende às vezes.
c) Errada. Acho que essa é a assertiva com mais erros. Vamos ver...
1º erro – quem recebe salário é só o empregado, não o autônomo (que hoje faz 
parte do grupo que conhecemos por CI). Colocá-los na mesma regra é inviável;
2º erro – o salário de contribuição não abrange – você PRECISA SE LEMBRAR disso 
– apenas o “salário”, mas a remuneração, que é um conceito bem mais abrangente;
3º erro – ainda que consideremos tratar-se de remuneração, e não de salário, não 
será aquela auferida a qualquer título e valor que integrará o SC. O SC tem limites 
mínimo e máximo, lembra??
d) Correta. Assertiva extraída do art. 28, I, da LOCSS:
Art. 28. Entende-se por salário de contribuição:
I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou 
mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou cre-
ditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer 
que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilida-
des e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetiva-
mente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de 
serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de 
trabalho ou sentença normativa;
Grifei os trechos que compõem a assertiva. Alguma dúvida? Pergunte!
e) Errada. Basta a leitura do inciso I do at. 28, acima transcrito, para encontrar os 
erros da assertiva.
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Não se esqueça de que o segurado especial e o produtor rural pessoa física, 
como já adiantei, não contribuem, como regra geral, com base no SC. Sua con-
tribuição é sobre a receita bruta de sua produção rural (LOCSS, art. 25).
Masssssssssss o § 1º do mesmo art. 25 permite ao segurado especial contribuir 
também (ou seja, não se trata de substituição da contribuição sobre a receita bruta, 
mas de pagamento adicional) individualmente, como se fosse facultativo ou CI.
A contribuição sobre a receita bruta dá ao segurado especial direito apenas a 
determinados benefícios, todos de valor mínimo. O recolhimento extra pode lhe 
assegurar o direito a qualquer benefício do Regime Geral, em valor – dependendo, 
logicamente, dos recolhimentos efetuados – superior ao mínimo. Nessa hipótese 
a base de cálculo também é o SC, que corresponderá ao valor declarado pelo 
segurado.
4. (ESAF/RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Assinale a opção incorreta.
a) A base de cálculo da contribuição social devida pela empresa é a soma da remu-
neração paga, devida ou creditada aos segurados e às demais pessoas físicas a seu 
serviço, mesmo sem vínculo empregatício.
b) O salário de contribuição dos empregados domésticos é a base de cálculo da 
contribuição social por eles devida.
c) No caso dos segurados especiais, sua contribuição social incide sobre a receita 
bruta proveniente da comercialização da produção rural.
d) Os trabalhadores, de forma geral, contribuem com alíquota incidente sobre seu 
salário de contribuição.
e) No caso do produtor rural registrado sob a forma de pessoa jurídica, sua contri-
buição social recairá sobre o total de sua receita líquida.
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Letra e.
Nessa questão, além de assertivas tratando do SC, temos algumas que vão exigir 
que relembremos conceitos da aula anterior. Está pronto(a) para isso?
a) Correta. Veja a disposição do art. 195 do RPS:
Art. 195. No âmbito federal, o orçamento da seguridade social é composto de receitas 
provenientes:
I – da União;
II – das contribuições sociais; e
III – de outras fontes.
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:
I – as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga, devida ou creditada 
aos segurados e demais pessoas físicas a seu serviço, mesmo sem vínculo em-
pregatício;
Preciso dizer mais alguma coisa?
b) Correta. Ainda com base no art. 195 do RPS:
Art. 195. [...] Parágrafo único. Constituem contribuições sociais: [...]
III – as dos trabalhadores, incidentessobre seu salário de contribuição;
Mais claro, impossível.
c) Correta. Vamos correr uns artigos para baixo no RPS e chegar ao 200:
Art. 200. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contri-
buição de que tratam o inciso I do art. 201 e o art.202, e a do segurado especial, 
incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural, é de: [...]
d) Correta. Meu comentário à letra ‘b’ é suficiente para responder a essa.
e) Errada. Até que enfim o gabarito! A contribuição do produtor rural pessoa jurí-
dica, a exemplo do que já ocorre com o produtor rural pessoa física e com o segu-
rado especial, incide sobre a receita bruta da comercialização:
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Art. 201-A. A contribuição devida pela agroindústria, definida como sendo o produtor 
rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de produção 
própria ou de produção própria e adquirida de terceiros, incidente sobre o valor da re-
ceita bruta proveniente da comercialização da produção, em substituição às previstas 
no inciso I do art. 201 e art. 202, é de: [...]
2. Parcelas Integrantes e Não Integrantes
2.1. Introdução
Por parcelas integrantes devemos entender as verbas que integram o SC, ou 
seja, aqueles valores sobre os quais deverá incidir a alíquota de contribuição previ-
denciária. E parcelas não integrantes são – adivinhe?? – verbas sobre as quais não 
incide contribuição previdenciária.
Como regra geral integram o SC as parcelas de natureza remuneratória, assim 
entendidos os pagamentos destinados a retribuir o trabalho.
A partir daí concluímos, logicamente, que as verbas que não se destinam a re-
munerar o trabalho não integram o SC, certo?
MAIS OU MENOS! Essa é, sem dúvida, a regra geral – verbas indenizatórias 
ou de ressarcimento não integram o SC – mas há algumas exceções, expressamen-
te previstas na legislação e/ou reconhecidas nos Tribunais. Trataremos de todas 
logo mais.
Como ficar imune a erros em questões sobre esse tema? Só com decoreba da 
lei? NÃO, meu(minha) caro(a)... Aqui é mais importante a compreensão e raciocí-
nio do que a memorização propriamente dita. Se você conseguir caracterizar com 
segurança uma verba como remuneratória ou não remuneratória, não há como er-
rar. Bastará decorar – aí sim, não há alternativa – as exceções a essa regra geral. 
Mas não se assuste, são poucas.
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Embora seja um ramo jurídico autônomo, o Direito Previdenciário empresta al-
guns conceitos da seara trabalhista. Vamos, então, à CLT descobrir o que é remu-
neração?
Art. 457 – Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos 
legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contrapres-
tação do serviço, as gorjetas que receber. [...]
Então tá, professor... salário e gorjetas? Só isso? Facinho!!
Muita calma nessa hora, aluno(a)! Não faz muito (é só subir umas linhas nesse 
texto para ver) que eu apresentei a você o conceito de SC para o empregado e o 
trabalhador avulso. Lembra?? Naquele conceito – que eu tirei do art. 28, I, da 
LOCSS – havia referência à remuneração... e o que dizia ali? Que remuneração 
deveria ser entendida como
a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante 
o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as 
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorren-
tes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à 
disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, 
ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
Façamos agora um exercício de raciocínio lógico:
Remuneração = salário + gorjetas
Então, se tirarmos do art. 28, I da LOCSS as gorjetas, o que sobrar é salário, 
certo? Assim sendo:
Salário = rendimentos destinados a retribuir o trabalho + utilidades + 
adiantamentos
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O que seriam utilidades integrantes da remuneração? Vamos novamente à CLT:
Art. 458 – Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos 
os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in 
natura” que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habi-
tualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas 
alcoólicas ou drogas nocivas.
Um último alerta IMPORTANTE, antes de prosseguirmos. Embora haja relevante 
diferença entre remuneração e SC (tratamos disso há pouco, espero que não tenha 
esquecido), as regras de classificação das verbas em integrantes e não inte-
grantes do SC também valem para a formação da base de cálculo da con-
tribuição da empresa.
Em suma, a remuneração considerada como base de cálculo da contribuição da 
empresa não é, de forma abrangente, todo e qualquer valor pago ao trabalhador... 
As mesmas verbas que não são passíveis de incidência da contribuição do 
trabalhador também não serão objeto de contribuição da empresa.
Simplificando ao extremo, para facilitar a compreensão: a remuneração sobre a 
qual incide a contribuição da empresa seria um “SC sem limite”. Simples assim.
2.2. Parcelas Integrantes do Salário de Contribuição
A única maneira de concluir quais são as parcelas integrantes do SC é por elimi-
nação... por estranho que possa parecer, é isso mesmo.
Excetuados o salário-maternidade e o 13º salário, que têm expressa previsão 
legal de incidência de contribuição, a LOCSS (art. 28, § 9º) e o RPS (art. 214, § 
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9º) arrolam as parcelas não integrantes do SC. O que não estiver nesses dispo-
sitivos, portanto, integra o SC, salvo se houver alguma decisão judicial – existem 
algumas, das quais trataremos no momento oportuno – que afaste a incidência de 
contribuição no caso.
Listarei agora, com pequenos COMENTÁRIO: (pois concurseiro(a) não tem tem-
po a perder) aquelas que consideramos as principais parcelas integrantes do SC, 
além de outras que, embora não tão relevantes assim, foram cobradas em provas 
de concurso em razão da crueldade dos examinadores.
Não tenho, de forma nenhuma, a intenção de esgotar o assunto; certamente 
não citarei todas as parcelas integrantes, pois, como já disse, todos os valores 
pagos aos trabalhadores e não expressamente excluídos pelos dispositivos legais 
citadosterão incidência de contribuição, então imaginem o tamanho da lista.
Mas com certeza darei a você todos os subsídios para acertarem qualquer 
questão desse tema. Vamos lá?
2.2.1 Salário
Dispensa COMENTÁRIO:. Já tratei do salário anteriormente, na introdução ao 
tópico em estudo. Salário é o valor pago pelo trabalho, ou seja, em contrapartida 
ao serviço prestado. Não se deve confundir com o valor pago para o trabalho (di-
árias e ajudas de custo, destinadas a possibilitar a execução das tarefas) que, por 
sua vez, não integra o SC (veremos logo mais).
Apenas não posso deixá-lo(a) esquecer que o pagamento em utilidades (ali-
mentação, habitação, vestuário) também é considerado salário, ok?
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2.2.2 13º Salário
Depois do mais óbvio, que era o salário, nos jogamos direto em um caso que 
já foi objeto de polêmica. 13º salário pode ser considerado destinado a retribuir o 
trabalho? Se sim, de que mês? Trezembro?
Justamente em razão da dificuldade de enquadrar o 13º nesse conceito geral 
de remuneração o legislador previdenciário, cauteloso, previu expressamente a 
incidência de contribuição sobre essa verba. Vejam a LOCSS:
Art. 28. [...] § 7º O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário 
de contribuição, exceto para o cálculo de benefício, na forma estabelecida em 
regulamento.
Já o RPS, nos §§ 6º e 7º do art. 214 traz algumas regrinhas a serem observadas 
e anotadas, porque caem com frequência nas provas:
A contribuição sobre o 13º incidirá no momento do pagamento da última par-
cela ou então na rescisão do contrato de trabalho.
A contribuição sobre o 13º é calculada em separado da remuneração do mês, res-
peitando a tabela de incidência do art. 20 da LOCSS.
Isso significa que um trabalhador que ganhe R$ 1.400,00 terá descontada de 
seu salário em dezembro a contribuição de 8% (R$ 112,00) e sobre o 13º outros 
8% (R$ 112,00). Se a prática fosse a soma das verbas, o total de R$ 2.800,00 sub-
meteria o trabalhador ao desconto de 11% (R$ 308,00). Eis um caso raro em que 
o governo morde menos do que poderia.
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Vamos retomar a polêmica a que me referi no primeiro parágrafo. O 13º é re-
muneratório ou não? E se não for, incide contribuição?
Como eu disse, está na lei, expressamente, que incide. Por vivermos em 
um país que sofre de hipertrofia legislativa crônica – produzimos muito mais leis do 
que seria razoável, muitas vezes regulando temas que poderiam perfeitamente ser 
tratados por portarias, resoluções, instruções normativas –, sabemos que o simples 
fato de estar na lei não quer dizer que uma regra seja legítima. Para colocar essas 
coisas em ordem, é que existe o Judiciário. E o nosso bom e velho STJ e o STF já 
se manifestaram sobre esse tema e sepultaram qualquer tese contrária à incidência 
da contribuição.
Vejam a Súmula n. 688 do STF:
STF – Súmula 688 – É LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
SOBRE O 13º SALÁRIO.
Depois de uma matéria ser sumulada pelo STF é difícil algum tribunal sustentar 
posição contrária. Algumas vezes isso pode ocorrer, mas é algo excepcional. E não 
ocorreu nesse caso. O mesmo entendimento exposto pelo STF na súmula acima 
transcrita já era sustentado pelo STJ e até hoje se mantém, como podemos ver no 
acórdão a seguir:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO OU CONTRADIÇÃO NO 
ACÓRDÃO RECORRIDO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. EMPRESA. ART. 22, INC. I, 
DA LEI N. 8.212/1991. BASE DE CÁLCULO. VERBA SALARIAL. AVISO PRÉVIO INDE-
NIZADO. NATUREZA INDENIZATÓRIA. NÃO INCIDÊNCIA. DÉCIMO-TERCEIRO SALÁ-
RIO (GRATIFICAÇÃO NATALINA). PREVISÃO EXPRESSA. ART. 28, § 7º, DA LEI N. 
8.212/1991. INCIDÊNCIA. [...] 3. O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) inte-
gra o salário de contribuição para fins de incidência de contribuição previdenciária. [...]
(STJ – RESP 812871/SC – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Segunda 
Turma – Julgamento em 07/10/2010 – Publicação em 25/10/2010)
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2.2.3 Férias
Se remuneração é o pagamento pelo trabalho, o pagamento do mês de férias 
não entra no cálculo da contribuição previdenciária, certo?
ERRADO!!!!
Por acaso a remuneração de férias está no § 9º dos artigos 28 da LOCSS e 214 
do RPS? Não!! Se não está nesses parágrafos, que informam as parcelas não inte-
grantes do SC, então somos obrigados a concluir que a remuneração pelas férias 
gozadas integra o SC.
CUIDADO! Só poderíamos pensar diferente do que foi exposto se houvesse 
decisão judicial em sentido contrário, não é mesmo? E não é que o STJ, depois de 
anos e anos decidindo favoravelmente à incidência de contribuição previdenci-
ária sobre a remuneração de férias resolveu mudar de ideia? Veja o que disse essa 
Corte no julgamento do Recurso Especial 1322945. Intercalo alguns COMENTÁRIO: 
meus, em azul.
RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SALÁRIO-MA-
TERNIDADE E FÉRIAS USUFRUÍDAS. AUSÊNCIA DE EFETIVA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
PELO EMPREGADO. NATUREZA JURÍDICA DA VERBA QUE NÃO PODE SER ALTERADA 
POR PRECEITO NORMATIVO. AUSÊNCIA DE CARÁTER RETRIBUTIVO. AUSÊNCIA DE IN-
CORPORAÇÃO AO SALÁRIO DO TRABALHADOR. NÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA. PARECER DO MPF PELO PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO. RE-
CURSO ESPECIAL PROVIDO PARA AFASTAR A INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVI-
DENCIÁRIA SOBRE O SALÁRIO-MATERNIDADE E AS FÉRIAS USUFRUÍDAS.
1. Conforme iterativa jurisprudência das Cortes Superiores, considera-se ilegítima a 
incidência de Contribuição Previdenciária sobre verbas indenizatórias ou que não se 
incorporem à remuneração do Trabalhador. [...] 5. O Pretório Excelso (STF, em juri-
diquês), quando do julgamento do AgRg no AI 727.958/MG, de relatoria do eminente 
Ministro EROS GRAU, DJe 27.02.2009, firmou o entendimento de que o terço consti-
tucional de férias tem natureza indenizatória. (OK, até aqui, nada a acrescentar) 
O terço constitucional constitui verba acessória à remuneração de férias e também 
não se questiona que a prestação acessória segue a sorte das respectivas prestações 
principais. Assim, não se pode entender que seja ilegítima a cobrança de Contribuição 
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Previdenciária sobre o terço constitucional, de caráter acessório, e legítima sobre a 
remuneração de férias, prestação principal, pervertendo a regra áurea acima aponta-
da. (é, de fato, regra geralno Direito, que ‘o acessório segue o principal’. Mas 
penso que o eminente Relator – quem sou eu para questioná-lo? – aplicou à 
decisão do STF a interpretação que mais lhe agradava. Em momento algum os 
ministros do STF, no julgamento do processo mencionado, fizeram referência 
à natureza do adicional de férias, se acessório ou principal. Minha opinião é de 
que a decisão do STF pode ter duas interpretações distintas: uma, a realizada 
pelo STJ neste acórdão; outra, no sentido da desvinculação do adicional e da 
remuneração de férias. Eliminar-se-ia a ideia de prestação principal – a remu-
neração – e prestação acessória – o adicional. Teríamos simplesmente duas 
verbas PRINCIPAIS, oriundas de um mesmo fato – a fruição das férias. Desse 
modo, seria possível reconhecer a não incidência da contribuição sobre o terço, 
mantendo-a em relação à remuneração de férias) [...] 9. Recurso Especial provido 
para afastar a incidência de Contribuição Previdenciária sobre o salário-maternida-
de e as férias usufruídas.
(STJ – RESP 1322945/DF – Relator Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO – Primeira 
Seção – Julgamento em 27/02/2013 – Publicação em 08.03.2013)
MUITO CUIDADO, meu(minha) amigo(a). Esse acórdão que transcrevi foi o 
primeiro a reconhecer a não incidência de contribuição sobre as férias gozadas... 
Primeiro e único até o momento... porque na nova oportunidade que aquela Cor-
te teve para tratar do tema, ratificou o posicionamento anterior. Não acredita??? 
Veja com seus próprios olhos. Tanto em relação ao salário-maternidade quanto às 
férias usufruídas (os dois temas do acórdão que acabo de citar) houve revisão do 
entendimento. Quem diria!?!?!
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVOS REGIMENTAIS NO RECURSO ESPECIAL. 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ADICIONAL DE 1/3 DE FÉRIAS E QUINZE PRIMEI-
ROS DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. NÃO INCIDÊNCIA. FÉRIAS USUFRUÍDAS E SALÁRIO-
-MATERNIDADE. INCIDÊNCIA. RESP 1.230.957/RS SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-
C DO CPC. COMPENSAÇÃO DO INDÉBITO. JUROS DE MORA. CUMULAÇÃO COM A TAXA 
SELIC. IMPOSSIBILIDADE. ART. 170-A. AGRAVOS REGIMENTAIS NÃO PROVIDOS.
1. A Primeira Seção desta Corte ao apreciar o REsp 1.230.957/RS, processado e julgado 
sob o rito do art. 543-C do CPC, confirmou a não incidência da contribuição previdenci-
ária sobre os primeiros 15 dias do pagamento de auxílio-doença e sobre o adicional de 
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férias, por configurarem verbas indenizatórias. Restou assentado, entretanto, que incide 
a referida contribuição sobre o salário-maternidade, por configurar verba de natureza 
salarial. 2. “O pagamento de férias gozadas possui natureza remuneratória e 
salarial, nos termos do art. 148 da CLT, e integra o salário de contribuição. Sa-
liente-se que não se discute, no apelo, a incidência da contribuição sobre o terço cons-
titucional” (AgRg no Ag 1.426.580/DF, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, Segunda Turma, 
DJe 12/4/12). [...] 6. Agravos regimentais não providos.
(STJ – AgRg no REsp 1251355/PR – Relator Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA – Primei-
ra Turma – Julgamento em 24/04/2014 – Publicação em 08/05/2014)
ESCLARECIMENTO de um ponto que certamente não cai em nossa prova, mas 
penso ser importante falar. A decisão citada anteriormente fez menção ao rito do art. 
543-C do CPC. Que raio é isso???? Trata-se de uma sistemática relativamente nova 
inserida no art. 543-C do Código de Processo Civil que, embora não obrigue os tri-
bunais de instâncias inferiores a julgar da mesma forma, IMPEDE o recebimento de 
Recursos Especiais se a decisão do tribunal for no mesmo sentido do acórdão do STJ.
Tal medida contribui sobremaneira para a celeridade processual e foi implantada 
em homenagem ao princípio constitucional da razoável duração do processo.
Mais detalhes sobre isso daqui a pouco... Diante dessa instabilidade decisória, 
meu conselho é: se alguma questão de concurso tratar do tema, marque que in-
cide contribuição sobre férias fruídas, pois é essa a linha reiteradamente aco-
lhida pelo STJ.
Se a banca, fundada naquele acórdão isolado, entender que não há incidência, 
certamente recorreremos, com sólidos argumentos.
2.2.4 Terço Constitucional de Férias
Aquele valor que recebemos a mais quando gozamos nossas férias anuais é de-
nominado “terço constitucional”, porque foi previsto na Constituição, art. 7º, XVII.
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Responda: incide ou não incide contribuição?
Bem, professor... se o senhor está falando disso no capítulo das parcelas inte-
grantes, é claro que incide.
Raciocínio rápido, meu(minha) caro(a). Na prática, é exatamente essa a respos-
ta... para o INSS (e a Receita Federal, órgão responsável pela cobrança e fiscaliza-
ção das contribuições), há a incidência de contribuição previdenciária sobre 
o terço de férias.
Mas CUIDADO. Se a questão exigir a resposta de acordo com o entendimento 
do STJ ou de acordo com o entendimento do STF, aí a resposta é negativa. Já é 
pacífica nesses tribunais a posição de que o terço constitucional de férias tem ca-
ráter indenizatório e, por conseguinte, não pode sofrer incidência de contribuição 
previdenciária.
É muito provável que em pouco tempo haja alteração legislativa destinada a in-
cluir o terço de férias nas parcelas não integrantes do SC. Mas, enquanto isso não 
ocorre, ficamos com essa dupla possibilidade de resposta:
• se a questão for baseada na lei, dizemos que INCIDE contribuição;
• se for baseada na jurisprudência, dizemos que NÃO INCIDE, ok?
Aqui vai a decisão mais recente do STJ acerca do tema, proferida em fevereiro 
de 2014:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-
CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUS-
SÃO A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO 
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS; SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVI-
SO PRÉVIO INDENIZADO; IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O 
AUXÍLIO-DOENÇA. [...] 1.2 Terço constitucional de férias. No que se refere ao adicional 
de férias relativo às férias indenizadas, a não incidência de contribuição previdenciária 
decorre de expressa previsão legal (art. 28, § 9º, “d”, da Lei n. 8.212/1991 – redação 
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dada pela Lei n. 9.528/97). Em relação ao adicional de férias concernente às fé-
rias gozadas, tal importância possui natureza indenizatória/compensatória, e 
não constitui ganho habitual do empregado, razão pela qual sobre ela não é 
possível a incidência de contribuição previdenciária (a cargo da empresa). [...]
(STJ – RESP 1230957 – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Primeira Seção 
– Julgamento em 26/02/2014 – Publicação em 18/03/2014)
5. (CESPE/TCE-BA/PROCURADOR/2010) Tendo como base a jurisprudência do STF 
e o que dispõe a CF, julgue os itens a seguir,relativos à seguridade social do ser-
vidor público.
É ilegítima a incidência de contribuição previdenciária sobre o terço constitucional 
de férias.
Certo.
Ao tratar do terço de férias, estamos diante de uma verba com DUPLA possibilidade 
de resposta. De acordo com a legislação, há a incidência; de acordo com a juris-
prudência, não há.
A banca, aqui, pede que nos embasemos na jurisprudência. Logo...
2.2.5 Salário-Maternidade
Eu disse que já ia falar dele. O salário-maternidade é aquele benefício previ-
denciário assegurado à mãe, em razão do parto, para possibilitar-lhe permanecer 
perto do filho recém-nascido durante os primeiros meses. Bom para o bebê. Bom 
para a mãe...
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“Ruim, só para o empregador, né, professor? Afinal, é ele que paga o salário-
-maternidade de sua empregada e não pode contar com o trabalho dela.”
Nem tanto, meu(minha) amigo(a)... nem tanto. É, realmente, o empregador 
que paga, mas ele compensa o valor pago com suas contribuições previdenciárias 
a recolher no mês. Ele ainda sofre algum prejuízo (permanece a obrigação de con-
tribuir com 20% sobre a remuneração da empregada afastada), mas sem dúvida é 
muito menor do que sofreria se não houvesse o direito à compensação.
Estamos diante de situação semelhante às férias ou ao 13º... Durante o período 
de licença-maternidade, não há prestação de serviço, não há trabalho. Então não 
seria uma verba remuneratória e, por conseguinte, não haveria incidência de con-
tribuição. Nessas horas, eis que vem o legislador e diz, na LOCSS:
Art. 28. [...] § 2º O salário-maternidade é considerado salário de contribuição.
Essa é a previsão legal expressa. O entendimento pacífico nos tribunais supe-
riores, durante muitos anos, foi favorável à aplicação desse dispositivo. Em 2013, 
contudo, o STJ, no RESP n. 1322945, mudou de ideia e resolveu que não incidia 
contribuição. Já fiz a transcrição parcial desse acórdão ao tratar das férias fruídas. 
No entanto, não há motivo para colá-lo novamente aqui, pois a mesma corte mu-
dou novamente de ideia, no começo de 2014. Em julgamento de recurso repre-
sentativo de controvérsia (art. 543-C, do Código de Processo Civil) disse que:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-
CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUSSÃO 
A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO CONSTI-
TUCIONAL DE FÉRIAS; SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVISO PRÉ-
VIO INDENIZADO; IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O AUXÍ-
LIO-DOENÇA. [...]
1.3 Salário maternidade. O salário maternidade tem natureza salarial e a transfe-
rência do encargo à Previdência Social (pela Lei n. 6.136/1974) não tem o condão de 
mudar sua natureza. Nos termos do art. 3º da Lei n. 8.212/1991, “a Previdência Social 
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tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por 
motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, 
encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamen-
te”. O fato de não haver prestação de trabalho durante o período de afastamento da 
segurada empregada, associado à circunstância de a maternidade ser amparada por 
um benefício previdenciário, não autoriza conclusão no sentido de que o valor recebido 
tenha natureza indenizatória ou compensatória, ou seja, em razão de uma contingência 
(maternidade), paga-se à segurada empregada benefício previdenciário correspondente 
ao seu salário, possuindo a verba evidente natureza salarial. Não é por outra razão que, 
atualmente, o art. 28, § 2º, da Lei n. 8.212/1991 dispõe expressamente que o salário 
maternidade é considerado salário de contribuição. Nesse contexto, a incidência de 
contribuição previdenciária sobre o salário maternidade, no Regime Geral da Previdên-
cia Social, decorre de expressa previsão legal. Sem embargo das posições em sentido 
contrário, não há indício de incompatibilidade entre a incidência da contribuição 
previdenciária sobre o salário maternidade e a Constituição Federal. [...]
(STJ – RESP 1230957 – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Primeira Seção 
– Julgamento em 26/02/2014 – Publicação em 18/03/2014)
Esse então fica fácil. Se a questão tratar da incidência de contribuição sob a ótica 
legislativa, incide. Se tratar do entendimento dos tribunais, também incide. Barba-
da, pessoal!
6. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2007) A respeito do custeio do RGPS e do 
salário de contribuição, julgue o item subsequente.
Considere que Maria receba salário-maternidade. Nessa situação, não haverá des-
conto da contribuição previdenciária do valor desse benefício.
Errado.
Preciso comentar????? Acabamos de ver que o salário-maternidade é considerado 
SC!
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2.2.6 Horas Extras
Vamos lá, meu(minha) amigo(a)... hora do cara-crachá. O valor pago pela pres-
tação de horas extras está no art. 28, § 9º da LOCSS? Não???? E no art. 214, § 9º 
do RPS? Também não? Sendo assim, concluímos que incide contribuição previden-
ciária sobre o pagamento de horas extras. Em outras palavras, a remuneração de 
horas extras é parcela integrante do SC.
Confessem, essa foi fácil, né? Ao contrário de algumas das verbas polêmicas 
que estudamos anteriormente (que, de fato, não se destinam a retribuir o trabalho) 
as horas extras, indiscutivelmente, pagam pelo trabalho prestado. São – e ai de 
quem pensar diferente – remuneratórias.
Mas como no Brasil tudo, absolutamente tudo, vai parar no Judiciário (até roubo 
de galinhas e briga de vizinhos), já houve quem questionasse a incidência de con-
tribuição. E levou pau nos Tribunais. Eis o que diz o STJ:
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE CONTRI-
BUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE OS VALORES PAGOS A TÍTULO DE HORAS EXTRAS. 
CARÁTER REMUNERATÓRIO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Esta Corte possui a orientação de que é possível a incidência de contribuição 
previdência sobre os valores pagos a título de horas extras, tendo em vista o 
seu caráter remuneratório. [...]
(STJ – AGRESP 1270270 – Relator Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO – Primeira 
Turma – Julgamento em 25/10/2011 – Publicação em 17/11/2011)
2.2.7 Diárias para Viagem
OPAAAAAAAAAAAAAAA!!! Essa verba podia integrar o SC até novembro de 
2017, quando entrou em vigor a Lei n. 13.467, da reforma trabalhista.
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Antes, a fim de evitar que salários fossem pagos disfarçados de diárias, a LOCSS 
previa que, caso essa rubrica excedesse a 50% da remuneração mensal, integraria 
o SC por seu valor total – e não apenas o que excedesse aos 50%.
Desde novembro, no entanto, essa regra não mais existe; as diárias não integram 
o SC em nenhum caso. Deixei este subitem no capítulo das parcelas integrantes, no 
entanto, para alertá-los sobre a novidade legislativa, já que, sabemos bem, os 
examinadores de concurso têm fascínio por cobrar alterações normativas nas provas.
7. (CESPE/DETRAN-ES/ADVOGADO/2010) Com relação ao salário de contribuição 
e ao custeio do regime geral de previdência social, julgue o item subsequente.
As diárias pagas integram o salário de contribuição pelo seu valor total, quando 
excedentes a 50% da remuneração mensal.
Errado.
Na data do concurso do qual esta questão foi extraída essa proposição estava CER-
TA. Com as alterações decorrentes da reforma trabalhista, contudo, só nos restou 
alterar o gabarito oficial. Atualmente, as diárias não integram, em nenhuma hipó-
tese, o salário de contribuição.
2.2.8 Adicional de Insalubridade, Adicional de Periculosidade e Adicio-
nal Noturno
Não, aluno(a)... o professor não está com preguiça. Estou tratando dos 3 adi-
cionais em um mesmo subitem porque os fundamentos para considerá-los parcelas 
integrantes do SC são rigorosamente os mesmos, e porque os tribunais repetidas 
vezes tratam de todos eles de uma só vez em suas decisões.
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Você sabe em que condições são pagos esses adicionais? Vamos nos socorrer da 
CLT para responder isso:
• adicional de insalubridade – corresponde a uma parcela adicional de 10, 20 
ou 40% do salário mínimo, de acordo com o grau de insalubridade – res-
pectivamente mínimo, médio e máximo. Serão consideradas atividades ou 
operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos 
de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos 
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente 
e do tempo de exposição aos seus efeitos (art. 189);
• adicional de periculosidade – é uma parcela adicional de 30% sobre o salário 
do empregado, devida em razão do exercício de atividade perigosa. Ativida-
de perigosa é, nos termos do art. 193 da CLT, aquela que, por sua natureza 
ou métodos de trabalho, implique risco acentuado em virtude de exposição 
permanente do trabalhador a inflamáveis, explosivos ou energia elétrica, ou 
a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de 
segurança pessoal ou patrimonial. Ou ainda – novidade de junho de 2014 – a 
atividade de trabalhador em motocicleta;
• adicional noturno – o trabalhador que exercer atividade em período noturno 
terá direito ao acréscimo de pelo menos 20% sobre a hora diurna. Por perí-
odo noturno entendemos aquele compreendido entre as 22h e as 5h do dia 
seguinte (CLT, art. 73, § 2º).
Primeira pergunta que devemos fazer: alguma dessas verbas está excluída do 
conceito de SC pelo § 9º do art. 28 da LOCSS? NÃO.
Segunda pergunta que devemos fazer: alguma dessas verbas está excluída do 
conceito de SC pelo § 9º do art. 214 do RPS? TAMBÉM NÃO.
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Terceira pergunta que devemos fazer: O que pensam os tribunais? Vejamos...
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. OMISSÃO. ALEGAÇÕES GENÉRICAS. CONTRIBUI-
ÇÃO PREVIDENCIÁRIA. BASE DE CÁLCULO. TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS, HO-
RAS-EXTRAS E ADICIONAIS PERMANENTES.
1. Não se conhece de recurso especial por suposta violação do art. 535 do CPC se a par-
te não especifica o vício que inquina o aresto recorrido, limitando-se a alegações gené-
ricas de omissão no julgado, sob pena de tornar-se insuficiente a tutela jurisdicional. 2. 
Integram o conceito de remuneração, sujeitando-se, portanto, à contribuição 
previdenciária o adicional de horas-extras, adicional noturno, salário-maternidade, 
adicionais de insalubridade e de periculosidade. Precedentes. 3. Agravo regimen-
tal não provido.
(STJ – AGARESP 69958 – Relator Ministro CASTRO MEIRA – Sexta Turma – Julgamento 
em 12/06/2012 – Publicação em 20/06/2012)
2.2.9 Gorjetas
Essa está fácil... a LOCSS já diz, em seu art. 28, I, que as gorjetas integram o SC.
Devo então apenas alertá-lo(a) de que, nos termos da CLT (art. 457, § 3º), 
gorjeta não é apenas a importância espontaneamente dada pelo cliente ao em-
pregado, mas também a cobrada pela empresa como adicional nas contas 
e destinada à distribuição aos empregados. O exemplo mais clássico seria o paga-
mento de 10% dos garçons.
As gorjetas, portanto, têm nítida e inquestionável natureza remuneratória. 
Não há como concluir de forma diversa... e o STJ segue essa mesma linha:
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÃO PRE-
VIDENCIÁRIA. TAXA DE SERVIÇO (GORJETAS). RECOLHIMENTO ATRIBUÍDO AO EM-
PREGADOR POR FORÇA DE ACORDO COLETIVO. INCIDÊNCIA. PRECEDENTES DO STJ. 
AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. “A gorjeta, compulsória ou inserida na nota de serviço, tem natureza sala-
rial. Em consequência, há de ser incluída no cálculo de vantagens trabalhistas e deve 
sofrer a incidência de, apenas, tributos e contribuições que incidem sobre o sa-
lário” (REsp 399.596/DF, Segunda Turma, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ 5/5/04). 2. 
Agravo regimental não provido.
(STJ – AGRESP 1099319 – Relator Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA – Primeira Turma 
– Julgamento em 04/09/2012 – Publicação em 12/09/2012)
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2.2.10. Aviso Prévio
A CLT estabelece que, em se tratando de contrato de trabalho por prazo inde-
terminado, a parte que, sem justo motivo, quiser a sua rescisão, deverá comunicar 
a outra a sua intenção com a devida antecedência. Não concedido o aviso prévio 
pelo empregador, nasce para o empregado o direito aos salários correspondentes 
ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de 
serviço (art. 487, § 1º, da CLT). A isso chamamos aviso prévio indenizado.
Quando o prazo é regularmente cumprido, com a prestação de serviços pelo 
empregado durante o prazo do aviso prévio, denominamos aviso prévio trabalhado.
Se você já correu na lei para ver se o aviso prévio está ou não excluído do SC, 
a resposta é NÃO. Resta-nos, então, verificar o entendimento dos tribunais.
No Judiciário ninguém mais discute a incidência da contribuição previdenciária 
sobre o aviso prévio trabalhado. Se há um pagamento em retribuição ao trabalho 
executado, estamos diante de uma verba remuneratória. Sobre ela, portanto, 
incide contribuição previdenciária.
Mas o mesmo raciocínio não se aplica ao aviso prévio INDENIZADO. De fato, 
não há como negarque ele NÃO SE DESTINA a remunerar o trabalho – embora 
o ex-empregado tenha direito ao cômputo do tempo de serviço assegurado pela 
CLT –, mas a indenizá-lo em razão da imprevisibilidade da demissão e, com isso, 
assegurar seu sustento por um curto período, durante o qual, espera-se, consiga 
nova colocação no mercado. É exatamente esse o reiterado entendimento do STJ, 
reforçado recentemente no julgamento do Recurso Especial n. 1230957/RS:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-
CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUSSÃO 
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LIO-DOENÇA. [...] 2.2 Aviso prévio indenizado. A despeito da atual moldura legislativa 
(Lei n. 9.528/97 e Decreto n. 6.727/2009), as importâncias pagas a título de inde-
nização, que não correspondam a serviços prestados nem a tempo à disposição 
do empregador, não ensejam a incidência de contribuição previdenciária. A CLT 
estabelece que, em se tratando de contrato de trabalho por prazo indeterminado, a par-
te que, sem justo motivo, quiser a sua rescisão, deverá comunicar a outra a sua inten-
ção com a devida antecedência. Não concedido o aviso prévio pelo empregador, nasce 
para o empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida 
sempre a integração desse período no seu tempo de serviço (art. 487, § 1º, da CLT). 
Desse modo, o pagamento decorrente da falta de aviso prévio, isto é, o aviso 
prévio indenizado, visa a reparar o dano causado ao trabalhador que não fora 
alertado sobre a futura rescisão contratual com a antecedência mínima estipu-
lada na Constituição Federal (atualmente regulamentada pela Lei n. 12.506/2011). 
Dessarte, não há como se conferir à referida verba o caráter remuneratório pretendido 
pela Fazenda Nacional, por não retribuir o trabalho, mas sim reparar um dano. 
Ressalte-se que, “se o aviso prévio é indenizado, no período que lhe corresponderia o 
empregado não presta trabalho algum, nem fica à disposição do empregador. Assim, 
por ser ela estranha à hipótese de incidência, é irrelevante a circunstância de não haver 
previsão legal de isenção em relação a tal verba” (REsp 1.221.665/PR, 1ª Turma, Rel. 
Min. Teori Albino Zavascki, DJe de 23.2.2011). A corroborar a tese sobre a natureza 
indenizatória do aviso prévio indenizado, destacam-se, na doutrina, as lições de Maurí-
cio Godinho Delgado e Amauri Mascaro Nascimento. Precedentes: REsp 1.198.964/PR, 
2ª Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de 4.10.2010; REsp 1.213.133/SC, 
2ª Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJe de 1º.12.2010; AgRg no REsp 1.205.593/PR, 2ª 
Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 4.2.2011; AgRg no REsp 1.218.883/SC, 1ª 
Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe de 22.2.2011; AgRg no REsp 1.220.119/RS, 
2ª Turma, Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, DJe de 29/11/2011. [...]
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Então, meu(minha) amigo(a), voltamos àquela duplicidade de respostas:
Aviso prévio trabalhado – incide contribuição, sempre;
Aviso prévio indenizado – se a questão for baseada no entendimento judicial, 
devemos responder que não incide contribuição. Se não houver, na questão, men-
ção expressa à jurisprudência, nossa resposta é pela incidência.
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2.2.11 Primeiros Quinze Dias do Auxílio-Doença
Você deve ter percebido que já falei mais de uma vez do Recurso Especial n. 
1230957/RS, julgado pelo STJ no começo do ano de 2014. É que nesse mesmo 
processo se discutia a incidência de contribuição em diversas verbas (terço consti-
tucional de férias; salário-maternidade; salário-paternidade; aviso prévio indeniza-
do; importância paga nos quinze dias que antecedem o auxílio-doença).
Já vimos quase todos esses pontos (falta a licença-paternidade, que será a pró-
xima). Nesse momento, trataremos dos primeiros quinze dias do auxílio-doença... 
ou, para ser tecnicamente correto, nos quinze dias de afastamento que antece-
dem o auxílio-doença.
Você provavelmente já sabe que o auxílio-doença é um benefício previdenciário 
devido ao segurado que permanecer incapacitado para o trabalho ou para sua ati-
vidade habitual por mais de quinze dias consecutivos. Quase todas as classes de 
segurado têm direito, cumpridos os demais requisitos, ao referido benefício a con-
tar do início da incapacidade. Ao segurado empregado, contudo, a LBPS garante o 
benefício a partir do 16º dia. Ela impõe ao empregador a responsabilidade pelo 
pagamento dos primeiros quinze dias.
Aí é que surge a controvérsia. O segurado está, de fato, afastado de suas ativida-
des profissionais. Não se pode dizer, em princípio, que o pagamento seja uma con-
traprestação ao trabalho executado. Mas vejam o que diz o art. 60, § 3º da LBPS:
Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo 
sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar 
da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. [...]
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por 
motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu 
salário integral.
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Com base na redação da lei, a Administração sustenta a exigibilidade da con-
tribuição. Se durante os primeiros quinze dias a empresa paga o salário integral, 
não há como fugir da incidência de contribuição previdenciária. Ao menos não no 
âmbito do INSS, que deve ter seus procedimentos pautados sempre pelas leis e 
demais atos normativos.
Mas o que podemos fazer se o STJ firmou entendimento distinto? Naquele mes-
mo “super acórdão” que resolveu definitivamente (assim esperamos) boa parte dos 
dilemas relativos ao SC o STJ disse que:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-
CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUS-
SÃO A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO 
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS; SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVI-
SO PRÉVIO INDENIZADO; IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O 
AUXÍLIO-DOENÇA. [...] 2.3 Importância paga nos quinze dias que antecedem o auxí-
lio-doença. No que se refere ao segurado empregado, durante os primeiros quinze dias 
consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbe ao empre-
gador efetuar o pagamento do seu salário integral (art. 60, § 3º, da Lei n. 8.213/1991 
com redação dada pela Lei n. 9.876/1999). Não obstante nesse

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