Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Classificação de Rochas sedimentares GEO 153 - Sedimentologia SEDIMENTOS SILICICLÁSTICOS SEDIMENTOS ORGÂNICOS, BIOQUÍMICOS E BIOGÊNICOS SEDIMENTOS QUÍMICOS SEDIMENTOS VULCANOCLÁSTICOS Conglomerados, brechas, arenitos e pelitos Calcários (e dolomitos), sílex (chert), fosfatos, carvão, e folhelho betuminoso Evaporitos e ironstones (rochas >15% de Fe) Ignimbritos, tufos e hialoclásticos Há quatro tipos de sedimentos (Modificado de Tucker, 1991): Fig. 8.13 Classificação de Siliciclásticos 1) Classificação baseada no tamanho das partículas constituintes 2) Composição dos sedimentos Classificação de Pelitos • Baseada na textura (granulometria) • Pelito • Lamitos • Siltitos • Argilitos • Folhelhos • Folhelhos betuminosos • Folhelhos carbonosos Siltito Argilito Folhelho Folhelho Betuminoso Classificação de Arenitos • Baseada na textura (granulometria) e porcentagem de grãos x matriz • Composição (proporções relativas de quartzo, feldspato, e fragmentos líticos) • Quartzarenito: quartz-dominated • Arenito Arcosiano: feldspar-dominated • Arenito lítico: dominancia de fragmentos líticos • Grauvaca: sustentada pela matriz (>15% ) – Termo em desuso Pettijohn 1964 Classificação de arenitos Classificação de arenitos Folk 1971 Quartzo-arenitos Arcósio Litoarenito Classificação de Conglomerados e Brechas Conglomerados • Composição mineralógica dos clastos e da matriz • Seleção e distribuição granulométrica • Forma e grau de arredondamento dos clastos • Petrofábrica • Estratificação (horizontal e inclinada) • Gradação Forma dos seixos Conglomerados - clastos arredondados e subarrendondados Brechas - angular e subangulares CLASSIFICAÇÃO DE CONGLOMERADOS E BRECHAS - Composição dos seixos Conglomerados polimíticos (ou brechas polimíticas) -seixos de vários tipos de rochas Conglomerados mono ou oligomíticos - seixos de apenas uma litologia. CLASSIFICAÇÃO DE CONGLOMERADOS E BRECHAS - Seleção e distribuição granulométrica • arcabouço fechado (clast-supported, ortoconglomerados) • arcabouço aberto (matrix supported, paraconglomerados, diamictitos). • No caso de ortoconglomerados, é importante saber se a matriz foi depositada junto com os clastos ou foi infiltrada nos interstícios após a deposição. • No caso dos paraconglomerados, os clastos podem ser transportados com a matriz (fluxo de detrito) ou através de um outro mecanismo (p.e. formação de dropstones).. Conglomerados Forma e grau de arredondamento dos clastos • As formas dos clastos são variáveis e dependem primordialmente da natureza da rocha-fonte. • Rochas fisicamente homogêneas tendem a produzir fragmentos aproximadamente eqüidimensionais enquanto rochas com comportamento mecânico anisotrópico, com xistosidade, estratificação, etc. produzem fragmentos de preferência discoidais ou elipsoidais. • O grau de arredondamento depende principalmente da resistência física dos clastos e do tempo de abrasão. • Algumas feições texturais dos clastos são importantes na definição do ambiente deposicional dos conglomerados: Ventifactos típicos da abrasão eólica e seixos estriados do transporte glacial. Deserto de Chagai, Noroeste do Paquistão Gouveia, J. & Dias, A. (1995) Seixos de quartzo e quartzito eolizados Conglomerado de Belverde (Portugal) Figueiredo et al (2008) CONGLOMERADOS Quanto a área-fonte Conglomerados Intraformacionais • Camadas pouco espessas e apresentam geralmente clastos achatados de composição uniforme. • São gerados pelo retrabalhamento local de sedimentos coesos (pelitos, margas, calcários) da mesma seqüência sedimentar. • Podem ocorrer na base de canais fluviais e de maré. • A origem de outros intraclastos é relacionada ao retrabalhamento durante tempestades. Brechas Classificação • Enquanto os conglomerados são caracterizados principalmente pelo tamanho e composição petrográfica dos clastos, nas brechas a forma e o fitting (maneira como os componentes se ajustam) dos clastos, bem como o teor e a composição da matriz são fundamentais. • Nos conglomerados, o processo de transporte é importante, já nas brechas é enfocado o processo de fragmentação. • Assim, clastos menores nos conglomerados indicam energia de transporte reduzida, já nas brechas componentes menores apontam maior energia de fragmentação. • Brechas deposicionais ou tectônicas Brechas Brechas deposicionais • a) Tilito: seleção pobre, freqüentemente polimodal, fragmentos estriados. Brechas originadas de fluxos gravitacionais (mass-flow breccias) são parecidas aos tilitos; • b) fanglomerado: depósitos de leques aluviais (sheet flood deposits ou debris flow deposits); • c) brecha de ante-recife (fore-reef breccia): fragmentos recifais gerados pela força de ondas ou por bioerosão; • d) brecha gerada por fluxo gravitacional (mass-flow breccia): a maioria destas brechas tem origem subaquática. Na base dos bancos encontra-se freqüentemente gradação inversa; • e) brecha de escarpa (talus): brecha gerada por desabamento de terrenos. Brechas Brechas não deposicionais ou tectônicas • a) Brechas de dissolução • b) Brechas de contração • c) brechas de cizalhamento: matriz gerada pela trituração da rocha; • d) brechas de impacto: formadas pelo impacto de grandes meteoritos; • e) pseudobrechas: esta fábrica é freqüente em calcários e dolomitos. Apresenta-se em forma de “clastos” escuros, com delimitações pouco nítidas, em uma matriz mais clara. Os “clastos”, na verdade são áreas de recristalização que podem ocorrer em várias gerações (tonalidades diferentes de cinza). Classificação de Carbonatos Carbonatos Classificação de Carbonatos em campo • Calcilutito = calcários com partículas carbonáticas do tamanho argila e silte • Calcarenito = calcários com partículas carbonáticas do tamanho areia • Calcirudito = calcários com partículas carbonáticas do tamanho granula a casacalho • Brecha carbonática CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONATOS Folk (1974) CLASSIFICAÇÃO DOS CARBONATOS Dunham (1962) Mudstones Wackestones Packstones Grainstones Boundstones PRINCIPAIS GRUPOS DE CALCÁRIOS • Calcários aloquímicos espáticos (grainstones) • Calcários aloquímicos microcristalinos (packstones, wackestones) • Calcários microcristalinos (mudstones) • Biolititos (boudstones) Calcários aloquímicos espáticos (grainstones) • Ambiente deposicional de correntes fortes e ação intensa de ondas. • Poros intersticiais preenchidos por cimento • Intraesparitos, ooesparitos e bioesparitos • Estratificações cruzadas • Praias, baixios, canais de maré, etc. Calcários aloquímicos microcristalinos (packstones, wackestones) • Proporção considerável de aloquímicos. • Correntes insuficientes para evitar a sedimentação da lama microcristalina. • Calcita espática ausente ou em pequenas proporções. • O limite entre calcários aloquímicos microcristalinos e calcários microcristalinos é de 10% de componentes aloquímicos. Calcários microcristalinos (mudstones) • Compostos quase inteiramente de lama microcristalina sem ou com poucos aloquímicos. • Ausência de correntes fortes. • Ambientes relativamente calmos. • Lagunas protegidas, plataformas de águas rasas, águas moderadamente profundas ou ambientes onde corais e algas capturam a lama microcristalina. • Dismicrito (Poros preenchidos por calcita) Biolititos (boundstones) • Estruturas orgânicas in situ (recifes) • Corais,algas, briozoários, etc. • Águas rasas, límpidas e quente, na zona fótica. • Geralmente cristalizados (alto teor de aragonita) • Zonas de alta energia
Compartilhar