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CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS

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CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
 O critério de base para a classificação morfológica das articulações sinoviais é a forma 
das superfícies articulares. Contudo, às vezes é difícil fazer esta correlação. Além disto, 
existem divergências entre anatomistas quanto não só à classificação de determinadas 
articulações, mas também quanto à denominação dos tipos. De acordo com a 
Terminologia Anatômica, os tipos morfológicos de articulações sinoviais são: 
A) PLANA: na qual as superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas, 
permitindo deslizamento de uma superfície sobre a outra em qualquer direção. A 
articulação acromioclavicular (entre o acrômio da escápula e a clavícula) é um exemplo. 
Deslizamento existe em todas as articulações sinoviais, mas nas articulações planas ele 
é discreto, fazendo com que a amplitude do movimento seja bastante reduzida. 
Entretanto, deve-se ressaltar que pequenos deslizamentos entre vários ossos articulados 
permitem apreciável variedade e amplitude de movimento. É isto que ocorre, por 
exemplo, nas articulações entre os ossos curtos do carpo e do tarso. 
B) GÍNGLIMO: ou dobradiça, sendo que os nomes referem-se muito mais ao 
movimento (flexão e extensão) que elas realizam do que à forma das superfícies 
articulares. A articulação do cotovelo é um bom exemplo de gínglimo e a simples 
observação mostra como a superfície articular do úmero, que entra em contato com a 
ulna, apresenta-se em forma de carretel (tróclea do úmero). Todavia, as articulações 
entre as falanges também são do tipo gínglimo e nelas a forma das superfícies 
articulares não se assemelha a um carretel. Este é um caso concreto em que o critério 
morfológico não foi rigorosamente obedecido. Realizando apenas flexão e extensão, as 
articulações sinoviais do tipo gínglimo são mono-axiais. 
C) TROCÓIDE: as superfícies articulares são segmentos de cilindro e, por esta razão, 
cilindróides talvez fosse um termo mais apropriado para designá-las. Estas articulações 
permitem rotação e seu eixo de movimento, único, é vertical: são mono-axiais. Um 
exemplo típico é a articulação rádio-ulnar proximal (entre o rádio e a ulna) responsável 
pelos movimentos de pronação e supinação do antebraço. Na pronação ocorre uma 
rotação medial do rádio e, na supinação, rotação lateral. Na posição de descrição 
anatômica o antebraço está em supinação. 
D) CONDILAR: cujas superfícies articulares são de forma elíptica. Elipsóide seria 
talvez um termo mais adequado. Estas articulações permitem flexão, extensão, abdução 
e adução, mas não a rotação. Possuem dois eixos de movimento, sendo, portanto, bi-
axiais. A articulação rádio-carpal (ou do punho) é um exemplo. Outros são a 
articulações temporomandibular (ATM) e metacarpofalangeanas. 
E) SELAR: na qual a superfície articular de uma peça esquelética tem a forma de sela, 
apresentando concavidade num sentido e convexidade em outro, e se encaixa numa 
segunda peça onde convexidade e concavidade apresentam-se no sentido inverso da 
primeira. A articulação carpo-metacárpica do polegar é exemplo típico. É interessante 
notar que esta articulação permite flexão, extensão, abdução, adução e rotação 
(conseqüentemente, também circundução) mas é classificada como bi-axial. O fato é 
justificado porque a rotação isolada não pode ser realizada ativamente pelo polegar 
sendo só possível com a combinação dos outros movimentos. 
F) ESFERÓIDE: apresenta superfícies articulares que são segmentos de esferas e se 
encaixam em receptáculos ocos. O suporte de uma caneta de mesa, que pode ser 
movimentado em qualquer direção, é um exemplo não anatômico de uma articulação 
esferóide. Este tipo de articulação permite movimentos em torno de três eixos, sendo, 
portanto, tri-axial. Assim, as articulações do ombro (entre o úmero e a escápula) e a do 
quadril (entre o osso do quadril e o fêmur) permitem movimentos de flexão, extensão, 
adução, abdução, rotação e circundução.

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