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1 PROGRAMA DE ACOMPAMENTO DO HIPERTENSO E DIABÉTICO (HIPERDIA) Doenças Crônicas Não- transmissíveis ✗As DCNT são multifatoriais, ou seja, determinadas por diversos fatores, sejam eles sociais ou individuais. Elas se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa duração. ✗As principais DCNT (doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, diabetes mellitus e neoplasias) possuem quatro fatores de risco em comum. ✗Vale salientar que esses fatores de risco são modificáveis. 3 ✗fatores de risco 4 1. Hipertensão Arterial Sistemica (HAS) Hipertensão Arterial Sistêmica ✗ Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 90 mmHg. ✗ Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes mellito (DM). ✗ Mantém associação independente com eventos como morte súbita, acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca (IC), doença arterial periférica (DAP) e doença renal crônica (DRC), fatal e não fatal. 6 Panorama da HAS ✗ A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. ✗ No Brasil, HA atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos ✗ Mais de 60% dos idosos ✗ Contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular (DCV). ✗ Junto com DM, suas complicações (cardíacas, renais e AVE) têm impacto elevado na perda da produtividade do trabalho e da renda familiar, estimada em US$ 4,18 bilhões entre 2006 e 2015. 7 Panorama da HAS ✗ A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle. ✗ A mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumenta progressivamente com a elevação da PA a partir de 115/75 mmHg de forma linear. ✗ Cerca de 7,6 milhões de mortes no mundo foram atribuídas à elevação da PA (54% por acidente vascular encefálico e 47% por doença isquêmica do coração), ocorrendo a maioria delas em países de baixo e médio desenvolvimento econômico e mais da metade em indivíduos entre 45 e 69 anos. ✗ No Brasil, a prevalência média de HAS autorreferida na população acima de 18 anos, segundo a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas é de 22,7%, sendo maior em mulheres (25,4%) do que em homens (19,5%). 8 Panorama da HAS ✗ A hipertensão arterial sistêmica (HAS) apresenta alta morbimortalidade, com perda importante da qualidade de vida, o que reforça a importância do diagnóstico precoce. ✗ O diagnóstico não requer tecnologia sofisticada, e a doença pode ser tratada e controlada com mudanças no estilo de vida, com medicamentos de baixo custo e de poucos efeitos colaterais, comprovadamente eficazes e de fácil aplicabilidade na Atenção Básica (AB). 9 Rastreamento da HAS ✗ Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando vier à Unidade Básica de Saúde (UBS) para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros, e não tiver registro no prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverá tê-la verificada e registrada. ✗ A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. ✗ De acordo com a média dos dois valores pressóricos obtidos, a PA deverá ser novamente verificada: • – a cada dois anos, se PA menor que 120/80 mmHg; • – a cada ano, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg nas pessoas sem outros fatores de risco para doença cardiovascular (DCV) 10 Fatores de risco, causais e agravantes da pressão arterial 11 Condições padronizadas para a medida da pressão arterial 12 Diagnóstico ✗ O diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da PA maior ou igual a 140/90mmHg,verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as duas medidas subsequentes e divide-se por três. ✗ Cabe salientar o cuidado de se fazer o diagnóstico correto da HAS, uma vez que se trata de uma condição crônica que acompanhará o indivíduo por toda a vida. ✗ Deve-se evitar verificar a PA em situações de estresse físico (dor) e emocional (luto, ansiedade), pois um valor elevado, muitas vezes, é consequência dessas condições. 13 Classificação da pressão arterial ✗ Classificação da pressão arterial para adultos maiores de 18 anos: 14 15 Sintomas de crise hipertensiva Fluxograma de rastreamento e diagnóstico de HAS Cuidado integral ao paciente com HAS: Histórico ✗ Identificação da pessoa (dados socioeconômicos, ocupação, moradia, trabalho, escolaridade, lazer, religião, rede familiar, vulnerabilidades e potencial para o autocuidado). ✗ Antecedentes familiares e pessoais (agravos à saúde). ✗ Queixas atuais, principalmente as indicativas de lesão de órgão-alvo, tais como: tontura, cefaleia, alterações visuais, dor precordial, dispneia, paresia, parestesias e edema e lesões de membros inferiores. 16 Cuidado integral ao paciente com HAS: Histórico ✗ Percepção da pessoa diante da patologia, do tratamento e do autocuidado. ✗ Medicações em uso e presença de efeitos colaterais. ✗ Hábitos de vida: alimentação; sono e repouso; atividade física, higiene; funções fisiológicas. ✗ Identificação de fatores de risco (diabetes, tabagismo, alcoolismo, obesidade, dislipidemia, sedentarismo e estresse). 17 Cuidado integral ao paciente com HAS: Histórico ✗ Presença de lesões em órgãos-alvo ou doenças cardiovasculares: – Doenças cardíacas: hipertrofia de ventrículo esquerdo; angina ou infarto prévio do miocárdio; revascularização miocárdica prévia; insuficiência cardíaca. – Episódio isquêmico ou acidente vascular encefálico. – Nefropatia. – Doença vascular arterial periférica. – Retinopatia hipertensiva. 18 Exame físico • Altura, peso, circunferência abdominal e IMC. • Pressão arterial com a pessoa sentada e deitada. • Frequência cardíaca e respiratória. • Pulso radial e carotídeo. • Alterações de visão. • Pele (integridade, turgor, coloração e manchas). 19 Exame físico • Cavidade oral (dentes, prótese, queixas, dores, desconfortos, data do último exame odontológico). • Tórax (ausculta cardiopulmonar) e abdômen. • Membros superiores e inferiores: unhas, dor, edema, pulsos pediosos e lesões; articulações (capacidade de flexão, extensão, limitações de mobilidade, edemas); pés (bolhas, sensibilidade, ferimentos, calosidades e corte das unhas). 20 Planejamento da assistência ✗ Pontos importantes no planejamento da assistência: • Abordar/orientar sobre: 1. A doença e o processo de envelhecimento. 2. Motivação para modificar hábitos de vida não saudáveis (fumo, estresse, bebida, alcoólica e sedentarismo). 3. Percepção de presença de complicações. 4. Os medicamentos em uso (indicação, doses, horários, efeitos desejados e colaterais). 5. Solicitar e avaliar os exames previstos no protocolo assistencial local. 21 A IMPLEMENTAÇÃO DOS CUIDADOS ✗ Deverá ocorrer de acordo com as necessidades e grau de risco da pessoa e da sua capacidade de adesão e motivação para o autocuidado, em cada consulta. 22 . 23 24 Exames laboratoriais ✗ O atendimento inicial e acompanhamento da pessoa com diagnóstico de HAS requer um apoio diagnóstico mínimo. ✗ periodicidade anual destes exames, no entanto, o profissional deverá estar atento ao acompanhamento individual de cada paciente.✗ Considerando sempre o risco cardiovascular, as metas de cuidado e as complicações existentes. 25 Exames laboratoriais Rotina complementar mínima para pessoa com HAS 26 Avaliação do risco cardiovascular • Tabagismo • Hipertensão • Obesidade • Sedentarismo • Sexo masculino • História familiar de evento cardiovascular prematuro (homens <55 anos e mulheres <65 anos) • Idade >65 anos 27 Baixo risco/Intermediário Avaliação do risco cardiovascular • Acidente vascular cerebral (AVC) prévio • Infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio • Lesão periférica – Lesão de órgão-alvo (LOA) • Ataque isquêmico transitório (AIT) • Hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE) • Nefropatia • Retinopatia • Aneurisma de aorta abdominal • Estenose de carótida sintomática • Diabetes mellitus 28 Alto risco Hipertensão arterial segundo os ciclos de vida: Crianças e adolescentes 30 Hipertensão arterial segundo os ciclos de vida: Idosos ✗ A hipertensão sistólica é muito comum em idosos. O objetivo é a redução gradual da PA para valores abaixo de 140/90mmHg. Na presença de valores muito elevados de PA sistólica podem ser mantidos inicialmente níveis de até 160mmHg. ✗ Não está bem estabelecido o nível mínimo tolerado da PA diastólica. ✗ Maior frequência de hiato auscultatório. ✗ Pseudo-hipertensão. ✗ Hipotensão ortostática. 32 Hipertensão arterial segundo os ciclos de vida: Gestantes ✗ A pressão arterial deve ser obtida com os mesmos equipamentos e com a mesma técnica recomendada para adultos. ✗ Entretanto a PA também pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso. ✗ Não deve diferir da posição sentada. 34 Tratamento e Acompanhamento das Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica na Atenção Básica ✗ O cuidado da pessoa com hipertensão arterial sistêmica (HAS) deve ser multiprofissional. ✗ O objetivo do tratamento é a manutenção de níveis pressóricos controlados conforme as características do paciente e tem por finalidade reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diminuir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. ✗ Um dos desafios para as equipes da Atenção Básica é iniciar o tratamento dos casos diagnosticados e manter o acompanhamento regular dessas pessoas motivando-as à adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso. 35 Tratamento medicamentoso ✗ A decisão de quando iniciar medicação anti-hipertensiva deve ser considerada avaliando a preferência da pessoa, o seu grau de motivação para mudança de estilo de vida, os níveis pressóricos e o risco cardiovascular; 36 Tratamento medicamentoso ✗ O tratamento medicamentoso utiliza diversas classes de fármacos selecionados de acordo com a necessidade de cada pessoa; ✗ Combinação de medicamentos ✗ Efeitos adversos ✗ Interações medicamentosas 37 Tratamento não medicamentoso ✗ O tratamento não medicamentoso é parte fundamental no controle da HAS e de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares; ✗ Tratamento envolve mudanças no estilo de vida: • Redução no uso de bebidas alcoólicas • Uso de anticoncepcionais hormonais orais • Tabagismo • Alimentação • Atividade física • Controle do peso 38 Recomendações nutricionais para a prevenção e manejo da HAS “Dez Passos para uma Alimentação Saudável para pessoas com HAS” ✗ 1. Procure usar o mínimo de sal no preparo dos alimentos. Recomenda-se para indivíduos hipertensos 4 g de sal por dia (uma colher de chá), considerando todas as refeições. ✗ 2. Para não exagerar no consumo de sal, evite deixar o saleiro na mesa. A comida já contém o sal necessário! ✗ 3. Leia sempre o rótulo dos alimentos verificando a quantidade de sódio presente (limite diário: 2.000 mg de sódio). ✗ 4. Prefira temperos naturais como alho, cebola, limão, cebolinha, salsinha, açafrão, orégano,manjericão, coentro, cominho, páprica, sálvia, entre outros. 39 Recomendações nutricionais para a prevenção e manejo da HAS ✗ Evite o uso de temperos prontos, como caldos de carnes e de legumes, e sopas industrializadas. Atenção também para o aditivo glutamato monossódico, utilizado em alguns condimentos e nas sopas industrializadas, pois esses alimentos, em geral, contêm muito sódio. ✗ 5. Alimentos industrializados como embutidos (salsicha, salame, presunto, linguiça e bife de hambúrguer), enlatados (milho, palmito, ervilha etc.), molhos (ketchup, mostarda, maionese etc.) e carnes salgadas (bacalhau, charque, carne seca e defumados) devem ser evitados, porque são ricos em gordura e sal. 40 Recomendações nutricionais para a prevenção e manejo da HAS ✗ 6. Diminua o consumo de gordura. Use óleo vegetal com moderação e dê preferência aos alimentos cozidos, assados e/ou grelhados. ✗ 7. Procure evitar a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e o uso de cigarros, pois eles contribuem para a elevação da pressão arterial. ✗ 8. Consuma diariamente pelo menos três porções de frutas e hortaliças (uma porção = 1 laranja média, 1 maçã média ou 1 fatia média de abacaxi). ✗ Dê preferência a alimentos integrais como pães, cereais e massas, pois são ricos em fibras, vitaminas e minerais. 41 Recomendações nutricionais para a prevenção e manejo da HAS ✗ 9. Procure fazer atividade física com orientação de um profissional capacitado. ✗ 10. Mantenha o seu peso saudável. O excesso de peso contribui para o DESENVOLVIMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL. ✗ A PESSOA SEGUE AS ORIENTAÇÕES? 42 Orientação nutricional ✗ Padrão alimentar saudável • Redução dos níveis pressóricos, possibilitando a diminuição da quantidade de fármacos utilizados na terapia medicamentosa. • Manutenção do peso corporal, redução da obesidade visceral e redução de peso, nos casos de sobrepeso e obesidade. • Adequação do consumo energético e de macro e micronutrientes, conforme necessidades individuais. 43 Orientação nutricional ✗ Padrão alimentar saudável • Valorização dos hábitos e da cultura alimentar, assim como de uma alimentação saudável, promovendo ações de reeducação alimentar, a fim de possibilitar mudanças de hábitos sustentáveis em longo prazo. • Prevenção ou retardo dos agravos vinculados aos hábitos e padrões alimentares. ✗ Consumo energético 44 Sal e sódio ✗ Recomendar o uso moderado de sal no preparo da comida, indicando a quantidade a ser utilizada (medidas caseiras) e a restrição do uso de alimentos ricos em sódio conservadas no sal e refeições prontas. ✗ Estimular a utilização de temperos naturais para substituir o sal como, por exemplo:açafrão, alecrim, alho, canela, cebola, coentro, cravo, endro, folhas de louro, gengibre, hortelã, limão, manjericão, manjerona, orégano, pimentão, salsinha, sálvia, tempero verde, vinagre, limão, adobo. O uso desses temperos naturais realça o gosto dos alimentos e ajudam a reduzir o uso de sal. 45 Sal e sódio ✗ Desestimular o uso do saleiro à mesa. ✗ Orientar para a leitura dos rótulos dos alimentos industrializados, a fim de observar a presença e a quantidade de sódio contidas neles, especialmente para os alimentos diet e light, que podem ser ricos em sal. Lembrar que a tabela de informação nutricional disponibiliza a informação de sódio e a conversão sal-sódioé feita da seguinte forma: 1 g de sal contém 0,4g (ou 400 mg) de sódio. A tabela a seguir auxilia o profissional no reconhecimento da quantidade média de sódio de alguns alimentos processados, mesmo que existam variações entre as marcas. 46 Sal e sódio ✗ O uso de substitutos de sal contendo cloreto de potássio (KCl) pode ser recomendado aos pacientes, embora alguns tenham a palatabilidade como fator limitante. Pessoas com quadro clínico de insuficiência renal precisam ser monitoradas quanto ao uso desses substitutos. 47 Quantidade de sal nos alimentos ricos em sódio 48 Recomendações Nutricionais ✗ Fibras ✗ Estudos verificaram o efeito da oferta de fibras na alimentação e na redução da pressão arterial. Um dos achados é referente ao betaglucano presente na composição da aveia, que promoveu discreta redução do peso em indivíduos obesos. ✗ Micronutrientes ✗ Dietas ricas em potássio precisam ser incentivadas, em função do aumento dos benefícios da dieta hipossódica. ✗ O profissional pode basear-se na recomendação do Guia Alimentar para a população Brasileira. 49 Recomendações Nutricionais 50 Atividade física para indivíduos com HAS ✗ Ao orientar a prática da atividade física à pessoa com HAS, o profissional de Saúde deve estar atento a alguns aspectos. É importante que a pessoa faça uma avaliação inicial, considerando a história clínica atual e pregressa, comorbidades, controle da pressão arterial, medicamentos em uso e adesão ao tratamento. ✗ Aos indivíduos em que a pressão arterial sistólica e/ou diastólica estiver superior a 160 ou 105 mmHG, respectivamente, não é recomendado que realizem atividades físicas intensas ou anaeróbias. 51 Atividade física para indivíduos com HAS: Exercícios aeróbios ✗ Se a pessoa optar por esta modalidade de exercícios, o profissional poderá sugerir atividades como caminhadas, dança, ciclismo, natação e corrida. O início deve ser gradativo, respeitando o limite fisiológico individual. A frequência recomendada é de 3 a 5 vezes por semana, pelo menos 30 minutos por dia, com o grau de intensidade de acordo com a adaptação fisiológica do indivíduo 52 Atividade física para indivíduos com HAS: Exercícios anaeróbios ✗ Se a pessoa optar por esta modalidade de exercícios, o profissional poderá sugerir atividades como: musculação, saltos, abdominais, flexões e agachamentos. O início deve ser gradativo, respeitando o limite fisiológico individual. A frequência recomendada é de 3 a 5 vezes por semana, de acordo com a intensidade e tipo de atividade realizada. 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 DIABETES MELLITUS ✗ r ✗ O diabetes mellitus(DM) é uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo. ✗ Prevalência do DM para 2030: 11,3%; ✗ 1ª causa de mortalidade e de hospitalizações; ✗ Condição Sensível à Atenção Primária; ✗ Linhas de cuidado prioritárias da atenção básica. 67 Diabetes Mellitus ✗ O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. ✗ Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros. 68 Incidência de Diabetes no mundo Sinais e Sintomas Causas principais: • Crescimento e envelhecimento populacional • Maior urbanização • Progressiva prevalência de obesidade e sedentarismo Incidência de Diabetes no Brasil Fatores de Risco ✗ Idade acima de 45 anos ✗ Obesidade e sobrepeso ✗ Diabetes Gestacional anterior ✗ Histórico Familiar de Diabetes Tipo II ✗ Pré-Diabetes ✗ Consumo elevado de álcool ✗ Diagnóstico e detecção precoce; ✗ Tratamento e acompanhamento multiprofissional; ✗ Prevenção das complicações agudas e crônicas associadas ao DM; ✗ Educação em saúde. 73 Diabetes Mellitus SERVIÇOS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE NO ACOMPANHAMENTO ✗ Atenção básica ✗ Nutricionista, oftalmologista, psicólogo, enfermeiros, educador físico, farmacêutico, médico, fisioterapeuta, técnicos laboratoriais, agentes comunitários. 75 ✗ PRÉ-DIABÉTICOS ✗ Excesso de peso (IMC > 25 kg/m2) ✗ Idade ≥ 45 anos; ✗ Histórico familiar ✗ Hipertensão Arterial Sistêmica ✗ Dislipidemia; ✗ Risco cardiovascular elevado; ✗ Histórico de diabetes gestacional; ✗ Histórico de doença cardiovascular; ✗ Síndrome do ovário policístico; ✗ Inatividade física. 76 Diagnóstico e detecção precoce ✗ Controle metabólico e a prevenção das complicações agudas e crônicas associadas a doença; 77 Tratamento e acompanhamento ✗ Orientação nutricional; ✗ Prática regular de atividade física; ✗ Orientação e/ou acompanhamento farmacoterapêutico. 78 Tratamento e acompanhamento Integram um conjunto de medidas de auto-cuidado e educação em saúde extremamente importante na prevenção do DM e no retardo das suas complicações. ✗ Equipe multiprofissional; ✗ Plano de acompanhamento deve ser realizado de forma colaborativa; ✗ Portador de diabetes → papel ativo em relação aos cuidados com a sua saúde. 79 Tratamento e acompanhamento 80 81 A PACIENTE ✗ Mulher idosa, 60 anos ✗ Mora com o marido e tem dois filhos. ✗ Classe média baixa ✗ Pré disposição genética a diabetes ✗ Alimentação desequilibrada antes e após o diagnóstico ✗ Obesa Sintomas pré-diagnóstico: sede, visão debilitada, desconforto nos pés Timeline Suspeita Diagnóstico Acompanhame nto Diagnóstico Realização de exames: ✗ Glicemia de jejum: nível de Glicemia de jejum glicose sanguínea após um jejum de 8 a 12 horas; ✗ Teste oral de tolerância à glicose: O paciente recebe uma carga de 75 g de glicose, em jejum, e a glicemia é medida antes e 120 minutos após a ingestão; ✗ Glicemia casual: colhida em qualquer horário do dia, independente da última refeição realizada; ✗ Conclusão: paciente diabética 85 86 87 88 Tabela para controle da glicemia ✗ Insulina basal (NPH) + insulina prandial(R) ✗ + 70 % dos pacientes DM II → mistura 70/30; ✗ Esquema → pouca flexibilidade no estilo de vida; ✗ Esquema → requer aderência em relação aos horários de aplicação e muita disciplina em relação a quantidade de carboidratos ingeridos. 89 Mistura de insulina ✗ Grau de controle deve ser pactuado entre equipe e usuário; ✗ Idade / Expectativa de vida / duração da doença / presença de comorbidades; ✗ Alvos menos rigorosos (Hb1Ac entre 7% e 7,0%) →casos + complexos; ✗ Maior flexibilidade → diagnóstico após 60 –65 anos de 90 Metas para controle da glicemia ✗ Complicações agudas: ✗ Hiperglicêmicas aguda; ✗ Cetoacidose diabética; ✗ Síndrome hiperosmolar; ✗ Hiperglicêmica não cetótica; ✗ Hipoglicemia. 91 Prevenção das complicações agudas e crônicas ✗ Complicaçõescrônicas ✗ •As microvasculares: retinopatia, nefropatiae neuropatia diabética. ✗ •As macrovasculares: doenças isquêmicas cardiovasculares, são mais graves nos indivíduos acometidos pela doença. 92 Prevenção das complicações agudas e crônicas ✗ Úlceras de pés (pé diabético); ✗ Doenças periodontais. 93 Prevenção das complicações agudas e crônicas ✗ Fatores de risco comuns: ✗ hipertensão arterial; ✗ tabagismo; ✗ colesterol elevado; ✗ obesidade; ✗ inflamação branda e crônica; ✗ resistência à insulina; ✗ disfunção endotelial. 94 Prevenção das complicações agudas e crônicas ✗ Parte fundamental do tratamento; ✗ Vários estudos comprovam sua efetividade; ✗ Maximiza a efetividade do tratamento convencional; ✗ Facilita o manejo de novas tecnologias (AMGC); ✗ Ajuda na promoção e no desenvolvimento do autocuidado; 95 Educação em Saúde ✗ Familiares e cuidadores ; ✗ Equipe multiprofissional; ✗ Profissionais capacitados: ✗ Reconhecer as diferenças individuais; ✗ Identificar as necessidades dos pacientes. 96 Educação em Saúde Alimentação X DM ✗ MITOS: ✗ 1 Quanto menos eu comer, mais facilmente controlo meu diabetes. ✗ 2 Basta retirar o açúcar da minha alimentação para controlar a glicemia. ✗ 3 Posso comer carnes, ovos, hortaliças e frutas à vontade. 98 ✗ FATOS: ✗ O diabetes do tipo 2 está diretamente relacionado ao excesso de peso e alto consumo de gorduras na dieta. ✗ Manter um peso adequado e uma alimentação balanceada favorece o controle da glicemia e pode retardar o aparecimento do diabetes tipo 2. ✗ Hábitos alimentares saudáveis, que incluem maior oferta de alimentos pouco processados e naturais, menor consumo de gorduras, sal e bebidas alcoólicas previnem a pressão alta, a elevação dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue e contribuem para manter o nível normal de glicemia. 99 ✗ PERGUNTAS FREQUENTES: ✗ Devo seguir a dieta rigorosamente todos os dias? ✗ É possível transgredi-la sem prejuízo para o controle do meu diabetes? ✗ R: Sim, uma vez que o diabetes se instala, seguir a prescrição dietética é um fato rotineiro, porque sendo uma doença do metabolismo é diretamente influenciada pela qualidade e quantidade de nutrientes que entram na circulação sanguínea. ✗ Contudo, ao contrário o que se pensa, o plano alimentar de uma pessoa portadora de diabetes é o mesmo recomendado para quem quer ter uma vida saudável e evitar doenças. 10 0 ✗ 1 Inclua mais refeições, como pequenos lanches, no seu dia, reduzindo as quantidades de alimentos das refeições principais. ✗ 2 Reduza progressivamente o consumo de alimentos industrializados, substituindo-os por alimentos naturais e preparações caseiras ✗ 3 Opte por alimentos com menor teor de gorduras. Por exemplo, ao comprar pães, escolha os mais simples como o pão francês ou integral. 10 1 O QUE VOCÊ PODE COMEÇAR A FAZER: ✗ 1 Controlar sempre a glicemia com a ponta de dedo. ✗ 2 Manter hemoglobina glicada dentro do valor estabelecido pela equipe que o acompanha. ✗ 3 Controlar o peso. ✗ 4 Ter hábitos alimentares saudáveis com a inclusão de legumes, verduras e frutas na alimentação diária. ✗ 5 Fazer atividade física com frequência dentro do seu limite e orientado pela equipe médica. ✗ 6 Participar de grupos de convivência em diabetes. 10 2 O QUÊ VOCÊ PODE COMEÇAR A FAZER PARA RETARDAR OU EVITAR A PROGRESSÃO DAS COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS ✗ MITOS: ✗ 1 A única forma da pessoa com diabetes manter seu plano alimentar saudável, é em casa, sem sair da rotina. ✗ 2 Prefiro não participar de eventos sociais, pois sempre fico com vontade de comer algo que não posso. 10 3 ✗ FATOS: ✗ 1 Convívio social nas diversas fases da vida é importante para integração social de todas as pessoas. ✗ 2 Plano alimentar indicado para pessoas com Diabetes Mellitus baseia-se na alimentação saudável, orientado por uma equipe especializada. ✗ 3 A Educação nutricional , realizada pela equipe, deve esclarecer suas dúvidas e tabus, em relação a alimentação, traduzindo a teoria para a prática, nas diversas situações da vida, incentivando a sua independência. 10 4 10 5 10 6 10 7 10 8 10 9 11 0 11 1 11 2 11 3 11 4 11 5 11 6 11 7 11 8 11 9 12 0 HiperDia USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ HIPERDIA – SISTEMA INFORMATIZADO DE CADASTRO E ACOMPANHAMENTO DOS PACIENTES PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS. ✗ HIPERDIA: NOS PERMITE QUANTIFICAR OS PACIENTES POR EAS E POR: • PATOLOGIA(S) • SEXO 12 2 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ POSSIBILIDADE DE SE OBTER OS PERCENTUAIS: ✗ FAIXAS ETÁRIAS ✗ RAÇA ✗ ESCOLARIDADE ✗ TABAGISMO ✗ SEDENTARISMO ✗ SOBREPESO/OBESIDADE ✗ ANTECEDENTES FAMILIARES ✗ SEQUELAS ✗ ABSENTEÍSMO 12 3 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ POSSIBILIDADE DE SE AVALIAR: ✗ ÓBITOS OCORRIDOS (SIM E DADOS REFERIDOS) ✗ MEDICAMENTOS UTILIZADOS E QUANTIDADES (RENAME) ✗ RISCO CÁRDIO-VASCULAR ✗ GRAU DE COMPENSAÇÃO DOS PACIENTES DIABÉTICOS 12 4 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA RECOMENDAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO ✗ Definição da equipe multiprofissional mínima de trabalho e tarefas de cada um, sensibilizando todos para a importância do programa. ✗ Fluxograma de atendimento: cada serviço, de acordo com sua equipe, irá estabelecer uma estratégia, devendo estar aí incluídas atividades individuais e/ou de grupo. ✗ Informação ao paciente sobre a rotina de atendimento, para que tenha maior compreensão e, consequentemente, adesão ao tratamento. 12 5 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA o Ações administrativas; o Cartão do paciente; o Obrigatoriedade do registro de todos os dados do paciente em prontuário; o Reuniões periódicas da equipe, buscando uniformização de procedimentos e linguagem. ✗ Não há necessidade da existência de todos os profissionais nos grupos de atendimento multiprofissional a serem constituídos. ✗ O que determina o bom funcionamento do grupo é sua filosofia de trabalho: caminhar unido na mesma direção. 12 6 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA PLANEJAR AS AÇÕES: • RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS • PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO (LEMBRANDO DAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS) – PRIORIDADES VISANDO O AGENDAMENTO DAS CONSULTAS E VISITAS DOMICILIARES (ESCORE DE FRAMINGHAM, SEQUELAS,...) • AMBULATÓRIO(S) DE ESPECIALIDADES • TRANSPORTE SANITÁRIO • FLUXOS • EDUCAÇÃO CONTINUADA E FEED-BACK • GRUPOS EDUCATIVOS • GRUPOS DE ATIVIDADE FÍSICA • AVALIAÇÃO DA ADESÃO AO TRATAMENTO 12 7 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA PROTOCOLOS DE ATENDIMENTO: ✗ Caderno de atenção básica : hipertensão arterial sistêmica ✗ Caderno de atenção básica: diabetes mellitos ✗ Caderno de atenção básica: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica 12 8 12 9 Os princípios que orientam a reorganização dos processos de trabalho ✗ Ampliar o acesso da população aos recursos e aos serviços das Unidades Básicas de Saúde: a utilização dos serviços e dos recursos de Saúde nem sempre ocorrem de forma que quem mais precisa consiga acesso. ✗ Frequentemente, pessoas com menores riscos à saúde têm número de consultas considerado maior que o necessáriopara o adequado acompanhamento de suas condições crônicas de saúde, enquanto outras com maiores riscos e vulnerabilidade não conseguem acesso ao cuidado. ✗ Ou, ao contrário, a grande maioria dos recursos é utilizado em uma minoria com doenças graves. A estratificação segundo riscos e as respostas das unidades básicas, conforme o estrato de risco, ajudam a adequar e a ampliar o acesso 13 0 ✗ Buscar maior qualidade da Atenção à Saúde: qualidade é a capacidade dos serviços de Saúde em responder de forma efetiva às necessidades de saúde, no momento em que as pessoas precisam. ✗ Isso quer dizer: acesso e efetividade das ações. ✗ O uso de diretrizes clínicas baseadas em evidências realizado conjuntamente com profissionais da Atenção Primária está relacionado à efetividade do cuidado. ✗ As melhores recomendações, muitas vezes com inequívocas evidências de melhores resultados, nem sempre são utilizadas. 13 1 Persistir na busca à integralidade da atenção ✗ A integralidade tem várias dimensões e depende de um conceito amplo de saúde. Integralidade compreende promoção da saúde, prevenção e tratamento de doenças e recuperação da saúde. ✗ Refere-se, ainda, à abordagem integral do indivíduo (todos os sistemas fisiológicos, bem como os aspectos psicológicos, e contexto familiar e social) e da população sob responsabilidade das equipes básicas. ✗ Assim, o indivíduo com diabetes frequentemente é também hipertenso, pode estar deprimido, talvez não tenha tido uma consulta odontológica há vários anos e muito provavelmente convive com familiares com as mesmas condições crônicas de saúde 13 2 As atividades a serem aperfeiçoadas e/ou implementadas ✗ Programação da assistência conforme necessidades da população: ✗ Uma vez conhecidas as necessidades em saúde da população do território, cabe realizar a programação dos tempos e agendas. Inicia- se com duas operações: ✗ 1) cálculo do número de consultas/atendimentos; ✗ 2) cálculo da capacidade instalada. ✗ Essas informações permitirão adequar a capacidade instalada às necessidades da população. 13 3 ✗ A programação de consultas: as consultas costumam ser divididas em consultas programáveis (por motivos previsíveis) e consultas do dia (motivos imprevisíveis). ✗ Esses parâmetros, quando refletidos nas agendas e nas práticas assistenciais das equipes, estão relacionados ao melhor acesso da população aos recursos e aos serviços das unidades básicas. ✗ Como parâmetro para organização da agenda na literatura, há variação em relação ao total de consultas. Esse parâmetro pode variar de 30% a 50% de consultas programáveis e de 70% a 50% de consultas do dia. 13 4 13 5 ✗ Parâmetros para estimar o número de consultas/atendimentos programáveis: os parâmetros têm por base diretrizes assistenciais e literatura científica, orientam as recomendações sobre o número de consultas a serem realizadas por indivíduos conforme seus riscos e, consequentemente, orientam a marcação das consultas nas agendas. ✗ Como exemplo, para uma pessoa com hipertensão cujo estrato de risco é muito alto, há recomendação anual de três consultas médicas, três consultas com enfermeira, uma consulta com dentista, entre outros contatos, diferentemente de uma pessoa com hipertensão com estrato de baixo risco1 . 13 6 ✗ Parâmetros para avaliar a capacidade instalada: o cálculo da carga horária dos profissionais integrantes da equipe de Saúde disponível para consultas/ atendimentos considera a multiplicidade de atividades desenvolvidas na atenção primária, as características demográficas e epidemiológicas da população e a diversa carga horária contratual de cada categoria profissional. ✗ A carga horária de cada profissional pode ser distribuída de forma que o tempo destinado para consultas seja em torno de 50% a 70% do total da carga horária (consultas de demanda espontânea, consultas de cuidado continuado, consultas coletivas), dependendo da formação de cada um e da população que atendem. 13 7 Recepção e acolhimento ✗ Ao tratar do assunto, cabe destacar o que almejamos: que as pessoas possam usufruir dos serviços de Saúde que necessitam, no momento em que necessitam, com qualidade e equidade! ✗ O usuário com doenças crônicas é, usualmente, um grande frequentador da Unidade Básica de Saúde, buscando-a por diversas razões: renovação de receitas, consulta de acompanhamento, verificação da pressão e/ou glicemia, atendimento para agudização de sua condição crônica, entre outras. 13 8 ✗ uma situação aguda deve ser avaliada investigando: ✗ o uso das medicações prescritas, utilizadas, doses, horários; ✗ a alimentação (recente, eventuais exageros ou dieta muito restritiva); ✗ a atividade física (realização recente, muito intensa); ✗ o uso de álcool, tabaco e outras drogas; • episódios de conflitos e outros estresses emocionais. 13 9 14 0 ✗ Há muitas vantagens do primeiro atendimento das complicações agudas da hipertensão arterial sistêmica e do diabetes mellitus, por exemplo, ser realizado na Unidade Básicas de Saúde (UBS). ✗ A maior parte das agudizações das doenças crônicas pode ser mais bem manejada na UBS: o profissional/a equipe conhece o usuário, seus problemas de saúde, as medicações prescritas, sua história, seu contexto. 14 1 ✗ Esse episódio pode servir de alerta para a possibilidade de tratamento não adequado ou não utilização das medicações prescritas. ✗ No decorrer da consulta por demanda espontânea, o profissional verifica e revisa o plano de acompanhamento, a periodicidade de contatos com a equipe de Saúde de acordo com seus riscos/vulnerabilidade. ✗ Caso necessário, o agendamento de consulta subsequente para avaliação clínica e solicitação de exames deve ser realizado. uso de diretrizes clínicas baseadas em evidências • divulgação, para a equipe de Saúde, das diretrizes disponíveis para a Atenção Primária; • as diretrizes devem estar disponíveis em local de fácil consulta (por exemplo, em todos os consultórios/salas de atendimento); • a diretriz deve explicitar as atribuições de cada integrante da equipe no cuidado aos indivíduos (o que é de cada um – e o que é de todos), nas diversas categorias de uma equipe multidisciplinar; 14 2 uso de diretrizes clínicas baseadas em evidências • desenvolvimento de atividades de educação permanente, que iniciam com a familiarização dos profissionais com as diretrizes e seguem com atualizações e aprofundamento dos temas. É fundamental que todos os integrantes da equipe as conheçam, as discutam e as critiquem (esta é a melhor forma de os profissionais se apropriarem das diretrizes e passarem a consultá-las ao fazer recomendações aos usuários); 14 3 uso de diretrizes clínicas baseadas em evidências ✗ monitoramento de como está a utilização das diretrizes no dia a dia. Os profissionais estão encontrando dificuldades? Quais? • lembrar à equipe que uma diretriz apresenta as melhores recomendações, segundo evidências (estudos que demonstraram quais são as melhores orientações para um grupo de pessoas). Mas cada indivíduo é único, não há ninguém igual a ele e, por isso, cada vez que estamos diante de um usuário, devemos usar o julgamento clínico para avaliar em que medida as recomendações são úteis para ele. 14 4 Estratificação segundo riscos ✗ Estratificar significa agrupar, segundo uma ordem, um critério. Estratificar, em doenças crônicas, significa reconhecer que as pessoas têm diferentes graus de risco/vulnerabilidade e, portanto, têm necessidades diferentes. ✗ Mas, para estratificar, é preciso identificar os riscos de cada indivíduo, que podem ser considerados como leve, moderado oualto, segundo classificações diversas. 14 5 Estratificação segundo riscos ✗ Essencialmente porque as pessoas têm diferentes necessidades, que variam conforme seu risco. ✗ Hipertensos com baixo e médio risco cardiovascular, por exemplo, beneficiam- - se mais de ações de promoção, de prevenção e de autocuidado apoiado do que hipertensos de alto risco cardiovascular, que necessitam de mais cuidados clínicos e de apoio para adesão aos tratamentos. ✗ Conhecer os riscos de cada usuário ajuda as equipes de Atenção Básica a adequar as ações, tanto individuais como coletivas, conforme as necessidades da população adscrita, além de utilizar melhor os recursos do serviço. 14 6 Estratificação segundo riscos ✗ Na atenção às condições crônicas, existem diferentes formas de estratificação. A seguir é apresentada proposta que busca identificar os grupos de pessoas com semelhantes necessidades, de acordo com dois critérios: ✗ 1) a severidade da condição crônica estabelecida; ✗ 2) a capacidade de autocuidado, que contempla aspectos socioeconômicos e culturais, o grau de confiança e o apoio que as pessoas têm para cuidar de si mesmas. 14 7 Severidade da doença crônica 14 8 Capacidade de autocuidado 14 9 Estratificação segundo riscos 15 0 processos educativos devem seguir os seguintes aspectos: ✗ a) incorporar, no processo educativo do autocuidado nas condições crônicas, as necessidades, os objetivos e as metas da pessoa, que devem ser consensuados com o profissional; ✗ b) incorporar, no processo educativo do autocuidado, a experiência de vida do usuário; ✗ c) os caminhos tomados em conjunto com a pessoa devem estar preferencialmente sustentados em evidências; 15 1 processos educativos devem seguir os seguintes aspectos: ✗ d) evidências sugerem que aliar metodologias comportamentais, compreensivas e de empoderamento é o que traz melhores resultados; ✗ e) as atividades educativas para o autocuidado que têm preocupação com o contexto cultural do paciente assim como uma especificidade de gênero e de faixa etária também trazem melhores resultados; ✗ f) os grupos orientados na educação para o autocuidado são os que trazem melhores resultados; ✗ g) é fundamental que, no processo, a pessoa seja acompanhada pela equipe de Saúde; ✗ h) é necessário que o processo educativo seja coordenado por uma equipe multiprofissional, possibilitando um olhar complexo da condição crônica; 15 2 ✗ i) é fundamental construir, em conjunto com o usuário, um currículo mínimo de conteúdos, habilidades e vivências. Esses temas devem estar diretamente relacionados com as necessidades do usuário, seja nos aspectos de idade, escolaridade, culturais, comorbidades e estratificação de risco, por exemplo; j) o plano comum de cuidado deve ser sempre individual, personalizando os objetivos, as metas e as avaliações; k) o acompanhamento também deve ser individual, dentro de uma sistematização de retornos baseados em evidências; l) se a pessoa se sente ouvida e apoiada no processo, vai se sentir motivada para o autocuidado e terá maiores possibilidades de efetuar as mudanças necessárias que as condições crônicas exigem. 15 3 Como Funciona? ✗ Destinar uma semana (HiperDia) ou dias , para atendimento deste grupo; ✗ Atendimento Sistematizado/ sequencial; ✗ Triagem ( PA, CA, Alt., Peso, IMC, GC…) ✗ Avaliação Médica; ✗ Medicamentos ( farmácia) ✗ Obs: dados devidamente anotados no cartão 15 4 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ADESÃO AO TRATAMENTO: • ACEITAÇÃO E COMPREENSÃO DA PATOLOGIA • DIETA ALIMENTAR • PLANO MEDICAMENTOSO • TABAGISMO • ATIVIDADE FÍSICA • ALCOOLISMO 15 5 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINAR ✗ Principais vantagens: ✗ O número de indivíduos atendidos será maior quanto mais afinada estiver a equipe em seus diversos modos de abordagem; ✗ A adesão ao tratamento será nitidamente superior; ✗ O número de pacientes com pressão arterial controlada e adotando hábitos de vida saudáveis será, consequentemente, muito maior; 15 6 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL E INTERDISCIPLINAR ✗ Principais vantagens: ✗ Maior número de pacientes diabéticos sob controle pelo parâmetro da hemoglobina glicada, com menos agudização e menor uso de serviços de urgência, e provavelmente menor mortalidade; ✗ Cada paciente poderá ser um replicador de conhecimentos sobre tais hábitos; ✗ Haverá favorecimento de ações de pesquisa em serviço, já que a sistematização do atendimento possibilitará esse tipo de atuação. 15 7 AÇÕES COMUNS À EQUIPE MULTIPROFISSIONAL: ✗ As ações comuns a todos os membros da equipe multidisciplinar são: ✗ Atendimento compartilhado do usuário, com elaboração do plano de cuidado único e do plano de autocuidado apoiado; ✗ Planejamento conjunto das ações de acordo com a realidade da população; ✗ Promoção à saúde (ações educativas com ênfase em mudanças do estilo de vida, correção dos fatores de risco e produção de material educativo); ● Treinamento de profissionais; ● Encaminhamento a outros profissionais, quando indicado; 15 8 AÇÕES COMUNS À EQUIPE MULTIPROFISSIONAL: ✗ As ações comuns a todos os membros da equipe multidisciplinar são: ✗ Ações assistenciais individuais e em grupo; ✗ Participação em projetos de pesquisa; ● Gerenciamento do programa. 15 9 Ações Específicas das Categorias ✗ PARTICIPAÇÃO DO MÉDICO: ✗ Confirmação do diagnóstico de HAS e DM; ✗ Inscrição dos hipertensos e diabéticos recém-diagnosticados no programa; ✗ Estratificação de risco individual; ✗ Identificação de comorbidades; ✗ Solicitação de exames complementares de rotina e outros a critério clínico; ✗ Decisão terapêutica de acordo com a estratificação de risco individual; ✗ Orientações higiênico-dietéticas; 16 0 Ações Específicas das Categorias ✗ PARTICIPAÇÃO DO MÉDICO: ✗ Prescrição medicamentosa; ✗ Acompanhamento rigoroso da evolução do quadro e do alcance das metas do plano terapêutico para readequações; ✗ Encaminhamento para avaliação fisioterápica e psicológica, quando necessário; ✗ Encaminhamento para atividades educativas e físicas da US; ✗ Avaliação e encaminhamento das emergências hipertensivas; ✗ Registro no prontuário. 16 1 Ações Específicas das Categorias ✗ Consulta de enfermagem: ✗ Medida da pressão arterial; ✗ Investigação sobre fatores de risco e hábitos de vida; ✗ Estratificação do risco individual; ✗ Orientação sobre a doença, o uso de medicamentos e os seus efeitos adversos; ✗ Avaliação de sintomas e orientações sobre hábitos de vida pessoais e familiares; 16 2 Ações Específicas das Categorias ✗ Solicitação de exames, definidos previamente pelo protocolos de rastreamento e acompanhamento de hipertensão e diabetes; ✗ Acompanhamento do tratamento dos pacientes com a pressão arterial sob controle; ✗ Encaminhamento ao médico pelo menos anualmente e com maior frequência nos casos em que a pressão não estiver devidamente controlada ou na presença de outras intercorrências; ✗ Administração do serviço (controle de retornos, busca de faltosos e controle de consultas agendadas); ✗ Delegação das atividades do técnico/auxiliar de enfermagem. 16 3 Ações Específicas das Categorias ✗ Consulta de nutrição: ✗ Anamnese alimentar, avaliando frequência, quantidade e qualidade de alimentos, intolerâncias e alergias alimentares; ✗ Diagnóstico nutricional, estabelecido após anamnese alimentar, e levantamento de dados antropométricos, bioquímicos e identificaçãode sinais clínicos nutricionais; 16 4 Ações Específicas das Categorias ✗ Prescrição e orientação específica da dieta, considerando aspectos socioeconômicos, culturais e ambientais, inclusive com a realização de oficinas, que possibilitem a implantação dos conhecimentos alimentares e nutricionais, traduzidos em preparações alimentares saborosas, práticas atrativas e saudáveis; ✗ Avaliação da interação de alimentos e/ou nutrientes com medicamentos; ✗ Seguimento da evolução nutricional; ✗ Educação nutricional individual e em grupo; ✗ Estratificação do risco individual 16 5 Ações Específicas das Categorias ✗ Consulta de psicologia: ✗ Avaliação e tratamento de aspectos emocionais que interfiram na qualidade de vida do paciente, seu nível de estresse e adesão ao tratamento global da hipertensão arterial; ✗ Avaliação de como o paciente processa a informação quanto à saúde, para que o método de comunicação com ele seja devidamente individualizado e o plano de mudanças de hábitos de vida seja mantido; ✗ Atendimento a familiares, para facilitar as mudanças de hábitos de vida do paciente e a adesão ao tratamento; 16 6 Ações Específicas das Categorias ✗ Assessoria a outros profissionais, para esclarecer a melhor abordagem do paciente; ✗ Condução de grupo de apoio para maior harmonia da equipe; ✗ Atendimento a grupos de pacientes, possibilitando a inovação e a adequação de modelos que viabilizem melhor adesão ao tratamento instituído; ✗ Implantação de treino de controle do estresse, de preferência em grupo, com o objetivo de reduzir a influência do estresse emocional na reatividade cardiovascular dos pacientes; ✗ Estratificação do risco individual. 16 7 Ações Específicas das Categorias ✗ PARTICIPAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL: ✗ Entrevista social para identificação socioeconômica e familiar, caracterização da situação de trabalho e previdência, e levantamento de expectativas sobre a doença e seu tratamento; ✗ Atualização do cadastro de recursos sociais para encaminhamento do atendimento das dificuldades dos pacientes e familiares que possam interferir na terapêutica; ✗ Interação de equipe multiprofissional, paciente e comunidade; ✗ Desenvolvimento de atividades, visando à organização dos pacientes em associações de portadores de hipertensão arterial; ✗ Busca ativa de faltosos. 16 8 Ações Específicas das Categorias ✗ PARTICIPAÇÃO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA: ✗ Programação e supervisão das atividades físicas (individuais e em grupo) dos pacientes, adequando-as às realidades locais e às características específicas de cada paciente; ✗ Programação e execução de projetos de atividade física para prevenção da hipertensão arterial na comunidade. 16 9 Ações Específicas das Categorias ✗ PARTICIPAÇÃO DO FARMACÊUTICO: ✗ Participação em comitês para a seleção de medicamentos; ✗ Promoção do gerenciamento do estoque, do armazenamento correto e da dispensação de medicamentos; ✗ Promoção da atenção farmacêutica ao paciente (orientação individual ou em grupo e acompanhamento do uso de medicamentos); ✗ Orientação quanto ao uso racional de medicamentos pela população (alerta a não-automedicação e campanhas educativas). 17 0 Ações Específicas das Categorias ✗ PARTICIPAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS: ✗ Recepção dos pacientes; ✗ Controle e agendamento de consultas e reuniões. 17 1 Ações Específicas das Categorias ✗ PARTICIPAÇÃO DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: ✗ Esclarecer a comunidade sobre os fatores de risco para as doenças cardiovasculares, orientando-a sobre as medidas de prevenção; ✗ Rastrear a hipertensão arterial em indivíduos com mais de 20 anos pelo menos uma vez ao ano, mesmo naqueles sem queixa, em datas comemorativas, e nos grupos de risco e familiares de portadores, encaminhando-os à US de referência; 17 2 Ações Específicas das Categorias ✗ Identificar, na população em geral, pessoas com fatores de risco para diabetes tipo II, ou seja: idade igual ou superior a 40 anos, vida sedentária, obesidade, hipertensão, mulheres que tiveram filhos com mais de quatro quilos ao nascer e pessoas que têm ou tiveram pais, irmãos e/ou outros parentes diretos com diabetes; ✗ Encaminhar à consulta de enfermagem os indivíduos rastreados como suspeitos de serem portadores de hipertensão; ✗ Encaminhar à unidade de saúde, para avaliação, as pessoas com fatores de risco para diabetes tipo II; ✗ Verificar o comparecimento dos pacientes diabéticos e hipertensos às consultas agendadas na unidade de saúde; 17 3 Ações Específicas das Categorias ✗ Verificar a presença de sintomas de elevação e/ou queda do açúcar no sangue e encaminhar para consulta extra; ✗ Perguntar sempre ao paciente hipertenso e/ ou diabético se o mesmo está tomando com regularidade os medicamentos e se está cumprindo as orientações de dieta, atividades físicas, controle de peso, cessação do hábito de fumar e da ingestão de bebidas alcoólicas; ✗ Registrar em sua ficha de acompanhamento o diagnóstico de hipertensão e diabetes de cada membro da família; ✗ Encaminhar as solicitações de exames complementares para serviços de referência; ✗ Fornecer medicamentos para o paciente em tratamento, quando da impossibilidade do farmacêutico. 17 4 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ COMO CADASTRAR NO HIPERDIA? ✗ EM ÁREAS EM QUE DISPOMOS DE AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE ✗ PREENCHIMENTO DO CABEÇALHO DA FICHA DE CADASTRO PELO ACSs ✗ E OS DEMAIS DADOS PELO ENFERMEIRO OU MÉDICO. ✗ ÁREAS SEM ACSs PODERÃO CADASTRAR CONFORME SE DÊ O COMPARECIMENTO DOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES AOS SERVIÇOS. ✗ PODERÃO TAMBÉM REALIZAR CAMPANHAS OU MUTIRÕES. 17 5 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ Não vamos nos esquecer de cadastrar as crianças, os adolescentes e as gestantes, portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes. 17 6 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ Por constituir-se em uma dimensão do cuidado, a criação de um grupo deve inserir-se no planejamento das equipes de Saúde, articulando-se ao conjunto de ações desenvolvidas. As ações de planejamento envolvem: • Elaborar um projeto (simples, objetivo e claro) que contemple uma breve justificativa contextualizada no processo de trabalho da equipe e a qual problema/necessidade pretende se responder com a atividade. • Definir objetivos, metodologia e mecanismos de avaliação do processo e resultados. Ministério da Saúde | Secretaria de Atenção a Saúde | Departamento de Atenção Básica 17 7 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA • Estabelecer estratégias de divulgação da atividade e formas de convidar as pessoas a participar. • Propor o público a quem se destina a atividade. • Prever horário oportuno para a participação da população convidada. • Definir os responsáveis pela coordenação do grupo e do papel dos demais integrantes da equipe de Saúde (se for o caso). • Prever agenda dos encontros e das reuniões dos coordenadores (para planejar e avaliar). 17 8 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA • Elaborar instrumentos para registrar as reuniões do grupo e dos coordenadores. • Organizar o tempo dos coordenadores do grupo para viabilizar o trabalho. • Prever local adequado para a realização do grupo (que seja acolhedor, confortável e garanta o grau de sigilo necessário para a realização de determinado grupo). • Providenciar, com antecedência, os recursos materiais necessários 17 9 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA 18 0 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ Coordenação dos grupos A condução do trabalho em grupo implica definição de papéis a serem desempenhadospelos envolvidos com a atividade, para a qual sugerimos: ✗ • Trabalhar em duplas de coordenador e cocoordenador, possibilitando complementaridade e trocas, e favorecendo que possíveis necessidades de afastamento de uma das pessoas não prejudiquem o andamento do trabalho. ✗ • Estar atentos às necessidades do grupo, utilizando dinâmicas adequadas aos objetivos e à população e estimulando a criatividade do grupo. 18 1 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA • Encorajar a participação de todos. • Estar atento às possíveis dúvidas e/ou informações equivocadas, desmistificando mitos construídos socialmente. • Promover um clima de respeito às diferenças e abertura para a escuta a diversidade de opiniões, favorecendo a emergência no espaço grupal das diversas formas de viver, de lidar com o adoecimento, com as dificuldades, com as dores, com os sentimentos e com as histórias. 18 2 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA • Contratar com o grupo o sigilo quanto às informações confidenciais compartilhadas. • Garantir o cumprimento das combinações de horários estabelecidos no início dos trabalhos. • Considerar a maior ou a menor busca de homogeneidade na definição dos participantes de acordo com os objetivos propostos. • Registrar os encontros do grupo para posterior avaliação 18 3 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA ✗ A avaliação deve ser uma constante no desenvolvimento das atividades em grupo, sendo essencial para o alcance dos objetivos propostos. ✗ A avaliação deve ser de processo e de resultados e considerar os seguintes aspectos: • Motivação dos participantes. • Presença nos encontros. • Formas de interação e participação. • Temas abordados.. 18 4 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA • Contratar com o grupo o sigilo quanto às informações confidenciais compartilhadas. • Garantir o cumprimento das combinações de horários estabelecidos no início dos trabalhos. • Considerar a maior ou a menor busca de homogeneidade na definição dos participantes de acordo com os objetivos propostos. • Registrar os encontros do grupo para posterior avaliação 18 5 USO DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BÁSICA 18 6 marialuznutricionista@outlook.com 89 999157888 18 7