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Apoptose Celular

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Apoptose
A multiplicação mitótica para o crescimento e renovação dos tecidos é um processo de significado fisiológico evidente. Porém o processo de apoptose, que é rápido e não deixa vestígios, também tem grande importância para as funções normais do organismo. As células morrem normalmente e são eliminadas por fagocitose sem provocar reação inflamatórias. Apoptose ou Morte Celular Programada é um tipo de "autodestruição celular" que requer energia e síntese proteica para a sua execução. Está relacionado com a homeostase na regulação fisiológica do tamanho dos tecidos, exercendo um papel oposto ao da mitose. A apoptose é um processo rápido, que se completa em aproximadamente 3 horas e não é sincronizado por todo o órgão, portanto diferentes estágios de apoptose coexistem em diversas secções dos tecidos. Enquanto a célula é útil ao organismo, ela reprime este mecanismo. Se, no entanto, a célula comprometer a saúde ou deixar de ser necessária, a apoptose é desencadeada, levando à morte celular.
Apoptose Causada por Estímulos Fisiológicos
É útil na manutenção do equilíbrio interno dos organismos multicelulares, sendo que nos humanos pode ocorrer em certas situações, como:
Nos casos de involução de estruturas fetais durante o desenvolvimento embrionário do feto;
Nas glândulas mamarias em cada ciclo menstrual e na glândula mamaria pós- lactação, que ainda é mais intensa.
Situações de corte no suprimento de hormônios estimulatórios (como menopausa);
Tecidos onde há uma constante renovação celular;
Apoptose estimulada pelo linfócito T citotóxico. (Nos linfócitos T produzidos no timo são capazes de atacar e destruir componentes dos tecidos do nosso corpo. Porém esse linfócitos recebem sinais moleculares que ativam o programa apoptótico codificado em seus cromossomos e são destruídos por apoptose, antes de saírem do timo)
Após uma resposta imunológica do organismo a um agente biológico.
Apoptose Causada por Patologias
Casos de lesão do material genético (DNA) da célula, através de estímulos radioativos, químicos ou virais;
Nos casos de lesão por isquemia ou hipóxia (falta de sangue no tecido e consequentemente de O²) pode resultar em necrose ou apoptose. 
Após penetrar na célula, os vírus tentam fazer com que esta produza apenas aquelas proteínas necessárias a produção de mais vírus. Pior para o vírus, pois isso vai induzir muitos tipos de células a cometer apoptose. Determinados vírus, portanto, evoluíram de maneira a inibir a apoptose nas células que eles infectam. Eles produzem substâncias que são semelhante a Bcl-2, um inibidor da apoptose. E podem também produzir moléculas que levam a célula a aumentar sua própria produção de Bcl-2. Outros vírus, inativam ou degradam o  indutor de apoptose p53; papiloma vírus, a principal causa do câncer cervical, é um exemplo.
Na apoptose a célula e seu núcleo se tornam compactos, diminuindo de tamanho caracterizado pela clivagem do DNA, condensação e fragmentação nuclear, nesta fase, a célula apoptotica é facilmente identificada no microscópio óptico, porque apresenta o núcleo com a cromatina muito condensada e corando-se fortemente. Em seguida, a cromatina é cortada em pedaços por endonucleases do DNA. Ocorre também a vesiculação da membrana plasmática, alterações na distribuição lipídica da membrana. Os fragmentos que se destacam dessa maneira estão envolvidos por membrana plasmática modificada que são rapidamente fagocitadas, para não resultar em um processo inflamatório, são reconhecidas por uma variedades de receptores expressos nos fagócitos. As partes que sobram da célula recebem o nome de corpos apoptóticos, sendo esses fagocitados pelos macrófagos e removidos rapidamente.
Qualquer célula pode ativar seu programa de autodestruição quando acontecem grandes modificações em seu DNA, como ocorre durante o aparecimento de um câncer. O câncer se origina do clone de uma única célula que se multiplica e vai acumulando mutações, até adquirir malignidade. Assim, para formar o clone maligno, a célula pré-cancerosa tem que, além de outros obstáculos, vencer seu programa apoptótico. Isto elas muitas vezes conseguem, desativando os genes que controlam a apoptose, mas outras vezes não conseguem, e o processo apoptótico impede que se forme o clone canceroso. Não é somente na destruição de células cancerosas que a apoptose funciona como mecanismo de defesa. As células que são invadidas por vírus, que são parasitas intracelulares, também muitas vezes entram em apoptose. A presença do ácido nucleico do vírus é o fator que põe em andamento o processo apoptotico. Como os vírus só se multiplicam no meio intracelular, a morte da célula significa a destruição do vírus que a invadiram. Outros estudos mostraram que o gene p53 está alterado com maior freqüência nos portadores de câncer do que nas pessoas sadias. Em mais da metade de todos os tumores sólidos (incluindo os de pulmão, intestino grosso e mama) as duas cópias desse gene foram eliminadas ou alteradas — portanto, não codificam a proteína p53 ou levam a formas não-funcionais da mesma.
	A morte acidental de células, um processo patológico, chama-se necrose. Pode ser causado por microrganismos, vírus, agentes químicos e outros. As células necróticas se incham, suas organelas também aumentam de volume e, finalmente, a célula se rompe, lançando seu conteúdo no espaço extracelular. Na apoptose, ao contrário, os fragmentos celulares estão sempre envoltos por membranas plasmática. O conteúdo das células que morrem por necrose também é fagocitado pelos macrófagos, mas neste caso os macrófagos secretam moléculas que vão ativar outras células de defesa, que promovem a inflamação. Por isso, a necrose, processo patológico, é seguida de inflamação, o que não acontece na apoptose. .
 	A indução da apoptose envolve a ativação de enzimas citosolicas chamadas de caspases. As caspases são proteases cisteínicas, assim chamadas porque elas clivam substratos nos resíduos de ácido aspártico. As caspases estão presentes na maioria das células sob uma forma inativa. Algumas caspases funcionam como iniciadoras do processo de apoptose normalmente clivando e posteriormente ativando mais caspases. Essas caspases ativadas funcionam como efetoras ou executoras, clivando vários substratos, induzindo a fragmentação nuclear e outros eventos da apoptose. 
 	A apoptose se caracteriza por uma série de alterações morfológicas, pela participação das caspases, liberação de citocromo c mitocondrial e fragmentação nuclear. Nos diferentes processos de morte celular a participação das mitocôndrias é fundamental, pois ela age como um eixo central de decisão de muitos tipos de respostas apoptóticas.
 	A mitocôndria libera fatores letais para o citosol e ainda produz ATP. Um dos fatores liberados pela mitocôndria durante a apoptose é o citocromo c, que normalmente manda elétrons entre complexos proteicos da cadeia respiratória. Uma vez liberado no citosol, o citocromo c liga-se ao APAF-1 (ativador de protease apoptótica 1) e, na presença de ATP, recruta e ativa procaspase 9 para formar um complexo chamado de apoptosomo. Esse complexo ativa a caspase 9 ativada, pode ativar assim novas caspases que finalmente desmantelam a célula. Então, conclui-se que a apoptose depende de ATP. E assim, se as mitocôndrias apresentam perdas e falham em produzir inicialmente o ATP durante a apoptose, o apoptosomo não é capaz de se formar, a caspase 9 não é ativada e as células morrem da necrose.
Todas as vias da apoptose são induzidas pela ativação de enzimas e pela degradação de proteínas. Essa forma de apoptose é também chamada e morte célular programada, indicando que muitas células são programadas para morrer, a menos que sejam resgatas por estímulos de sobrevivência.

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